Projeto Caixa de Redução
Projeto Caixa de Redução
Projeto Caixa de Redução
, com os ngulos
determinados foi possvel estabelecer o ngulo de presso transversal:
A transmisso proposta possui quatro engrenagens, como utilizamos engrenagens
helicoidais preciso determinar a mo de hlice, nesse contexto decidimos que as
engrenagens N2 e N4 tero a mo de hlice voltada para a esquerda, por conseguinte as
engrenagens N3 e N5 para a direita.
3- Determinao do nmero de dentes de cada engrenagem
Primeiramente, optamos por projetar uma caixa de reduo no colinear, ou seja, a
rvore de entrada no se localiza na mesma linha da rvore de sada, portanto para
reduo de 30X:
Estabelecendo
, logo:
Portanto:
= 30
As engrenagens devem ser produzidas com um material de alta resistncia, alta
temperabilidade e boa dureza, pois preciso evitar que ocorram falhas durante o
funcionamento do mecanismo, nesse contexto decidimos utilizar o ao AISI 5160, pois
atende aos requisitos desejados para a concepo do projeto. Por intermdio da tabela 2,
destacamos as propriedades do ao utilizado por nossa equipe.
Tabela 2: propriedades do ao
O requisito inicial do projeto requer um torque de sada de no mnimo 600Nm,
nesse contexto escolhemos um motor eltrico de quatro plos com uma rotao de 1745
rpm e potncia de 6 CV. Em seguida calculamos o torque de sada e as rotaes nas trs
rvores.
Torque de sada:
Rotaes nas trs rvores:
Para a realizao dos clculos das potncias teis (
Onde a perda que acontece ao longo da transmisso. Consideraremos os
seguintes .
Substituindo os valores na frmula da potncia til e considerando a disposio
das engrenagens, temos:
4- Projeto de engrenagens helicoidais
Para o projeto das engrenagens utilizamos as seguintes frmulas:
Na qual:
p
n
= passo circular normal
p
x
= passo axial
P
n
= passo diametral normal
Deste resumo de frmulas em funo da geometria das engrenagens, podemos
determinar os dimetros, utilizamos mdulo m=2,25, que nos proporcionou chegar a um
projeto de menor volume e com uma melhor compactao. A tabela ilustra o mdulo
escolhido para nosso projeto.
Figura 2:Principais mdulos utilizados em projeto.
Para as engrenagens obtemos o passo diametral normal Pn usando as equaes j
vistas:
Com a obteno do valor de Pn, possvel calcular o passo transversal :
Agora podemos calcular o dimetro da engrenagem utilizando o nmero de
dentes e o passo transversal:
Substituindo o nmero de dentes para as respectivas engrenagens obtemos:
41,9298 mm;
209,6490 mm;
41,9298 mm;
251,5788 mm.
Largura do Engrenamento:
Aps termos obtido os valores dos dimetros de cada engrenagem, em seguida
determinamos a largura (b) dos dois engrenamentos com a seguinte frmula:
No qual: N = Nmero de dentes da engrenagem, d = dimetro e P = passo
diametral. Portanto:
Primeira engrenagem Quarta engrenagem
= 429,38
= 429,38
Como a largura precisa estar dentro de um especificado que corresponde a 3pt <
b < 5pt, em nosso projeto tem-se:
= 7,3128
Portanto, o limite de largura (b) do projeto proposto : 21,95375 < b < 36,58958.
Pelo mtodo de tentativa e erro, resolvemos adotar as seguintes larguras:
Primeiro engrenamento, b = 28mm.
Segundo engrenamento, b = 36mm
5- Dimensionamento por flexo
Primeiramente analisamos o desgaste por flexo, a figura 3 ilustra as foras que
atuam no dente da engrenagem durante o servio. O desgaste por flexo ocorre devido
repetio da flexo do dente da engrenagem em torno de sua raiz, nesse contexto
preciso estabelecer que a tenso admissvel deva ser maior que a tenso de trabalho da
engrenagem para que tenhamos um projeto satisfatrio e adequado.
Figura 3: foras que atuam no dente de engrenagem
- Para o clculo da tenso de trabalho utilizamos a seguinte frmula:
No qual:
F
t
= Carga transmitida
m= mdulo
b= largura da engrenagem
Kv= o fator de velocidade, ou fator dinmico
Ko= fator de sobrecarga
Km= o fator de de distribuio de carga
- Para o clculo da tenso admissvel utilizamos a seguinte equao:
No qual:
o coeficiente de segurana.
o fator de temperatura
o fator confiabilidade
Clculo da carga transmitida
- No primeiro engrenamento utilizamos a seguinte frmula:
No qual:
- Para o segundo engrenamento utilizamos a mesma metodologia anterior, com isso
obtemos o seguinte valor para a carga transmitida:
Fator dinmico ou de velocidade Kv
Para a realizao do projeto partimos da premissa que as engrenagens sero
retificadas, nesse nterim as frmulas para esse processo de produo a seguinte:
- Velocidade no primeiro engrenamento:
Substituindo o valor da velocidade obtido na frmula d
obtemos:
- Velocidade no segundo engrenamento:
Substituindo o valor da velocidade obtido na frmula d
obtemos:
Fator de sobrecarga Ko
O fator de sobrecarga Ko analisa as cargas aplicadas externamente que excedem
carga tangencial nominal W em uma determinada aplicao, a tabela 3 apresenta valores
para Ko,em nosso projeto adotamos Ko=1.
Tabela 3: tabela de fatores de sobre carga
Fator geomtrico da resistncia flexo J
As tabelas 4 e 5 mostram que o fator geomtrico depende do ngulo de hlice e do
nmero de dentes da engrenagem, como no possumos engrenagem par com 75 dentes
em nenhum dos dois engrenamentos preciso que seja feita a correo de J, e J.
Tabela 4: Fator Geomtrico J
Tabela 5 :Fator Modificador J
Em nosso projeto adotamos =15, analisando esse ngulo na tabela obtemos os
seguintes valores:
Primeiro engrenamento :
O fator de distribuio de carga
=1,3.
Tabela 6: fator Km
Fator de correo de ciclagem
Segundo as normas da AGMA, a figura 4 estabelece o fator de correo de ciclagem
para vida de 10
7
ciclos, por esse motivo preciso corrigir esse fator, pois nosso projeto
estabelece uma vida de 10
8
ciclos.
Figura 4: fator de correo de ciclagem
Analisando a tabela utilizamos
, no qual N estabelece o
nmero de ciclos, o pinho por ser menor possui um nmero maior de rotaes quando
comparado com a coroa, nesse contexto a vida til da coroa dada por mg, que serve
como correo a essa diferena de giros, portanto:
Zc = Nmero de dentes da coroa.
Zp = Nmeros de dentes do pinho.
- Clculo no primeiro engrenamento:
Aps realizada a correo dos valores, o prximo passo substituir os valores
obtidos na frmula do
.
Para o pinho:
Para a coroa:
- Clculo no segundo engrenamento:
Aps realizada a correo dos valores, o prximo passo substituir os valores
obtidos na frmula do
.
Para o pinho:
Para a coroa:
Resistncia do dente por flexo
A figura 5 estabelece o procedimento metalrgico e de controle de qualidade
requerido no projeto, levando em considerao a dureza Brinell em funo do nmero
de tenso admissvel de flexo. Como utilizamos o ao AISI 5160 temperado e revenido
a uma temperatura de 205C que possui elevada dureza, decidimos realizar os clculos
para o grau 2.
Figura 5: procedimento metalrgico e de controle de qualidade requerido
Por conseguinte, realizamos os clculos para o primeiro engrenamento, uma vez
que como todas as engrenagens sero produzidas com o mesmo material, os valores
obtidos no primeiro engrenamento so os mesmos para o segundo portanto:
Para o pinho:
Para a coroa:
Fator temperatura
O fator de temperatura
.
Fator de confiabilidade
Decidimos utilizar um fator de confiabilidade de 90%, o que nos fornece
conforme a tabela 7.
Tabela 6: fator de confiabilidade,
Fonte: Shigley
Clculo das tenses por flexo e estimativa do coeficiente de Segurana por
flexo.
Como j determinamos todas as variveis, possvel realizar os clculos que nos
fornecem os valores das tenses de trabalho e admissvel que atuam no mecanismo.
Portanto, utilizando as seguintes frmulas tem-se:
- Para o primeiro par engrenado:
Pinho:
Coroa: Utilizando a mesma frmula para encontrar a tenso na coroa obtemos:
Em seguida calculamos a tenso admissvel:
Pinho:
Coroa:
Portanto tem-se:
Pinho
OK!
Coroa
OK!
Para o clculo do coeficiente de segurana por flexo usamos a seguinte
frmula:
Substituindo os valores encontrados anteriormente tm-se os seguintes
resultados:
Pinho:
Coroa:
- Segundo par engrenado:
Pinho:
Coroa: Utilizando a mesma frmula para encontrar a tenso na coroa obtemos:
Em seguida calculamos a tenso admissvel:
Pinho:
Coroa:
Portanto, tem-se:
Pinho
OK!
Coroa
OK!
Para o clculo do coeficiente de segurana por flexo usamos a seguinte frmula:
Substituindo os valores encontrados anteriormente tm-se os seguintes resultados:
Pinho:
Coroa:
6- Dimensionamento por desgaste
A falha por desgaste ocorre devido repetio do contato entre os dentes, essa falha
se caracteriza por, em determinadas situaes, ocasionar a presena de crateras na
superfcie do dente. Para realizar o dimensionamento por desgaste utilizamos a seguinte
equao:
No qual:
- Carga transmitida.
- Largura da engrenagem.
- Fator de sobrecarga.
- Fator de distribuio de carga.
- Dimetro primitivo.
- Fator geomtrico .
- o coeficiente elstico.
Para a tenso admissvel de desgaste, utilizamos a seguinte expresso:
No qual:
- Coeficiente de segurana.
- Fator de temperatura.
- Fator confiabilidade.
- Fator de dureza.
Dando sequncia ao projeto, necessrio estabelecer os valores do Coeficiente
elstico de engrenamento (
)
Analisando a tabela utilizamos
- passo normal circular, no caso de nosso projeto esse valor j foi calculado
anteriormente e vale 7,068.
- Para a determinao de utilizamos:
No qual:
= 20,6
Substituindo os valores nas frmulas obtemos para o primeiro par engrenado:
Substituindo os valores frmula tem-se:
Portanto:
Em seguida basta substituir na frmula para encontrar
, nesse
contexto tem-se:
Substituindo os valores em :
- para o segundo par engrenado:
Utilizamos para o segundo engrenamento o mesmo procedimento que foi utilizado
para o primeiro:
No qual:
- passo normal circular, no caso de nosso projeto esse valor j foi calculado
anteriormente e vale 7,068.
Para a determinao de tem-se:
Substituindo os valores nas frmulas obtemos para o primeiro par engrenado:
Substituindo os valores frmula tem-se:
Portanto:
Em seguida basta substituir na frmula para encontrar
, nesse contexto
tem-se:
Substituindo os valores em :
Fator de correo de ciclagem
Nessa parte iremos fazer a correo da ciclagem no dimensionamento por desgaste.
Pela figura 10 tem se para 10
8
ciclos:
Figura 5: correo da ciclagem no dimensionamento por desgaste.
Decidimos adotar
como sendo:
Para o primeiro engrenamento tem-se:
Corrigidos os nmeros de ciclos, agora s substituir em
.
Pinho:
Coroa:
Para o segundo engrenamento tem-se:
Corrigidos os nmeros de ciclos, agora s substituir no
.
Pinho:
Coroa:
Resistncia do dente ao desgaste
Para analisar a resistncia ao desgaste utilizamos o baco da figura 6, e escolhemos o
grau 2 para a realizao dos clculos, pois estamos trabalhando com um ao AISI 5160
de alta dureza correspondente a 627HB.
Figura6:Resistncia do dente por desgaste
.
Portanto, pela frmula tem-se:
Para o primeiro e segundo engrenamento tem-se:
Pinho:
Coroa:
Razo de dureza
Como utilizamos o mesmo material para todas as engrenagens, estabelecemos
que
Coroa:
Em seguida realizamos os clculos para a tenso admissvel:
Pinho:
Coroa:
Portanto, tem-se:
Pinho
OK!
Coroa
OK!
Para o coeficiente de segurana por desgaste, utilizamos a seguinte metodologia:
Por conseguinte substituindo os valores tem-se:
Pinho:
Coroa:
- No segundo engrenamento:
Pinho:
Coroa:
Em seguida realizamos os clculos para a tenso admissvel:
Pinho:
Coroa:
Portanto tem-se:
Pinho
OK!
Coroa
OK!
Para o coeficiente de segurana por desgaste, utilizamos a seguinte metodologia:
Por conseguinte substituindo os valores tem-se:
Pinho:
Coroa:
7- Dimensionamento das rvores
Para o dimensionamento dos dimetros das rvores da caixa de reduo, seguimos
os critrios de fadiga estabelecidos por Goodman, Gerber e soderberg. O material
utilizado nos eixos o ao SAE 4340 temperado e revenido a 425C com Sut = 1469
MPa e Sy = 1365 MPa. Para os clculos utilizamos o mesmo coeficiente de segurana
adotado nos clculos anteriores que corresponde ao valor 2.
Para melhor compreenso utilizamos a figura 8 para ilustrar as foras que agem na
engrenagem helicoidal.
Figura 8: foras que agem na engrenagem helicoidal.
Dimetro da rvore 1
Na figura 9 apresentamos o diagrama de foras que atuam na rvore 1:
Figura 9: diagrama de foras que atuam na rvore 1
O prximo passo determinar a carga transmitida que atua na rvore 1, para isso
utilizamos a mesma metodologia utilizada anteriormente:
No qual: Pu1 = potncia til no eixo 1
d
2
= dimetro da engrenagem 2
n
1
= rotao do eixo 1
Por conseguinte possvel determinar a carga radial (Wr
2
) e a carga axial (Wa
2
)
na engrenagem 2. Portanto:
A carga axial calculada pela seguinte frmula, uma vez que o ngulo de hlice
vale 15, tem-se:
- Clculo das reaes atuantes na rvore 1
Uma vez que determinamos as cargas atuantes na engrenagem, agora possvel
determinar os esforos nos mancais, vale salientar que os momentos positivos atuam no
sentido anti-horrio.
- Reaes que atuam nos mancais:
Onde:
= raio da engrenagem 2
Em seguida montamos o diagrama para analisar as reaes e os momentos
atuantes na rvore 1, uma vez que a carga transmitida atua em Z, o plano adotado para a
anlise o XZ. importante ressaltar que consideramos o eixo primrio tendo um
comprimento total de 80mm, e a engrenagem se situa no centro da rvore. A figura
ilustra as reaes que agem na rvore e o diagrama de momento fletor.
Figura 9: diagrama das reaes e dos momentos atuantes na rvore 1
A seguir possvel determinar a amplitude mxima do momento e o torque mdio
do projeto, uma vez que o momento possui ciclagem como mostra a figura 10, e o
torque constante como ilustra a figura 11.
Figura 10: Momento Figura 11: Torque mdio
Por intermdio dos grficos utilizados possvel estabelecer que a mxima
amplitude de momento corresponde a:
Tambm possvel estabelecer que o momento mdio :
Para o torque mdio utilizamos a seguinte frmula:
Nesse caso o torque no possui amplitude, pois constante portanto:
Em seguida aplicamos as tcnicas de falha por fadiga, visto que primeiramente
corrigimos o limite de resistncia em fadiga seguindo os seguintes passos:
. Clculo de (Fator de superfcie):
Para realizar o clculo utilizamos a tabela 8, e consideramos o acabamento
superficial como usinado, portanto:
Tabela 8: fator de superfcie
Fonte: Shigley
Portanto, tem-se:
. (fator de tamanho):
Em seguida realizamos o clculo para encontrar (fator de tamanho), no
entanto preciso estabelecer um valor inicial para o dimetro do eixo, nesse nterim
utilizamos um diametro de 25mm. A tabela 19 destaca a frmula utilizada para o
clculo o presente clculo.
Tabela 9: fator de tamanho
Portanto, tem-se:
. Fator de carga :
Carregamento caracterizado por uma flexo-toro. Portanto, tem-se:
. Fator de temperatura :
Tomando a temperatura como ambiente, tem-se:
. Fator de confiabilidade :
Utilizamos confiabilidade de 99%, nesse contexto pela tabela 10 tem-se:
Tabela 10: Fatores de confiabilidade
Fonte: Shigley
. Limite de resistncia em fadiga (Se):
Em projeto de elementos de mquinas consta que se Sut > 1400 MPa o limite de
resistncia e fadiga corresponde Se = 700 MPa.
A seguir substitumos os valores encontrados anteriormente na frmula para
obter o valor da resistncia em fadiga corrigido:
Nossa equipe de projeto, por intermdio da anlise feita nos clculos anteriores,
decidiu utilizar para a primeira iterao Kf =2,7 e Kfs = 2,2 como pode ser observado
em destaque na tabela 10.
Tabela 11: Limite de resistncia em fadiga
Fonte: Norton
Critrio de Goodman:
No qual:
n = coeficiente de segurana
Se = limite de resistncia em fadiga corrigido
Sut = resistncia mxima em trao do material
A e B = so expresses para simplificar as equaes
No qual:
Kf = concentrador de tenses por flexo
Kfs = concentrador de tenses por toro
Ma = amplitude de momento
Mm = momento mdio
Ta = amplitude de torque
Tm = torque mdio
Uma vez que obtemos todas as variveis das expresses nos clculos
realizados anteriormente, basta substitu-los nas frmulas para obter os
resultados.
Aplicando os valores na equao de Goodman obtm-se:
.
Critrio de Soderberg:
Critrio de Gerber:
Com isso temos:
Aps a realizao dos clculos, decidimos utilizar um dimetro de 20mm para a
primeira rvore.
Dimetro da rvore 2
Na figura 12 apresentamos o diagrama de foras que atuam na rvore 2, uma vez
que o comprimento total dessa arvora de 160mm:
Figura 12: diagrama de foras que atuam na rvore 2
O prximo passo determinar a carga transmitida que atua na rvore 2, para isso
utilizamos a mesma metodologia utilizada anteriormente para encontrar a carga
transmitida:
No qual: Pu2 = potncia til no eixo 2
d
4
= dimetro da engrenagem 4
n
2
= rotao do eixo 2
Substituindo os valores tem-se:
Por conseguinte possvel determinar a carga radial (Wr
4
) e a carga axial (Wa
4
)
na engrenagem 4. Portanto:
A carga axial calculada pela seguinte frmula, uma vez que o ngulo de hlice
vale 15, tem-se:
- Clculo das reaes atuantes na rvore 2
Uma vez que determinamos as cargas atuantes na engrenagem, agora possvel
determinar os esforos nos mancais, vale salientar que os momentos positivos atuam no
sentido anti-horrio.
- Reaes que atuam nos mancais da rvore 2:
Em seguida montamos o diagrama para analisar as reaes e os momentos
atuantes na rvore 2, uma vez que a carga transmitida atua em Z, o plano adotado para a
anlise o XZ. A figura 13 ilustra o diagrama das reaes e do momento fletor atuante
na rvore 2.
Figura 13: diagrama das reaes e do momento fletor atuante na rvore 2.
Utilizando a mesma anlise realizada para a rvore 1, possvel estabelecer que
a mxima amplitude de momento na rvore dois corresponde a:
Tambm possvel estabelecer que o momento mdio :
Para o torque mdio utilizamos a seguinte frmula:
Nesse caso o torque no possui amplitude, pois constante portanto:
. Clculo de (Fator de superfcie):
Para realizar o clculo utilizamos a tabela 12, e consideramos o acabamento
superficial como usinado, portanto:
Tabela 12: Fator de superfcie
Fonte: Shigley
Portanto, tem-se:
. (fator de tamanho):
Em seguida realizamos o clculo para encontrar (fator de tamanho), no
entanto preciso estabelecer um valor inicial para o dimetro do eixo, nesse nterim
utilizamos um diametro de 25mm. A tabela 13 destaca a frmula utilizada para o
clculo o presente clculo.
Tabela 13: fator de tamanho
Portanto, tem-se:
. Fator de carga :
Carregamento caracterizado por uma flexo-toro. Portanto, tem-se:
. Fator de temperatura :
Tomando a temperatura como ambiente, tem-se:
. Fator de confiabilidade :
Utilizamos confiabilidade de 99%, nesse contexto pela tabela 14, tem-se:
Figura 14:Fatores de confiabilidade
Fonte: Shigley
. Limite de resistncia em fadiga (Se):
Em projeto de elementos de mquinas consta que se Sut > 1400 MPa o limite de
resistncia e fadiga corresponde Se = 700 MPa.
A seguir substitumos os valores encontrados anteriormente na frmula para
obter o valor da resistncia em fadiga corrigido:
Nossa equipe de projeto, por intermdio da anlise feita nos clculos anteriores,
decidiu utilizar para a primeira iterao Kf =2,7 e Kfs = 2,2 como pode ser observado
em destaque na tabela 15.
Tabela 15: Limite de resistncia em fadiga
Fonte: Norton
Critrio de Goodman:
No qual:
n = coeficiente de segurana
Se = limite de resistncia em fadiga corrigido
Sut = resistncia mxima em trao do material
A e B = so expresses para simplificar as equaes
No qual:
Kf = concentrador de tenses por flexo
Kfs = concentrador de tenses por toro
Ma = amplitude de momento
Mm = momento mdio
Ta = amplitude de torque
Tm = torque mdio
Uma vez que obtemos todas as variveis das expresses nos clculos
realizados anteriormente, basta substitu-los nas frmulas para obter os
resultados.
Aplicando os valores na equao de Goodman obtm-se:
.
Critrio de Soderberg:
Critrio de Gerber:
Com isso temos:
Aps a realizao dos clculos, decidimos utilizar um dimetro de 30mm para a
segunda rvore.
Dimetro da rvore 3
Na figura 15 apresentamos o diagrama de foras que atuam na rvore 3, uma vez que o
comprimento total dessa arvora de 88mm:
Figura 15: diagrama de foras que atuam na rvore 3
O prximo passo determinar a carga transmitida que atua na rvore 2, para isso
utilizamos a mesma metodologia utilizada anteriormente para encontrar a carga
transmitida:
No qual: Pu3 = potncia til no eixo 3
d
5
= dimetro da engrenagem 5
n
3
= rotao do eixo 3
Substituindo os valores tem-se:
Por conseguinte possvel determinar a carga radial (Wr
5
) e a carga axial (Wa
5
)
na engrenagem 5. Portanto:
A carga axial calculada pela seguinte frmula, uma vez que o ngulo de hlice
vale 15, tem-se:
- Clculo das reaes atuantes na rvore 3
Uma vez que determinamos as cargas atuantes na engrenagem, agora possvel
determinar os esforos nos mancais, vale salientar que os momentos positivos atuam no
sentido anti-horrio.
- Reaes que atuam nos mancais da rvore 3:
Em seguida montamos o diagrama para analisar as reaes e os momentos
atuantes na rvore 3, uma vez que a carga transmitida atua em Z, o plano adotado para a
anlise o XZ. A figura 16 ilustra o diagrama das reaes e do momento fletor atuante
na rvore 3.
Figura 16: diagrama das reaes e do momento fletor atuante na rvore 3.
Utilizando a mesma anlise realizada para a rvore 1 e 2, possvel estabelecer
que a mxima amplitude de momento na rvore trs corresponde a:
Tambm possvel estabelecer que o momento mdio :
Para o torque mdio utilizamos a seguinte frmula:
Nesse caso o torque no possui amplitude, pois constante portanto:
. Clculo de (Fator de superfcie):
Para realizar o clculo utilizamos a tabela 16, e consideramos o acabamento superficial
como usinado, portanto:
Tabela 16: Fator de superfcie
Fonte: Shigley
Portanto, tem-se:
. (fator de tamanho):
Em seguida realizamos o clculo para encontrar (fator de tamanho), no
entanto preciso estabelecer um valor inicial para o dimetro do eixo, nesse nterim
utilizamos um diametro de 25mm. A tabela 17 destaca a frmula utilizada para o
clculo o presente clculo.
Tabela 17: fator de tamanho
Portanto, tem-se:
. Fator de carga :
Carregamento caracterizado por uma flexo-toro. Portanto, tem-se:
. Fator de temperatura :
Tomando a temperatura como ambiente, tem-se:
. Fator de confiabilidade :
Utilizamos confiabilidade de 99%, nesse contexto pela tabela 18 tem-se:
Tabela 18: Fator de confiabilidade
. Limite de resistncia em fadiga (Se):
Em projeto de elementos de mquinas consta que se Sut > 1400 MPa o limite de
resistncia e fadiga corresponde Se = 700 MPa.
A seguir substitumos os valores encontrados anteriormente na frmula para
obter o valor da resistncia em fadiga corrigido:
Nossa equipe de projeto, por intermdio da anlise feita nos clculos anteriores,
decidiu utilizar para a primeira iterao Kf =2,7 e Kfs = 2,2 como pode ser observado
em destaque na tabela 19.
Tabela 19: Limite de resistncia em fadiga
Fonte: Norton
Critrio de Goodman:
No qual:
n = coeficiente de segurana
Se = limite de resistncia em fadiga corrigido
Sut = resistncia mxima em trao do material
A e B = so expresses para simplificar as equaes
No qual:
Kf = concentrador de tenses por flexo
Kfs = concentrador de tenses por toro
Ma = amplitude de momento
Mm = momento mdio
Ta = amplitude de torque
Tm = torque mdio
Uma vez que obtemos todas as variveis das expresses nos clculos
realizados anteriormente, basta substitu-los nas frmulas para obter os
resultados.
Aplicando os valores na equao de Goodman obtm-se:
.
Critrio de Soderberg:
Critrio de Gerber:
Com isso temos:
Aps a realizao dos clculos, decidimos utilizar um dimetro de 35mm para a
terceira rvore.
A seguir possvel apresentar, por intermdio da figura 20, um desenho que
mostra a disposio das rvores e das engrenagens dentro da caixa de reduo proposta
por nossa equipe.
Figura 17: disposio das rvores e das engrenagens
8- Chavetas:
As chavetas so elementos de acoplagem e tem por funo, habilitar a
transmisso de torque do eixo ao elemento por este suportado. A chaveta utilizada
em nosso projeto a quadrada, como ilustra a figura 18:
Figura 18: chaveta quadrada
Para um melhor entendimento da constituio de uma chaveta, utilizamos a
figura 19 para ilustrar suas dimenses:
Figura 19: dimenses da chaveta
As chavetas escolhidas levam em considerao a dimenso de cada rvore, uma
vez que a rvore 1 possui dimetro de 20mm, a rvore 2 possui dimetro e 30mm e a
rvore 3 possui dimetro de 35mm, por intermdio da tabela 20, sublinhamos as
chavetas utilizadas:
Tabela 20: seleo de chavetas
As duas primeiras colunas expressam o intervalo de dimetro na qual pode ser
aplicada determinada chaveta. O material utilizado nas chavetas o ao AISI 1020, pois
possui ductilidade e capacidade de suportar cisalhamento.
9- Dimensionamento dos Rolamentos
Primeiramente faremos a apresentao dos clculos para depois especificar quais
rolamentos sero utilizados na caixa de reduo:
O primeiro passo determinar a carga radial
Clculo da carga durante a vida em uso:
No qual:
L vida correspondente a carga radial ou requerida pela aplicao.
Lo a vida correspondente a capacidade(no caso 10
6
ciclos).
n a rotao (Lembrando que n=1800 rpm)
A caixa de reduo um elemento que ser utilizado diariamente,
mediante a essa realidade, determinamos uma vida de 20kh como mostra a
tabela 21, que corresponde maquinaria para servio de 8 horas sem regime
permanente.
Tabela 21: tipos de aplicaes
A seguir utilizamos a seguinte frmula para encontrar
Para determinar
e considerando tem-se:
Por intermdio do valor encontrado para
Clculo da carga durante a vida em uso:
A caixa de reduo um elemento que ser utilizado diariamente,
mediante a essa realidade determinamos uma vida de 20kh como mostra a tabela
26, que corresponde maquinaria para servio de 8 horas sem regime
permanente.
A seguir utilizamos a seguinte frmula para encontrar
e considerando tem-se:
Por intermdio do valor encontrado para
Clculo da carga durante a vida em uso:
A caixa de reduo um elemento que ser utilizado diariamente, mediante
a essa realidade determinamos uma vida de 20kh como mostra a tabela 26, que
corresponde maquinaria para servio de 8 horas sem regime permanente.
A seguir utilizamos a seguinte frmula para encontrar
e considerando tem-se:
Por intermdio do valor encontrado para
= 50,26 mm
rea da tenso resistiva do parafuso= 36,6 mm
Comprimento da rosca (L
t
)= 2.d+6 = 22 mm
Comprimento parte lisa (l
d
)= L- l
t
= 12,3 mm
Comprimento roscado da parte interna na junta (l
t
)=l- l
d
= 7,7
Modulo de elasticidade junta(Ec)= 96,9 Gpa
Modulo de elasticidade parafuso(E)= 210 Gpa
Rigidez do parafuso K
b
:
Substituindo, tem-se:
K
b
= 2,48.10
8
Rigidez da Junta K
m
Substituindo:
K
m
= 7,72. 10
8
Constante elstica C:
Substituindo:
C= 0,2432
Dimensionando o aperto para solicitao esttica:
Tenso de escoamento do parafuso S
p
= 600 Mpa
Fora de ruptura F
p
= A
t
. S
p
= 21960 N
Fora de aperto F
i
= 0,75. F
p
= 16470 N
F
i
=16470 N
Nesse contexto, o aperto do parafuso totalmente capaz de suportar as
solicitaes, uma vez que possui uma fora superior s foras que atuam em todos os
mancais da estrutura. A seguir apresentamos, por intermdio da figura 21, os parafusos
promovendo a unio da base da caixa com sua parte superior:
Figura 21: parafusos unindo a base da caixa com sua parte superior
Para a Base da caixa, utilizamos parafusos M16x2 classe 8.8 como mostra a
figura 22, uma vez que esses parafusos servem para fixao da caixa em um
determinado suporte. Ao todo utilizamos 6 parafusos para promover um excelente
acoplamento, sem que haja possveis falhas ou rompimento.
Figura 22: parafusos M16x2 classe 8.8
importante salientar que a caixa possui elementos de vedao O-Ring,
acoplados pelo lado externo junto aos eixos de entrada e sada, com o objetivo de evitar
possveis vazamentos de leo de dentro da caixa.
11 Dimenses da caixa de reduo
Por intermdio das figuras 23 e 24, apresentamos as cotas de altura, largura e
comprimento da caixa proposta por nossa equipe de projeto.
Figura 23: cotas de altura e largura
Figura 24: cota de comprimento
12 Lubrificao
O sistema de lubrificao de extrema importncia para o bom funcionamento
da caixa de reduo, uma vez que diminui o desgaste dos componentes, nesse contexto
como nosso projeto possui engrenagens helicoidais, decidimos utilizar o leo
lubrificante LUBRAX GEAR ISSO 460, pois possui eficincia sob cargas altas, evita
corroso dos componentes internos e isento de agentes txicos. A seguir
apresentamos, por intermdio da tabela 25, as propriedades do leo utilizado:
Tabela 25: lubrificante LUBRAX GEAR
O sistema de lubrificao por circulao, pois se trata de uma caixa de
reduo. O leo fornecido por meio de uma bomba, sob presso na forma de um jato
aplicado prximo ao ponto de engrenamento e depois recirculado. Estes sistemas
apresentam a vantagem de proporcionar maior troca de calor.
Apndice A: (Catlogo dos Mancais)
Catlogo do mancal 1 (utilizado na rvore de 20mm)
Catlogo do Mancal 2 (Utilizado na rvore de 30mm)
Catlogo do Mancal 3 (Utilizado na rvore 3)