[001] A presente invenção refere-se a pirrolobenzodiazepinas (PBDs), em particular, aos dímeros de pirrolobenzodiazepina que têm uma ligação dupla C2-C3 e um grupo aril na posição C2, em cada unidade do monômero, e a sua inclusão nos conjugados alvos.
Antecedentes da Invenção
[003] Algumas pirrolobenzodiazepinas (PBDs) têm a capacidade de reconhecer e ligar-se a sequências específicas de DNA; a sequência preferida é PuGPu. O primeiro antibiótico antitumoral de PBD, antramicina, foi descoberto em 1965 (Leimgruber, et al., J. Am. Chem. Soc., 87, 5793-5795 (1965); Leimgruber, et al., J. Am. Chem. Soc., 87, 5791-5793 (1965)). Desde então, várias PBD de ocorrência natural têm sido relatadas, e numerosas rotas sintéticas têm sido desenvolvidas para uma variedade de análogos (Thurston, et al., Chem. Rev. 1994, 433-465 (1994); Antonow, D. e Thurston, D.E., Chem. Rev. 2011 111 (4), 28152864). Os membros da família incluem abeimicina (Hochlowski, et al., J. Antibiotics, 40, 145-148 (1987)), chicamicina (Konishi, et al., J. Antibiotics, 37, 200-206 (1984)), DC-81 (Patente Japanesa 58-180 487; Thurston, et al., Chem. Brit., 26, 767-772 (1990); Bose, et al., Tetrahedron, 48, 751-758 (1992)), mazetramicina (Kuminoto, et al., J. Antibiotics, 33, 665-667 (1980)), neotramicinas A e B (Takeuchi, et al., J. Antibiotics, 29, 93-96 (1976)), porotramicina (Tsunakawa, et al., J. Antibiotics, 41, 13661373 (1988)), protracarcina (Shimizu, et al, J. Antibiotics, 29, 2492-2503 (1982); Langley e Thurston, J. Org. Chem., 52, 91-97 (1987)), sibanomicin (DC-102)(Hara, et al., J. Antibiotics, 41, 702-704 (1988); Itoh, et al., J. Antibiotics, 41, 1281-1284 (1988)), sibiromicina (Leber, et al., J. Am. Chem. Soc., 110, 2992-2993 (1988)) e to- mamicina (Arima, et al., J. Antibiotics, 25, 437-444 (1972)). PBDs apresentam a es- trutura geral:
[004] Elas diferem no número, tipo e posição dos substituintes, tanto nos seus anéis aromáticos A quanto nos anéis C de pirrolo, e no grau de saturação do anel C. No anel B existe quer uma imina (N=C), uma carbinolamina (NH-CH(OH)), ou um éter metílico de carbinolamina (NH-CH(OMe)) na posição N10-C11 que é o centro eletrofílico responsável pela alquilação do DNA. Todos os produtos naturais conhecidos têm uma configuração (S)- na posição quiral C11a que lhes fornece uma torção para o lado direito quando visto a partir do anel C em direção ao anel A. Isto lhes proporciona a forma tridimensional apropriada para isohelicidade com o sulco menor do DNA de forma B, conduzindo a um encaixe justo no sítio de ligação (Kohn, In Antibiotics III. Springer-Verlag, New York, pp. 3-11 (1975); Hurley e Needham- VanDevanter, Acc. Chem. Res., 19, 230-237 (1986)). A sua capacidade de formar um aduto no sulco menor, permite-lhes interferir com o processamento do DNA, em consequência, o seu uso como agentes antitumorais.
[005] Foi previamente divulgado que a atividade biológica destas moléculas pode ser potencializada pela união de duas unidades de PBD juntas através das suas funcionalidades C8/C’-hidroxil por meio de um ligante de alquileno flexível (Bo-se, D.S., et al., J. Am. Chem. Soc., 114, 4939-4941 (1992); Thurston, D.E., et al., J. Org. Chem., 61, 8141-8147 (1996)). Acredita-se que os dímeros de PBD formam lesões de DNA seletivas de sequências, tais como a reticulação intercadeias de 5’- Pu-GATC-Py-3’ palindrômico (Smellie, M., et al., Biochemistry, 42, 8232-8239 (2003); Martin, C., et al., Biochemistry, 44, 4135-4147), que se pensa ser a principal responsável pela sua atividade biológica. Um exemplo de um dímero de PBD, SG2000 (SJG-136):
entrou recentemente nos testes clínicos de Fase II na área oncológica (Gre-gson, S., et al., J. Med. Chem., 44, 737-748 (2001); Alley, M.C., et al., Cancer Research, 64, 6700-6706 (2004); Hartley, J.A., et al., Cancer Research, 64, 6693-6699 (2004)).
[006] Mais recentemente, os inventores da presente invenção divulgaram previamente no documento WO 2005/085251, os compostos de PBD diméricos portadores de substituintes C2 aril, tais como o SG2202 (ZC-207):
[007] e no documento WO2006/111759, bissulfitos de tais compostos de PBD, por exemplo, SG2285 (ZC-423):
[008] Estes compostos mostraram ser agentes citotóxicos extremamente úteis (Howard, P.W., et al., Bioorg. Med. Chem. (2009), 19 (22), 6463-6466, doi: 0.1016/j.bmcl.2009.09.012).
[009] Devido à maneira pela qual estes compostos extremamente potentes atuam no DNA de reticulação, estas moléculas têm sido feitas simetricamente. Isto fornece uma síntese direta, quer através da construção de frações de PBD simultaneamente já tendo formado a ligação do dímero, ou por reação de frações de PBD já construídos com o grupo de ligação do dímero.
[010] O documento WO 2010/043880 divulga o composto de PBD dimérico assimétrico contendOs grupos aril na posição C2 de cada monômero, em que um desses grupos aril tem um substituinte projetado para fornecer uma âncora para a ligação do composto a outra fração molecular. O Pedido International Copendente PCT/US2011/032664, depositado em 15 de abril de 2011, divulga a inclusão destes compostos de dímero de PBD em conjugados alvos.
Divulgação da Invenção
[011] Os presentes inventores desenvolveram novos compostos de PBD diméricos assimétricos para inclusão em conjugados alvos, onde os substituintes no grupo aril C2 não portando a âncora para a ligação do composto a outra fração são diferentes dos descritos anteriormente. Estes grupos substituintes diferentes podem oferecer vantagens na preparação e uso dos compostos, em particular, nas suas propriedades biológicas e na síntese de conjugados, e nas propriedades biológicas destes conjugados.
[012] A presente invenção compreende um composto com a fórmula I:
[013] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo,
[014] em que:
[015] R2 é de fórmula III:
[017] onde A é um grupo C5-7 aril, X é
ou NHRN, em que RN é selecionado do grupo que compreende H e C1-4 alquil e quer a. Q1 é uma ligação simples, e Q2 é selecionado a partir de uma ligação simples e -Z-(CH2)n-, onde Z é selecionado a partir de uma ligação simples, O, S e NH e n é de 1 a 3; ou b. Q1 é -CH=CH-, e Q2 é uma ligação simples;
[018] R12 é um grupo C5-10 aril, substituído por um grupo selecionado a partir de OH, CO2H, CO2RO, onde RO é selecionado a partir de C1-4 alquil;
[019] R6 e R9 são independentemente selecionados a partir de H, R, OH, OR, SH, SR, NH2, NHR, NRR’, nitro, Me3Sn e halo;
[020] onde R e R’ são independentemente selecionados a partir de grupos C1-12 alquil, C3-20 heterociclil e C5-20 aril opcionalmente substituídos;
[021] R7 é selecionado a partir de H, R, OH, OR, SH, SR, NH2, NHR, NHRR’, nitro, Me3Sn e halo;
[022] quer: i. R10 é H, e R11 é OH, ORA, onde RA é C1-4 alquil; ou ii. R10 e R11 formam uma ligação dupla de nitrogênio-carbono entre os átomos de nitrogênio e carbono aos quais eles estão ligados; ou iii. R10 é H e R11 é SOzM, onde z é 2 ou 3 e M é um cátion monovalente farma- ceuticamente aceitável;
[023] R" é um grupo C3-12 alquileno, cuja cadeia pode ser interrompida por um ou mais heteroátomos, por exemplo, O, S, NRN2 (onde RN2 é H ou C1-4 alquil), e/ou anéis aromáticos, por exemplo, benzeno ou piridina;
[024] Y e Y’ são selecionados a partir de O, S, ou NH;
[025] R6’, R7’, R9’ são selecionados a partir dos mesmos grupos que R6, R7 e R9, respectivamente e R10’ e R11’ são os mesmos que R10 e R11, em que se R11 e R11’ são SOzM, M pode representar um cátion divalente farmaceuticamente aceitável.
[026] Um segundo aspecto da presente invenção fornece o uso de um composto do primeiro aspecto da invenção na fabricação de um medicamento para o tratamento de uma doença proliferativa. O segundo aspecto também fornece um composto do primeiro aspecto da invenção para uso no tratamento de uma doença proliferativa.
[027] Um versado na técnica é prontamente capaz de determinar se um conjugado candidato trata ou não de uma condição proliferativa para qualquer tipo de célula particular. Por exemplo, os ensaios que podem, convenientemente, ser usados para avaliar a atividade oferecida por um composto particular são descritos nos exemplos abaixo.
[028] Um terceiro aspecto da presente invenção compreende um composto de fórmula II:
[029] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo,
[030] em que:
[031] R2 é de fórmula III:
[033] onde A é um grupo C5-7 aril, X é
ou NHRN, em que RN é selecionado do grupo que compreende H e C1-4 alquil e quer a. Q1 é uma ligação simples, e Q2 é selecionado a partir de uma ligação simples e -Z-(CH2)n-, onde Z é selecionado a partir de uma ligação simples, O, S e NH e n é de 1 a 3; ou b. Q1 é -CH=CH-, e Q2 é uma ligação simples;
[034] R12 é um grupo C5-10 aril, substituído por um grupo selecionado a partir de OH, CO2H, CO2RO, onde RO é selecionado a partir de C1-4 alquil;
[035] R6 e R9 são independentemente selecionados a partir de H, R, OH, OR, SH, SR, NH2, NHR, NRR’, nitro, Me3Sn e halo;
[036] onde R e R’ são independentemente selecionados a partir de grupos C1-12 alquil, C3-20 heterociclil e C5-20 aril opcionalmente substituídos;
[037] R7 é selecionado a partir de H, R, OH, OR, SH, SR, NH2, NHR, NHRR’, nitro, Me3Sn e halo; i. quer: ii. R10 é grupo de proteção do nitrogênio do carbamato, e R11 é O-ProtO, em que ProtO é um grupo de proteção do oxigênio; ou iii. R10 é um grupo de proteção do nitrogênio do hemi-aminal e R11 é um grupo oxo;
[038] R" é um grupo C3-12 alquileno, cuja cadeia pode ser interrompida por um ou mais heteroátomos, por exemplo, O, S, NRN2 (onde RN2 é H ou C1-4 alquil), e/ou anéis aromáticos, por exemplo, benzeno ou piridina;
[039] Y e Y’ são selecionados a partir de O, S, ou NH;
[040] R6’, R7’, R9’ são selecionados a partir dos mesmos grupos que R6, R7 e R9, respectivamente, e R10’ e R11’ são os mesmos que R10 e R11.
[041] Em um quarto aspecto a presente invenção compreende um método de preparação de um composto de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamen- te aceitável do mesmo, de um composto de fórmula II, ou um sal ou solvato farma- ceuticamente aceitável do mesmo, por desproteção da ligação de imina.
[042] Os compostos de PBD diméricos assimétricos da presente invenção são preparados por diferentes estratégias daquelas anteriormente empregadas na preparação de compostos de PBD diméricos simétricos. Em particular, os presentes inventores desenvolveram um método que envolve a adição de cada substituinte C2 a um núcleo do dímero de PBD simétrico em etapas separadas do método. Por conseguinte, um quinto aspecto da presente invenção fornece um método de produção de um composto do primeiro ou do terceiro aspecto da invenção, que compreende pelo menos uma das etapas do método estabelecido a seguir.
[043] Em um sexto aspecto, a presente invenção refere-se a Conjugados que compreendem dímeros de PBDs ligados a um agente de direcionamento, em que o dímero de PBD é de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável, (supra).
[044] Em algumas modalidades, os conjugados têm a seguinte fórmula IV: 1. L-(LU-D)p (IV)
[045] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que L é uma unidade de Ligação (ou seja, um agente de direcionamento), LU é uma uni-dade Ligante e D é uma unidade de Fármaco que é um dímero de PBD (vide abai-xo). O índice p é de 1 a 20. Assim, os Conjugados compreendem uma unidade de ligação ligada de forma covalente a pelo menos uma unidade de Fármaco por uma unidade ligante. A unidade de ligação, descrita mais completamente abaixo, é um agente de direcionamento que se liga a uma fração alvo. A unidade de ligação pode, por exemplo, se ligar especificamente a um componente celular (um Agente de Ligação de Célula) ou a outras moléculas alvos de interesse. Por conseguinte, a presente invenção também fornece métodos para o tratamento de, por exemplo, vários tipos de cânceres e doenças autoimunes. Estes métodos incluem o uso de conjugados em que a unidade de ligação é um agente de direcionamento, que se liga especificamente a uma molécula alvo. A unidade de ligação pode ser, por exemplo, uma proteína, polipeptídeo ou peptídeo, tal como um anticorpo, um fragmento de ligação ao antígeno de um anticorpo, ou outro agente de ligação, tal como uma proteína de fusão de Fc.
[046] Nos conjugados da presente invenção, o dímero D de PBD é de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, com a exce-
, em que RN é sele cionado do grupo que compreende H e C1-4 alquil, e o asterisco indica o ponto de fixação para o restante da unidade de Fármacos e a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade Ligante.
[047] A carga do fármaco é representada por p, o número de moléculas do fármaco por unidade de ligação (por exemplo, um anticorpo). A carga do fármaco pode variar entre 1 e 20 unidades de Fármaco (D), por unidade de Ligação (por exemplo, Ab ou mAb). Para as composições, p representa a carga média do fármaco dos conjugados na composição, e p varia de 1 a 20.
[048] Em algumas modalidades, p é de cerca de 1 a cerca de 8 unidades de Fármaco por unidades de Ligação. Em algumas modalidades, p é 1. Em algumas modalidades, p é 2. Em algumas modalidades, p é de cerca de 2 a cerca de 8 uni-dades de Fármaco por unidades de Ligação. Em algumas modalidades, p é de cerca de 2 a cerca de 6, 2 a cerca de 5, ou 2 a cerca de 4 unidades de Fármaco por uni-dades de Ligação. Em algumas modalidades, p é cerca de 2, cerca de 4, cerca de 6 ou cerca de 8 unidades de Fármaco por unidades de Ligação.
[049] O número médio de unidades de Fármaco por unidades de Ligação em uma preparação a partir de uma reação de conjugação pode ser caracterizado por meios convencionais, tais como espectroscopia de massa, ensaio de ELISA e HPLC. A distribuição quantitativa dos Conjugados em termos de p pode também ser determinada. Em alguns casos, a separação, purificação e caracterização dos Conjugados homogêneos, em que p é um certo valor, a partir dos Conjugados com outras cargas de fármaco podem ser obtidas por meios tais como HPLC de fase reversa ou eletroforese.
[050] Em um sétimo aspecto, a presente invenção refere-se aos compostos de Ligante-Fármaco (isto é, Fármacos-ligantes) que compreendem dímeros de PBDs (ver acima) ligados a uma unidade de ligação. Estes Fármacos-Ligantes podem ser usados como intermediários para a síntese de Conjugados que compreendem dímeros de PBDs ligados a um agente de direcionamento.
[051] Estes Fármacos-Ligantes têm a seguinte fórmula V: 1. LU-D(V)
[052] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que LU é uma unidade Ligante e D é uma unidade de Fármaco que é um dímero de PBD.
[053] Nos Fármacos-Ligantes da presente invenção, o dímero D de PBD é de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, com a
ou , em que RN é selecionado do grupo que compreende H e C1-4 alquil, e o asterisco incica o ponto de fixação para o restante da unidade de Fármaco e a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade Ligante. Figuras
[054] A Fig. 1 mostra o efeito sobre o volume do tumor de um conjugado da presente invenção, em duas doses diferentes;
[055] A Fig. 2 mostra o efeito sobre o volume do tumor do mesmo conjugado, como na Figura 1 em um tumor diferente. Definições
[056] Cátions Farmaceuticamente Aceitáveis
[057] Exemplos de cátions farmaceuticamente aceitáveis monovalentes e divalentes são discutidos em Berge, et al., J. Pharm. Sci., 66, 1-19 (1977), que é aqui incorporada por referência na sua totalidade e para todos os propósitos.
[058] O cátion farmaceuticamente aceitável pode ser inorgânico ou orgânico.
[059] Exemplos de cátions inorgânicos monovalentes farmaceuticamente aceitáveis incluem, mas não estão limitados a, íons de metais alcalinos, tais como Na+ e K+. Exemplos de cátions inorgânicos divalentes farmaceuticamente aceitável incluem, mas não estão limitados a, cátions alcalino-terrosos tais como Ca2+ e Mg2+. Exemplos de cátions orgânicos farmaceuticamente aceitáveis incluem, mas não estão limitados a, íon de amônio (ou seja, NH4+) e íons de amônio substituídos (por exemplo, NH3R+, NH2R2+, NHR3+, NR4+). Os exemplos de alguns íons de amônio substituídos adequados são os que derivam de: etilamina, dietilamina, diciclo- hexilamina, trietilamina, butilamina, etilenodiamina, etanolamina, dietanolamina, piperazina, benzilamina, fenilbenzilamina, colina, meglumina, e trometamina, assim como os aminoácidos, tais como lisina e arginina. Um exemplo de um íon de amônio quaternário comum é N(CH3)4+. Substituintes
[060] A frase "opcionalmente substituído" tal como usada no presente documento, refere-se a um grupo de origem que pode ser não substituído ou que pode ser substituído.
[061] A menos que especificado de outra forma, o termo "substituído", tal como usado no presente documento, refere-se a um grupo de origem que suporta um ou mais substituintes. O termo "substituinte" é usado no presente documento no sentido convencional e refere-se a uma unidade química que está covalentemente fixa a, ou, se adequado, fundida com, um grupo de origem. Uma ampla variedade de substituintes é bem conhecida, e os métodos para a sua formação e introdução em uma variedade de grupos de origem é também bem conhecida.
[062] Exemplos de substituintes encontram-se descritos em mais detalhes a seguir.
[063] C1-12 alquil: O termo “C1-12 alquil” como usado no presente documento, refere-se a um radical monovalente obtido por remoção de um átomo de hidrogênio a partir de um átomo de carbono de um composto de hidrocarboneto tendoo de1 até 12 átomos de carbono, que pode ser alifático ou aliciclico, e que pode ser saturado ou insaturado (por exemplo, parcialmente insaturado, totalmente insaturado). O termo “C1-4 alquil”, tal como usado no presente documento, refere-se a uma fração monovalente obtida pela remoção de um átomo de hidrogênio a partir de um átomo de carbono de um composto de hidrocarboneto tendo de 1 até 4 átomos de carbono, que pode ser alifático ou alicíclico, e que pode ser saturado ou insaturado (por exemplo, parcialmente insaturado, totalmente insaturado). Da mesma forma, o termo “C1-2alquil”, tal como usado no presente documento, refere-se a uma fração monovalente obtida pela remoção de um átomo de hidrogênio a partir de um átomo de carbono de um composto de hidrocarboneto tendo de 1 a 2 átomos de carbono, por exemplo, metil ou etil.
[064] Desse modo, o termo "alquil" inclui as subclasses de alquenil, alquinil, cicloalquil, etc, discutidas abaixo.
[065] Exemplos de grupos alquil saturados incluem, mas não se limitam a, metil (C1), etil (C2), propil (C3), butil (C4), pentil (C5), hexil (C6) e heptil (C7).
[066] Exemplos de grupos alquil lineares saturados incluem, mas não se limitam a, metil (C1), etil (C2), n-propil (C3), n-butil (C4), n-pentil (amil) (C5), n-hexil (C6) e n-heptil (C7).
[067] Exemplos de grupos alquil ramificados saturados incluem iso-propil (C3), iso-butil (C4), sec-butil (C4), terc-butil (C4), iso-pentil (C5), e neo-pentil (C5).
[068] C2-12 Alquenil: O termo “C2-12 alquenil” como usado no presente docu-mento, refere-se a um grupo alquil tendo uma ou mais ligações duplas de carbono- carbono.
[069] Exemplos de grupos alquenil insaturados incluem, mas não se limitam a, etenil (vinil, -CH=CH2), 1-propenil (-CH=CH-CH3), 2-propenil (alil, -CH-CH=CH2), isopropenil (1-metilvinil, -C(CH3)=CH2), butenil (C4), pentenil (C5), e hexenil (C6).
[070] C2-12 alquinil: O termo “C2-12 alquinil” como usado no presente docu-mento, refere-se a um grupo alquil tendo uma ou mais ligações triplas de carbono- carbono.
[071] Exemplos de grupos alquinil insaturados incluem, mas não se limitam a, etinil (-C=CH) e 2-propinil (propargil, -CH2-C=CH).
[072] C3-12 cicloalquil: O termo “C3-12 cicloalquil” como usado no presente documento, refere-se a um grupo alquil que é também um grupo ciclil; ou seja, uma fração monovalente obtida pela remoção de um átomo de hidrogênio de um átomo de anel alicíclico de um composto de hidrocarboneto cíclico (carbocíclico), cuja fra-ção tem de 3 a 7 átomos de carbono, incluindo de 3 a 7 átomos de anel.
[073] Exemplos de grupos cicloalquil incluem, mas não se limitam a, aqueles derivados de:
[074] compostos de hidrocarboneto monocíclicos saturados:
[075] ciclopropano (C3), ciclobutano (C4), ciclopentano (C5), ciclo-hexano (C6), ciclo-heptano (C7), metilciclopropano (C4), dimetilciclopropano (C5), metilciclo- butano (C5), dimetilciclobutano (C6), metilciclopentano (C6), dimetilciclopentano (C7) e metilciclo-hexano (C7); a. compostos de hidrocarboneto monocíclicos insaturados:
[076] ciclopropeno (C3), ciclobuteno (C4), ciclopenteno (C5), ciclo-hexeno (C6), metilciclopropeno (C4), dimetilciclopropeno (C5), metilciclobuteno (C5), dimetilci- clobuteno (C6), metilciclopenteno (C6), dimetilciclopenteno (C7) e metilciclo-hexeno (C7); e
[077] compostos de hidrocarboneto policíclicos saturados:
[078] norcarano (C7), norpinano (C7), norbornano (C7).
[079] C3-20 heterociclil: O termo “C3-20 heterociclil” como usado no presente documento, refere-se a uma fração monovalente obtida pela remoção de um átomo de hidrogênio de um átomo de anel de um composto heterocíclico, cuja fração tem de 3 a 20 átomos de anel, dos quais de 1 a 10 são heteroátomos de anel. De prefe-rência, cada anel tem de 3 a 7 átomos de anel, dos quais de 1 a 4 são heteroátomos de anel.
[080] Neste contexto, os prefixos (por exemplo, C3-20, C3-7, C5-6, etc.) denotam o número de átomos de anel, ou faixa de número de átomos de anel, quer átomos de carbono ou heteroátomos. Por exemplo, o termo “C5-6heterociclil”, como usado no presente documento, refere-se a um grupo heterociclil tendo de 5 ou 6 átomos de anel.
[081] Exemplos de grupos heterociclil monocíclicos incluem, mas não se limitam a, aqueles derivados de:
[082] N1: aziridina (C3), azetidina (C4), pirrolidina (tetrahidropirrol) (C5), pirro- lina (por exemplo, 3-pirrolina, 2,5-dihidropirrol) (C5), 2H-pirrol ou 3H-pirrol (isopirrol, isoazol) (C5), piperidina (C6), dihidropiridina (C6), tetrahidropiridina (C6), azepina (C7);
[083] O1: oxirano (C3), oxetano (C4), oxolano (tetrahidrofurano) (C5), oxol (di- hidrofurano) (C5), oxano (tetrahidropirano) (C6), dihidropirano (C6), pirano (C6), oxe- pin (C7);
[084] S1: ti-irano (C3), tietano (C4), tiolano (tetrahidrotiofeno) (C5), tiano (te- trahidrotiopirano) (C6), tiepano (C7);
[085] O2: dioxolano (C5), dioxano (C6), e dioxepano (C7);
[086] O3: trioxano (C6);
[087] N2: imidazolidina (C5), pirazolidina (diazolidina) (C5), imidazolina (C5), pirazolina (dihidropirazol) (C5), piperazina (C6);
[088] N1O1: tetrahidro-oxazol (C5), dihidro-oxazol (C5), tetrahidroisoxazol (C5), dihidroisoxazol (C5), morfolina (C6), tetrahidro-oxazina (C6), dihidro-oxazina (C6), oxazina (C6);
[089] N1S1: tiazolina (C5), tiazolidina (C5), tiomorfolina (C6);
[090] N2O1: oxadiazina (C6);
[091] O1S1: oxatiol (C5) e oxatiano (tioxano) (C6); e,
[092] N1O1S1: oxatiazina (C6).
[093] Exemplos de grupos heterociclil monocíclicos substituídos incluem aqueles derivados de sacarídeos, na forma cíclica, por exemplo, furanoses (C5), tais como arabinofuranose, lixofuranose, ribofuranose, e xilofuranose, e piranoses (C6), tais como alopiranose, altropiranose, glicopiranose, manopiranose, gulopiranose, idopiranose, galactopiranose, e talopiranose.
[094] C5-20 aril: O termo “C5-20 aril”, como usado no presente documento, re- fere-se a uma fração monovalente obtida pela remoção de um átomo de hidrogênio de um átomo de anel aromático de um composto aromático, cuja fração tem de 3 a 20 átomos de anel. O termo “C5-7 aril”, como usado no presente documento, refere- se a uma fração monovalente obtida pela remoção de um átomo de hidrogênio de um átomo de anel aromático de um composto aromático, cuja fração tem de 5 a 7 átomos de anel e o termo “C5-10 aril”, como usado no presente documento, refere-se a uma fração monovalente obtida pela remoção de um átomo de hidrogênio de um átomo de anel aromático de um composto aromático, cuja fração tem de 5 to 10 átomos de anel. De preferência, cada anel tem de 5 a 7 átomos de anel.
[095] Neste contexto, os prefixos (por exemplo, C3-20, C5-7, C5-6, C5-10, etc.) denotam o número de átomos de anel, ou faixa de número de átomos de anel, quer átomos de carbono ou heteroátomos. Por exemplo, O termo “C5-6 aril” como usado no presente documento, refere-se a um grupo aril tendo de 5 ou 6 átomos de anel.
[096] Os átomos de anel podem ser todos átomos de carbono, como nos grupos “carboaril”.
[097] Exemplos de gruposcarboaril incluem, mas não se limitam a, aqueles derivados de benzeno (ou seja, fenil) (C6), naftaleno (C10), azuleno (C10), antraceno (C14), fenantreno (C14), naftaceno (C18), e pireno (C16).
[098] Exemplos de grupos aril que compreendem anéis fundidos, pelo me-nos um dos quais sendo um anel aromático, incluem, mas não se limitam a, grupos derivados de indano (por exemplo, 2,3-dihidro-1H-indeno) (C9), indeno (C9), isoinde- no (C9), tetralina (1,2,3,4-tetrahidronaftaleno (C10), acenafteno (C12), fluoreno (C13), fenaleno (C13), acefenantreno (C15), e aceantreno (C16).
[099] Alternativamente, os átomos de anel podem incluir um ou mais hetero- átomos, como nos grupos “heteroaril”. Exemplos de gruposheteroaril monocíclicos incluem, mas não se limitam a, aqueles derivados de:
[0100] N1: pirrol (azol) (C5), piridina (azina) (C6);
[0101] O1: furano (oxol) (C5);
[0102] S1: tiofeno (tiol) (C5);
[0103] N1O1: oxazol (C5), isoxazol (C5), isoxazina (C6);
[0104] N2O1: oxadiazol (furazano) (C5);
[0105] N3O1: oxatriazol (C5);
[0106] N1S1: tiazol (C5), isotiazol (C5);
[0107] N2: imidazol (1,3-diazol) (C5), pirazol (1,2-diazol) (C5), piridazina (1,2-diazina) (C6), pirimidina (1,3-diazina) (C6) (por exemplo, citosina, timina, uracil), pirazina (1,4-diazina) (C6);
[0108] N3: triazol (C5), triazina (C6); e,
[0109] N4: tetrazol (C5).
[0110] Exemplos de heteroaril que compreendem anéis fundidos incluem, mas não se limitam a:
[0111] C9 (com 2 anéis fundidos) derivado de benzofurano (O1), isobenzofu-rano (O1), indol (N1), isoindol (N1), indolizina (N1), indolina (N1), isoindolina (N1), puri- na (N4) (por exemplo, adenina, guanina), benzimidazol (N2), indazol (N2), benzoxazol (N1O1), benzisoxazol (N1O1), benzodioxol (O2), benzofurazano (N2O1), benzotriazol (N3), benzotiofurano (S1), benzotiazol (N1S1), benzotiadiazol (N2S);
[0112] C10 (com 2 anéis fundidos) derivado de cromeno (O1), isocromeno (O1), cromano (O1), isocromano (O1), benzodioxano (O2), quinolina (N1), isoquinolina (N1), quinolizina (N1), benzoxazina (N1O1), benzodiazina (N2), piridopiridina (N2), quinoxalina (N2), quinazolina (N2), cinolina (N2), ftalazina (N2), naftridina (N2), pteridi- na (N4);
[0113] C11 (com 2 anéis fundidos) derivado de benzodiazepina (N2);
[0114] C13 (com 3 anéis fundidos) derivado de carbazol (N1), dibenzofurano (O1), dibenzotiofeno (S1), carbolina (N2), perimidina (N2), piridoindol (N2); e,
[0115] C14 (com 3 anéis fundidos) derivado de acridina (N1), xanteno (O1), tioxanteno (S1), oxantreno (O2), fenoxatiína (O1S1), fenazina (N2), fenoxazina (N1O1), fenotiazina (N1S1), tiantreno (S2), fenantridina (N1), fenantrolina (N2), fenazina (N2).
[0116] Os grupos acima, quer sozinhos ou como parte de um outro substituinte, podem eles próprios ser opcionalmente substituídos com um ou mais grupos selecionados deles próprios e de substituintes adicionais listados a seguir.
[0117] Halo: -F, -Cl, -Br, e -I.
[0118] Hidróxi: -OH.
[0119] Éter: -OR, em que R é um substituinte de éter, por exemplo, um grupo C1-7 alquil (também chamado de um grupo C1-7 alcóxi, discutido a seguir), um grupo C3-20 heterociclil (também chamado de um grupo C3-20 heterociclilóxi), ou um grupo C5-20 aril (também chamado de um grupo C5-20 arilóxi), de preferência, um grupo C1-7alquil.
[0120] Alcóxi: -OR, em que R é um grupo alquil, por exemplo, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos C1-7 alcóxi incluem, mas não se limitam a, -OMe (metóxi), -OEt (etóxi), -O(nPr) (n-propóxi), -O(iPr) (isopropóxi), -O(nBu) (n-butóxi), -O(sBu) (sec-butóxi), -O(iBu) (isobutóxi), e -O(tBu) (terc-butóxi).
[0121] Acetal: -CH(OR1)(OR2), em que R1 e R2 são independentemente substituintes de acetal, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil, ou, no caso de um grupo acetal “cíclico”, R1 e R2, tomados juntos com os dois átomos de oxigênio aos quais eles estão fixos, e os átomos de carbono aos quais eles estão fixos, formam um anel heterocíclico tendo de 4 a 8 átomos de anel. Exemplos de grupos acetal incluem, mas não se limitam a, -CH(OMe)2, -CH(OEt)2, e -CH(OMe)(OEt).
[0122] Hemiacetal: -CH(OH)(OR1), em que R1 é um substituinte de hemiace-tal, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos hemiacetal incluem, mas não se limitam a, -CH(OH)(OMe) e -CH(OH)(OEt).
[0123] Cetal: -CR(OR1)(OR2), onde R1 e R2 são como definidos para acetais, e R é um substituinte de cetal diferente de hidrogênio, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos cetal incluem, mas não se limitam a, -C(Me)(OMe)2, -C(Me)(OEt)2, -C(Me)(OMe)(OEt), -C(Et)(OMe)2, -C(Et)(OEt)2, e -C(Et)(OMe)(OEt).
[0124] Hemicetal: -CR(OH)(OR1), onde R1 é como definidos para hemiace- tais, e R é um substituinte de hemicetal diferente de hidrogênio, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos hemiacetais incluem, mas não se limitam a, -C(Me)(OH)(OMe), -C(Et)(OH)(OMe), -C(Me)(OH)(OEt), e -C(Et)(OH)(OEt).
[0125] Oxo (ceto, -ona): =O.
[0126] Tiona (tiocetona): =S.
[0127] Imino (imina): =NR, em que R é um substituinte de imino, por exem-plo, hidrogênio, grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, hidrogênio ou um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos éster inclu-em, mas não se limitam a, =NH, =NMe, =NEt, e =NPh.
[0128] Formil (carbaaldeído, carboxaaldeído): -C(=O)H.
[0129] Acil (ceto): -C(=O)R, em que R é um substituinte de acil, por exemplo, um grupo C1-7 alquil (também chamado de C1-7 alquilacil ou C1-7 alcanoil), um C3-20 grupo heterociclil (também chamado de C3-20 heterociclilacil), ou um grupo C5-20 aril (também chamado de C5-20 arilacil), de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos acil incluem, mas não se limitam a, -C(=O)CH3 (acetil), -C(=O)CH2CH3 (propionil), -C(=O)C(CH3)3 (t-butiril), e -C(=O)Ph (benzoil, fenona).
[0130] Carbóxi (ácido carboxílico): -C(=O)OH.
[0131] Tiocarbóxi (ácido tiocarboxílico): -C(=S)SH.
[0132] Tiolocarbóxi (ácido tiolocarboxílico): -C(=O)SH.
[0133] Tionocarbóxi (ácido tionocarboxílico): -C(=S)OH.
[0134] Ácido imídico: -C(=NH)OH.
[0135] Ácido hidroxâmico: -C(=NOH)OH.
[0136] Éster (carboxilato, éster de ácido carboxílico, oxicarbonil): -C(=O)OR, em que R é um substituinte de éster, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exem-plos de grupos éster incluem, mas não se limitam a, -C(=O)OCH3, -C(=O)OCH2CH3, -C(=O)OC(CH3)3, e -C(=O)OPh.
[0137] Acilóxi (éster reverso): -OC(=O)R, em que R é um substituinte acilóxi, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos acilóxi incluem, mas não se limitam a, -OC(=O)CH3 (acetóxi), -OC(=O)CH2CH3, -OC(=O)C(CH3)3, -OC(=O)Ph, e -OC(=O)CH2Ph.
[0138] Oxicarboilóxi: -OC(=O)OR, em que R é um substituinte de éster, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos éster incluem, mas não se limitam a, -OC(=O)OCH3, -OC(=O)OCH2CH3, -OC(=O)OC(CH3)3, e -OC(=O)OPh.
[0139] Amina: -NR1R2, em que R1 e R2 são independentemente substituintes de amina, por exemplo, hidrogênio, um grupo C1-7 alquil (também chamado de C1-7 alquilamino ou di-C1-7 alquilamino), um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, H ou um grupo C1-7 alquil, ou, no caso de um grupo amino “cíclico”, R1 e R2, tomados juntos com o átomo de nitrogênio ao qual eles estão fixos, formam um anel heterocíclico tendo de 4 a 8 átomos de anel. Os grupos de amina podem ser primários (-NH2), secundários (-NHR1), ou terciários (-NHR1R2), e na forma ca- tiônica, podem ser quaternários (-+NR1R2R3). Exemplos de grupos amina incluem, mas não se limitam a, -NH2, -NHCH3, -NHC(CH3)2, -N(CH3)2, -N(CH2CH3)2, e -NHPh. Exemplos de grupos amina cíclicos incluem, mas não se limitam a, aziridina, azetidi- na, pirrolidina, piperidina, piperazina, morfolina, e tiomorfolina.
[0140] Amido (carbamoil, carbamil, aminocarbonil, carboxamida): -C(=O)NR1R2, em que R1 e R2 são independentemente substituintes de amina, como definidos para os grupos amina. Exemplos de grupos amido incluem, mas não se limitam a, -C(=O)NH2, -C(=O)NHCH3, -C(=O)N(CH3)2, -C(=O)NHCH2CH3, e -C(=O)N(CH2CH3)2, bem comOs grupos amido em que R1 e R2, juntos com o átomo de nitrogênio ao qual eles estão fixos, formam uma estrutura heterocíclica como em, por exemplo, piperidinacarbonil, morfolinocarbonil, tiomorfolinocarbonil, e pipera- zinocarbonil.
[0141] Tioamido (tiocarbamil): -C(=S)NR1R2, em que R1 e R2 são indepen-dentemente substituintes de amina, como definidos para grupos amina. Exemplos de grupos amido incluem, mas não se limitam a, -C(=S)NH2, -C(=S)NHCH3, -C(=S)N(CH3)2, e -C(=S)NHCH2CH3.
[0142] Acilamido (acilamina): -NR1C(=O)R2, em que R1 é um substituinte de amida, por exemplo, hidrogênio, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, hidrogênio ou um grupo C1-7 alquil, e R2 é um substituinte de acil, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, hidrogênio ou um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos acilamida incluem, mas não se limitam a, -NHC(=O)CH3, -NHC(=O)CH2CH3, e -NHC(=O)Ph. R1 e R2 podem juntos formar uma estrutura cíclica, como em, por exemplo, succinimidil, maleimidil, e ftalimidil:
succinimidilimidyl maleimidil midyl ftalimidil midyl
[0143] Aminocarbonilóxi: -OC(=O)NR1R2, em que R1 e R2 são independen-temente substituintes de amino, como definidos para os grupos amina. Exemplos de grupos aminocarbonilóxi incluem, mas não se limitam a, -OC(=O)NH2, - OC(=O)NHMe, -OC(=O)NMe2, e -OC(=O)NEt2.
[0144] Ureído: -N(R1)CONR2R3 em que R2 e R3 são independentemente substituintes de amino, como definidos para grupos amina, e R1 é um substituinte de ureído, por exemplo, hidrogênio, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, hidrogênio ou um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos ureído incluem, mas não se limitam a, -NHCONH2, -NHCONHMe, -NHCONHEt, -NHCONMe2, -NHCONEt2, -NMeCONH2, -NMeCONHMe, -NMeCONHEt, -NMeCONMe2, e -NMeCONEt2.
[0145] Guanidina: -NH-C(=NH)NH2.
[0146] Tetrazolil: um anel aromático de cinco membros tendo quatro átomos de nitrogênio e um átomo de carbono,
[0147] Imino: =NR, em que R é um substituinte de imino, por exemplo, hi-drogênio, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, H ou um grupo C1-7alquil. Exemplos de grupos imino incluem, mas não se limitam a, =NH, =NMe, e =NEt.
[0148] Amidina (amidina): -C(=NR)NR2, em que cada R é um substituinte de amidina, por exemplo, hidrogênio, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, H ou um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos amidina incluem, mas não se limitam a, -C(=NH)NH2, -C(=NH)NMe2, e -C(=NMe)NMe2.
[0149] Nitro: -NO2.
[0150] Nitroso: -NO.
[0151] Azida: -N3.
[0152] Ciano (nitrila, carbonitrila): -CN.
[0153] Isociano: -NC.
[0154] Cianato: -OCN.
[0155] Isocianato: -NCO.
[0156] Tiociano (tiocianato): -SCN.
[0157] Isotiociano (isotiocianato): -NCS.
[0158] Sulfidril (tiol, mercapto): -SH.
[0159] Tioéter (sulfeto): -SR, em que R é um substituinte de tioéter, por exemplo, um grupo C1-7 alquil (também chamado de um grupo C1-7alquiltio), um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos C1-7 alquiltio incluem, mas não se limitam a, -SCH3 e -SCH2CH3.
[0160] Dissulfeto: -SS-R, em que R é um substituinte de dissulfeto, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil (também chamado no presente documento de C1-7 alquil dissulfeto). Exemplos de grupos C1-7 alquil dissulfeto incluem, mas não se limitam a, -SSCH3 e -SSCH2CH3.
[0161] Sulfina (sulfinil, sulfóxido): -S(=O)R, em que R é um substituinte de sulfina, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos sulfina incluem, mas não se limitam a, -S(=O)CH3 e -S(=O)CH2CH3.
[0162] Sulfona (sulfonil): -S(=O)2R, em que R é um substituinte de sulfona, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil, incluindo, por exemplo, um grupo C1-7 alquil fluo- rado ou perfluorado. Exemplos de grupos sulfona incluem, mas não se limitam a, -S(=O)2CH3 (metanossulfonil, mesil), -S(=O)2CF3 (triflil), -S(=O)2CH2CH3 (esil), -S(=O)2C4F9 (nonaflil), -S(=O)2CH2CF3 (tresil), -S(=O)2CH2CH2NH2 (tauril), -S(=O)2Ph (fenil sulfonil, besil), 4-metilfenil sulfonil (tosil), 4-clorofenil sulfonil (closil), 4-bromofenil sulfonil (brosil), 4-nitrofenil (nosil), 2-naftaleno sulfonato (napsil), e 5-dimetilamino-naftalen-1-il sulfonato (dansil).
[0163] Ácido sulfínico (sulfino): -S(=O)OH, -SO2H.
[0164] Ácido sulfônico (sulfo): -S(=O)2OH, -SO3H.
[0165] Sulfinato (éster de ácido sulfínico): -S(=O)OR; em que R é um substi- tuinte de sulfinato, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos sulfina- to incluem, mas não se limitam a, -S(=O)OCH3 (metóxi sulfinil; metil sulfinato) e -S(=O)OCH2CH3 (etóxi sulfinil; etil sulfinato).
[0166] Sulfonato (éster de ácido sulfônico): -S(=O)2OR, em que R é um substituinte de sulfonato, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heteroci- clil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos sulfonato incluem, mas não se limitam a, -S(=O)2OCH3 (metóxi sulfonil; metil sulfonato) e -S(=O)2OCH2CH3 (etóxi sulfonil; etil sulfonato).
[0167] Sulfinilóxi: -OS(=O)R, em que R é um substituinte de sulfinilóxi, por exemplo, um C1-7 alquil grupo, um C3-20 heterociclil grupo, ou um C5-20 grupo aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos sulfinilóxi incluem, mas não se limitam a, -OS(=O)CH3 e -OS(=O)CH2CH3.
[0168] Sulfonilóxi: -OS(=O)2R, em que R é um substituinte de sulfonilóxi, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos sulfonilóxi incluem, mas não se limitam a, -OS(=O)2CH3 (mesilato) e -OS(=O)2CH2CH3 (esilato).
[0169] Sulfato: -OS(=O)2OR; em que R é um substituinte de sulfato, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos sulfato incluem, mas não se limitam a, -OS(=O)2OCH3 e -SO(=O)2OCH2CH3.
[0170] Sulfamil (sulfamoil; amida de ácido sulfínico; sulfinamida): -S(=O)NR1R2, em que R1 e R2 são independentemente substituintes de amino, como definidos para aminOs grupos. Exemplos de grupos sulfamil incluem, mas não se limitam a, -S(=O)NH2, -S(=O)NH(CH3), -S(=O)N(CH3)2, -S(=O)NH(CH2CH3), -S(=O)N(CH2CH3)2, e -S(=O)NHPh.
[0171] Sulfonamido (sulfinamoil; amida de ácido sulfônico; sulfonamida): -S(=O)2NR1R2, em que R1 e R2 são independentemente substituintes de amino, como definidos para grupos amina. Exemplos de grupos sulfonamido incluem, mas não se limitam a, -S(=O)2NH2, -S(=O)2NH(CH3), -S(=O)2N(CH3)2, -S(=O)2NH(CH2CH3), -S(=O)2N(CH2CH3)2, e -S(=O)2NHPh.
[0172] Sulfamino: -NR1S(=O)2OH, em que R1 é um substituinte amino, como definidos para grupos amino. Exemplos de grupos sulfamino incluem, mas não se limitam a, -NHS(=O)2OH e -N(CH3)S(=O)2OH.
[0173] Sulfonamino: -NR1S(=O)2R, em que R1 é um substituinte de amino, como definidos para grupos amino, e R é um substituinte de sulfonamino, por exem-plo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de prefe-rência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos sulfonamino incluem, mas não se limitam a, -NHS(=O)2CH3 e -N(CH3)S(=O)2C6H5.
[0174] Sulfinamina: -NR1S(=O)R, em que R1 é um substituinte de amina, como definidos para grupos amina, e R é um substituinte de sulfinamino, por exem-plo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de prefe-rência, um grupo C1-7 alquil. Exemplos de grupos sulfinamino incluem, mas não se limitam a, -NHS(=O)CH3 e -N(CH3)S(=O)C6H5.
[0175] Fosfino (fosfina): -PR2, em que R é um substituinte de fosfino, por exemplo, -H, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, -H, um grupo C1-7 alquil, ou um grupo C5-20 aril. Exemplos de grupos fosfino incluem, mas não se limitam a, -PH2, -P(CH3)2, -P(CH2CH3)2, -P(t-Bu)2, e -P(Ph)2.
[0176] Fosfo: -P(=O)2.
[0177] Fosfinil (óxido de fosfina): -P(=O)R2, em que R é um substituinte de fosfinil, por exemplo, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, um grupo C1-7 alquil ou um grupo C5-20 aril. Exemplos de grupos fosfinil incluem, mas não se limitam a, -P(=O)(CH3)2, -P(=O)(CH2CH3)2, -P(=O)(t-Bu)2, e -P(=O)(Ph)2.
[0178] Ácido fosfônico (fosfono): -P(=O)(OH)2.
[0179] Fosfonato (éster de fosfono): -P(=O)(OR)2, onde R é um substituinte de fosfonato, por exemplo, -H, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, -H, um grupo C1-7 alquil, ou um grupo C5-20 aril. Exemplos de grupos fosfonato incluem, mas não se limitam a, -P(=O)(OCH3)2, -P(=O)(OCH2CH3)2, -P(=O)(O-t-Bu)2, e -P(=O)(OPh)2.
[0180] Ácido fosfórico (fosfono-óxi): -OP(=O)(OH)2.
[0181] Fosfato (éster de fosfono-óxi): -OP(=O)(OR)2, onde R é um substituin- te de Fosfato, por exemplo, -H, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, -H, um grupo C1-7 alquil, ou um grupo C5-20 aril. Exemplos de grupos Fosfato incluem, mas não se limitam a, -OP(=O)(OCH3)2, -OP(=O)(OCH2CH3)2, -OP(=O)(O-t-Bu)2, e -OP(=O)(OPh)2.
[0182] Ácido fosforoso: -OP(OH)2.
[0183] Fosfito: -OP(OR)2, onde R é um substituinte de Fosfito, por exemplo, - H, um grupo C1-7 alquil, um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de prefe-rência, -H, um grupo C1-7 alquil, ou um grupo C5-20 aril. Exemplos de grupos Fosfito incluem, mas não se limitam a, -OP(OCH3)2, -OP(OCH2CH3)2, -OP(O-t-Bu)2, e -OP(OPh)2.
[0184] Fosforamidita: -OP(OR1)-NR22, onde R1 e R2 são substituintes de fos- foramidita, por exemplo, -H, um grupo C1-7 alquil (opcionalmente substituído), um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, -H, um grupo C1-7 al- quil, ou um grupo C5-20 aril.
[0185] Exemplos de grupos fosforamidita incluem, mas não se limitam a, -OP(OCH2CH3)-N(CH3)2, -OP(OCH2CH3)-N(i-Pr)2, e -OP(OCH2CH2CN)-N(i-Pr)2.
[0186] Fosforamidato: -OP(=O)(OR1)-NR22, onde R1 e R2 são substituintes de fosforamidato, por exemplo, -H, um grupo C1-7 alquil (opcionalmente substituído), um grupo C3-20 heterociclil, ou um grupo C5-20 aril, de preferência, -H, um grupo C1-7 alquil, ou um grupo C5-20 aril. Exemplos de grupos fosforamidato incluem, mas não se limitam a, -OP(=O)(OCH2CH3)-N(CH3)2, -OP(=O)(OCH2CH3)-N(i-Pr)2, e -OP(=O)(OCH2CH2CN)-N(i-Pr)2. Alquileno
[0187] C3-12 alquileno: O termo “C3-12 alquileno”, como usado no presente documento, refere-se a uma fração bidentada obtida pela remoção de dois átomos de hidrogênio, quer ambos do mesmo átomo de carbono, ou um de cada um dos dois diferentes de carbono, de um composto de hidrocarboneto tendo de 3 a 12 átomos de carbono (a menos que especificado de outro modo), que pode ser alifáti- co ou alicíclico, e que pode ser saturado, parcialmente insaturado, ou completamen-te insaturado. Sendo assim, o termo “alquileno” inclui as subclassses de alquenileno, alquinileno, cicloalquileno, etc., discutido a seguir.
[0188] Exemplos de grupos C3-12 alquileno lineares saturados incluem, mas não se limitam a, -(CH2)n- onde n é um inteiro de 3 a 12, por exemplo, -CH2CH2CH2- (propileno), -CH2CH2CH2CH2- (butileno), -CH2CH2CH2CH2CH2- (pentileno) e -CH2CH2CH2CH-2CH2CH2CH2- (heptileno).
[0189] Exemplos de grupos C3-12 alquileno saturados ramificados incluem, mas não se limitam a, -CH(CH3)CH2-, -CH(CH3)CH2CH2-, -CH(CH3)CH2CH2CH2-, -CH2CH(CH3)CH2-, -CH2CH(CH3)CH2CH2-, -CH(CH2CH3)-, -CH(CH2CH3)CH2-, e -CH2CH(CH2CH3)CH2-.
[0190] Exemplos de grupos C3-12 alquileno lineares parcialmente insaturados (grupos C3-12 alquenileno, e alquinileno) incluem, mas não se limitam a, -CH=CH-CH2-, -CH2-CH=CH2-, -CH=CH-CH2-CH2-, -CH=CH-CH2-CH2-CH2-, -CH=CH-CH=CH-, -CH=CH-CH=CH-CH2-, -CH=CH-CH=CH-CH2-CH2-, -CH=CH- CH2-CH=CH-, -CH=CH-CH2-CH2-CH=CH-, e -CH2-CEC-CH2-.
[0191] Exemplos de grupos C3-12 alquileno parcialmente insaturados ramifi-cados (grupos C3-12 alquenileno e alquinileno) incluem, mas não se limitam a, -C(CH3)=CH-, -C(CH3)=CH-CH2-, -CH=CH-CH(CH3)- e -CEC-CH(CH3)-.
[0192] Exemplos de grupos C3-12 alquileno alicíclicos saturados (C3-12 cicloal- quilenos) incluem, mas não se limitam a, ciclopentileno (por exemplo, ciclopent-1,3- ileno), e ciclo-hexileno (por exemplo, ciclo-hex-1,4-ileno).
[0193] Exemplos de grupos C3-12 alquileno alicíclicos parcialmente insatura- dos (C3-12 cicloalquilenos) incluem, mas não se limitam a, ciclopentenileno (por exemplo, 4-ciclopenten-1,3-ileno), ciclo-hexenileno (por exemplo, 2-ciclo-hexen-1,4- ileno; 3-ciclo-hexen-1,2-ileno; 2,5-ciclo-hexadien-1,4-ileno).
[0194] Grupo de proteção de oxigênio: o termo “grupo de proteção de oxigê-nio” refere-se a uma fração que mascara um grupo hidróxi, e estes são bem conhe-cidos na técnica. Um grande número de grupos adequados está descrito nas pági-nas 23 a 200 de Greene, T.W. and Wuts, G.M., Protective Groups in Organic Synthesis, 3° Edição, John Wiley & Sons, Inc., 1999, que é incorporado no presente documento por referência na sua totalidade e para todos os propósitos. As classes de interesse particular incluem éteres de silila (por exemplo, TMS, TBDMS), éteres de metila substituídos (por exemplo, THP) e ésteres (por exemplo, acetato).
[0195] Grupo de proteção do nitrogênio do carbamato: O termo “grupo de proteção do nitrogênio do carbamato” refere-se a uma fração que mascara o nitro-gênio na ligação de imina, e estes são bem conhecidos na técnica. Estes grupos têm a seguinte estrutura:
[0196] em que R’10 é R conforme definido acima. Um grande número de gru-pos adequados está descrito nas páginas 503 a 549 de Greene, T.W. e Wuts, G.M., Protective Groups in Organic Synthesis, 3° Edição, John Wiley & Sons, Inc., 1999, que é incorporado no presente documento por referência na sua totalidade e para todos os propósitos.
[0197] Grupo de proteção de nitrogênio de hemi-aminal: O termo “grupo de proteção de nitrogênio de hemi-aminal” refere-se a um grupo tendo a seguinte estru-tura:
[0198] em que R’10 é R conforme definido acima. Um grande número de gru-pos adequados está descrito nas páginas 633 a 647 comOs grupos de proteção de amida de Greene, T.W. e Wuts, G.M., Protective Groups in Organic Synthesis, 3° Edição, John Wiley & Sons, Inc., 1999, que é incorporado no presente documento por referência na sua totalidade e para todos os propósitos. Conjugados
[0199] A presente invenção fornece Conjugados que compreende um dímero de PBD conectado a uma unidade de Ligação por meio de uma unidade Ligante. Em uma modalidade, a unidade Ligante inclui uma unidade de Estirador (A), uma unidade de Especificidade (L1), e uma unidade de Espaçador (L2). A unidade Ligante é conectada em uma extremidade à unidade de Ligação (L), e na outra extremidade ao composto de dímero de PBD (D).
[0200] Em um aspecto, tal Conjugado é mostrado abaixo na fórmula IVa: 1. L- (A1a-L1s-L2y-D)p (IVa)
[0201] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que:
[0202] L é a unidade de Ligação; e
[0203] -A1a-L1s-L2y- é uma unidade Ligante (LU), em que:
[0204] -A1- é uma unidade de Esticador,
[0205] a é 1 ou 2,
[0206] -L1- é uma unidade de Especificidade,
[0207] s é um inteiro que varia de 0 a 12,
[0208] -L2- é uma unidade de Espaçador,
[0209] y é 0, 1 ou 2;
[0210] -D é um dímero de PBD; e
[0211] p é de 1 a 20.
[0212] Em um outro aspecto, tal Conjugado é mostrado abaixo na fórmula IVb: L1s | L-(A1a- L2y-D)p (IVb)
[0213] Também ilustrado como: L-(A1a- L2y (- L1s) -D)p (IVb)
[0214] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que:
[0215] L é a unidade de Ligação; e
[0216] -A1a-L1s(L2y)- é uma unidade Ligante (LU), em que:
[0217] -A1- é uma unidade de Esticador ligada a uma unidade de Esticador (L2),
[0218] a é 1 ou 2,
[0219] -L1- é uma unidade de Especificidade ligada a uma unidade de Esti-cador (L2),
[0220] s é um inteiro que varia de 0 a 12,
[0221] -L2- é uma unidade de Espaçador,
[0222] y é 0, 1 ou 2;
[0223] -D é um dímero de PBD; e
[0224] p é de 1 a 20. Preferências
[0225] As preferências a seguir podem se aplicar a todos os aspectos da in- venção conforme descrito acima, ou podem se referir a um único aspecto. As prefe-rências podem ser combinadas juntas em qualquer combinação.
[0226] Em uma modalidade, o Conjugado tem a fórmula: L- (A1a-L1s-L2y-D)p L- (A1a-Ls1-D)p, L- (A1-L1-D)p or L- (A1-D)p
[0227] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que L, A1, a, L1, s, L2, D, y e p são conforme descrito acima.
[0228] Em uma modalidade, a unidade de Ligação (L) é um Agente de Liga-ção de Célula (CBA) que se liga especificamente a uma molécula alvo sobre a su-perfície da célula alvo. Uma fórmula exemplar é ilustrada abaixo:
[0229] onde o asterisco indica o ponto de fixação à unidade de Fármaco (D), CBA é o Agente de Ligação de Célula, L1 é uma unidade de Especificidade, A1 é uma unidade de Esticador que conecta L1 ao Agente de Ligação de Célula, L2 é uma unidade de Espaçador, que é uma ligação Covalente, um grupo autoimolativo ou juntos com -OC(=O)- forma um grupo autoimolativo, e L2 é opcional. -OC(=O)- pode ser considerado como sendo parte de L1 ou L2, conforme apropriado.
[0230] Em uma outra modalidade, a unidade de Ligação (L) é um Agente de Ligação de Célula (CBA) que se liga especificamente a uma molécula alvo sobre a superfície da célula alvo. Uma fórmula exemplar é ilustrada abaixo: CBA — A1 a — L1s — L2y — a. onde o asterisco indica o ponto de fixação à unidade de Fármaco (D), CBA é o Agente de Ligação de Célula, L1 é uma unidade de Especificidade, A1 é uma unidade de Esticador que conecta L1 ao Agente de Ligação de Célula, L2 é uma unidade de Espaçador que é uma ligação Covalente ou um grupo autoimolativo, e a é 1 ou 2, s é 0, 1 ou 2, e y é 0 ou 1 ou 2.
[0231] Nas modalidades ilustradas acima, L1 pode ser uma unidade de Es-pecificidade clivável, e pode ser chamado de um “desencadeador” que quando cli-vado ativa um grupo autoimolativo (ou grupos autoimolativos) L2, quando um gru- po(s) autoimolativo é presente. Quando a unidade de Especificidade L1 é clivada, ou a ligação (ou seja, a ligação covalente) entre L1 e L2 é clivada, o grupo autoimolativo libera a unidade de Fármaco (D).
[0232] Em uma outra modalidade, a unidade de Ligação (L) é um Agente de Ligação de Célula (CBA) que se liga especificamente a uma molécula alvo sobre a superfície da célula alvo. Uma fórmula exemplar é ilustrada abaixo:
[0233] onde o asterisco indica o ponto de fixação ao Fármaco (D), CBA é o Agente de Ligação de Célula, L1 é uma unidade de Especificidade conectada a L2, A1 é uma unidade de Esticador que conecta L2 ao Agente de Ligação de Célula, L2 é um grupo autoimolativo, e a é 1 ou 2, s é 1 ou 2, e y é 1 ou 2.
[0234] Nas várias modalidades discutidas no presente documento, a nature-za de L1 e L2 pode variar amplamente. Estes grupos são escolhidos com base em suas características, que pode ser ditado em parte, pelas condições no sítio ao qual o conjugado é liberado. Onda unidade de Especificidade L1 é clivável, a estrutura e/ou sequência de L1 é selecionada de tal modo que a mesma seja clivada por ação de enzimas presentes no sítio alvo (por exemplo, a célula alvo). As unidades de L1 que são cliváveis por alterações no pH (por exemplo, o ácido ou base lábil), temperatura ou por irradiação (por exemplo, fotolábeis) também podem ser usadas. As unidades de L1 que são cliváveis sob as condições de redução ou de oxidação podem também ser usadas nos Conjugados.
[0235] Em algumas modalidades, L1 pode compreender um aminoácido ou uma sequência contígua de aminoácidos. A sequência de aminoácidos pode ser o substrato alvo para uma enzima.
[0236] Em uma modalidade, L1 é clivável por ação de uma enzima. Em uma modalidade, a enzima é uma esterase ou uma peptidase. Por exemplo, L1 pode ser clivado por uma protease lisossomal, tal como catepsina.
[0237] Em uma modalidade, L2 está presente e em conjunto com -C(=O)O- forma um grupo autoimolativo ou grupos autoimolativos. Em algumas modalidades, -C(=O)O- também é um grupo autoimolativo.
[0238] Em uma modalidade, onde L1 é clivável por ação de uma enzima e L2 está presente, a enzima cliva a ligação entre L1 e L2, em que o(s) grupo autoimolativo libera a unidade de Fármaco.
[0239] L1 e L2, quando presentes, podem ser ligados por uma ligação selecionada a partir de:
[0239] -C(=O)NH-,
[0240] -C(=O)O-,
[0241] -NHC(=O)-,
[0242] -OC(=O)-,
[0243] -OC(=O)O-,
[0244] -NHC(=O)O-,
[0245] -OC(=O)NH-,
[0246] -NHC(=O)NH, e
[0247] -O- (a glycosidic bond).
[0248] Um grupo amina de L1 que se conecta a L2 pode ser o N-terminal de um aminoácido ou pode ser derivado de um grupo amino de uma cadeia lateral de aminoácido, por exemplo, uma cadeia lateral de aminoácido lisina.
[0249] Um grupo carboxil de L1 que se conecta a L2 pode ser um C-terminal de um aminoácido ou pode ser derivado de um grupo carboxil de uma cadeia lateral de aminoácido, por exemplo, uma cadeia lateral de aminoácido ácido glutâmico.
[0250] Um grupo hidróxi de L1 que se conecta a L2 pode ser derivado de um grupo hidróxi de uma cadeia lateral de aminoácido, por exemplo, uma cadeia lateral de aminoácido serina.
[0251] Em uma modalidade, -C(=O)O- e L2 juntos formam o grupo:
[0252] onde o asterisco indica o ponto de fixação à unidade de Fármaco, a linha ondulada indica o ponto de fixação a L1, Y é -N(H)-, -O-, -C(=O)N(H)- ou -C(=O)O-, e n é 0 a 3. O anel de fenileno é opcionalmente substituído com um, dois, ou três substituintes conforme descrito no presente documento.
[0253] Em uma modalidade, Y é NH.
[0254] Em uma modalidade, n é 0 ou 1. De preferência, n é 0.
[0255] Quando Y é NH e n é 0, o grupo autoimolativo pode ser chamado de um ligante de p-aminobenzilcarbonil (PABC).
[0256] O grupo autoimolativo vai permitir a liberação da unidade de Fármaco (ou seja, o PBD assimétrico) quando um sítio remoto no ligante é ativado, prosse- guindo ao longo das linhas mostradas abaixo (para n=0):
[0257] onde o asterisco indica a fixação ao Fármaco, L* é a forma ativada da porção restante of the ligante e a unidade de Fármaco liberada não é mostrada. Es tes grupos têm a vantagem de separar o sítio de ativação do Fármaco.
[0258] Em uma outra modalidade, -C(=O)O- e L2 juntos formam um grupo selecionado a partir de:
[0259] onde o asterisco, a linha ondulada, Y, e n são conforme definidos acima. Cada anel de fenileno é opcionalmente substituído com um, dois, ou três substituintes conforme descrito no presente documento. Em uma modalidade, o anel de fenileno tendo o substituinte Y é opcionalmente substituído e o anel de fenileno não tendo o substituinte Y é não substituído.
[0260] Em uma outra modalidade, -C(=O)O- e L2 juntos formam um grupo selecionado a partir de:
[0261] onde o asterisco, a linha ondulada, Y, e n são conforme definidos acima, E é O, S ou NR, D é N, CH, ou CR, e F é N, CH, ou CR.
[0262] Em uma modalidade, D é N.
[0263] Em uma modalidade, D é CH.
[0264] Em uma modalidade, E é O ou S.
[0265] Em uma modalidade, F é CH.
[0266] Em uma modalidade preferida, a ligação covalente entre L1 e L2 é uma ligação lábil de catepsina (por exemplo, clivável).
[0267] Em uma modalidade, L1 compreende um dipeptídeo. O aminoácido no dipeptídeo pode ser qualquer combinação de aminoácidos naturais e aminoácidos não naturais. Em algumas modalidades, o dipeptídeo compreende aminoácidos na-turais. Quando o ligante é um ligante lábil de catepsina, o dipeptídeo é o sítio de ação para a clivagem mediada por catepsina. O dipeptídeo é então um sítio de reco-nhecimento para a catepsina.
[0268] Em uma modalidade, o grupo -X1-X2- no dipeptídeo, -NH-X1-X2-CO-, é selecionado a partir de:
[0269] -Phe-Lys-,
[0270] -Val-Ala-,
[0271] -Val-Lys-,
[0272] -Ala-Lys-,
[0273] -Val-Cit-,
[0274] -Phe-Cit-,
[0275] -Leu-Cit-,
[0276] -Ile-Cit-,
[0277] -Phe-Arg-, e
[0278] -Trp-Cit-;
[0279] onde Cit é citrulina. Nesse dipeptídeo, -NH- é o grupo amino de X1, e CO é o grupo carbonil de X2.
[0280] De preferência, o grupo -X1-X2- no dipeptídeo, -NH-X1-X2-CO-, é sele-cionado a partir de:
[0281] -Phe-Lys-,
[0282] -Val-Ala-,
[0283] -Val-Lys-,
[0284] -Ala-Lys-, e
[0285] -Val-Cit-.
[0286] Com mais preferência, o grupo -X1-X2- no dipeptídeo, -NH-X1-X2-CO-, é -Phe-Lys-, Val-Cit ou -Val-Ala-.
[0287] Outras combinações de dipeptídeo de interesse incluem:
[0288] -Gly-Gly-,
[0289] -Pro-Pro-, e
[0290] -Val-Glu-.
[0291] Outras combinações de dipeptídeos podem ser usadas, incluindo as descritas por Dubowchik et al., que é incorporado no presente documento por refe-rência na sua totalidade e para todos os propósitos.
[0292] Em uma modalidade, a cadeia lateral de aminoácido é protegida qui-micamente, onde apropriado. O grupo de proteção de cadeia lateral pode ser um grupo como discutido a seguir. As sequências de aminoácidos protegidas são cliváveis por enzimas. Por exemplo, uma sequência de dipeptídeo que compreende um resíduo Lys protegido na cadeia lateral de Boc é clivável por catepsina.
[0293] Os grupos de proteção para as cadeias laterais de aminoácidos são conhecidos na técnica e são descritos no catálogo Novabiochem. Outras estratégias de grupos de proteção são estabelecidas em Protective groups in Organic Synthesis, Greene e Wuts.
[0294] Os grupos de proteção da cadeia lateral possíveis são mostrados a seguir para os aminoácidos que têm a funcionalidade da cadeia lateral reativa:
[0295] Arg: Z, Mtr, Tos;
[0296] Asn: Trt, Xan;
[0297] Asp: Bzl, t-Bu;
[0298] Cys: Acm, Bzl, Bzl-OMe, Bzl-Me, Trt;
[0299] Glu: Bzl, t-Bu;
[0300] Gln: Trt, Xan;
[0301] Hé: Boc, Dnp, Tos, Trt;
[0302] Lys: Boc, Z-Cl, Fmoc, Z;
[0303] Ser: Bzl, TBDMS, TBDPS;
[0304] Thr: Bz;
[0305] Trp: Boc;
[0306] Tyr: Bzl, Z, Z-Br.
[0307] Em uma modalidade, -X2- é conectado indiretamente à unidade de Fármaco. Em tal modalidade, a unidade de Espaçador L2 está presente.
[0308] Em uma modalidade, -X2- é conectado diretamente à unidade de Fármaco. Em tal modalidade, a unidade de Espaçador L2 está ausente.
[0309] Em uma modalidade, o dipeptídeo é usado em combinação com um grupo(s) autoimolativo (a unidade de Espaçador). O(s) grupo autoimolativo pode ser conectado a -X2-.
[0310] Quando um grupo autoimolativo está presente, -X2- é conectado dire-tamente ao grupo autoimolativo. Em uma modalidade, -X2- é conectado ao grupo Y do grupo autoimolativo. De preferência, o grupo -X2-CO- é conectado a Y, onde Y é NH.
[0311] Em uma modalidade, -X1- é conectado diretamente a A1. De prefe-rência, o grupo NH-X1- (o terminal amino de X1) é conectado a A1. A1 pode compre-ender a funcionalidade -CO- desse modo para formar uma ligação de amida com - X1-.
[0312] Em uma modalidade, L1 e L2 juntos com -OC(=O)- compreendem o grupo -X1-X2-PABC-. O grupo PABC é conectado diretamente à unidade de Fárma- co. Em um exemplo, o grupo autoimolativo e o dipeptídeo juntos formam o grupo - Phe-Lys-PABC-, que é ilustrado abaixo:
[0313] onde o asterisco indica o ponto de fixação à unidade de Fármaco, e a linha ondulada indica o ponto de fixação à porção restante de L1 ou o ponto de fixa-ção a A1. De preferência, a linha ondulada indica o ponto de fixação a A1.
[0314] Alternativamente, o grupo autoimolativo e o dipeptídeo juntos formam
[0315] onde o asterisco e a linha ondulada são conforme definidos acima.
[0316] Em uma outra modalidade, L1 e L2 juntos com -OC(=O)- representam:
[0317] onde o asterisco indica o ponto de fixação à unidade de Fármaco, a linha ondulada indica o ponto de fixação a A1, Y é uma ligação covalente ou um grupo funcional, e E é um grupo que é suscetível à clivagem para desse modo ativar um grupo autoimolativo.
[0318] E é selecionado de tal modo que o grupo é suscetível à clivagem, por exemplo, por luz, ou por ação de uma enzima. E pode ser -NO2 ou ácido glucurônico (por exemplo, p-ácido glucurônico). O primeiro pode ser suscetível à ação de uma nitrorredutase, este último à ação de uma β-glucuronidase.
[0319] O grupo Y pode ser uma ligação covalente.
[0320] O grupo Y pode ser um grupo funcional selecionado a partir de:
[0321] -C(=O)-
[0322] -NH-
[0323] -O-
[0324] -C(=O)NH-,
[0325] -C(=O)O-,
[0326] -NHC(=O)-,
[0327] -OC(=O)-,
[0328] -OC(=O)O-,
[0329] -NHC(=O)O-,
[0330] -OC(=O)NH-,
[0331] -NHC(=O)NH-,
[0332] -NHC(=O)NH,
[0333] -C(=O)NHC(=O)-,
[0334] SO2, e
[0335] -S-.
[0336] O grupo Y é, de preferência, -NH-, -CH2_, -O-, e -S-.
[0337] Em algumas modalidades, L1 e L2 juntos com -OC(=O)- representam:
[0338] onde o asterisco indica o ponto de fixação à unidade de Fármaco, a linha ondulada indica o ponto de fixação a A, Y é uma ligação covalente ou um gru-po funcional e E é ácido glucurônico (por exemplo, p-ácido glucurônico). Y é de pre-ferência, um grupo funcional selecionado a partir de
[0339] -NH-.
[0340] Em algumas modalidades, L1 e L2 juntos representam:
[0341] onde o asterisco indica o ponto de fixação ao restante de L2 ou à uni-dade de Fármaco, a linha ondulada indica o ponto de fixação a A1, Y é uma ligação covalente ou um grupo funcional e E é ácido glucurônico (por exemplo, p-ácido glu- curônico). Y é de preferência, um grupo funcional selecionado a partir de -NH-, - CH2_, -O-, e -S-.
[0342] Em algumas modalidades adicionais, Y é um grupo funcional confor-me estabelecido acima, o grupo funcional é ligado a um aminoácido, e o aminoácido é ligado à unidade de Esticador A1. Em algumas modalidades, o aminoácido é p- alanina. Em tal modalidade, o aminoácido é equivalentemente considerado parte da unidade de Esticador.
[0343] A unidade de Especificidade L1 e a unidade de Ligação são indireta-mente conectadas através de uma unidade de Esticador.
[0344] L1 e A1 podem ser conectados por uma ligação selecionada a partir de:
[0345] -C(=O)NH-,
[0346] -C(=O)O-,
[0347] -NHC(=O)-,
[0348] -OC(=O)-,
[0349] -OC(=O)O-,
[0350] -NHC(=O)O-,
[0351] -OC(=O)NH-, e
[0352] -NHC(=O)NH-.
[0353] Em uma modalidade, o grupo A1 é:
[0354] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, a linha ondu-lada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalida-de, n é 5.
[0355] Em uma modalidade, o grupo A1 é:
[0356] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, a linha ondu-lada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalida-de, n é 5.
[0357] Em uma modalidade, o grupo A1 é:
[0358] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, a linha on- dulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0359] Em uma modalidade, o grupo A1 é:
[0360] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, a linha ondu- lada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0361] Em uma modalidade, o grupo A1 é:
[0362] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, a linha ondu- lada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalida- de, n é 5.
[0363] Em uma modalidade, o grupo A1 é:
[0364] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, a linha ondu- lada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalida- de, n é 5.
[0365] Em uma modalidade, o grupo A1 é:
[0366] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, a linha ondu-lada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0367] Em uma modalidade, o grupo A1 é:
[0368] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0369] Em uma modalidade, a conexão entre a unidade de Ligação e A1 é através de um resíduo de tiol de uma unidade de Ligação e um grupo maleimida de A1.
[0370] Em uma modalidade, a conexão entre a unidade de Ligação e A1 é:
[0371] onde o asterisco indica o ponto de fixação à porção restante de A1, L1, L2 ou D, e a linha ondulada indica o ponto de fixação à porção restante da unidade de Ligação. Nesta modalidade, o átomo de S é tipicamente derivado da unidade de Ligação.
[0372] Em cada uma das modalidades acima, uma funcionalidade alternativa pode ser usada no lugar do grupo derivado de maleimida mostrado abaixo:
[0373] onde a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação como antes, e o asterisco indica a ligação à porção restante do grupo A1, ou a L1, L2 ou D.
[0374] Em uma modalidade, o grupo derivado de maleimida é substituído com o grupo:
[0375] onde a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Liga-ção, e o asterisco indica a ligação à porção restante do grupo A1, ou a L1, L2 ou D.
[0376] Em uma modalidade, o grupo derivado de maleimida é substituído por um grupo, que opcionalmente junto com uma unidade de Ligação (por exemplo, um Agente de Ligação de Célula), é selecionado a partir de:
[0377] -C(=O)NH-,
[0378] -C(=O)O-,
[0379] -NHC(=O)-,
[0380] -OC(=O)-,
[0381] -OC(=O)O-,
[0382] -NHC(=O)O-,
[0383] -OC(=O)NH-,
[0384] -NHC(=O)NH-,
[0385] -NHC(=O)NH,
[0386] -C(=O)NHC(=O)-,
[0387] -S-,
[0388] -S-S-,
[0389] -CH2C(=O)-
[0390] -C(=O)CH2-,
[0391] =N-NH-, e
[0392] -NH-N=.
[0393] Destes -C(=O)CH2- pode ser preferida, especialmente quando o gru-po carbonil é ligado a -NH-.
[0394] Em uma modalidade, o grupo derivado de maleimida é substituído por um grupo, que opcionalmente junto com a unidade de Ligação, é selecionado a par-tir de:
[0395] onde a linha ondulada indica quer o ponto de fixação à unidade de Ligação ou a ligação à porção restante do grupo A1, e o asterisco indica o outro ponto de fixação à unidade de Ligação ou a ligação à porção restante do grupo A1.
[0396] Outros grupos adequados para conectar L1 ao Agente de Ligação de Célula são descritos no documento WO 2005/082023.
[0397] Em uma modalidade, a unidade de Esticador A1 está presente, a Uni-dade de Especificidade L1 está presente e a unidade de Espaçador L2 está ausente. Desse modo, L1 e a unidade de Fármaco são diretamente conectados através de uma ligação. Do mesmo modo, nesta modalidade, L2 é uma ligação.
[0398] L1 e D podem ser conectados por uma ligação selecionada a partir de:
[0399] -C(=O)N<,
[0400] -OC(=O)N<, e
[0401] -NHC(=O)N<,
[0402] onde N< é parte de D.
[0403] Em uma modalidade, L1 e D são, de preferência, conectados por uma ligação: C(=O)N<.
[0404] Em uma modalidade, L1 compreende um dipeptídeo e uma extremi-dade do dipeptídeo é ligada a D. Conforme descrito acima, o aminoácido no dipeptí- deo pode ser qualquer combinação de aminoácidos naturais e aminoácidos não na-turais. Em algumas modalidades, o dipeptídeo compreende aminoácidos naturais. Quando o ligante é um ligante lábil de catepsina, o dipeptídeo é o sítio de ação para a clivagem mediada por catepsina. O dipeptídeo é então um sítio de reconhecimento para a catepsina.
[0405] Em uma modalidade, o grupo -X1-X2- no dipeptídeo, -NH-X1-X2-CO-, é selecionado a partir de:
[0406] -Phe-Lys-,
[0407] -Val-Ala-,
[0408] -Val-Lys-,
[0409] -Ala-Lys-,
[0410] -Val-Cit-,
[0411] -Phe-Cit-,
[0412] -Leu-Cit-,
[0413] -Ile-Cit-,
[0414] -Phe-Arg-, e
[0415] -Trp-Cit-;
[0416] onde Cit é citrulina. Nesse dipeptídeo, -NH- é o grupo amino de X1, e CO é o grupo carbonil de X2.
[0417] De preferência, o grupo -X1-X2- no dipeptídeo, -NH-X1-X2-CO-, é sele-cionado a partir de:
[0418] -Phe-Lys-,
[0419] -Val-Ala-,
[0420] -Val-Lys-,
[0421] -Ala-Lys-, e
[0422] -Val-Cit-.
[0423] Com mais preferência, o grupo -X1-X2- no dipeptídeo, -NH-X1-X2-CO-, é -Phe-Lys- ou -Val-Ala-.
[0424] Outras combinações de dipeptídeo de interesse incluem:
[0425] -Gly-Gly-,
[0426] -Pro-Pro-, e
[0427] -Val-Glu-.
[0428] Outras combinações de dipeptídeos podem ser usadas, incluindo as descritas acima.
[0429] Em uma modalidade, L1-D é:
[0430] onde -NH-X1-X2-CO é o dipeptídeo, -N< é parte da unidade de Fár- maco, o asterisco indica os pontos de fixação ao restante da unidade de Fármaco, e a linha ondulada indica o ponto de fixação à porção restante de L1 ou o ponto de fi-xação a A1. De preferência, a linha ondulada indica o ponto de fixação a A1.
[0431] Em uma modalidade, o dipeptídeo é valina-alanina e L1-D é:
[0432] onde o asteriscos, -N< e a linha ondulada são conforme definidos acima.
[0433] Em uma modalidade, o dipeptídeo é fenilalnina-lisina e L1-D é:
[0434] onde o asteriscos, -N< e a linha ondulada são conforme definidos acima.
[0435] Em uma modalidade, o dipeptídeo é valina-citrulina.
[0436] Em uma modalidade, os grupos A1-L1 são:
[0437] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0438] Em uma modalidade, os grupos A1-L1 são:
[0439] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0440] Em uma modalidade, os grupos A1-L1 são:
[0441] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0442] Em uma modalidade, os grupos A1-L1 são:
[0443] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 7, de preferência, 3 a 7, com mais preferência, 3 ou 7.
[0444] Em uma modalidade, os grupos A1-L1 são:
[0445] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0446] Em uma modalidade, os grupos A1-L1 são:
[0447] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0448] Em uma modalidade, os grupos A1-L1 são:
[0449] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais pre- ferência, 4 ou 8.
[0450] Em uma modalidade, os grupos A1-L1 são:
[0451] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0452] Em uma modalidade, os grupos L- A1-L1 são:
[0453] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, S é um grupo enxofre de uma unidade de Ligação, a linha ondulada indica o ponto de fixação ao resto de uma unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0454] Em uma modalidade, os grupos L-A1-L1 são:
[0455] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, S é um grupo enxofre de uma unidade de Ligação, a linha ondulada indica o ponto de fixação ao restante da unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0456] Em uma modalidade, os grupos L-A1-L1 são:
[0457] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, S é um grupo enxofre de uma unidade de Ligação, a linha ondulada indica o ponto de fixação ao restante da unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade prefe-rida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0458] Em uma modalidade, os grupos L-A1-L1 são:
[0459] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 7, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0460] Em uma modalidade, os grupos L-A1-L1 são:
[0461] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação ao restante da unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0462] Em uma modalidade, os grupos L-A1-L1 são:
[0463] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação ao restante da unidade de Ligação, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0464] Em uma modalidade, os grupos L-A1-L1 são:
[0465] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação ao restante da unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0466] Em uma modalidade, os grupos L-A1-L1 são:
[0467] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L2 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação ao restante da unidade de Ligação, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, com mais preferência, 4 ou 8.
[0468] Em uma modalidade, a unidade de Esticador é uma unidade de ace- tamida, tendo a fórmula:
[0469] onde o asterisco indica o ponto de fixação ao restante da unidade de Esticador, L1 ou D, e a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade de Liga-ção. Lingantes-Fármacos
[0470] Em outras modalidades, os compostos de Ligante-Fármaco são for-necidos para conjugação com uma unidade de Ligação. Em uma modalidade, os compostos de Ligante-Fármaco são projetados para conexão com um Agente de Ligação de Célula.
[0471] Em uma modalidade, o composto de Ligante-Fármaco tem a fórmula:
[0472] onde o asterisco indica o ponto de fixação à unidade de Fármaco (D, conforme definido acima), G1 é um grupo de Esticador (A1) para formar uma conexão com uma unidade de Ligação, L1 é uma unidade de Especificidade, L2 (uma unidade de Espaçador) é uma ligação covalente ou juntos com -OC(=O)- formam um grupo(s) autoimolativo.
[0473] Em uma outra modalidade, o composto de Ligante-Fármaco tem a fórmula: G1-L1-L2- *
[0474] onde o asterisco indica o ponto de fixação à unidade de Fármaco (D), G1 é uma unidade de Esticador (A1) para formar uma conexão com uma unidade de Ligação, L1 é uma unidade de Especificidade, L2 (uma unidade de Espaçador) é uma ligação covalente ou um grupo(s) autoimolativo.
[0475] L1 e L2 são conforme definidos acima. Referências para a conexão a A1 podem ser interpretadas no presente documento como se referindo a uma cone-xão a G1.
[0476] Em uma modalidade, quando L1 compreende um aminoácido, a ca-deia lateral do aminoácido pode ser protegida. Qualquer grupo de proteção adequa-do pode ser usado. Em uma modalidade, os grupos de proteção da cadeia lateral são removíveis com outros grupos de proteção no composto, quando presentes. Em outras modalidades, os grupos de proteção podem ser ortogonais a outros grupos de proteção na molécula, quando presentes.
[0477] Grupos de proteção adequados para cadeias de aminoácidos incluem os grupos descritos no Catálogo Novabiochem 2006/2007. Grupos de proteção para uso em um ligante lábil de catepsina são também discutidos em Dubowchik et al.
[0478] Em certas modalidades da invenção, o grupo L1 inclui um resíduo de aminoácido Lys. A cadeia lateral deste aminoácido pode ser protegida com um grupo de proteção Boc ou Alloc. Um grupo de proteção Boc é o mais preferido.
[0479] O grupo funcional G1 forma um grupo de conexão, após reação com uma unidade de Ligação (por exemplo, um Agente de Ligação de Célula).
[0480] Em uma modalidade, o grupo funcional G1 é ou compreende um grupo amino, ácido carboxílico, hidróxi, tiol, ou um grupo maleimida para a reação com um grupo apropriado na unidade de Ligação. Em uma modalidade preferida, G1 compreende um grupo maleimida.
[0481] Em uma modalidade, o grupo G1 é um grupo de alquil maleimida. Este grupo é adequado para a reação com os grupos tiol, particularmente grupos tiol de cisteína, presentes no agente de ligação de células, por exemplo, presentes em um anticorpo.
[0482] Em uma modalidade, o grupo G1 é:
[0483] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0484] Em uma modalidade, o grupo G1 é:
[0485] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0486] Em uma modalidade, o grupo G1 é:
[0487] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 2, de preferência, 4 a 8, e com mais preferência, 4 ou 8.
[0488] Em uma modalidade, o grupo G1 é:
[0489] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, e com mais preferência, 4 ou 8.
[0490] Em uma modalidade, o grupo G1 é:
[0491] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0492] Em uma modalidade, o grupo G1 é:
[0493] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, e n é 0 a 6. Em uma modalidade, n é 5.
[0494] Em uma modalidade, o grupo G1 é:
[0495] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 2, de preferência, 4 a 8, e com mais preferência, 4 ou 8.
[0496] Em uma modalidade, o grupo G1 é:
[0497] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1, L2 ou D, n é 0 ou 1, e m é 0 a 30. Em uma modalidade preferida, n é 1 e m é 0 a 10, 1 a 8, de preferência, 4 a 8, e com mais preferência, 4 ou 8.
[0498] Em cada uma das modalidades acima, uma funcionalidade alternativa pode ser usada no lugar dos grupos maleimida mostrados a seguir:
[0499] onde o asterisco indica a ligação à porção restante do grupo G.
[0500] Em uma modalidade, o grupo derivado de maleimida é substituído com o grupo:
[0501] onde o asterisco indica a ligação à porção restante do grupo G.
[0502] Em uma modalidade, o grupo maleimida é substituído por um grupo selecionado a partir de:
[0503] -C(=O)OH,
[0504] -OH,
[0505] -NH2,
[0506] -SH,
[0507] -C(=O)CH2X, onde X é Cl, Br ou I,
[0508] -CHO,
[0509] -NHNH2
[0510] -CECH, e
[0511] -N3 (azida).
[0512] Destes, -C(=O)CH2X pode ser preferido, especialmente quando o grupo carbonil é ligado a -NH-.
[0513] Em uma modalidade, L1 está presente, e G1 é -NH2, -NHMe, -COOH, -OH ou -SH.
[0514] Em uma modalidade, quando L1 está presente, G1 é -NH2 ou -NHMe. Qualquer grupo pode ser o N-terminal de uma sequência de aminoácidos L1.
[0515] Em uma modalidade, L1 está presente e G1 é -NH2, e L1 é uma se-quência de aminoácidos -X1-X2-, conforme definido acima.
[0516] Em uma modalidade, L1 está presente e G1 é COOH. Este grupo pode ser o C-terminal de uma sequência de aminoácidos L1.
[0517] Em uma modalidade, L1 está presente e G1 é OH.
[0518] Em uma modalidade, L1 está presente e G1 é SH.
[0519] O grupo G1 pode ser convertido a partir de um grupo funcional de um outro. Em uma modalidade, L1 está presente e G1 é -NH2. Este grupo é convertível para outro grupo G1 compreendendo um grupo maleimida. Por exemplo, o grupo - NH2 pode ser reagido com ácidos ou um ácido ativado (por exemplo, as formas de N-succinimida) desses grupos G1 compreendendo maleimida mostrada acima.
[0520] O grupo G1 pode, portanto, ser convertido a um grupo funcional que é mais apropriado para a reação com uma unidade de Ligação.
[0521] Como notado acima, em uma modalidade, L1 está presente e G1 é - NH2, -NHMe, -COOH, -OH ou -SH. Em uma outra modalidade, estes grupos são fornecidos em uma forma protegida quimicamente. A forma protegida quimicamente é, portanto, um precursor para o ligante que é fornecido com um grupo funcional.
[0522] Em uma modalidade, o G1 é -NH2 sob a forma quimicamente protegida. O grupo pode ser protegido com um grupo de proteção de carbamato. O grupo de proteção de carbamato pode ser selecionado a partir do grupo que consiste em:
[0523] Alloc, Fmoc, Boc, Troc, Teoc, Cbz e PNZ.
[0524] De preferência, quando G1 é -NH2, ele é protegido com um grupo Fmoc ou Alloc.
[0525] Em uma modalidade, quando G1 é -NH2, ele é protegido com um grupo Fmoc.
[0526] Em uma modalidade, o grupo de proteção é o mesmo que o grupo de proteção do carbamato do grupo de nivelamento.
[0527] Em uma modalidade, o grupo de proteção não é o mesmo que o grupo de proteção do carbamato do grupo de nivelamento. Nesta modalidade, é preferido que o grupo de proteção seja removível em condições que não removam o grupo de proteção de carbamato do grupo de nivelamento.
[0528] O grupo de proteção químico pode ser removido para fornecer um grupo funcional para formar uma conexão com uma unidade de Ligação. Opcionalmente, este grupo funcional pode, então, ser convertido em um outro grupo funcional como descrito acima.
[0529] Em uma modalidade, o grupo ativo é uma amina. Esta amina é, de preferência, a amina do N-terminal de um peptídeo, e pode ser a amina do N- terminal dos dipeptídeos preferidos da invenção.
[0530] O grupo ativo pode ser reagido para se obter o grupo funcional que se destina a formar uma conexão com uma unidade de Ligação.
[0531] Em outras modalidades, a unidade Ligante é um precursor para a unidade Ligante tendo um grupo ativo. Nesta modalidade, a unidade Ligante compreende o grupo ativo, que é protegido por meio de um grupo de proteção. O grupo de proteção pode ser removido para fornecer a unidade Ligante tendo um grupo ativo.
[0532] Sempre que o grupo ativo é uma amina, o grupo de proteção pode ser um grupo de proteção de amina, tais como os descritos em Green e Wuts.
[0533] O grupo de proteção é, de preferência, ortogonal a outros grupos de proteção, se presentes, na unidade Ligante.
[0534] Em uma modalidade, o grupo de proteção é ortogonal ao grupo de nivelamento. Assim, o grupo de proteção do grupo ativo é removível, mantendo o grupo de proteção. Em outras modalidades, o grupo de proteção e o grupo de nivelamento são removíveis sob as mesmas condições que as usadas para remover o grupo de proteção.
[0535] Em uma modalidade, a unidade Ligante é:
[0536] onde o asterisco indica o ponto de fixação à unidade de Fármaco, e a linha ondulada indica o ponto de fixação à porção restante da unidade Ligante, con-forme aplicável ou o ponto de fixação a G1. De preferência, a linha ondulada indica o ponto de fixação a G1.
[0537] Em uma modalidade, a unidade Ligante é:
[0538] onde o asterisco e a linha ondulada são conforme definidos acima.
[0539] Outros grupos funcionais adequados para uso na formação de uma conexão entre L1 e o Agente de Ligação de Célula são descritos no documento WO 2005/082023. Unidade de Ligação
[0540] A Unidade de Ligação pode ser de qualquer tipo, e incluir uma proteína, polipeptídeo, peptídeo e um agente não peptídico que se liga especificamente a uma molécula alvo. Em algumas modalidades, a unidade de Ligação pode ser uma proteína, polipeptídeo ou peptídeo. Em algumas modalidades, a unidade de Ligação pode ser um polipeptídeo cíclico. Estas unidades de Ligação podem incluir anticorpos ou um fragmento de um anticorpo que contenha, pelo menos, um sítio de ligação de molécula alvo, linfocinas, hormônios, fatores de crescimento, ou qualquer outra molécula ou substância de ligação a uma célula que pode se ligar especificamente a um alvo. A unidade de Ligação é também aqui chamada de um "agente de ligação" ou "agente de direcionamento".
[0541] Os termos "liga-se especificamente" e "ligação específica" referem-se à ligação de um anticorpo ou outra proteína, polipeptídeo ou peptídeo a uma molécula predeterminada (por exemplo, um antígeno). Tipicamente, o anticorpo ou outra molécula se liga com uma afinidade de pelo menos cerca de 1x107 M-1, e liga-se à molécula predeterminada com uma afinidade que é pelo menos duas vezes maior do que a sua afinidade para a ligação a uma molécula não específica (por exemplo, BSA, caseína), diferente da molécula predeterminada ou uma molécula estreitamente relacionada.
[0542] Exemplos de unidades de Ligação incluem os agentes descritos para uso no documento WO 2007/085930, que é aqui incorporado por referência na sua totalidade e para todos os propósitos.
[0543] Em algumas modalidades, a unidade de Ligação é um agente de ligação de célula que liga a um alvo extracelular em uma célula. Tal Agente de Ligação de Célula pode ser uma proteína, polipeptídeo, peptídeo ou um agente não peptídico. Em algumas modalidades, o Agente de Ligação de Célula pode ser uma proteína, polipeptídeo ou peptídeo. Em algumas modalidades, o Agente de Ligação de Célula pode ser um polipeptídeo cíclico. O Agente de Ligação de Célula também pode ser um anticorpo ou um fragmento de ligação ao antígeno de um anticorpo. Assim, em uma modalidade, a presente invenção fornece um conjugado de fármaco- anticorpo (ADC).
[0544] Em uma modalidade, o anticorpo é um anticorpo monoclonal; anticorpo quimérico; anticorpo humanizado; anticorpo totalmente humano; ou um anticorpo de cadeia simples. Em uma modalidade o anticorpo é um fragmento de um destes anticorpos com atividade biológica. Exemplos desses fragmentos incluem fragmentos Fab, Fab', F(ab')2 e Fv.
[0545] O anticorpo pode ser um diacorpo, um anticorpo de domínio (DAB) ou um anticorpo de cadeia simples.
[0546] Em uma modalidade, o anticorpo é um anticorpo monoclonal.
[0547] Os anticorpos para uso na presente invenção incluem os anticorpos descritos no documento WO 2005/082023 que é aqui incorporado por referência na sua totalidade e para todos os propósitos. Particularmente preferidos são os anticorpos para antígenos associados a tumores. Exemplos de antígenos conhecidos na técnica incluem, mas não estão limitados a, os antígenos associados a tumores estabelecidos no documento WO 2005/082023. Veja, por exemplo, páginas 41-55.
[0548] Em algumas modalidades, os conjugados são projetados para direcionar as células tumorais através de seus antígenos de superfície celular. Os antígenos podem ser os antígenos da superfície celular que são ou superexpressos ou expressos, em tipos de células, por vezes, anormais. De preferência, o antígeno alvo é expresso apenas em células proliferativas (de preferência, células de tumor); no entanto, isto é raramente observado na prática. Como resultado, os antígenos alvos são normalmente selecionados com base na expressão diferencial entre o tecido proliferativo e saudável.
[0549] Os anticorpos têm sido levantadas para direcionar antígenos específicos relacionados ao tumor, nomeadamente:
[0550] Cripto, CD19, CD20, CD22, CD30, CD33, Glicoproteína NMB, CanAg, Her2 (ErbB2/Neu), CD56 (NCAM), CD70, CD79, CD138, PSCA, PSMA (antígeno de membrana específico da próstata), BCMA, E-selectina, EphB2, Melanotransferina, MUC16 e TMEFF2. Em qualquer das modalidades fornecidas, a unidade de Ligação pode ser um anticorpo monoclonal que se liga especificamente ao antígeno cripto, ao antígeno CD19, ao antígeno CD20, ao antígeno CD22, ao antígeno CD30, ao antígeno CD33, Glicoproteína NMB, antígeno CanAg, antígeno Her2 (ErbB2/Neu), antígeno CD56 (NCAM), antígeno CD70, antígeno CD79, antígeno CD138, PSCA, PSMA (antígeno prostático específico de membrana), BCMA, E-selectina, EphB2, Melanotransferina, antígeno MUC16 ou antígeno TMEFF2.
[0551] A unidade de Ligação está conectada à unidade Ligante. Em uma modalidade, a unidade de Ligação está conectada a A, quando presente, da unidade Ligante.
[0552] Em uma modalidade, a conexão entre a unidade de Ligação e a unidade Ligante é através de uma ligação de tioéter.
[0553] Em uma modalidade, a conexão entre a unidade de Ligação e a unidade Ligante é através de uma ligação de dissulfeto.
[0554] Em uma modalidade, a conexão entre a unidade de Ligação e a unidade Ligante é através de uma ligação de amida.
[0555] Em uma modalidade, a conexão entre a unidade de Ligação e a unidade Ligante é através de uma ligação de éster.
[0556] Em uma modalidade, a conexão entre a unidade de Ligação e o Ligante é formada entre um grupo tiol de um resíduo cisteína da unidade de Ligação e um grupo maleimida da unidade Ligante.
[0557] Os resíduos de cisteína da unidade de Ligação podem estar disponíveis para a reação com o grupo funcional da unidade Ligante para formar uma conexão. Em outras modalidades, por exemplo, quando a unidade de Ligação é um anticorpo, os grupos tiol do anticorpo podem participar em pontes dissulfeto intercadeias. Estas ligações intercadeias podem ser convertidas a grupos tiol livres, por exemplo, por tratamento do anticorpo com DTT antes da reação com o grupo funcional da unidade Ligante.
[0558] Em algumas modalidades, o resíduo de cisteína é introduzido na cadeia leve ou pesada de um anticorpo. As posições para inserção de cisteína por substituição nas cadeias pesadas ou leves do anticorpo incluem aquelas descritas na Publicação de Pedido US No. 2007-0092940 e Publicação Internacional de Patente WO2008/070593, os quais são aqui incorporados por referência na sua totalidade e para todos os propósitos. Métodos de Tratamento
[0559] Os compostos ou conjugados da presente invenção podem ser usados em um método de terapia. Também é fornecido um método de tratamento, que compreende a administração a um sujeito com necessidade de tratamento de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um composto de fórmula I ou conjugado do mesmo. O termo "quantidade terapeuticamente eficaz" é uma quantidade suficiente para mostrar benefícios a um paciente. Tal benefício pode ser pelo menos a melhoria de pelo menos um sintoma. A quantidade real administrada, e a taxa e o tempo de curso de administração, dependerão da natureza e da gravidade do que está sendo tratado. A prescrição do tratamento, por exemplo, as decisões sobre a dosagem, é de responsabilidade dos clínicos gerais e outros médicos.
[0560] Um composto ou conjugado pode ser administrado sozinho ou em combinação com outros tratamentos, quer simultaneamente ou sequencialmente, dependendo da condição a ser tratada. Exemplos de tratamentos e terapias incluem, mas não se limitam a, quimioterapia (a administração de agentes ativos, incluindo, por exemplo, fármacos, cirurgia e terapia de radiação).
[0561] As composições farmacêuticas de acordo com a presente invenção, e para uso de acordo com a presente invenção, podem compreender, além do ingrediente ativo, isto é, um composto de fórmula I, ou conjugado do mesmo, um excipiente, carreador, tampão, estabilizante ou outros materiais bem conhecidos dos versados na técnica. Tais materiais devem ser não tóxicos e não devem interferir com a eficácia do ingrediente ativo. A natureza precisa do carreador ou de outro material dependerá da via de administração, que pode ser oral, ou por injeção, por exemplo, cutânea, subcutânea ou intravenosa.
[0562] As composições farmacêuticas para administração oral podem estar na forma de comprimido, cápsula, pó ou líquido. Um comprimido pode compreender um carreador sólido ou um adjuvante. As composições farmacêuticas líquidas compreendem geralmente um carreador líquido, tal como água, petróleo, óleos vegetais ou animais, óleo mineral ou óleo sintético. Solução salina fisiológica, dextrose ou outra solução de sacarídeo ou glicóis tais como etileno glicol, propileno glicol ou polietileno glicol podem ser incluídos. Uma cápsula pode compreender um carreador sólido tal como gelatina.
[0563] Para injeção intravenosa, cutânea ou subcutânea, ou injeção no local afetado, o ingrediente ativo estará na forma de uma solução aquosa parentericamente aceitável que é isenta de pirogênios e tem pH, isotonicidade e estabilidade adequados. Os versados na técnica são bem capazes de preparar soluções adequadas utilizando, por exemplo, veículos isotônicos tais como Injeção de Cloreto de Sódio, Injeção de Ringer, Injeção de Lactato de Ringer. Conservantes, estabilizadores, tampões, antioxidantes e/ou outros aditivos podem ser incluídos, conforme requerido.
[0564] Os compostos e conjugados podem ser usados para tratar a doença proliferativa e a doença autoimune. O termo "doença proliferativa" refere-se a uma proliferação celular indesejada ou descontrolada excessiva ou anormal de células que é indesejada, tal como, crescimento neoplásico ou hiperplásico, quer in vitro ou in vivo.
[0565] Exemplos de condições proliferativas incluem, mas não estão limitados a, proliferação celular benigna, pré-maligna e maligna, incluindo, mas não se limitando a, neoplasias e tumores (por exemplo, histocitoma, glioma, astrocioma, osteoma), cânceres (por exemplo, câncer do pulmão, câncer de pulmão de pequenas células, câncer gastrointestinal, câncer de intestino, câncer de cólon, carinoma da mama, carcinoma de ovário, câncer de próstata, câncer testicular, câncer de fígado, câncer de rim, câncer de bexiga, câncer pancreático, câncer no cérebro, sarcoma, osteossarcoma, sarcoma de Kaposi, melanoma), leucemias, psoriase, doenças dos ossos, distúrbios fibroproliferativos (por exemplo, de tecidos conjuntivos), e aterosclerose. Outros cânceres de interesse incluem, mas não estão limitados a, hematológicos; doenças malignas, como leucemias e linfomas, como o linfoma não-Hodgkin, e subtipos, tais como DLBCL, zona marginal, zona do manto, e folicular, linfoma de Hodgkin, AML, e outros tipos de cânceres de origem de células B ou T.
[0566] Exemplos de doenças autoimunes incluem as seguintes: artrite reumatóide, doenças desmielinativas autoimunes (por exemplo, esclerose múltipla, encefalomielite alérgica), artrite psoriática, oftalmopatia endócrina, uveoretinite, lupus eritematoso sistêmico, miastenia grave, doença de Graves, glomerulonefrite, distúrbio hepatológico autoimune, doença inflamatória do intestino (por exemplo, doença de Crohn), choque anafilático, reação alérgica, síndrome de Sjogren, diabetes mellitus tipo I, cirrose biliar primária, granulomatose de Wegener, fibromialgia, polimiosite, dermatomiosite, a insuficiência endócrina múltipla, síndrome de Schmidt, uveíte autoimune, doença de Addison, adrenalite, tireoidite, tireoidite de Hashimoto, doença autoimune da tiróide, anemia perniciosa, atrofia gástrica, hepatite crônica, hepatite lúpica, aterosclerose, lúpus eritematoso cutâneo subagudo, hipoparatireoidismo, síndrome de Dressler, trombocitopenia autoimune, púrpura trombocitopênica idiopática, anemia hemolítica, pênfigo vulgar, pênfigo, dermatite herpetiforme, Arcata alopecia, penfigóide, esclerodermia, esclerose sistêmica progressiva, síndrome CREST (calcinose, fenômeno de Raynaud, dismotilidade esofágica, esclerodactilia e telangiectasia), infertilidade autoimune masculina e feminina, espondolite anquilosante, colite ulcerativa, doença mista do tecido conjuntivo, poliarterite nedosa, vasculite necrosante sistêmica, dermatite atópica, rinite atópica, síndrome de Goodpasture, doença de Chagas, sarcoidose, febre reumática, asma, aborto de repetição, síndrome antifosfolipídeo, pulmão de fazendeiro, eritema multiforme, síndrome pós cardiotomia, síndrome de Cushing, hepatite crônica ativa autoimune, pulmão de apreciador de pássaro, necrólise epidérmica tóxica, síndrome de Alport, alveolite, alveolite alérgica, alveolite fibrosante, doença intersticial pulmonar, eritema nodoso, pioderma gangrenoso, reação à transfusão, arterite de Takayasu, polimialgia reumática, artrite temporal, esquistossomose, arterite de células gigantes, ascaridíase, aspergilose, síndrome de Sampter, eczema, granulomatose linfomatóide, doença de Behçet, síndrome de Caplan, doença de Kawasaki, dengue, encefalomielite, endocardite, endomiocardiofibrose, endoftalmite, eritema elevatum et diutinum, psoríase, eritroblastose fetal, faciitis eosinofílica, síndrome de Shulman, síndrome de Felty, filariose, ciclite, ciclite crônica, ciclite heterocrônica, ciclite de Fuch, nefropatia por IgA, púrpura de Henoch-Schonlein, doença de enxerto versus hospedeiro, rejeição à transplante, cardiomiopatia, síndrome de Eaton-Lambert, policondrite recorrente, crioglobulinemia, macroglobulemia de Waldenstrom, síndrome de Evan e insuficiência gonadal autoimune.
[0567] Em algumas modalidades, a doença autoimune é um distúrbio de linfócitos B (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Goodpasture, artrite reumatóide, e diabetes tipo I), linfócitos-Th1 (por exemplo, artrite reumatóide, esclerose múltipla, psoríase, síndrome de Sjogren, tireoidite de Hashimoto, doença de Graves, cirrose biliar primária, granulomatose de Wegener, tuberculose ou doença de enxerto versus hospedeiro), ou linfócitos-Th2 (por exemplo, dermatite atópica, lúpus eritematoso sistêmico, asma atópica, rinoconjuntivite, rinite alérgica, síndrome de Omenn, esclerose sistêmica, ou doença crônica do enxerto versus hospedeiro). Geralmente, distúrbios envolvendo células dendríticas envolvem distúrbios de linfócitos-Th1 ou linfócitos-Th2. Em algumas modalidades, o distúrbio autoimmunie é um distúrbio imunológico mediado por células T.
[0568] Em algumas modalidades, a quantidade do conjugado administrada varia de cerca de 0,01 a cerca de 10 mg/kg por dose. Em algumas modalidades, a quantidade do conjugado administrada varia de cerca de 0,01 a cerca de 5 mg/kg por dose. Em algumas modalidades, a quantidade do conjugado administrada varia de cerca de 0,05 a cerca de 5 mg/kg por dose. Em algumas modalidades, a quantidade do conjugado administrada varia de cerca de 0,1 a cerca de 5 mg/kg por dose. Em algumas modalidades, a quantidade do conjugado administrada varia de cerca de 0,1 a cerca de 4 mg/kg por dose. Em algumas modalidades, a quantidade do conjugado administrada varia de cerca de 0,05 a cerca de 3 mg/kg por dose. Em algumas modalidades, a quantidade do conjugado administrada varia de cerca de 0,1 a cerca de 3 mg/kg por dose. Em algumas modalidades, a quantidade do conjugado administrada varia de cerca de 0,1 a cerca de 2 mg/kg por dose Inclusão de Outras Formas
[0569] A menos que especificado de outra forma, estão incluídos no discutido acima formas iônicas, sal, solvato, e formas protegidas destes substituintes bem conhecidas. Por exemplo, uma referência ao ácido carboxilico (-COOH) também inclui a forma aniônico (carboxilato) (-COO-), um sal ou solvato da mesma, bem como formas protegidas convencionais. Da mesma forma, uma referência a um grupo amino inclui a forma protonada (-N+HR1R2), um sal ou solvato do grupo amino, por exemplo, um sal de cloridrato, bem como formas protegidas convencionais de um grupo amino. Da mesma forma, uma referência a um grupo hidroxil inclui também a forma aniônica (-O-), um sal ou solvato da mesma, bem como formas protegidas convencionais. Sais
[0570] Pode ser conveniente ou desejável preparar, purificar, e/ou manusear um sal correspondente do composto ativo, por exemplo, um sal farmaceuticamente aceitável. Exemplos de sais farmaceuticamente aceitáveis são discutidos em Berge, et al., J. Pharm. Sci., 66, 1-19 (1977).
[0571] Por exemplo, se o composto for aniônico, ou tiver um grupo funcional que possa ser aniônico (por exemplo, COOH pode ser COO-), então, um sal pode ser formado com um cátion adequado. Exemplos de cátions inorgânicos adequados incluem, mas não estão limitados a, íons de metais alcalinos, tais como Na+ e K+, cátions alcalino-terrosos tais como Ca2+ e Mg2+, e outros cátions tais como Al+3. Os exemplos de tais cátions orgânicos adequados incluem, mas não estão limitados a, íon amônio (ou seja, NH4+) e íons de amônio substituído (por exemplo, NH3R+, NH2R2+, NHR3+, NR4+). Os exemplos de alguns íons de amônio substituído adequados são os que derivam de: etilamina, dietilamina, diciclo-hexilamina, trietilamina, butilamina, etilenodiamina, etanolamina, dietanolamina, piperazina, benzilamina, fenilbenzilamina, colina, meglumina, e trometamina, assim como os aminoácidos, tais como lisina e arginina. Um exemplo de um íon de amônio quaternário comum é N(CH3)4+.
[0572] Se o composto for catiônico, ou tiver um grupo funcional que possa ser catiônico (por exemplo, -NH2 pode ser -NH3+), então, um sal pode ser formado com um ânion adequado. Os exemplos de aníons inorgânicos adequados incluem, mas não estão limitados a, aqueles derivados dos seguintes ácidos inorgânicos: clorídrico, bromídrico, iodídrico, sulfúrico, sulfuroso, nítrico, nitroso, fosfórico, e fosforoso.
[0573] Exemplos de aníons orgânicos adequados incluem, mas não estão limitados a, aqueles derivados dos seguintes ácidos orgânicos: 2 acetóxi benzóico, acético, ascórbico, aspártico, benzóico, canforsulfônico, cinâmico, cítrico, edético, etanodisulfônico, etanossulfônico, fumárico, gluqueptônico, glucônico, glutâmico, ácido glicólico, ácido hidroximaleico, hidroxinaftaleno carboxílico, isetiônico, láctico, lactobiônico, láurico, maleico, málico, metanossulfônico, múcico, oleico, oxálico, palmítico, pamóico, pantoténico, fenilacético, fenilsulfônico, propiônico, pirúvico, salicílico, esteárico, succínico, sulfanílico, tartárico, toluenosulfônico, e valérico. Exemplos de aníons orgânicos poliméricos adequados incluem, mas não estão limitados a, aqueles derivados dos seguintes ácidos poliméricos: ácido tânico, carboximetil celulose. Solvatos
[0574] Pode ser conveniente ou desejável preparar, purificar, e/ou manusear um solvato correspondente do composto ativo. O termo "solvato" é usado no presente documento no sentido convencional para se referir um complexo do soluto (por exemplo, composto ativo, sal de composto ativo) e solvente. Se o solvente é água, o solvato pode ser convenientemente referido como um hidrato, por exemplo, um mono-hidrato, um di-hidrato, um tri-hidrato, etc.. Carbinolaminas
[0575] A invenção inclui os compostos em que um solvente adicionado através da ligação de imina da fração de PBD, que é ilustrado a seguir, onde o
[0576] Estas formas podem ser chamadas de formas de éter de carbinolamina e carbinolamina do PBD. O balanço destes equilíbrios depende das condições em que os compostos se encontram, assim como, da natureza da própria unidade.
[0577] Estes compostos particulares podem ser isolados na forma sólida, por exemplo, por liofilização. Isômeros
[0578] Certos compostos podem existir em uma ou mais formas particular geométricas, ópticas, enantioméricas, diastereoméricas, epiméricas, atrópicas, estereoisoméricas, tautoméricas, conformacionais, ou anoméricas particulares, incluindo mas não se limitando a, formas cis- e trans-; formas E- e Z-; formas c-, t-, e r-; formas endo- e exo-; formas R-, S-, e meso; formas D- e L-; formas d- e l-; formas (+) e (-);formas de ceto-, enol-, e enolato-; formas syn- e anti-; formas anticlinais e sinclinais; formas α- e β-; formas axial e equatoriais; formas de barco-, cadeira-, torção-, envelope-, e meia cadeira-; e combinações dos mesmos, adiante designados como "isômeros" (ou "formas isoméricas").
[0579] Note que, exceto como discutido abaixo para as formas tautoméricas, especificamente excluídos do termo "isômeros", tal como usado no presente documento, estão os isômeros estruturais (ou constitucionais) (isto é, isômeros que diferem nas conexões entre os átomos em vez de simplesmente na posição de átomos no espaço). Por exemplo, uma referência a um grupo metóxi, -OCH3, não deve ser entendida como uma referência ao seu isômero estrutural, um grupo hidroximetil, -CH2OH. Da mesma forma, uma referência a orto-clorofenil não deve ser entendida como uma referência ao seu isômero estrutural, meta-clorofenil. No entanto, uma referência a uma classe de estruturas pode também incluir formas estruturalmente isoméricas que fazem parte dessa classe (por exemplo, C1-7 alquil inclui n-propil e iso-propil; butil inclui n-, iso-, sec-, e terc-butil; metóxi fenil inclui orto-, meta-, e para-metóxi fenil).
[0580] A exclusão acima não se refere a formas tautoméricas, por exemplo, forma ceto-, enol- e enolato -, como, por exemplo, nos seguintes pares tautoméricos: ceto/enol (ilustrado abaixo), imina/enamina, amida/álcool de imino, amidina/amidina, nitroso/oxima, tiocetona/enetiol, N-nitroso/hidroxiazo, e nitro/aci-nitro.
[0581] Note-se que especificamente incluídos no termo "isômero", estão os compostos com uma ou mais substituições isotópicas. Por exemplo, H pode estar em qualquer forma isotópica, incluindo 1H, 2H (D), e 3H (T); C pode estar em qualquer forma isotópica, incluindo 12C, 13C, e 14C; O pode estar em qualquer forma isotópica, incluindo 16O e 18O; e semelhantes.
[0582] A menos que especificado de outra forma, uma referência a um composto em particular inclui todas essas formas isoméricas, incluindo (total ou parcialmente) racêmicas e outras misturas das mesmas. Os métodos para a preparação (por exemplo, síntese assimétrica) e separação (por exemplo, cristalização fracionada e meios cromatográficos) dessas formas isoméricas são conhecidos na técnica ou são facilmente obtidos adaptando os métodos aqui ensinados, ou métodos conhecidos, de uma maneira conhecida. Rotas Sintéticas Gerais
[0583] A síntese de compostos de PBD é extensivamente discutida nas referências seguintes, cujas discussões são aqui incorporadas por referência na sua totalidade e para todos os propósitos: 1. WO 00/12508 (páginas 14 a 30); 2. WO 2005/023814 (páginas 3 a 10); 3. WO 2004/043963 (páginas 28 a 29); e 4. WO 2005/085251 (páginas 30 a 39). Rota de Síntese
[0584] Os compostos da presente invenção, em que R10 e R11 formam uma ligação dupla de carbono-nitrogênio entre os átomos de nitrogênio e carbono aos quais eles estão ligados, podem ser sintetizados a partir de um composto de fórmula 2:
[0585] onde R2, R6, R7, R9, R6’, R7’, R9’, R12, X, X’ e R” são como definidos para os compostos de fórmula I, ProtN é um grupo de proteção de nitrogênio para síntese e ProtO é um grupo de proteção de oxigênio para síntese ou um grupo oxo, por desproteção da ligação de imina através de métodos padrões.
[0586] O composto produzido pode estar na sua forma de éter de carbinolamina ou carbinolamina, dependendo dos solventes utilizados. Por exemplo, se é ProtN é Troc e ProtO é um grupo de proteção de oxigênio para a síntese, então a desproteção é realizada usando um par Cd/Pb para produzir o composto de fórmula (I). Se ProtN é SEM, ou um grupo análogo, e ProtO é um um grupo oxo, então, o grupo oxo pode ser removido por redução, o que leva a um intermediário de carbinolamina protegido, o qual pode então ser tratado para remover o grupo de proteção SEM, seguido pela eliminação da água. A redução do composto de Fórmula 2 pode ser conseguida, por exemplo, superhidreto ou tetraborohidreto de lítio, enquanto que um meio adequado para a remoção do grupo de proteção SEM é o tratamento com sílica gel.
[0587] Os compostos de fórmula 2 podem ser sintetizados a partir de um composto de fórmula 3a:
[0588] onde R2, R6, R7, R9, R6’, R7’, R9’, X, X’ e R” são como definidos para os compostos de fórmula 2, por acoplamento de um derivado organometálico com-preendendo R12, tais como um derivado de organoboro. O derivado de organoboro pode ser um boronato ou ácido borônico.
[0589] Os compostos de fórmula 2 podem ser sintetizados a partir de um composto de fórmula 3b:
[0590] onde R12, R6, R7, R9, R6’, R7’, R9’, X, X’ e R” são como definidos para os compostos de fórmula 2, por acoplamento de um derivado organometálico com-preendendo R2, tal como um derivado de organoboro. O derivado de organoboro pode ser um boronato ou ácido borônico.
[0591] Os compostos de fórmulas 3a e 3b podem ser sintetizados a partir de um composto de fórmula 4:
[0592] onde R2, R6, R7, R9, R6’, R7’, R9’, X, X’ e R” são como definidos para os compostos de fórmula 2, por acoplamento de cerca de um equivalente único (por exemplo, 0,9 ou 1 a 1,1 ou 1,2) de um derivado organometálico, tais como um deri-vado de organoboro, compreendendo R2 ou R12.
[0593] Os acoplamentos acima descritos são geralmente realizado na presença de um catalisador de paládio, por exemplo, Pd(PPh3)4, Pd(OCOCH3)2, PdCl2, Pd2(dba)3. O acoplamento pode ser realizado sob condições padrões, ou pode também ser realizado sob condições de micro-ondas.
[0594] As duas etapas de acoplamento são geralmente realizadas sequencialmente. Elas podem ser realizadas com ou sem purificação entre as duas etapas. Se nenhuma purificação é realizada, então, as duas etapas podem ser realizadas no mesmo vaso reacional. A purificação é geralmente necessária após a segunda etapa de acoplamento. A purificação do composto a partir de subprodutos indesejáveis pode ser realizada por cromatografia em coluna ou separação por troca iônica.
[0595] As sínteses de compostos de fórmula 4 onde ProtO é um grupo oxo e ProtN é SEM estão descritas em detalhe no documento WO 00/12508, que é aqui incorporado por referência na sua totalidade e para todos os propósitos. Em particular, é feita referência ao esquema 7, na página 24, onde o composto é designado como intermediário P. Este método de síntese é também descrito no documento WO 2004/043963, que é aqui incorporado por referência na sua totalidade e para todos os propósitos. Também é feita referência adicional à síntese dos compostos 8a e 8b no documento WO 2010/043880 (páginas 36 a 45), que é aqui incorporado por referência na sua totalidade e para todos os propósitos.
[0596] As sínteses de compostos de fórmula 4 onde ProtO é um grupo de oxigênio protegido para a síntese estão descritas no documento WO 2005/085251, cuja síntese é aqui incorporada por referência.
[0597] Os compostos de fórmula I, em que R10 e R10' são H e R11 e R11' são SOzM, podem ser sintetizados a partir de compostos de fórmula I, em que R10 e R11 formam uma ligação dupla de carbono-nitrogênio entre os átomos de nitrogênio e de carbono aos quais eles estão ligados, pela adição do sal de bissulfito ou sal sulfinato apropriado, seguida por uma etapa de purificação adequada. Outros métodos são descritos no documento GB 2 053 894, que é aqui incorporado por referência.
[0598] Em algumas modalidades da invenção, particularmente em que R12 carrega um substituinte que é OH ou CO2H, pode ser desejável, nos métodos acima, adicionar um derivado organometálico de R12, onde o grupo substituinte está protegido. Por exemplo, se R12 carrega CO2H, pode ser preferido se unir a um composto em que o carbóxi é protegido como um éster (por exemplo, C1-4 alquil éster) e, em seguida, desproteger o grupo carbóxi, em um estágio posterior da síntese. Este pode até ser desprotegido uma vez que parte do grupo ligante para preparar um ligante de fármacos foi adicionada. O substituinte OH pode ser protegido por grupos de proteção de fenol, como é conhecido na técnica. Grupos de proteção de nitrogênio para síntese
[0599] Os grupos de proteção de nitrogênio para a síntese são bem conhecidos na técnica. Na presente invenção, os grupos de proteção de particular interesse são os grupos de proteção do nitrogênio de carbamato e grupos de proteção de nitrogênio do hemi-aminal.
[0600] Os grupos de proteção de nitrogênio do carbamato têm a seguinte estrutura:
[0601] em que R’10 é R conforme definido acima. Um grande número de gru-pos adequados está descrito nas páginas 503 a 549 de Greene, T.W. e Wuts, G.M., Protective Groups in Organic Synthesis, 3° Edição, John Wiley & Sons, Inc., 1999, que é incorporado aqui por referência.
[0602] Os grupos de proteção particularmente preferidos incluemTroc, Teoc, Fmoc, BOC, Doc, Hoc, TcBOC, 1-Adoc e 2-Adoc.
[0603] Outros grupos possíveis são nitrobenzilóxi carbonil (por exemplo, 4- nitrobenzilóxi carbonil) e 2-(fenil sulfonil)etóxi carbonil.
[0604] Os grupos de proteção que podem ser removidos com catálise de pa-ládio não são preferidos, por exemplo, Aloc.
[0605] Grupos de proteção de nitrogênio de hemi-aminal têm a seguinte es-trutura:
[0606] em que R’10 é R conforme definido acima. Um grande número de gru-pos adequados está descrito nas páginas 633 a 647 comOs grupos de proteção de amida de Greene, T.W. e Wuts, G.M., Protective Groups in Organic Synthesis, 3° Edição, John Wiley & Sons, Inc., 1999, que é incorporado aqui por referência. Os grupos divulgados no presente documento podem ser aplicados aos compostos da presente invenção. Esses grupos incluem, mas não se limitam a, BOM substituído com SEM, MOM, MTM, MEM, BOM, nitro ou metóxi, Cl3CCH2OCH2-. Grupo de oxigênio protegido para síntese
[0607] Os grupos de oxigênios protegidos para síntese são bem conhecidos na técnica. Um grande número de grupos de proteção de oxigênio adequados é descrito nas páginas 23 a 200 de Greene, T.W. e Wuts, G.M., Protective Groups in Organic Synthesis, 3° Edição, John Wiley & Sons, Inc., 1999, que é incorporado no presente documento por referência na sua totalidade e para todos os propósitos.
[0608] As classes de interesse particular incluem silil éteres, metil éteres, al- quil éteres, benzil éteres, ésteres, acetatos, benzoatos, carbonatos, e sulfonatos.
[0609] Os grupos de proteção de oxigênio preferidos incluem TBS e THP. Síntese de Conjugados de Fármacos
[0610] Os conjugados compreendendo os dímeros de PBD, como aqui descritos podem ser preparados usando o conhecimento do versado na técnica, em combinação com os ensinamentos aqui fornecidos. Por exemplo, os ligantes são descritos na Patente US N°. 6.214.345, Patente US N° 7.498.298, bem como no documento WO 2009/ 0117531, cada uma das quais é aqui incorporada por referência na sua totalidade e para todos os propósitos. Outros ligantes podem ser preparados de acordo com as referências aqui citadas, ou como conhecido pelos versados na técnica.
[0611] Os compostos de Ligante-Fármaco podem ser preparados de acordo com métodos conhecidos na técnica, em combinação com os ensinamentos aqui fornecidos. Por exemplo, a ligação dos substituintes de X à base de amina (da unidade de Fármaco de dímero de PBD) aos grupos ativos das unidades Ligantes pode ser realizada de acordo com os métodos geralmente descritos nas Patentes US N°s 6.214.345 e 7.498.298; e WO 2009-0117531, ou como de outro modo conhecido dos versados na técnica. Alguns exemplos são apresentados abaixo.
[0612] Os anticorpos podem ser conjugados com compostos de Ligante- Fármaco, tal como descrito em Doronina et al., Nature Biotechnology, 2003, 21, 778-784). Resumidamente, os anticorpos (4-5 mg/mL) em PBS contendo borato de sódio 50 mM, pH 7,4, são reduzidos com cloridrato de tris-(carbóxi etil) fosfina (TCEP) a 37°C. O progresso da reação, que reduz os dissulfetos intercadeias, é monitorado por meio de reação com 5,5'-ditiobis (ácido 2-nitrobenzóico) e deixado prosseguir até que o nível desejado de tióis/mAb é alcançado. O anticorpo reduzido é, em seguida, resfriado para 0°C e alquilado com 1,5 equivalentes de ligante-fármaco de maleimida por tiol do anticorpo. Após 1 hora, a reação é extinto por meio da adição de 5 equivalentes de N-acetil-cisteína. O ligante-fármaco extinto é removido por filtração em gel sobre uma coluna PD-10. O ADC é então esterilizado por filtração através de um filtro de seringa de 0,22 μm. A concentração de proteína pode ser determinada por análise de espectro a 280 nm e 329 nm, respectivamente, com correção para a contribuição de absorção de fármaco a 280 nm. A cromatografia de exclusão de tamanho pode ser utilizada para determinar a extensão da agregação de anticorpos, e RP-HPLC pode ser usada para determinar os níveis de fármaco-ligante extintos de NAC remanescente.
[0613] Os anticorpos com resíduos de cisteína introduzidos podem ser conjugados com compostos de Ligante-Fármaco, tal como descrito na Publicação de Patente Internacional WO2008/070593, a qual é aqui incorporada por referência na sua totalidade e para todos os propósitos, ou como segue. Os anticorpos que contêm um resíduo de cisteína introduzido na cadeia pesada são totalmente reduzidos pela adição de 10 equivalentes de TCEP e EDTA 1 mM e ajuste do pH para 7,4 com tampão Tris 1M (pH 9,0).
[0614] Após uma incubação de 1 hora a 37°C, a reação é resfriada até 22°C e 30 equivalentes de ácido desidroascórbico são adicionados para reoxidar seletivamente os dissulfetos nativos, deixando a cisteína introduzida no estado reduzido. O pH é ajustado para 6,5 com tampão Tris 1M (pH 3,7) e a reação é deixada prosseguir durante 1 hora a 22°C. O pH da solução é então aumentado novamente para 7,4 por adição de tampão Tris 1 M (pH 9,0). 3,5 equivalentes do ligante de fármaco de PBD em DMSO são colocados em um recipiente adequado para diluição com propileno glicol antes da adição à reação. Para manter a solubilidade do ligante de fármaco de PBD, o próprio anticorpo é primeiro diluído com propileno glicol até uma concentração final de 33% (por exemplo, se a solução de anticorpo foi em um volume de reação de 60 mL, adicionou-se 30 mL de propileno glicol). Este mesmo volume de propileno glicol (30 mL neste exemplo) é adicionado ao ligante de fármaco de PBD como um diluente. Depois da mistura, a solução de ligante de fármaco de PBD em propilenoglicol é adicionada à solução de anticorpo para realizar a conjugação; a concentração final de propileno glicol é 50%. A reação é deixada prosseguir durante 30 minutos e depois extinta por adição de 5 equivalentes de N-acetil-cisteína. O ADC é purificado por ultrafiltração através de uma membrana de 30 kD. (Note-se que a concentração de propileno glicol utilizado na reação pode ser reduzida por qualquer PBD em particular, já que sua única finalidade é manter a solubilidade do ligante de fármaco nos meios aquosos.).
[0615] Para os compostos de Ligante-Fármaco à base de halo-acetamida, a conjugação pode ser realizada, geralmente, como segue. Para uma solução de anticorpos reduzidos e reoxidados (ao ter introduzido as cisteínas na cadeia pesada) em Tris 10 mM (pH 7,4), NaCl 50 mM, e DTPA 2 mM é adicionado 0,5 volume de propileno glicol. Uma solução 10 mM de composto de ligante-fármaco à base de acetamida em dimetilacetamida é preparada imediatamente antes da conjugação. Uma quantidade equivalente de propileno glicol como adicionado à solução de anticorpo é adicionada a um excesso molar de 6 vezes do composto de Ligante- Fármaco. A solução de Ligante-Fármaco diluída é adicionada à solução de anticorpo e o pH é ajustado para 8-8,5 com Tris 1 M (pH 9). A reação de conjugação é deixada prosseguir durante 45 minutos a 37°C. A conjugação é verificada por meio de redução e desnaturação em cromatografia de PLRP-S em fase reversa. O excesso de composto de Ligante-Fármaco é removido com uma resina Quadrasil MP e o tampão é trocado em Tris 10 mM (pH 7,4), NaCl 50 mM, e 5% de propileno glicol, utilizando uma coluna de dessalinização PD-10. Esquemas de Síntese Ilustrativos para Ligantes de Fármacos
[0616] Os esquemas seguintes são ilustrativos das rotas para a síntese de Ligantes de Fármacos - o dímero de PBD é mostrado com os substituintes específicos, e ligações de dímeros, mas estes podem variar dentro do escopo da presente invenção. Esquema A
[0617] onde Prot Sub refere-se quer a grupos substituintes de OH ou CO2H de fenil ou suas versões protegidas. A proteção pode ser instalada em função das reações realizadas para introduzir a unidade de ligação, e pode ser removida quando apropriado durante a síntese. Em algumas modalidades, a proteção pode ocorrer na etapa (i), mas pode ser removida antes ou depois da etapao (ii). Em outras modalidades, a proteção pode ocorrer na etapa (i), mas pode ser removida também após a etapa (iii).
[0618] O intermediário de ligante de glucuronida S1 (referência: Jeffrey et al., Bioconjugate Chemistry, 2006, 17, 831-840) pode ser tratado com difosgeno em di- clorometano a -78°C para produzir o cloroformato de glucuronida, que é então reagido com o dímero de PBD S2 dissolvido em CH2Cl2, por adição gota a gota. O aquecimento da reação a 0°C, durante 2 horas, seguido de extração irá produzir o composto S3. O tratamento de uma solução de S3 em uma mistura em partes iguais de solvente de MeOH, tetrahidrofurano e água (resfriada a 0°C), com mono-hidrato de hidróxido de lítio, durante 4 horas, seguido pela reação com ácido acético glacial irá produzir o composto S4. A adição de éster maleimidocaproil NHS para uma solução de S4 em DMF, seguido por di-isopropiletilamina e agitação à temperatura ambiente sob nitrogênio durante 2 horas irá produzir o ligante de fármaco desejado S5.
[0619] Esta abordagem também pode ser utilizada com dímeros de PBD que contêm aminas alifáticas, tais como, por exemplo, benzilamina S6:
[0620] Os métodos dos Exemplos 2 e 3 também podem ser aplicados a uma ampla variedade dos dímeros de PBD da presente invenção, a fim de introduzir os ligantes peptídicos. Preferências Adicionais
[0621] As preferências a seguir podem se aplicar a todos os aspectos da in-venção conforme descrito acima, ou podem se referir a um único aspecto. As prefe-rências podem ser combinadas juntas em qualquer combinação.
[0622] Em algumas modalidades, R6’, R7’, R9’, R10’, R11’ e Y’ são de preferên-cia, os mesmos que R6, R7, R9, R10, R11 e Y, respectivamente. Ligante de Dímero
[0623] Y e Y’ são de preferência, O.
[0624] R’’ é de preferência, um grupo C3-7 alquileno sem nenhum substituin- te. Com mais preferência, R’’ é um C3, C5 ou C7 alquileno. Com mais preferência, R’’ é um C3 ou C5 alquileno.
[0625] R6 a R9
[0626] R9 é de preferência, H.
[0627] R6 é de preferência, selecionado a partir de H, OH, OR, SH, NH2, nitro e halo, e é com mais preferência, H ou halo, e com mais preferência, é H.
[0628] R7 é de preferência, selecionado a partir de H, OH, OR, SH, SR, NH2, NHR, NRR’, e halo, e com mais preferência, independentemente selecionados a partir de H, OH e OR, onde R é de preferência, selecionado a partir de grupos C1-7 al- quil, C3-10 heterociclil e C5-10 aril opcionalmente substituídos. R pode ser, com mais preferência, um grupo C1-4 alquil, que pode ou não ser substituído. Um substituinte de interesse é um grupo C5-6 aril (por exemplo, fenil). Substituintes particularmente preferidos nas posições 7- são OMe e OCH2Ph. Outros substituintes de particular interesse são dimetilamino (ou seja, -NMe2); -(OC2H4)qOMe, onde q é de 0 a 2; he- terociclilas C6 contendo nitrogênio, incluindo morfolino, piperidinil e N-metil- piperazinil.
[0629] Estas preferências se aplicam a R9’, R6’ e R7’ respectivamente.
[0630] R2
[0631] A em R2 pode ser fenil grupo ou um C5-7 heterogrupo aril, por exemplo furanoil, tiofenil e piridil. Em algumas modalidades, A é de preferência, fenil. Em ou-tras modalidades, A é de preferência, tiofenil, por exemplo, tiofen-2-il e tiofen-3-il.
[0632] X é um grupo selecionado a partir de NHRN, em que RN é selecionado do grupo que compreende H e C1-4 alquil,
. Em algumas modalidades, X pode, de preferência, ser NHRN. X pode com mais preferência, be NHMe, NHEt, e NH2, e pode ainda com mais preferência, ser: NH2.
[0633] Q2-X pode estar em qualquer um dos átomos de anel disponíveis do grupo C5-7 aril, mas está, de preferência, sobre o átomo de anel que não é adjacente à ligação ao restante do composto, ou seja, é de preferência, β ou Y à ligação ao restante do composto. Portanto, quando o grupo C5-7 aril (A) é fenil, o substituinte (Q2-X) está, de preferência, nas posições meta- ou para-, e com mais preferência, está na posição para-.
[0634] Em algumas modalidades, Q1 é uma ligação simples. Nestas modali-dades, Q2 é selecionado a partir de uma ligação simples e -Z-(CH2)n-, onde Z é sele-cionado a partir de uma ligação simples, O, S e NH e é de 1 a 3. Em algumas destas modalidades, Q2 é uma ligação simples. Em outras modalidades, Q2 é -Z-(CH2)n-. Nestas modalidades, Z pode ser O ou S e n pode ser 1 ou n pode ser 2. Em outras destas modalidades, Z pode ser uma ligação simples e n pode ser 1.
[0635] Em outras modalidades, Q1 é -CH=CH-.
[0636] Em algumas modalidades, R2 pode ser -A-CH2-X e -A-X. Nestas mo-dalidades, X pode, de preferência, ser NH2.
[0637] R12
[0638] R12 pode ser um grupo C5-7 aril. Um grupo C5-7 aril pode ser um grupo fenil ou um grupo C5-7 heteroaril, por exemplo, furanoil, tiofenil e piridil. Em algumas modalidades, R12 é, de preferência, fenil. Em outras modalidades, R12 é, de prefe-rência, tiofenil, por exemplo, tiofen-2-il e tiofen-3-il.
[0639] R12 pode ser um C8-10 aril, por exemplo, um grupo quinolinil ou isoqui- nolinil. O grupo quinolinil ou isoquinolinil pode ser ligado ao núcleo de PBD através de qualquer posição de anel disponível. Por exemplo, o quinolinil pode ser quinolin- 2-il, quinolin-3-il, quinolin-4il, quinolin-5-il, quinolin-6-il, quinolin-7-il e quinolin-8-il. Destes quinolin-3-il e quinolin-6-il pode ser preferido. O isoquinolinil pode ser isoqui- nolin-1-il, isoquinolin-3-il, isoquinolin-4-il, isoquinolin-5-il, isoquinolin-6-il, isoquinolin- 7-il e isoquinolin-8-il. Destes, isoquinolin-3-il e isoquinolin-6-il pode ser preferido.
[0640] R12 carrega o substituinte selecionado a partir de OH, CO2H, CO2RO, onde RO é selecionado a partir de C1-4 alquil. O substituinte pode estar em qualquer posição.
[0641] Quando R12 é grupo C5-7 aril, um substituinte único está, de preferên-cia, sobre o átomo de anel que não é adjacente à ligação ao restante do composto, ou seja, é, de preferência, β ou Y à ligação ao restante do composto. Portanto, quando o grupo C5-7 aril é fenil, o substituinte está, de preferência, nas posições me-ta- ou para-, e com mais preferência, está na posição para-.
[0642] Quando R12 é um grupo C8-10 aril, por exemplo, quinolinil ou isoquino- linil, o mesmo pode carregar qualquer número de substituintes em qualquer posição dos anéis de quinolina ou isoquinolina.
[0643] RO é de preferência, selecionado a partir de C1-2 alquil, ou seja, metil e etil. Grupos R12
[0644] Os grupos R12 substituídos particularmente preferidos incluem, mas não se limitam a, 4-hidroxi-fenil, 3-hidróxi-fenil, 4-carbóxi-fenil, 3-carbóxi-fenil, 4- metilóxi carbonil-fenil, 3-metilóxi carbonil-fenil, 4-etilóxi carbonil-fenil e 4-etilóxi car- bonil-fenil.
[0645] M e z
[0646] É preferível que M e M’ sejam cátions monovalentes farmaceutica- mente aceitáveis, e são com mais preferência, Na+.
[0647] z é de preferência, 3.
[0648] Em consequência, os compostos da presente invenção incluem, por exemplo, os de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que R2 é de fórmula III:
[0649] onde A é um grupo fenil, X é NHRN, em que RN é selecionado do gru-po que compreende H e C1-4 alquil saturado, Q1 é uma ligação simples, e os restan-tes dos substituintes são como definidos no presente documento.
[0650] Os compostos da presente invenção incluem, por exemplo, os de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que
[0651] (ii) R2 é de fórmula III:
[0652] onde A é um grupo fenil, X é NHRN, em que RN é selecionado do gru-po que compreende H e C1-4 alquil saturado, Q1 é uma ligação simples, Q2 é seleci- onado a partir de uma ligação simples e -Z-(CH2)n-, onde Z é selecionado a partir de uma ligação simples e n é de 1 a 3; e os restantes dos substituintes são como defi-nidos no presente documento.
[0653] (iii) Os compostos da presente invenção incluem, por exemplo, os de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que R12 é um grupo fenil, substituído por um grupo selecionado a partir de CO2H, CO2RO, onde RO é selecionado a partir de C1-4 alquil saturado; e os restantes dos substituin- tes são como definidos no presente documento.
[0654] (iv) Os compostos da presente invenção incluem, por exemplo, os de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que R12 é um grupo fenil, substituído por um grupo selecionado a partir de CO2H, CO2RO, onde RO é selecionado a partir de metil ou etil; e os restantes dos substituintes são como definidos no presente documento.
[0655] (v) Os compostos da presente invenção incluem, por exemplo, os de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que
[0656] R2 é de fórmula III:
[0657] onde A é um grupo fenil, X é NHRN, em que RN é selecionado do gru-po que compreende H e C1-4 alquil saturado, Q1 é uma ligação simples, Q2 é seleci-onado a partir de uma ligação simples e -Z-(CH2)n-, onde Z é selecionado a partir de uma ligação simples e n é de 1 a 3; R12 é um grupo fenil, substituído por um grupo selecionado a partir de OH, CO2H, CO2RO, onde RO é selecionado a partir de C1-4 saturado alquil; e os restantes dos substituintes são como definidos no presente do-cumento.
[0658] (vi) Os compostos da presente invenção incluem, por exemplo, os de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que
[0659] R2 é de fórmula III:
[0660] onde A é um grupo fenil, X é NHRN, em que RN é selecionado do gru-po que compreende H e C1-4 alquil saturado, Q1 é uma ligação simples, Q2 é seleci-onado a partir de uma ligação simples e -Z-(CH2)n-, onde Z é selecionado a partir de uma ligação simples e n é de 1 a 3; R12 é um grupo fenil, substituído por um grupo selecionado a partir de CO2H, CO2RO, onde RO é selecionado a partir de metil ou etil; e os restantes dos substituintes são como definidos no presente documento.
[0661] Os compostos preferidos da presente invenção incluem qualquer um dos descritos em (i) a (vi) em que: (a) o grupo substituinte em R12 está na posição meta- ou para-, e com mais preferência, na posição para-, (b) Y e Y’ são O, (c) R’’ é -(CH2)- (CH2)-(CH2)- ou -(CH2)- (CH2)-(CH2)-(CH2)-(CH2)-, (d) R10 e R11 formam uma ligação de nitrogênio-carbono entre os átomos de nitrogênio e carbono aos quais eles estão ligados e R10’ e R11’ formam uma ligação de nitrogênio-carbono entre os átomos de nitrogênio e carbono aos quais eles estão ligados, (e) R7 é metóxi ou etóxi e R7’ é metóxi ou etóxi, ou (f) R6, R9, R6’, e R9’ são hidrogênios, ou qualquer combinação de (a) a (f).
[0662] Os compostos particularmente preferidos da presente invenção são de fórmula Ia:
[0663] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, onde
[0664] n é 1 ou 3;
[0665] R1a é metil ou fenil;
[0667] onde RN é selecionado a partir de H e metil;
[0668] R12a é selecionado a partir de:
[0669] Os compostos particularmente preferidos incluem:
[0670] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo. 3° aspect
[0671] As preferências expressas acima para o primeiro aspecto podem se aplicar aos compostos deste aspecto, quando apropriado.
[0672] Quando R10 é grupo de proteção do nitrogênio do carbamato, o mes- mo pode, de preferência, ser Teoc, Fmoc e Troc, e pode, com mais preferência, ser Troc.
[0673] Quando R11 é O-ProtO, em que ProtO é grupo de proteção do oxigê- nio, ProtO pode, de preferência, ser TBS ou THP, e pode, com mais preferência, ser TBS.
[0674] Quando R10 é um grupo de proteção do nitrogênio do hemi-aminal, o mesmo pode, de preferência, ser MOM, BOM ou SEM, e pode, com mais preferência, ser SEM.
[0675] As preferências para os compostos de fórmula I se aplicam conforme apropriado a D no sexto aspecto da invenção. Por exemplo, no sexto aspecto, o dí- mero de PBD é qualquer um dos compostos de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, descrito no presente documento com a exce-ção de que,
é substituído com
é substituído com
e é substituído com
onde a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade Ligante.
[0676] Em consequência, os conjugados da presente invenção incluem aqueles tendo a seguinte fórmula (IV) L-(LU-D)p (IV)
[0677] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que L é uma unidade de Ligação (ou seja, um agente de direcionamento), LU é uma unidade Ligante e o dímero D de PBD é qualquer um dos compostos de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, descrito no presente documento com a exceção de que,
é substituído com
é substituído com
e é substituído com
onde a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade Ligante. i. Conjugados da presente invenção incluem, por exemplo, aqueles de fórmula: CBA – A1 – L1– *
[0678] onde o asterisco indica o ponto de fixação ao dímero de PBD (D) ou a unidade de Espaçador, CBA é o Agente de Ligação de Célula, L1 é uma unidade de Especificidade que é clivável pela ação de uma enzima, e A1 é uma unidade de Esti-cador que conecta L1 ao Agente de Ligação de Célula.
[0679] (b) Os conjugados da presente invenção incluem, por exemplo, aque-les de fórmula: CBA - A1- *
[0680] onde o asterisco indica o ponto de fixação ao dímero de PBD (D), CBA é o Agente de Ligação de Célula, L1 e A1 é uma unidade de Esticador que co-necta o fármaco ao Agente de Ligação de Célula.
[0681] (c) Os conjugados da presente invenção incluem, por exemplo, aque-les de fórmula: CBA - A1- L1- *
[0682] onde o asterisco indica o ponto de fixação ao dímero de PBD (D), CBA é o Agente de Ligação de Célula, A1 é uma unidade de Esticador que conecta L1 ao Agente de Ligação de Célula e L1 é uma unidade de Especificidade que é cli- vável pela ação de catepsina, L1 é um dipeptídeo, L1 é um dipeptídeo que é clivável pela ação de catepsina ou L1 é um dipeptídeo selecionado a partir de -Phe-Lys-, -Val-Ala-, -Val-Lys-, -Ala-Lys-, e -Val-Cit-.
[0683] Os conjugados preferidos da presente invenção incluem qualquer um dos descritos em (a) - (c) em que A1 é
[0684] onde o asterisco indica o ponto de fixação a L1 ou D, a linha ondulada indica o ponto de fixação a CBA, e n é 0 a 6 (de preferência, n é 5).
[0685] Particularmente, os conjugados preferidos da presente invenção são de fórmula Ib, lc, 1d, e 1e:
[0686] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, onde
[0687] n é 1 ou 3;
[0688] R1a é metil;
[0689] RN é H
[0690] R12a é selecionado a partir de:
[0691] A1 é uma unidade de Esticador;
[0692] L1 é um dipeptídeo que é clivável pela ação de catepsina;
[0693] Ab é um anticorpo; e
[0694] p é de 1 a 20.
[0695] Em uma modalidade particularmente preferida das fórmulas Ib, Ic, Id, e Ie, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, a conexão entre o anticorpo e a unidade Ligante é formada entre um grupo tiol de um resíduo de lisina do anticorpo e um grupo maleimida da unidade Ligante.
[0696] Particularmente, os conjugados preferidos incluem:
[0697] ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que
[0698] n é 1 ou 3.
[0699] A1 é uma unidade de Esticador;
[0700] L1 é um dipeptídeo que é clivável pela ação de catepsina;
[0701] Ab é um anticorpo; e
[0702] p é de 1 a 20.
[0703] Em uma modalidade particularmente preferida, para todos estes con-jugados preferidos, a conexão entre o anticorpo e o Ligante é formada entre um gru-po tiol de um resíduo de lisina do anticorpo e um grupo maleimida da unidade Ligan- te.
[0704] Em uma modalidade particularmente preferida, para todos estes con-jugados preferidos, o anticorpo é um anticorpo monoclonal que se liga especifica-mente ao antígeno, antígeno Cripto CD19, antígeno CD20, antígeno CD22, antígeno CD30, antígeno CD33, Glicoproteína NMB, antígeno CanAg, antígeno Her2 (ErbB2/Neu), antígeno CD56 (NCAM), antígeno CD70, antígeno CD79, antígeno CD138, PSCA, PSMA (antígeno de membrana específico de próstata), BCMA, E- selectina, EphB2, Melanotransferina, antígeno Muc16 ou antígeno TMEFF2.
[0705] As preferências para os compostos de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, se aplicam conforme apropriado a D no sé- timo aspecto da invenção. Por exemplo, no sétimo aspecto, o dímero de PBD é qualquer um dos compostos de fórmula I, ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, descrito no presente documento com a exceção de que,
é substituído com
é substituído com
e é substituído com
onde a linha ondulada indica o ponto de fixação à unidade Ligante.
[0706] Os Fármacos-Ligantes particularmente preferidos da presente inven- ção são de fórmula If, lg, Ih e Ii:
ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, onde
[0707] n é 1 ou 3;
[0708] R1a é metil ou fenil;
[0709] RN é H
[0710] R12a é selecionado a partir de:
[0711] A1 é uma unidade de Esticador; e
[0712] L1 é um dipeptídeo que é clivável pela ação de catepsina.
[0713] Os fármacos- ligantes particularmente preferidos incluem:
ou um sal ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que
[0714] n é 1 ou 3.
[0715] A1 é uma unidade de Esticador; e
[0716] L1 é um dipeptídeo que é clivável pela ação de catepsina. Exemplos
[0717] Métodos Experimentais Gerais Para o Exemplo 1
[0718] As rotações ópticas foram medidas em um polarímetro ADP 220 (Bellingham Stanley Ltd.) e concentrações (c) são dadas em g/100mL. Os pontos de fusão foram medidos utilizando um aparelho de ponto de fusão digital de (Electrothermal). Os espectros de IV foram registrados em um espectrômetro Perkin- Elmer Spectrum 1000 FT IR. Os espectros de 1H e 13C NMR foram adquiridos a 300 K utilizando um espectrômetro de RMN Bruker Avance a 400 e 100 MHz, respectivamente. Os desvios químicos são referidos em relação a TMS (δ = 0,0 ppm), e os sinais são designados como s (singleto), d (dupleto), t (tripleto), dt (duplo tripleto), dd (dupleto de dupletos), ddd (duplo dupleto de dupletos) ou m (multipleto), com as constantes de acoplamento dadas em Hertz (Hz). Os dados de espectroscopia de massa (MS) foram coletados por meio de um instrumento Waters Micromass ZQ acoplado a um HPLC 2695 Waters com um PDA Waters 2996. Os parâmetros de Waters Micromass ZQ utilizados foram: Capilaridade (kV), 3,38; Cone (V), 35; Extrator (V), 3,0; Temperatura da fonte (°C), 100; Temperatura de Dessolvatação (°C), 200; Vazão do Cone (L/h), 50; Vazão de solvatação - (L/h), 250. Os dados de espectroscopia de massa de alta resolução. (HRMS) foram registrados em Waters Micromass QTOF global no modo-W positivo utilizando pontas de vidro de borossilicato revestidas de metal para introduzir as amostras no instrumento. A Cromatografia em Camada Fina (TLC) foi realizada em placas de alumínio de sílica gel (Merck 60, F254), e cromatografia flash utilizando sílica gel (Merck 60, malha 230-400 ASTM). Exceto para o HOBt (NovaBiochem) e reagentes suportados em sólido (Argonaut), todos os outros produtos químicos e solventes foram adquiridos a partir de Sigma-Aldrich e foram usados tal como fornecidos sem purificação adicional. Os solventes anidros foram preparados por destilação sob uma atmosfera de nitrogênio seco na presença de um agente de secagem apropriado, e foram armazenados sobre peneiras moleculares de 4A ou fio de sódio. O éter de petróleo refere-se à fração em ebulição a 40-60°C.
[0719] Condições Gerais LC/MS: O HPLC (Waters Alliance 2695) foi executado usando uma fase móvel de água (A) (ácido fórmico 0,1%) e acetonitrila (B) (ácido fórmico a 0,1%). Gradiente: composição inicial de 5% de B durante 1,0 min, então 5% de B a 95% de B dentro de 3 min. A composição foi mantida durante 0,5 min a 95% de B, e, em seguida, voltou para 5% de B em 0,3 minuto. O tempo total de corrida de gradiente é igual a 5 min. Vazão de 3,0 mL/min, 400 μL foi dividida por uma peça em T de volume morto zero que passa para o espectrômetro de massa. Faixa de detecção de comprimento de onda: 220 a 400 nm. Tipo de função: arranjo de diodos (535 varreduras). Coluna: Phenomenex® Onyx Monolithic C18 50 x 4,60 mm. Exemplo 1
[0720] (S)-2-(4-aminofenil)-7-metóxi-8-(3-((S)-7-metóxi-2- (trifluorometilssulfonil)-5,11-dioxo-10-((2-(trimetil silil)etóxi)metil)-5,10,11,11a- tetrahidro-1H-pirrolo[2,1-c][1,4]benzodiazepin-8-ilóxi)pentoxióxi)-10-((2-(trimetil si- lil)etóxi)metil)-1H-pirrolo[2,1-c] [1,4]benzodiazepina-5,11(10H,11aH)-diona (2)
[0721] 1,1’-[[(Pentano-1,5-di-il)dioxi]bis(11aS)-7-metóxi-2- [[(trifluorometil)sulfonil]oxi]-10-((2-(trimetil silil)etóxi)metil)-1,10,11,11a-tetrahidro-5H- pirrolo[2,1-c][1,4]-benzodiazepin-5,11-diona] (1)(Composto 8b no documento WO 2010/043880) (2,8 g, 2,4 mmol, 1eq) foi adicionado a uma mistura de carbonato de sódio (388 mg, 3,66 mmol, 1,52 eq) e 4-(4,4,5,5-tetrametil-1,3,2-dioxaborolano-2-il) anilina (509 mg, 2,32 mmol, 0,95 eq), em tolueno/água/etanol (20 mL/10 mL/10 mL). O frasco de reação foi purgado com argônio e Pd(0)tetraquis trifenilfosfina sólido (84 mg, 0,072 mmol, 0,03 eq) foi adicionado. A reação foi deixada prosseguir durante 2 horas a 26°C, com agitação vigorosa, sob argônio. A mistura foi repartida entre acetato de etila (200 mL) e água (100 ml). A fase orgânica foi lavada com água (100 mL), seguido por salmoura (50 mL). A fase orgânica foi seca sobre sulfato de magnésio e os voláteis foram removidos por evaporação rotativa, seguido por vácuo forte. O resíduo foi purificado por cromatografia flash (gradiente de acetato de etila/hexano, 30/70 até 100/0, v/v). O triflato de amino assimétrico (2) foi isolado em 46% de rendimento (1,23 g). LC/MS rt 3,80 min, m/z (1087,6): M+H. 932 mg (33%) de material e 400 mg (16%) do produto simétrico 4-amino fenil de partida também foram obtidos.
[0722] (b) (S)-8-((5-(((S)-2-(4-aminofenil)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H- pirrolo[2,1-c][1,4]benzodiazepin-8-il)óxi)pentil)óxi)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H- pirrolo[2,1-c][1,4]diazepin-2-il trifluorometanossulfonato(3)
[0723] O triflato de amino (2) foi dissolvido em THF seco (15 mL) e arrefecido a -78°C (1,2 g, 1,1 mmol, 1 eq). Uma solução de super-hidreto em THF (1M, 3,3 ml, 3,3 mmol, 3 eq) foi injectada lentamente na mistura de reação agitada. Conclusão da reação foi observada depois de 15 minutos. A mistura de reação foi temperada com água (10 mL) e depois extraiu-se com DCM (50 mL). Os orgânicos foram lavados com água (100 ml), depois com salmoura (50 mL). A fase orgânica foi seca sobre sulfato de magnésio e os voláteis foram removidos por evaporação rotativa, seguido por vácuo forte. O carbinolamina em bruto (3) (1,10 g) não foi purificado e utilizado directamente no passo seguinte. LC/MS Tr 2,68 min, m/z (796) M+H para SEM desprotegido imina (auto-imolação sob as condições ácidas do LC/MS).
[0724] (c) (S)-2-(4-aminofenil)-7-metóxi-8-(5-((S)-7-metóxi-2-(4-metilóxi car- bonilfenil)-5-oxo-5,11a-dihidro- 1H-pirrolo[2,1-c][1,4]benzodiazepin-8-ilóxi)pentilóxi)- 1H- pirrolo[2,1-c][1,4]benzodiazepina-5(11aH)-ona (4)
[0725] O triflato de carbinolamina protegido SEM bruto (3) obtido na etapa anterior (1,10 g, 1 mmol, 1 eq) foi adicionado a uma mistura de carbonato de sódio (341 mg, 3,2 mmol, 3,2 eq) e éster metílico de ácido fenilborônico (286 mg, 1,6 mmol, 1,6 eq), em tolueno/água/metanol/THF (10 mL/5 mL/5 mL/5 mL). O frasco de reação foi purgado com argônio e Pd(0)tetraquis trifenilfosfina sólido (35 mg, 0,030 mmol, 0,03 eq) foi adicionado. A reação foi deixada prosseguir de um dia para o outro com agitação vigorosa, sob argônio. A mistura foi repartida entre acetato de etila (200 mL) e água (100 ml). A fase orgânica foi lavada com água (100 mL), seguido por salmoura (50 mL). A fase orgânica foi seca sobre sulfato de magnésio e os voláteis foram removidos por evaporação rotativa, seguido por vácuo forte. O resíduo foi tratado com DCM (50 mL), etanol (140 mL), água (70 ml) e sílica gel (100 g). A mistura viscosa foi deixada com agitação à temperatura ambiente durante 3 dias. A mistura foi filtrada lentamente através de um funil sinterizado e o resíduo de silica foi lavado com 90/10 de clorofórmio/metanol v/v (500 mL). A fase orgânica foi lavada com água (300 ml), salmoura (100 mL), seca (sulfato de magnésio), filtrada e evaporada no vácuo para fornecer o material em bruto que foi purificado por cromatografia flash (gradiente de metanol/clorofórmio, 0/100 até 4/96, v/v) para se obter 200 mg (25%) de dímero de PBD LC/MS rt 2,68 min, m/z (782) M+H. Métodos Experimentais Gerais Para os Exemplos 2 a 3
[0726] Todos os solventes anidros comercialmente disponíveis foram utilizados sem purificação adicional. A cromatografia em camada fina analítica foi realizada em folhas de alumínio com sílica gel 60 F254 (Merck Chemicals, Gibbstown, NJ). A cromatografia radial foi realizada em um aparelho Chromatotron (Harris Research, Palo Alto, CA). Uma HPLC analítica foi realizada em um sistema de distribuição de solvente Varian ProStar 210 configurado com um detector Varian ProStar 330 PDA. As amostras foram eluídas através de uma coluna de fase inversa, C12 Phenomenex Synergi 2,0 x 150 mm, 4 mm, 80 Á. A fase móvel ácida consistiu em acetonitrila e água ambos contendo ácido fórmico a 0,1%. Os compostos foram eluídos com um gradiente linear de acetonitrila ácida a partir de 5% em 1 min após a injeção, a 95% em 11 min, seguido por 95% de acetonitrila em eluição isocrática a 15 min (vazão = 1,0 mL/min). LC-MS foi realizada em um espectrômetro de massa Micromass ZMD, interligado a um instrumento Agilent HP 1100 HPLC equipado com uma coluna de fase reversa C12 Phenomenex Synergi 2,0 x 150 mm, 4 mm, 80 A. O eluente ácido consistiu em um gradiente linear de acetonitrila de 5% a 95% em 0,1% de ácido fórmico aquoso, durante 10 minutos, seguido por 95% de acetonitrila em eluição isocrática durante 5 min (vazão = 0,4 mL/min). A HPLC preparativa foi realizada em um sistema de distribuição de solvente Varian ProStar 210 configurado com um detector Varian ProStar 330 PDA. Os produtos foram purificados ao longo de uma coluna de fase reversa C12 Phenomenex Synergi 10,0 x 250 mm, 4 mm, 80 A, realizando a eluição com 0,1% de ácido fórmico em água (solvente A) e 0,1% de ácido fórmico em acetonitrila (solvente B). O método de purificação consistiu no seguinte gradiente de solvente A para solvente B: 90:10 de 0 a 5 min; 90:10 a 10:90 de 5 min a 80 min; seguido por eluição isocrática a10:90 durante 5 min. A vazão foi de 4,6 mL/min, com monitoramento a 254 nm. Exemplo 2
[0727] ácido (S)-2-((S)-2-(6-(2,5-dioxo-2,5-dihidro-1H-pirrol-1-il)hexanamido)- 3-metilbutanamido)propnóico (5)
[0728] Maleimidocaproil N-hidroxissuccinimida (1,619 g, 5,25 mmol, 1,05 eq.) E H-Val-Ala-OH (0,941 g, 5 mmol, 1 eq.) foram colocados em um frasco de recuperação de 25 mL com uma barra de agitação e o frasco foi inundado com nitrogênio. DMF (4,7 mL) foi adicionado e a suspensão pastosa branca resultante foi agitada. DIPEA (0,87 mL, 5 mmol, 1 eq) foi adicionado e a mistura foi deixada agitar à temperatura ambiente de um dia para o outro. A mistura foi resfriada em um banho de gelo/água e HCl 2 M (3 mL, 6 mmol) foi adicionado gota a gota. A mistura viscosa foi transferida para um funil de separação e o recipiente de reação lavado com solução sat. de NaCl (7 mL), EtOAc (10 mL), solução saturada de NaCl (10 mL) e EtOAc (5 mL). Após a separação da fase aquosa, a mesma foi extraída com EtOAc adicional (2 x 15 mL). Os extratos orgânicos combinados foram lavados com solução saturada de NaCl (4 x 15 mL), até que as águas de lavagem tivessem pH ~ 3,5. Os extratos orgânicos foram secos sobre Na2SO4, filtrados e concentrados sob pressão reduzida para produzir 5 como um sólido branco (2,172 g, 114% de rendimento bruto). O bruto 5 foi suspenso em CH2Cl2 quente (35 mL) e filtrado para remover um sólido fino branco. Os sólidos foram lavados com CH2Cl2 adicional (3 ml). Tolueno (5 mL) foi adicionado e a mistura foi resfriada em um banho de gelo/água, o que resultou em uma suspensão pastosa espessa. Os sólidos foram recolhidos por filtração, lavados com uma mistura fria de CH2Cl2 (12 mL) e tolueno (2 mL) e secos puxando o ar através da amostra de um dia para o outro para produzir 5 como um sólido branco (1,327 g, 70% de rendimento). TLC: Rf = 0,26, 10% de MeOH em CH2Cl2. 1H RMN (CDCI3)
[0729] (ppm) 0,95 (d, J = 17 Hz, 3H), 0,98 (d, J = 17 Hz, 3H), 1,30 (m, 2H), 1,40 (d, J = 17 Hz, 3H), 1,61 (m, 4H), 2,06 (m, 1H), 2,25 (dt, J = 4, 19 Hz, 2H), 3,35 (s, 1H), 3,49 (t, J = 17 Hz,2H), 4,20 (d, J = 18 Hz, 1H), 4,38 (m, 1H), 6,80 (s, 2H). HPLC Analítica (0,1% de ácido fórmico): tR 9,05 min. LC-MS: tR 11,17 min, m/z (ES+) encontrado 381,9 (M+H)+, m/z (ES-) encontrado 379,9 (M-H)-.
[0730] (b) Metil 4-((S)-8-((5-(((S)-2-(4-((S)-2-((S)-2-(6-(2,5-dioxo-2,5-dihidro- 1H-pirrol-1-il)hexanamido)-3-metilbutanamido)propanamido)fenil)-7-metóxi-5-oxo- 5,11a-dihidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-8-il)óxi)pentil)óxi)-7-metóxi-5- oxo-5,11a-dihidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-2-il)benzoato (6)
[0731] Um frasco de 10 mL foi carregado com 5 (11 mg, 29 umol), EEDQ (8,9 mg, 36 μmol), e 0,46 mL de CH2Cl2 anidro. Metanol (24 μL) foi adicionado para facilitar a dissolução e a mistura foi agitada sob nitrogênio durante 15 min. Anilina 4 (18 mg, 24 umol) foi, em seguida, adicionada e a mistura de reação foi agitada à temperatura ambiente durante 4 horas, momento em que LC-MS revelou a conversão para o produto. A reação foi concentrada, dissolvida em CH2Cl2 (1 mL) e purificada por cromatografia radial em um prato chromatotron de 1 mm eluída com misturas de CH2Cl2/ CH3OH (100:0 a 90:10 de CH2Cl2/CH3OH) para fornecer 6 (9,9 mg, 36%). HPLC analítica: tR 12,10 min. LC-MS: tR 12,91 min, m/z (ES+) encontrado 1145,6 (M+H)+
[0732] 9: R1 = H, R2 = CH3
[0733] 10: R1 = H, R2 = H
[0734] 11: R1 = MC, R2 = H
[0735] Composto 7 foi preparado de modo semelhante ao composto 5 no Exemplo 2(a) com o uso de alil cloroformato no lugar de maleimidocaproil N- hidroxisuccinimida e diclorometano como o solvente da reação.
[0736] Metil 4-((S)-8-(3-(((S)-2-(4-((S)-2-((S)-2-(((alilóxi)carbonil) amino)-3- metilbutanamido)propanamido)fenil)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H- benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-8-il)óxi)propóxi)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H- benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-2-il)benzoato (8)
[0737] Para um produto 7 (52 mg, 0,192 mmol) em 5% de metanol/diclorometano (3 mL) a 0°C foi adicionado EEDQ (47 mg, 0,193 mmol) e a mistura foi agitada durante 15 minutos antes da adição de 4 (50 mg, 0,064 mmol). A mistura de reação foi deixada aquecer até à temperatura ambiente e foi monitorada por LC-MS. A mistura foi aspirada para uma placa de 1 mm de cromatotrom radial e eluída com 1 a 3% de metanol/diclorometano. As Frações contendo o produto foram combinadas e concentradas para produzir 43 mg (65%) de 8 como um sólido amarelo: MS (ES+) m/z 1036,87 [M+H]+.
[0738] (b) Metil 4-((S)-8-(3-(((S)-2-(4-((S)-2-((S)-2- amino-3- metilbutanami- do)propanamido)fenil)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2- a][1,4]diazepin-8-il)óxi)propóxi)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2- a][1,4]diazepin-2-il)benzoato (9)
[0739] Para uma solução de 8 (43 mg) em diclorometano anidro (3 mL) foi adicionado Ph3P (0,5 mg, 0,002 mmol), pirrolidina (7 mL, 0,082 mmol) e tetraquis paládio (1,1 mg, 0,001 mmol). Após aproximadamente 30 minutos, a mistura de reação foi aspirada para uma placa de 1 mm de cromatotrom radial e eluída com 5% e então 10% de metanol em diclorometano. A banda principal foi recolhida e concentrada sob pressão reduzida para produzir 22 mg (56%) de 9: MS (ES+) m/z 952,5 [M+H]+.
[0740] (c) ácido 4-((S)-8-(3-(((S)-2-(4-((S)-2-((S)-2- amino-3- metilbutanamido) propanamido)fenil)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H- benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-8-il)óxi)propóxi)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H- benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-2-il)benzóico (10)
[0741] Para 9 (20 mg) em THF/CH3OH (2 mL) foi adicionada uma solução de hidróxido de lítio (1 mL de uma solução 0,1 M). A mistura de reação foi agitada a uma temperatura ambiente. Em 5 horas, LC-MS revelou uma conversão de aproximadamente 30% para o produto desejado, com decomposição significativa. A mistura de reação foi resfriada a -80°C durante 16 horas. LC-MS mostrou uma mistura de ~ 1:1 de 10 e 9. A mistura de reação foi neutralizada com HCl 0,1 N (~ 1 mL) e foi concentrada para cerca de 1 mL. DMSO (1 mL) e CH3CN (1 mL) foram adicionados, e a mistura foi purificada por HPLC preparatória de fase reversa. As frações contendo o produto foram combinadas, congeladas e liofilizadas. Isto resultou em 1,7 mg (9%) de 10 como um filme amarelo: MS (ES +) m/z 938 [M+H]+
[0742] (d) ácido 4-((S)-8-(3-(((S)-2-(4-((S)-2-((S)-2-(6-(2,5-dioxo-2,5-dihidro- 1H-pirrol-1-il)hexanamido)-3-metilbutanamido)propanamido)fenil)-7-metóxi-5-oxo- 5,11a-dihidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-8-il)óxi)propóxi)-7-metóxi-5-oxo- 5,11a-dihidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-2-il)benzóico (11)
[0743] Para uma mistura de 10 (1,7 mg, 1,8 μmol) em DMF (100 mL) foi adicionada DIPEA (1 μL, 5,75 mmol) e éster de maleimidocaproil-NHS (4,6 mg, 15 μmol). A reação foi monitorada por LC-MS. Após 1 hora, a mistura de reação foi concentrada sob pressão reduzida, dissolvida em 0,5 mL de DMSO, 0,5 mL de acetonitrila e 0,5 mL de água, e purificada por HPLC preparativa de fase reversa. O produto contendo frações foi congelada e liofilizada para produzir 0,2 mg (10%) de 11: MS (ES+) m/z 1131,6 [M+H]+. Exemplo 4
[0744] (S)-2-(4-aminofenil)-8-(3-(((S)-2-(4-hidróxi-fenil)-7-metóxi-5,11-dioxo- 10-((2-(trimetil silil)etóxi)metil)-5,10,11,11a-tetrahidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2- a][1,4]diazepin-8-il)óxi)propóxi)-7-metóxi-10-((2-(trimetil silil)etóxi)metil)-1H- benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepina-5,11(10H,11aH)-diona (13)
[0745] Um frasco foi carregado com triflato de anilina 12 (composto 9, documento WO 2011/130613 A1) (520 mg, 490 umol, 1 eq) dissolvido em tolueno (5,4 mL), etanol (2,7 mL), e água (2,7 mL). À solução agitada foi adicionado ácido 4- hidroxifenilborônico (88 mg, 640 μmol, 1,3 eq), carbonato de sódio (83 mg, 780 μmol, 1,6 eq), e tetraquis (trifenilfosfina)paládio (0) (23 mg, 20 μmol, 0,04 eq), a reação foi agitada vigorosamente de um dia para o outro à temperatura ambiente sob nitrogênio. Após 22 horas, a reação tinha parado. Tetraquis (trifenilfosfina)paládio (0) adicional (100 mg, 87 μmol, 0,18 eq) e ácido 4-hidroxifenilborônico (88 mg, 640 μmol, 1,3 eq) foram adicionados e a reação foi agitada a 35°C durante 24 horas adicionais, momento em que LC/MS revelou a conversão para o produto. A reação foi concentrada e em seguida partilhada entre acetato de etila (100 mL) e água (100 ml). A camada aquosa foi extraída duas vezes com acetato de etila (100 mL). A camada orgânica foi então lavada com água (100 ml), salmoura (100 mL), seca sobre sulfato de sódio, e concentrada até secura para fornecer SEM dilactam bruto 13. O produto bruto foi purificado por cromatografia flash, eluindo com misturas de hexanos: acetato de etila (75:25 a 0:100), para fornecer o produto puro 13 (218 mg, 44%). LC-MS: tR 11,54 min, m/z (ES+) encontrado 1004,3 (M+H)+. 1H NMR (CDCl3) δ (ppm) 0,02 (s, 18H), 0,98 (m, 4H), 2,44 (m, 2H), 3,12 (m, 2H), 3,67 (m, 3H), 3,77 (m, 4H), 3,91 (m, 8H), 4,29 (t, J = 5,9 Hz, 4H), 4,59 (dt, J = 3,1, 10,2 Hz, 2H), 4,76 (dd, J = 3,1, 10,2 Hz, 2H), 5,52 (d, J = 10,2 Hz, 2H), 6,34 (bs, 1H), 6,66 (d, J = 8,2 Hz, 2H), 6,83 (d, J = 8,6 Hz, 2H), 7,22 (m, 4H), 7,27 (m, 6H), 7,39 (s, 2H).
[0746] (b) (S)-2-(4-aminofenil)-8-(3-(((S)-2-(4-hidróxi-fenil)-7-metóxi-5-oxo- 5,11a-dihidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-8-il)óxi)propóxi)-7-metóxi-1H- benzo[e]pirrolo[1,2-a][1,4]diazepin-5(11aH)-ona (14)
[0747] Um frasco seco à chamas foi carregado com SEM dilactam 13 (109 mg, 109 μmol, 1 eq) dissolvido em tetrahidrofurano anidro (2,2 mL), e resfriou-se a - 78°C. Trietilborohidreto de lítio (0,33 mL de uma solução 1 M em THF, 330 μmol, 3 eq) foi adicionado gota a gota e a reação foi agitada sob nitrogênio durante 2,5 horas, momento em que LC revelou a conversão incompleta do produto. Um adicional de 0,66 mL de redutor foi adicionado e a reação foi agitada durante mais uma hora. A reação foi extinta através da adição de água (1 mL) e deixada aquecer até à temperatura ambiente, depois diluída com salmoura (25 mL) e extraiu-se três vezes com diclorometano (25 mL). Os orgânicos combinados foram lavados com salmoura (25 mL), secos sobre sulfato de sódio, e evaporados até secura. O resíduo foi dissolvido em uma mistura de diclorometano (2,8 mL), etanol (7,4 mL), e água (1,0 mL) e sílica gel (2,7 g) foi adicionada. A suspensão pastosa resultante foi agitada à temperatura ambiente durante 4 dias. A análise por TLC revelou a conversão para dímero de imina 14, momento em que a suspensão foi filtrada através de um funil de vidro sinterizado e o bolo de silica gel foi lavado com 10% de metanol em clorofórmio até nenhuma absorvância de PBD adicional ser observada no filtrado. A concentração do filtrado forneceu dímero de imina bruto 14. O material foi dissolvido em diclorometano mínimo e purificado por cromatografia radial em uma praca chromatotron de 1 mm eluída com misturas de CH2Cl2/MeOH (100:0 a 80:20) para fornecer 14 (31 mg, 40%). LC-MS: tR 8,48 min, m/z (ES+) encontrado 712,2 (M+H)+.
[0748] 6-(2,5-dioxo-2,5-dihidro-1H-pirrol-1-il)-N-((S)-1-(((S)-1-((4-((S)-8-(3- (((S)-2-(4-hidróxi-fenil)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2- a][1,4]diazepin-8-il)óxi)propóxi)-7-metóxi-5-oxo-5,11a-dihidro-1H-benzo[e]pirrolo[1,2- a][1,4]diazepin-2-il)fenil)amino)-1-oxopropan-2-il)amino)-3-metil-1-oxobutan-2- il)hexanamida (15)
[0749] Um frasco seco à chamas foi carregado com ligante de maleimidocaproil-valina-alanina (Composto 36 do Exemplo 13 no documento WO 2011/130613 A1) (11 mg, 29 μmol, 1,5 eq) dissolvido em 0,8 mL de 5% de metanol em diclorometano anidro. O ácido foi pré-ativado pela adição de N-etoxicarbonil-2- etóxi-1,2-di-(9 mg, 34 μmol, 1,8 eq), seguido por agitação à temperatura ambiente sob nitrogênio durante 15 minutos. O ácido ativado foi então adicionado a um frasco seco à chamas contendo dímero de PBD 14 (13 mg, 19 μmol, 1 eq). A reação foi agitada durante 4 horas à temperatura ambiente sob atmosfera de nitrogênio, momento em que LC-MS revelou a conversão para o produto. O material foi diluído em diclorometano e purificado por cromatografia radial em um prato chromatotron de 1 mm eluído com misturas de CH2Cl2/MeOH (100:0 a 80:20) para fornecer 15 (7,7 mg, 38%). LC-MS: m/z (ES+) encontrado 1075,5 (M+H)+.
[0750] Exemplo 6 - Preparação de Conjugados de Dímero de PBD
[0751] Anticorpos com cisteínas introduzidas: os anticorpos para CD70 contendo um resíduo de cisteína na posição 239 da cadeia pesada foram completamente reduzidos pela adição de 10 equivalentes de TCEP e EDTA 1 mM e ajuste do pH para 7,4 com tampão Tris 1M (pH 9,0). Após uma incubação de 1 hora a 37°C, a reação foi resfriada até 22°C e 30 equivalentes de ácido desidroascórbico foram adicionados para reoxidar seletivamente os dissulfetos nativos, deixando a cisteína 239 em estado reduzido. O pH foi ajustado para 6,5 com tampão Tris 1M (pH 3,7) e a reação foi deixada prosseguir durante 1 hora a 22°C. O pH da solução foi então aumentado novamente para 7,4 por adição de tampão Tris 1 M (pH 9,0). 3,5 equivalentes do ligante de fármaco de PBD em DMSO foram colocados em um recipiente adequado para diluição com propileno glicol antes da adição à reação. Para manter a solubilidade do ligante de fármaco de PBD, o próprio anticorpo foi primeiro diluído com propileno glicol até uma concentração final de 33% (por exemplo, se a solução de anticorpo foi de um volume de reação de 60 mL, adicionou-se 30 mL de propileno glicol). Este mesmo volume de propileno glicol (30 ml neste exemplo) foi, em seguida, adicionado ao ligante de fármaco de PBD como um diluente. Depois de misturar, a solução de ligante de fármaco de PBD em propileno glicol foi adicionada à solução de anticorpos para efetuar a conjugação; a concentração final de propileno glicol é 50%. A reação foi deixada prosseguir durante 30 minutos e depois foi extinta por adição de 5 equivalentes de N-acetil- cisteína. O ADC foi então purificado por ultrafiltração através de uma membrana de 30 kD. (Note-se que a concentração de propileno glicol utilizado na reação pode ser reduzida por qualquer PBD em particular, já que sua única finalidade é manter a solubilidade do ligante de fármaco no meio aquoso).
[0752] Exemplo 7 - Determinação da Citotoxicidade in vitro no Fármaco Livre
[0753] As células como descritas abaixo foram recolhidas e semeadas em placas de 96 poços com lados pretos, a uma densidade de 10.000 células/poço em 150 μL de meio. As diluições em série do artigo de teste (50 μL) foram adicionadas, e a incubação foi realizada durante 92 horas a 37°C. Após a adição do composto de teste, as culturas foram incubadas 96 horas a 37°C. Resazurina (0,25 mM, 50 μL, Sigma, St. Louis, MO) no meio foi adicionada e a incubação foi continuada durante 4 horas. As placas foram lidas em um leitor de microplacas de fusão HT (Packard, Meriden, CT) utilizando um comprimento de onda de excitação de 525 nm e um comprimento de onda de emissão de 590 nm. Os dados de todos os ensaios foram reduzidos utilizando o GraphPad Prism Versão 4 para Windows (Software GraphPad, San Diego, CA). As concentrações de IC50 em comparação com as células de controle não tratadas foram determinadas usando um ajuste de curva de parâmetro 4.
[0754] Os valores de IC50 (pM) dos compostos 4 e 14:
[0755] Ta bela 1 - IC50em pM no Tratamento após 48 horas
[0756] Exemplo 8: Determinação da Atividade In Vitro de Conjugados Selecionados
[0757] A atividade citotóxica in vitro dos conjugados de anticorpos selecionados de fármaco foi avaliada usando um ensaio de redução com resazurina (Sigma, St. Louis, MO, EUA) (referência: Doronina et al., Nature Biotechnology, 2003, 21, 778-784). Os conjugados de fármacos de anticorpos foram preparados como descrito acima no Exemplo 6.
[0758] Para o ensaio de 96 horas, as células cultivadas em crescimento de fase-log foram semeadas durante 24 horas em placas de 96 poços contendo 150 μL de RPMI 1640 suplementado com 20% de FBS. As diluições em série de ADC nos meios de cultura de células foram preparadas em concentrações de trabalho 4x; 50 μL de cada diluição foram adicionados às placas de 96 poços. Após a adição de ADC, as células foram incubadas com os artigos de teste durante 4 dias a 37°C. A Resazurina foi então adicionada a cada poço para obter uma concentração final de 50 μM, e as placas foram incubadas durante um período adicional de 4 horas a 37°C. As placas foram, em seguida, lidas para a extensão da redução do corante em um leitor de placas de Fusão HT (Packard Instruments, Meridien, CT, EUA) com comprimentos de onda de excitação e emissão de 530 e 590 nm, respectivamente. O valor de IC50, determinado em triplicata, é aqui definido como a concentração que resulta em uma redução de 50% no crescimento celular em relação aos controles não tratados.
[0759] Referindo-se às tabelas abaixo, a citotoxicidade in vitro de ADCs utilizando o ensaio de 96 horas é mostrada. Os ADCs foram testados contra linhagens de células positivas para antígeno e negativas para antígeno.
[0760] Ta bela 2 - IC50 em pM após Tratamento por 96 horas
[0761] Exemplo 9: Determinação da Citotoxicidade In Vivo de Conjugados Selecionados
[0762] Todos os estudos foram conduzidos de acordo com o Animal Care and Use Committee (Comitê de Uso e Cuidado Animal) em uma instalação que é totalmente credenciada pela Association for Assessment and Accreditation of Laboratory Animal Care (Associação de Avaliação e Acreditação do Laboratório para Cuidado Animal). A tolerabilidade de ADC foi avaliada primeiramente para assegurar que os conjugados foram tolerados nas doses selecionadas para os ensaios de xenoenxerto. Camundongos BALB/c foram tratados com doses crescentes de ADC formuladas em PBS com arginina 0,5 M e Tween 20 a 0,01%. Os camundongos foram monitorados quanto a perda de peso e sinais exteriores de morbilidade após o tratamento; aqueles que experimentaram mais do que 20% de perda de peso ou apresentaram sinais de morbidade foram sacrificados. O anticorpo utilizado foi um anticorpo CD70, h1F6 humanizado (WO2006/113909), com uma mutação de ponto de substituição de cisteína por serina na posição 239. A conjugação com a Unidade de Fármaco é através da cisteína introduzida na posição 239. Uma média de dois Fármacos é carregada por anticorpo.
[0763] Experimentos de terapia in vivo foram realizados em modelos de xenoenxerto em Camundongos portadores de carcinoma ou linfoma não-Hodgkin de células renais CD70+. Fragmentos de tumor foram implantados em camundongos nude. Os camundongos foram randomizados para estudar os grupos com cada grupo variando de cerca de 100 mm3. Os ADCs foram administrados de acordo com o cronograma indicado. O volume do tumor em função do tempo foi determinado usando a fórmula (L x W2)/2. Os animais foram sacrificados quando os volumes tumorais atingiram 1000 mm3. Os camundongos mostrando regressões duráveis foram eliminados cerca de 100 dias após o implante.
[0764] A Figura 1 mostra os resultados de estudos de tratamento utilizando o composto 6-h1F6ec em carcinoma de células renais CD70+ (786-O), com uma dose única dada IP. Na figura, x é não tratado, • é o tratamento com h1F6ec-6 em 0,03 mg/kg e o é o tratamento com h1F6ec-6 a 0,1 mg/kg.
[0765] A Figura 2 mostra os resultados de estudos de tratamento utilizando o composto 6-h1F6ec em linfoma não-Hodgkin (MHHPreB1), com dosagem q7dx2. Na figura, x é não tratado e • é tratamento com h1F6ec-6 a 0,1 mg/kg.
[0766] Os resultados de um experimento de tolerabilidade do camundongo com h1F6ec-6 nominalmente carregado em dois fármacos/mAb demonstraram que uma única dose de 1 mg/kg foi bem tolerada sem perda de peso ou sinais de morbidade externa fora de 30 dias. A administração de uma dose mais elevada (2,5 mg/kg) resultou na perda de peso.
[0767] Valores de IC50 (nM) para os ADCs com Composto 6:
[0768] Valores de IC50 . (nM) para ADCs com o Composto 6 e o Composto 11: