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Machado de Assis, autor de romances (1872-1873)

Profile image of Lucia GranjaLucia Granja

2023, Remate de Males

Este artigo integra um projeto maior que se define como a história editorial da consagração de Machado de Assis. Ele toma como ponto de partida a dedicação do escritor à prosa de ficção a partir de meados anos 1860, assim como algumas ideias de Machado de Assis sobre o romance, à mesma época. Assunto já explorado pelos estudiosos do autor, o que se pretende demonstrar com originalidade é que, ao lado das escolhas críticas e estéticas machadianas, o desejo de adotar, no romance, uma perspectiva urbana e de estudo de caracteres é uma ação paralela ao conhecimento machadiano das práticas editoriais, notadamente no contato com o principal editor no Brasil da época (B.-L. Garnier), as quais reverberavam ações transnacionais. A ideia da “formação do romancista” incide sobre a busca de uma identidade como autor de ficção e também sobre a busca de espaço para uma ficção que lhe propicie circulação internacional, embora, de nosso ponto de vista contemporâneo, saibamos que essas tentativas foram malogradas. Nessa via de reflexão, e por meio da análise de documentos, evocam-se as relações ativas e atuantes entre Machado de Assis e Baptiste-Louis Garnier, sobretudo nos anos 1860-1870, como um dos acessos ao espaço de consagração progressivamente ocupado pelo escritor, apesar das tensões com seu principal editor. Nesse caso, Machado de Assis é estudado como ator no processo de inflexão editorial que trouxe consequências literárias à sua carreira, à medida que ele vinha atuando, até então, como crítico, dramaturgo, poeta e cronista (anos 1850 e 1860). Palavras-chave: Machado de Assis; autoria; ficção. Abstract: This article integrates a larger project that can be defined as the editorial history of Machado de Assis’ consecration. It takes as its starting point the writer’s dedication to prose fiction from the mid-1860s onwards, as well as some of Machado de Assis’ critical ideas about the novel at the same time. A subject already explored by critics, what we intend to demonstrate with originality is that, alongside Machado’s critical and aesthetic choices, his desire to adopt, in the novel, an urban perspective and character study, is an action parallel to his knowledge of editorial and publishing practices, notably from his contact with the main publisher in Brazil at the time (B.-L. Garnier), which reverberated transnational actions. The idea of the “formation of the novelist” focuses on the search for an identity as a fiction author and on the search for space for a fiction that could provide him with international circulation, although, from our contemporary point of view, we know that these attempts were unsuccessful. In this way of reflection, and through the analysis of documents, we evoke the active relations between Machado de Assis and Baptiste-Louis Garnier, especially in the years 1860-1870, as one of the accesses to the space of consecration progressively occupied by the writer, despite the tensions with his main editor. In this case, Machado de Assis is studied as an actor in the editorial inflection process that brought literary consequences to his career, as he had been working, until then, as a critic, playwright, poet and chronicler (1850s and 1860s). Keywords: Machado de Assis; autorship; fiction.

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Mineração de carvão, migração e etnicidade: uma história global
Ad Knotter

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http://dx.doi.org/10.5007/1984-9222.2015v7n14p13Em todo o mundo, empresas de mineração defrontaram-se com a escassez de mão de obra e tiveram de encontrar maneiras de recrutar um número suficiente de trabalhadores para as suas minas. As soluções adotadas variaram desde o envolvimento de camponeses em tempo parcial, cooptação de trabalhadores mediada por empreiteiros de mão de obra, sistemas de trabalho forçado, e até migração nacional e internacional sob regulação estatal. A importância desses tipos de “intervenção institucional” na mobilização de mão de obra para as minas de carvão é ilustrada com exemplos de diferentes partes do mundo. Os esforços para encontrar novos trabalhadores para as minas muitas vezes resultaram no recrutamento de grupos étnicos considerados de status social inferior, não só porque de origem rural e não qualificados, mas também porque vistos como inferiores do ponto de vista cultural ou étnico. Nesse aspecto, houve uma enorme diferença com relação à imigraç...

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Vida de professora: ideias e aventuras de Leolinda de Figueiredo Daltro durante a Primeira República
Elaine Rocha

Mundos do Trabalho

http://dx.doi.org/10.5007/1984-9222.2016v8n15p29Durante os últimos anos do Império e durante a Primeira República, o sistema de ensino foi estabelecido como parte do projeto modernizador do Estado. Já de início evidenciava-se a crescente mobilização de mulheres empregadas como professoras. A professora baiana Leolinda de Figueiredo Daltro foi uma dessas professoras. Parte de uma “baixa classe-média” que se formava no Rio de Janeiro, a professora teve uma vida extremamente rica, que ela registrou em escritos autobiográficos, juntamente com testemunhos e ideias sobre a política e a educação. Este artigo apresenta a vida de Leolinda como professora, seus desafios econômicos, sua prática profissional e suas ideias, altamente influenciadas pela filosofia Positivista. A trajetória de Leolinda possibilita um exame da vida no Brasil e no Rio de Janeiro entre 1890 e 1930, principalmente, misturando do projeto modernizador e ordenador do estado, o debate indigenista e as reivindicações das mu...

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O Trabalhismo de Plínio Ramos Coelho e o Golpe de 1964 no Amazonas
César Augusto Queirós

Mundos do Trabalho

http://dx.doi.org/10.5007/1984-9222.2016v8n15p49Neste artigo pretendo analisar a trajetória política de Plínio Ramos Coelho desde que assumiu uma cadeira como Deputado Constituinte Estadual até o momento de sua deposição como governador do estado do Amazonas na ocasião do golpe civil-militar de 1964. Pretendo discutir a forma como as rivalidades e disputas locais e o desgaste em sua relação com as elites locais contribuíram para sua deposição. Do mesmo modo, ressaltarei sua importante posição como figura representativa do Trabalhismo amazonense e a forma como sua posição política se refletiu em sua obra poética.

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Contribuciones desde los movimientos de niños, niñas y adolescentes trabajadores a la discusión en torno al trabajo infantil
Natalia Sepúlveda Kattan

DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude, 2022

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Avances y retrocesos de la flexibilidad laboral en la Argentina. Aportes para una comparación de las trayectorias históricas de distintas ramas de actividad
Ianina Harari

Mundos do Trabalho, 2014

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Avanços e retrocessos da flexibilização trabalhista na Argentina. Contribuições para uma comparação das trajetórias históricas de distintos ramos de atividade
Julia Egan

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Victor Gollancz: um editor socialista nos anos do Popular Front britânico.
Matheus Cardoso da Silva

O artigo trata da trajetória de Victor Gollancz (1893-1967), um dos mais importantes editores e ativistas humanitários britânicos do século XX. Como livreiro, Gollancz fundou sua própria editora em 1927, a Victor Gollancz Ltd., uma das mais bem sucedidas de seu tempo. Em 1935, seria cofundador do Left Book Club em Londres, considerado o primeiro clube do livro da era moderna na Grã-Bretanha, cujos trabalhos duraram até 1947 e inspirou a criação de mais de 1.500 seções locais por por toda a Inglaterra e mais de 15 outras seções internacionais em todos os continentes. Como militante humanitário, Gollancz foi responsável por inúmeras campanhas de apoio aos refugiados da Guerra Civil Espanhola na Inglaterra e, durante a Segunda Guerra Mundial, das vítimas civis na Alemanha. Fatores que o tornaram figura-chave no Popular Front britânico

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A “banalidade do mal” socioambiental na história da indústria carbonífera catarinense: acidentes, sofrimentos e mortes na segunda metade do século XX
CARLOS RENATO CAROLA

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http://dx.doi.org/10.5007/1984-9222.2015v7n14p99Este artigo aborda e problematiza o lugar dos acidentes fatais na história da indústria carbonífera de Santa Catarina. Lançamos uma luz reflexiva sobre os acidentes nas minas de carvão com o objetivo primordial de demonstrar a irracionalidade e radicalidade da “banalidade do mal” socioambiental no “progresso” da economia do carvão. Descrevemos as características peculiares do trabalho nas minas de carvão explicitando algumas representações registradas em obras clássicas da literatura ocidental. Coletamos dados e informações em fontes documentais e bibliográficas, mas não tivemos a preocupação de organizar, quantitativamente, um quadro geral dos acidentes ocorridos na evolução histórica do setor carbonífero catarinense. Com base no manejo de ferramentas conceituais provenientes de Hannah Arendt e Bertrand Russel, estabelecemos uma analogia entre “campo de concentração” e “campo de mineração”, “economia do carvão” e “economia de guerra”....

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Adolescência e suas marcas: o corpo em questão
Simone Peres

DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude, 2022

O presente ensaio tem como objetivo refletir sobre a importância da temática do corpo nos estudos sobre adolescência e juventude. Corpo que faz presença na pólis tanto como palco de políticas públicas atuais de cuidado e atenção, como aporte de investimentos futuros. Também corpo expressivo que, através de suas marcas, pode nos falar de um campo simbólico para além de sua dimensão biológica. Por fim, corpo que problematiza a própria delimitação das categorias adolescência e juventude, apontando para a multidimensionalidade de sua compreensão.

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Campinas-SP, v.43, n.1, pp. 110-127, jan./jun. 2023 ĆĈčĆĉĔĉĊĘĘĎĘǡ ĆĚęĔėĉĊėĔĒĆēĈĊĘȋͤͣ͝͞Ǧͤͣ͟͝Ȍ ĆĈčĆĉĔĉĊĘĘĎĘǡ ĚęčĔėĔċĔěĊđĘȋͤͣ͝͞Ǧͤͣ͟͝Ȍ — ‹ƒ ”ƒŒƒ1 Resumoǣ•–‡ƒ”–‹‰‘‹–‡‰”ƒ—’”‘Œ‡–‘ƒ‹‘”“—‡•‡†‡Ƥ‡ ‘‘ƒŠ‹•–×”‹ƒ‡†‹–‘”‹ƒŽ†ƒ ‘•ƒ‰”ƒ­ ‘†‡ƒ Šƒ†‘†‡••‹•ǤŽ‡–‘ƒ ‘‘’‘–‘†‡’ƒ”–‹†ƒƒ†‡†‹ ƒ­ ‘†‘‡• ”‹–‘” ’”‘•ƒ†‡Ƥ ­ ‘ƒ’ƒ”–‹”†‡‡ƒ†‘•ƒ‘•ͤ͢͜͝ǡƒ••‹ ‘‘ƒŽ‰—ƒ•‹†‡‹ƒ•†‡ƒ Šƒ†‘†‡ ••‹••‘„”‡‘”‘ƒ ‡ǡ ‡•ƒ±’‘ ƒǤ••—–‘ Œž‡š’Ž‘”ƒ†‘’‡Ž‘•‡•–—†‹‘•‘•†‘ƒ—–‘”ǡ ‘ “—‡ •‡ ’”‡–‡†‡ †‡‘•–”ƒ” ‘ ‘”‹‰‹ƒŽ‹†ƒ†‡ ± “—‡ǡ ƒ‘ Žƒ†‘ †ƒ• ‡• ‘ŽŠƒ• ”À–‹ ƒ• ‡ ‡•–±–‹ ƒ•ƒ Šƒ†‹ƒƒ•ǡ‘†‡•‡Œ‘†‡ƒ†‘–ƒ”ǡ‘”‘ƒ ‡ǡ—ƒ’‡”•’‡ –‹˜ƒ—”„ƒƒ‡†‡‡•–—†‘ †‡ ƒ”ƒ –‡”‡• ± —ƒ ƒ­ ‘ ’ƒ”ƒŽ‡Žƒ ƒ‘ ‘Š‡ ‹‡–‘ ƒ Šƒ†‹ƒ‘ †ƒ• ’”ž–‹ ƒ• ‡†‹–‘”‹ƒ‹•ǡ ‘–ƒ†ƒ‡–‡‘ ‘–ƒ–‘ ‘‘’”‹ ‹’ƒŽ‡†‹–‘”‘”ƒ•‹Ž†ƒ±’‘ ƒȋǤǦǤ ƒ”‹‡”Ȍǡƒ•“—ƒ‹• ”‡˜‡”„‡”ƒ˜ƒ ƒ­Ù‡• –”ƒ•ƒ ‹‘ƒ‹•Ǥ  ‹†‡‹ƒ †ƒ Dzˆ‘”ƒ­ ‘ †‘ ”‘ƒ ‹•–ƒdz ‹ ‹†‡ •‘„”‡ ƒ „—• ƒ†‡ —ƒ ‹†‡–‹†ƒ†‡ ‘‘ƒ—–‘”†‡ Ƥ ­ ‘‡ –ƒ„±•‘„”‡ƒ „—• ƒ†‡‡•’ƒ­‘ ’ƒ”ƒ —ƒ Ƥ ­ ‘ “—‡ ŽŠ‡ ’”‘’‹ ‹‡ ‹” —Žƒ­ ‘ ‹–‡”ƒ ‹‘ƒŽǡ ‡„‘”ƒǡ †‡ ‘••‘ ’‘–‘ †‡ ˜‹•–ƒ 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