Teologia do Antigo Testamento

Este trabalho apresenta um resumo da história  do desenvolvimento do método kerigmático do estudo do Pentateuco desde os primórdios da critica literária e das teorias documentais até os trabalhos de Hans Walter Wolff, Walter Brueggemann, e Daivd J. A. Clines e oferece uma avaliação da metodologia.

Este ensaio tem como objetivo apresentar algumas informações de como o historiador entende a história e o tempo, a construção da escrita do hebraico no mundo antigo, e quando os textos bíblicos começam a ser escritos pelos israelitas. Para isto, faremos uma pequena introdução do nascimento da escrita na história e do surgimento do hebraico na história israelita, para após, descrevermos em que período o hebraico bíblico nasce na história humana, obviamente que a construção do hebraico bíblico, está relacionada com a lista das línguas semíticas. Para tal tarefa precisaremos entender como nasce à escrita na história antiga, para após, entrarmos nos questionamentos do hebraico como escrita dos textos da bíblia hebraica, entre os israelitas.

Resumo: O presente artigo visa demonstrar a existência de uma mentalidade paratáxica tanto nas obras homéricas quanto no Antigo Testamento, estabelecendo um paralelo a fim de evidenciar que o corpo, enquanto unidade viva e orgânica, é apresentado mediante suas partes, que expressam não somente o conjunto como ainda o indivíduo. Há, portanto, uma possibilidade de relação entre o que Giovanni Reale entende por “mentalidade paratáxica”, na expressão do todo pelas suas partes presente nos poemas homéricos, e o que Hans Walter Wolff indica como “pensamento estereométrico-sintético” do Antigo Testamento. Atestando-se esta relação e semelhança entre a mentalidade do Antigo Testamento e a mentalidade homérica, não somente se evidencia a importância do estudo comparativo entre estas, mas também se possibilita um renovo interpretativo tanto da gramática antropológica destes textos como ainda da história das concepções antropológicas tanto na Grécia Antiga quanto na tradição judaico-cristã.
Palavras-chave: Homero; Antigo Testamento; Antropologia.

Abstract: This article aims to demonstrate the existence of a parataxic mentality both in Homeric works and in the Old Testament, establishing a parallel to show that the body, as a living organic unit, which is shown through its parts that express not only the whole but also the individual. Therefore, there is a possible relationship between what Giovanni Reale understood as the “parataxic mentality” of Homeric poems, and what Hans Walter Wolff indicates as the “stereometric-synthetic thinking” of the Old Testament. By attesting this relation and similarity between the mentalities of the Old Testament and the Homeric works, it’s shown not only the importance of a comparative study but also a renewal of both the anthropological grammar of these texts and the history of the anthropological concepts in Ancient Greece and even in the Judeo-Christian tradition.
Keywords: Homer; Old Testament; Anthropology.

Esta tese tem como objeto de estudo o tema da esperança nos oráculos de salvação de Dêutero-Isaías (Is 41.8-13; 14-16; 43.1-7; 44.1-5). O exílio babilônico tornou-se um divisor de águas na história de Israel. Ao mesmo tempo que foi um período terrível, também foi um tempo para grandiosas produções teológicas. Busca-se compreender como a esperança se desenvolveu entre os israelitas exilados e as israelitas exiladas na Babilônia e qual foi a relevância para a fé. O livro do Dêutero-Isaías foi escolhido para ser a base do desenvolvimento da presente pesquisa, com foco nos oráculos de salvação, os quais são fundamentais para compreender todo o desenvolvimento teológico durante o exílio. A dor e o sofrimento, ocasionados pela perda do Templo de Jerusalém e pela deportação, fez com que as pessoas exiladas lamentassem diante de Javé. O culto alternativo durante o exílio tornou-se o espaço adequado para o desenvolvimento da esperança via os oráculos de salvação. Uma vez que o Deus de Israel se comoveu pela dor de seu povo, ele colocou em prática o seu projeto de esperança. O tema da esperança se desenvolveu dentro de aspectos teológicos e antropológicos, no qual as pessoas exiladas puderam reconhecer os seus pecados e perceber que Javé não os abandonou. O Deus de Israel coloca toda a história em movimento para a construção de um futuro utópico, no qual as pessoas exiladas puderam sonhar com uma volta para a terra prometida. Deste modo, a profecia assumiu um papel importante na conscientização das pessoas exiladas, uma vez que eles estavam imersos na religiosidade e cultura babilônica. O desenvolvimento da esperança mostra-se importante para toda a humanidade, em especial para a América Latina, lugar em que se vive em “exílio”.

This thesis has as its object of study the theme of hope in the oracles of salvation of Deutero-Isaiah (Is 41:8-13; 14-16; 43:1-7; 44:1-5). Babylonian exile was a watershed in Israel's history. While it was a terrible time, it was also a time for great theological productions. One seeks to understand how hope developed among the exiled Israelites in Babylon and what was the relevance to the faith. The book by Deutero-Isaiah was chosen to be the basis for the development of this research, focusing on the oracles of salvation, which are fundamental to understand all theological development during exile. The pain and suffering, caused by the loss of the Temple in Jerusalem and the deportation, caused the exiled people to lament before Yahweh. Alternative worship during exile became an appropriate space for the development of hope via the oracles of salvation. Once the God of Israel was moved by the pain of his people, he put his hope project into practice. The theme of hope was developed within theological and anthropological aspects, in which people in exile were able to recognize their sins and realize that Yahweh did not abandon them. The God of Israel sets the whole story in motion to build a utopian future, in which people in exile could dream of a return to the promised land. In this way, prophecy took on an important role in raising awareness of the exiled people, since they were immersed in Babylonian religiosity and culture. The development of hope is important for all humanity, especially for Latin America, a place where we live in “exile”.

No Salmo 55 a intervenção divina está relacionada, direta e explicitamente, com o destino dos justos, para a salvação e dos malfeitores para a ruína. Enquanto o justo em suas orações, súplicas, queixas e maldições espera ser retribuído porque se mantêm fiel, o malfeitor deve ser condenado por suas ações de perversidade e engano.
Estas afirmações colocam o justo em outro nível. Mostra que a vida do justo  não deve ser vista somente pelo aspecto do sofrimento . Há também uma dimensão de espiritualidade que o faz experimentar a presença divina que lhe dá sustento e lhe assegura a salvação. Antes de ser uma resignação passiva diante da injustiça, é uma resistência de fé, firmada na esperança.

A doutrina da união com Cristo é um dos temas vitais para o entendimento correto da obra redentora realizada por Cristo, embora esta por muitas vezes seja chamada de “mística”, devido ao caráter misterioso que carrega, é possível à luz das Escrituras delinear pontos importantes deste ensinamento. O estudo do tema justifica-se por estar ligada à doutrina da salvação, um assunto que sempre precisa estar presente não apenas nos estudos teológicos, mas na vida da Igreja, a qual sempre precisa lembrar-se da obra realizada por Seu Salvador. O presente trabalho baseia-se na premissa de que a união com Cristo é um aspecto soteriológico essencial no processo salvífico, sendo necessária para um entendimento correto de outros aspectos da salvação, como a eleição, justificação, regeneração, santificação e glorificação. Sobre uma ótica reformada e calvinista, a união com Cristo é exposta conceitualmente e biblicamente, bem como as implicações para o crente individualmente e coletivamente, como participante do Corpo de Cristo, a Igreja.

África e Antigo Testamento: Notas Conceituais para uma Abordagem Inédita, ISBN: 1230002192727, é uma obra que surge da revisão, formatação, ampliação e masterização de Projeto de Pesquisa em Pós-Doutoramento originalmente apresentado pelo autor  ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Aprovado por unanimidade pelo Colegiado do Programa em Ciência da Religião, este trabalho editorial da Editora Kotev (Fevereiro de 2018, Kotev©), incorpora revisão ortográfica com base nas regras vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, cautelas de estilo e normatizações editoriais inerentes ao acesso gratuito na Internet. África e Antigo Testamento: Notas Conceituais para uma Abordagem Inédita lança uma discussão instigante e desafiadora, relativa a uma releitura do Antigo Testamento com base nas premissas da Africanidade. Retenha-se que as linhas de interpretação dos estudos bíblicos da Torah, a Bíblia Judaica, foco deste material, comumente adotam como axioma central a centralidade do relato bíblico, a partir do qual a tecedura das análises é desenvolvida. A proposta deste texto inverte o nexo epistemológico tradicional, adotando o conceito de Africanidade como sujeito da avaliação, no caso, com foco prioritário na Torah e como literatura agregada, diferentes textos e elaborações do campo abraâmico. Esta meta, que condiz a uma propositura singular no campo da análise bíblica, envolve um conjunto complexo de variáveis, reportando a contribuições disciplinares de várias das ciências da sociedade e interconexões quanto a hermenêutica e formas de abordagem da Torah. No seu significado mais amplo, esta abordagem busca afirmar não apenas novas formas de compreender as narrativas bíblicas, como de igual modo, fortalecer o protagonismo do conceito de Africanidade, central nesta proposta de investigação. África e Antigo Testamento: Notas Conceituais para uma Abordagem Inédita propõe uma ótica radicalmente nova, de interesse para estudiosos da Bíblia, pesquisadores africanistas, cientistas sociais, estudantes, professores e todos cidadãos que buscam novas perspectivas de entendimento em temas centrais do universo da religião nas sociedades humanas. Certifique-se que África e Antigo Testamento: Notas Conceituais para uma Abordagem Inédita é um material gratuito, sendo vedada qualquer forma de reprodução comercial e de igual modo, divulgação em qualquer veículo de comunicação sem aprovação prévia da Editora Kotev (Kotev©). A citação de África e Antigo Testamento: Notas Conceituais para uma Abordagem Inédita deve obrigatoriamente incorporar referências ao autor, texto e apensos editoriais conforme padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício. Coleção Acadêmica Nº. 1. África e Antigo Testamento: Notas Conceituais para uma Abordagem Inédita. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2018.

A Doutrina da Eleição é matéria de grande controvérsia no seio do cristianismo protestante. O Calvinismo defende a chamada eleição incondicional, ou seja, Deus teria escolhido alguns indivíduos para a salvação, enquanto outros expoentes dessa corrente, incluindo o próprio João Calvino, afirmam que Deus escolheu ativamente indivíduos para a perdição. O Arminianismo, por outro lado, defende que a eleição é baseada na presciência de Deus. Essas duas correntes já estavam presentes na patrística-Orígenes defendia a eleição pela presciência e Agostinho tratava a escolha eletiva como naturalmente arbitrária. O que une as duas escolas de pensamento é a crença de que a dinâmica da eleição é primordialmente individual. Independente das opiniões, não podemos ignorar que a Doutrina da Eleição está nas Escrituras. Nas últimas décadas, especialmente com o avanço da chamada Teologia Bíblica e na esteira das discussões a respeito da Nova Perspectiva sobre Paulo (NPP), a erudição bíblica passou a prestar mais atenção nos antecedentes judaicos do Novo Testamento. No século XIX, a chamada Teologia Liberal, no afã de cavar o helenismo do Novo Testamento, acabou produzindo um Paulo ou um João mais grego do que judeu. Em parte, esse processo de "desjudaizar" o Novo Testamento era consequência direta do forte antissemitismo da cultura alemã. Mais recentemente, especialmente após as descobertas dos Manuscritos do Mar Morto, os eruditos passaram a buscar uma fonte riquíssima para o entendimento sobre o ambiente teológico do Novo Testamento: o período intertestamentário ou o chamado período do Segundo Templo.

Você já se perguntou sobre a possibilidade de alguém que pudesse sobreviver ao ser engolido por um grande peixe? Poucas pessoas questionariam a historicidade de Jonas além da "história dos peixes". É uma baleia de um conto! Mas é possível que tenha acontecido realmente?

Moisés era negro? é um ensaio digital preliminarmente disponibilizado no Blog Foco de Fato - Notas e Comentários Politicamente Incorretos aos 6 de Novembro de 2016. A presente edição deste texto foi masterizada em 2017 pela Editora Kotev (Kotev ©) para fins de acesso livre na Internet, e enquanto tal, incorpora regras atualmente vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, cautelas editoriais e de estilo, assim como normatizações inerentes ao formato PDF. Anote-se que Moisés era negro? é um material gratuito, sendo vedada qualquer modalidade de reprodução comercial e de divulgação sem aprovação prévia da Editora Kotev. A citação de Moisés era negro? deve obrigatoriamente incorporar referências ao autor e ao texto conforme padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício. Moisés era negro? Série Africanidades Nº. 11. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2017.

Até este ponto do livro de Josué, Israel já havia cruzado o Jordão, refeito a aliança com Deus, comido dos primeiros frutos da terra, visto as principais fortalezas e os mais duros inimigos caírem aos seus pés. Evidente que isso exigi de Israel fidelidade à aliança e compromisso com a agenda e as estratégias de YHWH. Nem sempre isso aconteceu, haja visto o exemplo de Acã e a derrota em Aí, mas ainda que às duras penas, as lições foram aprendidas. Ao fim dos primeiros meses de campanha Israel já tem proeminência sobre todos os seus inimigos, e autoconfiantes partem para a segunda parte do plano:

1. Divisão da Terra;
2. Os inimigos ainda restantes a vencer;
3. Os assentamentos Israelitas;
4. A Consagração da Nação ao Senhor.

O povo bíblico veterotestamentário possuía elaborada teologia sobre a arte. Evidências desse fenômeno estão presentes na pesquisa artística, linguística e exegética. O artigo, a partir disso, pretende levantar vestígios da cultura artística no Antigo Testamento.

O presente trabalho investiga as questões políticas e sociais do livro bíblico de Amós. As palavras desse profeta surgiram num ambiente de estabilidade econômica convertendo-se numa voz dissonante e crítica contra os desmandos imperiais e religiosos. O livro possui um grande número de gêneros literários como notas biográficas e oráculos contra nações vizinhas de Israel e oráculos contra o próprio Israel. Palavras-chave: Amós, política, profeta, literatura, Bíblia. RESUMEN: Este estudio investiga los problemas políticos y sociales del libro bíblico de Amos. Las palabras de este profeta se levantáron en un entorno de estabilidad económica convertiendose en una voz crítica y disidente contra los excesos imperiales y religiosos. El libro tiene un gran número de géneros literarios como notas biográficas y oráculos contra las naciones vecinas de Israel y oráculos contra el própio Israel. Introdução Em qualquer trabalho de pesquisa, é fundamental um mapeamento do objeto de estudo. Da mesma maneira, em se tratando de um estudo bíblico, é muito importante lançar um olhar sobre a forma geral do livro a ser estudado antes de se investigar suas partes. Estas breves linhas buscam mostrar um quadro da pesquisa dos últimos anos acerca do livro do profeta Amós. A pretensão não é a de fazer uma análise teológica, mas apenas mostrar como o livro pode ser dividido. Para um leitor desatento, aspectos interessantes passam despercebidos pelo simples fato de não se ater ao todo da obra. Com isso, problemas futuros que se apresentam ao estudioso poderiam até ser evitados se o olhar sobre a obra fosse mais cuidadoso. Longe de ser uma novidade − uma vez que muitos já trilharam esse caminho − esse conjunto de palavras apenas apresentará um breve apanhado do que se tem de consenso sobre o livro de Amós, uma obra que remonta ao século VIII a.C.