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Freud - As Fases Do Desenvolvimento Sexual

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Freud

As fazes do desenvolvimento sexual


Vanussa Vidal e Vanessa Daun Alunas do Curso de Pedagogia Unicentro - Guarapuava/Paran

SIGMUND FREUD, nasceu na cidade rural de Freiberg, no nordeste da Morvia, prxima a Ostrau. Freiberg hoje Pribor, na Repblica Tcheca situava-se, ento, no Imprio Austro-Hngaro. Em Viena, capital do imprio, Freud viveu quase toda a sua vida. Produziu seus trabalhos em lngua alem. Estudou medicina, ingressando na Universidade de Viena em 1873, aos 17 anos e diplomando-se em 1881. Recm formado, em 1882 trabalhou como interno no Hospital Geral de Viena, passando por vrios departamentos. De 1876 a 1882 trabalhou com Ernst Brucke no laboratrio de fisiologia, depois no Hospital Geral de Viena no departamento de neuropatologia do Dr. Scholz, tornando-se um excelente neurologista. Com 29 anos, em 1885 foi designado professor de neuropatologia. Formado tentou continuar como pesquisador. Por cerca de dois anos trabalhou no laboratrio de Brucke. Estagiou durante 19 semanas no hospital de La Salpetiere, em Paris, e mais tarde aperfeioando-se em hipnse. Em 25 de abril de 1886 abriu seu primeiro consultrio e em setembro do mesmo ano casou-se com Marta Bernays, de Hamburg. Teve uma vida conjugal feliz da qual resultaram seis filhos, dos quais somente a ltima filha seguiu-lhe os passos.

Freud, um dos pioneiros nos estudos da sexualidade humana nos seus aspectos psicolgicos, em sua obra Trs ensaios sobre a teoria da sexualidade, escrita em 1905, mostra que a sexualidade ocorre nas crianas quase desde o seu nascimento.

A libido, nas palavras de Freud, "a energia dos instintos sexuais e s deles".

Freud, postula as fases do desenvolvimento sexual em: fase oral (a zona de erotizao a boca), fase anal (a zona de erotizao o nus), flica (a zona de erotizao o rgo sexual), em seguida vem um perodo de latncia, que se prolonga at a puberdade e se caracteriza por uma diminuio das atividades sexuais. E, finalmente, na puberdade atingida a ltima fase, a fase genital, quando o objeto de erotizao ou de desejo no est mais no prprio corpo, mas em um objeto externo ao indivduo o outro.

Fase anal
de 18 meses a 3 anos e meio aproximadamente

Fase da libido ou hedonismo anal, o desejo e o prazer localizam-se primordialmente nas excrees das fezes. Brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se so os objetos do prazer.

Este estgio do desenvolvimento psicossexual ativado pela maturao do controle neuromuscular sobre os esfncteres, especialmente o esfncter anal, permitindo, desse modo, maior controle voluntrio sobre a reteno ou a expulso das fezes.

Aqui o beb vai aprender sobre limites.

So dois movimentos : expulso e reteno.

Reteno : ter/ segurar/ reter/ controlar/ guardar

Expulso : doar/ eliminar/ excluir/ separar

Karl Abraham, no seu artigo, Contribuies teoria do carter anal, de 1921,observa um duplo prazer no investimento libidinal anal: o de reter as excrees e o de evacu-las. (Abraham, 2005, p. 29). Aponta que em certos casos acentuados de formao de carter anal, quase todas as relaes da vida so consideradas na categoria de ter (aferrar-se) e dar, isto , de propriedade

A criana se satisfaz em examinar, tocar e experimentar as prprias fezes. Resqucios dessa fase anal, quando mal resolvida, podem ser encontrados em adultos doentes mentais, com fixao simblica nas prprias fezes. Durante a fase anal, a criana ainda vive no universo egocntrico do seu corpo, experimentando o mundo externo com dados sensitivos primrios. A regio anal responsvel pelo alvio de sua carga tensional, a um tempo prazer vital e ertico. Lideli Crepaldi

Analidade que motilidade e "O processo de excreo mais do


uma passiva experincia de prazer. Ele parece representar para a criana uma nova rea de contato com o ambiente . Os produtos de sua excreo despertam na criana interesses positivos onde sabor, cheiro, tato esto envolvidos e, no seu sentido mais amplo, este processo parece ser um importante campo de testes para a criana desenvolver suas tendncias de auto descoberta. Ao deixar sair o produto anal, que parte dela mesma, a criana aprende a soltar ou desligar sua relao simbitica com a me .(Bjorn Christiansen)
Estas seriam as relaes existentes entre analidade de Freud e a explorao segundo Bjorn Christiansen.

as origens da arte e da cincia, as razes do brincar e a base da satisfao no trabalho produtivo vem desta fase: "O produto da excreo de uma criana a sua primeira

forma produtiva. O processo de defecao por si s proporciona um campo de teste para seu autocontrole. O produto da excreo desperta seu interesse, inicialmente como algo para soltar, e mais tarde como algo que pode ser manipulado e sobre o qual ela pode tomar decises. Sua manipulao e deciso significam que uma autonomia interna est comeando a tomar forma...David Boadella

A criana demonstra um crescente interesse em brincar com objetos, em desmontar os brinquedos e mont-los novamente, em encher e esvaziar, em construir e demolir.

Traos Patolgicos:

Traos de carter mal adaptados, aparentemente inconsistentes, so derivados do erotismo anal e das defesas contra o mesmo. Regularidade, pertincia, teimosia, voluntariedade, frugalidade e parcimnia so traos do carter anal derivados de uma fixao nas funes anais. Quando as defesas contra os traos anais so menos eficazes, o carter anal revela traos de elevada ambivalncia, desordem, desafio, clera e tendncias sado masoquistas. As caractersticas e defesas anais so vistas mais comumente nas neuroses obsessivo-compulsivas.

Traos de Carter:

O xito na resoluo da fase anal proporciona a base para o desenvolvimento de autonomia pessoal, capacidade de independncia e iniciativa pessoal, capacidade de auto determinao sem sentimento de vergonha ou falta de confiana, falta de ambivalncia e capacidade de cooperao sem excessiva teimosia nem sentimento de depreciao prpria ou derrota.

PSICOPATOLOGIAS ASSOCIADAS

neurose obsessiva (Freud, 1907)


Do ponto de vista da evoluo da libido demarca-se um ponto de fixao na fase anal, ao qual h uma regresso constante, particularmente no momento de conflito psquico, que se caracteriza pela ambivalncia na relao objetal.

Como mecanismo de defesa ocorre a dissociao entre o afeto e a representao o que prprio das neuroses

a regresso fase anal muito peculiar dessa neurose. Esse ponto de fixao, devido as caractersticas prprias da analidade, define o tipo de relao que o obsessivo estabelece com seus objetos.

Karl Abraham postula que a neurose obsessiva termina em uma regresso ao estgio anal-sdico da evoluo libidinal, pelo que as relaes podem ser definidas anal-sdico 1 FASE

caracteriza pela predominncia dos desejos sdicos destrutivos com intenes de incorporao
2 FASE

desejo de posse, de conservao do objeto, que d ao sujeito satisfaes narcisistas

esses diferentes desejos expressam a ambivalncia to acentuada da neurose obsessiva: a conservao corresponde ao amor, a expulso ao dio.

a estimulao dolorosa da pele das ndegas tem sido reconhecida por todos os educadores como uma das razes ergenas da pulso passiva de crueldade (masoquismo). Disso eles concluram com acerto que o castigo corporal, que quase sempre incide nessa parte do corpo, deve ser evitado em todas as crianas.

Tirando cedo das fraldas

Segundo Lowen o fato de a criana ser forada a usar os msculos das ndegas e das coxas para obter o controle anal precocemente leva a uma imobilizao das pernas e a distrbios no andar e na sustentao sobre os prprios ps.

OUTROS CONFLITOS E TRAUMAS


O rigor aplicado pela me e outros educadores determina o aparecimento de algumas formas comportamentais oriundas desta fase como, por exemplo, os rituais obsessivos de limpeza acrescidos de agressividade ou as formas lascivas de sexo anal. O relacionamento interpessoal dos indivduos com carter anal de reteno marcado pelo egosmo, obstinao, meticulosidade, avareza, etc. Como consumidores, eles so resistentes s influncias externas, exigentes quanto ao custo e utilidade daquilo que compram e s o fazem depois de longas pesquisas. S se identificam com o exato e o econmico, mas ao mesmo tempo requintado e de bom gosto. O quadro sdico compensatrio torna-se especialmente efetivo quando o sujeito provoca dor e humilhao.

ANOREXIA NERVOSA
Fenichel, em suas pesquisas notou em seus pacientes que o desejo de comer que era rapidamente assolado pela culpa. E o prazer obtido com a alimentao que ora devia ser evitado e ora prolongado, eram contradies caractersticas da fase anal.

Jessner e Abse (1960 apud Sours, 1974) so autores que deram uma contribuio relevante para o estudo da anorexia nervosa. Eles sugeriram que a privao oral se seguia a perodos de intimidade e gratificao com a me que levaria a uma ambivalncia e um deslocamento do desafio anal.

Constipao intestinal
As crianas que tiram proveito da estimulabilidade ergena da zona anal denunciam-se por reterem as fezes at que sua acumulao provoca violentas contraes musculares e, na passagem pelo nus, pode exercer uma estimulao intensa na mucosa.

A reteno da massa fecal, a princpio intencionalmente praticada para tirar proveito da estimulao da zona anal, ou para ser empregada na relao com as pessoas que cuidam da criana, , alis, uma das razes da constipao to freqente nos neuropatas.

Papel do educador
Nosso papel como educador estar atento a todas as fases de desenvolvimento psicossexual do aluno trabalhando com ele de forma a estimular positivamente o desenvolvimento em cada fase especifica. Durante a fase anal

Entender e promover enquanto educadores os direitos da criana, de ser livre, que o direito de no ser submetido s necessidades do outro.
E o direito de ser independente, que a criana adquire atravs da sua auto-afirmao e de sua oposio aos pais." Os dois direitos anteriores esto associados com o ritmo (troca) livre da energia (que Lowen v como a base da conduo da realidade); e com a fase da explorao e os primeiros movimentos em direo independncia. Estes dois direitos envolvem a experincia do fazer e criar.

REFERNCIAS
http://Jcassia.sites.uol.com.br acesso em 08/04/2011 Christiansen, Bjorn Thus speaks the body, Oslo, 1963 Tenso_do _carater_david_boadella.pdf www.portalgens.com.br/filosofia acesso em 08/04/2011

DIAS,Helena Maria Melo. Consideraes sobre a neurose obsessiva. Latin-American Journal of Fundamental Psychopathology on Line, V, 1, 25-33. NOV 2005. acesso em 08/04/2011
BOCK, Ana Maria. A PSICOLOGIA E AS PSICOLOGIAS. http://groupsbeta.google.com/group/Viciados_em_Livros .2011

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