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APRENDIZAGEM: PRINCÍPIOS,
PROCESSOS, MECANISMOS E TIPOS DE
APRENDIZAGEM Aprendizagem é o processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Este processo pode ser analisado a partir de diferentes perspectivas, de forma que há diferentes teorias de aprendizagem. Aprendizagem é uma das funções mentais mais importantes em humanos e animais e também pode ser aplicada a sistemas artificiais. Aprendizagem humana está relacionada à educação e desenvolvimento pessoal. Deve ser devidamente orientada e é favorecida quando o indivíduo está motivado. O estudo da aprendizagem utiliza os conhecimentos e teorias da neuropsicologia, psicologia, educação e pedagogia. Outra característica da aprendizagem é a temporalidade e a ciclicidade dos conteúdos a serem aprendidos, que além de estruturantes e acumulativos (não se pode aprender a interpretar um texto escrito, sem antes aprender a ler), estão atrelados e podem variar de acordo as necessidades de um sujeito e de um tempo histórico. PRINCÍPIOS DA APRENDIZAGEM 1-A história particular do aluno deve ser considerada no processo de ensino; 2-O auto-conceito do aluno influi em sua capacidade de aprender; 3-A aprendizagem deve ser significativa, isto é, ser relevante para a vida do aluno e articular-se aos conhecimentos anteriores 4-Aprender motiva quando o aluno já tem alguma idéia do que está sendo ensinado e quando lhe for mostrado como os novos conhecimentos podem fazer sentido à sua vida; 5-Elogios verdadeiros são poderosos para promover a aprendizagem; 6-A aprendizagem vivenciada é doradoura; 7-As aprendizagens devem se repetir para serem interiorizadas,mas a repetição deve se dar de forma interessante: lúdica; 8-A aprendizagem se torna sólida qdo. os erros são conhecidos pelos alunos; 9.O aluno só aprende qdo. o seu cognitivo faz a descoberta e a apreende; 10-Aprender a aprender é fundamental para que o aluno conquiste autonomia no aprendizado. Segundo os behavioristas, a aprendizagem é uma aquisição de comportamentos através de relações entre ambiente e comportamento, ocorridas numa história de contingências, estabelecendo uma relação funcional entre Ambiente e Comportamento Apresenta como principais características são: O indivíduo é visto como ativo em todo o processo; A aprendizagem é sinônimo de comportamento adquirido; O reforço é um dos principais motores da aprendizagem; A aprendizagem é vista como uma modelagem do comportamento. É um processo dinâmico, centrado nos processos cognitivos, em que temos:
INDIVÍDUO → INFORMAÇÃO → CODIFICAÇÃO →
RECODIFICAÇÃO → PROCESSAMENTO → APRENDIZAGEM De uma perspectiva humanista existe uma valorização do potencial humano assumindo- o como ponto de partida para a compreensão do processo de aprendizagem. Considera que as pessoas podem controlar seu próprio destino, possuem liberdade para agir e que o comportamento delas é consequência da escolha humana. Valorizam a compreensão em detrimento da memorização tendo em conta, as características do sujeito, as suas experiências anteriores e as suas motivações: O indivíduo é visto como responsável por decidir o que quer aprender; e Aprendizagem é vista como algo espontâneo e misterioso. Na abordagem social, as pessoas aprendem observando outras pessoas no interior do contexto social. Nessa abordagem a aprendizagem é em função da interacção da pessoa com outras pessoas, sendo irrelevante condições biológicas. O ser humano nasce como uma “tábula rasa”, sendo moldado pelo contato com a sociedade. Na concepção vygotskyana, o pensamento verbal não é uma forma de comportamento natural e inata, mas é determinado por um processo histórico-cultural e tem propriedades e leis específicas que não podem ser encontradas nas formas naturais de pensamento e fala. Portanto, o processo de aquisição da ortografia, a alfabetização e o uso autônomo da linguagem escrita são resultantes não apenas do processo pedagógico de ensino- aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes a isto. Vygotsky diz ainda que o pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência afetivo- volitiva. Vygotsky defende que os processos de desenvolvimento não coincidem com os processos de aprendizagem, uma vez que o desenvolvimento progride de forma mais lenta, indo atrás do processo de aprendizagem. Isto ocorre de forma sequencial. O processo de aprendizagem na abordagem de Piaget, a teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo autorregulador, necessária para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio ambiente. Por outra, equilibração é a organização das estruturas cognitivas que provoca no indivíduo uma nova forma de adaptação à realidade. Piaget define que o equilíbrio cognitivo implica afirmar a presença necessária de acomodações nas estruturas; bem como a conservação de tais estruturas em caso de acomodações bem sucedidas. Esta equilibração é necessária porque: Se uma pessoa só assimilasse, desenvolveria apenas alguns esquemas cognitivos, esses muito amplos, comprometendo sua capacidade de diferenciação; Se uma pessoa só acomodasse, desenvolveria uma grande quantidade de esquemas cognitivos, porém muito pequenos, comprometendo seu esquema de generalização de tal forma que a maioria das coisas seriam vistas sempre como diferentes, mesmo pertencendo à mesma classe. No processo de aprendizagem pós-piagetiano, Paín (1989) descreve as modalidades de aprendizagem sintomática tomando por base o postulado piagetiano. Descreve como a assimilação e a acomodação atuam no modo como o sujeito aprende e como isso pode ser sintomatizado, tendo assim características de um excesso ou escassez de um desses movimentos, afetando o resultado final. Na abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Paín parte desse pressuposto e afirma que as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a uma hiperatuação de uma dessas formas, somada a uma hipoatuação da outra gerando as modalidades de aprendizagem sintomática a seguir: Hiperassimilação Sendo a assimilação é o movimento do processo de adaptação pelo qual os elementos do meio são alterados para serem incorporados pelo sujeito, numa aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma exacerbação desse movimento, de modo que o aprendiz não desiste de aprender. Hipoacomodação A acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização. A sintomatização da acomodação pode dar-se pela resistência em acomodar, ou seja, numa dificuldade de internalizar os objetos Hiperacomodação Acomodar-se é abrir-se para a internalização, o exagero disto pode levar a uma pobreza de contato com a subjetividade, levando à submissão e à obediência acrítica. Hipoassimilação Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta na pobreza no contato com o objeto, de modo a não transformá-lo, não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo. Mecanismos de Aprendizagem Existem três fases evolutivas do mecanismo básico de aprendizado, que podem ser caracterizadas: (1) Na primeira fase DIFUSA ocorre o primeiro e superficial contato com o objeto de estudo, buscando identificá-lo com seus congêneres na base de dados mental. Aqui a mente procura absorver um perfil geral do novo conhecimento. (2) Na fase ANALÍTICA, ocorre o segundo e íntimo contato com o objeto de estudo, buscando a decomposição em suas partes componentes para melhor compreende-las. Aqui a mente absorve o conhecimento parcial e detalhado de cada parte principal que compõe o novo conhecimento. (3) Na fase SINTÉTICA ocorre o último contato com o objeto de estudo, através da recomposição de suas partes permitindo a compreensão global do objeto de estudo. Aqui a mente sintetiza o novo conhecimento em função da análise anteriormente feita em suas partes componentes principais. Por exemplo, na educação presencial, o professor inicialmente apresentar o plano da aula, para permitir dar a visão difusa. Depois, permitir que o aluno explore analiticamente o conteúdo. Finalmente, induzir no aluno a reflexão sintética, que permite sedimentar a aprendizagem. Tipos de Aprendizagem Ainda que se transmita conhecimentos da mesma maneira, alguns vão assimilar melhor, enquanto outros terão dificuldade. Isso acontece porque alguns assimilam os conteúdos de maneiras distintas e isso significa que existem tipos de aprendizagem diferentes. A teoria VARK foi desenvolvida por Neil Fleming e Charles Bonwell e divide os estilos de aprendizagem em quatro tipos que são: Visual, Auditivo, Escrita e Cinestésico 1-Tipo de aprendizagem Visual As pessoas que possuem um tipo de aprendizagem visual absorvem melhor o conteúdo por meio de estímulos gráficos. Então, quando se deparam com tabelas, mapas mentais, listas e outras materiais conseguem entender melhor o conteúdo. Em muitas casos, essas pessoas são capazes de se lembrar exatamente do que viram em seu caderno na hora de fazer avaliações. Estratégias didáticas Para estas pessoas, invista em materiais visuais e estimule os estudantes a desenvolver mapas mentais, utilizando cores, desenhos, etc. 2-Tipo de aprendizagem Auditivo As pessoas que fazem parte desse grupo assimilam melhor o conteúdo por meio da audição e, portanto, as aulas expositivas são ótimas para eles. Estratégias didáticas Portanto, pode-se estimular através de leitura em voz alta, promover discussões em salas de aula, já que os alunos com esse tipo de aprendizagem se desenvolvem muito bem por meio de seminários e debates. Estratégias didáticas Esses alunos são ótimos condutores de discussões, por isso, seria legal propor atividades em grupo, já que a partir de ideias distintas eles aprendem melhor, o que de quebra ainda estimula a prática da socialização e empatia. 3-Tipo de aprendizagem Escrita Aqui, as pessoas preferem ler os conteúdos, então, durante as aulas costumam fazer muitas anotações sobre a matéria que está sendo dada, anotando palavras chaves ou mesmo resumos próprios. Quando incentivadas, leem muito e são boas em questões interpretativas. Estratégias didáticas Para estimular esses alunos, investir em aulas com artigos, textos e livros. Por exemplo: uma ideia legal para professores da área de português é dar aulas de gramática e outros conteúdos de maneira contextualizada, adotando sempre um gênero textual diferente. 4-Tipo de aprendizagem Cinestésico Neste caso, as pessoas aprendem na prática e, por isso, gostam de conteúdos onde colocam a mão na massa. Estratégias didáticas Para incentivar alunos com esse tipo de aprendizagem pode-se adotar simulação e atividades distintas; outra dica é utilizar métodos lúdicos, como os jogos. Além desses quatro tipos de aprendizagem, existem ainda aqueles que são multimodais e que se adaptam bem a qualquer que seja a didática. Fim…