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UCM-Resumo (2a Seccao), Hidrogeografia - Rui Marciano - 2021

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UCM - IED

RESUMO DA CADEIRA:
HIDROGEOGRAFIA
(2ª SESSÃO)

Por: Dr. Rui Marciano


Julho, 2021
UNIDADE XII: Os reservatórios aquáticos
especiais: águas subterrâneas
A água subterrânea é toda a formação geológica com
capacidade de armazenar e transmitir a agua e cuja
exploração seja economicamente rentável, por outro
podemos simplesmente dizer que são águas que se
encontram debaixo da superfície da Terra.
• Ela origina-se a partir de três fontes: a infiltração da água
proveniente das chuvas no subsolo; a água armadilhada em
grandes profundidades durante a sedimentação; e a agua
proveniente de maiores profundidades durante a actividade
vulcânica (água juvenil).
• A infiltração da agua no subsolo depende de certos factores
como: porosidade do subsolo, cobertura vegetal, inclinacao
do terreno e tipo de chuva.
Cont:
Durante a infiltração, uma parcela da água sob a acção da força de adesão ou de
capilaridade fica retida nas regiões mais próximas da superfície do solo (zona não
saturada). Outra parcela, sob a acção da gravidade, atinge as zonas mais
profundas do subsolo (zona saturada).
Zona não saturada ou zona de aeração ou vadosa: é a parte do solo que está
parcialmente preenchida por água. Aqui, pequenas quantidades de água distribuem-
se uniformemente, sendo que as suas moléculas se aderem às superfícies dos
grãos do solo. Dentro dela encontra-se:
• Zona de humidade do solo – parte mais superficial, onde a perda de água de
adesão para a atmosfera é intensa.
• Zona intermediária – região entre a zona de humidade do solo e da franja capilar.
• Franja de capilaridade: região mais próxima ao nível da água do lençol freático,
onde a humidade é maior devido à presença da zona saturada logo abaixo.
Zona saturada: é a região abaixo da zona não saturada onde os poros ou fracturas
da rocha estão totalmente preenchidos por água. As águas atingem esta zona por
gravidade, através dos poros ou fracturas até alcançar uma profundidade limite,
onde as rochas estão tão saturadas que a água não pode penetrar mais.
A superfície que separa a zona saturada da zona de aeração é chamada de nível
freático, ou seja, este nível corresponde ao topo da zona saturada.
Cont.
• A distribuição das águas subterraneas é muito variável uma vez que
elas se interrelacionam no ciclo hidrológico e dependem das
condições climatológicas. Entretanto, as águas subterrâneas
(10.360.230 km³) são aproximadamente 100 vezes mais abundantes
que as águas superficiais dos rios e lagos (92.168 km).
• Aquiifero – é uma formação geológica do subsolo, constituída por
rochas permeáveis, que armazena água em seus poros ou fracturas.
Tipos de aquiiferos
A litologia do aquífero, ou seja, a sua constituição geológica é que irá
determinar a velocidade da água em seu meio, a qualidade da água e
a sua qualidade como reservatório.
Quanto à porosidade: aquífero poroso ou sedimentar; Aquífero
fracturado ou fissural; Aquífero cárstico (Karst).
Quanto à superfície superior (segundo a pressão da água): Aquífero
livre ou freático; Aquífero confinado ou artesiano.
Cont.
• Um aquífero apresenta uma reserva permanente de água e uma reserva activa
ou reguladora que são continuamente abastecidas através da infiltração da
chuva e de outras fontes subterrâneas.
• A área por onde ocorre o abastecimento do aquífero é chamada zona de
recarga, que pode ser directa (aquela onde as águas da chuva se infiltram
directamente no aquífero) ou indirecta (o reabastecimento do aquífero se dá a
partir da drenagem superficial das águas). O escoamento de parte da água do
aquífero ocorre na zona de descarga (por onde as águas emergem do sistema,
alimentando rios e jorrando com pressão por poços artesianos).
• Funções dos aquíferos: de producao (produção de água para o consumo
humano, industrial ou irrigação). de estucassem (relativo a reservas ou
“stokes”) de regularização (utilização do aquífero para estocar); de filtro
(utilização da capacidade filtrante e de depuração biogeoquímica do maciço
natural permeável). De transporte (transporte de água entre zonas de recarga
artificial ou natural e áreas de extracção excessiva). Estratégica (reserva
estratégica para épocas de pouca ou nenhuma chuva). Função energética
(utilização de água subterrânea aquecida pelo gradiente geotermal como fonte
de energia eléctrica ou termal). Função mantedora (mantém o fluxo de base
dos rios).
UNIDADE XIII: Os Movimentos das Águas Subterrâneas
• Para além da força gravitacional e das características dos
solos, sedimentos e rochas, o movimento da água no
subsolo é controlado também pela força de atracção
molecular e tensão superficial.
• O limite inferior da percolação (movimento) de áagua é
dado quando as rochas não admitem mais espaços abertos
(poros) devido a pressão da pilha de rochas sobrejacentes.
Esta profundidade atinge um máximo de 10.000m,
dependendo da situação topográfica e do tipo de rocha.
• O balanço hidrológico baseia-se no princípio de que
durante um certo intervalo de tempo as afluências totais a
uma bacia ou formação aquática devem ser igual ao total
das saídas mais a variação, positiva ou negativa, do volume
de água armazenado nessa bacia ou massa de água.
Unidade XIV: A Hidrografia dos Rios
O rio é uma corrente contínua, mais ou menos caudalosa, que
desagua noutra, no mar, no lago, ou em depressões interiores.
Tipos de rios:
Rio intermitente: drena água numa única parte do ano e tornam-
se seco no decorrer da outra. Rio perene: drena continuamente
água ao longo de todo o ano e Rios efemeros: os que
permanecem secos durante a maior parte do ano e comportando
fluxos de água só durante e imediatamente após uma chuva.
os rios tiveram sua origem a partir do surgimento da hidrosfera.
Estes são directamente alimentados pela queda pluviométrica ou
pela fusão das neves e dos glaciares, correntes dos lagos e
indirectamente pelo fluxo das águas subterrânea.
Da montante a jusante, o rio é constituído pelos seguintes
elementos: nascente, afluente esafubluente, a foz, leito ou canal de
escoamento e margens.
Cont.
No que diz respeito às relações da drenagem com as
águas de subsuperfície os rios podem ser:
Efluentes (recebem contribuição de água do subsolo e
aumentam sua vazão em direcção à jusante). Influentes
(rios que perdem água para o subsolo-infiltração. São
típicos de climas áridos).
Os rios apresenta-se mundialmente repartidos em
proporções muito reduzidas relativamente aos outros. O
seu volume total corresponde a cerca de 2 120 km3,
equivalente a 0,00015%.
Tipos de rios quanto ao criterio de escoamento dos
cursos de água em relação à inclinação das camadas
geológicas: consequentes, subsequentes, obsequentes,
ressequentes e insequentes.
Cont.

Tipos de rio em função do seu perfil: rios de planície; rios de


planalto e de montanhas.
Tipos de rios por graus de dificuldade: Classe I (sem muitas
ondas e sem obstáculos); Classe II (fácil);Classe III (dificuldade
moderada); Classe IV (difícil). Classe V (muito difícil). Classe VI
(geralmente considerado não navegável).
Balanço Hídrico de uma Bacia Hidrográfica
É a quantificação do fluxo de água global, num dado período, em
que se contabilizam as entradas (precipitação) e saídas
(evaporação, consumo, irrigação) de água da bacia.
O balanço hídrico permite demonstrar as peculiaridades das
grandezas comparadas fornecendo subsídio para a gestão
integrada dos recursos hídricos.
Assim, o balanço hidrológico das bacias dos rios não é igual em
diferentes regiões quando reparado para a disponibilidade da
agua e a agua retirada.
UNIDADE XV: Regime Hídrico dos Rios
• O regime hidrico é a relação das variações de caudal
durante um ano. A variação do caudal de um rio, isto é, o
regime de um rio representa-se por um gráfico
denominado Hidrograma.
O regime do rio depende: do relevo, do clima, da
natureza das regiões atravessadas, da alimentação das
águas provenientes das chuvas ou do degelo, em alguns
casos; e da existência da vegetação e dos lagos
regularizadores.
Fases do rio: A primeira (fase jovem, característico do
curso superior), No segundo estágio (fase adulta,
característico do curso médio), no terceiro estágio (fase
senil, característico do curso inferior).
UNIDADE XVI: A Hidrografia dos
Lagos
• Lagos são massas de águas continentais resultantes da acumulação de
água em depressões topográficas, por existência de obstáculos a sua
fluxão.
• Os lagos são alimentados por chuvas, águas de degelo e do solo por via de
fontes, cursos de rios.
Origem dos lagos
Lagos de origem interna: tectónicos, originados por movimentos cristais
(dobramento e falhas) ou por desabamento de terra nos locais ocos (lagos
cársicos); vulcânicos, localizados em crateras vulcânicas ou nos
afundamentos provocados por explosões vulcânicas.
Lagos de origem externa: os de erosão, quando preenchem depressões
resultantes da erosão; costeiros, resultam de um recuo do nível do mar ou da
deposição de bancos de área ao longo da costa. De barragem (albufeiras),
resultam de obstáculos de retenção de água e por acção de um acidente
natural, sendo, a intersecção de um vale de rio por uma torrente de lava ou
por material resultante de um deslizamento de terra; e artificiais, resultante da
construção de diques e barragens.
Idem
Quanto a distribuição dos lagos: encontram-se um
bocado em toda terra, constituindo cerca de 125 000 Km3
do volume de água na terra, o equivalente a 0,009%,
quantidade que supera a alguns recursos hídricos, como,
mares interiores, humidade do Solo, atmosfera e rios.
Oscilações do nível das águas em lagos
Os lagos que são alimentos fundamentalmente por
afluentes ou por nascentes são iguais aos cursos de água;
tem o aumento de nível das águas no momento de degelo
ou como consequência de chuvas.
O caudal dos lagos variam em função da região em que
estiver localizado, ou seja, em regiões pluviosas os
caudais são mais volumosos que em zonas secas.
UNIDADE XVII: A Hidrografia dos Pântanos
• A hidrologia dos pântanos é a ciência da água que se
dedica ao estudo das regiões baixas e planas, por vezes
impermeáveis, preenchidas de água de pouca
profundidade.
• Sua origem: Os pântanos resultam de grande
desenvolvimento da vegetação do lago e também nas
condições de saturação excessiva dos solos.
• Os pântanos podem ser classificados em: lagos de água
doce (as zonas húmidas inclusas nesta categoria
encontram-se ao longo dos principais rios e seus
afluentes) e lagos de água salgada (aparecem nas
planícies inundadas pelas marés, nas zonas costeiras).
UNIDADE XVIII: Oceano Mundial
• Oceanos são grandes extensões de águas salgadas
localizadas em regiões demissionárias.
• Elas surgem a partir das actividades vulcânicas que
libertam/libertaram o vapor de água. É importante salientar
que as aguas, após a sua formação, tiveram que se
assentar em locais próprios (depressões), estas resultaram
da actividade interna da terra.
• As águas marinhas ocupam em média ¾ da superfície
terrestre, o que implica dizer que apresentam uma área de
361,1 milhões de km2 equivalente a 71%.
• Elas são separadas por intermédio dos continentes e ilhas
dando lugar a distintos oceanos, nomeadamente, o Pacífico,
o Atlântico, o Índico, o Glacial Árctico e o Glacial Antárctico.
UNIDADE XIX: Os Diferentes Oceanos do Mundo
Os oceano encontram-se interconectadas entre si e
separadas por continentes e ilhas, possibilitando-se a
divisão em diversificados oceanos.
• Pacifico maior em extensão e profundidade;
• Atlântico o segundo e apresenta a maior elevação
montanhosa;
• Indico o terceiro, apresentando apenas uma fossa;
• Árctico com particularidade de estabelecer poucas trocas
das suas águas com os outros oceanos; e
• Antárctico caracterizado por ser uma junção de outros
oceanos.
UNIDADE XX: As Propriedades Físicas das Águas
Oceânicas
Propriedade Físicas
• Temperatura: existe uma constante troca e comunicação das águas
marinhas, possibilitando que o calor circule do equador aos pólos e
vice-versa.
• Densidade: apresenta uma forte relação com a temperatura e a
salinidade.
Outras propriedades fisicas dos oceanos: Transparência, a cor, e a
condutibilidade eléctrica.
A influência das propriedades físicas no ambiente das águas:
Dissolução, Tensão superficial, Densidade.
O calor especifico que controla o aquecimento ou o arrefecimento do
planeta e proporcionam todas as condições fundamentais para tornar
possível à vida na Terra e no mar.
Unidade XXI: Propriedades químicas das águas oceânicas

As propriedades químicas correspondem as características


microscópicas que resultam da dissolução dos elementos
químicos contido nas rochas ou emitido pelas actividades
vulcânicas.
Elas são: a salinidade, a dureza e o cheiro. A salinidade é
manifesta pela presença massiva do cloro e sódio; a
dureza, pela existência do carbonato de magnésio.
Quanto as influencias das propriedades químicas no
ambiente aquático, salientar que, a salinidade é
responsável pelos níveis de densidade e da circulação
oceânica e quando ela apresentar altos níveis, como são
os casos dos mares interiores.
UNIDADE XXII: Os Movimentos das Águas
Oceânicas
• A dinâmica das águas oceânicas refere-se aos movimentos
que nela se produzem. Estes movimentos diferem-se um do
outro dependendo dos agentes que os origina. Deste modo
temos:
• Movimentos periódicos (Marés e Ondas) – As marés são
oscilações periódicas do nível do mar, isto é, caracterizam-se
pelas subidas e descidas do nível das águas. A posição mais
alta dá-se nome de maré alta, maré cheia ou praiamar e
posição mais baixa designa-se maré baixa, maré vazia ou
baixa-mar.
• Circulação oceânica (Correntes Marítimas) – As correntes
marítimas são deslocamento da água decorrente no oceano.
Elas são originadas pela impulsão do vento e pela diferença
da densidade das águas.
UNIDADE XXIII: Acção das águas marítimas e o
aproveitamento económico do oceano mundial
• As águas oceânicas não se encontram em repouso,
elas exercem grande influência na modelagem do
relevo litorrâneo, como é o caso da formação de
praias, criação de cabos, entre outras formas.
• Para além destas formas criadas, as águas
marinhas apresentam grandiosas potencialidades
económicas, como por exemplo a existência de
grandes jazigos de petróleo e varias espécies
biológicas úteis para o consumo humano.
• Estes aspectos contribuem bastante para a
dinâmica económica de vários países.
UNIDADE XIV: A poluição dos oceanos e
mares
• A poluição marinha ee a introdução de determinada substância
químicas nocivas que alteram o estado normal do meio aquático.
Ela manifesta-se pela modificação de elementos físicos e químicos.
• A que considerar preocupante as descargas industriais que são
lançadas directamente no mar ou que, após terem sido lançados
no rio, vem a ser escoado pelo mar. Estes depósitos altamente
tóxicos geram destruições enormes a fauna e flora marinha,
comprometendo o equilíbrio Biológico.
• Os efeitos da poluição sobre as águas do mar: Destruição dos
peixes; Desaparecimento de organismos aquáticos inferiores;
Degeneração e enfraquecimento dos peixes; Obstrução de locais
destinados à deposição de ovo; Redução do valor económico das
áreas; dentre outros.
FIM

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