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NG6 - Ficha 4

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Escola Secundária de Silves

EFA – Curso de Dupla Certificação –


Nível III Área de Competência:
Área de Electricidade e Energia Cultura, Língua e Comunicação
Certificação: Técnico de Instalações
Eléctricas
Tema:
Núcleo Gerador 6 Questões culturais que envolvem o
planeamento e ordenamento do
Culturas de Urbanismo e
Território
Mobilidade
A Comunicação nos processos
contemporâneos de mobilidade humana
e intervenção urbanística
Ficha de Trabalho Nº4

Formando(a): ____________________________________ Ano: _____ Data:


____/____/______

Documentário Lisboetas
Guião para discussão e reflexão

1. Já viveu noutro país ou tem algum familiar ou amigo que seja emigrante noutro
país? O que motivou essa decisão?

1.1. Como foi a adaptação a um país diferente?


1.2. Houve algum factor facilitador da integração?
1.3. Enfrentou algum obstáculo?

2. Explicite brevemente a diferença entre filme e documentário.

3. Portugal foi um país de partida e é agora um país de acolhimento.

3.1 Refira os principais momentos da emigração portuguesa, relacionando-os com


causas económicas, políticas ou outras.

3.2 Que factores podem ser obstáculos ou facilitar a integração dos imigrantes no país
de acolhimento?

3.3 “Nenhum emprego compensa não estar na nossa terra.” Concorda com esta
opinião?

3.4 Responda às questões colocadas no início do documentário relativas aos


imigrantes:
3.2.1 Quem és tu?
Escola Secundária de Silves
3.2.2 O que fazes aqui?

4. Imigração: perda de identidade ou enriquecimento cultural?

5. Faça um comentário pessoal sobre este documentário.

Crítica: "Lisboetas", de Sérgio Tréfaut

Publicado: 20.04.2006

http://jpn.icicom.up.pt/2006/04/20/critica_lisboetas_de_sergio_trefaut.html

Por Andreia C. Faria. 3 estrelas

"Lisboetas" é um documentário com "tiques" jornalísticos, demorado, analítico e descritivo. Mas é,


antes de mais, um épico à diáspora de brasileiros, russos, ucranianos, chineses e africanos, entre tantos
outros que chegam a Lisboa à procura de melhor sorte.

O realizador Sérgio Tréfaut filma a Lisboa estrangeira, clandestina, que todos os dias recebe milhares de
imigrantes de países pobres em busca de trabalho, e procura dar voz aos casos reais de quem mal fala
português, de quem é enganado por empreiteiros e patrões, de quem passa horas nas filas do SEF e se
vê desorientado e atulhado na burocracia que a legalização exige.

Em "Lisboetas", a paisagem não é a da cidade, mas antes as dos rostos assustados de quem chega a um
país estranho. Os silêncios, a parcimónia com que a música é utilizada, os grandes e dolorosos planos
das caras do moçambicano Luciano ou do russo Alexandre, a exaustão com que cada situação é
mostrada funcionam como arma de denúncia das más condições que Portugal oferece aos seus
imigrantes.

E essa denúncia tocante, feita de imagens e personagens de uma sóbria poética, é bem conseguida. Mas,
em quase duas horas de documentário, Tréfaut falha em mostrar a outra face da imigração: a da
esperança, a da solidariedade, a da adaptação, a do sucesso.

Os portugueses são um povo de "aldrabões", indiferentes à miséria dos outros, como Tréfaut sempre os
caracteriza ao longo do filme? De certeza que há casos bem diversos, e fica a faltar o seu testemunho
para que o documentário seja perfeito. Assim, chega-se ao fim com uma forte sensação de injustiça e
com a suspeita de que o realizador optou pelo facilitismo.

"Lisboetas", documentário de Sérgio Trefaut, patrocinado pelo ICAM, chega hoje, quinta-feira, ao
circuito comercial. O filme arrecadou o galardão para Melhor Filme Português no IndieLisboa 2004 e
competiu em vários festivais internacionais.

Sérgio Tréfaut, filho de pai português e de mãe francesa, nasceu no Brasil, em 1965. Entre os seus
trabalhos como realizador contam-se os documentários "Outro País" (1999), "Fleurette" (2002) e
"Lisboetas" (2004-2005). Actualmente, Tréfaut está a rodar a longa metragem "Business Class".
Escola Secundária de Silves
Andreia C. Faria

http://dn.sapo.pt/2006/04/12/artes/lisboetas_exibido_assembleia_republi.html

'Lisboetas' exibido na Assembleia da República (DN Online Artes)

É "um filme político, feito para chamar a atenção dos políticos,


e não só", segundo o seu autor. Em formato de documentário,
Lisboetas, realizado e produzido por Sérgio Tréfaut, teve
ontem direito a uma sessão especial, na Assembleia da
República, organizada pela Comissão Parlamentar de Direitos e
Liberdades.

Trata-se de um retrato da cidade de Lisboa, rodado em vídeo


digital, feito do ponto de vista dos imigrantes que chegaram à
capital na última década, transformando-a. Numa espécie de
"fresco", composto de vários quadros que no conjunto formam
uma história, é apresentada uma série de situações vividas
por imigrantes do Brasil, Europa de Leste, China e África,
entre outros.

Os protagonistas, rostos sem nome, vivem momentos como a


passagem pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o
"mercado" de angariação de trabalhadores no Campo Grande,
as aulas de Português numa igreja, ou a paragem pela
carrinha dos Médicos do Mundo, que dá apoio aos sem-abrigo.

Para o realizador, "era importante que os deputados, que lidam


com a imigração do ponto de vista dos números, relatórios e
estatísticas, e do que a comunicação social mostra, tivessem
uma visão mais realista sobre este tema". Evitando
comparações com realizadores como Michael Moore, Sérgio
Tréfaut não considera este retrato dos lisboetas um "manifesto
panfletário", mas sim uma "visão da actualidade".

A exibição do filme contou com a presença de vários


deputados, como Celeste Correia, do Partido Socialista, e
Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, entre outros.

Seguiu-se um curto debate, em que foi destacado o


"equilíbrio" entre os aspectos negativos e positivos
apresentados em Lisboetas. "Quem sai do seu país não sabe o
que o espera, mas o Paraíso tem de se construir onde
vivemos", é uma das frases do filme que marcou a assistência,
ilustrando a mistura entre a dor e a esperança retratadas.

Distribuído pela Atalanta, Lisboetas foi premiado no


IndieLisboa em 2005. Estreia no circuito comercial no dia 20.
Escola Secundária de Silves

http://www.cinema2000.pt/ficha.php3?id=5449
«Lisboetas» é um documentário político sobre a vaga de imigração que nos últimos
anos mudou Portugal, o retrato de um momento único em que o país e a cidade entraram num
processo de transformação irreversível. Novas realidades: modos de vida, mercado de
trabalho, direitos, cultos religiosos, identidades. É uma viagem a uma cidade desconhecida...

*****
Média dos
Espectadores
* Sérgio Trefaut no CINEMA2000.

* IndieLisboa 2004 – Prémio Melhor Filme Português.

cinecartaz Público
http://cinecartaz.publico.clix.pt/filme.asp?id=111403
"Lisboetas" é um documentário político sobre a vaga de imigração que nos últimos anos mudou
Portugal. O retrato acutilante e extraordinário de um momento único em que o país e a cidade
entraram num processo de transformação irreversível.
É uma janela secreta sobre novas realidades: modos de vida, mercado de trabalho, direitos,
cultos religiosos, identidades. É uma viagem a uma cidade desconhecida, a lugares onde nunca
se vai mas que estão lá.
"Lisboetas" é um documentário de Sérgio Tréfaut e ganhou o Prémio de Melhor Filme
Português na primeira edição do IndieLisboa.

PUBLICO.PT

http://cinecartaz.publico.clix.pt/comentario.asp?id=4945
As críticas dos nossos leitores
Escola Secundária de Silves
2-6- Lisboetas
2006
Em Portugal tudo é bom menos a educação
Por: Pedro Soares Lourenço -
www.blogarcadia.blogspot.com
A esta hora já todos ouviram falar de “Lisboetas”, o documentário de Sérgio
(Lisboa)
Tréfaut que ganhou o Prémio de Melhor Filme Português na primeira edição do
IndieLisboa e está a causar um inusitado sucesso entre os lisboetas. Ninguém
fica indiferente àquela frase dita de “cá para lá”, ao telefone, de forma seca e
pragmática por uma imigrante do Leste Europeu enquanto as suas crianças
constroem castelos de areia numa praia dos arrabaldes alfacinhas. “Lisboetas”
é sem duvida um magnífico fresco filmado em super-8 por quem ama a nossa
terra. A Lisboa que já foi Mourisca, a Lisboa que deu novos “Mundos ao Mundo”,
a Lisboa dos perfumes das especiarias que chegavam do Oriente.

Mas hoje, quase sem querermos dar conta, esta Lisboa de outrora volta
devagar por um “mágico” efeito "boomerang". A Mouraria a pouco e pouco
volta a sê-lo (re-reconquistada?), os novos Mundos tomam o nosso Mundo, o ar
volta a estar perfumado e isso nota-se até na nossa gastronomia. Daniel
Oliveira, a quem sempre leio mas com quem raramente concordo, tem nas
paredes do Nimas um fragmento de um texto seu, retirado da coluna semanal
que assina no "Expresso". Cito duas frases de cor: “Bem lhes podem fechar a
porta, eles entram pela janela” e “Devíamos ter aprendido com os americanos,
para saber que o futuro será dos melhores”. Está tudo dito.

De “Lisboetas” só me apetece escrever mais uma nota. Há mais cinema


naquele plano final (nem sequer me atrevo a escrever sobre toda a
sequência...), onde o intenso brilho do olhar daquela mulher que acaba de dar
à luz irrompe pelo escuro da sala e ilumina a nossa alma, do que nas mais de
duas horas d’"O Código Da Vinci".

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