NG6 - Ficha 4
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NG6 - Ficha 4
Documentário Lisboetas
Guião para discussão e reflexão
1. Já viveu noutro país ou tem algum familiar ou amigo que seja emigrante noutro
país? O que motivou essa decisão?
3.2 Que factores podem ser obstáculos ou facilitar a integração dos imigrantes no país
de acolhimento?
3.3 “Nenhum emprego compensa não estar na nossa terra.” Concorda com esta
opinião?
Publicado: 20.04.2006
http://jpn.icicom.up.pt/2006/04/20/critica_lisboetas_de_sergio_trefaut.html
O realizador Sérgio Tréfaut filma a Lisboa estrangeira, clandestina, que todos os dias recebe milhares de
imigrantes de países pobres em busca de trabalho, e procura dar voz aos casos reais de quem mal fala
português, de quem é enganado por empreiteiros e patrões, de quem passa horas nas filas do SEF e se
vê desorientado e atulhado na burocracia que a legalização exige.
Em "Lisboetas", a paisagem não é a da cidade, mas antes as dos rostos assustados de quem chega a um
país estranho. Os silêncios, a parcimónia com que a música é utilizada, os grandes e dolorosos planos
das caras do moçambicano Luciano ou do russo Alexandre, a exaustão com que cada situação é
mostrada funcionam como arma de denúncia das más condições que Portugal oferece aos seus
imigrantes.
E essa denúncia tocante, feita de imagens e personagens de uma sóbria poética, é bem conseguida. Mas,
em quase duas horas de documentário, Tréfaut falha em mostrar a outra face da imigração: a da
esperança, a da solidariedade, a da adaptação, a do sucesso.
Os portugueses são um povo de "aldrabões", indiferentes à miséria dos outros, como Tréfaut sempre os
caracteriza ao longo do filme? De certeza que há casos bem diversos, e fica a faltar o seu testemunho
para que o documentário seja perfeito. Assim, chega-se ao fim com uma forte sensação de injustiça e
com a suspeita de que o realizador optou pelo facilitismo.
"Lisboetas", documentário de Sérgio Trefaut, patrocinado pelo ICAM, chega hoje, quinta-feira, ao
circuito comercial. O filme arrecadou o galardão para Melhor Filme Português no IndieLisboa 2004 e
competiu em vários festivais internacionais.
Sérgio Tréfaut, filho de pai português e de mãe francesa, nasceu no Brasil, em 1965. Entre os seus
trabalhos como realizador contam-se os documentários "Outro País" (1999), "Fleurette" (2002) e
"Lisboetas" (2004-2005). Actualmente, Tréfaut está a rodar a longa metragem "Business Class".
Escola Secundária de Silves
Andreia C. Faria
http://dn.sapo.pt/2006/04/12/artes/lisboetas_exibido_assembleia_republi.html
http://www.cinema2000.pt/ficha.php3?id=5449
«Lisboetas» é um documentário político sobre a vaga de imigração que nos últimos
anos mudou Portugal, o retrato de um momento único em que o país e a cidade entraram num
processo de transformação irreversível. Novas realidades: modos de vida, mercado de
trabalho, direitos, cultos religiosos, identidades. É uma viagem a uma cidade desconhecida...
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Média dos
Espectadores
* Sérgio Trefaut no CINEMA2000.
cinecartaz Público
http://cinecartaz.publico.clix.pt/filme.asp?id=111403
"Lisboetas" é um documentário político sobre a vaga de imigração que nos últimos anos mudou
Portugal. O retrato acutilante e extraordinário de um momento único em que o país e a cidade
entraram num processo de transformação irreversível.
É uma janela secreta sobre novas realidades: modos de vida, mercado de trabalho, direitos,
cultos religiosos, identidades. É uma viagem a uma cidade desconhecida, a lugares onde nunca
se vai mas que estão lá.
"Lisboetas" é um documentário de Sérgio Tréfaut e ganhou o Prémio de Melhor Filme
Português na primeira edição do IndieLisboa.
PUBLICO.PT
http://cinecartaz.publico.clix.pt/comentario.asp?id=4945
As críticas dos nossos leitores
Escola Secundária de Silves
2-6- Lisboetas
2006
Em Portugal tudo é bom menos a educação
Por: Pedro Soares Lourenço -
www.blogarcadia.blogspot.com
A esta hora já todos ouviram falar de “Lisboetas”, o documentário de Sérgio
(Lisboa)
Tréfaut que ganhou o Prémio de Melhor Filme Português na primeira edição do
IndieLisboa e está a causar um inusitado sucesso entre os lisboetas. Ninguém
fica indiferente àquela frase dita de “cá para lá”, ao telefone, de forma seca e
pragmática por uma imigrante do Leste Europeu enquanto as suas crianças
constroem castelos de areia numa praia dos arrabaldes alfacinhas. “Lisboetas”
é sem duvida um magnífico fresco filmado em super-8 por quem ama a nossa
terra. A Lisboa que já foi Mourisca, a Lisboa que deu novos “Mundos ao Mundo”,
a Lisboa dos perfumes das especiarias que chegavam do Oriente.
Mas hoje, quase sem querermos dar conta, esta Lisboa de outrora volta
devagar por um “mágico” efeito "boomerang". A Mouraria a pouco e pouco
volta a sê-lo (re-reconquistada?), os novos Mundos tomam o nosso Mundo, o ar
volta a estar perfumado e isso nota-se até na nossa gastronomia. Daniel
Oliveira, a quem sempre leio mas com quem raramente concordo, tem nas
paredes do Nimas um fragmento de um texto seu, retirado da coluna semanal
que assina no "Expresso". Cito duas frases de cor: “Bem lhes podem fechar a
porta, eles entram pela janela” e “Devíamos ter aprendido com os americanos,
para saber que o futuro será dos melhores”. Está tudo dito.