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NUTRIÇÃO

MODULO 4
CIENCIAS BIOLÓGICAS I

Curso de Enfermagem de Saúde Materno-Infantil


Competências
No final do módulo o estudante terá adquirido as
seguintes competências:
 Conhece a definição dos conceitos básicos de nutrição,
a importância da nutrição ao longo do ciclo da vida e os
factores que influem no estado nutricional do indivíduo e
duma Comunidade.
 Conhece a problemática da nutrição e em particular da
desnutrição crónica no País e no Mundo.
 Descreve os quatro grupos de alimentos, suas funções,
as quantidades necessárias para o organismo e as
porções diárias recomendadas de cada um para a
nutrição adequada.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Competências
 Descreve o quadro clínico dos principais síndromas de
malnutrição da realidade moçambicana.

 Descreve as linhas de conduta e as rotinas de


tratamento em caso de malnutrição grave.

 Identifica quadros clínicos que possam interferir com a


capacidade do paciente de satisfazer as necessidades
nutricionais.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Competências

 Calcula as necessidades dietéticas de grupos


populacionais específicos (mulheres que amamentam,
lactentes, crianças, adultos, velhos, doentes).

 Demonstra habilidades na preparação de dietas


hospitalares para os doentes dependendo das
necessidades identificadas.

 Demonstra habilidades na preparação de fórmulas


lácteas, papas e sopas para o lactente e a criança até
os cinco anos de idade com base nos alimentos locais.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Competências

 Demonstra habilidades em aconselhamento nutricional


sobre o aleitamento materno e alimentação
complementar do lactente.

 Realiza actividades de educação nutricional aos


diferentes grupos etários.

 Descreve as normas básicas de gestão dum serviço de


alimentação numa Unidade Sanitária

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Competências
Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequada
O direito humano à alimentação adequada está previsto na
Declaração Universal dos Direitos Humanos:

Artigo XXV - 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de


vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem
estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados
médicos e os serviços sociais indispensáveis, o direito à
segurança, em caso de desemprego, doença, invalidez,
viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de
subsistência em circunstâncias fora de seu controle.” (ONU,
1948).
Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Introdução à Nutrição
Bem-estar físico
Pleno desenvolvimento mental e emocional
 Lavoisier (1770)  Processo de combustão dos alimentos
e respiração celular;
 Pasteur (1857 a 1890)  Necessidade do estudo dos
alimentos de uma forma mais abrangente;
• Benedict (1919) A diminuição de ingestão de alimentos
acarreta modificação nos processos fisiológicos para
conservar apenas a energia básica para a sobrevivência;
• Pedro Escudero (1937)  Um dos maiores
contribuidores para o desenvolvimento dos princípios da
nutrição (Leis da Alimentação).
Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Introdução à Nutrição
Problemática de nutrição no mundo

•Através do estudo da gastronomia mundial é possível


conhecer não apenas a arte de cozinhar e o prazer de
comer, mas também a sua relação com os recursos
alimentares disponíveis, pois as condições naturais de vida
são extremamente variadas: influência da latitude,
natureza dos solos, proximidade do mar, clima, etc.

•Condicionados fortemente à disponibilidade de alimentos


estão também os hábitos alimentares – disposição
duradoura adquirida pela repetição frequente de um acto,
uso ou costume.

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Introdução à Nutrição
Esses hábitos fazem parte da cultura e do poder
económico de um povo, além de serem de
primordial importância para a análise do
comportamento alimentar de determinado grupo
populacional.
A distribuição de alimentos é bastante desigual no
mundo, e afecta de forma importante os padrões de
consumo de uma população.

São evidentes as diferenças na distribuição de


alimentos nos países desenvolvidos e em
desenvolvimento, o que deixa claro a relevância do
factor político económico, assim como as diferenças
dentro do próprio país.
Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Introdução à Nutrição
Nos países desenvolvidos há uma abastada oferta
de alimentos, porém, o consumo sob o ponto de
vista nutricional, nem sempre é adequado,
podendo ocorrer excessos.

Ao mesmo tempo, as populações dos países em


desenvolvimento convivem com a escassez de
alimentos e não dispõem de recursos educativos,
ambientais e até financeiros para obtenção dos
mesmos, tendo como consequência a fome e/ou
subnutrição.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição

Alimentação na pré – história e idade antiga:

Desde o princípio, por milénios, vagaram os antecessores


do homem, o próprio homem e seus descendentes,
perscrutando a face da terra, em busca de alimento.
Deixaram-nos um legado filogenético de experiências, em
que se fundamentaram o cultivo de cereais e condimentos.

Os condimentos também têm sua significação na história


da alimentação humana. O homem primitivo, como o
actual, desejava alguma coisa além do alimento em si; foi
o sabor que desenvolveu a arte de comer e a de beber.

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Introdução à Nutrição
Alimentação na antiguidade clássica e idade média
A disseminação do uso de diferentes tipos de alimentos
entre os continentes se deve muito ao comércio e à
introdução de plantas e animais domésticos em novas
áreas. Os gregos e os romanos tinham um comércio de
grande porte, envolvendo plantas comestíveis, azeite de
oliva e ainda importavam especiarias no Extremo Oriente
em 1000 a.C..

Durante os séculos tormentosos da Idade Média, houve


um aperfeiçoamento lento dos modos de produção de
alimentos. A alimentação não se desenvolveu, ocorrendo,
ainda, um recuo às práticas primitivas, principalmente
relacionadas às épocas de penúria e fome.
Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Introdução à Nutrição
 Alimentação na idade contemporânea
Até o século XX, muitas descobertas técnico-científicas

importantes levaram ao progresso e também à modificação

dos costumes alimentares (Abreu, 2000):

 O aparecimento de novos produtos;

 A renovação de técnicas agrícolas e industriais;

 As descobertas sobre fermentação;

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição

 A produção do vinho, da cerveja e do queijo em escala


industrial e o beneficiamento do leite;

 Os avanços na genética permitiram sua aplicação no


cultivo de plantas e criação de animais;

 A mecanização agrícola;

 E ainda o desenvolvimento dos processos técnicos para


conservação de alimentos.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição

Alimentação para o futuro:

Como demonstrou-se, a cada época uma região


desenvolvia seu padrão alimentar em função da
disponibilidade de alimentos acessíveis à população.
Esses alimentos eram adaptados à culinária regional.

Actualmente, os padrões de consumo alimentar variam


grandemente em diferentes partes do mundo, dependendo
do grau de desenvolvimento e condições económicas e
políticas para a produção.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição
Situação nutricional em Moçambique:

A mortalidade infantil e infanto-juvenil são dois dos


melhores indicadores de desenvolvimento de um país. Em
Moçambique, uma criança em cada sete morre no primeiro
ano de vida e uma criança em cada cinco morre antes de
atingir os cinco anos. Estas taxas de mortalidade infantil e
infanto-juvenil estão entre as mais elevadas do mundo e
atingem níveis inaceitáveis entre as crianças das camadas
mais pobres do país.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição
As práticas inadequadas de amamentação e alimentação
complementar em conjunto com uma atenção de saúde
primária insuficiente explicam o aumento progressivo das
taxas de desnutrição nas crianças moçambicanas
consoante estas vão crescendo.

É por isso importante sublinhar que em Moçambique a


desnutrição começa desde uma idade muito precoce. Com
dois anos de idade estão feitos danos na saúde, no
crescimento e no desenvolvimento da criança que muito
dificilmente podem ser reparados.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição
Além disso. as deficiências em micronutrientes têm
consequências inaceitáveis também sobre a sobrevivência
das mulheres moçambicanas, Moçambique tem uma das
taxas de mortalidade materna mais elevadas do mundo.

Estima-se que nos próximos cinco anos mais de 43.000


mulheres morrerão por causas relacionadas com a
gravidez. Uma das principais causas desta elevada
mortalidade é a anemia.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição

De acordo com o estudo sobre a anemia realizado em


2002, cerca de 50% das mulheres em idade fértil são
anémicas e correm um risco muito mais ,elevado de morte
durante a gravidez.

Estima-se que em Moçambique, assim como no resto da


África sub-sahariana, a anemia é a causa subjacente de
20% das mortes maternas.

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Introdução à Nutrição
Alimentação: É o acto de alimentar-se. É consciente e
depende de cada um. A alimentação tem suas leis:

1º Lei : da quantidade

A quantidade de alimentos deve ser suficiente para cobrir


as exigências energéticas do organismo e manter em
equilíbrio o seu balanço. As calorias ingeridas através dos
alimentos devem ser suficientes para permitir o
cumprimento das actividades de uma pessoa, bem como a
manutenção da temperatura corporal. As diferentes
actividades determinam as diferentes exigências calóricas.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição
2º Lei : da qualidade

A composição do cardápio alimentar deve ser completo


para fornecer ao organismo que é uma unidade indivisível
todas as substâncias que o integram. O cardápio completo
inclui todos os nutrientes que devem ser ingeridos
diariamente.

3º Lei : da harmonia
As quantidades dos diversos nutrientes que integram a
alimentação devem guardar uma relação de proporção
entre si.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição
4º Lei : da adequação

A finalidade da alimentação está subordinada à sua


adequação ao organismo. Essa adequação está
subordinada ao momento biológico da vida e, além disso,
deve adequar-se aos hábitos individuais, à condição sócio-
económico da pessoa e em relação ao seu sistema
digestivo e ao órgão ou sistemas alterados por alguma
enfermidade.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Introdução à Nutrição
A alimentação equilibrada deve ser:
 Quantitativamente suficiente,
 Qualitativamente completa, além de
 Harmoniosa em seus componentes e
 Adequada à sua finalidade e ao organismo a que se
destina.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Alimentos: São substâncias introduzidas no organismo
visando promover o crescimento, a reparação dos tecidos,
a produção de energia e o equilíbrio das diversas funções
orgânicas. Estes são de origem animal, vegetal e mineral.
São classificados de acordo com suas propriedades físicas
e químicas e sobre sua forma de actuação no nosso
organismo.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Nutrientes:
São chamados de nutrientes os componentes dos
alimentos que têm funções específicas e são
fundamentais para o bom funcionamento do organismo e
manutenção da saúde.

Nutrientes essenciais:
São aqueles que não são produzidos pelo nosso
organismo, portanto devem ser obtidos pela alimentação.
Ex: vitaminas, minerais e alguns aminoácidos.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Pirâmide alimentar

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Os nutrientes são classificados em:

Macronutrientes: (Carbohidratos, Proteínas e Lípidos);

Micronutrientes: (Vitaminas e Minerais).

Micronutrientes Macronutrientes
Consumidos em pequenas Consumidos em grandes
quantidades quantidades
Absorvidos inalterados Degradados pela digestão
Essenciais – não são Aminoácidos essenciais e
sintetizados pelo organismo Ácidos graxos essenciais
Não fornecem energia Fornecem energia
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Nutrientes e Alimentação
Portanto, para se alimentar de forma a nutrir o organismo
sem prejudicá-lo é preciso observar as leis da alimentação.
As pessoas cada vez mais tomam consciência dessa
atitude:
 Alimentar-se para nutrir o corpo.
 Às vezes, um alimento comporta-se como um tóxico
que não tem nada de nutritivo.
 Um alimento é nutritivo quando colabora ou sustenta
os processos de manutenção da vida.
 O alimento bom pode se tornar perigoso quando
ingerido em excesso.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Metabolismo
Conjunto de reacções químicas responsáveis pelos
processos de síntese e degradação dos nutrientes na
célula. Divide-se em Anabolismo e Catabolismo.

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Nutrientes e Alimentação

Anabolismo METABOLISMO Catabolismo


Síntese de Degradação de
compostos compostos
grandes a partir grandes em
de unidades unidades
pequenas pequenas
Ex: Ex: Proteínas
Aminoácidos


Aminoácidos
Proteínas

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Nutrientes e Alimentação
 Nutrição
 É a ciência que estuda os alimentos, suas acções,
integração e equilíbrio relacionado à saúde e a
doença.
 É o processo pelo qual o organismo ingere, digere,
absorve, transporta, utiliza e elimina as substâncias
alimentares.
 Dieta
 Relação de alimentos e preparações que
alimentarão um indivíduo ou grupos de pessoas,
mais utilizado para indicar alimentação com controle
dietético.
Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Nutrientes e Alimentação
Necessidades e recomendações nutricionais
Necessidades nutricionais

São as quantidades de nutrientes e energia disponíveis


nos alimentos que um indivíduo sadio deve ingerir para
satisfazer suas necessidades fisiológicas normais e
prevenir sintomas de deficiências.

As necessidades nutricionais representam valores


fisiológicos individuais que se expressam na forma
de médias para grupos semelhantes da população.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação

Recomendações nutricionais

São os níveis de ingestão de nutrientes essenciais que,


com base nos conhecimentos científicos, são adequados
para cobrir as necessidades de um indivíduo
saudável.

As recomendações levam em consideração: perdas de


nutrientes durante o cozimento e armazenamento dos
alimentos e a variação das necessidades na população.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Alimentação saudável

Uma alimentação saudável pode ser resumida em 3


palavras chaves: equilíbrio, variedade e moderação.

Diferentes populações possuem diferentes factores, como


hábitos alimentares, disponibilidade de alimentos

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Pirâmide alimentar

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Base da pirâmide alimentar

Composta por alimentos fontes de energia (Cereais,


Tubérculos e Raízes).

Devem ser consumidos em várias refeições, já que são os


principais fornecedores de energia do organismo.

Por exemplo: Café da manhã: Cereais ou pães.


Almoço e jantar: arroz, macarrão, batata.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
5 a 9 porções
1 porção equivale a 150
Kcal

Exemplos de porção
Arroz cozido (branco ou integral) - 4 colheres (sopa)
Batata cozida - 1 1/2 unidade
Pão de forma - 2 fatias
Cereal matinal-1 xícara (chá)
Macarrão cozido - 3 1/2 colheres (sopa)

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Nutrientes e Alimentação
Segundo nível

Representa os alimentos ricos em fibras, sais minerais,


vitaminas e água, ou seja, HORTALIÇAS E FRUTAS.

GRUPO HORTALIÇAS
Devem entrar nas principais refeições, em forma de
saladas, refogados ou incorporados a outros pratos.

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Nutrientes e Alimentação

4 a 5 porções
1 porção equivale a 15 Kcal

Exemplos de porção
Acelga crua picada - 9 colheres (sopa)
Alface - 15 folhas
Berinjela cozida - 2 colheres (sopa)
Beterraba - 2 colheres (sopa)
Pepino - 4 colheres (sopa)
Pimentão cru - 3 colheres (sopa)
Tomate - 4 fatias

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Nutrientes e Alimentação
GRUPO FRUTAS
Deve entrar na alimentação em grande variedade, e são
boas opções como complementos de lanches, sobremesas
e sucos.
Banana - 1/2 unidade
3 a 5 porções Goiaba - 1/4 unidade
1 porção equivale a
Laranja pêra - 1 unidade
35 Kcal
Maçã - 1/2 unidade
Exemplos de porção Mamão papaia - 1/3 unidade
Manga - 1/2 unidade
Melancia e
1 fatia
melão -
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Nutrientes e Alimentação
Terceiro nível

Na literatura brasileira subdivide-se este nível de acordo


com qualidade protéica de cada tipo de alimento, hábitos
alimentares e a contribuição de micronutrientes de cada
tipo de alimento.

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Nutrientes e Alimentação
Grupo leite e derivados

São a principal fonte de cálcio, responsável pelo


crescimento dos ossos. Também fornecem proteínas,
necessárias para o crescimento.

3 porções
1 porção equivale a 120 Kcal

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Nutrientes e Alimentação
Exemplos de porção

Iogurte integral natural - 1 copo


Leite em pó integral - 2 colheres (sopa)
Leite semi desnatado - 1 copo (requeijão)
Queijo de minas - 1 1/2 fatia
Queijo mussarela - 3 fatias
Queijo prato - 2 fatias
Requeijão - 1 1/2 colher (sopa)

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Nutrientes e Alimentação
Grupo carnes e ovos

São ainda fontes de vitaminas do Complexo B, ferro,


fósforo, magnésio, zinco e outros minerais. Devem ser
consumidas nas refeições principais, como almoço e
jantar.

1 a 2 porções
1 porção equivale a 190 Kcal

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Nutrientes e Alimentação
Exemplos de porção

Bife grelhado - 1 unidade


Carne de peru - 15 fatias
Peito de frango grelhado - 1 unidade
Linguiça de porco cozida - 1 gomo
Merluza cozida - 2 filetes
Ovo mexido - 1 unidade

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Nutrientes e Alimentação
Grupo das leguminosas
Este grupo fornece a maior parte da proteína da
alimentação básica do brasileiro. São colocadas à parte
por não possuem os mesmos valores nutritivos que as
carnes e ovos.

1 porção Feijão cozido - 1 concha


1 porção equivale a Grão de bico 1 1/2 colher
55 Kcal cozido - (sopa)
Exemplos de Lentilha cozida 2 colheres
porção - (sopa)
Soja cozida - 1 colher de servir

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Nutrientes e Alimentação
Topo da pirâmide

Representa alimentos ricos em GORDURAS e


AÇÚCARES e por serem altamente calóricos, grandes
porções ou o frequente consumo destes alimentos, inibem
o apetite para alimentos mais saudáveis e podem
promover a obesidade infantil

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Grupo açúcares

1 a 2 porções
1 porção equivale a 110 Kcal

Exemplos de porção

Açúcar mascavo - 1 colher (sopa)


Açúcar refinado - 1 colher (sopa)
Glucose de milho (Karo) - 2 colheres (sopa)
Mel - 2 1/2 colheres (sopa)

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Nutrientes e Alimentação
Grupo gorduras

1 a 2 porções
1 porção equivale a 73 Kcal

Exemplos de porção

Azeite de oliva - 1 colher (sopa)


Bacon - 1/2 fatia
Manteiga - 1/2 colher (sopa)
Margarina - 1/2 colher (sopa)
Margarina light - 1 colher (sopa)
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Nutrientes e Alimentação

Pirâmide alimentar funcional

Esta Pirâmide Alimentar é baseada em alimentos


funcionais, ou seja, alimentos que exercem funções
importantes além da nutrição, como diminuição do
colesterol sanguíneo, prevenção do aparecimento de
câncer, etc.

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Nutrientes e Alimentação
Pirâmide alimentar funcional

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
Diferenças para a pirâmide tradicional

As maiores diferenças entre esta nova proposta de


pirâmide alimentar e a pirâmide alimentar adaptada
seriam:

Os cereais refinados que encontravam-se na base da


pirâmide passam a estar no topo, prevalecendo a
importância das fibras e outros nutrientes dos alimentos
integrais;

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Nutrientes e Alimentação

 A carne vermelha e a manteiga estão também a


fazer parte do topo da pirâmide, devido à sua
composição rica em gordura saturada.

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Nutrientes e Alimentação
A digestão é o conjunto das
transformações, mecânicas e
químicas que os alimentos
orgânicos sofrem ao longo de um
sistema digestivo, para se
converterem em compostos
menores hidrossolúveis e
absorvíveis.

Quando o alimento é deitado à


boca, com a acção mecânica dos
dentes (mastigação) e da ptialina
(enzima contida na saliva), (acção
química sobre o amido), transforma-
se em bolo alimentar.
Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Nutrientes e Alimentação
O bolo alimentar passa da faringe para o estômago,
através dos movimentos peristálticos (tecido muscular liso)
no esófago, continuando a sofrer a acção da saliva.

Ao chegar ao estômago, o bolo alimentar terá sofrido a


acção mecânica dos movimentos peristálticos no esófago,
e passará a sofrer a acção química do suco gástrico (que
contem pepsina), transformando-se em quimo.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Nutrientes e Alimentação
O quimo segue então para a região pilórica, atravessa o
duodeno onde recebe os sucos intestinais e o suco
pancreático que, com a ajuda de enzimas, decomporão
ainda mais a massa alimentar, transformando-a em quilo,
que entra no intestino delgado.

Aqui, pelo efeito dos movimentos peristálticos do intestino,


o quilo vai sendo empurrado em direcção ao intestino
grosso, enquanto vai ocorrendo a absorção dos nutrientes,
com a ajuda das vilosidades intestinais. A parte que não é
aproveitada do quilo é, finalmente, evacuada pelo ânus
sob a forma de fezes.

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Nutrientes e Alimentação
Fenómenos mecânicos
Mastigação
Deglutição (engolir)
Movimentos peristálticos (contracção e relaxamento
da musculatura)

Fenómenos químicos
Insalivação
Quimificação (processo de formação do quimo)
Quilificação (processo de formação do quilo)
Absorção (nutrientes e água: intestino delgado;
apenas água: intestino grosso)

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
 Avaliação do estado nutricional
 A desnutrição a nível de população, enquanto produto de
pobreza e deprivação, só pode ser eliminada a longo
prazo, através de uma acção política adequada para a
redução das inequalidades socio-económicas.
 A atenção primária à saúde, como internacionalmente
definida em Alma-Ata é a essência de estratégias do
sector saúde para a promoção da nutrição adequada. A
OMS no entanto, tem chamado atenção para o fato de
que, devido a sua natureza multicausal, a desnutrição é
frequentemente preocupação de muitos mas a sua
solução tem sido responsabilidade de poucos.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Cont.
 Modelo causal da desnutrição
 A desnutrição tem um efeito universal sobre os órgãos e
metabolismo da criança. As alterações resultantes da
doença devem ser terapeuticamente corrigidas para
evitar consequências graves e desastrosas para as
crianças, incluindo deficits definitivos de crescimento e
desenvolvimento, e morte.

 Um modelo causal compreensivo da desnutrição é


proposto por Nóbrega e Campos. À diferença dos
modelos tradicionais, neste modelo está incluído o
aspecto do fraco vínculo mãe criança, como importante
factor para a instalação e perpetuação da desnutrição.

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Formas de Desnutrição
Desnutrição é uma das doenças que mais causa mortes no
mundo. Segundo a UNICEF (1994) “é um problema
chocante, tanto em escala quanto em gravidade; cúmplice
secreto da pobreza que impede o crescimento físico e
mental de uma em cada três crianças nos países em
desenvolvimento” .

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Formas de Desnutrição

Em termos de conduta é importante distinguir duas formas


de desnutrição:
 Desnutrição aguda (deficiência de peso/altura),
associada a um episódio recente de doença infecciosa
ou de uma alimentação inadequada;
 Desnutrição crónica (deficiência de altura /idade) que
reflecte o passado de vida da criança com
repercussão sobre o seu crescimento linear (baixa
estatura). Ás vezes a criança pode apresentar as duas
formas de desnutrição.

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Formas de Desnutrição

O indicador peso/idade não distingue as formas de


desnutrição (tanto a deficiência apenas de altura, pode
refletir-se no baixo peso/ idade, quanto a deficiência apenas
do peso). Em caso de crianças maiores de 2 anos com
deficiência de peso/idade é recomendado medir a estatura
para saber se tem deficiência somente de altura/ idade ou
também de peso/altura, para evitar levar a criança a um
quadro de sobrepeso ou obesidade por orientação alimentar
hipercalórica.

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Formas de Desnutrição

A Quem Atinge?

Crianças menores de cinco anos de idade, principalmente


nas famílias de baixa renda. A faixa etária com maior risco
de prevalência de desnutrição, é entre 6 e 24 meses,
período da transição alimentar. Criança nessa faixa etária,
que tenham factores de risco para desnutrição, devem ser
referidas para acompanhamento nutricional específico a fim
de evitar o estado de carência nutricional.

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Principais Factores de Risco

Baixo peso Baixo nível


ao nascer sócio-económico

Saneamento Abandono do
básico ausente aleitamento
ou inadequado DESNUTRIÇÃO materno

Baixa Desajustamento
estimulação familiar

Baixa Fraco vinculo


escolaridade mãe - filho

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Factores Principais que Merecem
Investigação
 Histórico alimentar deficiente em quantidade
(densidade energética) e qualidade para suprir as
necessidades nutricionais da criança;
 Não amamentação ou aleitamento materno
interrompido antes da idade preconizada (exclusivo
até 6 meses e complementar até 24 meses ou mais);
 Inadequação na introdução de alimentos após o
desmame;
 Infecções recorrentes;
 Presença de parasitoses;
 Pouco cuidado e atenção com a saúde da criança,
incluindo os de higiene pessoal e de alimentos;
 Desestruturação familiar (violência doméstica;
abandono, uso de drogas etc.)
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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
Importância e magnitude do problema da desnutrição
carencial infantil no mundo

 A desnutrição infantil continua a ser um dos 15


problemas mais importantes de saúde pública do mundo
actual, apesar dos esforços governamentais realizados
e da ratificação sucessiva nos acordos internacionais
(Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948;
Pacto Internacional de Direitos Económicos e
Declaração da OMS sobre “Saúde para todos no ano
2000”, 1978; e na Convenção sobre os Direitos da
Criança em 1989),

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem

 A Organização Mundial da Saúde estima que a


desnutrição está associada a 29% das mortes de
crianças de 0-4 anos nos países em desenvolvimento.
Se os efeitos potencializadores das formas leves são
incluídos, esta percentagem se eleva para 56%. Cerca
de 150 milhões de menores de 5 anos têm peso inferior
ao normal. Mais de 20 milhões de crianças nascem com
baixo peso a cada ano.

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
Os pressupostos básicos da conduta para o sucesso na
realização deste atendimento são:

a) A identificação precisa do melhor local de tratamento


para uma dada criança;

b) O atendimento da criança e sua família por uma


equipe, de preferência, interdisciplinar;

c) Processo educativo intenso para as mães a fim de


capacitá-las, de forma prática, a tratar e prevenir a
desnutrição a nível domiciliar;

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
d) O envolvimento de elementos da comunidade treinados
para dar o suporte adequado à mãe no domicílio, tais
como Agentes de Saúde, visitadores domiciliares,
profissionais do Programa de Saúde da Família, e
voluntários da comunidade. Todos estes podem ser
capacitados, de acordo com a especificidade de sua
actuação, em todos os aspectos do atendimento
multidisciplinar do desnutrido;

e) A identificação precisa das crianças que não podem ser


tratadas a nível ambulatória e na comunidade e seu
encaminhamento imediato para tratamento nos níveis
de referência de maior complexidade.

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
Classificação do estado nutricional e critérios de
internamento:

 Desnutrição grave é definida nesta pauta como sendo


emagrecimento acentuado (menos de 70% do indicador
peso/estatura ou escore z de peso/estatura < – 3 DP)
com ou sem presença de edema.

 Um resumo da avaliação de estado nutricional de acordo


com os indicadores peso para a estatura ou estatura para
a idade, e edema pode ser visto na tabela que se segue.

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
CLASSIFICAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO

Desnutrição moderada Desnutrição grave

oEdema simétrico Não Sim (desnutrição edematosa)

oPeso para altura - 3 ≤ DP escore < -2 (70-79%) DP < - 3 (< 70%)

oAltura para idade - 3 ≤ DP escore <-2 (85-89%) DP < - 3 (< 85%)

Nanismo moderado Nanismo grave

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
 O diagnóstico será obtido pela análise dos dados
acima referidos, sendo os diagnósticos chave:

 Emagrecimento acentuado visível (menos de 70% do


peso para a altura ou comprimento)

 Edema (kwashiorkor ou kwashiorkor marasmático)

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
 Apoio nutricional a bebés e crianças pequenas (0 a 24
meses) nascidos de mães HIV-Positivas
 Os bebés devem ser exclusivamente amamentados
durante os primeiros 6 meses de vida para atingirem um
crescimento, desenvolvimento e saúde ideais.

 Depois dos seis meses, os bebés devem receber


alimentos complementares nutricionalmente adequados e
seguras, ao mesmo tempo que prossegue a
amamentação até aos 24 meses ou mais. Isto inclui leite
materno ou outro de origem animal, com quantidades
adequadas de energia e alimentos complementares ricos
em micronutrientes.
Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
Alimentação infantil e HIV:
 Em áreas onde o HIV constitui um problema de saúde
pública, todas as mulheres e os seus parceiros devem
ser encorajados a conhecer o seu estatuto de HIV.

 A opção mais apropriada de alimentação infantil para


uma mãe HIV-Positivas depende das suas
circunstâncias individuais, entre as quais o seu estado
de saúde, situação local, serviços de saúde e
disponibilidade de aconselhamento e apoio.

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem

 Recomenda-se a amamentação exclusiva para


mulheres HIV-Positivas durante os primeiros 6 meses de
vida do bebé, salvo se a alimentação substituta for
aceitável, viável, acessível, sustentável e segura
(AVASS) para elas e para os seus bebés antes dessa
altura. Caso a alimentação substituta seja AVASS,
recomenda-se que as mulheres HIV- Positivas evitem
qualquer forma de amamentação.

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem

 Aos 6 meses, se a alimentação substituta não for ainda


AVASS, recomenda-se a continuação da amamentação
com alimentos complementares adicionais, enquanto a
mãe o bebé continuam a ser regularmente avaliados.
Toda a amamentação deve parar assim que se puder
fornecer uma dieta nutricionalmente adequada e segura
sem leite materno.

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem

 Qualquer que seja a decisão sobre alimentação, os


serviços de saúde deve fazer um acompanhamento de
todas as crianças expostas a HIV e continuar a oferecer
aconselhamento e apoio em termos de alimentação
infantil, particularmente em alturas cruciais quando as
decisões sobre alimentação podem ser reconsideradas,
como por exemplo na altura do diagnóstico infantil
precoce e aos 6 meses de idade.

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem

 Os governos e outras partes intervenientes devem


revitalizar a protecção e promoção da amamentação
bem como o apoio a essa prática entre a população em
geral. Devem também apoiar activamente mães HIV-
Positivas que optem pela amamentação exclusiva, e
tomar medidas para tornar a alimentação substituta mais
segura para mulheres HIV positivas que escolham essa
opção.

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
 Os programas nacionais devem proporcionar a todos os
bebés expostos ao HIV e suas mães um pacote de
intervenções de sobrevivência infantil e saúde
reprodutiva (OMS, 2005b e OMS, 2006b), com ligações
efectivas com serviços de prevenção, tratamento e
prestação de cuidados relativos ao HIV. Além disso, os
serviços de saúde devem fazer esforços especiais para
apoiar a prevenção primária para mulheres cujos
resultados foram negativos nos testes realizados em
situações pré-natais e de parto.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
 Os governos e doadores devem aumentar bastante o
seu compromisso em relação a e os recursos para a
implementação da Estratégia Global para Alimentação
Infantil e de Crianças Pequenas, da OMS/UNICEF
(2003), e do Quadro sobre HIV e Alimentação Infantil
para Acção Prioritária, da OMS (2003b), a fim de
prevenir efectivamente infecções com HIV pós
nascimento, melhorar a sobrevivência livre de HIV e
atingir metas relevantes da UNGASS

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
 Breve Definição de AVASS: Aceitável, Viável,
Acessível, Sustentável e Segura

 ACEITÁVEL: A mãe/responsável pelos cuidados da


criança, não vê nenhum obstáculo à escolha de
alimentação substituta por razões culturais ou sociais,
ou por medo de estigmatização ou discriminação.

 VIÀVEL: A mãe/ responsável pelos cuidados da criança


tem tempo adequado, conhecimentos, capacidades,
recursos e apoio para preparar correctamente os
substitutos do leite materno e alimentar o bebé 8-12
vezes em 24 horas.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
 ACESSÍVEL: A mãe/ responsável pelos cuidados da
criança, com apoio disponível, pode pagar os custos
associados à compra, preparação, armazenamento e
uso de alimentos substitutos sem comprometer a saúde
e nutrição da família. Isto inclui o custo de alimentos
substitutos, combustível, água, armazenamento, etc.

 SUSTENTÁVEL: Disponibilidade de um fornecimento


contínuo, ininterrupto, conjuntamente com um sistema
de distribuição fiável de todos os ingredientes e produtos
necessários para fazer, com segurança, uma
alimentação substituta durante, pelo menos, um ano.

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Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
 SEGURA: Os alimentos substitutos são correctos e
higienicamente armazenados, preparados e dados com
mãos, chávenas e outros utensílios limpos. O bebé tem
acesso a cuidados de saúde de boa qualidade a fim de
minimizar o risco de maior morbilidade, desnutrição e
mortalidade que ocorre em bebés não amamentados.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Patologia Nutricional em Moçambique e
sua abordagem
Alimentação substituta

 Uma mãe que esteja a dar alimentação substituta deve


usar exclusivamente alimentação substituta.

 O leite em pó comercial requer uma série de condições


para que a substituição seja AVASS, incluindo água
potável, combustível e utensílios, bem como capacidades
e tempo para o preparar de forma correcta e higiénica.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Dietoterapia
 Nutrição clínica é a área da nutrição pela qual são
tratadas as diversas doenças que acometem o ser
humano, através da alimentação. A Nutrição clínica actua
também prevenindo o aparecimento de doenças através
de uma alimentação saudável e de forma terapêutica no
controle de doenças crónicas.

 O atendimento de nutrição clinica é realizado pelo


profissional nutricionista a nível ambulatória (consultórios
particulares ou públicos, clínicas, asilos, creches) ou
hospitalar (enfermarias, bancos de leite humano,
lactários).

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Dietoterapia
 A Nutrição Clínica divide-se em algumas áreas tais como:
Nutrição Materno-Infantil, Nutrição enteral e parental,
Nutrição em Geriatria, Nutrição em Banco de Leite
humano, Nutrição em Lactário e Nutrição no pré e pós-
operatório.

 Diversas são as doenças que necessitam de


acompanhamento nutricional rigoroso para evolução e
melhora do quadro. Dentre elas podemos destacar:
obesidade, desnutrição, diabetes mellitus, dislipidemias
(hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia), fenilcetonúria,
cirrose hepática, hiperuricemia (gota), insuficiência renal
aguda e cronica, hipertensão arterial, cardiopatias e
obstipação, dentre outras.
Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Dietoterapia
 Os grandes traumas como queimaduras e cirurgias
também precisam de atenção nutricional, uma vez que,
estes pacientes correm o grande risco de apresentarem
desnutrição.
 Dietoterapia (tratamento através dos alimentos) é a
ferramenta usada pelo nutricionista para a recuperação
dos doentes. A dieta hospitalar do paciente é prescrita
pelo médico. Para cada doente existe uma prescrição
dietoterápica especifica, cabe ao nutricionista fazer a
selecção dos alimentos pois, este é o único profissional
apto para isso.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Conceito
 Dietoterapia: É a parte da ciência da nutrição que se
dedica às dietas específicas para cada doença. O
cuidado nutricional é o processo de ir ao encontro das
diferentes necessidades nutricionais de uma pessoa e
isto, vai depender do tipo de doença que ataca o
individuo. Para uma pessoa saudável, o cuidado
nutricional pode significar apenas a avaliação nutricional
de rotina.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Conceito
 Alguns itens são considerados na hora em que se faz
uma dieta para um paciente doente:
a) A dieta deve desviar-se do normal o mínimo possível;
b) A dieta deverá suprir as necessidades de nutrientes
essenciais;
c) Hábitos e preferências alimentares, seu poder de
compra, práticas religiosas;
d) Estado Nutricional etc.

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Tipos de dietas
Existem vários tipos de dietas terapêuticas que serão
adoptadas de acordo com a enfermidade do paciente, que
são:

Dieta Hiposódica: Dieta pobre no electrólito/mineral Sódio


(Na), presente em todos os alimentos, maior quantidade em
especial no Cloreto de Sódio (NaCl), o tradicional sal de
cozinha. É indicada para pacientes hipertensos,
cardiopatas, com retenção de líquidos (edemas), dentre
outros.

90 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Tipos de dietas
 Dieta Hipercalórica: Dieta rica em energia, que tem o
objectivo de prevenir e tratar principalmente a
desnutrição.

 Dieta Hiperproteica: Dieta rica em proteínas, usada


também nos casos de desnutrição, oferecendo
principalmente proteínas de alto valor biológico como a
albumina, também é administrada em pacientes
traumatizados como os queimados, para o
desenvolvimento hiperplasia de novas células,
principalmente para reconstituição do tecido lesionado.

91 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Tipos de dietas
 Dieta Hipoproteíca: Dieta pobre em proteínas, indicada
para pacientes que com ingestão controlada de
proteínas, como os portadores de insuficiência renal,
cirrose hepática.

 Dieta Hipoglicidica: Dieta pobre em glicídios


(carbohidratos ou açúcares), que tem como principal
objectivo diminuir a quantidade destes, sem contudo
diminuir necessariamente as calorias, um exemplo é a
dieta para o diabético, que é pobre em glicídicos simples,
em destaque a sacarose, o tradicional açúcar de mesa.

92 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Tipos de dietas
 Dieta Hipolipídica: Dieta pobre em gorduras,
principalmente saturadas, indicada para pacientes com
hipercolesterolemia e obesos.

 Dieta Hiperlipídica: Dieta com uma boa quantidade de


gorduras, principalmente de Triglicerídeos de Cadeia
média (TCMs), geralmente indicada para tratamento de
desnutrição grave. Nem sempre pode ser associada a
hipercalórica, pois, pode ser ajustada de acordo com as
necessidades do paciente, enfocando apenas a maior
oferta de gorduras de boa qualidade.

93 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Tipos de dietas
 Dieta Normal: Comumente associada a dieta terapêutica
livre, trata-se de uma refeição normal, indicada para
pacientes sem indicações dietoterápicas especificas.

 Dieta Branda: Nesta dieta encontramos alimentos mais


cozidos, fibras abrandadas por cozedura ou subdivisão;
de consistência mais mole, normal em calorias e
nutrientes; moderada em resíduos; fácil de se mastigar,
deglutir e também digerir. Indicada para pacientes com
enfermidades leves e usada como transição para dieta
livre.

94 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Tipos de dietas
 Dieta Pastosa: Indicada geralmente para pacientes com
disfagia, dificuldades de mastigação (ausência de dentes
ou problemas motores), alterações gastrintestinais ou
outras manifestações clinicas como pós-cirurgia. É
composta por alimentos bem macios, bem cozidos, em
forma de puré e papas.

95 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Tipos de dietas
 Dieta Líquida: Tem o objectivo de serem facilmente
deglutidas e digeridas e indicada também para problemas
na mastigação, usada normalmente no pré e pós-
operatório, à temperatura corporal, com o mesmo
objectivo da anterior, trata-se de uma dieta que deve ser
complementada nutricionalmente para atingir satisfação,
pois, é pobre por exemplo em fibras, pode ser usada para
atender pacientes com diabetes, doença renal ou outros
distúrbios.

96 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Tipos de dietas
 Dieta Líquida Restrita: À base de chá, água, caldo
coado de legumes, é comumente ministrada nas
primeiras horas do pós-operatório, nas infecções agudas
e para início de hidratação.

As dietas terapêuticas podem ser usadas de forma isolada


ou mista, dependendo do objectivo da terapia. Exemplo:
Paciente diabético, hipertenso, com disfagia:

97 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Tipos de dietas
Dieta hipoglicidica simples, hiposódica e pastosa.
A nutrição pode ser feita por via oral, ou seja, pela maneira
natural do processo de alimentação, ou por um modo
especial. No modo especial temos a nutrição entérica e a
nutrição parentérica.
Nutrição entérica: Ocorre quando o alimento é colocado
directamente em uma área do tubo digestivo geralmente o
estômago ou o jejuno através de sondas que podem entrar
pela narina ou boca ou por um orifício feito por cirurgia
directamente no abdómen do paciente.
Nutrição parenteral: É a que é feita quando o paciente é
alimentado com preparados para administração
directamente na veia, não passando pelo tubo digestivo.

98 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Tipos de dietas
 A boa nutrição depende de uma dieta regular e
equilibrada - ou seja, é preciso fornecer às células do
corpo não só a quantidade como também a variedade
adequada de substâncias importantes para seu bom
funcionamento.
 Os guias alimentares mais conhecidos são as pirâmides
alimentares.

99 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Pirâmide alimentar

100 Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Alimentação na gravidez
 A gestação é um período no qual a mulher passa por
intensa transformações emocionais, psicológicas e
fisiológicas e, por isso necessita de uma atenção especial
tanto dos familiares como dos profissionais de saúde.
Toda a gestante deve receber assistência pré-natal
adequada e de qualidade de preferência desde o
princípio da gravidez, pois essa estratégia permite uma
identificação precoce de intercorrências ou factores de
risco e o devido acompanhamento.

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Alimentação na gravidez
 Deve comer uma variedade de alimentos de modo a
conseguir obter todos os nutrientes que precisa:
 As doses recomendadas incluem 6-11 porções de pão
e cereias;
 2-4 porções de frutas;
 4 ou mais porções de legumes;
 4 porções de lacticínios;
 3 porções de fontes proteicas (carne, aves, peixe,
ovos);
 Consuma doces e gorduras de forma moderada;
 Escolha alimentos enriquecidos em fibras, como pão,
cereais, massas, arroz, fruta e legumes.
Alimentação na gravidez
 Assegure-se que obtém vitaminas e minerais
suficientes na sua dieta diária. Os suplementos
vitamínicos pré-natais são uma excelente ajuda e deve
tomá-los através de receita médica;
 Coma e beba pelo menos 4 porções de produtos
lácteos e enriquecidos em cálcio por dia, como forma
de conseguir 1000-1300 mg de cálcio durante a
gravidez;
 Coma cerca de 3 porções de alimentos ricos em ferro,
de forma a obter 27 mg de ferro diariamente.
Alimentação na gravidez
 Escolha, pelo menos, uma boa fonte de vitamina C por
dia, como laranjas, toranjas, morangos, papaia, bróculos,
couve-flor, tomates ou pimentos. As mulheres grávidas
necessitam de pelo menos 70 mg de vitamina C por dia
para uma alimentação saudável.
 Escolha uma boa fonte de ácido fólico por dia, como
legumes de cor verde, bovinos e leguminosas (feijão,
ervilhas, etc). Todas as mulheres grávidas precisam de
0.4 mg de ácido fólico por dia para ajudar a prevenir
defeitos e malformações como a espinha bífida.
Alimentação na gravidez
 Escolha pelo menos uma boa fonte de Vitamina A em
dias alternados. As fontes de vitamina A são cenouras,
abóboras, batata doce, espinafres, beterraba e melão;
 Consumir 2l de água por dia;
 Evitar o consumo excessivo de alimentos de alimentos
salgados, gordurosos e com muito açúcar;
 Atenção: uma ingestão excessiva de vitamina A (>10,000
IU/dia) pode estar associada a malformações do feto.
Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Alimentação na Infância
 Somente o leite materno, nos primeiros seis meses de
vida, é suficiente para garantir uma alimentação
completa. A partir dessa idade é preciso diversificar os
alimentos, fornecendo todos os nutrientes que serão
utilizados no metabolismo alimentar, já que não existe
um alimento que contenha todos os nutrientes
necessários ao funcionamento do organismo.

 Além da manutenção das funções vitais, o organismo da


criança precisa de nutrientes para o crescimento,
desenvolvimento do sistema nervoso e da estrutura
óssea.

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
 Mas é importante saber que tanto a falta quanto
o excesso de alimentos podem causar doenças
nutricionais como desnutrição, anemia,
raquitismo, hipovitaminoses e obesidade (essa
última provocada pelo excesso).

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Alimentação da Criança no
Primeiro Ano de Idade

 O leite materno é produzido


especificamente para
atender as necessidades
nutricionais e afectivas da
criança, e, sempre que
possível, deverá ser o único
alimento oferecido nos
primeiros seis meses de
vida. Não precisa dar sucos,
chás ou água.
Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
 O leite materno funciona como uma vacina, protegendo a
criança de infecções, diarreia e doenças respiratórias.
Não custa nada e é muito prático.

 A amamentação também protege a saúde da mãe:


diminui o sangramento do parto; favorece a contracção
do útero; ajuda na recuperação do peso normal; reduz o
risco de anemias, de infecções e do câncer de mama.

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Definição segundo o interagency group for action
on breastfeeding:

 Amamentação exclusiva, quando a criança se


alimenta exclusivamente de leite materno;

 Amamentação quase exclusiva, quando a criança,


além do leite materno, se alimenta de complexos
vitamínicos, chás, sumos e/ou água;

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
 Amamentação parcial com predominância de leite
materno, em que cerca de 80% da alimentação da
criança é leite materno, 20% suplementos ou derivados
do leite, sopas, sumos ou papas;

 Amamentação parcial com uma ingestão média de


leite materno, onde 20 a 80% da dieta da criança é leite
materno;

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
 Amamentação parcial com baixa ingestão de leite
materno, dieta composta predominantemente por outros
alimentos, e em que o leite materno representa 20% da
fatia alimentar;

 Amamentação “residual”, quando o seio é usado para


consolo da criança e não como fonte de nutrição, onde a
criança mama cerca de 15 minutos por dia, divididos por
2 a 3 mamadas;

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Vantagens do aleitamento materno

De acordo com os estudos epidemiológicos temos:


 Redução da mortalidade infantil

 Redução da morbilidade por diarreia

 Redução da morbilidade por infecção respiratória

 Redução de hospitalizações

 Redução das doenças alérgicas

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
 Redução de doenças crónicas

 Melhor nutrição

 Melhor desenvolvimento

 Protecção contra o cancro da mama

 Mais económico

 Promove um maior vínculo afectivo entre mãe e filho

 Protege contra novas gravidezes

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Vantagens para o bebé
 Alimento completo.

 Protecção contra infecções e alergias.

 Sempre pronto e na temperatura certa.

 Amor e carinho.

 Bom para a dentição e a fala.

 Bom para o desenvolvimento infantil.

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
 Menos incidência de morte súbita (síndrome de
morte súbita de bebés)

 Menor risco de diabetes, cancro e infecções dos


ouvidos na infância;

 Melhor resposta a vacinações e capacidade de


combater doenças mais rapidamente;

 Menos problemas dentais


 Associação com um coeficiente de inteligência mais
elevado.
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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Vantagens para a mãe, o pai e a família
 Aumenta os laços afectivos.

 Dar o peito logo que o bebé nasce, diminui o


sangramento da mãe após o parto.

 Faz o útero voltar mais rápido ao normal.

 É um método natural de planeamento familiar.

 Diminui o risco de câncer de mama e ovários.

 É económico e prático. Não precisa ser comprado

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Vantagens para a mãe, o pai e a família

Aumenta os laços afectivos.


Os olhos nos olhos e o contacto contínuo entre mãe e
filho fortalecem os laços afectivos, e o envolvimento do
pai e familiares favorece o prolongamento da
amamentação.

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Amamentar logo que o bebé nasce diminui o
sangramento da mãe após o parto e faz o útero voltar
mais rápido ao tamanho normal, e a diminuição do
sangramento previne a anemia materna.
Quando o bebé suga adequadamente, a mãe produz dois
tipos de substância:
 Prolactina, que faz os peitos produzirem o leite, e
 Ocitocina, que libera o leite e faz o útero se contrair,
diminuindo o sangramento.
Portanto, o bebé deve ser colocado no peito logo após o
nascimento, ainda na sala de parto.

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
É um método natural de planeamento familiar.
A amamentação constitui um óptimo meio de evitar uma
nova gravidez. Isto se consegue quando 3 condições
ocorrem: a mãe ainda não menstruou após o parto, o bebé
tem menos de 6 meses e a amamentação é exclusiva
durante o dia e também durante a noite.

Até o sexto mês, dar sómente o peito. O bebé deve


mamar sempre que quiser, inclusive durante a
madrugada. Isto diminui a chance de nova gravidez se a
mãe ainda não menstruou. Desta maneira, o seu corpo
continua produzindo quantidade suficiente de hormónios
que ajudam a evitar nova gravidez.

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Diminui o risco de câncer de mama e ovários.
Estudos em populações demonstraram que quanto mais a
mulher amamenta, menor o risco de câncer de mama e
ovários, quanto maior for o tempo de amamentação.

É económico e prático.
Evita gastos com leite, mamadeiras, bicos, materiais de
limpeza, gás, água, etc. Está sempre pronto, na
temperatura ideal. Não exige preparação.

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Implementando normas e rotinas de aleitamento materno;
Incentivando formação de grupos de gestantes e mães;
Estimulando a participação das famílias no apoio à
amamentação e durante a assistência ao pré-natal, parto
e pós-parto;
Realizando acompanhamento das crianças e mães após a
alta da maternidade;
Estimulando as visitas domiciliares por pessoal treinado;
Avaliando o jeito de amamentar em todos os contactos
com mães e bebés;
Monitorando o crescimento e desenvolvimento da criança.

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
Como os serviços de saúde podem apoiar a
amamentação
 Implementando normas e rotinas de aleitamento
materno;
 Incentivando formação de grupos de gestantes e
mães;
 Estimulando a participação das famílias no apoio à
amamentação e durante a assistência ao pré-natal,
parto e pós-parto;

Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
 Realizando acompanhamento das crianças e mães
após a alta da maternidade;
 Estimulando as visitas domiciliares por pessoal
treinado;
 Avaliando o jeito de amamentar em todos os contactos
com mães e bebés;
 Monitorando o crescimento e desenvolvimento da
criança.

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Alimentação e nutrição infantil dos 0 a 5
anos
As opções inaceitáveis para alimentação substituta
incluem:

 leite condensado açucarado


 leite desnatado ou leite em pó desnatado reconstituído
 natas para café
 leite de soja
 sumos de fruta
 Chás
 papas diluídas

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