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Material de Apoio DC 1 2024

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CENTRO DE FORMAÇÃO TÉCNICO PROFISSIONAL – CFTP

Formador: Emerson Mohaua


Lic. em Desenvolvimento Local e Relações Internacionais pela UniLúrio
Coordenador do CFTP
emersonmohauamoz@gmail.com
842142097 ou 861142097

Tema 1: INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO


1.1 Contexto histórico de surgimento das teorias sobre o desenvolvimento

Os estudos sobre o desenvolvimento começaram no período pós segunda Guerra


Mundial, nos anos de 1945. Os impactos sociais, económicos e demográficos gerados
por este fenômeno fizeram as nações pensarem em estratégias flexíveis de como
alcançar a mudança social. Daí que de forma sistemática começaram a surgir teorias
sobre o desenvolvimento na Europa assim como na América Latina.
Apesar de os estudos sobre o desenvolvimento sistematicamente começarem em 1945,
antes desta época já existiam alguns estudos que enfatizam a mudança social. Podemos
mencionar algumas: A teoria de August Cont (O positivismo científico), esta teoria
enfatizava a ideia de que para o alcance o desenvolvimento, as sociedades deveriam
passar uma série de fases, tais como: Teológica (explicação dos factos sociais mediante
a causas divinas); Metafísica (Causas naturais), Científica (Experiência científica), é
nesta última fase onde as nações seriam altamente industrializadas.
Posteriormente, podemos encontrar a teoria de Herbert Spencer, este pensador
comparou o desenvolvimento de um organismo vivo vs a sociedade, onde referiu que os
dois evoluíam da mesma forma. Por último temos a teoria de Karl Marx (Luta de
classes) sob o ponto de vista de Marx a luta de classes constitui a força motriz para a
mudança da sociedade.
Modernamente, podemos encontrar algumas teorias como a de Robert Malthus
(Controlo de Natalidade), com base neste teoria o pensador referiu que para o alcance
do desenvolvimento é preciso primeiro as nações controlarem a taxa de natalidade, quer
dizer as taxas não podem ser altas e os recursos serem escassos. A outra teoria é
apresentada por David Ricardo (Equilíbrio de Produção), sob analise deste pensador,
o desenvolvimento é alçando com base no equilíbrio de produção, no qual 75% da
produção deve ser interna e 25% deve ser resultado de importações.
Uma outra teoria que merece a nossa grandiosa atenção é de Adams Smith
(FACTORES DE PRODUCÃO), sob o ponto de vista da mesma é necessário explorar
a terra, o capital e a mão-de-obra de modo a alcançar o desenvolvimento.
Também encontramos a teoria de Jonh Maynard Keynes (O Liberalismo económico),
para este pensador os Estados precisam tornar as suas economias livres de qualquer
política proteccionista, deixando os mercados auto-regularem-se, claro com um macro
envolvimento dos mesmos.

A seguir temos o Joseph Schumpeter (inovação), para este pensador o


desenvolvimento é resultado de inovação, que consiste na introdução de novas formas
de produção, claro adequadas ao contexto social e económico da tal região.
NOTA: Existem várias teorias, este é um micro resumo.

Afinal, depois deste resumo, o que seria desenvolvimento?

O desenvolvimento é um conjunto de mudanças qualitativas e quantitativas notáveis em


um espaço geográfico, que se traduzem na melhoria das condições de vida da população
e transformações profundas no sistema económico da mesma.
O desenvolvimento deve ser encarado como um processo complexo de mudanças e
transformações de ordem económica, política e, principalmente, humana e social.”
Tipos de desenvolvimento
Podemos encontrar vários tipos de Desenvolvimento:
 Desenvolvimento endógeno: aquele que é originado pelo uso de recursos ou
capitais locais, portanto, não inclui ajuda externa;
 Exógeno: uso de recursos externos, inclui ajuda externa;
 Sustentável: aquele que usa de forma racional os recursos para satisfazer as
necessidades da geração corriqueira sem comprometer as outras gerações de
satisfazerem as suas; Este modelo de desenvolvimento apresente três dimensões:
social, económica e ambiental.
 Desenvolvimento Comunitário: por meio da participação profunda dos
membros da comunidade;
 Holístico: considera que há uma profunda relação entre as mudanças sociais,
económicas, culturais e politicas;
2. Indicadores do Desenvolvimento
O desenvolvimento de uma comunidade ou sociedade é medido com base nos
indicadores. Afinal, o que seriam indicadores? Os indicadores são elementos
observáveis que caracterizam a situação sociológica de uma população. Os indicadores
são divididos em vários grupos, como:
 Sociais: saúde, educação, saneamento, electricidade, etc;
 Económicos: PIB, Exportações, altas taxas de Emprego, Renda dos Cidadãos,
etc;
 Culturais: Valorização da cultura local (língua, pratos típicos, danças,), música,
etc.
Políticos: (a corrupção, liberdade de expressão, democracia, etc).

Tema: A Comunidade e os problemas Comunitários


1. Definição de Comunidade

A palavra comunidade tem origem no termo latim communĭtas. O conceito refere-se à


qualidade daquilo que é comum, pelo que permite definir distintos tipos de conjuntos:
das pessoas que fazem parte de uma população, de uma região ou nação; das nações que
se encontram unidas por acordos políticos e económicos (como a Comunidade Europeia
ou o Mercosul/Mercado Comum do Sul); ou de pessoas vinculadas por interesses
comuns (como é o caso da comunidade católica).
Pode-se dizer que uma comunidade é um grupo de seres humanos que partilham
elementos em comum, como o idioma, os costumes, a localização geográfica, a visão do
mundo ou os valores, por exemplo. No seio de uma comunidade, é hábito criar-se uma
identidade comum mediante a diferenciação de outro+a) s grupos ou comunidades.

Sendo assim, há distintas categorias de comunidades. Por exemplo:


 Comunidade escolar: formada por professores, alunos, pais e demais pessoas
que atuam numa escola;

 Comunidade cristã: formada por cristãos de uma mesma religião ou


denominação, onde as diversidades humanas unem-se e dão lugar a
universidade da religião;
 Comunidade familiar: que é uma comunidade composta por famílias;

E, com o advento da internet, temos ainda muitas outras comunidades formadas por
pessoas que possuem um interesse em comum, tais como: comunidade gamer,
comunidade de pessoas que curtem um mesmo estilo musical (rock, funky, jazz, etc),
entre outras.
E temos ainda as comunidades de práticas, que tem o objectivo de unir pessoas que
desejem compartilhar conhecimento, aprendendo por meio da interacção com outras
indivíduos que tenham interesse no mesmo assunto. Ou seja, é um tipo de comunidade
colaborativa para aprendizagem.
Do ponto de vista da sociologia, certos lugares como as cadeias ou os quartéis também são
comunidades que podem ser descritas e analisadas. Por outro lado, no mundo laboral, uma
empresa também é uma comunidade, uma vez que os seus integrantes partilham de objectivos
comuns e de uma filosofia corporativa.
Uma comunidade vai além dos seus membros. Na realidade, existem comunidades que
já existiam muito antes deles mesmos existirem. E ela continuará existindo mesmo após
a partida de cada um deles, como é o exemplo da comunidade cristã.
Logo, a comunidade pode ser vista como um composto de expectativas, interacções e
comportamento com propósito que os humanos realizam entre si. Tudo isso tendo como
base o que esses membros defendem e acreditam e o que compartilham.

Definição de Problema
O problema é toda situação negativa que apoquenta a vida das pessoas numa dada
região geográfica.
Entretanto, para que uma situação seja considerada um problema comunitário deve ter
as seguintes premissas:
 Transformações negativas: a situação dele trazer impactos negativos dentro da
comunidade;
 Sentimento do problema: o problema deve ser sentido pelos membros da
comunidade e não pelos técnicos de desenvolvimento;
 Institucionalização do Problema: os órgãos de comunicação social devem
abordar sobre a sua negatividade;

Então, o que seria problema comunitário?


Neste contexto, o que seria problema comunitário? O problema comunitário é toda
situação negativa que preocupa os membros da comunidade e que os mesmos têm o
sonho de maneira conjunta resolver por meio da participação profunda dos seus
membros assim como das organizações públicas e privadas.

Metodologia para a identificação dos Problemas Comunitários


Geralmante, para identificação dos problemas comunitários, os técnicos usam a
metodologia chamada “DRP” (Diagnóstico Rápido Participativo).
O Diagnostico Rápido e Participativo (DRP), que pode ser utilizado no meio rural assim
como no urbano, é uma ferramenta de pesquisa usada para colecta de dados e
informações sobre grupos com vista a reforçar a compreensão, analisar e examinar as
manifestações, causas e efeitos dos factos sociais para desenhar uma estratégia de
intervenção.
Quando os técnicos fazem o DRP e de seguida descobrem a existem de um problema
devem imediatamente construir um ciclo lógico do mesmo chamado: Árvore de
Problema e Árvore de Objectivos.

Na árvore do Problema constam os seguintes elementos: Problema Central,


Raízes/causas do PROBLEMA e Efeitos do mesmo. Por sua vez, na árvore de
objectivos encontramos: o objectivo central, os meios para a resolução do problema e os
fins que se pretende com a resolução do problema.
Técnicas e instrumentos a usar no DRP:
 Instrumento 1: Discussões com grupos focais
 Instrumento 2: Linha de Tendência
 Instrumento 3: Diagrama de Venn
 Instrumento 4: Ultrapassar o problema
Abordemos o primeiro instrumento que é o de Discussões com grupos focais
As discussões com grupos focais para o levantamento das dificuldades são debates meio
estruturados que usando a Árvore de Problemas ajudam a identificar as causas
fundamentais (raízes) e seus efeitos. Organizando a comunidade num encontro com
apoio das estruturas locais, forme pequenos grupos de trabalhos para discussões e
respostas a algumas perguntas ligadas ao quotidiano.
Neste âmbito, aconselha-se que nos grupos de discussão participem não mais de vinte
pessoas. O objectivo do encontro é de chegar a um consenso sobre as necessidades
prioritárias.
Em seguida uns exemplos de perguntas que podem ser utilizadas durante o
levantamento das necessidades:
1. Quais são os maiores problemas que você enfrenta na sua família
2. Quais são os maiores problemas que você enfrenta para encontrar o seu sustento
3. Que coisas simples poderiam ser feitas para melhorar a situação
4. Que coisas simples você esta disponível a fazer para melhorar a situação
5. Se você pudesse mudar apenas duas coisas nesta comunidade, quais seriam? Porque?
Com este exercício, pode-se chegar a uma longa lista de necessidades na comunidade.
Com o mesmo instrumento e usando a ferramenta de Priorização, pode se chegar a uma
lista mais reduzida dos problemas que a comunidade considera de prioridade.
Definição das prioridades
As respostas às perguntam 3 e 5 mencionadas no capítulo anterior servem para fazer
uma primeira graduação das necessidades.
É necessário encontrar o consenso de todas as pessoas envolvidas no projecto
(beneficiários, proponentes e outros actores) sobre o problema que pretende-se encarar e
solucionar.
O consenso pode ser encontrado através um debate público onde serão apresentados, de
forma agrupada, todos os problemas levantados na fase de individualização das
necessidades. No caso não chegar ao consenso de todos os actores, poderão ser
utilizados instrumentos de votação. Em seguida damos um exemplo de votação:
De forma separada escreva (o desenhe) os problemas. Entregue a cada pessoa seis grãos
de semente (ou pedras). Cada pessoa deverá por os grãos no desenho do problema,
conforme as suas prioridades. Três para o problema mais prioritário, dois para o
segundo, um param o terceiro. Depois da contagem será anunciado o resultado. Os
problemas serão graduados conforme os resultados da contagem. Antes de utilizar este
método (ou outros) é bom que todos sejam de acordo sobre o método que vai ser
utilizado para identificar os problemas prioritários.

TPC
Pesquise entorno dos seguintes instrumentos do DRP
Instrumento 2: Linha de Tendência
Instrumento 3: Diagrama de Venn
Instrumento 4: Ultrapassar o probl
Bons estudos

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