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Dança Contemporânea

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4

2 A DANÇA .................................................................................................... 5

2.1 Tipos de danças ................................................................................... 6

3 HISTÓRIA DA DANÇA................................................................................ 8

3.1 Benefícios da Dança para o Corpo .................................................... 10

4 DANÇA CONTEMPORÂNEA ................................................................... 11

5 DANÇA CONTEMPORÂNEA NO BRASIL ............................................... 13

6 HISTÓRIA DA DANÇA CONTEMPORÂNEA............................................ 14

7 SURGIMENTO DA DANÇA MODERNA ................................................... 16

7.1 Delsarte .............................................................................................. 17

7.2 Laban ................................................................................................. 18

7.3 Ducan ................................................................................................. 19

7.4 Graham .............................................................................................. 20

8 PERCEPÇÃO CORPORAL ...................................................................... 21

8.1 Movimentos do corpo na dança ......................................................... 22

8.2 Cinesfera ............................................................................................ 24

9 TÉCNICA Da DANÇA CONTEMPORÂNEA ............................................. 25

10 ANATOMIA PARA O MOVIMENTO ...................................................... 26

11 ELEMENTOS DO MOVIMENTO NA DANÇA ........................................ 27

12 DANÇA CONTEMPORÂNEA: IMPROVISAÇÃO................................... 30

13 EXPRESSÃO CORPORAL ................................................................... 32

13.1 Objetivos da expressão e da criatividade ........................................ 32

14 COMPOSIÇÃO DO ESPETÁCULO....................................................... 33

15 SOCIEDADE E CONTEMPORANEIDADE ............................................ 36


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16 CONCLUSÃO ........................................................................................ 37

18 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 42

3
1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 A DANÇA

Fonte:www.todamateria.com.br

Dança é a arte de movimentar expressivamente o corpo, seguindo movimentos


ritmados.
O significado da dança vai além da expressão artística, podendo ser vista como
um meio para adquirir conhecimentos, como opção de lazer, fonte de prazer,
desenvolvimento da criatividade e importante forma de comunicação. Através da
dança, o ser humano se expressa demonstrando seu estado de espírito.
A dança teve forte influência nas sociedades ao longo dos tempos. Como via
de socialização e disseminação de cultura, proporcionou o conhecimento sobre a
diversidade cultural dos diferentes povos em todo mundo, especialmente através das
danças folclóricas.
O povo primitivo iniciou a arte de dançar e a praticava em diferentes ocasiões:
no período de colheitas, nos rituais aos deuses, na época das caçadas, nos
casamentos, em momentos de alegria ou tristeza, ou ainda, em homenagem à mãe
natureza. É considerada a mais completa das artes, pois envolve elementos artísticos
como a música, o teatro, a pintura e a escultura, sendo capaz de exprimir tanto as
mais simples quanto as mais fortes emoções.

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2.1 Tipos de danças

Dança do ventre: Era praticada originalmente por mulheres do Norte de África


e da Ásia Ocidental e meridional. Este tipo de dança tem como característica principal
o movimento rítmico dos quadris e dos músculos do ventre.
Danças folclóricas: Danças específicas de um determinado país e cultura.
Existe um número tão grande de danças folclóricas, como por exemplo Bumba meu
boi, no Norte e Nordeste brasileiro.

A dança em sua essência, como manifestação primitiva, era um mergulho no


mundo mágico, onde os movimentos espontâneos surgiram da imaginação,
liberação em forma de súplica e agradecimentos aos deuses [...] mítica, lúdica
e religiosa (NANNI,1995, apud CARVALHO, 2014).

Forró: A palavra forró deriva da palavra 'forrobodó'. Sofreu grande influência


dos africanos e europeus.
Samba de Gafieira: Herança do maxixe que começou a ser praticada a partir
do século XX.
Maxixe: Dança de salão que surgiu com os negros no Brasil durante o século
XIX. Foi uma das primeiras danças realizadas nas cidades do país. Inicialmente, foi
criticada pela igreja, pela polícia e pelas famílias devido à forma sensual com que era
executada pelas pessoas. É conhecido como o tango brasileiro.

Fonte: www.reloading. com.br

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Merengue: Dança que surgiu na República Dominicana e também criou raízes
em países como Porto Rico, Haiti, Venezuela e Colômbia.
Salsa: Dança que surgiu em Cuba, ganhou notoriedade por meio das obras
dos porto-riquenhos Irmãos Lebron.
Bolero: Esse tipo de dança surgiu na Europa e chegou a Cuba ainda no século
XIX.
Tango argentino: No início do século XX, a dança chegou a Europa.
Atualmente, a dança é dividida em três formas: o estilo argentino, o americano e o
internacional.
Balé: O balé surgiu na corte italiana, na Renascença no século XV. A dança é
marcada por movimentos perfeitos dos membros superiores, leveza, harmonia e
postura. Existem algumas variações do balé, como o balé clássico, o balé neoclássico
e o balé contemporâneo.

Fonte: www. mallgalleries.org.uk

Valsa: A valsa é uma dança tradicional e elegante, muito utilizada em eventos


sociais, como casamentos, formaturas e festas de debutantes. A valsa é uma dança
que surgiu nas regiões da Alemanha e da Áustria no início do século XIX.
Dança Moderna: A chamada dança moderna se consagrou no começou no
século XX. Essa dança é marcada por movimentos do cotidiano, em que o bailarino
pode se expressar de uma maneira mais livre, com ritmo, dinamismo e movimentos
inspirados na natureza.
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Dança de Rua: A dança de rua é um estilo livre, que conta com movimentos e
expressões faciais. Surgiu nos Estados Unidos, em 1929, e também é conhecida
como Street Dance.

3 HISTÓRIA DA DANÇA

Fonte: www.movimentararte.com.br

A dança é uma das formas de expressão de sentimentos mais antigas usadas


pelo Homem. Na história da dança, pode-se verificar que ela é uma das maneiras
encontradas pelo ser humano de expressar sua arte e movimentos e ainda é essencial
para a contribuição na história da arte.
No período Paleolítico é possível encontrar pinturas de pessoas dançando.
Existem também várias pinturas rupestres da Pré-história nas quais aparecem
manifestações de danças em roda e em filas. Ainda na Pré História, a dança e a
música eram usadas para representar situações e muitas delas ficaram registradas
nas paredes de cavernas rupestres.
Nos tempos da Antiguidade, a Bíblia faz referência a várias danças sagradas
ou profanas, como o rei Davi (2 Samuel 6:14) e profetas de Baal (I Reis 18:26). No
Egito existiam danças fúnebres, danças das colheitas e as danças de culto (em
adoração a Osíris, por exemplo).

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Existem indícios de que o homem dança desde os tempos mais remotos.
Todos os povos, em todas as épocas e lugares dançaram. Dançaram para
expressar revolta ou amor, reverenciar ou afastar deuses, mostrar força ou
arrependimento, rezar, conquistar, distrair, enfim, viver! (TAVARES, 2005,
apud DINIZ, 2010).

O cristianismo tentou combater a dança como um ritual de idolatria. Apesar


disso, a Igreja não proibiu todas as formas de dança, sendo algumas danças
realizadas em procissões.
Na índia, há mais de três mil anos, a dança é praticada tanto em cerimônias
religiosas quanto em espetáculos. Representa as histórias dos deuses, heróis e reis
dos grandes ciclos de lendas, como o Ramayana. Com guizos nos tornozelos, pulsos
e quadris, as bailarinas marcam o ritmo com batidas de pé, enquanto descrevem, com
movimentos muito expressivos, personagens e situações como a donzela, a gazela,
a floresta entre outros personagens.
A dança já era executada durante o antigo Egito, por meio da dança do ventre,
para homenagear deuses e na Ásia ela tinha cunho religioso. Além disso, poderia
significar a cura, a morte ou o nascimento de uma pessoa.
Na Grécia Antiga, a dança ainda podia representar algo muito importante na
educação e no culto de algumas religiões. O teatro nessa época também passou a
contar com cenas onde os atores dançavam durante os atos. Surgiram também as
sátiras e comédias gregas. Quando o território grego foi tomado pelos romanos, suas
danças também passaram a influenciar esse povo.
Na Idade Média, a influência da Igreja Católica proibiu algumas danças que
continham coreografias que infringiam as diretrizes católicas. Durante o século XIV,
predominavam as danças religiosas feitas pelos artesãos. Nas festas em família, essa
expressão artística era muito usada pelas pessoas.
Durante o Renascimento muitas danças populares ficaram mais estilizadas e
surgiram escolas de dança artística a partir do século XV.
O Rei Luís XIV incentivou o balé na França e deu apoio para manifestações
culturais. No início dos anos 1900, a dança contemporânea começou a ser inserida
nos salões e escolas de dança. Atualmente, não existe apenas um estilo crescendo
sozinho, ele acaba sofrendo influência ritmos como o rock e o jazz. Além disso, existe

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a influência das danças típicas no cotidiano de milhões de pessoas no mundo que
expressam sua cultura por meio da dança.
Na Europa, as danças sagradas, foram proibidas pela igreja católica, sendo
permitidas apenas as danças da própria congregação. No repertório folclórico, no
entanto, sobreviveram algumas danças tradicionais ligadas a rituais pagãos. O
costume de se dançar ao redor da árvore de maio, por exemplo, evocava ritos de
fertilidade; as danças em volta do fogo procediam de tradições anteriores ao
cristianismo e com significados de purificação e iniciação.

3.1 Benefícios da Dança para o Corpo

Flexibilidade: Para praticar a dança, é importante muita flexibilidade. Por esse


motivo, a pessoa deve realizar uma boa série de alongamentos antes de começar a
praticar. Durante a própria dança, é exigido do dançarino que ele busque trabalhar o
extremo de cada músculo de seu corpo e como isso pode causar dores musculares,
o importante é estar preparado.
Força: Quando a pessoa dança, ela está forçando seu corpo para que ele
resista ao peso corporal. Os saltos de alguns tipos de dança exigem o uso de muita
força.
Resistência: Para quem pretende praticar a dança é importante acostumar o
seu músculo com a série de exercícios feitas durante a coreografia. Com o corpo cada
vez mais adaptado a prática de dança, você sentirá menos dores e desconforto
muscular.
Bem-Estar: Com a dança, as pessoas podem criar um convívio com as
pessoas e estabelecer contatos. A sensação de bem-estar é adquirida com as
conversas e a convivência com outras pessoas que compartilham a pratica. Dançar
acima de tudo te ajuda a manter uma vida saudável e feliz.

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4 DANÇA CONTEMPORÂNEA

Fonte:www.sescsp.org

Dança contemporânea é um tipo de dança que não se limita a um conjunto de


técnicas específicas, abrangendo assim uma variedade de gêneros, ritmos, formas e
performances. Por esta razão, é considerada uma dança abstrata e em constante
transformação.
Esta modalidade de dança se desenvolveu em meados do século XX (1950),
tornando-se popular na década de 1980. A sua crescente popularidade se justifica,
em parte, pelo fato deste gênero de dança não se prender aos padrões estéticos
clássicos, como o ballet.

Bourcier (1987), afirma que Nijinsky4 (1890-1950), em 1912 é censurado por


dançar de forma obscena em “O deus azul”. Sua obscenidade estava nos
movimentos realizados no chão considerados sensuais e sexuais. Ir para o
chão dançar, nessa época era praticamente uma heresia para com a dança,
afinal o chão não era um signo da linguagem dança até então dominada pelo
romantismo da época. (BOURCIER, 1987, apud SOUZA, 2013).

A dança contemporânea se caracteriza por propor intensas inovações e


experimentações coreográficas, que muitas vezes misturam ritmos como o ballet, o
jazz e o hip hop.

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Como dito, não existem técnicas pré-definidas, sendo o processo criativo do
conceito ou ideia a ser transmitida pela coreografia o ponto central da dança
contemporânea.
A sua não limitação possibilita ao bailarino autonomia para construir suas
próprias coreografias a partir de métodos como a improvisação, o contato com o chão
ou com outro personagem cênico e a utilização de figurinos interativos.
A criação dentro da dança contemporânea é um processo que alia os métodos
da composição coreográfica, desde as situações rotineiras até temas polêmicos
podem servir de base para a concepção do conceito de uma coreografia.
Traz também à tona a inserção de outros elementos artísticos para a dança,
como o vídeo, a fotografia, as artes visuais, e a cultura digital como um todo. Esses
aspectos permitem uma transformação de movimentos reais em virtuais e vice-versa,
modificando a percepção do que se entende como movimento.
Outra parte importante para o processo criativo na dança contemporânea é o
corpo humano. Sua fisiologia e anatomia ganham uma importância para a coreografia,
pois possibilita que o bailarino tenha uma melhor conscientização dos seus
movimentos.
A dança contemporânea rompeu com padrões ao fugir da formatação
tradicional dos gêneros clássicos. Desta forma, consolidou-se como uma
manifestação artística única e revolucionária, tendo como principais características:
Não existem técnicas predefinidas; Não existem limitações de movimentos, vestuário
ou músicas(dança sem uso de sapatilhas ou sapatos adequados); Valorização da
constante experimentação e inovação; Importância da transmissão do conceito, ideia
e sentimento que a coreografia propõe; Valorização da criação coreográfica individual;
Valorização das improvisações; Mistura de outros elementos artísticos à dança (vídeo,
fotografia, artes visuais e digitais, entre outros).

A dança contemporânea apresenta, à primeira vista, o corpo sob dois


aspectos importantes. De um lado, o corpo que dança engaja-se numa
experiência corporal “extra habitual”, não comum ao corpo. (...) de outro lado,
é trabalhando nele mesmo que o corpo devém dança. (...) pensar o corpo não
mais através “do que ele permite”, mas “do que ele pode”. (GADELHA, 2010,
apud JOSÉ, 2011).

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É resultado da influência de outras linguagens e utilização de técnicas, criando
uma nova abordagem da dança, que vai além da habilidade corporal e da produção
de coreografias.
Usa métodos como Laban, Contato-Improvisação, além de técnicas somáticas
e de conscientização do corpo e movimento como Eutonia, Feldenkrais, Movimento
Autêntico, Klauss Vianna (no Brasil), entre outras, se relacionando fortemente com o
teatro e seus elementos.

5 DANÇA CONTEMPORÂNEA NO BRASIL

Fonte: www.wikidanca.com.br

A dança contemporânea teve o seu início no Brasil em meados da década de


40, por meio do casal Klauss e Angel Vianna. Klauss foi pioneiro na pesquisa e
desenvolvimento da técnica somática, criada com o objetivo de proporcionar a
consciência corporal dos seus praticantes, trabalhando corpo e mente, além da
manutenção de sua saúde. Utilizava de técnicas que ampliaram o treinamento técnico
em dança. Foi também o primeiro bailarino a utilizar o termo expressão corporal no
Brasil.

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Maria Duschenes, grande nome da dança contemporânea no país, veio para o
Brasil em 1940 e trouxe consigo os princípios da dança moderna de Laban, focando
o seu trabalho na dança educativa e na dança coral.
Renné Gumiel, considerado um dos nomes mais antigos e conhecidos no
cenário da dança brasileira, foi uma francesa que chegou ao Brasil pela primeira vez
nos anos 50. Entre suas idas e vindas pelo mundo fez aula com Kurt Joss e Rudolf
Laban, conheceu Charles Chaplin, Pablo Picasso entre outros tantos artistas. Em
1957 foi convidada por um embaixador a criar a dança moderna no Brasil, e desde
então se fixou no país. Em 1961 fundou sua escola e foi a fundadora da Cia de Dança
Contemporânea Brasileira, onde participou de movimentos no Teatro de Dança
Galpão, Teatro Brasileiro de Comédia, no Ballet Stagium e Balé da Cidade de São
Paulo.

Intriga-me sempre quando ouço alguém dizer, tomei aulas de dança


contemporânea. Antes de qualquer coisa entendo a dança contemporânea
como estética, jamais como técnica. É impossível dizer desenvolver uma
técnica de dança de que abrace a multiplicidade da cena contemporânea.
Acredito ser mais coerente falar em técnicas contemporâneas de dança.
(SANCHES, 2005, apud JOSÉ, 2011).

6 HISTÓRIA DA DANÇA CONTEMPORÂNEA

Fonte: www.ociclorama.com

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A dança contemporânea surgiu na década de 1950, como uma forma de
protesto ou rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas
inovações e experimentações, que muitas vezes beiravam a total desconstrução da
arte, finalmente na década de 1980 a dança contemporânea começou a se definir,
desenvolvendo uma linguagem própria, embora algumas vezes fazendo referência ao
ballet, ao jazz e ao hip hop.
Valores éticos e estéticos da dança contemporânea são encontrados desde o
início do século XX, no pensamento de primeiros precursores da dança moderna
como Isadora Duncan.

A multiplicidade de leituras que uma mesma obra pode proporcionar já era


vista em 1913 com Marcel Duchamp, em sua obra “Roda de Bicicleta”, e é a
nova lei que rege a dança contemporânea. (MONTEIRO, 1998, apud SOUZA
2013)

Em termos técnicos, a dança contemporânea tende a combinar diversas


qualidades de movimento, uma vez que não se prende a estéticas pré-estabelecidas.
Entre alguns estudiosos de dança, há quem acredite em Nijinsky como o
grande precursor da dança contemporânea, principalmente pela quebra de
paradigmas que permaneceram intactos por tanto tempo. A questão das posições dos
pés é um exemplo claro, afinal na base técnica da dança contemporânea, embora
ainda não exista uma técnica única e fechada, mas alguns signos em comum, a
posição dos pés mais utilizada é a paralela e não mais os an-dehors (pés para fora,
que deram origem às cinco posições básicas do balé clássico) como na técnica
clássica.
George Balanchine iniciou seus estudos como bailarino aos nove anos, abrindo
sua escola nos Estados Unidos após um grande período de mudanças, formando
após este evento a companhia de dança definitiva, a New York City Center Ballet,
tendo a dança como a essência da emoção.
A dança contemporânea não se define em técnicas ou movimentos específicos,
pois o intérprete/bailarino ganha autonomia para construir suas próprias partituras
coreográficas a partir de métodos e procedimentos de pesquisa, como improvisação,
contato- improvisação, método Laban, técnica de release, Body Mind Centery (BMC),
Alvin Nikolai. Esses métodos trazem instrumentos para que o intérprete crie suas
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composições a partir de temas relacionados a questões políticas, sociais, culturais,
autobiográficas, comportamentais e cotidianas, como também a fisiologia e a
anatomia do corpo.
A dança moderna modificou drasticamente as posições base do ballet clássico,
buscando uma ruptura total com o mesmo. Solos de improvisação são bastante
frequentes.
No Brasil, em 1975 o casal Klauss e Angel Vianna fundou a primeira escola de
dança contemporânea, chamada de Centro de Pesquisa Corporal - Arte e Educação,
inaugurando assim, o primeiro curso de formação de bailarinos contemporâneos no
Rio, atualmente chamada Escola e Faculdade Angel Vianna.

7 SURGIMENTO DA DANÇA MODERNA

Fonte:www.dancaemevolucao.com.br

Émile Jaques-Dalcroze foi professor de música, nascido na cidade de Viena na


Áustria. Dalcroze desenvolveu um sistema de treinamento de sensibilização musical,
denominado eurritmia, no qual tinha a função de transformar o ritmo em movimentos
corporais, uma ginástica rítmica. Tal professor afirmava que toda atividade visual ou
auditiva começa com um simples registro de imagens e sons, e as faculdades
receptoras do olho e do ouvido vão somente desenvolver uma atividade estética

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quando o sentido muscular estiver suficientemente desenvolvido para converter
sensações registradas em movimento, pretendendo usar movimentos corporais para
demonstrar a percepção e compreensão do ritmo, afirmando que o som podia ser
percebido por qualquer parte do corpo. Teve como seus maiores discípulos Rudolf
Von Laban e Mary Wigman.

7.1 Delsarte

Em 1871, Delsarte, um músico fracassado iniciou uma discursão sobre a


relação da alma e do corpo levando a dança a outros patamares, que posteriormente
seria chamado de dança moderna. As idéias de François delsarte foram passadas
oralmente em suas conferências sendo somente sistematizadas após sua morte por
um de seus discípulos Alfred Giraudet, em 1895: Physionomie et gestes. Méthode
pratique d’après le système de François Delsarte (Paris). Nos Estados Unidos as
idéias de Delsarte foram expostas por um ator americano chamado Steele MacKaye,
que havia trabalhado com ele e considerado, pelo próprio Delsarte, o seu herdeiro
espiritual. Três discípulos de François Delsarte encaminharam suas idéias
diretamente à dança moderna: Isadora Duncan, Ted Shawn e Ruth Saint-Denis.
Seu trabalho começa com a catalogação de gestos e estados emocionais em
cena, examina diferentes casos patológicos, observa a manifestação de loucura e a
dissecação de cadáveres. Aos poucos, constata que a uma emoção, a uma imagem
cerebral, corresponde a um movimento ou, ao menos, uma tentativa de movimento.
Surge, então, a chave da dança moderna: A intensidade do sentimento comanda a
intensidade do gesto. Delsarte subdividiu o corpo sistematizando o gesto e a
expressão humana em três categorias: gestos excêntricos, concêntricos e normais,
estabelecendo também três zonas de expressão: cabeça, tronco e membros.
Concluiu também que todo o corpo é mobilizado para a expressão,
principalmente o torso, que todos os dançarinos modernos, de todas as tendências
consideram a fonte e o motor do gesto; A expressão é obtida pela contração e
relaxamento dos músculos: tension e release, que futuramente serão as palavras-
chave do método de Martha Graham; A extensão do corpo está ligada ao sentimento

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de auto-realização, enquanto que o sentimento anulação se traduz por um dobrar do
corpo.
O movimento de Delsarte influenciou a dança moderna americana, de Isadora
Duncan e Laban, dançarinos e criadores que influenciaram diretamente a dança
contemporânea através de uma releitura da linguagem da dança. Para Isadora
Duncan a dança era a expressão da sua vida pessoal. Ela desenvolveu uma
linguagem específica, onde sua dança era caracterizada por se inspirar numa
contemplação da natureza, onde os movimentos naturais como o andar, correr e saltar
eram utilizados durante todo o tempo sem um rigor técnico específico. As sapatilhas
foram deixadas de lado, pois a mesma apresentava descalça com roupas que
lembravam as túnicas gregas. Sua dança ficou conhecida como dança livre ou dança
diferente, obtendo grande influência para o desenvolvimento da dança moderna.
Através da ideia de Duncan, Ruth Saint-Denis marcou definitivamente o
nascimento da dança moderna, sendo denominado como: A dança como expressão
da vida interior. Ruth elaborou uma técnica corporal precisa e metódica, formando
através dela muitos alunos, entre eles Ted Shawn, que posteriormente tornou-se seu
parceiro na criação dessa nova dança. Mais uma vez as sapatilhas foram deixadas de
lado, sendo o contato do pé com o solo um novo paradigma da dança contemporânea
Martha Graham é outro nome bastante considerado na dança moderna
americana que influenciou a dança moderna do mundo. Diferente de outros
intérpretes-criadores, Martha começou a dançar na sua adolescência, o que para
alguns da época era considerado tarde e somente aos dezesseis anos participou de
seu primeiro espetáculo.

7.2 Laban

No início do século XX, Rudolf Von Laban lança as bases de uma nova dança,
elaborando os componentes essenciais do movimento corporal: espaço, tempo, peso
e fluência. Ele propôs um espaço tridimensional diferente daquele plano limitado pela
platéia, servindo de referência para o dançarino, organizando o movimento em volume
com diversas direções, em forma de um icosaedro. Em sua teoria, o espaço é

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concebido a partir do corpo do bailarino e dos limites do seu entorno, desta forma o
dançarino poderia se movimentar livremente no espaço, independente do seu
deslocamento, guiando-se, então, pela kinesfera, que é a demarcação dos limites de
extensões dos membros do corpo humano em relação ao próprio eixo. Seu estudo
possibilitou desvencilhar o movimento corporal da arte dramática, da música e das
demais possibilidades de passos preestabelecidos.
Laban define duas formas de ações corporais básicas, em que todo movimento
as possui, estas formas são: Recolher e Espalhar. O movimento de Recolher parte da
periferia do corpo para o seu centro, denominado movimento centrípeto, e, o
movimento de Espalhar, que parte do tronco para as extremidades é denominado
movimento centrífugo. Laban influenciou artistas como Mary Wigman e Kurt Jooss.

7.3 Ducan

Nascida nos Estados Unidos da América, Isadora Duncan foi a pioneira na


dança moderna. Sua dança na infância foi marcada pela técnica acadêmica até que
aos quatorze anos ela acha natural começar a dar aulas de dança em sua casa. Há,
no entanto, um princípio essencial em sua vida: “A dança é expressão de sua vida
pessoal”. Isadora inspirava-se na contemplação da natureza, podendo sentir e
transformar-se em elementos desta rica natureza. A música clássica é sua fonte de
emoções traduzidas em movimentos corporais. Seus modelos estéticos são os
gregos, figuras de vasos e esculturas. Sempre se apresentava de túnica grega,
descalça e com sua echarpe inseparável. Procurava ter ao fundo de suas
apresentações uma cortina preta para tornar seus gestos mais legíveis. O plexo solar
era sua fonte principal de movimento, assim como Delsarte e Dalcroze. Este princípio
foi utilizado por muitos pioneiros de escolas de dança moderna, tanto nos Estados
Unidos como na Europa.
Antes da sua trágica morte, em 1927, estrangulada por sua própria echarpe,
presa na roda de seu carro em movimento, escreveu suas memórias, My Life, que
narra toda a sua vida intensa. Às idéias de François Delsarte cabe ressaltar a

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Denishawnschool, escola fundada e dirigida por Ruth Saint-Denis e Ted Shawn, em
Los Angeles em 1914.
Com uma grande participação teórica de Ted Shawn, ele reivindica a ruptura
completa com a dança tradicional, recorrendo as danças orientais, assimilando
apenas seu espírito e não a técnica exatamente; no plano mental, considera que são
liturgias que colocam o dançarino em contato com a divindade. Daí uma concentração
fervorosa que é a primeira atitude que exige dos alunos. Tecnicamente, utiliza todo o
corpo, considerando o tronco, e não mais os membros inferiores, como ponto de
partida de qualquer movimento, buscando reforçar a impulsão nervosa situada no
plexo solar, de modo que cada músculo esteja imediatamente disponível para traduzir
o impulso interior. Esta é a idéia essencial de toda a dança moderna.

7.4 Graham

Martha Graham entrou para a Denishawnschool em 1916, quando começou a


carreira solo em 1926, no ano seguinte formou sua escola e em 1929 sua própria
companhia de dança com alunos de sua escola. Antes, em 1923, Martha ruma para
Nova York dedicando-se ao ensino. Entre pesquisas e reflexões ela estabelece os
fundamentos de sua dança. Rejeita a relação de Isadora Duncan com os ritmos da
natureza, afirmando que não quer ser flor, árvore, onda ou nuvem. Ela também passa
a rejeitar as idéias da denishawnschool, dizendo estar farta de deuses indianos e
rituais astecas. Sua busca passa a ser expressar a cultura norte americana à
problemática do século XX, no qual a máquina interfere no ritmo do gesto humano e
a guerra chicoteia as emoções, desencadeando os instintos. Para ela a origem da
dança está no rito, aspirando de todos os tempos à imortalidade.
Graham se interessou pelas teorias freudianas, buscando nas profundezas da
alma, o movimento do espírito para mergulhar no desconhecido do ser. Toda a sua
dança provém do duplo princípio da vitalidade do movimento: tension-release
(contrair-relaxar). Eis alguns fundamentos da escola de Martha Graham: O plexo solar
é considerado fonte de energia para o movimento; O tronco concentra as forças vitais
que se irradiam para os membros; A região pélvica como ponto de apoio e

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representante da sexualidade; A força do gesto acontece em função da força da
emoção.
Martha Graham acrescenta que um praticante de dança moderna precisa
durante as aulas saber respirar, porque a intensidade do movimento, duração e efeito,
se condicionarão de acordo com o ritmo da inspiração-expiração. A aula precisa
começar com exercícios sentados no chão, pois nessa posição o dançarino pode
controlar melhor todos os músculos do tronco em alongamento e contração, tornando
o aquecimento mais eficiente, e em seguida, exercita-se de pé, preferencialmente em
círculo, evitando o espelho por uma maior conscientização muscular, pois esta
consciência deverá independer da visão. Martha Graham influenciou, diretamente,
nos estudos Lester Horton, e Mercê Cunningham.

8 PERCEPÇÃO CORPORAL

Fonte:www.hazansaude.com.br

No início do século XX, iniciaram pesquisas a respeito da imagem corporal por


parte dos neurologistas, que investigavam os distúrbios na percepção corporal dos
pacientes com lesões cerebrais. A cada relato dos pacientes a curiosidade dos
pesquisadores aumentava e o estudo central foi focado em classificar as mais
diferentes formas de distúrbios existentes e estabelecer conexões entre eles e a

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região do córtex afetada. A partir destes estudos o conceito de imagem corporal foi
criado.
Imagem corporal é a representação mental que cada indivíduo faz de seu
próprio corpo. A imagem corporal é construída a partir de dois pilares: a neurológica
e a psicológica. E esta percepção corporal é construída e organizada pela associação
dos sentidos corporais externos (visão, audição, tato) e internos (receptores de
tendões, músculos e articulações), somada às representações mentais referentes ao
corpo fornecidas pela cultura e pela história de cada sujeito.
É um importante componente do complexo mecanismo de identidade pessoal.
O componente subjetivo da imagem corporal se refere à satisfação de uma pessoa
com seu tamanho corporal ou partes específicas de seu corpo.
As teorias socioculturais dos distúrbios da imagem corporal se referem às
influências estabelecidas dos ideais de corpo às expectativas e experiências, além da
etiologia e manutenção dos distúrbios da imagem corporal. Nesse sentido, destaca-
se a influência negativa que exercem os meios de comunicação de massa. Pesquisas
atestam o conflito entre o ideal de beleza prescrito pela sociedade atual e o somatotipo
da maioria da população, além da pressão que representa tal modelo. Assim, o
ambiente sociocultural parece ser uma das condições determinantes para o
desenvolvimento de distorções e distúrbios subjetivos da imagem corporal.

8.1 Movimentos do corpo na dança

Movimentos do corpo são os deslocamentos do mesmo, ou de partes, que são


visíveis externamente, tanto aqueles amplos, como praticar um esporte, quanto
aqueles mínimos, como um ajuste postural ou uma modulação tônica da musculatura.

"'flutuar' é um movimento leve e flexível que espelha um estado de espírito


de semelhante conteúdo", enquanto o "sacudir" e o "fremir" estariam mais
associados à alegria e à surpresa (LABAN, 1978, apud TURTELLI, 2003).

A percepção que temos do nosso corpo é influenciada por diversos fatores,


além dos constantes estímulos visuais que recebemos do ambiente, tais como sexo,
idade e cultura. A crescente preocupação com o corpo, associou-se à

22
comportamentos obsessivos como a prática exagerada de atividade física, uso de
anabolizantes e desencadeamento de distúrbios alimentares. Entre homens, o
distúrbio associado com a distorção da imagem corporal é conhecido como vigorexia
ou dismorfia muscular. A dismorfia muscular é caracterizada por uma percepção
inadequada do tamanho do corpo, ou seja, o homem se percebe menor em tamanho
(exemplo: músculos) do que realmente são. A dismorfia está associada ao uso de
anabolizantes e à prática excessiva de atividade física com cargas, como a
musculação.
A percepção que construímos acerca do nosso corpo é influenciada por
diversos fatores além dos constantes estímulos (predominantemente imagens) que
recebemos do ambiente. Entre os aspectos mais estudados estão as emoções e as
experiências passadas. Por se tratar de um comportamento subjetivo, a capacidade
de perceber a silhueta corporal pode ser feita de maneira equivocada.

A frequente exposição visual aos modelos corporais considerados ideais


pode elevar o nível de insatisfação com o próprio corpo e desencadear
comportamentos inadequados que podem ir desde a restrição na alimentação
até a prática excessiva de atividade física (ALVES, 2008, apud TAVARES,
2015).

As modificações da imagem corporal também ocorrem a partir da percepção


das mais diversas sensações, das necessidades emocionais, das relações com o
meio externo e das relações com as imagens corporais de outras pessoas. Além disso,
incorporam-se à imagem corporal objetos que são tocados pelo corpo e roupas e
adereços utilizados. Neste sentido, a configuração da imagem corporal se dá num
constante fluir entre o meio interno do corpo e o meio externo.

23
AÇÃO BÁSICA ESPAÇO PESO TEMPO
Torcer Flexível Firme Sustentado
Pressionar Direto Firme Sustentado
Chicotear Flexível Firme Súbito
Socar Direto Firme Súbito
Flutuar Flexível Leve Sustentado
Deslizar Direto Leve Sustentado
Sacudir Flexível Leve Súbito
Pontuar Direto Leve Súbito
Fonte: RENGEL, L. Dicionário Laban. 1ª edição digital. Curitiba: Ponto Vital, 2015.

8.2 Cinesfera

A cinesfera é denominada como o espaço pessoal individual, ou seja, espaço


em volta da pessoa que se movimenta, sendo delimitada pelo alcance dos membros
e outras partes do corpo a partir de determinado ponto de apoio fixo. É denominada
também como kinesfera. Cine ou kine, que significa movimento, mover, ou seja, esfera
de movimento.
Cada pessoa tem a sua própria cinesfera, a qual se relaciona somente a ela.
Essa esfera de espaço cerca o corpo, esteja ele em movimento ou em imobilidade,
mantendo- se constante em relação ao corpo.
Sendo a cinesfera o nosso espaço pessoal de movimento, este não pode ser
isolado de todas as outras coisas que estão presentes no mundo. O conceito de
cinesfera coexiste com o espaço, com o ambiente, expande o corpo, o liberta de certas
espacialidades mais fixas.
Podemos citar que cada dança tem a sua cinesfera, tem seu modo de criar
espacialidades. Mas temos que pensar que a cinesfera é uma abertura para o mundo,
para o outro, já que ela nos direciona para tantos pontos, tantos espaços.

24
9 TÉCNICA DA DANÇA CONTEMPORÂNEA

Fonte: www. teachdancart.com.br

A dança contemporânea não possui uma técnica específica, porém vários


métodos podem ser usados para constituir um espetáculo. Geralmente é utilizado
múltiplas técnicas corporais na formação do bailarino, como o Ballet clássico
garantindo um desenvolvimento versátil à linguagem corporal do intérprete.
Porém alguns outros métodos podem ser utilizados como forma de dança
contemporânea, como a Ioga, que busca atingir boa saúde física e mental tornando-
se um objetivo cercado de trabalhos de concentração. Outras referências podem ser
destacadas, como em esportes: artes marciais, técnicas orientais, capoeira, entre
diversos outros.
A ludicidade, os estudos dos fatores do movimento, como o tempo, espaço
peso, fluência, preparação corporal, estratégias em improvisações e processos
criativos, fonte de pesquisa e linguagem única, que pode desencadear em instrumento
para a criação de novos elementos.
As conexões com outros estilos de dança também possibilitam descobertas,
servindo como influência num corpo que quer bagagens e ferramentas para criação.
As atividades citadas, bem como inúmeras outras refletem a liberdade estética e a
pluralidade de escolhas e treinamento técnico que a contemporaneidade insiste em

25
buscar, apropriando- se de práticas corporais de naturezas diversas, tornando- se
assim mais ampla.

10 ANATOMIA PARA O MOVIMENTO

Fonte:www.anatomiapapelecaneta.com

As estruturas coluna, quadril e pé são muito importantes na prática da dança,


incluindo outras estruturas como a cintura escapular, as articulações dos pulsos, das
mãos e dos dedos.
Na dança, o andar é aplicado de forma contrária ao do ciclo da marcha, em que
o calcanhar contata a superfície do chão e em seguida, o apoio é transferido para o
metatarso. O andar na meia ponta alta proporciona um ar de elegância, principalmente
se o apoio é realizado do metatarso para o calcâneo, quando se utiliza o pé inteiro no
chão.
Na marcha natural, o movimento é sutil, ocorrendo uma rotação pélvica, onde
se diminui a ondulação vertical, na qual a pelve oscila sobre o eixo da coluna lombar.
Ou seja, durante o passo, o grau de compensação da pelve diminui o ângulo, entre a
pelve e a coxa, e a perna e o solo. Isso significa que ocorre uma inclinação pélvica,
um leve balanço. A perna de apoio sofre uma adução, e, que a perna em movimento,

26
uma adução muito leve, estando fletida no quadril e joelho, para se erguer da
superfície e iniciar um novo ciclo.
Durante a dança, o deslocamento ocorre de forma contrária. Parte-se com o
joelho levemente estendido com o metatarso tocando o solo, deslocando o corpo
sobre o centro de gravidade, relaxando o joelho, quando o pé inteiro toca o solo.
É muito importante notar que se a conjugação de movimento entre joelho e
tornozelo, relaciona-se com a ondulação da pelve na marcha normal, na dança este
movimento ocorre de forma mais visível. Como na dança aplicamos o andar inverso,
ou seja, da ponta para o calcanhar, obtemos maior leveza e uma diminuição de peso
considerável para que a pelve ondule livremente numa amplitude maior.
A atividade muscular possui, então, um papel de grande importância para a
realização do deslocamento, pois trabalham juntos, os músculos da coluna, quadril,
abdome e perna.
É importante a conscientização de que tipos de movimentos e posturas do
membro inferior afetam pelve e coluna. Podemos observar concretamente que todos
os músculos, mesmo as cadeias musculares mais distantes deste ponto, são
solidários, auxiliam uns aos outros, para a realização de uma marcha.

11 ELEMENTOS DO MOVIMENTO NA DANÇA

Fonte:www.planetabandas.com.br

27
Ao tratarmos dos elementos do movimento na Dança (e é melhor dizer nas
danças), busca-se apresentar diferentes maneiras de empregar e criar movimentos
não apenas com uma técnica específica. Buscamos tanto fornecer elementos
bastante amplos e abrangentes que abarcam os estudos que Laban fez do uso do
espaço, bem como apresentar as diferentes dinâmicas que o movimento tem.
Elementos não são apenas as relações de linhas e formas ou os níveis do
espaço ou o figurino que usamos. São as nossas ideias, são os conteúdos dos nossos
planejamentos de aulas, planos de coreografias ou propostas de improvisação. A ideia
dos elementos do movimento na Dança é apresentar um conjunto de proposições que
podem fornecer às suas aulas, para crianças e jovens, uma movimentação menos
restrita e mais de acordo com a criatividade e o desenvolvimento infanto-juvenil, como
também uma movimentação mais de acordo com a criação artística com jovens e
adultos. A concepção de dança que você tem envolve os elementos que ela aborda,
envolve o contexto em que ela está.
O educador, o dançarino, o professor de qualquer modalidade de dança deve
saber que ela compreende todos os tipos de movimentos físicos, emocionais e
intelectuais. Trabalhando com os colegas artistas e educandos com esta dimensão
ampliada dos componentes do movimento, é possível desenvolver maior vocabulário
corporal e estimular a criatividade.

Corponectividade (substantivo) e corponectivo (adjetivo) que afirmam o corpo


(corpo mente) em ação, integrados em aspectos sensório-motores e
abstratos. Ou seja, “[...] coisas como perceber, inferir, raciocinar não
acontecem somente dentro do cérebro ou mente, ou do corpo; elas agem em
rede sensoriomotora lógica com o mundo, com as outras pessoas [...]”
(RENGEL, 2007, apud LUCENA, 2017).

Rudolf Laban foi um estudioso da movimentação humana que deixou um


legado precioso para o estudo do movimento. Criou um método de análise do
movimento e de dança educacional. Foi coreógrafo e um dos fundadores da Dança
Moderna.
É possível afirmar que Laban identificou quatro palavras bastante abrangentes
(Fluência, Espaço, Peso e Tempo) para falar do alfabeto do movimento.
Acrescentando mais exemplos, com o intuito de mostrar a abrangência destas quatro
palavras podemos pensar que: Espaço abrange: linhas, formas, volumes, reto e/ou
28
retas, curvas, direto, sinuoso, por exemplo; Tempo abrange: ritmo, duração, pulsação,
por exemplo; Fluência abrange: expansão, projeção de sentimentos e/ou emoções,
contenção, por exemplo.
Aprender a conhecer Artes ou Arte (Dança), é necessário saber as ações
corporais da Abordagem Triangular: fazer, no sentido de: experimentar, testar,
vivenciar, sentir, provar; contextualizar, no sentido de: conhecer, descrever, revelar,
dar a conhecer, situar, abordar, apresentar; e fruir, no sentido amplo.
Essas ações se dão na Dança, tanto no ensino formal como no informal, por
exemplo o fazer: experimentar movimentos, vivenciar noções de anatomia e postura,
realizar aulas, testar movimentos em improvisações, criar movimentos.
Contextualização: identificar, reconhecer que dança estamos fazendo, qual a sua
história, estudar qual o uso de espaço de determinada dança, conhecer como é o
passo de dança que estamos fazendo, descrever qual a função de determinado
músculo ou osso para uma movimento, saber sobre qual o seu contexto social de
determinada dança, pesquisar se é representante de determinada cultura, assistir a
vídeos, ensaios, espetáculos, filmes e a outros tipos de registro de dança; e Fluir: ter
uma apreciação significativa, reconhecer e distinguir diversas modalidades de dança
e suas combinações ou não, analisar formas, volumes, corpos, desenhos do corpo no
espaço, analisar ritmos, velocidades, o desenho de luz, analisar códigos e pesquisas
de movimento.
O fator de movimento Fluência tem qualidades que demonstram nuances entre
fluência libertada e fluência controlada; ou também fluência livre ou contida. Este fator,
segundo estudiosos tem a função de promover uma compreensão sobre integração,
sensação de unidade da pessoa. Tem a ver também com progressão de movimento
e pode indicar aspectos que envolvem a emoção e expressão de sentimentos.
O fator de movimento Espaço sugere as nuances entre espaço direto e flexível,
em termos de atenção para o movimento. Se dá de maneira pessoal parcial e geral.
O fator de movimento Peso é o fator que auxilia na conquista da verticalidade,
estabelecendo relação e gradações entre o firme e o leve, em termos de intenção,
sensação e resistência do movimento. O papel desse fator é facilitar a objetividade
com a afirmação da vontade e indicação do o quê do movimento. A qualidade de peso

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muito leve pode sugerir a sensação de leveza, suavidade; enquanto o peso firme pode
demonstrar assertividade, segurança, firmeza.
A qualidade Tempo determina o quão súbito ou sustentado é um movimento,
em termos de decisão e urgência de movimento. A função do fator Tempo é auxiliar
na operacionalidade, comunicando o quando do movimento. O movimento na
qualidade tempo lento, por exemplo, pode expressar dúvida, protelação; enquanto que
em tempo rápido pode evidenciar adaptabilidade, agilidade na tomada de decisões.

12 DANÇA CONTEMPORÂNEA: IMPROVISAÇÃO

Fonte:www.descompanhia.com

Improvisação, (in-pro-videre: que não pode ser previsto). Improvisar é não


seguir movimentos pré-determinados, não existindo limites para o corpo. As
apresentações improvisadas acontecem, geralmente, em espaços públicos
possibilitando a interação entre bailarinos e espectadores.
Nas escolas de dança, as aulas são dinâmicas e livres, sem faixa etária ideal,
nem gênero. O improviso é para todo mundo.
O jogo na improvisação em dança consiste em uma preparação básica para a
formação do dançarino, intérprete sensível e observador do processo de criação.
Pode ainda auxiliar em um trabalho que vise o desenvolvimento da sensibilidade,

30
criatividade, inteligência e capacidade de reação e combinação com estímulos
diversos propostos pelo professor/coreógrafo. Esse processo de investigação do
movimento, pela improvisação, com os jogos de dança, leva à descoberta de que não
somos apenas indivíduos, mas membros de uma família, de um grupo, de uma
comunidade, de uma nação, sendo que cada pessoa é uma possibilidade, um
potencial com relação ao crescimento do todo.
O jogo, conjugado ao ato do improviso em um processo de criação, capaz de
despertar a imaginação e oferecer subsídios, proporcionando elementos que auxiliam
na expressividade artística. A importância disso, em um processo de criação na dança
contemporânea, suscita a reflexão, a busca por uma metodologia, uma estratégia que
visa o desenvolvimento de um trabalho de preparação corporal para a formação de
indivíduos com corpos pensantes, sensíveis, inteligentes, dispostos a criar
estimulados pelo contato, pela presença do outro, guiados pela sensibilidade do
toque, do abraço, do acolhimento que dá suporte, apoio para o criador, para o
intérprete e para quem quer que seja e que esteja disponível, aberto a novas
descobertas e sensações.

Para além dos aspectos cenográficos, dos figurinos e dos elementos sonoros
já atrás mencionados, há um componente essencial no futebol que é comum
aos espetáculos de dança e de teatro: a dramaturgia da fisicalidade.
Manifesta-se e desenvolve-se segundo estratégias e fins completamente
diferentes. No futebol, ela é um resultado, e é submersa pelo objetivo da
vitória; no teatro, e ainda mais na dança, ela é explícita e fundamental para a
comunicação da obra (RIBEIRO, 1994, apud PALLANT, 2006).

31
13 EXPRESSÃO CORPORAL

Fonte: clickpush.com

Expressão corporal é a manifestação de sentimentos ou de sensações internas,


tanto quanto de conteúdos mentais, por meio de movimentos representativos ou
simbólicos do corpo.
A linguagem do nosso corpo é a comunicação não-verbal, pois utilizamos
gestos, posturas e movimentos. Os instrumentos mais comuns da expressão corporal
são: o corpo, a voz, o som, o ritmo, o gesto, a postura, o movimento, o espaço, o
tempo.

13.1 Objetivos da expressão e da criatividade

Físicos: como prevenção e manutenção da condição física; aquisição de


algumas aprendizagens técnicas; conhecimento das possibilidades de movimento do
próprio corpo; desenvolvimento da linguagem corporal; domínio do próprio corpo.
Psíquicos: melhora da espontaneidade e da criatividade; incidência de uma
melhora da memória, capacidade de atenção e observação; melhora da
disponibilidade.

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Socioafetivos: melhora das relações no grupo e da comunicação;
liberação das tensões internas mediante o movimento criativo; melhora do
desenvolvimento sensorial em nível de emoção, de sentimentos, de inquietações, etc.
A dança como a linguagem do movimento, traduzida em forma de arte, surgiu nos
primórdios da humanidade e aqueles que a utilizavam atribuíam significados religiosos
e culturais a essa prática e dessa forma, constituía-se uma celebração à vida.

O movimento no corpo que dança a transitoriedade é traço que deixa marcas;


impulso e contenção; é velocidade e lentidão; é imobilidade e ação. O
movimento é matéria-prima da dança, visto que a torna real ao conferir a ela
visibilidade. (Dantas, 1999, apud ASSUMPSÃO, 2003).

14 COMPOSIÇÃO DO ESPETÁCULO

Fonte: www.freepik.com

Na composição de um espetáculo de dança contemporânea, cada coisa é


decidida de acordo com toda uma linguagem. Assim cenário, figurino, iluminação,
música, espaço, enfim todos os elementos fazem parte de um contexto, que muitos
denominam, resumidamente, como dramaturgia da dança.
Isso significa que um tipo de iluminação não acontece somente por ser mais
bela, ela aparece porque dialoga com a coreografia e com a mensagem do trabalho,
faz parte do todo. O mesmo vale para os outros elementos. Algumas companhias

33
fazem desses elementos verdadeiros ícones de sua linguagem. Exemplos disso são
os cenários de Deborah Colker que não servem apenas para ilustrar um espaço, eles
são elementos da dança; as malhas utilizadas como figurino pelo Grupo Corpo se
tornaram marcas de sua linguagem cênica assim como a tecnologia inusitada da Cia
Cena 11 e a ironia humorística do grupo Quasar.
À primeira vista é difícil perceber tais detalhes, mas após assistir a diferentes
espetáculos do mesmo grupo, é possível perceber os signos que se repetem e
compõem a linguagem particular de cada um.
A composição de uma trilha para um espetáculo de dança contemporânea
implica diversos outros fatores além da própria composição musical. A dança
contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de pessoas
podem praticá-la. Esse tipo de dança modificou o espaço, usando não só o palco como
local de referência. Sua técnica é tão abrangente que não delimita os utensílios
usados. O corpo, pesquisando suas diagonais, não delimita estilos de roupas,
músicas, espaço ou movimento.
Composição: Cenário: tema; Figurino: adereços, vestimenta; Criatividade:
variedade de passos, inovações; Coreografia: passos coreografados relacionados aos
dados em aula e passos diferentes característicos do ritmo escolhido; Som:
aparelhagem, mixagem das músicas; Técnica: exatidão dos passos coreografados
referentes ao ritmo.
Bastidores: Uma peça teatral não é feita apenas pelos atores que aparecem
no palco, outras pessoas também participam de uma peça e, mesmo que não
apareçam, são fundamentais para que o espetáculo se realize.
Cenografia: Muito mais do que decoração e ornamentação, a cenografia é
técnica, técnica de organizar todo o espaço onde as ações dramáticas são encenadas.
A cenografia é parte importante do espetáculo, pois ela ambienta e ilustra o
espaço/tempo materializando o imaginário e aproximando o público da representação.
A cenografia cria e transforma o espaço cênico. O cenógrafo é aquele que cria o
cenário.
Figurino: É um elemento importante da linguagem visual do espetáculo
formado por, além das vestimentas, pelos acessórios. O figurino auxilia na

34
compreensão do personagem, ele é carregado de simbologia e pode acentuar o perfil
psicológico do personagem, objetivos e características da história. Os figurinos e
acessórios utilizados em cena devem ser sempre coerentes com a época em que
acontece a ação ou com o simbolismo que o diretor queira dar a ela. O figurinista é o
responsável pelas roupas e acessórios utilizados na peça teatral.
Maquiagem: A maquiagem é parte da composição do espetáculo, é um
instrumento fundamental que auxilia na criação do personagem e na transformação
estética dos atores. O maquiador atua junto com toda a produção do espetáculo
acompanhando sempre a concepção do mesmo, com vistas a ressaltar e/ou criar
elementos que ressaltem aspectos importantes para a compreensão do personagem.
O maquiador é o responsável pela pintura do rosto ou do corpo dos atores e atrizes.
Sonoplastia: A sonoplastia é um som ou conjunto de sons que auxilia a
enfatizar as cenas e ou as emoções dos atores. O sonoplasta trabalha os elementos
sonoros ajudando a envolver o público na construção de imagens e sensações. As
músicas e sons utilizados devem estar intimamente ligados ao que acontece na cena,
o sonoplasta deve estudar o texto e depois acompanhá-lo passo a passo.
O sonoplasta é aquele que compõe e faz funcionar os ruídos e sons de um espetáculo
teatral.
Iluminação: A iluminação pode dar ênfase a certos aspectos do cenário, pode
estabelecer relações entre o ator e os objetos, pode enfatizar as expressões do ator,
pode limitar o espaço de representação a um círculo de luz e muitos outros efeitos. A
iluminação é muito importante para o teatro, pois através dela podemos ambientar a
cena e ampliar as emoções nela exploradas. É fundamental que o iluminador conheça
bem o texto e as marcações cênicas determinadas pelo diretor do espetáculo.
O iluminador é aquele que concebe e planeja a colocação das luzes em uma peça
teatral.

35
15 SOCIEDADE E CONTEMPORANEIDADE

Fonte:www.textodramatico.com

A arte contemporânea vem quebrando uma série de barreiras, ampliando assim


suas fronteiras. O artista ganhou uma maior liberdade de expressão, deixando de
estar preso a esta ou àquela técnica, e o apreciador encontra uma abertura para
participar, criar, e até mesmo exteriorizar suas interpretações e sensações.
Considerando o modo de vida da sociedade capitalista, percebemos o pouco
conhecimento que o homem atual detém sobre si próprio, atuando quase como
máquina que (re) produz para (sobre/ sub) viver e (sobre/sub) vive para (re) produzir
e esquecendo-se da condição de ser humano. Deparamo-nos com uma engrenagem
capitalista que pretende nos dominar e comandar, sugerindo a cada minuto como
devemos nos vestir, morar, trabalhar e até nos mover. Isso nos induz a esquecer,
portanto, de que podemos fazer opções e construir nossa própria história, e de que
possuímos sentimentos e emoções que precisam ser considerados/expressados.
Diante dessa realidade, constatamos a existência de uma sociedade com ideias
solidificadas, relutante em aceitar transformações e considerar diferenças. Um mundo
onde impera a hegemonia das formas, dos gostos e das opiniões. Porém, inseridos
nessa sociedade, há grupos organizados que buscam a transformação e a superação
da hegemonia. Essas formas distintas de estar presente em uma mesma realidade

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são perceptíveis à medida que observamos as manifestações socioculturais de cunho
popular e/ou erudito. As manifestações artísticas e culturais estão histórica e
socialmente ligadas às formas de organização social em que foram produzidas.

É que a dança, sobretudo a dança contemporânea, não produz imagens fixas.


Ela suscita atos. A análise e a transmissão do ato, nós sabemos não passa
pelo signo, mas pela contaminação entre os estados criados enquanto o
movimento se desenvolve em graus de qualidades de energia, em
tonalidades. A captação, a leitura desses dados só poderá ser imediata, ela
não sofre atraso, nem se deixa passar por um enquadramento de tradução.
(LOUPPE, 2005, apud JOSÉ, 2011)

16 CONCLUSÃO

A dança contemporânea surgiu na década de 1950, como uma forma de


protesto ou rompimento com a cultura clássica.
O corpo na dança contemporânea é construído na maioria das vezes a partir
de técnicas somáticas, que trazem o trabalho da conscientização do corpo e do
movimento, como a técnica Alexander, Feldenkrais, Eutonia, Klauss Vianna (Brasil),
dentre outras.
A composição de uma trilha para um espetáculo de dança contemporânea
implica diversos outros fatores além da própria composição musical. A dança
contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de pessoas
podem praticá-la. Esse tipo de dança modificou o espaço, usando não só o palco como
local de referência. Sua técnica é tão abrangente que não delimita os utensílios
usados. O corpo, pesquisando suas diagonais, não delimita estilos de roupas,
músicas, espaço ou movimento.

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17 BIBLIOGRAFIAS

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