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Resumos História A - 11ºano 2ºteste 1ºperíodo

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Resumos História A – 11ºano

2ºteste 1ºPeríodo

Caracterizar o capitalismo comercial: 59


O capitalismo é um sistema econômico que busca a acumulação de
riquezas. Nessa fase, o acúmulo do capital era resultado das trocas
comerciais - principal atividade econômica na Europa no século XVIII. O
objetivo era gerar capital, investi-lo e aumentá-lo, privigiliando o grande
comércio.

Explicar os princípios mercantilistas: 63


A teoria económica que identificava a força e o poder de um Estado com o
seu nível de riqueza traduzido pela abundância de metais preciosos
acumulados nos seus cofres ficou conhecida por mercantilista.

Os economistas mercantilistas defendem que, para um Estado conseguir


acumular grandes quantidades de metais preciosos nos seus cofres, deve
implementar um rigoroso protecionismo económico, traduzido:

-na preocupação em evitar a saída de metais preciosos e em promover a


entrada de outros, através da manutenção de uma balança comercial
favorável;

-no fomento da produção industrial nacional, com o objetivo de


promover a autossuficiência do país;

-no incremento e reorganização do comércio externo, de forma a


proporcionar mercados de abastecimento de matérias-primas e de
colocação dos produtos manufaturados;

-a revisão das tarifas alfandegárias, sobrecarregando os produtos


estrangeiros e aliviando as taxas que pesavam sobre as exportações
nacionais, de modo a torná-las mais competitivas.
Distinguir o mercantilismo francês, centrado nas manufaturas, do mercantilismo
inglês, centrado no comércio: 65/7

Mercantilismo francês:
Em França, foi Colbert, ministro de XIV, quem melhor pôs em prática as ideias do
mercantilismo:
-fomentou as manufatureiras nacionais, através da concessão de incentivos
económicos e privilégios;
-protegeu as produções francesas, aplicando pesados direitos de entrada aos
produtos importados e facilitando, de modo inverso, as exportações;
-reforçou o comércio oceânico com a criação de companhias monopolistas, às
quais foi concebido o exclusivo comercial de determinadas áreas geográficas, bem
como poderes para aí representarem o Estado, conquistando terras,
administrando os territórios e negociando tratados (administrando e defendendo
os territórios coloniais), possuíam assim, para além dos direitos do comércio um
grande poderio militar.
Mercantilismo Inglês:
O protecionismo mercantilista teve também expressão em Inglaterra, onde se
promulgaram os Atos de Navegação, leis de carácter protecionista que obrigavam
a que o transporte de mercadorias para Inglaterra e as suas colónias se efetuasse
com poucas exceções, em navios ingleses. Deste modo, a marinha desenvolveu-
se, contribuindo para a supremacia marítima desta nação.

 A importância dada ao comércio como fonte de riqueza e poderio traduziu-


se em intensas rivalidades entre os Estados europeus, que disputaram
entre si rotas e áreas de comércio.
Evidenciar a importância das inovações agrícolas para o sucesso económico
inglês: 71/3/7
Em Norfolk (região do leste de Inglaterra), os Land Lords que tinham um espírito
empreendedor rentabilizaram as suas terras através da rotação de culturas,
substituindo o pousio pelo cultivo do trevo ou plantas forrageiras (de modo a
evitar o esgotamento dos solos), isto permitiu a articulação entre a criação de
gado e a agricultura, o gado em simultâneo estrumava as terras, uma vez que não
existiam fertilizantes químicos.

- As Enclouseres eram grandes propriedades vedadas que muitas vezes


anexavam terrenos baldios.

Vantagens das Enclouseres:


-aperfeiçoamento das alfaias;
-seleção de sementes;
-seleção de animais;

 Segundo Pierre Chaunu as Enclouseres eram verdadeiros laboratórios de


inovações agrícolas; A produção aumentou, a alimentação melhorou e a
mão de obra disponível foi colonizada para outros setores de produção,
fator de vitalidade e riqueza económica. O crescimento demográfico
provocou consequências muito positivas.

O crescimento demográfico caracteriza-se por:


-aumento da taxa de nupcialidade;
-aumento da taxa de nascimentos;
-diminuição da taxa de mortalidade;
-mão de obra jovem nos diversos setores de atividade;

Crescimento urbano:
-aumento da população nas cidades (quase triplicou devido às melhores
condições de vida);
-Londres torna-se a maior cidade da Europa com cerca de 1 milhão de habitantes;
Conhecer os progressos no sistema financeiro da Inglaterra: 79/81

Inglaterra era dotada de um sistema financeiro avançado, facilitando assim, o


desenvolvimento económico inglês.
Em Londres funcionava uma das primeiras bolsas de comércio da Europa, onde se
centralizavam os grandes negócios da cidade. A Bolsa de Londres, criada como
instituição privada, depressa foi reconhecida pelo Estado que lhe conferiu a
condição de Royal Exchange, nela se contratava a dívida pública e se cotaram as
primeiras ações da Companhia das Índias Orientais.
Nasceu assim a bolsa de valores londrina. A prosperidade da Companhia da Índias
desenvolveu de tal forma o mercado acionista que apareceram os primeiros
títulos de empresas industriais aos quais se juntaram as ações do Banco de
Inglaterra.
A atividade bolsista foi um importante fator de prosperidade económica, já que
permitiu canalizar as poupanças particulares para o financiamento de empresas,
alargando assim o mercado de capitais.
A criação do Banco de Inglaterra veio reforçar as operacionalidades do sistema
financeiro, este banco estava especialmente vocacionado para realizar todas as
operações necessárias ao grande comércio:
-aceitação de depósitos;
-transferências de conta para conta;
-desconto de letras e também financiamentos;
-equipar os navios do comércio colonial;
-capacidade de emitir notas (que circulavam como uma verdadeira moeda).

A atividade do Banco de Inglaterra foi complementada pelas dezenas de


pequenas instituições – os country banks – que, espalhadas pelo país,
realizavam, em escala reduzida, o mesmo tipo de operações. Servindo de base à
prosperidade do comércio e à gestão capitalista do setor agrícola, esta estrutura
financeira, constituiu assim, um ponto de apoio para a grande mudança
económica – a Revolução Industrial.
Identificar as condições de hegemonia britânica para o arranque da revolução
industrial: 83-88

A partir de meados do século XVIII, a economia britânica tornou-se a mais


poderosa da Europa. Para o sucesso económico inglês contribuiu um conjunto
vasto de fatores, dos quais se salientam:

-uma agricultura inovadora, capaz de aumentar significativamente a


produtividade, criando riqueza e libertando mão de obra para outros setores
económicos;

-um acentuado crescimento demográfico, que não só ampliou o mercado


consumidor, estimulando a produção, como forneceu os trabalhadores
indispensáveis ao desenvolvimento económico;

-um mercado interno onde os produtos circulavam de forma rápida e barata.


Sem barreiras alfandegárias e dotado de vias de circulação eficientes (canais de
estradas), o mercado inglês tornou-se um verdadeiro “mercado nacional”,
propiciador do consumo, da importância de matérias-primas e da exportação de
produtos manufatureiros;

-um mercado externo amplo, no qual as colónias desempenhavam um papel de


vulto. Exploradas em sistema de exclusivo colonial, as áreas coloniais forneciam
matérias-primas a baixo preço e constituíam um extenso mercado de consumo;

-um sistema financeiro avançado, capaz de apoiar os vários setores de atividade.


Em Londres funcionavam a mais importante bolsa de valores da Europa e o Banco
de Inglaterra foi pioneiro na emissão de o papel-moeda;

-um setor manufatureiro em mutação profunda. No último quartel do século


XVIII, uma vaga de inovações técnicas revolucionou o têxtil e a metalúrgica
ingleses, inaugurando a maquinofatura, isto é, a era industrial.
Relacionar a adoção das medidas mercantilistas em Portugal com a crise
comercial de 1670-92: 91/3 95 99

A descoberta do ouro, no Brasil, traz um desafogo financeiro breve, mas intenso,


que marca o reinado de D.João V; na segunda metade do século, é a ação do
Marquês de Pombal que impulsiona a vida económica, conduzindo o país a um
período de acentuada prosperidade.

No século XVII, Portugal vivia da reexportação dos produtos coloniais,


sobretudo daqueles que nos chegavam do Brasil;
Nas últimas três décadas do século, uma profunda crise comercial diminuiu
drasticamente o volume dos nossos negócios: as mercadorias não encontravam
comprador (Holanda, França e Inglaterra, que constituíam os nossos principais
mercados, passam a consumir as suas próprias produções, reduzindo
acentuadamente as compras em Lisboa) e o país viu-se sem meios para adquirir
o muito que não produzia.
Inspirados pela atuação de Colbert, os ministros de Pedro II, em especial o Conde
da Ericeira, procuram restringir as importações, de modo a equilibrar a balança
comercial, levando a cabo uma política de fomento manufatureiro:
-criaram-se fábricas e indústrias (vidro, fundição de ferro, tecidos);
- concedem-se subsídios e privilégios às indústrias;
-publicam-se leis anti sumptuárias (as Pragmáticas – proibiam a importação de
artigos de luxo);
-procede-se à contratação de artífices estrangeiros (Ingleses, Holandeses,
Venezianos);
-recorreu à desvalorização monetária, com o fim de tornar os produtos
portugueses competitivos no mercado externo, e simultaneamente, encarecer os
artigos, que de fora, nos chegavam;

Paralelamente, protege-se o comércio colonial, procedendo à criação de


companhias monopolistas.
Embora consistente, este esforço não frutificou de forma duradora. No fim do
século, a conjuntura altera-se:
-a crise comercial termina;
-os nossos produtos coloniais tornam a dar bons lucros;

-encontram-se jazidas de ouro, e posteriormente de diamantes, no interior do


Brasil (Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás);

A descoberta das jazidas de ouro traz a Portugal uma liquidez inesperada.


Com o ouro do Brasil adquirem-se novamente, ao estrangeiro, os produtos
manufaturados (antigamente proibidos pelas pragmáticas). A produção
nacional esmorece e o ouro escoa-se para as mãos estrangeiras, sobretudo
para as inglesas, que nos fornecem a maior parte dos que consumimos.

Tratado de Methuen: este tratado foi feito entre Inglaterra e Portugal em


1703. Neste acordo, as lãs inglesas seriam admitidas sem restrições em
Portugal, anulando as leis pragmáticas. Em troca, os vinhos portugueses
entrariam em Inglaterra pagando menos impostos que os vinhos franceses.

O Tratado de Methuen embora tivesse estimulado as exportações do nosso


vinho, originou uma dependência de Portugal em relação a Inglaterra, pois o
mercado britânico representava 94% das nossas exportações vinícolas. Com
isto, o ouro que vinha do interior brasileiro depressa ia parar às mãos dos
ingleses para pagamento dos têxteis ingleses.
Enquadrar a política económica e social pombalina na prosperidade
comercial de finais do século XVIII: 101 e 103

Durante o século XVIII Portugal vivia um período de crise, crise essa que se
caracteriza pela diminuição das remessas de ouro vindas do Brasil, pela
delebilidade da produção interna, pelas dificuldades de colocação no
mercado de produtos brasileiros, pela intromissão de outros países europeus
no nosso comércio colonial e pelo défice crónico da balança comercial.

Medidas económicas:
-redução do défice;
-revitalização das manufaturas, através da concessão de privilégios como
técnicas e artífices vindos do estrangeiro;
-nacionalização do sistema comercial, através da criação da junta do
comércio que tinha como objetivo regular a economia do reino;
-reorganização do comércio externo com a criação da companhias
monopolistas, por forma a combaterem os Ingleses. Exemplo disso foi a
criação da companhia das vinhas do alto douro, uma vez que o vinho do
Douro estava submetido aos interesses ingleses;
-revalorização do setor manufatureiro (revitalizou indústrias já existentes e
criou novas);

Medidas sociais:
-promoção social da burguesia (Marques de Pombal criou em 1759 a aula do
comércio – é a primeira escola comercial da europa, onde se privilegia a
contabilidade);
-o comércio tornou-se uma atividade de grande importância. Em 1760 o
comércio foi considerado uma profissão nobre, passando a alta burguesia a
ter um estatuto nobre;
-terminou com a distinção entre cristãos novos e velhos;
-o tribunal do Santo Ofício passou a estar subordinado à coroa;
Conclusão:
Marquês de Pombal fomentou a economia portuguesa. Pombal investiu
fortemente na criação de manufaturas dos mais diversos ramos; reorganizou
e protegeu o comércio nacional, procurando subtraí-lo à influência inglesa;
valorizou a agricultura, com a criação da Companhia das Vinhas do Alto
Douro.
Graças às medidas económicas tomadas pelo Marquês de Pombal, no fim do
século XVIII Portugal viveu a sua melhor época comercial de sempre,
atravessando um período de estabilidade, dando segurança aos Homens de
negócio.

Consequências da política de Pombal:


-a produção interna aumentou;
-aumento da exportação dos produtos manufaturados para o Brasil;
-as áreas sob o controlo das companhias prosperaram;
-a balança comercial ficou positiva, devido à conjuntura externa da Europa
(paz);

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