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Faculdade de Engenharia Da Universidade Do Porto: Biblioteca Digital de Alimentação E Nutrição Humana

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FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

BIBLIOTECA DIGITAL
DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

Marta Rita Gil Marques de Azevedo

Dissertação

Mestrado em Ciência da Informação

Orientador: Prof.ª Doutora Maria Cristina de Carvalho Alves Ribeiro, Professora


Auxiliar, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Co-orientador: Professora Doutora Maria Daniel Vaz de Almeida, Professora


Catedrática, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do
Porto

Setembro 2009
Elementos do Júri
Prof. Doutor António Manuel Lucas Soares (FEUP) – Presidente
Prof. Doutor José Luís Brinquete Borbinha (IST-UTL)
Prof. Doutora Maria Cristina Alves Ribeiro (FEUP)
Fonte da imagem1

"O homem alimenta-se de comida e imaginário; é transomnívoro"

In: Peres, Emílio. 1997. Bem comidos, bem bebidos. Lisboa: Caminho. p.13

1
Imagem retirada do catálogo editado no âmbito da Homenagem da U.Porto a Uma Figura
Eminente 2008: Dr. Emílio Peres, fotógrafo Egídio Santos (Universidade do Porto 2008a).
RESUMO i

RESUMO

No contexto actual, verifica-se que a disponibilização pública de documentação sobre


alimentação e nutrição humana, produzida e validada pela comunidade científica e
académica, de proveniência nacional e em língua portuguesa, é escassa. No caso específico
da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), a
produção intelectual encontra-se armazenada em sistemas e serviços de informação paralelos
e com diferentes níveis de acesso.
Sustenta-se que a criação de uma biblioteca digital com recurso a material intelectual
produzido pelo Dr. Emílio Peres, um dos fundadores do Curso de Nutricionismo, hoje FCNAUP,
ilustra a natureza singular e heterogénea da produção intelectual da Academia na sua
quádrupla função de investigação, ensino, extensão comunitária e divulgação, e um ponto de
acesso único a informação produzida e armazenada em diversos sistemas paralelos.
O protótipo da Biblioteca Digital de Alimentação e Nutrição Humana da FCNAUP (BDNut) foi
desenvolvido em DSpace e constitui o principal resultado da investigação realizada. A sua
construção foi orientada por uma estratégia de integração a três níveis: o da infra-estrutura
tecnológica, o da meta-informação e o organizacional. A escolha da ferramenta DSpace para a
construção da biblioteca digital teve como objectivo sustentar a integração do protótipo nos
serviços e sistemas de informação existentes na Universidade do Porto. A reutilização de
meta-informação já validada em sistemas paralelos pretende garantir a qualidade da
descrição e evitar a duplicação de procedimentos e traduziu-se na adaptação dos
procedimentos de transferência de registos entre sistemas já existentes na Universidade no
âmbito do repositório institucional. A integração organizacional implicou repensar os fluxos
de informação entre os sistemas e os diferentes papéis dos intervenientes, na forma de
recomendações operacionais.
Consideramos inovadores a organização funcional da colecção de acordo com as principais
áreas de actuação dos produtores de informação, desde o ensino e a investigação até às
actividades de divulgação e comunicação com os Media, bem como as orientações sugeridas
para a descrição e análise documental de documentos de natureza diversa e tipologia distinta
dos artigos e livros de natureza científica. Neste âmbito, salienta-se que a indexação por
assuntos foi executada com base nos Descritores em Ciências da Saúde e com recurso a uma
lista estruturada de temas que foi criada para assegurar níveis mínimos de inteligibilidade e
comunicação da informação disponibilizada entre a academia e a comunidade civil, em
resultado de um estudo prévio realizado com recurso à análise de conteúdo.
O principal desafio consiste na definição de um procedimento organizacional que permita a
integração da BDNut na rotina institucional dos produtores de informação, nomeadamente no
depósito de produção intelectual, acessível ao público em geral, eliminando progressivamente
a resistência à disponibilização em acesso público da informação produzida pela Academia.

PALAVRAS-CHAVE

Bibliotecas digitais temáticas; Integração de meta-informação; DSpace


ii ABSTRACT

ABSTRACT

Nowadays, providing public information about human food and nutrition, that is produced and
validated by the scientific and academic community, of national origin and in Portuguese
language is scarce. Regarding the Faculty of Nutrition and Food Science (FCNAUP), University
of Porto, intellectual production co-exists in different information systems and within
different levels of access.
It is argued that the creation of a digital library using intellectual material produced by Dr.
Emilio Peres, one of the founders of the Course of Human Nutrition, today FCNAUP, not only
illustrates the diverse and unique nature of the intellectual production at the Academy in its
fourfold function: research, education, community outreach and dissemination, but also
powers a single point of access to the information produced and stored in several parallel
systems.
The prototype of the Digital Library of Food and Human Nutrition (BDNut) of FCNAUP was
developed in DSpace and illustrates the main result of the work done. Its construction was
guided by an integration strategy at three levels: technological infrastructure, metadata and
organizational.
The choice of DSpace tool for building the digital library aimed to support the integration of
the prototype within the services and information systems existing in University. The reuse of
metadata already validated in parallel systems is to ensure the quality of the description and
avoid duplication of procedures and consists in the adaptation of the procedures for
transferring records between systems already existing in the institutional repository in the
University of Porto. The organizational integration meant rethinking the flow of information
between systems and the different roles of the parts in the form of operational
recommendations.
We consider innovative the functional organization of the collection according to the main
areas of activity of the producers of information, from teaching and research to dissemination
activities and communication with the Media, as well as the guidelines suggested to describe
and analyse documents of diverse nature and typology of the different scientific articles and
books. In this context it should be noted that the indexation was performed based on DeCS
and using a structured list of topics that was designed to ensure minimum levels of
intelligibility and communication of the information available between academy and the civil
community as a result of a previous conducted study using the content analysis.
The main future challenge is to define an organizational process that enables integration of
the Digital Library in the institutional routine of producers of information, including the
storage of intellectual production, and that is available to the public in general, progressively
removing the resistance to providing public access to information produced by the Academy.

KEYWORDS

Thematic digital libraries; Metadata integration; DSpace


AGRADECIMENTOS iii

AGRADECIMENTOS

À Prof.ª Doutora Cristina Ribeiro pelo aconselhamento, supervisão e incentivo;


À Professora Doutora Maria Daniel Vaz de Almeida pela disponibilidade,
sugestões, leitura atenta e construtiva;
À família do Dr. Emílio Peres pela possibilidade de desenvolver esta
investigação com recurso ao valioso espólio do autor;
À Dr.ª Lígia Ribeiro pelo apoio financeiro para a divulgação do trabalho
realizado em conferência internacional;
Às equipas de apoio técnico da Universidade Digital, Biblioteca Virtual e
Desenvolvimento do SIGARRA da U.Porto pelo apoio técnico prestado e pela
troca de ideias e sugestões;
À Isabel pela boa-disposição, espírito prático e companheirismo ao longo do
percurso realizado;
À equipa da Biblioteca da FCNAUP pelo apoio no processamento dos
manuscritos do Dr. Emílio Peres;
Aos docentes e investigadores da FCNAUP que colaboraram na avaliação do
protótipo;
À Dr.ª Helena Santos e ao Dr. Rui Poínhos, pelo apoio na avaliação do
protótipo;
Ao Rui Chilro, colega de trabalho e verdadeiro amigo nos momentos difíceis;
À Belinha, pelo incentivo constante e apoio incondicional (que espero um dia
poder retribuir…);
Aos amigos dos “dedos-da-mão”, o tempo torna-vos mais escassos, mas mais
genuínos;
À minha irmã Claúdia pelo apoio na tradução do resumo;
À minha família, aos meus pais (aos quatro) e à minha irmã Paula - a quem
dedico este trabalho - vocês são a minha rocha na tempestade e a minha praia
num dia de sol;
Ao (meu) Paulo, porque esperas por mim, depois da árvore e do livro;
e a todos aqueles que me ajudaram a concluir mais esta tarefa, mesmo
aqueles que a tornaram (muito) pesada ou difícil, e por isso ainda mais
valiosa!
iv SUMÁRIO

SUMÁRIO

RESUMO .................................................................................................. I

PALAVRAS-CHAVE ....................................................................................... I

ABSTRACT ................................................................................................ II

KEYWORDS ............................................................................................... II

AGRADECIMENTOS ..................................................................................... III

LISTA DE FIGURAS.................................................................................... VIII

LISTA DE TABELAS ................................................................................... VIII

SIGLAS E ACRÓNIMOS .................................................................................. IX

GLOSSÁRIO ............................................................................................... X

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1
Enquadramento e motivação ...................................................................... 1
Questão de Investigação............................................................................ 1
Objectivos da Investigação ........................................................................ 2
Organização da Dissertação ........................................................................ 2

CAPÍTULO 1. A INFORMAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA E OS SISTEMAS


DIGITAIS DE INFORMAÇÃO ............................................................................. 4

1.1 Fontes de informação ............................................................................. 5

1.2 Algumas experiências relevantes no contexto internacional e nacional .................. 6

CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO DE UMA


BIBLIOTECA DIGITAL .................................................................................. 11

2.1 Acesso à informação ............................................................................. 12


Open Access, a comunicação científica e a publicação electrónica ....................... 13
Open source software: a plataforma DSpace ................................................. 17
Open metadata standards: a norma Dublin Core e o protocolo OAI-PHM ................ 19

2.2 Preservação (acesso futuro) .................................................................... 21


Estratégias de preservação digital .............................................................. 23
Digitalização e formatos de documentos: algumas recomendações ...................... 23

CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP .......................................... 27

3.1 O Contexto Institucional ........................................................................ 27


Sobre a FCNAUP.................................................................................... 27
Sobre a Biblioteca da FCNAUP ................................................................... 29

3.2 Serviços e sistemas de informação na U.Porto: usos na FCNAUP......................... 30


SUMÁRIO v

Fichas individuais de docentes e investigadores e Relatório Anual de Actividades da


FCNAUP.............................................................................................. 35
Módulo de publicações SIGARRA e o Repositório Aberto da U.Porto ...................... 36
Catálogo Bibliográfico ALEPH .................................................................... 38

3.3 Tipologias documentais e suportes............................................................ 40

CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA: ACESSO À


INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO................................................... 48

4.1 Objectivos e público-alvo da BDNut .......................................................... 49

4.2 Organização da BDNut: estrutura e função .................................................. 50


Tipologias documentais........................................................................... 50
Comunidades e colecções ........................................................................ 54

4.3 Integração tecnológica: a plataforma de desenvolvimento DSpace ..................... 56


Usos do DSpace na U.Porto ...................................................................... 56
Desafios da utilização do DSpace na construção de bibliotecas digitais temáticas ..... 58

4.4 Integração de meta-informação: procedimentos de transferência entre sistemas ... 59


Procedimento ALEPH > DSpace .................................................................. 59
Procedimento SIGARRA > DSpace ............................................................... 66
Algumas conclusões sobre as experiências de exportação/importação realizadas ..... 70

4.5 Integração organizacional: fluxos de informação e níveis de operação ................. 74

CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO .............................................................. 78

5.1 Colecção protótipo: objectivos e selecção da amostra .................................... 78


Motivação: Homenagem da U.Porto ao Dr. Emílio Peres .................................... 78
Objectivos da amostra ............................................................................ 79
Critérios de selecção da amostra ............................................................... 79

5.2 Descrição e análise documental ............................................................... 80


Norma de meta-informação...................................................................... 81
Registos manuais no DSpace: orientações de preenchimento .............................. 81
Descrição de registos provenientes do ALEPH ................................................ 86
Descrição de registos provenientes do SIGARRA .............................................. 87
Indexação e análise documental ................................................................ 87

5.3 Digitalização: condições de acesso e estratégias de preservação digital ............... 89


Condições de acesso .............................................................................. 89
Estratégias de preservação digital .............................................................. 90
Condições de acessibilidade e critérios de segurança ....................................... 93

5.4 Pesquisa e recuperação da informação: configuração da interface de pesquisa e


visualização ............................................................................................ 94
vi SUMÁRIO

Índices e classificadores .......................................................................... 94


Formatos de visualização de registos e vista de resultados ................................ 95
Funcionalidades de pesquisa e manipulação de resultados ................................. 98
Design e apoio ao utilizador .................................................................... 101

CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO ......................................... 105

6.1 Avaliação da qualidade do protótipo ........................................................ 105


Objectivos da avaliação ......................................................................... 105
Entrevista: metodologia e resultados ......................................................... 105
Questionário: metodologia e resultados ...................................................... 107

6.2. Estimativa de custos........................................................................... 111


Previsão de custos ................................................................................ 111
Benefícios esperados ............................................................................. 112

CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS ................................. 114

7.1 Conclusões gerais ............................................................................... 114


Resultados obtidos ............................................................................... 114
Relevância do protótipo ......................................................................... 116
Contribuições para a área de investigação ................................................... 117
Condicionalismos e desafios .................................................................... 118

7.2 Desenvolvimentos futuros ..................................................................... 119

7.3 Comentário final ................................................................................ 121

LISTA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 123

ANEXOS ................................................................................................ 127

ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA .............. 128

ANEXO 2. FICHA INDIVIDUAL DO DOCENTE/INVESTIGADOR DA FCNAUP ..................... 144

ANEXO 3. TIPOS DE DOCUMENTOS NA BDNUT ................................................... 148

ANEXO 4. FOLHA DE ESTILOS XSL INICIAL ........................................................ 149

ANEXO 5. FOLHA DE ESTILOS XSL REVISTA ....................................................... 153

ANEXO 6. CORRESPONDÊNCIA DUBLIN CORE E LOM ............................................ 159

ANEXO 7. CATEGORIAS TEMÁTICAS VS DESCRITORES DECS .................................... 160

ANEXO 8. DIGITALIZAÇÃO E EDIÇÃO DE OBJECTOS DIGITAIS .................................. 163

ANEXO 9. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. SOBRE A BDNUT .................................. 169

ANEXO 10. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. SOBRE O DR.EMÍLIO PERES .................... 171

ANEXO 11. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. CITAÇÕES CÉLEBRES ........................... 174


SUMÁRIO vii

ANEXO 12. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. TUTORIAL DE PESQUISA ....................... 176

ANEXO 13. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. LISTA DE TERMOS PARA O CONSUMIDOR .... 182

ANEXO 14. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. DIREITOS DE AUTOR NA BDNUT .............. 183

ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO ......... 185

ANEXO 16. FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO .................. 206


viii LISTA DE FIGURAS

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Sistemas e serviços de informação na U.Porto em 2009 e a produção intelectual


da FCNAUP ............................................................................................. 40
Figura 2. Relatório Anual de Actividades da FCNAUP - Artigos científicos; evolução 2002-
2008 ..................................................................................................... 42
Figura 3. BDNut - Comunidades e colecções ..................................................... 55
Figura 4. BDNut – Fluxograma operacional ....................................................... 77
Figura 5. BDNut - Formatos de preservação e condições de acesso .......................... 92
Figura 6. BDNut – Visualização do registo. Formato simples, exemplo ...................... 95
Figura 7. BDNut – Visualização do registo. Formato completo, exemplo .................... 97
Figura 8. BDNut – Vista tabular de resultados, tipo de documento........................... 98
Figura 9. BDNut – Vista tabular de resultados, exemplo ....................................... 98
Figura 10. BDNut - Página de entrada ............................................................ 102
Figura 11. BDNut - Página da sub-comunidade Extensão Comunitária & Formação ...... 102
Figura 12. BDNut - Apoio ao utilizador ........................................................... 103

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Sistemas e serviços de informação na U.Porto - Objectivos, colecção e


tecnologia.............................................................................................. 32
Tabela 2. Sistemas e serviços de informação na U.Porto – Publicações da FCNAUP 2007 34
Tabela 3. Sistemas e serviços de informação na U.Porto - Diversidade terminológica .... 41
Tabela 4. Relatório Anual de Actividades da FCNAUP - Artigos científicos; evolução 2002-
2008 ..................................................................................................... 42
Tabela 5. Relatório Anual de Actividades da FCNAUP - Participação em conferências/
cursos científicos; colaboração com os Media; evolução 2002-2008 ......................... 43
Tabela 6. Módulo de Publicações SIGARRA - Representação da produção intelectual da
FCNAUP ................................................................................................. 45
Tabela 7. Tipologias documentais – Propostas de classificação ............................... 51
Tabela 8. Recurso Educativo/Divulgação – Propostas de classificação....................... 52
Tabela 9. Recurso Educativo/Divulgação - Especificidade do Material de Ensino-
Aprendizagem ......................................................................................... 53
Tabela 10. Estratégia de integração - Correspondência entre UNIMARC e Dublin Core (DC)
.......................................................................................................... 61
Tabela 11. Estratégia de integração - Exportação ALEPH, código colecção ................ 64
Tabela 12. Estratégia de integração - Exportação SIGARRA, código colecção .............. 69
Tabela 13. BDNut – Colecção protótipo. Previsão da amostra................................. 80
Tabela 14. BDNut - Catalogação de material livro .............................................. 84
Tabela 15. BDNut - Catalogação de material não livro ......................................... 85
Tabela 16. BDNut - Lista de temas dirigidos ao consumidor ................................... 88
Tabela 17. BDNut - Formatos de preservação e condições de acesso ........................ 92
Tabela 18. BDNut - Formatos de cópias públicas e definições de segurança ............... 93
Tabela 19. BDNut - Índices de pesquisa ........................................................... 94
Tabela 20. BDNut - Classificadores de navegação ............................................... 95
Tabela 21. BDNut – Visualização do registo. Formato simples ................................ 96
Tabela 22. BDNut - Vista tabular de resultados ................................................. 97
Tabela 23. Avaliação do protótipo – Questionário: amostra dos inquiridos ................ 108
Tabela 24. Avaliação do protótipo – Questionário: Tipos de produção intelectual ....... 108
Tabela 25. Avaliação do protótipo – Questionário: avaliação da usabilidade do sistema 109
Tabela 26. Avaliação do protótipo – Questionário: avaliação geral do sistema ........... 110
Tabela 27. Avaliação do protótipo - Previsão de despesas para a colecção Dr. Emílio Peres
......................................................................................................... 111
SIGLAS E ACRÓNIMOS ix

SIGLAS E ACRÓNIMOS

ALEPH – Sistema de Gestão Integrada de Bibliotecas em uso nas bibliotecas da


Universidade do Porto
BDNut – Biblioteca Digital de Nutrição e Alimentação Humana
DeCS – Descritores em Ciências da Saúde
DSpace – Software de código aberto desenvolvido pelo Massachusetts Institute
of Technology
FCNAUP – Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade
do Porto
HTML – Hyper Text Markup Language
JPEG - Joint Photographic Experts Group
PDF – Portable Document Format
PL/SQL – Procedural Language/SQL
RA – Relatório Anual de Actividades da FCNAUP
SIGARRA - Sistema de Informação para Gestão Agregada dos Recursos e dos
Registos Académicos da Universidade do Porto
TIFF - Tagged Image File Format
U.Porto – Universidade do Porto
XML - Extensible Markup Language
XSL – Extensible Stylesheet language
x GLOSSÁRIO

GLOSSÁRIO

ƒAcesso livre
Descrição: Disponibilização livre na Internet de literatura de carácter científico
ou académico, permitindo a qualquer utilizador pesquisar, consultar,
descarregar, imprimir, copiar e distribuir, o texto integral dos documentos.
Outras denominações: Open Access
(Fonte: Budapest Open Access Initiative 2002, http://www.soros.org/openaccess)

ƒBiblioteca digital
Descrição: Sistema de informação constituído por colecções de objectos digitais e
serviços desenhados em função de uma ou várias comunidades de utilizadores,
em ambiente Web, e com recurso a pessoal especializado, de acordo com
determinadas regras de funcionamento e parâmetros de qualidade.
(Fonte: Digital Library Federation 1998, http://www.diglib.org/about/dldefinition.htm)

ƒDocumento
Descrição: Documento é “o epifenómeno do fenómeno info-comunicacional”, isto
é, a reprodução da informação processada entre os interlocutores envolvidos no
processo de comunicação, em registo textual, audiovisual ou multimédia.
(Fonte: Silva, Armando Malheiro da. 2006. A informação: da compreensão do fenómeno e
construção do objecto científico. Porto: Edições Afrontamento.p.103)

ƒDublin Core
Descrição: Linguagem normalizada de descrição de recursos disponibilizados na
Internet.
Outra denominação: DC
(Fonte: Dublin Core Metadata Iniative, http://dublincore.org/)
GLOSSÁRIO xi

ƒInformação
Descrição: Conjunto estruturado de representações mentais e emocionais
codificadas (signos e símbolos) e modeladas com/pela interacção social, passíveis
de serem registadas num qualquer suporte material (papel, filme, banda
magnética, disco compacto, entre outros) e portanto comunicadas de forma
assíncrona e multi-direccionada.
(Fonte: Silva, Armando Malheiro da, and F. Ribeiro. 2002. Das "ciências" documentais à
ciência da informação: ensaio epistemológico para um novo modelo curricular. Porto:
Edições Afrontamento.p.37)

ƒMeta-informação
Descrição: Meta-informação designa a informação utilizada para descrever um
determinado objecto ou recurso.
Outras denominações: Metadados
(Fonte: Metadados em Glossário de Termos de Informática, http://www.inst-
informatica.pt/ct113/port.htm)

ƒObjecto digital
Descrição: Qualquer objecto de informação que possa ser representado através
de uma sequência de dígitos binários. Documentos de texto ou imagem,
sequências de vídeo e áudio, páginas Web ou aplicações de software constituem
exemplos do que pode ser considerado um objecto digital.
Outras denominações: Bitstream
(Fonte: Bit em Glossário de Termos de Informática, http://www.inst-
informatica.pt/ct113/ing.htm)

ƒProdução intelectual
Descrição: Produção intelectual designa a produção de cariz intelectual
decorrente das actividades de Investigação & Desenvolvimento, Ensino &
Aprendizagem, Extensão Comunitária & Formação, Comunicação com os Media.

ƒRecurso Educativo / Divulgação


Descrição: Recurso Educativo/Divulgação designa a produção intelectual
decorrente das actividades de Ensino & Aprendizagem, Extensão Comunitária &
Formação, Comunicação com os Media.
xii GLOSSÁRIO

ƒRepositório institucional
Descrição: Sistema de informação que serve para armazenar, preservar e difundir
a produção intelectual, em formato digital, de uma determinada instituição,
normalmente universitária.
(Fonte: DRIVER, http://www.driver-repository.eu/)
INTRODUÇÃO 1

INTRODUÇÃO

Enquadramento e motivação

Nas últimas décadas, a temática da alimentação/nutrição revelou-se motivo de


grande interesse e de procura de informação, quer pela população em geral,
quer por grupos específicos. Verifica-se, no entanto, que a disponibilização
pública, no espaço Web, de documentação sobre alimentação e nutrição
humana, produzida e validada pela comunidade científica e académica, de
proveniência nacional e em língua portuguesa, é escassa. Em simultâneo, as
bibliotecas digitais proliferam na rede enquanto sistemas de informação que
visam promover o acesso e a preservação da informação.
Apesar de a promoção do acesso a informação de qualidade sobre alimentação
saudável ser uma das responsabilidades sociais da Academia, a produção
intelectual da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto (FCNAUP) encontra-se documentada em sistemas e
produtos de informação paralelos e com diferentes níveis de acesso e a
informação não é recuperável a partir de um ponto de acesso único, agregador
e transversal.

Questão de Investigação

De que forma é que o material científico, pedagógico-didáctico e de divulgação


produzido pela comunidade docente da FCNAUP pode ser conservado e
disponibilizado com recurso à Biblioteca Digital de Alimentação e Nutrição
Humana (BDNut)?

Sustenta-se que a criação de uma biblioteca digital com recurso a material


intelectual produzido pelo Dr. Emílio Peres, um dos fundadores do Curso de
Nutricionismo, hoje FCNAUP, não só ilustra a natureza singular e heterogénea
da produção intelectual da Academia na sua quádrupla função: investigação,
ensino, extensão comunitária e divulgação, mas também promove a
preservação e divulgação do material produzido e potencia um ponto de acesso
único a informação armazenada em diversos sistemas paralelos.
A colecção reúne documentação de tipologia diversa, de valor patrimonial e
histórico ímpar para a constituição das Ciências da Nutrição enquanto domínio
científico per si em território nacional e produzido em língua portuguesa,
2 INTRODUÇÃO

nomeadamente os manuscritos que estiveram na origem da Campanha de


Educação Alimentar, na década de 80, os cadernos de acetatos utilizados nas
aulas de Alimentação Racional, leccionadas na 1.ª edição do Curso de
Nutricionismo, ou os textos de divulgação ao público em geral, alinhados por
um rigor científico e um conhecimento profundo sobre a temática que se
revelam ainda actuais nos nossos dias.

Objectivos da Investigação

Os objectivos gerais da investigação são os seguintes:


A.Definir os requisitos necessários para a construção da Biblioteca Digital de
Alimentação e Nutrição Humana
B.Desenvolver uma biblioteca digital protótipo, com base na colecção de
documentos recolhida no âmbito da Homenagem da U.Porto 2008 a uma
Figura Eminente: Dr. Emílio Peres, recorrendo a software adequado
C.Identificar alguns desafios relacionados com a expansão da Biblioteca
Digital de Alimentação e Nutrição Humana, nomeadamente o acesso e a
divulgação junto da comunidade em geral

Organização da Dissertação

A dissertação inicia-se pela contextualização do problema, nomeadamente o


enquadramento teórico, tecnológico e institucional, com o objectivo de
identificar os requisitos relativos à descrição e análise documental da colecção,
aos serviços pretendidos e à tecnologia de suporte à biblioteca digital
(Capítulos 1 a 3). Em seguida, descreve-se o processo de desenho e construção
do protótipo, objecto de uma avaliação preliminar por um grupo de utilizadores
para identificação de melhorias e desafios futuros no desenvolvimento e
implementação da biblioteca digital (Capítulos 4 a 7).
O capítulo 1 apresenta a contextualização teórica do problema através da
revisão de literatura especializada e da análise de experiências semelhantes no
cenário internacional e nacional.
O capítulo 2 apresenta os conceitos de acesso à informação e preservação para
acesso futuro como valências fundamentais no desenho de bibliotecas digitais e
princípios orientadores na definição das suas principais componentes
estruturantes.
INTRODUÇÃO 3

O capítulo 3 caracteriza o contexto institucional do problema e analisa,


especificamente, os diferentes usos dos sistemas e serviços de informação
existentes na FCNAUP para gestão da produção intelectual de docentes e
investigadores.
O capítulo 4 é dedicado à apresentação da estratégia de integração que preside
à construção da biblioteca digital, nomeadamente a estratégia de integração
tecnológica, de integração de meta-informação e de integração organizacional.
O capítulo 5 descreve a colecção protótipo, identifica os objectivos e critérios
de selecção da amostra, bem como as opções tomadas para a descrição e
análise documental da colecção, para a digitalização e edição de objectos
digitais, as condições de acesso e preservação e para a configuração da
interface de pesquisa da BDNut e visualização dos resultados de pesquisa.
O capítulo 6 relata a avaliação da qualidade do protótipo e a ponderação dos
custos potencialmente envolvidos e dos benefícios esperados com a
implementação futura da BDNut.
O capítulo 7 apresenta as conclusões gerais e os desenvolvimentos futuros.
Indicam-se os principais resultados conseguidos face aos objectivos iniciais da
investigação e propõem-se medidas de melhoria para implementação futura.
CAPÍTULO 1. A INFORMAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA E OS
4 SISTEMAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO

CAPÍTULO 1. A INFORMAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA E


OS SISTEMAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO

A informação sobre saúde e hábitos de vida saudável prolifera na Web e


concorre com a produção intelectual da autoria da comunidade científica e
académica, que, de uma forma geral, está em acesso restrito. Ao mesmo
tempo, a procura de informação sobre estas temáticas na Web aumenta por
parte do consumidor (Cline and Haynes 2001), o que obriga a que Academia e
Ciência sejam capazes de comunicar com a Sociedade, através dos veículos de
divulgação de massas actuais e assegurando a qualidade da informação
disponibilizada.
Ainda que a disponibilização da informação não baste para alterar os hábitos e
comportamentos alimentares (Medicina preventiva y salud pública 2001; Buller
DB et al. 2001), a Academia não pode ignorar o poder informacional e
comunicacional da Web na promoção da saúde. A Web, enquanto meio de
comunicação de massas por excelência, consegue por si só atingir públicos mais
vastos e numerosos, que a ela recorrem não só para pesquisar informação
relacionada com a saúde (Fox 2005), mas também para comunicar entre si
sobre temas relacionados, reproduzindo novas formas de interacção social
(Helman 2007; Boulos, Hetherington, and Wheeler 2007). Do ponto de vista
comunicacional, a Web é considerada por muitos uma ferramenta promissora na
comunicação da saúde com o público em geral; do ponto de vista educacional,
a sua utilização obriga a que a informação processada seja modelada de acordo
com o público-alvo que se pretende atingir e do tipo de intervenção que se
pretende implementar (Oenema A, Brug J, and L. 2001).
De uma forma geral, os estudos sobre a avaliação da qualidade dos sites de
informação médica ou relacionada com a saúde (na qual podemos incluir a
informação sobre nutrição)(Marquis and Dubeau 2006; Underbakke, McBride,
and Spencer 2006) apontam para a necessidade de os profissionais de saúde não
só divulgarem informação de qualidade, mas também promoverem junto da
comunidade um sentido crítico relativamente à informação sobre saúde, e mais
especificamente sobre nutrição.
CAPÍTULO 1. A INFORMAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA E OS
SISTEMAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO 5

1.1 FONTES DE INFORMAÇÃO

Face ao objectivo genérico de identificar experiências relevantes na área,


procedeu-se a uma revisão da literatura especializada com base nas principais
fontes de informação científica e técnica na área das ciências da saúde (Leitão
2006; Lindberg and Humphreys 2008; Pestana 2006) e da alimentação e nutrição
humana (Naves 1998). A revisão bibliográfica foi complementada com a
consulta de páginas electrónicas de organizações formais relevantes no domínio
das ciências da nutrição e alimentação humana e da saúde em geral (Saxton
2006; Humphreys 2007; Pretlow and Goldstein 2004; Alpi 2005; Leaffer and
Mickelberg 2006) com a finalidade de identificar serviços e sistemas de
informação digital da responsabilidade ou financiamento de organizações
formais não comerciais (ex: Ministérios, Universidades, Fundações, Institutos,
entre outros) e comerciais (empresas e indústria do ramo de actividade) sobre
saúde em geral e/ou alimentação e nutrição humana. Considerou-se pertinente
o contacto com especialistas para intuir sobre práticas e usos comuns da
informação disponível.
As tipologias das fontes consultadas foram as seguintes:

− Fontes de informação na Internet:


I Páginas de Organizações formais:
1. organizações governamentais e respectivos programas;
2. associações profissionais, sociedades científicas e afins;
3. instituições de ensino superior e hospitais universitários;
4. bibliotecas nacionais
5. bibliotecas especializadas e centros afins
6. empresas do ramo de actividade (saúde/nutrição)
II Portais de informação sobre saúde (e/ou alimentação saudável) ao consumidor
e repositórios colectivos ou em consórcio de recursos educativos
III Páginas de Meios de comunicação social (ex: imprensa, TV, rádio, podcasts) e
formas colaborativas de comunicação na Internet (ex: blogs, wikis, grupos de
discussão e listas de correio electrónico).
IV Ferramentas de pesquisa (ex: bases de dados bibliográficas de artigos
científicos, actas e teses, revistas da especialidade, e-books, catálogos de
bibliotecas, catálogos de livrarias, bases de legislação, patentes e normas,
fontes estatísticas, dicionários e enciclopédias, sistemas de classificação e
tesauros, meta pesquisadores)
V Ferramentas de avaliação das fontes de informação sobre saúde na Internet
CAPÍTULO 1. A INFORMAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA E OS
6 SISTEMAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO

− Contacto com especialistas:


1. Docentes, investigadores e estudantes da FCNAUP,
2. Nutricionistas e outros profissionais de saúde,
3. Especialistas em metodologia em ciências sociais e tecnológicas,
4. Bibliotecários e profissionais da informação.

Importa referir que a pesquisa em cada grupo de fontes de informação na


Internet foi realizada tendo em conta a resposta a objectivos específicos de
pesquisa.
De uma forma geral, e salvaguardando as diferenças de pesquisa inerentes às
ferramentas de pesquisa consultadas, a estratégia de pesquisa foi elaborada
com base nas seguintes expressões de pesquisa e equivalentes em língua
portuguesa, entre 2000 e 20092:

((virtual OR digital) AND (librar* OR “information system”))


AND
((health OR nutrition) AND (information OR education OR promotion))

A revisão da literatura especializada e a consulta a sites pertinentes permitiu


identificar algumas experiências que consideramos relevantes para enquadrar o
cenário actual relativo aos sistemas de informação em ambiente Web e com o
objectivo genérico de fornecer informação sobre a saúde em geral e/ou sobre
alimentação e nutrição humana em específico. Como resultado da revisão
efectuada procedeu-se à compilação das principais fontes de informação em
alimentação e nutrição humana (cf. Anexo 1).

1.2 ALGUMAS EXPERIÊNCIAS RELEVANTES NO CONTEXTO INTERNACIONAL E NACIONAL3

Consideramos pertinente retratar o contexto em revista à luz da componente


formal e funcional das iniciativas de relevo identificadas, nomeadamente: os

2
A pesquisa foi realizada entre Setembro de 2008 e Fevereiro de 2009.
3
As referências às experiências citadas neste ponto podem ser consultadas no Anexo 1. Fontes
de Informação.
CAPÍTULO 1. A INFORMAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA E OS
SISTEMAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO 7

créditos da colecção, a tipologia dos objectos digitais e meta-informação


associada, os serviços disponibilizados e a tecnologia de suporte à colecção.
De uma forma genérica, podemos afirmar que os créditos pelo desenvolvimento
de sistemas de informação são partilhados por produtores de informação de
natureza e proveniência distinta, desde a comunidade de especialistas e a
academia até à indústria; predominam as iniciativas constituídas por portais de
fontes de informação de tipologia e origem distintas, face ao propósito
agregador de tornar acessível – a partir de um ponto de acesso único –
informação de qualidade produzida em vários terminais de informação: os
exemplos mais significativos deste cenário são o portal MedLine Plus da autoria
da US National Library of Medicine e do US National Institute of Health, a UK
National Electronic Health Library, do UK National Health Service, a Biblioteca
Virtual em Saúde Pública da BIREME/OPAS (Abdala and Taruhn 2007). Ambos
partilham do objectivo comum de informar e promover a educação do público
especialista e não especialista sobre questões relacionadas com a saúde
pública.
Os principais promotores de serviços e sistemas de informação digital
direccionados para a informação e educação do consumidor são os organismos
internacionais (incluindo europeus) e instituições públicas responsáveis pela
informação e promoção da saúde junto das populações, bem como as
associações profissionais e as sociedades científicas. Sublinhamos o papel activo
dos portais International Food Information Council e o European Food
Information Council; do site Food and Nutrition Information Center, da US
National Library of Medicine; do site MyPyramid E-Catalog, da UK Society for
Nutrition Education; o site Eat well play well, da Dietitians of Canada.
Da mesma forma, algumas empresas da especialidade como a Nestlé ou a
Kelloggs apresentam algumas experiências relevantes.
Importa igualmente referir que existe uma preocupação crescente por parte da
academia em disponibilizar informação de qualidade não apenas para o
especialista, mas também para o público em geral. Paralelamente aos
repositórios institucionais de produção científica e académica, a academia
produz conteúdos digitais que visam promover a educação para a saúde junto
da comunidade académica (ex: HealthyMe@UMB, da University of Maryland) e
desenvolve ou participa em iniciativas desenvolvidas por parceiros com o
propósito de disponibilizar informação de qualidade sobre saúde para o grande
CAPÍTULO 1. A INFORMAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA E OS
8 SISTEMAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO

público. Neste contexto, salientamos as seguintes iniciativas: Intelihealth, da


Harvard Medical School; Nutrition Information and Resource Center, da
University of Virgínia; BiblioInta, do Instituto de Nutricion y Tecnologia de los
Alimentos da Universidad do Chile; Nutrition Source, da US Harvard School of
Public Health. A academia colabora também em repositórios colectivos de
recursos educativos como o Intute ou o MERLOT, promovendo a reutilização
pública de material produzido no âmbito das actividades de ensino-
aprendizagem.
O contexto nacional português apresenta algumas iniciativas através da
publicação de conteúdo digital e da divulgação de listas de publicações em
sites de organismos governamentais e outros, como por exemplo as publicações
online do Instituto do Consumidor ou o Centro de Conhecimento da Plataforma
contra a Obesidade. São anunciados alguns projectos como a biblioteca digital
do INSA. As fundações e sociedades científicas como a Fundação Portuguesa de
Cardiologia e a Fundação Bissaya Barreto contribuem com iniciativas de relevo
para o cenário nacional.
À semelhança do cenário internacional, o quadro académico português tende a
investir na criação e desenvolvimento de repositórios institucionais de produção
científica e académica, independentemente da temática, como o repositório da
Universidade do Minho ou recém-constituído Repositório Científico de Acesso
Aberto em Portugal, ou o Repositório dos Hospitais Universitários de Coimbra,
na área da Saúde, e parece descurar a divulgação de informação científica para
o consumidor em geral, salvo raras excepções, nomeadamente na área da
saúde, como por exemplo o Portal de Gestão da Saúde da Escola Nacional de
Saúde Pública.
Uma outra nota interessante é que a terminologia adoptada de uma forma
generalizada pelos produtores de informação no que diz respeito aos sistemas
de informação digital - “biblioteca digital”, no caso por exemplo da
Universidade do Minho, ou “biblioteca online”, no caso por exemplo do
Instituto do Consumidor - representa o acesso a um portal agregador de vários
catálogos bibliográficos com algum tipo de afinidade, mas nem sempre com
objecto digital associado aos registos bibliográficos, pelo que não traduz o
conceito de biblioteca digital como um sistema de informação complexo
constituído por objectos digitais e sua descrição (cf. Capítulo 2). Por outro
CAPÍTULO 1. A INFORMAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA E OS
SISTEMAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO 9

lado, surgem algumas iniciativas nacionais com alguma expressividade como por
exemplo a BAES, acessível a partir do Repositório Temático da U.Porto.
Verifica-se que ainda que coexistam iniciativas de cariz local e universal, com
finalidades e objectivos distintos que oscilam entre a preservação de um
património local ou institucional e a promoção do acesso e utilização de
informação, as colecções não reúnem apenas material produzido pelos próprios
produtores, mas tendem sobretudo a compilar apontadores para documentos e
recursos de diversa proveniência geográfica, cultural e também linguística.
A tipologia do material reunido na mesma colecção é cada vez mais
diversificada no que diz respeito à natureza e ao suporte dos objectos digitais.
As colecções reúnem material de índole científica e recursos informativos de
cariz pedagógico e formativo. Juntamente com os artigos e os livros científicos,
surgem agora guias, panfletos, vídeos, jogos e actividades interactivas. Um bom
exemplo é a colecção do Food and Nutrition Information Center, da USDA, NAL.
Os objectos digitais são acompanhados por informação descritiva que garante a
pesquisa e acesso ao documento, não só através de uma leitura estática, mas
também dinâmica do objecto e da colecção, permitindo a hiperligação entre
registos afins, dentro e fora da colecção. A visualização do objecto digital em
HTML estruturado é acompanhada por funcionalidades de manipulação do
objecto como o download em PDF, o envio por email ou a impressão.
Importa salientar que a maioria das iniciativas publicita uma organização da
colecção em função de comunidades de utilizadores, sendo que os mais
referidos são: jornalistas, especialistas e profissionais de saúde, educadores e
consumidor em geral. Neste sentido, a pesquisa por assuntos ou tópicos de
interesse de acordo com uma lista controlada de termos constitui também um
predicado das iniciativas consideradas, a par com a existência de glossários.
Bons exemplos da informação descrita são o portal da EUFIC ou a iniciativa
Healthy Eating da British Nutrition Foundation.
Promove-se a interacção com os utilizadores através das ferramentas
disponibilizadas pela Web social, algumas iniciativas já prevêem a emissão de
comentários e fóruns de discussão. A divulgação da informação publicada é
facilitada pela emissão de avisos e alertas RSS Feeder, newsletter e mailing
lists, entre outros. Veja-se a título de exemplo a iniciativa Food and Nutrition
Center, da Mayo Clinic.
CAPÍTULO 1. A INFORMAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA E OS
10 SISTEMAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO

A tecnologia de suporte é predominantemente home-made no que diz respeito


às iniciativas da responsabilidade de organismos governamentais e afins, e a
tecnologia Open Access (por exemplo, DSpace) é comum nos repositórios
institucionais académicos como o Repositório da U.Minho ou na iniciativa
Biblioteca Virtual em Saúde da BIREME/OPAS, como forma de garantir a
interoperabilidade de sistemas de informação digital em consórcio.
Em suma, ainda que exista uma preocupação crescente por parte dos
organismos competentes em editar conteúdos digitais sobre o tema saúde
(incluindo alimentação saudável), verifica-se uma lacuna no meio académico no
que diz respeito ao arquivo e divulgação da produção resultante das actividades
de extensão comunitária, divulgação e comunicação da ciência com os media e
com o público não especializado, independentemente da temática abordada.
Especificamente, identifica-se uma falha no cenário actual, no que diz respeito
à disponibilização pública, no espaço Web, de documentação sobre alimentação
e nutrição humana, produzida e validada pela comunidade científica e
académica, de proveniência nacional e em língua portuguesa.
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO DE
UMA BIBLIOTECA DIGITAL 11

CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA


CRIAÇÃO DE UMA BIBLIOTECA DIGITAL

A incursão na literatura especializada e em algumas experiências de relevo


permitiu verificar uma lacuna no cenário actual no que diz respeito à
disponibilização pública de documentação sobre alimentação e nutrição
humana, produzida e validada pela comunidade científica e académica, de
proveniência nacional e em língua portuguesa. Entende-se que o
desenvolvimento de uma biblioteca digital dedicada à informação sobre
alimentação e nutrição humana produzida pela academia contribui para
promover o acesso público a informação de qualidade.
O desenvolvimento de uma biblioteca digital em alimentação e nutrição
humana deve ser planeado em função das valências fundamentais que presidem
à criação de bibliotecas digitais: o acesso à informação e a preservação da
informação (para garantir o acesso futuro).
Não é nosso objectivo equacionar a diversidade conceptual e terminológica
associada ao binómio “biblioteca digital”, solidamente debatida em bibliografia
da especialidade (Cabrera Facundo and Coutín Domínguez 2005a; Sánchez Díaz
and Vega Valdés 2002; Borgman 1999); no entanto, por questões metodológicas,
importa apresentar a perspectiva assumida neste trabalho, construída com base
na revisão da literatura.
Neste sentido, entendemos que a expressão “biblioteca digital” representa um
sistema de informação constituído por colecções de objectos digitais e serviços
desenhados em função de uma ou várias comunidades de utilizadores, em
ambiente Web, e com recurso a pessoal especializado, de acordo com
determinadas regras de funcionamento e parâmetros de qualidade, à luz da
definição proposta para bibliotecas digitais por Moreira et al (2007, p.466):
“Digital libraries are complex systems that offer information through content and
services designed for specific communities of users”, ou dito de outra forma por
Gonçalves et al (2004, p.291-92): “a digital library involves a managed collection of
information with associated services involving communities where information is stored
in digital formats and acessible over a network”. A ênfase no factor humano
encontra-se bem sublinhada na definição proposta pela Digital Library
Federation (Digital Library Federation 1998): “[Digital libraries are] organizations
that provide the resources, including the specialized staff, to select, structure, offer
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO
12 DE UMA BIBLIOTECA DIGITAL

intellectual access to, interpret, distribute, preserve the integrity of, and ensure the
persistence over time of collections of digital Works so that they are readily and
economically available for use by a defined community or set of communities.”.
A conceitualização proposta procura reflectir os elementos considerados
mínimos pela literatura para o desenho e construção de bibliotecas digitais.
Salientamos dois modelos formais de relevo: o modelo da DELOS e o modelo
formal dos 5S. Segundo o DELOS Manifesto (Candela et al. 2007), as
componentes fundamentais que presidem à construção e desenvolvimento de
bibliotecas digitais são: o conteúdo (informação digital disponível); o utilizador
(vários actores); a funcionalidade (diversos serviços e funcionalidades
oferecidas); a qualidade (conjunto de processos e critérios de qualidade); a
política (regras e procedimentos de acesso e utilização do sistema e serviços); a
arquitectura (o sistema propriamente dito (hardware e software)). Os conceitos
apresentados devem ser analisados em função dos diversos papéis
desempenhados pelos utilizadores, traduzidos em diferentes usos da informação
e interacções com o sistema. A descrição proposta pela DELOS encontra ecos
nas abstracções fundamentais definidas no modelo formal dos 5S de Gonçalves
et al (2004, p.291-92): streams (sequências de elementos de informação,
estáticos ou dinâmicos); structures (estrutura formal que preside à organização
da informação); scenarios (sequências de eventos que sustentam as diversas
funções definidas); spaces (conjunto de objectos e respectivas operações ou
usos de informação); societies (entidades e suas relações com o sistema).
Partindo da definição proposta, interessa reflectir sobre o contexto teórico que
motiva e sustenta a construção e o desenvolvimento das bibliotecas digitais, à
luz de dois eixos estratégicos: promover o acesso e utilização da informação e
garantir a sua conservação e preservação digital (para acesso e utilização no
futuro). Esta reflexão teórica será realizada em função das componentes
consideradas fundamentais ou mínimas para o desenho de bibliotecas digitais e
tem como objectivo principal apresentar os principais benefícios e vantagens
previstos com a construção da biblioteca digital em alimentação e nutrição
humana, assim como antecipar eventuais dificuldades.

2.1 ACESSO À INFORMAÇÃO

No quadro teórico das bibliotecas digitais, o acesso tende a ser perspectivado à


luz dos movimentos do open access (acesso livre), do open source software
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO DE
UMA BIBLIOTECA DIGITAL 13

(software de código fonte aberto) e do open metadata standards (normas


abertas de meta-informação). Neste sentido, sugerimos uma incursão pelos
modelos mais generalizados, os diferentes pontos de vista e os possíveis
impactos na produção, armazenamento e comunicação do conhecimento
produzido pelas instituições universitárias, de investigação e desenvolvimento e
nos principais responsáveis pela custódia do conhecimento produzido – as
bibliotecas universitárias.

Open Access, a comunicação científica e a publicação electrónica

Segundo estudos recentes da Comissão das Comunidades Europeias (Comissão


das Comunidades Europeias 2007; European Comission. Directorate for Research
2006), o mercado de disseminação da informação científica é dinâmico e
flutuante; caracteriza-se essencialmente pelo aumento da oferta de produtos
online, nomeadamente publicações periódicas e bases de dados bibliográficas,
referenciais e em full text, sobretudo de âmbito internacional; e pela inflação
dos preços das assinaturas dos produtos, decorrente do impacto da inovação
tecnológica na estratégia de preço dos editores e fornecedores. O aumento do
preço dos produtos constitui um factor de duplicação do financiamento público
e uma barreira no acesso ao conhecimento científico pelas principais
instituições produtoras de ciência. A publicação de artigos resultantes de
investigação científica é, na maioria das vezes, financiada por investimento
público e os centros de documentação e bibliotecas públicas pagam também a
assinatura das revistas para que os seus utilizadores (nos quais se incluem os
próprios investigadores) possam aceder aos resultados publicados.
Face a este cenário, surgem novos “modelos de negócio”, que oscilam entre a
transferência de custos de produção e comunicação do leitor para o autor ou
para as sociedades científicas ou instituições que financiam a investigação. O
movimento open access surge como alternativa ao cenário descrito e procura
gerir os equilíbrios no acesso ao conhecimento científico produzido na forma de
artigos científicos, preprints, resultados preliminares ou conjuntos de dados e
documentação de técnicas e procedimentos inovadores. Destacam-se dois
modelos de open access, de uso generalizado (Albert 2006): um, apelidado de
“green road”, consiste no auto-depósito de publicações em repositórios
institucionais em acesso livre, e outro, o “gold road” traduz-se na publicação
de artigos em revistas open access.
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO
14 DE UMA BIBLIOTECA DIGITAL

Ainda que se reconheçam várias formas ou flavors ao movimento open access


(Willinsky 2003), o objectivo principal consiste no acesso livre à informação e
encontra-se bem definido pela Open Access Initiative (Budapest Open Access
Initiative 2002): “free availability on the public internet, permitting any users to read,
download, copy, distribute, print, search, or link to the full texts of these articles,
crawl them for indexing, pass them as data to software, or use them for any other
lawful purpose, without financial, legal, or technical barriers other than those
inseparable from gaining access to the internet itself. The only constraint on
reproduction and distribution, and the only role for copyright in this domain, should be
to give authors control over the integrity of their work and the right to be properly
acknowledged and cited.”.
Verifica-se que o número de instituições aderentes, sobretudo universitárias, a
este movimento tem aumentado nos últimos anos, especificamente através da
construção e desenvolvimento de repositórios institucionais registados em
OpenDOAR (www.opendoar.org); da mesma forma, algumas editoras já
disponibilizam conteúdos seleccionados em acesso livre. Salientamos algumas
iniciativas na área da Biomedicina e das Ciências da Saúde citadas pela
literatura (Albert 2006): o US National Institute of Health (NIH) exigiu aos seus
investigadores que todas as publicações decorrentes de financiamento do NIH
fossem depositadas na PubMedCentral (http://www.pubmedcentral.nih.gov/) na
forma de manuscrito no período entre 6 a 12 meses após publicação; a editora
Elsevier, entre outras, disponibilizou gratuitamente conteúdos digitais de
alguns dos seus títulos da área da saúde em repositórios destinados aos países
em desenvolvimento, como o HINARI (http://www.who.int/hinari/about/en/) ou o
AGORA (http://www.aginternetwork.org/en/journals/); algumas editoras de
revistas pertencentes a sociedades científicas e universidades depositam os
backfiles de alguns títulos na HighWire
(http://highwire.stanford.edu/lists/freeart.dtl).
A política de Acesso Livre da U.Porto encontra-se estabelecida em diploma
próprio (Universidade do Porto 2008b) e enquadra-se nas declarações de
Budapeste, Bethesda e Berlim de Open Access e na declaração “Acesso livre à
literatura científica” do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas,
salvaguardando o respeito pelos regulamentos vigentes na U.Porto (por
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO DE
UMA BIBLIOTECA DIGITAL 15

exemplo, o Regulamento da Propriedade Industrial4) e a Legislação em vigor


sobre o Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos5.
As opiniões dos vários participantes no novo “modelo de negócio” em análise
dividem-se (Liesegang, Schachat, and Albert 2005; Albert 2006): o retorno do
investimento na qualidade da edição por parte dos Editores e outros agentes da
publicação científica muitas vezes colide com os objectivos de divulgação da
produção científica e de retorno do investimento na investigação pelos autores
da literatura científica e pelo governo e entidades financiadoras e promotoras
da investigação como Universidades e Centros de Investigação, e constitui uma
barreira ao acesso da informação por parte dos consumidores de literatura
científica (ex: estudantes, investigadores, docentes) e das principais entidades
responsáveis pela custódia do conhecimento científico produzido como é o caso
das bibliotecas universitárias. Rodrigues (2004) conclui de forma emblemática:
“As limitações ao acesso daqui decorrentes traduziram-se numa perda de eficiência do
sistema de comunicação da ciência, e em limitações ao impacto e reconhecimento dos
resultados alcançados pelos investigadores e as instituições onde trabalham”.
De uma forma geral, os principais benefícios e vantagens apontados ao modelo
open access podem resumir-se no seguinte: a disponibilização de informação
digital através da Internet permite uma mais rápida e mais alargada
disseminação da informação científica, favorecendo a avaliação por pares e o
controlo de qualidade pela comunidade em geral, o que se repercute no
impacto da investigação e no retorno do investimento privado ou público na

4
Nos termos do Regulamento de Propriedade Industrial da Universidade do Porto (art. 15º)
pertence ao respectivo criador ou autor (portanto: ao docente, investigadores, funcionários,
alunos, etc.) a titularidade dos direitos sobre as obras resultantes do desempenho das suas
actividades na Universidade, a não ser que exista acordo escrito em contrário. Assim o autor
tem em exclusivo o direito de fruir e utilizar a obra, incluindo o direito de divulgação,
publicação e exploração económica.
5
Nos termos das alíneas e) e f) do art. 75º CDADC - Código do Direito de Autor e dos Direitos
Conexos, são de utilização livre: e) A reprodução, no todo ou em parte, de uma obra que tenha
sido previamente tornada acessível ao público, desde que tal reprodução seja realizada por
uma biblioteca pública, um arquivo público, um museu público, um centro de documentação
não comercial ou uma instituição científica ou de ensino, e que essa reprodução e o respectivo
número de exemplares se não destinem ao público, se limitem às necessidades das actividades
próprias dessas instituições e não tenham por objectivo a obtenção de uma vantagem
económica ou comercial, directa ou indirecta, incluindo os actos de reprodução necessários à
preservação e arquivo de quaisquer obras; f) A reprodução, distribuição e disponibilização
pública, para fins de ensino e educação, de partes de uma obra publicada, contanto que se
destinem exclusivamente aos objectivos do ensino nesses estabelecimentos e não tenham por
objectivo a obtenção de uma vantagem económica ou comercial, directa ou indirecta.
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO
16 DE UMA BIBLIOTECA DIGITAL

produção da investigação e na diminuição dos custos de edição e distribuição.


Estudos comprovam que o número de citações de artigos em open access é
superior ao número de citações em artigos publicados em acesso restrito
(Harnad and Brody 2004).
As principais dificuldades identificadas (Liesegang, Schachat, and Albert 2005;
Ferreira et al. 2008) pelos diversos participantes consistem nas questões
relativas ao controlo da propriedade intelectual da literatura científica, em
ambiente Web, e à revisão da qualidade da investigação publicada: alguns
autores receiam publicar em revistas em open access quando estas não são
indexadas por bases de dados de prestígio internacional, outros duvidam da
qualidade da revisão dos artigos em open access e advogam que a duplicação de
versões (manuscrito e artigo publicado) pode confundir o consumidor e não
promover o acesso à informação. Para além de eventuais questões técnicas e
de falta de tempo associadas ao depósito de publicações em repositórios
institucionais, o principal factor de não adesão ao movimento por parte dos
autores resulta da resistência à mudança de mentalidades (Pelizzari 2005).
Sublinha-se o impacto que o modelo em open access apresenta na comunicação
científica e na publicação electrónica da ciência, que partilham agora dos
predicados da Web na pesquisa, armazenamento e manipulação de dados, no
acesso e transferência de documentos e na interacção entre autor e leitor e na
colaboração entre comunidades de utilizadores.
Alguns autores salientam o impacto do open access nas bibliotecas (Corrado
2005): diminuição dos custos das assinaturas, acesso a conteúdos em maior
quantidade e qualidade e melhores perspectivas de preservação a longo prazo
da produção científica e académica.
Faço ao boom informacional e tecnológico, as bibliotecas, nomeadamente as
universitárias na área da saúde, são convocadas para assumir um papel
facilitador no processo colaborativo de criação, gestão e distribuição de
literatura científica em formato digital e posicionar-se de forma competitiva
face à proliferação de informação sobre saúde na Web, muitas vezes, de
qualidade duvidosa. No âmbito de uma equipa multidisciplinar, a participação
mais urgente traduz-se no envolvimento no processo de criação de repositórios
e bibliotecas digitais e na educação e mudança de mentalidades dos seus
utilizadores na pesquisa, acesso, utilização e produção de informação científica
de qualidade. Uma outra faceta do contributo das bibliotecas reside na procura
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO DE
UMA BIBLIOTECA DIGITAL 17

de sinergias entre o conteúdo impresso e a informação digital na gestão do


conhecimento produzido pela instituição que suporta (Lippincott 2007).

Open source software: a plataforma DSpace

O movimento open access está intrinsecamente ligado aos movimentos open


source e open metadata standards (Corrado 2005), sendo que estes fornecem a
infra-estrutura que facilita e promove o primeiro.
Open source software é definido pela Open Source Initiative (Open Souce
Initiative 2006) como um tipo de software cujo código fonte é público e pode
ser disponibilizado e adaptado livremente de acordo com as necessidades dos
utilizadores.
As principais vantagens do software aberto ou livre sobre o software comercial
ou proprietário apontadas pela literatura (Corrado 2005; Krishnamurthy 2008)
são: custos inferiores na aquisição, implementação e suporte; disponibilidade
para avaliação através do download público do programa; flexibilidade e
adaptação às necessidades individuais; facilidade em aceder a versões
actualizadas e melhoramentos e rede pública, de âmbito internacional, para
partilha de experiências em fóruns, wikis, blogs e outras ferramentas da Web
social. Por outro lado, para além de questões pouco consensuais, apontadas
pela literatura como desvantagens do software open source, sobre a
fiabilidade, a estabilidade e o apoio limitados do software open source (Fox
2006), as limitações consistem essencialmente na necessidade de investir
recursos humanos e tempo de aprendizagem para implementar e adaptar o
software às necessidades individuais, especificamente no que diz respeito ao
apoio ao utilizador final, back-end e front-end.
No campo das bibliotecas digitais, desenvolveram-se algumas experiências de
software de relevo - indicam-se os exemplos mais relevantes no cenário actual:
o DSpace (www.DSpace.org), software desenvolvido pelo MIT para repositórios
institucionais e o Greenstone (www.greenstone.org), software desenvolvido
pelo Projecto New Zealand Digital Library para organizar colecções em
bibliotecas digitais. Os objectivos e as funcionalidades de cada um destes
sistemas encontram-se bem descritos na literatura (Witten et al. 2005), sendo
que o DSpace é um software de uso marcadamente institucional e o Greenstone
é mais adequado para a construção de colecções digitais pessoais ou de
bibliotecas.
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO
18 DE UMA BIBLIOTECA DIGITAL

O DSpace (Smith et al. 2003) é um software aberto e consiste num sistema de


informação desenhado para recolher, armazenar, indexar, preservar e distribuir
a produção intelectual das instituições universitárias ou de investigação e
desenvolvimento, em formato digital. Caracteriza-se por ter uma arquitectura
simples e flexível, conforme ao OAIS Reference Model (Consultive Committee
for Space Data Systems 2002), sendo amplamente utilizado na construção e
desenvolvimento de repositórios institucionais. Da mesma forma, surgem cada
vez mais iniciativas que recorrem ao DSpace para alojar objectos digitais para
além dos artigos e relatórios born-digital (Wise et al. 2007; Mao, Peng, and He
2006; Smith 2005).
De uso marcadamente institucional (Tansley, Smith, and Walker 2005; Smith
2005), o DSpace é reconhecido pela organização institucional das colecções por
comunidades de produtores de informação, pela tónica colocada na
preservação a longo prazo e pela heterogeneidade dos suportes e formatos dos
objectos, pela flexibilidade do sistema e pela possibilidade de definir políticas
e fluxos de trabalho com diferentes níveis de validação.
A organização dos dados pretende reproduzir a estrutura orgânico-funcional da
instituição que utiliza o sistema, neste sentido o DSpace organiza a informação
digital em comunidades, que normalmente correspondem a unidades orgânicas
(departamentos, centros e laboratórios de investigação, etc), e dentro das
comunidades, a informação é organizada em colecções, que normalmente
correspondem a diferentes tipos de material produzido. As colecções são
constituídas por itens, compostos por bundles ou directórios de ficheiros e
bitstreams6.
Vocacionado para a preservação digital, o DSpace atribui um identificador
permanente (handle) a cada objecto digital e suporta o armazenamento de
várias cópias dos objectos digitais em vários formatos e com diferentes níveis
de visualização por parte dos utilizadores.

6
De acordo com a informação disponibilizada no site do DSpace, http://www.dspace.org:
“Bundles are collections of files. Typical bundles include the ORIGINAL bundle which contains
the raw files deposited into the repository, the LICENCE bundle which contains a copy of the
licence that was agreed to during submission, and TEXT which includes the extracted text (for
indexing purposes) for each file in the ORIGINAL bundle” e “a bitstream refers to the fact that
a file is simply a stream of ‘bits’ (0s and 1s) held on a storage medium such a disk”.
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO DE
UMA BIBLIOTECA DIGITAL 19

A arquitectura do sistema oferece três níveis de interacção: o nível de depósito


ou armazenamento; o nível de administração e o nível da aplicação. Esta
estrutura modular permite uma separação lógica entre a interface
administrativa e a interface de pesquisa, garantindo a incorporação de
melhoramentos e suplementos, sem afectar o funcionamento do sistema para o
utilizador final. A flexibilidade do sistema permite, por um lado, personalizar o
sistema de acordo com as necessidades individuais do utilizador,
nomeadamente ao nível da meta-informação, ao nível do circuito de depósito e
validação da informação e ao nível da interface do utilizador, por outro lado,
garante níveis de interoperabilidade com outros sistemas, especificamente no
que refere às normas de descrição dos objectos digitais (Norma Dublin Core), e
aos protocolos de comunicação que suporta (protocolo OAI-PHM).
O DSpace está bem documentado e usufrui igualmente de uma grande
publicidade e branding internacional promovidos pelo website do sistema, que
disponibiliza documentação, mailing lists, wikis e fóruns de discussão.

Open metadata standards: a norma Dublin Core e o protocolo OAI-PHM

O Open Archives Initiative (Van De Sompel and Lagoze 2000) surge como
resposta à necessidade de interligar diferentes experiências de arquivo digital,
em ambiente web, que representavam soluções individuais, isoladas e
desenvolvidas de raiz e em função de necessidades específicas de comunidades.
A interoperabilidade entre as colecções digitais que pululavam na Web,
implicou o desenvolvimento de normas e protocolos de comunicação
universalmente reconhecidos, como a norma Dublin Core e o protocolo OAI-
PMH.
Open metadata standards caracterizam-se essencialmente pela acessibilidade
pública da linguagem e pela possibilidade de qualquer utilizador poder
acrescentar alterações livremente à norma (Coyle 2002).
De uma forma consensual, a literatura (Corrado 2005) refere que as vantagens
da utilização de open metadata standards residem em duas acções: contributo
para aliviar as questões relacionadas com a preservação digital a longo prazo,
nomeadamente a obsolescência e dependência dos formatos dos ficheiros e da
tecnologia de leitura, ao permitirem a migração entre suportes e entre
sistemas de forma mais flexível; promoção da interoperabilidade entre diversos
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO
20 DE UMA BIBLIOTECA DIGITAL

sistemas através de linguagens normalizadas de descrição e protocolos de


comunicação que facilitam o fluxo livre de informação.
As bibliotecas e as bibliotecas digitais de um modo geral recorrem sobretudo a
duas normas: a norma de descrição de meta-informação Dublin Core e o
protocolo de troca de dados e de meta-informação Open Archives Initiative
Protocol for Metadata Harvest (OAI-PHM).
A norma Dublin Core é considerada uma linguagem open standard do ponto de
vista da sua utilização e do processo de construção/desenvolvimento (Corrado
2005). Os predicados mais citados (Cabrera Facundo and Coutín Domínguez
2005b) são a simplicidade e flexibilidade do formato, constituído por 15
elementos descritivos, considerados fundamentais para a descrição mínima de
um objecto digital e de semântica comummente reconhecida e conforme com
as normas de descrição de âmbito e aplicação internacional (ex: ISO
15836:2003). Cada elemento apresenta os seguintes atributos: nome,
identificador, definição e comentário e pode ser descrito de acordo com o nível
simples de descrição ou o nível qualificado, recorrendo a qualificadores. A
expansibilidade da norma traduz-se igualmente na possibilidade de adicionar
novos elementos, sem comprometer a interoperabilidade garantida pela
utilização de 15 elementos.
O OAI-PHM é um protocolo de comunicação que permite disponibilizar
metadados na Internet, permitindo a sua recolha posterior por serviços
especializados em indexação de recursos. Os metadatos indexados tornam-se
acessíveis a partir das bases de dados destes serviços.

Face ao cenário descrito, o conceito de acesso à informação, no contexto das


bibliotecas digitais, não se esgota nos movimentos open access, open software
e open metadata standards, e implica reflectir sobre conceitos fundamentais
como a interoperabilidade, a usabilidade e a preservação.
A interoperabilidade (Witten and Baindridge 2003) assenta no pressuposto de
que o sucesso na partilha de recursos e aplicações e o consequente acesso à
informação requer o estabelecimento de padrões de tratamento de dados e
informações, nomeadamente modelos de meta-informação e protocolos de
comunicação e transferência de dados. No entanto, a implementação da
interoperabilidade implica a cooperação a três níveis de actuação:
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO DE
UMA BIBLIOTECA DIGITAL 21

1. Técnico ou tecnológico: formatos, protocolos, sistemas de segurança,


entre outros.
2. Semântico ou de conteúdos: dados e metadados.
3. Organizacional: workflow segundo regras básicas para o acesso,
preservação e utilização da informação digital.
O acesso à informação implica não só a captação da informação, mas também a
efectiva utilização em contexto de aplicação. A usabilidade faz parte
integrante do processo de avaliação das bibliotecas digitais enquanto sistemas
de informação e é definida como o resultado da eficiência, eficácia e satisfação
com que os utilizadores atingem os seus objectivos em ambientes específicos
(ISO 9241-11, de 1998). A avaliação da usabilidade de bibliotecas digitais
prolifera na forma de estudos (Jeng 2005; Chowdhury, Landoni, and Gibb 2006)
sobre a utilização dos sistemas e o impacto da utilização em contexto de uso ou
sobre os comportamentos informacionais de pesquisa e recolha de informação,
sendo que a tónica preponderante é a avaliação da usabilidade do ponto de
vista do utilizador final e da funcionalidade de pesquisa (e não do operador e
da funcionalidade administrativa, por exemplo). Apesar da emergência de
alguns modelos formais de avaliação que pretendem garantir a uniformidade na
comparação entre sistemas (ex: 5SQual (B Moreira et al. 2007), predomina o
relativismo na criação de instrumentos de avaliação, na selecção de dimensões
e critérios operacionais para medir e avaliar a usabilidade, entendida como um
construto multidimensional que depende dos objectivos relativos e das
especificidades da colecção e sistema de informação em análise. É consensual
que a usabilidade é um conceito fundamental a ter em conta nas diversas
etapas subjacentes ao desenho, implementação e avaliação das bibliotecas
digitais e é mais um elemento da equação que preside ao acesso da informação.
A preservação tem como objectivo garantir que o acesso à informação se
mantém para as gerações futuras. As principais dimensões e perspectivas serão
abordadas na secção seguinte.

2.2 PRESERVAÇÃO (ACESSO FUTURO)

As bibliotecas universitárias, enquanto responsáveis pela custódia da cultura


intelectual e científica das instituições que servem, procuram gerir o equilíbrio
entre os objectivos de maximizar o acesso e a utilização actual da colecção e o
de preservar os materiais para utilização futura.
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO
22 DE UMA BIBLIOTECA DIGITAL

A necessidade de conservação e preservação dos materiais analógicos estende-


se actualmente aos materiais digitais. Juntamente com as causas de
deterioração tradicionais do documento em papel, surgem questões
relacionadas com a deterioração do material digital, nomeadamente a rápida
obsolescência tecnológica dos formatos e dos equipamentos de acesso e leitura
dos documentos.
A preservação de material digital produzido no âmbito da academia torna-se
um desafio maior, quando pensamos na diversidade de formatos disponíveis,
que resultam de escolhas motivadas pelas necessidades práticas dos seus
autores, que não têm nem o tempo nem o conhecimento especializado para
assegurar a conversão dos materiais para formatos de preservação. Salientamos
o alerta: “The amount of digital content produced at academic research institutions is
large, and libraries and archives at these institutions have a responsibility to bring this
digital material under curatorial control in order to manage and preserve it over time.
But this is a daunting task with few proven models, requiring new technology, policies,
procedures, core staff competencies, and cost models.” (Smith 2005).
A literatura tende a considerar a preservação digital como um processo
complexo que acompanha a gestão do ciclo de informação desde a produção à
disseminação e que envolve questões culturais, éticas e organizacionais, para
além da abordagem meramente técnica associada à digitalização ou à cópia
digital de documentos analógicos com o intuito de preservar o documento
original: “preserving our digital heritage is more than just a technical process of
pertuating digital signals over long periods of time. (…) it is a ongoing, long-term
commitment, often shared, and cooperatively met, by many stakeholders” (Lavoie and
Dempsey 2004). Há mesmo quem afirme que a preservação não é uma questão
técnica e não se revolve com a digitalização e com o arquivo digital per se:
“digital archiving without preservation is just storage” (Kriegsman and Mandell
2004).
Salientamos a definição de Miguel Ferreira (2007, p.24): “a preservação digital é
a actividade responsável por garantir que a comunicação entre um emissor e um
receptor é possível, não só através do espaço mas também através do tempo.”
A preservação digital pode representar duas operações distintas ainda que
interligadas: preservar objectos digitais que são nados-digitais ou que resultam
da conversão de materiais analógicos ou digitalizar materiais analógicos para
produzir cópias digitais.
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO DE
UMA BIBLIOTECA DIGITAL 23

Estratégias de preservação digital

As estratégias de preservação digital mais comuns consistem na migração dos


dados para outro formato de armazenamento ou na emulação do equipamento
ou software de acesso e leitura dos dados: “While emulation operates on the
environment of the objects to make sure that everything that is needed for rendering
(or performing) those objects is in place, migration transforms them to new
representations that are considered to be safer or better suited for long-term
preservation. In contrast to emulation, it is widely used in practice.” (Becker et al.
2008). A duplicação de formatos e cópias de armazenamento e a partilha e
distribuição de recursos copiados são procedimentos de preservação
globalmente reconhecidos. De acordo com a Digital Library Federation, o lema
é “to digitize once, to disseminate widely”. Um bom exemplo da prática
descrita é o programa LOCKSS (Lots of Copies Keep Stuff Safe), que consiste
numa rede internacional de preservação digital, cujo objectivo está bem
definido em: “LOCKSS provides libraries with the open-source software and support to
preserve today’s web-published materials for tomorrow’s readers while building their
own collections and acquiring a copy of the assets they pay for, instead of simply
leasing them.”(LOCKSS 2008).
As principais desvantagens apontadas às estratégias de preservação digital
(Smith 1999) são a fragilidade da permanência e a perda de autenticidade da
cópia digital face ao original analógico e digital, intrínsecas à constante
evolução tecnológica e à alteração de suporte. A autenticidade digital (Ferreira
2007) assume várias acepções e passa pela definição de um conjunto de
propriedades significativas da informação digital que se pretende preservar,
isto é, se se pretende conservar o conteúdo textual de um artigo científico ou a
disposição do texto na página e respectiva formatação ou ainda o suporte em
que foi lido. Neste contexto, surge o recurso a meta-informação de
preservação, cujo principal objectivo é descrever a proveniência, as actividades
de preservação, o ambiente e condicionantes de âmbito tecnológico.

Digitalização e formatos de documentos: algumas recomendações

O processo de digitalização de material impresso habitualmente é motivado por


dois objectivos que, ainda que distintos, se inter-relacionam: aumentar o
acesso e divulgação da colecção e/ou evitar a deterioração da colecção.
Procuramos reunir neste capítulo algumas recomendações e orientações
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO
24 DE UMA BIBLIOTECA DIGITAL

práticas com base na revisão da literatura efectuada (Ferreira 2007; Direcção-


Geral de Arquivos 2008).
A selecção dos documentos a incluir no processo de digitalização deve ser
realizada de acordo com os seguintes factores:
1. Objectivos e público-alvo da colecção e motivação da digitalização;
2. Material/ Colecção: proveniência (questões legais e éticas),
características físicas (volume da colecção, tipologia e diversidade de
suportes e dimensões dos documentos, qualidade e estado de
conservação dos documentos originais e/ou suportes de
armazenamento), valor e usabilidade;
3. Tecnologia de suporte à digitalização;
4. Instituição e questões organizacionais (recursos humanos com valências,
recursos materiais e financeiros adstritos ao processo de digitalização,
constrangimento temporal).
As opções a tomar devem ter em conta os factores enumerados à luz de uma
análise custo/benefício. Os principais custos enunciados consistem no eventual
investimento em tecnologia (servidor e tecnologia web, PCs e software
específico, periféricos: scanners, câmaras fotográficas e impressoras, CDs e
outros consumíveis), nas despesas com os salários dos Recursos Humanos (custo
proporcional ao tempo de trabalho despendido) ou com a contratação de
serviços de out-sourcing e no tempo despendido.
A escolha do equipamento de digitalização, obviamente limitada por
constrangimentos de cronograma e orçamento financeiro, deve ser norteada
pelas características físicas dos documentos originais (dimensões, volume e
suporte e estado de conservação), pela qualidade do resultado pretendido
(optical resolution, bits depth, dynamic range, signal-to-noise ratio), e pela
capacidade de trabalho e ciclo de vida do equipamento.
O processo de digitalização deve ser planeado em termos dos recursos materiais
e humanos necessários à sua execução, nomeadamente, deve ser identificada a
responsabilidade pelo processo, distribuída em diferentes competências e
funções desde a coordenação até à digitalização, tratamento e armazenamento
da cópia digitalizada, o local e a duração da tarefa em forma de cronograma,
os equipamentos e as despesas associadas.
A literatura propõe um processo faseado por etapas, tais como:
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO DE
UMA BIBLIOTECA DIGITAL 25

1. Selecção dos documentos de acordo com as prioridades definidas para a


colecção, em função da obra, do utilizador e/ou da instituição;
2. Manuseamento dos documentos na pré-digitalização com o objectivo de
assegurar a qualidade e a segurança do original;
3. “Scanning” ou “aquisição de imagem” com recurso a um scanner ou câmara
fotográfica e de acordo com os critérios do objecto digital pretendido: texto ou
imagem, preto e branco ou a cores ou escala de cinza, grau de resolução óptica
das imagens, criação de thumbnails, várias versões;
4. Reconhecimento de caracteres com recurso a software de Optical Character
Reading (OCR) e de acordo com os critérios definidos (por exemplo, tipo de
meta-informação extraída automaticamente);
5. Verificação manual do resultado do OCR;
6. Conversão dos dados num formato adequado ou em vários formatos de acordo
com propósitos de preservação, acesso ou divulgação (ex: o formato TIFF
habitualmente é considerado um formato que favorece o detalhe nas imagens e
é utilizado como cópia de preservação, enquanto que o formato JPEG é
considerado um formato de acesso e divulgação);
7. Segurança (ex: incorporação de uma marca-de-água institucional);
8. Armazenamento e descrição (eventual).
A qualidade de um objecto digital que resulta de um processo de digitalização
pauta-se pelos predicados seguintes:
1. Identificação e localização persistente
2. Acessível para uso futuro
3. Migrável para outros formatos e entre sistemas
4. Autenticado
5. Descritível
A escolha dos formatos prende-se essencialmente com duas características: a
sustentabilidade e a qualidade e funcionalidade do formato.
A sustentabilidade traduz-se na fiabilidade e no custo de preservação do
conteúdo, resultantes da abertura e transparência do formato e da
independência de hardware e software externos – isto é, formato aberto de uso
generalizado e amplamente documentado e auto-refenciável (meta-informação
associada ao objecto digital), mas também da existência de mecanismos de
protecção técnica (por exemplo, encriptação).
A qualidade e funcionalidade do formato são decorrentes da capacidade do
formato em representar as características pretendidas pelos utilizadores
actuais e futuros. A título de exemplo, refere-se que, no caso das imagens, os
CAPÍTULO 2. ACESSO E PRESERVAÇÃO: VALÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA CRIAÇÃO
26 DE UMA BIBLIOTECA DIGITAL

formatos oscilam de acordo com as necessidades de utilização da cópia digital:


o formato TIFF é mais utilizado para suportar a versão para preservação,
focalizada para a obtenção do detalhe e os formatos JPEG ou PNG suportam
uma versão ou várias versões de acordo com diferentes necessidades de acesso
e divulgação, desde a visualização no monitor, a impressão, o zoom, o
thumbnail ou a publicação posterior.

De uma forma geral, a preservação digital tende a ser um processo que exige
ainda uma intervenção manual acentuada, ainda que cada vez mais surjam
medidas e técnicas que promovem a automatização de procedimentos inerentes
ao plano de preservação digital (por exemplo, a ferramenta PLATO - a
preservation planning tool (Becker et al. 2008) ou mesmo ferramentas que
automaticamente detectam a obsolescência dos formatos (Curtis et al. 2007).
De uma forma geral, a revisão da literatura efectuada permitiu concluir que o
acesso à informação e a preservação da informação para acesso futuro,
entendidos como valências estrurantes das bibliotecas digitais, reflectem-se na
adopção de políticas de acesso livre às colecções e na escolha de plataformas
tecnológicas e normas de descrição e protocolos de comunicação de código
aberto e adaptável às necessidades das colecções. O formato aberto promove a
comunicação entre sistemas de informação e a preservação da informação
armazenada.
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 27

CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

O cenário apresentado e as componentes consideradas fundamentais no


desenho de uma biblioteca digital têm de ser devidamente contextualizados
para o caso específico da FCNAUP, nomeadamente através de uma breve
descrição da instituição e dos serviços e sistemas de informação existentes para
depósito, armazenamento e pesquisa de produção científica, académica e de
divulgação da autoria de docentes e investigadores, designada genericamente
por produção intelectual.
A identificação das tipologias documentais e dos diversos suportes associados à
produção intelectual da autoria de docentes e investigadores da FCNAUP
implica precisar previamente os conceitos de Informação e Documento
assumidos neste trabalho.
Neste sentido, partindo da definição de informação avançada por Silva &
Ribeiro (Silva and Ribeiro 2002, p.37): “conjunto estruturado de representações
mentais e emocionais codificadas (signos e símbolos) e modeladas com/pela
interacção social, passíveis de serem registadas num qualquer suporte material
(papel, filme, banda magnética, disco compacto, entre outros), e portanto,
comunicados de forma assíncrona e multi-direccionada”, considera-se a
informação como um fenómeno info-comunicacional, e o documento - registo
textual, audiovisual ou multimédia - como “o epifenómeno do fenómeno info-
comunicacional”(Silva 2006, p.103), isto é, a reprodução da informação
processada entre os interlocutores envolvidos no processo de comunicação.

3.1 O CONTEXTO INSTITUCIONAL

Sobre a FCNAUP

A FCNAUP é a mais recente unidade orgânica da Universidade do Porto


(U.Porto), cuja origem remonta ao Curso Superior de Nutricionismo, criado na
década de 70. Este curso passou a constituir uma unidade orgânica da U.Porto
em 1992 e deu origem ao Instituto de Ciências da Nutrição e Alimentação da
U.Porto em 1996, tendo adoptado a designação actual em 1999 (Ribeiro,
Fernandes, and Reimão 2001). A FCNAUP continua a ser a única faculdade
pública nacional a conferir o grau de licenciado em Ciências da Nutrição,
28 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

distinguindo-se no panorama universitário público português pela oferta de


ensino e investigação em áreas científicas exclusivas.
Os relatórios anuais de actividades da FCNAUP (Faculdade de Ciências da
Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto 2001-2008) e o mais recente
relatório de Auto-avaliação institucional (Faculdade de Ciências da Nutrição e
Alimentação da Universidade do Porto 2008) revelam que apesar das condições
adversas, nomeadamente a precariedade das condições físicas, a exiguidade do
espaço e dos recursos materiais e humanos - com cerca de 500 estudantes, 33
docentes e 24 funcionários não docentes, a FCNAUP é a unidade orgânica da
U.Porto de menores dimensões - os pontos fortes desta instituição residem
sobretudo nos recursos humanos qualificados e na forte integração da FCNAUP
na rede científica e na comunidade civil, predicados que permitem desenvolver
actividades de ensino e investigação de grande qualidade.
Salientam-se dois indicadores: a produção científica e a participação da
FCNAUP na comunidade exterior. Deste modo, importa referir que o rácio
publicação indexada/Doutorado ETI, que constitui um dos indicadores de
qualidade científica, é dos mais elevados das 14 unidades orgânicas e que o
número de publicações indexadas nas bases ISI tem vindo consistentemente a
crescer desde 2002, no universo da U.Porto (Universidade do Porto. Reitoria
2008). A FCNAUP caracteriza-se pelo forte envolvimento com a comunidade
circundante, à qual presta diversos serviços, nomeadamente: o Serviço de
Aconselhamento Alimentar; a realização de estágios em empresas e instituições
nas áreas da restauração, desporto, clínica, saúde pública e comunitária e
indústria (Gabinete Coordenador de Estágios); a organização de palestras,
cursos científicos e workshops para a comunidade (Gabinete de Educação
Contínua); a divulgação de ofertas de emprego e apoio no recrutamento de
licenciados em Ciências da Nutrição (Gabinete de Inserção na Vida Activa).
A estratégia de optimização de recursos (humanos e materiais) é
recorrentemente apontada (Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação
da Universidade do Porto 2008) como uma das características singulares do
espírito da FCNAUP e traduz-se na partilha de recursos no seio da Universidade
e com a Comunidade Exterior, através do estabelecimento de protocolos,
parcerias e representações.
A missão e objectivos gerais da FCNAUP estão subjacentes à declaração da
natureza e fins da FCNAUP constantes nos Estatutos, em vigor à data de Junho
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 29

de 2009, (Despacho n.º 26 468/2006, de 29 de Dezembro 2006), sendo que


estes se encontram alinhados com a missão da U.Porto no que se refere aos
domínios de actuação: a FCNAUP assume-se como um “centro de ensino,
investigação científica, cultura e prestação de serviços à comunidade”.

Sobre a Biblioteca da FCNAUP

Dependendo directamente do Conselho Directivo, a biblioteca da FCNAUP tem


procurado acompanhar e promover o desenvolvimento geral da instituição que
serve, enquanto instrumento de apoio à pesquisa, ao acesso e à utilização da
informação na área das Ciências da Nutrição e Alimentação por parte de
estudantes, docentes e investigadores da FCNAUP, antigos estudantes e antigos
colaboradores, profissionais de saúde e investigadores na área e estudantes de
áreas afins. Os utilizadores externos são na sua maioria estudantes dos cursos
de Medicina, Psicologia e Desporto do ensino público e privado e de escolas
superiores de saúde oriundos de várias zonas do país que se deslocam ao Porto
à procura de bibliografia especializada, bem como médicos, dietistas e
enfermeiros.
Neste sentido, os últimos anos foram marcados por iniciativas de harmonização
com a rede de bibliotecas da Universidade do Porto, nomeadamente a
informatização do catálogo da biblioteca, actualmente incorporado no catálogo
comum da U.Porto, e o desenvolvimento do website alojado no SIGARRA da
FCNAUP (http://www.fcna.up.pt).
Os serviços disponíveis incluem a consulta local, o empréstimo domiciliário e a
reprodução de documentos. Dá-se especial relevância à formação e apoio na
pesquisa online e na redacção de trabalhos académicos e publicações
científicas.
A biblioteca tem igualmente um papel activo nos processos de avaliação
institucional, nomeadamente na recolha de informação e redacção dos
Relatórios Anuais de Actividades e dos Relatórios de Auto-avaliação
Institucional. Especificamente, as contribuições consistem na recolha de
informação relativa à produção intelectual da FCNAUP, nomeadamente o
material intelectual produzido pela comunidade académica da FCNAUP, no
âmbito das actividades de ensino, investigação, extensão comunitária e
divulgação, e na identificação de procedimentos de monitorização da qualidade
dos materiais produzidos.
30 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

3.2 SERVIÇOS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA U.PORTO: USOS NA FCNAUP

À luz da classificação adoptada por Burk para auditar os recursos de informação


disponíveis numa organização segundo as fontes, serviços e sistemas de
informação disponíveis (Burk and Horton 1988), procedemos à identificação das
fontes de informação e dos serviços e sistemas de informação existentes na
FCNAUP e na U.Porto, a nível central.
A identificação dos recursos referidos tem como objectivos: contextualizar a
natureza e a função da informação em análise – produção intelectual da
comunidade docente e de investigadores da FCNAUP, e apreender o fluxo de
informação existente.
Identificamos as seguintes fontes de informação, disponíveis online7:
1. Catálogo bibliográfico online da biblioteca da FCNAUP (Faculdade de Ciências
da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto 2009a) – referencia o fundo
documental pertencente à biblioteca, ao qual pertence o núcleo de publicações
de docentes e investigadores da FCNAUP relativo à produção científica da
FCNAUP depositada na biblioteca.
2. Relatório Anual de Actividades da FCNAUP e fichas individuais de docentes e
investigadores disponíveis online, rubricas “Produção Científica” e “FCNAUP e
os Media” (Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do
Porto 2001-2008) – a rubrica “Produção Científica” diz respeito às publicações e
comunicações realizadas pelos docentes e investigadores no ano anterior e é
realizada com base na informação introduzida nas fichas individuais pelos
docentes e investigadores e com base na listagem das publicações indexadas na
ISI enviada pelo Serviço de Melhoria Contínua; a rubrica “FCNAUP e os Media”
refere-se às diversas colaborações de docentes da FCNAUP com a Imprensa, a
Rádio e a Televisão e é realizada com base na informação introduzida nas fichas
individuais, completada com a consulta ao clipping de notícias da FCNAUP e da
U.Porto, disponíveis em cada um dos sites das instituições referidas.
3. Relatório de Auto-avaliação institucional da FCNAUP, rubrica “Investigação e
Desenvolvimento” (Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto 2008) – a rubrica “Investigação e Desenvolvimento” faz

7
A consulta às fontes de informação identificadas foi realizada entre Outubro de 2008 e Janeiro
de 2009.
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 31

uma avaliação da produção científica e académica da autoria da FCNAUP, de


acordo com indicadores de qualidade.
4. Relatório I&D do Serviço de Melhoria Contínua da U.Porto (Universidade do
Porto. Reitoria 2008) – os dados apresentados, neste documento, referem-se a
publicações de docentes (incluindo convidados), investigadores (incluindo
bolseiros), não docentes e estudantes da U.Porto indexadas na base Web of
Science (ISI – WoS), entre 2004 e 2008.
5. Repositório Aberto da U.Porto, Comunidade FCNAUP (Universidade do Porto
2009) – permite a pesquisa da produção científica e académica da U.Porto em
acesso público, incluindo a da FCNAUP.
6. Sistema de Informação SIGARRA da FCNAUP, Módulo de Publicações (Faculdade
de Ciências de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto 2009) –
permite o armazenamento, descrição e pesquisa da produção científica e
académica da FCNAUP.
Cada um dos recursos consultados existe em formato electrónico e está
disponível online em acesso livre. Os recursos identificados são produzidos no
contexto interno da U.Porto (as fontes n.ºs 1, 2, 3 e 6 resultam de produção
própria da FCNAUP e as fontes n.ºs 4 e 5 são produzidas pela U.Porto, a nível
central), sendo que não consideramos necessário consultar as bases
bibliográficas externas uma vez que a U.Porto e a FCNAUP dispõem de
procedimentos próprios de registo, armazenamento e pesquisa, bem como de
meta-análise da informação recuperável nas bases externas.
A consulta das fontes referidas permitiu identificar diversos serviços e sistemas
de informação paralelos, ainda que complementares na tarefa comum de
preservar e divulgar a produção científica e académica da FCNAUP,
nomeadamente:
ƒ As Fichas Individuais dos Docentes e Investigadores que estão na origem do
Relatório Anual de Actividades da FCNAUP (Fichas RA),
ƒ O Módulo de Publicações pertencente ao SIGARRA da instituição
(Publicações SIGARRA),
ƒ O Repositório Aberto da U.Porto, em DSpace (Repositório Aberto),
ƒ O Catálogo bibliográfico online da biblioteca da FCNAUP (Catálogo ALEPH).
Importa sistematizar cada um dos serviços de informação à luz dos elementos
seguintes (cf.Tabela 1): objectivos e finalidade do serviço de informação
associado; produtores e gestores de informação; conteúdo da colecção;
tecnologia de suporte ao sistema de informação.
32 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

Tabela 1. Sistemas e serviços de informação na U.Porto - Objectivos, colecção e tecnologia

Módulo publicações Catálogo bibliográfico


Fichas individuais de no SIGARRA da Repositório Aberto da online da Biblioteca
docentes RA FCNAUP U.Porto da FCNAUP
Relatar as actividades Servir de interface Preservar e divulgar a Descrever e localizar
Objectivos

anuais dos docentes e para o registo e auto- produção científica da os recursos


investigadores da depósito da produção comunidade bibliográficos
FCNAUP nas diversas científica da autoria académica da U.Porto pertencentes ao fundo
áreas de actuação. de docentes e em acesso livre. bibliográfico da
investigadores com FCNAUP, incluindo o
vínculo à U.Porto. Núcleo de Publicações
de Docentes
Autores das fichas Autores (i.e. docentes Universidade Digital - Biblioteca da FCNAUP
Gestores de informação

individuais (ie. e investigadores) exportação automática


docentes e Responsável pela do SIGARRA dos
investigadores) validação da registos com objecto
Equipa redactorial, da informação submetida digital de acesso
qual faz parte um – elemento da público
elemento da Biblioteca Biblioteca
Registo bibliográfico Registo bibliográfico e Registo bibliográfico e Registo bibliográfico
Colecção

da produção científica objecto digital relativo objecto digital relativo da produção científica
e académica, à produção científica e à produção científica e e académica de
Menção às académica da FCNAUP académica da U.Porto docentes e
comunicações de acesso livre investigadores da
científicas e outras FCNAUP depositados
participações orais na biblioteca da
Menção às FCNAUP em suporte
colaborações com os impresso ou digital
Media
Produção interna da SIGARRA U.Porto DSpace U.Porto ALEPH, instalação da
Tecnologia

FCNAUP Reitoria U.Porto

Enquanto que o catálogo bibliográfico ALEPH e a listagem compilada no


Relatório de Actividades permitem armazenar e identificar as referências
bibliográficas da produção intelectual da FCNAUP, o módulo de publicações
SIGARRA permite o auto-depósito de publicações em formato digital e, para
além da descrição, permite a pesquisa de referências e conteúdos digitais
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 33

associados. O Repositório Aberto permite a pesquisa de referências e objectos


digitais em acesso público.
A identificação dos gestores de informação que actuam nos serviços e sistemas
de informação da FCNAUP permite sublinhar o papel activo da Biblioteca
enquanto interveniente chave nos fluxos de informação existentes. Neste
sentido, importa salientar que a biblioteca da FCNAUP tem tentado não apenas
servir como mediadora no processo de recolha, armazenamento, descrição e
divulgação da produção intelectual da instituição, como também tem
desenvolvido esforços no sentido de participar activamente no desenvolvimento
e adaptação dos sistemas de informação disponíveis a nível central,
nomeadamente fazendo-se representar em Grupos de Trabalho da U.Porto (por
exemplo, o Grupo de Trabalho Repositório Institucional) e avaliando aplicações
e módulos do Sistema de Informação comum – SIGARRA (por exemplo, o módulo
de publicações), através do uso e envio de eventuais sugestões de melhoria às
entidades competentes.
Do ponto de vista quantitativo, considera-se interessante referir que a
dimensão da informação disponibilizada difere em cada um dos sistemas. Para
ilustrar a diferença numérica e a diversidade tipológica entre os sistemas,
indica-se o número de publicações da autoria de docentes e investigadores da
FCNAUP registados em cada um dos sistemas, com data de publicação 20078 (cf.
Tabela 2), uma vez que os resultados relativos ao ano de publicação 2007
permitem retratar os usos de cada um dos sistemas pela FCNAUP até ao
momento presente, sendo que em 2009 foram introduzidas alterações
significativas nos procedimentos de recolha e gestão da produção intelectual da
FCNAUP, objecto de descrição detalhada mais à frente.

8
Consulta realizada a Março de 2009.
34 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

Tabela 2. Sistemas e serviços de informação na U.Porto – Publicações da FCNAUP 2007


N.º Descrição
202 59 artigos revistas internacionais

Fichas > RA
65 artigos revistas nacionais
15 artigos actas internacionais
20 artigos actas nacionais
3 capítulos de livros
2 livros
29 artigos de divulgação
8 material de divulgação científica e pedagógica
1 tese de doutoramento
42 36 artigos revista internacional
SIGARRA

2 artigos revista nacional


2 artigos acta internacional
1 artigo acta nacional
1 tese de doutoramento
8 2 artigos revista internacional
DSpace

2 artigos revista nacional


4 dissertações de mestrado

34 18 artigos revista internacional


ALEPH

5 artigos revista nacional


3 artigos actas internacionais
1 capítulo de livro
3 livros
2 provas de agregação
2 teses de doutoramento

A diferença numérica e tipológica assinalada decorre da natureza e função


díspares de cada um dos serviços e sistemas de informação em análise. De uma
forma genérica, afirma-se que o Relatório de Actividades publica anualmente a
listagem das referências bibliográficas registadas nas fichas dos docentes, com
o objectivo de documentar a produção científica e académica decorrente das
actividades realizadas durante o ano a que se reporta. Para além da produção
científica e académica contabilizada, o Relatório de Actividades de 2007 faz
menção a 221 comunicações orais e posters e 98 colaborações com os Media. O
módulo publicações SIGARRA serve para o auto-depósito da produção científica
e académica dos docentes e investigadores da FCNAUP, sendo que apenas os
registos com objecto digital associado e de acesso público é que são exportados
para o Repositório Aberto. O catálogo ALEPH sustenta o catálogo bibliográfico
das obras pertencentes ao fundo documental da biblioteca, cujo espólio remete
naturalmente para obras especializadas de autoria interna e externa à
instituição. Alerta-se para o facto de que o número de publicações deve ser
apreciado em função da utilização de cada um dos sistemas pela FCNAUP.
Apesar de não existir actualmente uma avaliação precisa sobre os usos e
comportamentos informacionais relativos a cada um dos serviços e sistemas em
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 35

análise, a utilização de cada um dos sistemas pela FCNAUP será caracterizada


em seguida.

Fichas individuais de docentes e investigadores e Relatório Anual de


Actividades da FCNAUP

A utilização das fichas individuais dos docentes, em formato papel, remonta a


1996 e tinha como objectivo recolher a informação necessária para editar o
Relatório Anual de Actividades (RA) da instituição, pelo que serviam apenas
como instrumento de recolha de informação e não eram disponibilizadas
publicamente. Em 2002, foi editada uma versão online da ficha individual do
docente num formato semelhante ao actual (cf. Anexo 2).
O RA é uma publicação, cuja primeira edição online remonta a 2001 (Faculdade
de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto 2001-2008)9,
através da qual se pretende relatar as actividades desenvolvidas pela
instituição nas diversas áreas de actuação. É composto pelo relatório das
actividades relativas ao ano em relato, completado pelo conjunto de fichas
individuais dos docentes e técnicos-superiores de apoio ao ensino e investigação
e investigadores ao abrigo de protocolos de colaboração, sendo que a
informação reunida no Relatório é editada em parte com base nos dados
fornecidos pelos autores das fichas individuais, que são da sua inteira
responsabilidade.
A produção científica, nomeadamente as publicações e comunicações em
congressos, reuniões científicas e seminários da autoria de docentes, técnicos-
superiores de apoio ao ensino e investigação e de elementos integrados em
projectos e protocolos da FCNAUP, é compilada na rubrica “Investigação”.
A partir de 2003, as publicações são classificadas segundo a indexação em bases
de dados bibliográficas: a classificação “revistas científicas indexadas” integra
os artigos científicos publicados em revistas indexadas em bases de dados
internacionais de referência, nomeadamente nas bases da ISI Web of
Knowledge, PubMed e Scopus [consulta datada]; sendo que os artigos, por
extenso e em forma de resumo, indexados na ISI são assinalados por [ISI] e os

9
Para o efeito, não foram considerados as edições do RA anteriores a 2001, dado que existem apenas em
suporte papel.
36 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

artigos indexados em bases distintas das consideradas são classificados como


artigos de “revistas científicas não indexadas”. Nos casos em que uma revista
indexada na ISI não indexa os resumos, estes não são contabilizados como
indexados.
No RA, são também referidas outras publicações de carácter pedagógico e de
divulgação, bem como são feitas menções a participações em conferências e
seminários científicos com apresentação de comunicação ou poster, não
necessariamente publicadas em livros de actas ou em suplementos de revistas,
sendo contempladas outras participações orais para além das desenvolvidas no
âmbito das actividades de ensino ou investigação. São ainda listadas as teses e
dissertações académicas defendidas no ano relatado. Existe espaço igualmente
para mencionar a colaboração da FCNAUP com os media, especificamente a
realização de entrevistas e a publicação de artigos na imprensa local e
nacional. Em 2009, tornou-se obrigatória a inserção das publicações de
natureza científica no módulo do SIGARRA para efeitos de recolha das
publicações científicas a constar no RA de 2008. A informação relativa às
comunicações apresentadas em congressos e reuniões científicas e no âmbito
de outras participações orais manteve-se na ficha individual do docente.

Módulo de publicações SIGARRA e o Repositório Aberto da U.Porto

O SIGARRA (Universidade do Porto 2009) foi desenvolvido pela Universidade do


Porto e está em uso na FCNAUP desde Outubro de 2003. Trata-se de um sistema
de informação integrado que tem como objectivo facilitar a pesquisa, o acesso
e a divulgação de informação relevante no âmbito das actividades de gestão e
administração, ensino, investigação e extensão universitária de cada
instituição, desde informação sobre os cursos leccionados e os registos de
estudantes, até à gestão de recursos humanos e de instalações, passando pelo
registo da actividade científica e por diversos mecanismos de comunicação
(Universidade do Porto 2008c).
O SIGARRA é constituído por três componentes: a Gestão Académica (GA) e a
Gestão de Recursos Humanos (GRH), e uma componente de Sistema de
Informação na Web (SI), sendo que as duas primeiras se destinam ao uso
exclusivo pelos serviços competentes, em backoffice, e o Sistema de
Informação, em frontoffice, está acessível a todos os leitores de informação,
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 37

internos ou externos à comunidade académica da U.Porto, mediante níveis de


acesso diferenciado à informação, assegurados por credenciais de autenticação.
Cada uma das componentes é constituída por módulos que interagem entre si.
Por exemplo, a informação relativa à categoria profissional introduzida na
componente GRH é visível no Relatórios de Actividades (RAs) e Curricula Vitae
(CVs) de cada um dos docentes da instituição. O esforço de integração da
informação é igualmente visível no diálogo que o SIGARRA estabelece com
outras aplicações e sistemas existentes na Universidade, como sistemas de
gestão de bibliotecas (ALEPH), sistemas de gestão de conteúdos de e-learning
(WebCT e Moodle) ou sistemas de gestão financeira (Primavera). A título
ilustrativo, indica-se que a inserção da bibliografia nas fichas das disciplinas é
feita com base na pesquisa prévia das referências no catálogo bibliográfico
online da instituição em causa.
A informação relativa à actividade de Investigação e Desenvolvimento de uma
instituição é gerida com base em três módulos: CVs e RAs, Projectos e
Publicações. O módulo de publicações do SIGARRA de cada instituição tem
como principal objectivo servir de interface para o registo primário da
produção científica própria na forma de publicações científicas e para o auto-
depósito dos ficheiros associados, introduzidos com diferentes níveis de acesso
de acordo com a legislação dos direitos de autor e demais regulamentação em
vigor na U.Porto. As entradas bibliográficas ficam automaticamente disponíveis
nos CVs e RAs de cada um dos autores da publicação, sob a rubrica Produção
Científica.
Uma vez validada a publicação no SIGARRA, o registo pode ser exportado para o
catálogo bibliográfico da biblioteca. Até à data da consulta, a opção de
exportação para o catálogo ALEPH não estava operacional, pelo que sempre que
uma publicação da autoria de docente e /ou investigador era adquirida ou
doada à biblioteca, era criado um registo no catálogo bibliográfico e adicionado
o link para o registo no SIGARRA, de forma a interligar os registos inseridos nos
dois sistemas. Os registos com objectos digitais em acesso livre são
automaticamente exportados para o Repositório Aberto da U.Porto.
A utilização do módulo de publicações pela FCNAUP é ainda bastante reduzida,
uma vez que a instituição utiliza a ficha individual do docente, no formato
actual, desde 2002, para registar a informação relativa à produção científica, e
só em 2009 e por decisão do Conselho Directivo da FCNAUP é que se tornou
38 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

obrigatória a inserção das publicações no módulo do SIGARRA em substituição


da informação submetida nas fichas dos docentes. Definiu-se para a FCNAUP
que seria a Biblioteca a validar os dados bibliográficos dos registos efectuados
em função da submissão dos ficheiros respectivos.
No que se refere à produção académica, importa referir que, de acordo com a
regulamentação existente na U.Porto (Universidade do Porto. Equipas de
Modelação de Processos e de Desenvolvimento do SIGARRA 2008), o arquivo das
dissertações de mestrado e das teses de doutoramento é executado pela Secção
de Alunos da FCNAUP, que tem a responsabilidade de introduzir o registo
primário da área da tese, tema provisório, orientação e resumo no GA da
instituição. O SI é actualizado com a informação proveniente do GA e é no SI
que são registados os objectos digitais relativos às dissertações e teses por
parte do administrador do módulo (Serviços Académicos). A informação visível
no SI relativa às teses em acesso público é exportada, juntamente com o
objecto digital das teses, para o Repositório Aberto da U.Porto (Universidade do
Porto 2009). As teses e dissertações defendidas antes de 2006 estão a ser
digitalizadas sob a responsabilidade da Unidade de Gestão de Informação da
Universidade Digital da U.Porto. Sempre que o autor autoriza o depósito da tese
em acesso público, os objectos digitais e respectiva descrição são colocados
directamente no Repositório Aberto da U.Porto pela Unidade de Gestão de
Informação. Actualmente10, existem 3 Teses de Doutoramento e 13 Dissertações
de Mestrado. Até ao momento, desconhece-se se existirá alguma integração
com a meta-informação existente no catálogo bibliográfico relativa aos
exemplares em papel das teses e de que forma se processará essa integração.

Catálogo Bibliográfico ALEPH

O catálogo bibliográfico online tem como objectivo descrever e localizar as


referências bibliográficas de publicações de âmbito científico, académico e de
divulgação existentes na biblioteca em formato físico ou electrónico. O pedido
de artigos aos docentes e investigadores da FCNAUP teve início no ano lectivo
2005/2006 com o objectivo de recolher os documentos relativos às referências
bibliográficas introduzidas nas respectivas fichas individuais e listadas no

10
Consulta realizada a Setembro de 2009.
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 39

Relatório de Actividades da FCNAUP. Até ao ano corrente, o depósito podia ser


efectuado via email ou através de entrega de exemplar em papel à biblioteca,
sendo que esta se encarregava de criar o registo bibliográfico no sistema de
gestão bibliográfica ALEPH e de colocar o link para a publicação sempre que
esta estivesse disponível em acesso livre. A inserção de uma nova publicação
era divulgada via email dinâmico e colocada na página online da biblioteca
dedicada às publicações dos docentes (Faculdade de Ciências da Nutrição e
Alimentação da Universidade do Porto 2009b). O procedimento descrito é
semelhante para as publicações da autoria de docentes e investigadores obtidas
por compra, permuta ou oferta.
No que diz respeito à produção académica, o catálogo bibliográfico regista as
dissertações académicas e os relatórios de estágio relativos ao 1.º ciclo, uma
vez que é obrigatória a entrega de um exemplar da tese (em papel e em
formato electrónico) e do relatório de estágio na biblioteca e que este processo
é assegurado pela Secção de Alunos da FCNAUP. No entanto, o depósito de
teses de doutoramento e dissertações de mestrado, incluindo as da autoria de
docentes e investigadores, não é obrigatório, pelo que apenas as teses
oferecidas se encontram registadas no catálogo bibliográfico.
Em 2009, mediante a obrigatoriedade de inserir as publicações científicas no
módulo SIGARRA e face à impossibilidade actual de exportar os registos
inseridos no SIGARRA para o catálogo ALEPH, optou-se por duplicar o registo das
publicações depositadas na biblioteca no catálogo bibliográfico, adicionando o
link para o registo no SIGARRA, no caso das publicações inseridas pelos
docentes, e o link para o registo no Repositório Aberto, no caso das teses e
dissertações académicas em acesso público depositadas pela Secção de Alunos
da FCNAUP.
A Figura 1 representa os sistemas e serviços de informação existentes para
gestão da produção intelectual e os respectivos usos actualmente em vigor na
FCNAUP.
40 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

Relatório de •Produção
Actividades da intelectual da
FCNAUP
FCNAUP

Fichas de Publicações Catálogo


docentes RA @
SIGARRA ALEPH

•Colaborações com os •Publicações científicas •Publicações científicas @


media •Dissertações e teses da para o registo no
•Comunicações orais e autoria de docentes e SIGARRA
posters investigadores •Teses e dissertações @ para
•Materiais de •Dissertações e teses de o registo no Repositório
divulgação e estudantes (depósito Aberto
didácticos pela Secção de Alunos

@ •Publicações científicas e Teses e


Repositório dissertações académicas em acesso
público (Exportação directa do
Aberto DSpace SIGARRA)
•Teses e dissertações defendidas com data
anterior a 2006 e em acesso público
(Depósito pela Unidade de GI)

Figura 1. Sistemas e serviços de informação na U.Porto em 2009 e a produção intelectual da FCNAUP

3.3 TIPOLOGIAS DOCUMENTAIS E SUPORTES

Com o objectivo de identificar as tipologias documentais e suportes associados,


consideramos pertinente comparar as menções terminológicas utilizadas nos
diversos sistemas de informação identificados anteriormente e caracterizar a
tipologia documental em análise.
Neste sentido, a Tabela 3 apresenta a diversidade terminológica associada à
classificação tipológica do material que se pretende descrever, sendo que o RA
propõe uma classificação mais extensiva do ponto de vista da tipologia e do
conteúdo, traduzindo a variedade documental associada às diferentes áreas de
actuação dos autores da informação em análise. A classificação tipológica no
módulo de publicações SIGARRA e no Repositório Aberto são idênticas. Neste
sentido, enquanto que a natureza da produção científica armazenada no
SIGARRA e no Repositório é de índole marcadamente científica e académica, as
Fichas individuais dos docentes RA abrem espaço para registar informação
relativa ao material bibliográfico produzido em actividades de ensino, extensão
comunitária, divulgação e comunicação com os media, em paralelo com o
material proveniente das actividades de investigação e desenvolvimento. Por
outro lado, assinala-se a lacuna para menções específicas como as patentes,
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 41

material produzido em actividades de inovação, ou os catálogos, produzidos no


âmbito de exposições.
A terminologia utilizada no catálogo ALEPH tem por base o formato da
informação e é generalizada a todas as bases que fazem parte do Catálogo
Colectivo da U.Porto.
Tabela 3. Sistemas e serviços de informação na U.Porto - Diversidade terminológica

Fichas dos docentes > RA* SIGARRA* DSpace* ALEPH*


Publicações Acta de conferência Acta de Conferência Books
Trabalhos publicados por extenso Artigo em Acta de Artigo em Acta de Articles
em: conferência Conferência Internacional Serials
Teses e dissertações académicas** internacional Artigo em Acta de Standards
Livros/capítulos de livros Artigo em Acta de Conferência Nacional Academic Works
Revistas científicas internacionais conferência nacional Artigo em Revista Thesis
Revistas científicas nacionais Artigo em revista Internacional
Livros de Actas internacionais
Livros de Actas nacionais
Internacional Artigo em Revista
Trabalhos publicados sob a forma Artigo em revista Nacional
de resumo em: nacional Capítulo (ou parte) de
Revistas científicas internacionais Capítulo (ou Parte) de Livros
Revistas científicas nacionais Livro Catálogo
Livros de Actas internacionais Catálogo Livro
Livros de Actas nacionais Livro Patente
Artigos de tipologia diversa Patente Publicação Didáctica
(artigos de opinião/divulgação Publicação Didáctica Relatório (outros)
publicados em revistas e jornais; Relatório Técnico Relatório Técnico
editoriais e cartas ao editor) Relatório (outros) Tese de Doutoramento
Outro material de divulgação Tese (Licenciatura, Tese de Mestrado
científica e de apoio pedagógico Mestrado e Trabalho Académico
(guias, páginas electrónicas, entre
outros)
Doutoramento)
Comunicações e participações Trabalho Académico
orais
Comunicações em congressos,
reuniões científicas e seminários:
Apresentação de resultados de
trabalhos de investigação – sob a
forma de comunicação oral
Apresentação de resultados de
trabalhos de investigação – sob a
forma de poster
Apresentação de temas de
revisão
Outras participações (ex:
moderação, comunicação não
científica)
Colaborações com os Media
*classificação adoptada nas fichas de * classificação visível na * classificação visível na interface * classificação disponível na
docentes interface de depósito e de pesquisa pesquisa pelo campo Format,
** teses e dissertações académicas da descrição comum ao catálogo colectivo
autoria de docentes e investigadores da U.Porto
Importa fazer uma breve nota sobre a diversidade de suportes. Nenhuma das
classificações apresentadas faz referência à diversidade de suportes associada
aos documentos registados, no entanto, sabemos que ainda que exista uma
tendência natural para que os documentos registados referenciem objectos
digitais em suporte de texto ou imagem de texto, existem menções
introduzidas nas Fichas dos docentes RA a documentos potencialmente em
42 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

suporte áudio, multimédia ou interactivos ou em linha. É o caso das


apresentações e posters apresentados em congressos, seminários e cursos, ou
das colaborações dos membros da FCNAUP com os media, nomeadamente na
figura de entrevistas para a rádio e para a televisão. As Fichas dos docentes RA
documentam a existência deste tipo de material, mas não a diversidade de
suportes, uma vez que não armazenam o objecto digital associado ao
documento.
Com o objectivo de caracterizar a diversidade tipológica compilada no RA da
FCNAUP, do ponto de vista quantitativo e qualitativo, apresentam-se alguns
dados de interesse sobre o material bibliográfico recolhido nos diversos
Relatórios Anuais de Actividades, no período entre 2002 e 2008.
Na Figura 2 e na Tabela 4, apresenta-se a evolução de 2002 a 2008 do número
de artigos científicos da FCNAUP. Salienta-se que a produção científica
retratada apresenta um crescimento anual e que a FCNAUP publica artigos por
extenso e resumos indexados em maior número relativamente aos artigos não
indexados.

85
8085
7580
7075
6570
6065 Artigos não indexados
5560 Artigos não indexados
na ISI
5055 na ISI
4550 Resumos Indexados na
4045 Resumos Indexados na
ISI
3540 ISI
3035 Artigos indexados na ISI
2530 Artigos indexados na ISI
2025
1520
1015
510
05
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Figura 2. Relatório Anual de Actividades da FCNAUP - Artigos científicos; evolução 2002-2008

Tabela 4. Relatório Anual de Actividades da FCNAUP - Artigos científicos; evolução 2002-2008

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008


Artigos indexados na ISI 13 12 20 24 25 19 25
Resumos Indexados na ISI 7 1 10 7 15 29 18
Artigos não indexados na ISI 19 18 21 29 20 29 26
Total 39 31 51 60 60 77 69
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 43

A Tabela 5 apresenta a evolução da participação em conferências e cursos


científicos recolhida no RA, revelando um crescimento substancial ao longo dos
anos, bem como a introdução de novas tipologias como por exemplo “outras
participações” e menções FCNAUP e os Media.

Tabela 5. Relatório Anual de Actividades da FCNAUP - Participação em conferências/ cursos


científicos; colaboração com os Media; evolução 2002-2008

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008


Temas de Investigação 82 84 61 116 154 124 135
Temas de revisão 87 63 65 85 53 75 64
Outras participações (ex: moderador, carácter não científico) ‐ ‐ ‐ 33 12 22 20
FCNAUP e os Media (menções) ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 98 102
Total 169 147 126 234 219 221 210
(+98) (+102)
Notas: Antes de 2005, não eram consideradas outras participações para além da apresentação de temas de trabalhos de
investigação ou de temas de revisão. As Menções sob a Rubrica FCNAUP e os Media surgem a partir de 2007.

Ainda que com usos distintos, os serviços e sistemas de informação retratados


servem o propósito comum de recolher a informação bibliográfica relativa à
produção científica e académica da FCNAUP.
No ano corrente, a introdução das publicações científicas no módulo SIGARRA
em substituição das fichas dos docentes para efeitos de redacção do relatório
anual de actividades de 2008 traduziu-se num esforço de harmonização entre os
sistemas existentes, com o objectivo de evitar a duplicação de informação e de
procedimentos.
A produção científica e académica encontra-se bem documentada nos serviços
e sistemas descritos com base da utilização pela FCNAUP e os registos do
material intelectual produzido no âmbito das actividades de ensino, formação e
extensão comunitária e divulgação encontram-se apenas referidos nas fichas
dos docentes e no relatório anual de actividades, não tendo objectos digitais
associados. Neste sentido, importa considerar a adequação dos sistemas em
análise para a gestão dos materiais intelectuais provenientes das actividades de
ensino, formação e extensão comunitária e divulgação.
O âmbito e a natureza da colecção registada no catálogo bibliográfico e a
tecnologia de suporte não nos parecem ser os mais adequados à gestão de
informação bibliográfica associada ao material intelectual de natureza efémera
como as apresentações lectivas e as comunicações em escolas e centros de
saúde. Por outro lado, o catálogo bibliográfico destina-se ao armazenamento de
44 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

referências bibliográficas dos documentos existentes na biblioteca, cuja


colecção é muito mais abrangente do que a produção intelectual da instituição
e a actual instalação ALEPH da FCNAUP não suporta o depósito e gestão de
objectos digitais associados às referências bibliográficas.
A informação bibliográfica e os objectos digitais associados às referências
existentes no Repositório Aberto da U.Porto são automaticamente transferidos
a partir da respectiva informação registada no módulo de Publicações do
sistema de informação SIGARRA de cada Faculdade.
Partindo das premissas enunciadas, às quais se acrescenta a necessidade
crescente de substituir a informação preenchida na ficha individual do docente
pelo módulos disponíveis no SIGARRA, enquanto sistema de informação da
U.Porto, entendemos que seria interessante avaliar a adequação do SIGARRA,
nomeadamente o módulo de publicações, no que diz respeito ao depósito,
descrição, pesquisa e visualização dos registos da produção intelectual e
ficheiros associados relativos às actividades de investigação, ensino e formação
contínua, extensão comunitária e divulgação.
A Tabela 6 resulta da análise do módulo de publicações disponível para a
FCNAUP à data de Junho de 2009 e permite verificar que apenas as publicações
de índole científica e as publicações de índole didáctica têm expressão directa
no depósito, descrição, pesquisa e visualização.
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 45

Tabela 6. Módulo de Publicações SIGARRA - Representação da produção intelectual da FCNAUP

Produção Intelectual Depósito Descrição Pesquisa Visualização

Produção científica [uso validado em 2009] [uso validado em 2009] [uso validado em 2009] [uso validado em 2009]
Comunicações orais e posters de índole Obs.Descrição prevista no Obs.Visualização restrita ao
I&D

Tipologia não prevista Tipologia não prevista


científica módulo RA e CV* autor do RA e CV*

Obs.Depósito no módulo de Obs.Visualização restrita


Ensino & Aprendiz.

Apresentações lectivas Tipologia não prevista conteúdos da disciplina, Tipologia não prevista aos estudantes inscritos na
descrição mínima em texto disciplina e aos docentes
livre ou e-learning responsáveis
Obs. Depósito no módulo Obs.Visualização restrita
Textos de apoio às aulas e materiais de Tipologia não prevista de conteúdos da disciplina, Tipologia não prevista aos estudantes inscritos na
aprendizagem descrição mínima em texto disciplina e aos docentes
livre ou e-learning responsáveis
Palestras e apresentações para a Obs.Descrição prevista no Obs.Visualização restrita ao
comunidade Tipologia não prevista módulo RA e CV* Tipologia não prevista autor do RA e CV*
Extensão &
Divulgação

Publicações de divulgação e materiais de Tipologia publicação


Tipologia publicação didáctica Tipologia relatório Tipologia relatório
apoio didáctica
Comunicação com os

Artigos de divulgação Tipologia não prevista Obs. Depósito de notícias Tipologia não prevista Obs. Pesquisa no módulo
Recortes de Imprensa no módulo de notícias, notícias em texto livre
Entrevistas a jornais e revistas de descrição pelo gestor de
Media

divulgação, informação responsável


Participação em programas de rádio e pelo módulo em texto livre
televisão
Press release para agências noticiosas
Wikis, Blogs, websites, homepages
* módulo RA e CV: módulo Relatório de Actividades e Curriculum Vitae do SIGARRA
46 CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP

As comunicações orais de índole científica ou outra podem ser descritas no


módulos Curriculum Vitae e Relatório de Actividades do SIGARRA, mas não
está previsto adicionar o ficheiro associado.
Para além das interfaces de gestão da produção científica e académica da
instituição, o SIGARRA dispõe de uma interface ligada ao processo pedagógico
que permite o depósito de conteúdos de apoio às aulas, nomeadamente
apresentações e sebentas produzidas pelos docentes no âmbito das
actividades de ensino e aprendizagem. A descrição deste tipo de material é
meramente identificadora e o acesso é restrito aos docentes responsáveis
pelas disciplinas e aos respectivos estudantes inscritos. Existe igualmente uma
integração com os sistemas de gestão de conteúdos de e-learning (WebCT e
Moodle).
O material produzido em actividades de colaboração com os Media pode ser
referido enquanto notícia no módulo de notícias e anexado o respectivo
objecto digital. Existe uma menção paralela no clipping da U.Porto.
Desconhecem-se registos relativos ao material produzido no âmbito das
actividades de extensão comunitária e formação contínua (por exemplo,
documentação de apoio aos cursos de culinária saudável), ainda que exista
uma página dedicada à formação contínua da FCNAUP
(http://www.fcna.up.pt/cursos/).
No entanto, para cada uma das situações mencionadas, a descrição do
material é meramente informativa e não visa catalogar o documento, pelo
que, até ao momento, verifica-se que não é possível pesquisar todo o material
produzido por autor, título, ano ou assunto a partir de um ponto de acesso
único. Partindo da necessidade diagnosticada que pensamos ser comum a
outras unidades orgânicas, considera-se interessante utilizar a tipologia
publicação didáctica prevista no módulo publicações para o depósito e
descrição do material intelectual não previsto no módulo, sendo que
sugeríamos alterar a designação actual para publicação didáctica e de
divulgação. A descrição dos materiais implicaria recorrer a um campo para
identificar a tipologia específica do material (por exemplo, o campo descrição
ou campo observações) dentro da categoria publicação didáctica e alterar a
pesquisa por tipologia relatório para pesquisa por publicação didáctica.
Voltaremos a esta sugestão no capítulo 4, no ponto relativo aos
CAPÍTULO 3. A PRODUÇÃO INTELECTUAL DA FCNAUP 47

procedimentos a adoptar na estratégia de integração organizacional para a


implementação da biblioteca digital.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
48 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO


HUMANA: ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

Nota prévia: O conteúdo deste capítulo resulta de um trabalho experimental de


autoria partilhada com Isabel Barroso, mestranda em CI. Este trabalho foi elaborado
em colaboração com o Departamento para a Universidade Digital da U.Porto, com a
Biblioteca Virtual da U.Porto e com a equipa responsável pelo desenvolvimento do
SIGARRA e teve como objectivo avaliar a adequação do DSpace para o
desenvolvimento de bibliotecas digitais temáticas. Pretende-se dar conta do
processo de desenho e construção de protótipos, do ponto de vista estratégico e
operacional, pelo que um dos resultados desejados desta avaliação é a elaboração
posterior de um guia de procedimentos para a construção de bibliotecas digitais
temáticas com interesse para o ensino e aprendizagem e para as actividades de
extensão e divulgação, para além do âmbito científico do repositório institucional.

A disponibilização pública de documentação sobre alimentação e nutrição


humana, produzida e validada pela comunidade científica e académica, de
proveniência nacional e em língua portuguesa é escassa. No caso específico da
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
(FCNAUP), a produção intelectual encontra-se armazenada em sistemas e
serviços de informação paralelos e com diferentes níveis de acesso.
Sustenta-se que a criação de uma biblioteca digital com recurso a material
intelectual produzido pelo Dr. Emílio Peres, um dos fundadores do Curso de
Nutricionismo, hoje FCNAUP, ilustra a natureza singular e heterogénea da
produção intelectual da academia na sua quádrupla função de investigação,
ensino, extensão comunitária e divulgação, para além de fornecer um ponto
de acesso único à informação produzida e armazenada em diversos sistemas
paralelos.
A construção do protótipo da Biblioteca Digital de Alimentação e Nutrição
Humana (BDNut) foi feita com recurso a uma instância de desenvolvimento em
DSpace, interface JSPUI11, disponibilizada pelo Departamento para a
Universidade Digital da U.Porto, com vista à integração posterior no

11
Interface JSPUI da instância de desenvolvimento do protótipo:
http://repositorio.up.pt/dsdev2/jspui/
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 49

Repositório Temático da U.Porto. O acesso à instância de desenvolvimento,


instalada e administrada pela reitoria da U.Porto, foi garantido remotamente,
mediante a atribuição de credenciais de segurança e endereços IP
autorizados.

4.1 OBJECTIVOS E PÚBLICO-ALVO DA BDNUT

A Biblioteca Digital de Nutrição Humana é uma biblioteca digital temática


dada a natureza orgânica e funcional das suas colecções: por um lado, a
especialização disciplinar dos tópicos que caracterizam a colecção, e por
outro, o propósito de disponibilizar informação produzida e utilizada em
contextos mais abrangentes que a investigação, distanciam a BDNut da
experiência do repositório institucional, apesar de intrinsecamente académica
no que diz respeito aos produtores da informação disponibilizada, ao conteúdo
e público-alvo da colecção. A BDNut, enquanto biblioteca digital temática,
não é um portal agregador de conteúdos criados e disponibilizados
externamente à instituição produtora, e foi pensada como um produto, com
uma organização própria e em função de uma determinada comunidade de
utilizadores que constitui a sua população-alvo.
Neste sentido, a Biblioteca Digital de Nutrição Humana (BDNut) tem como
objectivos estratégicos:
ƒ Representar a especificidade da produção intelectual da comunidade de
docentes e investigadores da FCNAUP;
ƒ Fornecer um ponto de acesso único a meta-informação descrita e
validada em sistemas paralelos na U.Porto, nomeadamente o módulo de
publicações SIGARRA e o catálogo bibliográfico ALEPH;
ƒ Preservar e divulgar a produção intelectual para uso presente e futuro,
contribuindo para o aumento da visibilidade da instituição.
A BDNut tem como público-alvo preferencial os docentes e investigadores da
FCNAUP, uma vez que estes constituem os produtores da informação
disponibilizada e os utilizadores primários da BDNut. Enquanto biblioteca
temática, pretende-se que seja consultada por um público mais alargado
constituído por todos os utilizadores interessados na temática da alimentação
e nutrição humana, nomeadamente: academia, profissionais de saúde, pais e
professores, elementos da indústria e do comércio, profissionais dos media e
pelo consumidor geral.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
50 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

4.2 ORGANIZAÇÃO DA BDNUT: ESTRUTURA E FUNÇÃO

A organização da BDNut foi realizada de acordo com a natureza orgânica e


funcional da colecção temática, nomeadamente as tipologias
documentais/informacionais identificadas e os contextos de produção e uso
intrínsecos ao material em questão.

Tipologias documentais

Procedemos à identificação das tipologias documentais/informacionais com


base nas classificações tipológicas adoptadas pelos diversos sistemas e
serviços de informação disponíveis para armazenar e descrever a produção
científica e académica da FCNAUP (cf. Capítulo 3), tendo em conta os
respectivos contextos de produção e uso.
No que diz respeito à produção científica e académica, bem retratada nos
sistemas de informação da U.Porto, consideramos importante adoptar uma
classificação tipológica agregadora e consistente face à diversidade
terminológica que existe nas Fichas individuais dos docentes e no Relatório
Anual de Actividades da FCNAUP, no módulo de publicações SIGARRA e no
Repositório Aberto da U.Porto, e no catálogo bibliográfico ALEPH. Importa
ainda considerar a conformidade dos termos a adoptar com as recomendações
do projecto DRIVER12, de acordo com as traduções adoptadas pelo recém-
criado Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)13 (cf.
Tabela 7. Tipologias documentais).
O material produzido no âmbito das actividades de ensino e aprendizagem,
extensão comunitária, divulgação e colaboração com os Media, não retratado
ou retratado de forma deficiente nos sistemas de informação da U.Porto
considerados, foi classificado em função dos tipos de colaboração
contemplados no Relatório Anual de Actividades da FCNAUP.

12
DRIVER, http://www.driver-repository.eu/, consulta a 2009.03
13
RCAAP, http://www.rcaap.pt/, consulta a 2009.03
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 51

Tabela 7. Tipologias documentais – Propostas de classificação


DRIVER types BDNut
Fichas dos docentes > RA* SIGARRA/DSpace* ALEPH*
2.0*(DCMI type) (proposta)
Trabalhos publicados por extenso Acta de conferência - ConferenceItem Livro de Actas
e na forma de resumo em: Artigo em Acta de (documento de Artigo em Actas
Livros de actas internacionais conferência conferência)
Livros de actas nacionais internacional
Artigo em Acta de
conferência nacional
Trabalhos publicados por extenso Artigo em revista Articles Article(artigo) Artigo
e na forma de resumo em: Internacional Serials Paper científico
Revistas científicas internacionais Artigo em revista Review (recensão) Revista
Revistas científicas nacionais nacional
Livros Capítulo (ou Parte) de Books Book (livro) Livro
Capítulos de livros Livro BookPart (parte Capítulo (ou
Livro ou capítulo de parte) de Livro
livro)
- Patente Standard Patent (patente) Patente
s
- Publicação Didáctica - - Recurso
Educativo/Divul
gação
- Relatório Técnico - Report (relatório) Relatório
Relatório (outros)
Teses Tese (licenciatura) Thesis BachelorThesis Tese
Tese (mestrado) (dissertação de
Tese (doutoramento) licenciatura)
MasterThesis
(dissertação de
mestrado)
DoctoralThesis
(tese de
doutoramento)
- Trabalho Académico Acad.Wo Paper Trabalho
rks Académico
Comunicações em congressos, - - ConferenceItem Comunicação
reuniões científicas e seminários: (documento de Científica
Apresentação de resultados de conferência) Poster
trabalhos de investigação – sob a Lecture Aula/Palestra
forma de comunicação oral (palestra)
Apresentação de resultados de
trabalhos de investigação – sob a
forma de poster
Apresentação de temas de
revisão
Outras participações (ex:
comunicação não científica)
Artigos de tipologia diversa - - ContributionToPe Artigo de
(artigos de opinião/divulgação riodical (texto de opinião
publicados em revistas e jornais; periódico) Editorial
editoriais e cartas ao editor) Carta ao editor
- - - Annotation -
(anotação
jurídica)
Outro material de divulgação Catálogo - Other (outro) Catálogo
científica e de apoio pedagógico Recurso
(guias, páginas electrónicas, Educativo/Divul
entre outros) gação
Colaboração com os media - - - Notícia
(entrevistas e programas à Entrevista
Imprensa, rádio e TV) Reportagem
* consulta a 2009.05.30

A produção intelectual decorrente das actividades de ensino-aprendizagem,


extensão e divulgação foi genericamente designada por Recurso
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
52 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

Educativo/Divulgação, sendo que sentimos a necessidade de especificar o tipo


de material para efeitos de descrição do documento ao nível das propriedades
físicas e funcionais14. Na BDNut, os manuscritos foram considerados uma
tipologia documental, dado o valor histórico e patrimonial dos documentos em
questão.
Tabela 8. Recurso Educativo/Divulgação – Propostas de classificação

RPC MIME BDNut (proposta)

Livros, panfletos e folhas impressas Text Panfleto

Materiais cartográficos - -

Manuscritos - Manuscrito

Música - -

Registos sonoros Sound Audio

Filmes e registos vídeo Moving image Vídeo


Apresentação de slides
Materiais gráficos Image Cartaz
Stiil image Fotografia
Transparência
Poster
Recursos electrónicos Software CD-ROM
Dataset DVD
Service Software
Website
Blog
Web Forum
Lista de distribuição
Grupo de discussão
Microformas - -

Recursos contínuos Collection -

Analíticos Collection -

Multimedia Interactive resource Multimédia

Artefactos tridimensionais e realia Physical object Jogo


Puzzle
- Event Sessão de educação alimentar

Na Tabela 8, procedemos à comparação da classificação tipológica IANA


atribuída aos objectos digitais disponíveis na Internet - Internet Media Types

14
Utilizaremos os campos dc.format e dc.description para introduzir a informação de
carácter descritivo e não classificatório.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 53

(MIME types)15, com os tipos de recursos bibliográficos descritos nas Regras


Portuguesas de Catalogação (RPC)16 e utilizados na linguagem UNIMARC
(campo 200^b) para a designação genérica do tipo de material e propomos os
termos a adoptar para descrever o género específico do Recurso
Educativo/Divulgação a utilizar na BDNut. No caso específico dos recursos de
ensino-aprendizagem, os materiais podem ainda ser alvo de uma descrição
mais especializada com base nos tipos de recursos educativos recomendados
para o campo 5.2 Learning Resource Type da Learning Object Metadata (LOM)
do IEEE17. Consideramos o vocabulário utilizado pelo consórcio britânico
Resource Discovery Network/ Learning and Teaching Support Network
(RDN/LTSN)18 mais abrangente. A Tabela 9 compara os vocabulários
considerados com a proposta para a BDNut.
Tabela 9. Recurso Educativo/Divulgação - Especificidade do Material de Ensino-Aprendizagem

LOM (IEEE) RDN/LSTN BDNut (proposta)


Diagram ActivityExerciseFieldwork Glossary Apresentação de slides
Exam ActivityExerciseFieldworkNotes LecturePresentation Casos
Exercise AssessmentItem LessonPlan Exame
Figure CaseStudy ProjectOutline Exercício
Graph Computer-basedTutorial QuestionBank Guia
Index CourseLecturePresentationNot ReadingList Glossário
Lecture es ResourcePack Manual
Narrative text CourseModuleUnitProgramme SimulationModel Aula
Problem CurriculumSyllabus StudyGuide Palestra
statement Demonstration TeachingTip Programa curricular
Questionnaire EducationalPolicy Textbook Plano de sessão
Self EducationalReport WorkedExample Questionário
assessment EducatorGuide Teste
Simulation EvaluationForm Tutorial
Slide ExaminationTest
Table

A lista completa dos tipos de documentos adoptada pela BDNut pode ser
consultada no Anexo 3. Importa referir que as comparações realizadas neste

15
IANA: vocabulário controlado recomendado para o preenchimento do campo
dc.format.mymetype da linguagem Dublin Core, http://www.iana.org/assignments/media-
types/, consulta a 2009.05.
16
Cf. Sottomayor, José Carlos, concepção e redacção. Regras de catalogação: descrição e
acesso de recursos bibliográficos nas bibliotecas de Língua Portuguesa. Lisboa: B.A.D., 2008. e
Manual UNIMARC: formato bibliográfico. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2008.
17
Learning Object Metadata/IEEE, http://ltsc.ieee.org/wg12/, consulta a 2009.05.
18
RDN/LTSN resource type vocabulary, Version 1.0,
http://www.intute.ac.uk/publications/rdn-ltsn/types/. Este vocabulário é utilizado pelo
Intute, http://www.intute.ac.uk/, consulta a 2009.05.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
54 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

ponto tiveram como objectivo reproduzir as normas e os usos das tipologias


documentais no contexto da U. Porto e representar a diversidade do material
que se pretende preservar e divulgar na biblioteca digital. Acresce que a lista
de designações adoptadas para a BDNut não é estanque, pelo que novos
termos podem ser adicionados quando aplicável.

Comunidades e colecções

A BDNut está organizada em comunidades e colecções (cf.Figura 3), sendo que


as comunidades correspondem aos diferentes contextos de produção e uso da
informação produzida, e as colecções são decalcadas das tipologias
documentais identificadas anteriormente.
As diferentes áreas de actuação: Investigação & Desenvolvimento; Ensino &
Aprendizagem; Extensão comunitária e divulgação, estão bem documentadas
nas actividades descritas nos CVs dos docentes e investigadores e nos
Relatórios de Actividades, individuais ou institucionais (cf. Capítulo 3).
Consideramos que cada uma das áreas de actuação gera documentação e
informação que pode ser útil para a construção do conhecimento sobre a
temática da alimentação e nutrição humana e de interesse para o público em
geral, pelo que importa armazenar, descrever e divulgar os materiais
produzidos.
A organização funcional das comunidades por áreas de actuação e a
ordenação dos contextos, de dentro para fora, da academia para a sociedade
civil, ilustra um dos compromissos sociais da academia, nomeadamente a
divulgação ao grande público da ciência que resulta da investigação
académica, é objecto de ensino-aprendizagem, actividade de extensão
comunitária e conteúdo de divulgação aos media. Acresce que a pesquisa de
informação na biblioteca digital pode ser realizada ao nível de cada sub-
comunidade ou ao nível do conjunto das sub-comunidades, numa perspectiva
transversal e integradora da informação e do conhecimento.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 55

Comunidade
BDNut - Biblioteca Digital de Alimentação e Nutrição Humana

Sub-Comunidade: BDNut 1.Manuscritos


Descrição: Manuscritos produzidos por individualidades nas C.Nutrição
Colecções:
BDNut Manuscritos - Dr. Emílio Peres (1932-2003)

Sub-Comunidade: BDNut 2. Investigação & Desenvolvimento


Descrição: Materiais produzidos no âmbito das actividades de investigação científica
e de desenvolvimento: artigos científicos, livros, artigos publicados em livros de
actas, teses e dissertações académicas, entre outros
Colecções:
BDNut I&D - Artigos Científicos, Preprints / Publicações Periódicas
BDNut I&D - Artigos publicados em Actas / Livros de Actas
BDNut I&D - Capítulos (ou partes) de Livros / Livros
BDNut I&D - Comunicações e Posters
BDNut I&D - Relatórios Técnicos e Outros
BDNut I&D - Teses e Dissertações Académicas

Sub-Comunidade: BDNut 3. Ensino & Aprendizagem


Descrição: Materiais produzidos no âmbito das actividades de ensino &
aprendizagem: apresentações lectivas, objectos de aprendizagem, apontamentos e
outros materiais de apoio
Colecções:
BDNut E&A - Apresentações Lectivas
BDNut E&A - Objectos de Aprendizagem e Materiais de Apoio

Sub-Comunidade: BDNut 4. Extensão Comunitária & Formação


Descrição: Materiais produzidos no âmbito das actividades de extensão comunitária e
formação profissional: apresentações em cursos e sessões de educação alimentar,
manuais e guias de divulgação, panfletos, desdobráveis, cartazes, jogos, entre outros
Colecções:
BDNut E&F - Apresentações e Comunicações
BDNut E&F - Obras de Divulgação e Materiais de Apoio
BDNut E&F - Sugestões de Leitura e Sites de Interesse: Nutri(re)visão

Sub-Comunidade: BDNut 5. Comunicação com os Media


Descrição: Materiais produzidos nas actividades de comunicação com os Media:
artigos publicados em jornais e revistas de divulgação, entrevistas, programas e
outras intervenções na rádio e na televisão, podcats, blogs e wikis
Colecções:
BDNut Media - Artigos de Divulgação e Recortes de Imprensa
BDNut Media - Participações em Rádio, Televisão e outros Canais de
Comunicação

Figura 3. BDNut - Comunidades e colecções


CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
56 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

4.3 INTEGRAÇÃO TECNOLÓGICA: A PLATAFORMA DE DESENVOLVIMENTO DSPACE

Dado que o material intelectual que se pretende reunir é de natureza distinta


e co-existe em diferentes sistemas de informação dentro da mesma
instituição, nomeadamente o catálogo bibliográfico em ALEPH, o módulo de
publicações científicas do sistema de informação SIGARRA, e o repositório
aberto da produção científica em DSpace, a construção da biblioteca digital
foi orientada por princípios de integração a três níveis: nível da infra-
estrutura tecnológica, nível da meta-informação e nível organizacional.
A escolha da ferramenta DSpace para a construção da biblioteca digital teve
como objectivo sustentar a integração do protótipo nos serviços e sistemas de
informação existentes na U.Porto.

Usos do DSpace na U.Porto

A U.Porto recorre ao software DSpace enquanto plataforma tecnológica do


repositório institucional das Unidades Orgânicas, actualmente disponível em
duas instâncias: o Repositório Aberto da U.Porto e o Repositório Temático.
O Repositório Aberto da Universidade do Porto é da responsabilidade do
Departamento para a Universidade Digital da U.Porto e constitui um serviço
da Universidade que visa coleccionar, preservar e disponibilizar na Web, em
acesso livre, a produção intelectual da comunidade académica da U.Porto, em
formato digital, nomeadamente artigos, livros, dissertações de mestrado,
teses de doutoramento, relatórios e outros trabalhos de carácter científico,
técnico ou académico. Não é praticado o auto-depósito no Repositório Aberto
U.Porto, sendo o depósito dos objectos digitais e a respectiva descrição
realizada no SIGARRA de cada unidade orgânica; os registos que têm
associados objectos digitais em acesso livre são automaticamente exportados
para o Repositório Aberto da U.Porto.
O Repositório Temático inclui recursos informativos produzidos na U.Porto em
áreas ou para públicos específicos, destacando-se a iniciativa Biblioteca
Aberta do Ensino Superior (BAES). A BAES é uma estrutura em
desenvolvimento, resulta de uma parceria entre várias instituições de ensino
superior e destina-se à produção e partilha de conteúdo online – mais de 3000
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 57

títulos em Braille, áudio e texto integral - para estudantes do ensino superior


com necessidades educativas especiais19.
De acordo com o Relatório Preliminar (Coelho 2005), a U.Porto seleccionou o
DSpace enquanto plataforma para o Repositório Aberto da U.Porto pela
generalização do seu uso e pela flexibilidade e simplicidade das soluções
tecnológicas utilizadas.
Os conteúdos do Repositório Aberto da U.Porto estão organizados em
comunidades que correspondem às diferentes instituições da Universidade.
Cada comunidade inclui um conjunto de colecções que correspondem às
diferentes tipologias documentais (por exemplo, artigos ou livros), nas quais
se inserem os objectos digitais. A cada publicação é atribuído um URL
persistente, sendo identificadas com um handle próprio.
As obras depositadas nos repositórios da U.Porto estão abrangidas pela licença
pública Creative Commons e protegidas pelo código dos direitos de autor e
por outra legislação aplicável. No caso do Repositório Aberto da U.Porto, os
conteúdos podem ser livremente disponibilizados na Web, pelo que a sua
consulta não requer autenticação ou autorização de acesso. O Repositório
Aberto oferece alguns serviços adicionais ao utilizador mediante autenticação,
nomeadamente serviço de alertas através da notificação via email ou RSS. As
credenciais utilizadas devem ser as utilizadas no acesso ao serviço Campus
Virtual (e-U/eduroam). As obras disponibilizadas na BAES estão apenas
acessíveis aos estudantes com necessidades educativas especiais e o acesso à
colecção é feito mediante autenticação.
De uma forma genérica, pode-se afirmar que os usos do DSpace na U.Porto
reflectem-se nas vantagens seguintes:
- integração com o SIGARRA: auto-depósito pelos autores e validação pelos
gestores de informação no SIGARRA de cada instituição;
- organização simples e transparente das comunidades por entidade produtora
e das colecções por tipologia documental;
- preservação digital a longo prazo: URL persistente e handle próprio para
cada registo de publicação;

19
Biblioteca Aberta do Ensino Superior (BAES), http://baes.up.pt, consulta a 2009.05.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
58 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

- possibilidade de autenticação mediante sistema de credenciais já existente


na U.Porto.

Desafios da utilização do DSpace na construção de bibliotecas digitais


temáticas

Apesar das vantagens reconhecidas ao DSpace enquanto software open source


(cf. Capítulo 2), a utilização, marcadamente institucional, do DSpace na
U.Porto apresenta alguns desafios na construção de bibliotecas digitais
temáticas.
Salientamos alguns dos desafios identificados no processo de desenho e
construção do protótipo com recurso à instância de desenvolvimento em
DSpace, instalação da Universidade Digital da U.Porto:
- software preparado para funcionar em plataformas Unix e Linux, cuja
instalação, configuração e personalização requerem competências de
programação e estão restritas ao administrador central, o que desafia o
processo de personalização do serviço pelo gestor de informação;
- interface orientada para o auto-depósito pelos autores e não vocacionada
para a catalogação e análise documental por profissionais de informação (por
exemplo, não é possível definir templates para depositar materiais por
tipologia documental) – desafia a descrição intelectual da especificidade da
colecção temática;
- organização do conteúdo por comunidades e colecções – desafia a
representação intelectual de uma colecção temática específica, cuja
organização procura reflectir uma estrutura temática.
O desafio maior traduz-se na procura de um equilíbrio entre satisfazer
questões de interoperabilidade entre sistemas, de forma a reutilizar a
informação descritiva já validada e evitar a duplicação de esforços, e
questões de representatividade da colecção digital temática, de natureza
heterogénea e de proveniência diversa, e cuja tónica é mais abrangente que o
conteúdo científico afim aos repositórios institucionais.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 59

4.4 INTEGRAÇÃO DE META-INFORMAÇÃO: PROCEDIMENTOS DE TRANSFERÊNCIA ENTRE

SISTEMAS

A estratégia de integração de meta-informação consiste na reutilização de


meta-informação já validada em sistemas paralelos e tem como objectivos
garantir a qualidade e consistência da descrição e evitar a duplicação de
informação e de procedimentos. A operacionalização da estratégia de
integração passa em primeiro lugar pela reutilização de procedimentos de
exportação/importação entre sistemas já existentes na U.Porto no âmbito do
repositório institucional e consequente adaptação às necessidades específicas
da BDNut.
Os procedimentos de exportação/importação de registos entre o ALEPH
(catálogo bibliográfico) e o DSpace e entre o SIGARRA (módulo de
publicações) e o DSpace foram configurados de acordo com as necessidades de
meta-informação de bibliotecas digitais temáticas. O primeiro tem por base a
conversão de dados em linguagem UNIMARC para Dublin Core e o segundo
consiste na formulação de interrogações de pesquisa ao sistema e obtenção de
resultados em Dublin Core.

Procedimento ALEPH > DSpace

O procedimento ALEPH > DSpace tem como finalidade implementar a inserção


automática de registos no DSpace com recurso a metadados criados no ALEPH
e consiste em três etapas:
1. Exportação de metadados do ALEPH, em linguagem UNIMARC;
2. Conversão dos dados exportados para linguagem Dublin Core; e
3. Introdução dos metadados convertidos no DSpace.
Foi solicitado apoio técnico à equipa da Universidade Digital e da Biblioteca
Virtual.
Os metadados do ALEPH estão em linguagem UNIMARC e podem ser
exportados em XML UNIMARC. Para importar para o DSpace os registos
exportados do ALEPH, é necessário transformar os registos em linguagem
UNIMARC para linguagem Dublin Core. Partimos da identificação dos campos
de meta-informação a serem introduzidos no DSpace (instalação da BDNut) e
do estabelecimento da correspondência entre os campos em linguagem
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
60 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

UNIMARC, utilizados no ALEPH, e os campos em linguagem Dublin Core,


suportados pela instância de desenvolvimento DSpace20.
Pretende-se que a selecção dos campos considerados essenciais para as
bibliotecas digitais assente em três pressupostos complementares:
ƒ O tratamento da informação na biblioteca digital não pretende reproduzir a
descrição efectuada no catálogo bibliográfico ALEPH, utilizada na maioria das vezes
para a descrição de documentos analógicos pertencentes ao fundo documental das
bibliotecas; antes visa assegurar que a reutilização da meta-informação já validada
no ALEPH é adequada aos objectivos, ao público-alvo e à colecção da BDNut,
nomeadamente às tipologias documentais identificadas e aos contextos de produção
e uso destes documentos21.
ƒ A descrição dos documentos da BDNut deve ser consistente com a descrição
proveniente de outros sistemas de informação bibliográfica, como por exemplo, o
módulo de publicações SIGARRA ou o catálogo ALEPH. No que diz respeito ao
ALEPH, a ligação entre as duas descrições é salvaguardada através de um link para
o registo bibliográfico existente no ALEPH.
ƒ A replicabilidade dos procedimentos descritos nas soluções obtidas tanto para a
BDArt como para a BDNut: procurou-se operacionalizar soluções partilhadas que
garantissem a replicação dos procedimentos por qualquer entidade interessada em
desenvolver um sistema semelhante.

A Tabela 10 ilustra a correspondência entre os campos UNIMARC e os campos


Dublin Core (DC), resultante de opções tomadas para as duas bibliotecas
digitais e em função dos pressupostos assumidos acima, aos quais se juntam as
recomendações do Grupo de Trabalho das Bibliotecas da U.Porto para a
Catalogação em UNIMARC22 e a prática profissional enquanto profissional de
informação. A especificidade de cada Biblioteca Digital é garantida pelo
preenchimento ou não de cada campo de meta-informação.

20
A instância de desenvolvimento DSpace suporta o Dublin Core qualificado:
http://dublincore.org/documents/dcmi-terms/
21
No cap.5 procedemos à identificação exaustiva dos campos de descrição de documentos da
BDNut, na forma de recomendações de preenchimento aplicadas ao material livro e ao
material não livro.
22
Cf. Projecto de Normalização da Catalogação ALEPH: instrução de trabalho [documento
interno]. Porto: Equipa do Projecto Normalização da Catalogação ALEPH, 2007.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 61

Tabela 10. Estratégia de integração - Correspondência entre UNIMARC e Dublin Core (DC)
UNIMARC Dublin Core Descrição
333^a dc.audience Potenciais utilizadores
700/701/710/711^abcdef dc.contributor.author Autor principal
702^abf4727 dc.contributor.adviser Orientador
702^4≠727/712^abcdef dc.contributor.other Outras contribuições
210^dh dc.date.issued Data de
publicação/Impressão
300/305/307/316/317/327/328^a dc.description Notas gerais e descritivas
207^a
330^a dc.description.abstract Resumo
215^a dc.format Descrição física
215^d dc.format.extent Dimensões ou duração
230^a
318^a dc.format.medium Características físicas e
requisitos técnicos
010^a dc.identifier.ISBN ISBN
011^a dc.identifier.ISSN ISSN
101^a dc.language.iso Idioma ISO
210^aceg dc.publisher Publicação/Impressão
421^atdvpx dc.relation.hasPart Artigo/Capítulo/Suplemento
463^atdvpxy
422^atdvpx dc.relation.isPartOf Revista/Livro
461^atdvpxy
440^atdvpx dc.relation. Continuado por
isReplacedBy
430^atdvpx dc.relation.replaces Continua
310^a dc.rights Condições de acesso
001 1 dc.source.uri Ligação ao objecto
analógico (ligação ao
catálogo ALEPH)
600/601/606/607^abfjxyz dc.subject Assunto e palavras-chave
200^aed dc.title Título
304^a dc.title.alternative Outros títulos
518^a
345^c dc.type Tipo de documento
545^a dc.collection Colecção DSpace
856^u dc.file.location Ligação ao objecto digital
Notas:
ƒ Os campos dc.collection e dc.file.location não estão previstos no DC versão
qualificada, são necessários para mapear os registos exportados (e objectos digitais, quando
aplicável) para as respectivas colecções no DSpace.

A transformação dos registos XML UNIMARC do ALEPH para XML Dublin Core é
realizada através da aplicação de uma folha de estilos XSL que estabelece a
conversão dos campos UNIMARC para Dublin Core. Com base na
correspondência estabelecida na Tabela 10, procedeu-se à revisão da folha de
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
62 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

estilos XSL, disponibilizada pela Library of Congress23 para mapear os registos


MARC em DC e adaptada pela Faculdade de Letras da U.Porto para exportar os
registos bibliográficos do ALEPH para o Repositório Temático BAES24. (cf.
Anexo 4).
A folha de estilos XSL inicial foi testada nos registos a exportar para o
protótipo da BDNut e com base nos resultados obtidos e na identificação dos
campos UNIMARC considerados essenciais, foram introduzidas as alterações
seguintes na folha de estilo XSL revista (Cf. Anexo 5), ordenadas por Bloco de
codificação UNIMARC:

Bloco 0
- foi inserido o campo relativo ao ISSN (campo 011) no campo dc.identifier.ISSN

Bloco 1
- foi adicionado o qualificador ISO ao dc.language

Bloco 2
- foi adicionado o campo 207 relativo à informação da totalidade dos fascículos constantes de
um dado periódico no dc.description
- o sub-campo h relativo à data de impressão foi adicionado ao campo 210
- o campo 230, relativo às características do documento electrónico, foi convertido para
dc.format.extent
Nota: não foi utilizado o sub-campo 200^b relativo à designação genérica do tipo de material para
indicar o tipo de documento no dc.type, por duas razões: o sub-campo 200^b não é um campo
obrigatório e o conteúdo é inserido de acordo com a lista de designações previstas nas Regras
Portuguesas de Catalogação e que se referem ao suporte do documento e não à sua tipologia
documental;. Neste sentido, recorreu-se ao campo 345 para introduzir a informação relativa ao tipo de
documento (ex: artigo, livro, tese) de acordo com as tipologias definidas no Anexo 3.
Bloco 3
- foram introduzidos alguns campos de notas do Bloco 3; nomeadamente os campos 300 (notas
gerais), 305 (edição e história bibliográfica), 307 (notas à descrição física), 316 (notas ao
exemplar), 317 (nota de proveniência), 327 (nota de conteúdo), e 328 (nota de dissertação ou
tese) foram convertidos para o dc.description, o campo 333 (potenciais utilizadores) foi
convertido para dc.audience, o campo 304 foi convertido para dc.title.alternative e
o campo 318 (nota de intervenção) foi convertido para dc.format.medium. Os campos 305,

23
LOC MARCTODC CROSS XSL:
http://www.loc.gov/standards/marcxml/xslt/MARC21slimUtils.xsl, consulta a 2009.05.
24
O ficheiro XSL utilizado na FLUP é da autoria de João Neves, que gentilmente nos cedeu o
ficheiro para testarmos o procedimento de exportação.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 63

307, 316, 317, 318 interessam sobretudo às descrições do livro antigo e manuscritos e
material não livro
- recorreu-se ao campo 345 para introduzir a informação relativa ao tipo de documento (ex:
artigo, livro, tese) de acordo com as tipologias definidas no Anexo 3
Nota: não foram utilizados os campos de notas relativos aos documentos electrónicos (303, 310, 336 e
337), uma vez que estes dizem respeito ao documento existente na biblioteca da FCNAUP, cuja
disponibilização pode ser distinta na biblioteca digital temática
Bloco 4
- foram introduzidos alguns campos do Bloco 4 – Bloco de entradas relacionadas,
nomeadamente os campos 421 (suplemento), 430 (continua), 440 (continuado por), campos
461 (nível de conjunto) e 463 (nível de unidade física) foram convertidos para dc.relation
Bloco 5
- foi introduzido o campo 518 para recuperar informação sobre o título com actualização de
grafia no dc.title.alternative
- foi introduzido o campo 545 utilizado para mapear as colecções em dc.collection
Nota: o campo 510 relativo ao título paralelo não foi adicionado dado que a mesma informação é
descrita no campo 200^d
Bloco 6
- os campos assunto pessoa (campo 600), assunto colectividade (campo 601), assunto nome
geográfico (campo 607) e respectivos delimitadores foram convertidos para dc.subject
- foram introduzidos delimitadores nos campos 606 de acordo com as visualização ISBD
Bloco 7
- o campo autor secundário (campo 702) com função de orientador foi convertido para
dc.contributor.adviser

Uma vez revista a folha de estilos XSL e validada com recurso a uma
ferramenta de edição de XML, o procedimento de exportação/importação foi
executado de acordo com a rotina definida em colaboração com a equipas de
apoio técnico, a qual consiste na realização das operações seguintes:

o Atribuição de um código identificador às colecções criadas no DSpace25.


As codificações atribuídas às colecções para as quais os registos do ALEPH serão
importados estão ilustradas na
Tabela 11, sendo que o código atribuído à colecção deve ser unívoco e deve ser
formatado em maiúsculas e com recurso a abreviaturas.

25
A estrutura das comunidades e respectivas colecções no DSpace foi definida na interface
JSPUI http://repositorio.up.pt/dsdev2/jspui/, sendo que a designação das colecções deve ser
antecedida pela sigla da comunidade respectiva com o objectivo de clarificar a proveniência
e localização dos registos.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
64 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

Tabela 11. Estratégia de integração - Exportação ALEPH, código colecção

Designação da colecção Código da colecção


BDNut manuscritos – Dr.Emílio MAN.EP
Peres
BDNut I&D – Artigos Científicos, ART.CIENT
preprints/Publicações Periódicas
BDNut I&D – Artigos publicados ART.ACTAS
em Actas /Livros de Actas
BDNut I&D – Capítulos (ou CAP.LIVROS
partes) de Livros /Livros
BDNut I&D – Relatórios Técnicos REL.TEC
e Outros
BDNut I&D – Teses e TES.DIS
Dissertações Académicas
BDNut E&F – Obras de OBR.DIV
Divulgação e Materiais de Apoio
BDNut Media – Artigos de ART.DIV
Divulgação e Recortes de
Imprensa

o Marcação dos registos ALEPH a exportar.


Colecção/campo 545^a: a marcação dos registos ALEPH a exportar26 de acordo com a
codificação definida no passo anterior foi feita com recurso ao campo UNIMARC 545,
relativo ao título da secção.
Exemplo: 545^a:ART.ACTAS
O campo 545^a é recuperável por pesquisa Common Command Language Search (CCL)
e a sua escolha assenta no facto de ser raramente utilizado pela comunidade de
profissionais, o que permite, por um lado, a replicabilidade do comando de pesquisa
CCL por outras bibliotecas e, por outro, não representa ruído para o utilizador final
na pesquisa do catálogo, uma vez que pode ser definido como campo não visível no
OPACWeb. A marcação dos registos pode ser feita individualmente ou em bloco; o
ALEPH permite a alteração de informação em vários registos simultaneamente, pelo
que é possível inserir a codificação através de um único comando de alteração em
bloco.
Tipo de documento/campo 345^c: recorreu-se ao campo UNIMARC 345^c para
introduzir a designação da respectiva tipologia documental adoptada para a BDNut
(cf. Anexo 3. Tipologias Documentais).
Exemplo: 345^c:Artigo

26
Foram marcados cerca de 40 registos; sempre que aplicável, foram utilizados exemplos da
autoria do Dr. Emílio Peres pertencentes ao fundo documental da biblioteca, como por
exemplo os livros ou os artigos de divulgação descritos no catálogo para o efeito, sendo que
se procurou colocar lado a lado documentos da autoria do Dr.Peres e documentos da autoria
de docentes da FCNAUP depositados na biblioteca. Alguns documentos estão em acesso
público e outros em acesso restrito à comunidade da U.Porto.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 65

o Pesquisa CCL dos registos marcados e impressão do resultado da pesquisa


em formato XML UNIMARC.
• No gestor de tarefas ALEPH, recuperam-se os registos marcados através do
procedimento “Retrieve Records Using CCL”, no qual se aplica a seguinte
instrução de pesquisa:
(WTI=MAN.EP OR WTI=ART.DIV OR WTI=OBR.DIV OR WTI=ART.CIENT OR
WTI=ART.ACTAS OR WTI=CAP.LIVROS OR WTI=TES.DIS OR WTI=REL.TEC) AND
WSUB=CNAUP,
sendo que, por exemplo, a expressão pesquisa CCL “WTI=CAP.LIVROS”
(WTI=”palavra no título”) recupera todos os registos relativos a capítulos e
livros da base bibliográfica da FCNAUP que têm no campo UNIMARC 545^a,
campo de título, o código da colecção CAP.LIVROS.
• O ficheiro resultante da pesquisa efectuada é impresso em formato MARC XML e
gravado num documento com extensão .txt, através do procedimento “Download
Machine-Readable Records”.
o Conversão dos dados em linguagem UNIMARC para linguagem Dublin Core.
Os metadados constantes do ficheiro XML UNIMARC gerado pelo ALEPH são convertidos
para linguagem Dublin Core através da aplicação da folha de estilo XSL revista ao
ficheiro XML UNIMARC. A transformação é executada através da ferramenta de
processamento de XML com XSL, sendo que o resultado final é um ficheiro XML Dublin
Core.
o Organização dos objectos digitais associados aos registos para exportação.
A maioria dos registos exportados do ALEPH não possui objectos digitais associados;
nestes casos, foi necessário criar um ficheiro falso (ALEPHDUMMY), que funciona como
um ficheiro vazio gerado exclusivamente para a importação automática da meta-
informação no DSpace, sendo necessário proceder posteriormente à introdução
manual dos ficheiros respectivos. Nos casos em que os metadados do ALEPH apontam
para objectos digitais externos, procedeu-se à organização dos objectos digitais
segundo uma estrutura de directórios com os ID do ALEPH, que será objecto de
importação para o DSpace.
o Envio do ficheiro XML Dublin Core gerado, juntamente com os objectos
digitais devidamente organizados à Universidade Digital, que se encarrega de
gerar o dump de importação e respectivos mapeamentos handle/id_ALEPH. O
processo de importação via batch recorre à utilização de bundles ou directórios de
importação (um por cada registo), repartindo o ficheiro XML Dublin Core enviado
pelos respectivos directórios criados de acordo com o ID local do ALEPH.

Após conclusão deste processo, os registos e metadados serão importados para o


DSpace por colecção. A exportação incremental será realizada com base na data
da introdução do registo na base de dados bibliográfica do ALEPH.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
66 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

Como já referido, o processo de exportação/importação obrigou, para além


do desenvolvimento de uma folha de estilo XSL adequada às necessidades
partilhadas pelas duas bibliotecas temáticas em construção, à introdução de
alterações na configuração da instalação experimental em DSpace.
Salientamos as alterações efectuadas para concluir a exportação automática:
ƒ rectificação da codificação dos caracteres para UTF-8;
ƒ alteração da visualização dos bicos (<<>>) existentes nos títulos iniciados por
artigos;
ƒ visualização na vista tabular da data de publicação do documento com recurso
ao campo dc.date.issued; o formato deste campo foi alterado para texto
por causa das datas em parêntesis rectos relativas a documentos com datas de
publicação incertas ou extremas.
A configuração da instalação experimental em DSpace tem sido um processo
contínuo que não termina com a validação do processo de
exportação/importação automática. Esta questão será retomada nos capítulos
relativos à definição de índices e classificadores e formatos de visualização
dos resultados.

Procedimento SIGARRA > DSpace

O procedimento de transferência de publicações do SIGARRA (módulo de


publicações) para o DSpace encontra-se implementado no âmbito do
Repositório Aberto da U.Porto e consiste na exportação automática dos dados
bibliográficos das publicações com objectos digitais em acesso público do
SIGARRA e respectiva importação para o Repositório Aberto da U.Porto.
Partindo da adaptação da interrogação aplicada, definimos diferentes tipos de
interrogações de pesquisa que consideramos de interesse para o protótipo. Foi
solicitado apoio técnico à equipa de desenvolvimento do SIGARRA e à equipa
de Universidade Digital.
A consistência entre as descrições provenientes de sistemas distintos e a
replicabilidade da experiência nortearam mais uma vez as nossas opções, pelo
que a identificação dos campos considerados foi feita de acordo com o
definido anteriormente para o procedimento ALEPH>DSpace. Neste sentido,
procedemos à adaptação da interrogação em SQL utilizada para exportar os
registos em acesso público do SIGARRA da FCNAUP para o Repositório Aberto
da U.Porto, em função das necessidades das bibliotecas digitais temáticas.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 67

Listam-se, por tipo de publicação SIGARRA, as correspondências consideradas


necessárias entre os campos codificados no procedimento PL/SQL e os campos
Dublin Core em uso no DSpace:
ƒ Artigos em Livros de Actas: correspondência entre os campos relativos ao nome,
local e data da conferência, local de edição e editor, ano de publicação e
indicação da página inicial e final e o dc.description, informação antecedida
pela expressão “Publicado em:” e separada por vírgulas (ex: Publicado em: Culinary
Arts and Sciences VI. Global, National and Local Perspectives, Stavanger, Noruega, 23 a 27 de
Junho de 2008. Norway: The Worshipful School of Cooks and University of Stavanger, 2008. p. 137-
145);
ƒ Livros de Actas: correspondência entre os campos relativos ao local e data da
conferência e o dc.title, informação separada por vírgulas (ex: Culinary Arts and
Sciences VI. Global, National and Local Perspectives, Stavanger, Noruega, 23 a 27 de Junho de
2008);
ƒ Artigos Científicos Nacionais e Internacionais: correspondência dos campos
relativos ao nome da revista, data de publicação, volume, número e página
inicial e final dos artigos e o dc.description, informação antecedida pela
expressão “Publicado em:” e separada por vírgulas (ex: Publicado em: British Journal of
Nutrition, 2009, vol.101, n.º7, p.982-989);
ƒ Artigos científicos e Artigos em Actas: correspondência do campo relativo ao
âmbito internacional e nacional da publicação para dc.description
(ex:Publicação Internacional) e correspondência do campo relativo à indexação da
publicação para dc.description, antecedido pela expressão “Indexado em:”
(ex: Indexado em: ISI Web of Science);
ƒ Livros, Livros de actas, Teses e Relatórios: correspondência dos campos relativos
ao local (cidade) e editor (editora ou instituição) e dc.publisher (ex: Porto:
FCNAUP);
ƒCapítulos ou (Partes) de Livros: correspondência dos campos relativos ao título do
livro, local de edição e editor, ano de publicação e páginas inicial e final do
capítulo e o dc.description, informação antecedida pela expressão
“Publicado em:” e separada por vírgulas (ex: Publicado em: Food for the ageing
population. Cambridge: Woodhead Publishing Group, 2009. p. 128-149);
ƒ Artigos científicos, Artigos em Actas e Capítulos de Livros: correspondência entre
o Nome da Revista e o ISSN, para os artigos, o Título do Livro e o ISBN, para os
capítulos e artigos em actas, e o dc.relation.ispartOf (ex: Nutrition Bulletin,
ISSN 1471-9827) e remover a correspondência estabelecida entre o ISSN da revista
e o dc.identifier.issn em uso para os artigos;
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
68 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

ƒ Tese: correspondência do tipo de tese para dc.description (ex: Tese de


Doutoramento);
ƒ Todas as tipologias: correspondência entre o nível de acesso e o dc.rights de
acordo com a terminologia adoptada no vocabulário controlado em uso na BDNut
(ex: Acesso público); correspondência entre o campo relativo ao tipo de documento
e o dc.type de acordo com a tabela fornecida (cf. Tabela 12); correspondência
entre o resumo na versão portuguesa e o dc.description.abstract;
correspondência entre o número de páginas e o dc.format (ex: 6 p.); remover a
correspondência entre a extensão do ficheiro e o dc.file.extension;
remover o qualificador publ no dc.description.publ e alterar a
correspondência entre o tipo de publicação e o dc.type.publ para
dc.type.none, uma vez que estes campos não estão em uso na BDNut. Os
campos vazios no SIGARRA não devem gerar entrada nos campos DC e a
codificação deve ser gerada em UTF-8.

Identificadas as necessidades de correspondência, procede-se à formulação de


interrogações de pesquisa para serem aplicadas à base de dados das
publicações da FCNAUP inseridas no SIGARRA pela equipa de desenvolvimento
SIGARRA, que se encarrega de gerar o XML Dublin Core27 para posterior envio
à equipa da Universidade Digital.

Interrogações de pesquisa
ƒ publicações validadas28 da autoria de Maria Daniel Vaz de Almeida, de
acesso público e restrito, com objecto digital associado (a interrogação de
pesquisa pretende recuperar publicações com diferentes níveis de acesso).
ƒ todas as publicações com a tipologia “publicação didáctica” da autoria de
Ada Rocha, com objecto digital associado (a interrogação pretende recuperar
publicações sob a tipologia publicação didáctica no SIGARRA que serão
exportadas para diferentes colecções no protótipo). Neste caso concreto, foi

27
Para efeitos de teste, não foi possível incluir todas as alterações listadas, sendo que todas
são passíveis de validação de acordo com a equipa de desenvolvimento SIGARRA.
28
A utilização de exemplos da autoria do Dr.Peres não se aplica à experiência relativa ao
módulo de publicações SIGARRA, pelo que se optou por exemplificar o procedimento com o
docente/investigador que apresenta maior número de publicações validadas à data da
pesquisa e maior diversidade tipológica. Foram recuperadas 23 publicações validadas de
tipologias distintas.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 69

necessário inserir algumas publicações na tipologia publicação didáctica, dado


que esta não estava a ser utilizada pela comunidade docente da FCNAUP29.

Foi estabelecida a seguinte correspondência entre as tipologias pré-definidas


no SIGARRA e as colecções previstas para o protótipo, sendo que as
codificações utilizadas no procedimento ALEPH foram mantidas.
Tabela 12. Estratégia de integração - Exportação SIGARRA, código colecção
Tipologia BDNut Tipologia SIGARRA Designação da colecção Código da colecção
BDNut manuscritos – Dr.Emílio
Manuscrito - MAN.EP
Peres
BDNut I&D – Artigos Científicos,
Artigo (científico) Artigo em Revistas Internacionais
preprints/Publicações ART.CIENT
Revista Artigo em Revistas Nacionais
Periódicas
Artigo em Actas de Conferência
Internacional
Artigo em Actas BDNut I&D – Artigos publicados
Artigo em Actas de Conferência ART.ACTAS
Livro de Actas em Actas /Livros de Actas
Nacional
Acta de Conferência
Capítulo (ou parte) de
Capítulo (ou Parte) de Livro BDNut I&D – Capítulos (ou
Livro CAP.LIVROS
Livro partes) de Livros /Livros
Livro
Comunicação
PubDid.Referência.Comunicação oral BDNut I&D – Comunicações e
Científica COM.POS
PubDid.Referência.Poster Posters
Poster
Relatório Relatório Técnico
BDNut I&D – Relatórios Técnicos
Patente Relatório (Outros) REL.TEC
e Outros
Patente
Tese (licenciatura)
Tese de Mestrado BDNut I&D – Teses e
Tese (mestrado) TES.DIS
Tese de Doutoramento Dissertações Académicas
Tese (doutoramento)
BDNut E&A – Apresentações
Aula/Palestra PubDid.Referência.Aula APR.LEC
Lectivas
Recurso BDNut E&A – Objectos de
PubDid.Referência.Recurso educativo
Educativo/Divulgação Aprendizagem e Materiais de OBJ.APR
Trabalhos académicos
Apoio
BDNut E&F – Apresentações e
Aula/Palestra PubDid.Referência.Apresentação oral APR.COM
Comunicações
Catálogo
Catálogo
PubDid.Referência.Recurso de BDNut E&F – Obras de
Recurso OBR.DIV
divulgação Divulgação e Materiais de Apoio
Educativo/Divulgação

Artigo (de opinião)


Publicação Didáctica
Notícia (Imprensa) BDNut Media – Artigos de
Referência Artigo de Opinião
Artigo (editorial) Divulgação e Recortes de ART.DIV
Referência Recorte de Imprensa
Artigo (carta ao Imprensa
Referência Editorial
editor)
Notícia
Entrevista
Reportagem Publicação Didáctica – BDNut Media –Participações em
Programa Referência Rádio Rádio, Televisão e outros
RAD.TV
Blog Referência TV Canais de Comunicação
Lista de distribuição Referência MassMedia (outro) (ex:Internet)
Grupo de discussão
Web Forum

29
O resultado da pesquisa não devolveu resultados satisfatórios, pelo que esta interrogação
não foi utilizada para efeitos de validação do procedimento de exportação/importação.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
70 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

O ficheiro XML Dublin Core gerado pelas interrogações de pesquisa foi


remetido à equipa de Universidade Digital, sendo que o processo de
importação consiste na criação de um bundle de importação para cada
objecto digital repartindo o ficheiro XML Dublin Core enviado pelos
respectivos directórios criados de acordo com o ID local do SIGARRA que se
encontra no dc.file.location (atributo: <dcvalue
element="file"qualifier="location">(…)?p_id=$id</dcvalue>).
Os bundles são importados sem bitstreams (objectos digitais) associados
devido a restrições de acesso que esperamos ver contornadas através da
parametrização do acesso pelo servidor DSpace ao download dos ficheiros do
SIGARRA em acesso restrito. No entanto, o dc.file.location é mantido
para cada objecto de forma a permitir localizar os bitstreams no SIGARRA,
assegurando a ligação ao registo de origem.
A exportação/importação incremental é feita através da interrogação do
servidor DSpace ao servidor SIGARRA sobre a existência de alguma publicação
inserida após a data da última interrogação, sendo que o SIGARRA gera um
procedimento Web para o servidor DSpace.
A exportação/importação incremental funciona através de um web service
disponibilizado pelo SIGARRA. Este web service aceita como parâmetro uma
data retornando uma lista de publicações que foram inseridas ou alteradas
desde essa mesma data, que serão objecto de importação no DSpace.

Algumas conclusões sobre as experiências de exportação/importação


realizadas

As experiências realizadas permitiram avaliar o grau de adequação dos


procedimentos propostos na vigência das premissas colocadas inicialmente, as
quais voltamos a referir:
ƒ O tratamento da informação na biblioteca digital temática não pretende reproduzir
a descrição efectuada nos sistemas de informação paralelos existentes na U.Porto;
antes visa assegurar que a reutilização da meta-informação já validada por um
profissional de informação é adequada aos objectivos, ao público-alvo e à colecção
da BDNut, nomeadamente às tipologias documentais identificadas e aos contextos
de produção e uso destes documentos.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 71

Resultados e questões em aberto: ambos os procedimentos de


exportação/importação geram meta-informação validada por profissionais, no
entanto, ambos colocam algumas questões no que diz respeito à representação
da colecção digital. Para efeitos de comparação, consideramos um exemplo do
código XML Dublin Core, que pode ser gerado por cada um dos procedimentos
descritos.

Exemplo de XML Dublin Core gerado pelo procedimento ALEPH > DSpace de acordo
com a folha de estilos XSL revista

<dublin_core schema="dc">
<dcvalue element="source" qualifier="uri">http://catalogo.up.pt/F?func=find-
b&find_code=SYS&request=000109358</dcvalue>
<dcvalue element="title" qualifier="none">A new food guide for the portuguese population: development and technical
considerations</dcvalue>
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">Rodrigues, Sara</dcvalue>
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">Franchini, Bela</dcvalue>
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">Graça, Pedro</dcvalue>
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">Almeida, Maria Daniel Vaz de</dcvalue>
<dcvalue element="date" qualifier="issued">2006</dcvalue>
<dcvalue element="format" qualifier="none">6 p. </dcvalue>
<dcvalue element="type" qualifier="none">Artigo</dcvalue>
<dcvalue element="collection" qualifier="none">ART.CIENT</dcvalue>
<dcvalue element="language" qualifier="iso">eng</dcvalue>
<dcvalue element="subject" qualifier="none">Guias Alimentares--Roda dos alimentos</dcvalue>
<dcvalue element="description" qualifier="abstract">The methodological approach used for the development of a new
food guide for the Portuguese population (…) </dcvalue>
<dcvalue element="subject" qualifier="none">Educação Alimentar e Nutricional</dcvalue>
<dcvalue element="rights" qualifier="none">Disponível apenas para consulta local</dcvalue>
<dcvalue element="relation" qualifier="ispartof">Journal of Nutrition Education and Behaviour, 38, 2006, p.189-195, 149-
4046</dcvalue>
</dublin_core>

Exemplo de XML Dublin Core gerado pelo procedimento SIGARRA > DSpace de acordo
com as alterações sugeridas

<dublin_core schema="dc">
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">Rodrigues, Sara</dcvalue>
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">Franchini, Bela</dcvalue>
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">Graça, Pedro</dcvalue>
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">Almeida, Maria Daniel Vaz de</dcvalue>
<dcvalue element="title" qualifier="none">A new food guide for the portuguese population: development and technical
considerations</dcvalue>
<dcvalue element="collection" qualifier="none">ART.CIENT</dcvalue>
<dcvalue element="type" qualifier="none">Artigo</dcvalue>
<dcvalue element="description" qualifier="none">Publicação Internacional</dcvalue>
<dcvalue element="description" qualifier="none">Indexado em: ISI Web of Science</dcvalue>
<dcvalue element="description" qualifier="none">Publicado em: Journal of Nutrition Education and Behaviour, 2006,
vol. 38, n.º3, p.189-195</dcvalue>
<dcvalue element="subject" qualifier="none">Ciências da Saúde</dcvalue>
<dcvalue element="date" qualifier="issued">2006</dcvalue>
<dcvalue element="description" qualifier="abstract">The methodological approach used for the development of a new
food guide for the Portuguese population (…) </dcvalue>
<dcvalue element="format" qualifier="none">6 p. </dcvalue>
<dcvalue element="relation" qualifier="ispartof">Journal of Nutrition Education and Behaviour, ISSN 1499-
4046</dcvalue>
<dcvalue element="file"
qualifier="location">http://SIGARRA.up.pt/fcnaup/publs_web.show_publ_file?p_id=4821</dcvalue>
<dcvalue element="rights" qualifier="none">Acesso restrito (U.Porto)</dcvalue>
</dublin_core>
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
72 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

O XML Dublin Core gerado pelo procedimento ALEPH>DSpace apresenta algumas


omissões relativamente ao XML Dublin Core gerado pelo procedimento
SIGARRA>DSpace, facilmente contornáveis pela introdução da informação nos
campos UNIMARC respectivos, por exemplo, a informação sobre o âmbito
internacional ou nacional da publicação ou a base de indexação do artigo
científico poderia ser descrita num campo de notas UNIMARC. Da mesma forma,
pensamos que podem ser introduzidos novas correspondências na folha de estilos
XSL, nomeadamente a correspondência entre o Bloco 4 UNIMARC e os campos
dc.relation e dc.description. A este respeito, salienta-se que a posterior
inserção dos metadados no DSpace permitiu verificar que seria mais adequado
converter informação de natureza descritiva para o campo dc.description,
sendo que a mesma informação seria replicada nos campos dc.relation ao
nível do conjunto e da série e não da parte ou unidade física. Neste caso, sempre
que a colecção digital contemplasse simultaneamente, por exemplo, o capítulo e
o livro afim, seria possível estabelecer a ligação entre os registos através da
identificação do título da obra e ISBN. No entanto, parece-nos que existe uma
limitação no que diz respeito à correspondência entre o campo UNIMARC 310^a,
destinado ao objecto analógico, e o campo dc.rights, destinado ao objecto
digital ou digitalizado. As condições de acesso de um artigo impresso disponível
para consulta e reprodução na biblioteca por qualquer utilizador podem não ser
idênticas às condições de acesso do mesmo artigo em formato electrónico ou
digitalizado e distribuído na rede interna. Nestes casos, seria necessário duplicar
a ocorrência do campo.
O XML Dublin Core gerado pelo procedimento SIGARRA>DSpace apresenta
algumas omissões relativamente ao XML Dublin Core gerado pelo procedimento
ALEPH>DSpace, facilmente contornáveis com a criação de novos campos
específicos, como, por exemplo, um campo de descrição da língua do
documento, ou um campo de descrição da designação específica do tipo do
documento (Artigo científico, Artigo de divulgação). No entanto, a descrição do
assunto do documento no SIGARRA coloca-nos algumas questões na
representação intelectual dos documentos, uma vez que implica a utilização de
vocabulários controlados usados para a descrição de documentação científica
europeia (CORDIS), o que pode colidir com a descrição por assuntos de
documentação específica da área das ciências da saúde e considerada mais
adequada para os documentos de uma biblioteca digital temática. Nestes casos,
seria necessário criar novos campos para descrever a informação e não
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 73

contemplar os campos SIGARRA relativos à área científica e palavras-chave para


efeitos de exportação da meta-informação.

ƒ A descrição dos documentos da BDNut deve ser consistente com a descrição


proveniente de outros sistemas de informação bibliográfica, como por exemplo, o
módulo de publicações SIGARRA ou o catálogo ALEPH.
Resultados e questões em aberto: Ainda que, como vimos no ponto anterior, a
descrição proveniente de cada um dos sistemas seja consistente, levantaram-se
algumas questões no que diz respeito à representação intelectual dos objectos
digitais pertencentes às colecções digitais temáticas. Por outro lado, ambos os
procedimentos permitem estabelecer a ligação entre os registos integrados no
DSpace e os registos de origem, através do ID do registo em cada sistema,
permitindo assim ao utilizador consultar a descrição de origem. No caso do
ALEPH, a identificação do registo de origem é feita através do dc.source.uri
que aponta para o registo ALEPH; no caso do SIGARRA, recorre-se ao
dc.file.location. Optou-se por utilizar campos dc distintos em cada um
dos sistemas, uma vez que o dc.source.uri é utilizado na BDNut para
estabelecer a ligação ao registo no catálogo ALEPH e o dc.file.location é
utilizado para aceder ao objecto digital dos registos do SIGARRA.
Exemplo ALEPH

<dcvalue element="source" qualifier="uri">http://catalogo.up.pt/F?func=find-


b&find_code=SYS&request=000109358</dcvalue>

Exemplo SIGARRA

<dcvalue element="file"
qualifier="location">http://SIGARRA.up.pt/fcnaup/publs_web.show_publ_file?p_id=4821</dcvalue>

ƒ A replicabilidade dos procedimentos descritos por qualquer entidade interessada


em desenvolver um sistema semelhante.
Resultados e questões em aberto: ambos os procedimentos procuraram ser
adaptáveis à medida das necessidades de cada biblioteca digital temática, no
entanto as opções tomadas para mapear as colecções de destino dos metadados
exportados podem levantar algumas questões na replicação do procedimento
por outras instituições. No caso dos metadados provenientes do ALEPH,
recorreu-se ao campo UNIMARC 545^a para identificar a colecção, uma vez que
se considera que este campo não é utilizado na prática profissional. Na
verdade, ainda que replicável, está-se a fazer um uso indevido do campo
UNIMARC para contornar uma questão de exportação. No caso dos metadados
provenientes do SIGARRA, optou-se por questões de tempo por indicar as
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
74 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

colecções de destino na própria interrogação SQL. Pensamos que um


procedimento generalizável e interessante para outras bibliotecas passaria por
estabelecer a correspondência das colecções na etapa de importação para o
DSpace e não na etapa de exportação dos metadados dos sistemas de origem.

4.5 INTEGRAÇÃO ORGANIZACIONAL: FLUXOS DE INFORMAÇÃO E NÍVEIS DE OPERAÇÃO

Pretende-se que a BDNut ofereça um único ponto de acesso a informação da


autoria de docentes e investigadores da FCNAUP existente em sistemas
distintos, sendo que a construção e avaliação do protótipo e o planeamento da
entrada em produção são motivados por uma estratégia de integração que
opera a três níveis: tecnológico, de meta-informação e organizacional.
A integração organizacional implica repensar os fluxos de informação entre os
diversos sistemas e os diferentes papéis dos intervenientes, na forma de
recomendações operacionais face a cenários possíveis.

Partimos de um caso concreto

Um grupo de docentes da FCNAUP publica um e-book intitulado “Alimentação em


Tempos de Gripe” destinado à comunidade civil, em acesso público a partir da
página da FCNAUP

Cenários possíveis à data de Setembro de 2009


A. O autor principal insere os metadados da publicação no módulo de
publicações SIGARRA da FCNAUP, bem como o respectivo objecto
digital em acesso público; a biblioteca valida a informação inserida e
activa o procedimento de exportação/importação do SIGARRA para a
BDNut.
B. O autor principal oferece uma cópia do e-book em suporte CD-ROM à
biblioteca da FCNAUP; a biblioteca descreve o item no catálogo
bibliográfico e activa o procedimento de exportação/importação do
ALEPH para a BDNut.
C. Face à grande divulgação nos Mass Media, a biblioteca da FCNAUP
decide adicionar um exemplar à sua colecção digital temática (BDNut)
para efeitos de preservação e divulgação.
Cenário A. SIGARRA > DSpace
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 75

Pontos fortes
O auto-depósito autoral é praticado para a produção científica pelos docentes e
investigadores e garante a responsabilidade pela disponibilização do objecto digital e
pelas condições de acesso estabelecidas.
A meta-informação é validada pelo gestor de informação do módulo (biblioteca da
FCNAUP).
Pontos fracos
A descrição e representação intelectual da obra têm limitações – apesar de se tratar
de um livro, com ISBN atribuído; enquanto obra de divulgação, não se enquadra nas
tipologias previstas no módulo de publicações. Acresce que a análise de assunto seria
igualmente limitada pela existência de vocabulários controlados alheios às
especificidades de obras nas ciências da saúde.
O auto-depósito no SIGARRA apenas permite submeter um ficheiro por publicação.

Cenário B. ALEPH > DSpace


Pontos fortes
A meta-informação é inserida por um profissional da informação.
Pontos fracos
Ainda que a representação intelectual da obra seja mais robusta do que no SIGARRA,
a descrição é funcionalmente dirigida ao documento em suporte CD-ROM e não ao
objecto digital disponibilizado em linha. É sempre possível adicionar um link para o
documento em linha no campo UNIMARC 856, no entanto, este link facilmente pode
ser quebrado face a eventuais actualizações na página electrónica.

Cenário C. Introdução manual do registo na BDNut


Pontos fortes
A meta-informação é inserida por um profissional da informação.
A representação intelectual é adequada ao objecto digital.
É possível adicionar mais do que um ficheiro por cada registo, permitindo adicionar,
por exemplo, uma cópia de preservação, em acesso privado, e uma cópia de
divulgação, em acesso público.
Pontos fracos
A definição das condições de acesso está limitada pela autorização dos autores e
disponibilização pública está dependente desta.

Recomendações operacionais e algumas sugestões


CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
76 ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO

O cenário A anula os pontos fracos do cenário C, sendo que partilha das


mesmas limitações do cenário B. Com o objectivo de garantir uma descrição e
representação intelectual adequada de obras e materiais distintos da
produção científica, sugerimos o seguinte conjunto de medidas a ponderar:
ƒ Adicionar novas tipologias informacionais ao módulo de publicações ou
criar um módulo específico no SIGARRA para a produção intelectual
decorrente das actividades de Ensino & Aprendizagem, Extensão
Comunitária & Formação e Comunicação com os Media. Nas duas
soluções propostas, é necessário adicionar um campo para a designação
específica do tipo de documento e alguns campos para a descrição do
Recurso Educativo/Divulgação e dos materiais provenientes das diversas
participações nos Media de acordo com o definido na Tabela 15. BDNut -
Catalogação de material não livro.
ƒ Adicionar um campo de descrição da língua do documento.
ƒ Adicionar um campo repetível para proceder à análise de assunto e
indexação dos documentos de acordo com o estabelecido para os
documentos da biblioteca digital temática.

Concretizando-se as sugestões colocadas, entendemos que o planeamento da


entrada da BDNut em modo de produção deve ter em conta o fluxograma da
Figura 4, que reproduz um cenário misto:
ƒ A produção científica é inserida em regime de auto-depósito no módulo de
publicações SIGARRA, validadada pela biblioteca e exportada para a BDNut;
ƒA produção intelectual decorrente das actividades de Ensino &
Aprendizagem, Extensão comunitária & Formação, Comunicação com os
Media é inserida no SIGARRA com base nas soluções propostas, validada
pela biblioteca e exportada para a BDNut;
ƒ As teses e provas académicas depositadas na biblioteca são catalogadas no
ALEPH e exportadas para a BDNut. Neste caso concreto, os autores
depositam, juntamente com a tese, uma licença onde estabelecem as
condições de acesso ao documento aplicáveis em simultâneo ao exemplar
impresso e em suporte electrónico;
ƒAs publicações científicas em acesso público depositadas no SIGARRA são
exportadas para o Repositório Aberto da U.Porto.
CAPÍTULO 4. A BIBLIOTECA DIGITAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA:
ACESSO À INFORMAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO 77

Figura 4. BDNut – Fluxograma operacional

Nota: No módulo de publicações SIGARRA, seria interessante que fosse possível ao


autor consultar previamente a existência do registo bibliográfico no catálogo
ALEPH para efeitos de depósito do objecto digital no caso de livros ou capítulos,
por exemplo, à semelhança do que já acontece para a inserção de Bibliografia nas
fichas das disciplinas. Não se verificando esta possibilidade, sempre que um
objecto digital da BDNut exista em suporte papel na biblioteca da FCNAUP, será
atribuído manualmente um link bidireccional para o registo no catálogo ALEPH
(dc.source.uri) e para a BDNut (campo UNIMARC 856).

O principal desafio consiste na definição e implementação de um


procedimento organizacional que permita a integração da Biblioteca Digital na
rotina institucional dos produtores de informação, nomeadamente no depósito
de material científico, pedagógico-didáctico e de divulgação, acessível ao
público em geral, eliminando progressivamente a resistência ao acesso público
à informação da academia.
78 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

A colecção protótipo em DSpace é constituída maioritariamente por


documentos pertencentes ao Fundo Dr. Emílio Peres e ilustra o principal
resultado do trabalho realizado, permitindo demonstrar que a estratégia de
integração proposta é passível de implementação, ao nível tecnológico e de
meta-informação.
Consideramos inovadores a organização funcional da colecção de acordo com
as principais áreas de actuação dos produtores de informação, desde o ensino
e a investigação até às actividades de divulgação e comunicação com os
Media, bem como as orientações sugeridas para a descrição e análise
documental de documentos de natureza diversa e tipologia distinta dos artigos
e livros de natureza científica (destacamos os seguintes: apresentações
lectivas, comunicações em cursos, entrevistas na rádio e TV, recortes de
imprensa, folhetos, desdobráveis ou puzzles, entre outros). Neste âmbito,
salienta-se que a indexação por assuntos, em uso na prática profissional para
documentos da área das Ciências da Saúde, foi complementada com uma lista
estruturada de temas dirigida ao consumidor em geral, resultado de um
estudo anterior realizado com recurso à técnica da análise de conteúdo.

5.1 COLECÇÃO PROTÓTIPO: OBJECTIVOS E SELECÇÃO DA AMOSTRA

Motivação: Homenagem da U.Porto ao Dr. Emílio Peres

O desenvolvimento da Biblioteca Digital de Alimentação e Nutrição Humana


(BDNut) tem por base o tratamento do Fundo Dr. Emílio Peres, recentemente
constituído no âmbito da Homenagem da U.Porto 2008 a uma Figura
Eminente: Dr. Emílio Peres. A maioria dos documentos que constituem o
acervo documental foi objecto de doação ou oferta por parte da família do
autor, com o objectivo de organizar uma exposição comemorativa e editar um
catálogo bio-bibliográfico (Universidade do Porto 2008a) que documentasse a
vida e a obra da Figura Eminente homenageada.
A colecção a tratar reúne documentação de tipologia diversa de valor
patrimonial e histórico ímpar para a constituição das Ciências da Nutrição
enquanto domínio científico per si em território nacional e produzido em
língua portuguesa, nomeadamente os manuscritos que estiveram na origem da
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 79

Campanha de Educação Alimentar, na década de 80, ou os cadernos de


acetatos utilizados nas aulas de Alimentação Racional, leccionadas na 1.ª
edição do Curso de Nutricionismo. Salientamos também os textos de
divulgação produzidos numa linguagem simples e acessível ao público em
geral e alinhados por um rigor científico e um conhecimento profundo sobre a
temática que se revelam ainda actuais nos nossos dias.

Objectivos da amostra

A BDNut é entendida não apenas enquanto ferramenta de pesquisa da


produção científica de uma dada comunidade, mas também como um
instrumento de ensino-aprendizagem, extensão e divulgação do conhecimento
produzido pela comunidade académica da FCNAUP.
A colecção protótipo enquadra-se nos objectivos estratégicos da BDNut; de
um modo geral, pretende ilustrar a especificidade da produção intelectual da
comunidade de docentes e investigadores da FCNAUP, resultante das diversas
áreas de actuação e contribuir para a preservação, acesso e divulgação de um
espólio de valor patrimonial único e que não está disponível ao público no
tempo presente. Especificamente, a colecção visa confirmar que a estratégia
de integração definida no capítulo anterior é implementável, nomeadamente
a operacionalização de um ponto de acesso único a informação bibliográfica
armazenada e descrita em sistemas de informação paralelos na U.Porto.

Critérios de selecção da amostra

A selecção dos documentos e materiais que constam da amostra da colecção


protótipo foi realizada com base nos critérios de inclusão seguintes:
- representação da temática das Ciências da Nutrição e Alimentação na sua
diversidade e interdisciplinaridade;
- representação dos contextos funcionais de produção e uso (ex: investigação,
ensino);
- ilustração da personalidade multifacetada do autor (Dr. Emílio Peres);
- raridade das obras e materiais (exemplares únicos ou esgotados);
- acesso restrito ou indisponível ao documento;
- estado de conservação do documento;
- usabilidade (potencial interesse e popularidade do documento).
80 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

Paralelamente, procurou-se ilustrar a estratégia proposta de integração no


DSpace de meta-informação oriunda de sistemas distintos, ALEPH e SIGARRA,
pelo que sempre que possível, foram utilizados documentos do Fundo
Documental Dr. Emílio Peres para exemplificar o processo de
exportação/importação do ALEPH, uma vez que algumas obras da sua autoria
se encontravam catalogadas no catálogo bibliográfico à data da constituição
do fundo e outras foram inseridas para efeitos de exemplificação. Dado que
não existem registos do Dr. Emílio Peres no SIGARRA, recorreu-se a exemplos
de outros docentes e investigadores para operacionalizar o processo de
exportação/importação respectivo.
Com base nos critérios listados, foi constituída a amostra descrita na tabela
seguinte com indicação de exemplares previstos para cada comunidade.

Tabela 13. BDNut – Colecção protótipo. Previsão da amostra


Comunidade Nº de exemplares previstos
Manuscritos 20
Investigação e Desenvolvimento 20
Ensino e Aprendizagem 20
Extensão e Formação 20
Comunicação com os Media 20
Total 100

5.2 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOCUMENTAL

A BDNut visa sobretudo criar um ponto de acesso único a informação dispersa


em sistemas distintos e cuja descrição já foi validada por um profissional
especializado. A biblioteca digital não foi pensada para o auto-depósito de
objectos digitais e respectivas descrições. Neste sentido, a descrição das
colecções é uma questão estratégica (cf. Capítulo 4) que foi planeada ao nível
da integração de meta-informação proveniente de sistemas distintos,
nomeadamente a transferência de registos do SIGARRA (módulo de
publicações) e do ALEPH (catálogo bibliográfico) para a BDNut.
Por questões de conservação e preservação, o Fundo Documental Dr. Emílio
Peres não estará disponível ao público fisicamente na biblioteca da FCNAUP,
pelo que os documentos respectivos não são objecto de descrição e análise
documental no catálogo bibliográfico da biblioteca. É nossa intenção
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 81

disponibilizar alguns exemplares representativos do valor patrimonial do


fundo, em formato digital, na BDNut, pelo que foi necessário recorrer ao
registo manual no DSpace e à respectiva descrição e análise documental de
raiz.

Norma de meta-informação

Para efeitos de descrição da colecção protótipo recorremos à norma Dublin


Core (DC), formato qualificado em uso na instalação DSpace da U.Porto para o
Repositório Aberto e Repositórios Temáticos. Enquanto formato de descrição
flexível e expansível, o Dublin Core permite não só proceder ao fácil
mapeamento dos dados entre sistemas distintos como também respeitar os
níveis de descrição propostos pela Digital Library Federation para os objectos
pertencentes a colecções digitais (cf. Capítulo 2). Paralelamente à meta-
informação descritiva, que identifica e descreve o recurso informacional do
ponto de vista semântico (ex: autor, título, assunto), o Dublin Core permite
descrever dados estruturais, administrativos e técnicos relativos aos objectos
digitais.

Registos manuais no DSpace: orientações de preenchimento

A descrição dos registos inseridos manualmente no DSpace teve em conta os


aspectos a seguir explicitados:

- Conformidade com a correspondência entre os campos UNIMARC e os campos


DC previamente definida para o procedimento de exportação ALEPH > DSpace
e a correspondência entre os campos SIGARRA e os campos DC previamente
definida para o procedimento de exportação SIGARRA > DSpace, sendo que a
descrição de um artigo inserido manualmente no DSpace tem de ser
consistente com a descrição de artigos nos registos exportados do ALEPH e do
SIGARRA;
- Adequação à tipologia dos documentos: a identificação dos tipos de recursos
realizada no capítulo anterior permite-nos definir duas categorias de recursos:
o material textual ou livro, constituído na sua maioria por recursos
bibliográficos de índole científica e académica, e o material não livro,
composto por material gráfico, áudio, vídeo, electrónico e multimédia, que
82 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

exige uma maior expressividade na representação intelectual dos objectos


digitais. Ao grupo material livro anexamos os manuscritos por se tratar de
material textual, mas adicionamos alguns campos específicos deste tipo de
documentos;
- Generalização do eventual uso por outras bibliotecas e centros de
documentação: a descrição manual pode traduzir-se em orientações de
preenchimento com potencial interesse para outros gestores de informação.

Material livro
Os recursos de informação equivalentes em natureza e tipologia à bibliografia
proveniente do ALEPH ou SIGARRA, nomeadamente livros (ou capítulos),
artigos publicados em revistas científicas, relatórios, artigos publicados em
actas, livros de actas, teses e outros de índole marcadamente científica ou
académica devem ser descritos de acordo com as normas de catalogação do
material livro30, tendo em conta a correspondência previamente definida
entre os campos UNIMARC e os campos DC (cf. Tabela 10).

Material não livro (Material gráfico, áudio, vídeo, electrónico, multimédia)


O material não livro é essencialmente constituído por material pedagógico-
didáctico e de divulgação (diapositivos de aulas e de comunicações
apresentadas em encontros científicos, cursos e sessões de educação
alimentar, apontamentos diversos, guias, manuais, panfletos, jogos, entre
outros), programas de televisão, programas de rádio, artigos publicados em
revistas e jornais de divulgação, recortes de imprensa, e na Web.
Partindo da catalogação comum ao material livro, foram acrescentados alguns
campos específicos do material não livro para assegurar a expressividade dos
documentos. Especificamente, o tipo BDNut Recurso Educativo/Divulgação
referente aos recursos educativos e os materiais de divulgação produzidos no
âmbito do ensino e aprendizagem formal e de extensão comunitária
enquadra-se na tipologia dos learning objects (LOM), entendidos neste
trabalho de acordo com a definição mais alargada do IEEE 2002: “a learning

30
Cf. Sottomayor, José Carlos, concepção e redacção. Regras de catalogação: descrição e
acesso de recursos bibliográficos nas bibliotecas de Língua Portuguesa. Lisboa: B.A.D., 2008. e
Manual UNIMARC: formato bibliográfico. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2008.
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 83

object is defined as any entity - digital or non-digital - that may be used for
learning, education or training”. Estes recursos serão descritos tendo em
conta a correspondência entre a norma DC e a norma LOM (cf.Anexo 6).
Apresentam-se de seguida as recomendações, em forma de tabela, para a
descrição de material livro (cf. Tabela 14) e de material não livro (cf. Tabela
15). Sempre que um campo de descrição é específico de determinado tipo de
documento ou recurso, essa informação é registada na coluna Especificidade.
O formato dos campos pode ter três tipos de conteúdo: texto livre ou
informação numérica, informação codificada e vocabulário controlado, sendo
que a utilização de informação codificada segue um determinado esquema de
codificação e a utilização de vocabulário controlado obriga ao recurso a um
conjunto definido de valores. Todos os campos são considerados obrigatórios,
quando aplicáveis. Todos os campos são repetíveis, excepto os relativos à
identificação (dc.identifiers.*).
84 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

Tabela 14. BDNut - Catalogação de material livro


Dublin Core Descrição Especificidade Formato Valores Exemplo
dc.contributor.au Autor / Produtor Texto livre Peres, Emílio, 1932-
thor 2003
dc.contributor.ad Orientadores Tese Texto livre Peres, Emílio, 1932-
viser 2003
dc.contributor.ot Outras contribuições Texto livre Instituto do Consumidor
her
dc.date.issued Data de Texto livre 1998
publicação/Impressão [1980-2000]
dc.description Designação específica Voc. controlado Meeting abstract
de Tipo
Descrição (Notas Manuscrito Texto livre Manuscrito autografado
gerais)(1)
Artigo Texto livre Indexado em: ISI
(sub-tipo; menção Publicação Nacional
de indexação;
âmbito
nacional/internacio
nal)
Descrição de ligações Artigo Texto livre Publicado em: Nutrícias.
entre registos Capítulo 2000; (8): 12-24.
Livro
Revista
Manuscrito (…)
dc.description.ab Resumo Tese Texto livre
stract Livro
Artigo
Relatório
dc.format Descrição física Inf. numérica 14 p.
dc.format.extent Dimensões ou duração Inf.numérica 20 x 15 cm, dobrada
dc.format.medium Características físicas Manuscrito Texto livre Bom estado de
e requisitos técnicos (e exemplares conservação
únicos e obras
raras)
dc.identifier.ISB ISBN Livro Inf.codificada 978-972-8025-86-1
N
dc.identifier.ISS ISSN Revista Inf.codificada 0871-4313
N
dc.identifier.oth N.º de identificação Fundo Dr. Emílio Inf.codificada FEP 54/5
er Peres
dc.language.iso Idioma ISO Inf.codificada por
ISO 693-3
dc.publisher Editor Texto livre Lisboa: Editorial
Caminho
dc.relation.* Registos relacionados Artigo Hiperligação (referência textual para
Capítulo para o registo o documento
Livro relacionado através relacionado com
Revista do handle hiperligação para
Manuscrito handle interno do
registo)
dc.rights Condições de acesso Vocabulário Acesso público
controlado
dc.subject Assunto Linguagem de Alimentos
indexação
dc.subject.other Vocabulário dirigido Lista de termos ALIMENTOS; BEBIDAS E
ao Consumidor própria PRODUTOS
ALIMENTARES
dc.title.* Título Texto livre Alimentação
Comunicação Actas: nome, nº, mediterrânica
Poster local, data. I Congresso Nacional de
Actas Nutrição, 1.º, Terrena,
1999.
dc.type Tipo de documento Vocabulário Artigo
controlado
(1) dc.description: a especificidade do manuscrito é descrita no campo dc.description, tendo em conta a
aplicabilidade das notas seguintes: nota sobre natureza, finalidade ou forma (ex: manuscrito autografado,
dactiloscrito autografado; fotocópia de autógrafo; cópia do original existente em …; manuscrito de Artigo, etc); fonte
de título próprio; título paralelo e outro título; menção de responsabilidade; doador, proveniência, anteriores
proprietários (Pert.: Fundo Dr. Emílio Peres da FCNAUP [2008-]; Prov. Oferta da família do Dr.Emílio Peres); lugar e
data da escrita; versão publicada do manuscrito (ex: Manuscrito publicado no Jornal de Notícias.2000 Jan 18, p.3.);
descrição física (ex: paginação, encadernação, folhas em falta); material acompanhante (ex: envelope); nota de
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 85

conteúdo, entre outras. Deve aparecer em primeiro lugar a nota que se considere mais pertinente para descrever o
documento.
Tabela 15. BDNut - Catalogação de material não livro
Dublin Core Descrição Especificidade Formato Valores Exemplo
dc.audience Audiência (1) LOM Voc. controlado Academia (estudantes)
(2)
dc.audience.educa Nível de educação LOM Voc. controlado Pré-graduação
tionLevel Ensino escolar (6-11)
Ensino escolar (12-18)
dc.contributor.au Autor/Produtor Texto livre Peres, Emílio, 1932-
thor 2003
dc.contributor.ot Outras contribuições Texto livre Peres, Emílio, 1932-
her Argumentista 2003
Narrador
dc.date.issued Data de Texto livre 1998
publicação/Impressão [1980-2000]
[1999?]
dc.description Designação específica Voc. controlado Meeting abstract
de Tipo
Descrição Texto livre Contém: Aula nº 1-
(Notas gerais) alimentação humana;
Aula nº 2 – conceitos
gerais.
Exemplar único.
dc.description.ab Resumo Texto livre
stract
dc.format Descrição física Inf. numérica 1 DVD (ca. 90 min.)
1 CD-ROM
1 cartaz
5 transparências
1 puzzle (10 peças)
1 jogo (50 cartas, 30
fichas, 2 dados)
dc.format.extent Dimensões ou duração Inf.numérica 20 x 15 x 3 cm
12 cm (diâm.)
Numa caixa de 40 x 30
x 5 cm
dc.format.medium Características físicas e Texto livre Algumas peças
requisitos técnicos danificadas pela
humidade
dc.identifier.oth N.º de identificação Fundo Dr. Emílio Inf.codificada FEP 54/5
er Peres
(3)
dc.instructionalM Método de ensino LOM Vocabulário Activo
ethod controlado
dc.language.iso Idioma ISO Inf.codificada por
ISO 693-3
dc.publisher Publicação/Impressão Texto livre Lisboa: Editorial
Caminho
dc.relation.* Registos relacionados Hiperligação (referência textual
para o registo para o documento
relacionado através relacionado com
do handle hiperligação para
handle interno do
registo)
dc.rights Condições de acesso Vocabulário Acesso público
controlado
dc.subject Assunto Linguagem de Alimentos
indexação
dc.subject.other Vocabulário dirigido ao Lista de termos ALIMENTOS; BEBIDAS E
Consumidor própria PRODUTOS
ALIMENTARES
dc.title.* Título Texto livre Alimentação
mediterrânica
dc.type Tipo de documento Inf. Codificada Recurso
Educativo/Divulgação

(1) dc.audience: vocabulário controlado (Academia; Especialistas e profissionais de saúde; Professores, educadores e
pais; Consumidores e público em geral; Mass Media; Outros (Governo)).
(2) dc.audience.educationLevel: vocabulário controlado (Ensino pré-escolar; Ensino escolar; Pré-graduação; Pós-
graduação; Formação contínua)
(3) dc.instructionalMethod: vocabulário controlado (Activo; Expositivo; Misto).
86 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

Algumas notas sobre as descrições propostas

ƒ Não inserimos informação no dc.format.mimetype uma vez que a extensão dos ficheiros associados
a cada registo é visível na vista de resultados.
ƒ As notas gerais a constar do dc.description dizem respeito à descrição da natureza do item, fonte
do título próprio, variantes de título e outros títulos, menção de responsabilidade, edição e história,
publicação, descrição física, material acompanhante, colecção, conteúdo, nota “inclui:” quando o
título faz menção a apenas um item, exemplar
ƒO n.º de identificação atribuído aos documentos do Fundo Dr.Peres é inserido no
dc.identifier.other, sendo que, a título de exemplo, em FEP 467/291-54, FEP é a sigla do Fundo
Dr.Emílio Peres, 467 é o n.º de identificação do documento, 291 é o n.º de identificação da pasta no
servidor de back-ups, 54 é a identificação do ficheiro dentro da pasta, quando há mais do que um.
ƒ Para resolver o problema da ligação entre registos na versão actual da interface DSpace, adicionou-se
um dc.relation.uri com o handle do registo relacionado para cada campo dc.relation,
independentemente do qualificador, preenchido com informação textual.
ƒ Os termos controlados do dc.rights são: Acesso público; Acesso restrito (Autores); Acesso restrito
(FCNAUP); Acesso restrito (U.Porto)).
ƒ A informação sobre o dc.subject e o dc.subject.other será apresentada no ponto referente à
indexação e análise documental da colecção.
ƒ Os termos controlados para a descrição do dc.type e para a designação específica de tipo descrita no
dc.description estão disponíveis no Anexo 3.

Descrição de registos provenientes do ALEPH

Os registos exportados do ALEPH devem já contemplar a meta-informação


considerada necessária para a descrição e pesquisa da informação na BDNut. A
meta-informação foi previamente definida na correspondência entre os
campos UNIMARC e os campos DC (cf. Tabela 10) e a sua conversão foi
implementada no processo de exportação/importação descrito no capítulo 4.
As descrições dos campos devem ser consistentes com as instruções de
preenchimento propostas anteriormente, nomeadamente nos campos com
valor de vocabulário controlado (por exemplo, o campo Audiência). Não
obstante, dado que o ALEPH, na instalação adoptada pela FCNAUP, não está
preparado para alojar objectos digitais, importa realizar essa operação do
lado do DSpace. Sempre que um processo de exportação é concluído, é
necessário abrir cada um dos registos e inserir os objectos digitais respectivos,
bem como a meta-informação associada, nomeadamente:
•campo dc.rights – condições de acesso e reprodução do objecto digital
(campo repetível, no caso de já existir para o documento analógico)
•campo dc.relation.* - relações com outros registos existentes na BDNut (por
exemplo, capítulos/livros)
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 87

Descrição de registos provenientes do SIGARRA

De acordo com as alterações sugeridas no Capítulo 4, os registos exportados


do SIGARRA já trazem a meta-informação e os objectos digitais associados
com a respectiva menção de nível de acesso. Pretende-se que seja um
processo automatizado que não exija a figura do catalogador, salvo se se
verifiquem relações entre os registos, neste caso concreto deve-se preencher
os campos dc.relation.* na interface DSpace.

Indexação e análise documental

A análise documental e a indexação das colecções da BDNut teve como base a


integração da meta-informação proveniente de sistemas distintos (ALEPH e
SIGARRA) e validada pelo gestor de informação responsável, que no caso da
FCNAUP é a biblioteca, bem como o alinhamento com os objectivos
estratégicos e o público-alvo da BDNut. Especificamente, a descrição
realizada ao nível do conteúdo deve garantir níveis mínimos de inteligibilidade
e comunicação entre aa comunidade de especialistas e não especialistas.
A indexação da colecção protótipo foi realizada com recurso aos termos de
indexação do DeCS (Lista de Descritores em Ciências da Saúde31, tradução
pela BIREME, Biblioteca Virtual em Saúde, para língua portuguesa do Medical
Subject Headings (MeSH) da National Library of Medicine), segundo as
orientações metodológicas da Associação Portuguesa de Documentação e
Informação de Saúde (APDIS)32 para a indexação na área da saúde. A análise
documental da colecção foi complementada com a atribuição de temas ou
assuntos gerais provenientes de uma lista de temas elaborada para o efeito e
dirigida ao consumidor em geral.
Entende-se que a utilização complementar do vocabulário controlado MeSH e
da lista de temas para análise documental da colecção permitirá organizar a
colecção por tópicos ou assuntos gerais e garantir a pesquisa e navegação por
assuntos por parte dos utilizadores da biblioteca digital, desde o especialista
ao consumidor em geral.

31
Cf. DeCS, http://decs.bvs.br, consulta a 2009.05.
32
Cf. APDIS, http://www.apdis.org, consulta a 2009.05.
88 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

Lista de temas dirigidos ao consumidor


A lista de temas gerais resulta de um trabalho prévio de investigação33, cuja
descrição não cabe no âmbito deste trabalho, e foi elaborada com o objectivo
de organizar a colecção por tópicos ou assuntos gerais, intelegíveis para o
público especialista e não especialista. A lista de assuntos proposta resulta do
levantamento de tópicos de interesse, identificados com base na revisão da
literatura sobre informação on-line sobre saúde para o consumidor (Levy
2004), agrupados de forma homogénea e pertinente, e analisados com recurso
à técnica da Análise de Conteúdo.
A preocupação com a inteligibilidade das mensagens sobre alimentação e
nutrição humana para o consumidor em geral obrigou à consulta directa dos
conceitos e termos utilizados em sites de referência dirigidos aos
consumidores e à verificação da ocorrência dos temas identificados na lista de
assuntos proposta inicialmente.
A comparação dos temas identificados com os descritores DeCS afins (cf.
Anexo 7) permitiu chegar à seguinte lista de categorias temáticas.
Tabela 16. BDNut - Lista de temas dirigidos ao consumidor
ALIMENTAÇÃO HUMANA
ALIMENTAÇÃO COLECTIVA E SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
ALIMENTOS, BEBIDAS E PRODUTOS ALIMENTARES
CULINÁRIA E GASTRONOMIA
HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO
NUTRIÇÃO NO CICLO DE VIDA
NUTRIÇÃO PARA GRUPOS ESPECÍFICOS
NUTRICIONISTA
NUTRIENTES
PREVENÇÃO DE DOENÇA E DIETOTERAPIA
PROMOÇÃO DA SAÚDE E RECOMENDAÇÕES ALIMENTARES
QUALIDADE, HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR
TECNOLOGIA E INDÚSTRIA AGRO‐ALIMENTAR

As categorias temáticas serão utilizadas para descrever, no campo


dc.subject.other, os temas predominantes do registo e serão

33
Cf. Azevedo M. Relatório da UC Seminário I, FEUP MCI 2008/2009. Porto: edição de autor;
2009.
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 89

graficamente distintas dos descritores DeCS na lista de resultados do


classificador de navegação Assunto, o que permitirá ao utilizador percorrer a
colecção por um termo científico ou um termo dirigido ao consumidor.
Importa referir que a lista de temas proposta não é estanque, sendo que
novos termos podem ser adicionados sempre que aplicável.

5.3 DIGITALIZAÇÃO: CONDIÇÕES DE ACESSO E ESTRATÉGIAS DE PRESERVAÇÃO DIGITAL

Condições de acesso

A política de acesso aos documentos pertencentes à BDNut é definida pelas


condições de acesso atribuídas pelos seus autores, no módulo de publicações
SIGARRA, ou pelo gestor de informação para o caso do Fundo Documental Dr.
Peres, na BDNut. A disponibilização dos objectos digitais é realizada de
acordo com os níveis de acesso a seguir explicitados:
Acesso público – publicações de acesso público são as publicações disponíveis em
plataformas de Open Access e as publicações cujas editoras permitem o auto-
arquivo sem restrição de acesso;
Acesso restrito (U.Porto) – publicações com acesso restrito à U.Porto são as
publicações subscritas electronicamente pela U.Porto e as publicações cujas
editoras permitem o arquivo em repositórios institucionais;
Acesso restrito (FCNAUP) – publicações com acesso restrito à FCNAUP são as
publicações que não se enquadram nos pontos anteriores, sendo observados as
alíneas e) e f) do artigo 75 do Código dos Direitos de Autor e dos Direitos Conexos;
Acesso restrito (Autores) – publicações com acesso restrito aos Autores da
publicação.
Nota: nos casos em que o autor é o detentor da propriedade intelectual da obra (ex:
trabalhos académicos, relatórios, etc), as publicações podem ser disponibilizadas online
mediante a autorização do autor e de acordo com o nível de acesso definido por este. Nos
restantes casos, a tomada de decisão deve ser informada pela consulta do contrato
estabelecido com o autor, pela leitura das “Instruções aos Autores” fornecidas pelas
editoras e revistas e pela consulta de sites especializados (ex: o Projecto SHERPA/Romeo
classifica as editoras e as revistas por tipo de acesso disponibilizado
http://www.sherpa.ac.uk/romeo.php).
O nível de acesso é representado através de um vocabulário controlado e é de
preenchimento obrigatório no campo dc.rights.
As obras em acesso livre e os documentos devidamente autorizados serão
disponibilizados em acesso público, a produção intelectual protegida pela
90 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

respectiva legislação em vigor ficará em acesso restrito, sendo que todas as


obras depositadas na BDNut se encontram abrangidas pela Licença Pública
Creative Commons, em uso nos Repositórios da U.Porto34 e defendida pela
Política de Acesso Livre (Open Access) da U.Porto (Universidade do Porto
2008b). O acesso aos objectos digitais em acesso restrito é feito mediante
autenticação SIGARRA, utilizando as credenciais de rede wireless e-U já
existentes.

No caso específico das obras pretencentes ao Fundo Documental Dr. Emílio


Peres pretende-se tomar previamente as medidas seguintes:
•pedido de autorização à família do autor para proceder à disponibilização
pública dos manuscritos e transparências manuscritas, de acordo com o
definido na Licença Pública adoptada pela U.Porto.
•pedido de autorização às editoras e sociedades científicas para
disponibilização pública de obras esgotadas ou raras, artigos e partes de
livros do autor, de acordo com o definido na Licença Pública adoptada pela
U.Porto.
No caso de não ser possível formalizar a legalidade das situações descritas no
parágrafo anterior para efeitos de construção do protótipo, os manuscritos da
autoria do Dr. Emílio Peres e materiais produzidos para distribuição pública no
âmbito da Campanha de Educação Alimentar, na década de 80, e as demais
obras em acesso público ficarão disponíveis em acesso livre. A documentação
protegida ficará em acesso restrito à FCNAUP; para o efeito, será criado um e-
group na DSpace para a comunidade da FCNAUP e o acesso aos objectos
digitais é realizado através das credenciais de rede e-U.

Estratégias de preservação digital

A estratégia de preservação digital dos objectos depositados manualmente na


BDNut reflecte-se nas opções seguintes:
- a escolha da interface tecnológica DSpace: para além da preservação ao bit
e da preservação funcional característica do software em causa, o DSpace

34
Creative Commons Portugal 2.5., http://creativecommons.org/international/pt/, consulta
a 2009.05.
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 91

atribui um identificador permanente a cada publicação e suporta o


armazenamento de várias cópias dos objectos digitais em vários formatos e
com diferentes níveis de visualização por parte dos utilizadores. A U.Porto
registou um handle próprio que permite identificar as publicações, no caso de
ser necessário alterar o servidor ou o endereço de rede (IP).
- backups dos objectos digitais em servidor próprio de backups com 1.5 GB de
memória, Pentium 4 Dual Core, com raid 5 de 1,5TB.
- a edição dos objectos digitais, resultantes da digitalização de documentos
de texto e imagem, descrita em pormenor no Anexo 8.

De uma forma geral, para os documentos de texto e imagem, maioritários na


colecção, procedeu-se a:

1.Selecção dos documentos de acordo com as prioridades definidas para a


colecção;
2.Manuseamento dos documentos na pré-digitalização com o objectivo de
assegurar a qualidade e a segurança do original (por exemplo, retirar agrafos,
apagar anotações ou sublinhados a lápis, endireitar cantos das folhas, eliminar
marcas de humidade, entre outros);
3.“Scanning” ou “aquisição de imagem” com recurso a um scanner ou máquina
fotográfica e conversão dos dados em vários formatos de armazenamento;
4. “Aquisição do texto” com recurso ao processamento manual ou a software
de reconhecimento de caracteres e conversão dos dados num formato adequado;
5. Armazenamento no DSpace e aplicação da política de acesso ao documento
definida (por exemplo, acesso restrito ao e-group dos docentes e
investigadores).

Os formatos e soluções de armazenamento adoptadas procuram ser


consistentes com os propósitos de preservação, acesso ou divulgação
atribuídos a cada cópia digital e a política de segurança está de acordo com
os níveis de acesso definidos para a colecção.
92 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

Tabela 17. BDNut - Formatos de preservação e condições de acesso


Tipo de documento Formatos e condições de acesso
Manuscritos digitalizados Cópia privada – um ou vários ficheiros em formato TIFF, cores 24
color bit depth, 300 dpi.
Cópia para leitura – um único ficheiro PDF do texto processado em
template próprio.
Cópia pública – um único ficheiro JPEG ou um único ficheiro PDF da
imagem do texto digitalizado.
Thumbnail do JPEG e do PDF*.
Documentos textuais digitalizados Cópia privada (preservação) - um ou vários ficheiros em formato
TIFF, cores 24 color bit depth ou grayscale, 300 dpi;
Cópia privada (pesquisa) - um único ficheiro txt do texto processado
a OCR.
Cópia pública **– um único ficheiro JPEG ou um único ficheiro PDF da
imagem do texto.
Thumbnail do JPEG e do PDF*.
Documentos de imagem digitalizados Cópia privada – um ou vários ficheiros em formato TIFF, cores 24
color bit depth, 300 dpi.
Cópia pública – um ficheiro JPEG ou um único ficheiro PDF dos vários
ficheiros de imagem.
Thumbnail do JPEG e do PDF*.
Documentos áudio e vídeo e recursos Cópia privada – ficheiros originais (WAV, WMV)
electrónicos estruturados Cópia pública – ficheiros em streaming***
(ex: E-Book) Cópia para leitura - um único ficheiro PDF da transcrição textual do
registo áudio ou vídeo.
JPEG – imagem identificadora da obra ou do autor.
Thumbnail do JPEG e PDF*.
*Foi adicionado um filtro ao DSpace que gera automaticamente o thumbnail dos ficheiros PDF e
JPEG para as cópias públicas.
**No caso dos artigos de divulgação, alguns textos foram processados manualmente para efeitos de
divulgação no âmbito da Homenagem da U.Porto ao Dr. Emílio Peres; nestes casos e sempre que se
aplique, são adicionados os dois ficheiros: o TXT gerado pelo processamento OCR e o PDF do texto
processado manualmente.
***Para estes casos, o bitstream primário é o ficheiro original (WAV ou WMV) que funciona como
cópia de preservação, não disponível ao público, sendo que se pretende que a cópia de visualização
venha a ser depositada num Media Server e que seja feito o upload no DSpace de um ficheiro HTML
contendo o RTSP address do ficheiro no servidor de streaming. A visualização do HTML pode ser ou
não restrita através da gestão de permissões de bitstreams no DSpace. Desta forma, garantiremos o
fácil acesso a ficheiros que são por natureza pesados e o contexto de produção seria salvaguardado,
dificultando o download do ficheiro. Para efeitos de protótipo, não foi possível testar esta solução e
optou-se por disponibilizar os ficheiros de áudio em MP3 e os ficheiros de vídeo em MOV, ambos
suportados pelo Quicktime Media Player.

A Figura 5 ilustra os formatos de preservação e de divulgação para a cópia privada e


a cópia pública, respectivamente, aplicados aos documentos digitalizados de texto e
imagem.
Cópia privada

TIFF JPEG (1TIFF) PDF (> 1TIFF)


128imagem.tiff 128imagem.jpeg 128imagem.pdf

DOC PDF
128texto.doc 128texto.pdf

TXT
128imagemocr.txt
Cópia pública
Figura 5. BDNut - Formatos de preservação e condições de acesso
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 93

Condições de acessibilidade e critérios de segurança

As imagens digitais de documentos em texto ou de manuscritos são objecto de


reconhecimento de caracteres e processamento de texto, respectivamente. A
produção de documentos textuais em suporte digital deverá ser executada
tendo por base as recomendações para a produção de informação em formato
acessível do Serviço de Apoio ao Estudante com Deficiência da U.Porto para
garantir níveis mínimos de acessibilidade (cf. Anexo 8).
Os critérios de segurança procuram traduzir as condições de acesso e formatos
de armazenamento definidos previamente e dizem respeito às cópias públicas
disponíveis aos utilizadores:
Tabela 18. BDNut - Formatos de cópias públicas e definições de segurança
Formato Definições de segurança
JPEG Marca de água*
PDF Marca de água*
Edição de Meta-informação
MP3 Marca de água*
Streaming**
MOV Marca de água*
Streaming**
HTML Streaming**
*Marca de água com o logótipo da FCNAUP para os documentos de texto, imagem e vídeo e
sinal de vídeo dos documentos em áudio; para o caso dos documentos em áudio seria
interessante pensar na possibilidade de adicionar um identificador oral ao registo áudio.
**Como já referido no ponto anterior, não foi possível concretizar esta opção para a
construção do protótipo, pelo que se optou por disponibilizar as cópias públicas para
download com uma marca de água e fornece-se o link para a instalação gratuita do Quicktime
que permite a visualização do ficheiro à medida que este vai sendo descarregado.

As condições e formatos de armazenamento definidos bem como os critérios


de segurança adoptados só serão aplicados aos exemplares pertencentes ao
Fundo Documental Dr. Emílio Peres e aos registos provenientes do ALEPH,
cujo objecto analógico tenha sido alvo de digitalização para efeitos de
disponibilização na BDNut. Os documentos de origem digital (born-digital) e
os documentos provenientes do SIGARRA serão disponibilizados de acordo com
as condições de acesso definidas pelos seus autores e pelos detentores dos
direitos de propriedade, sendo que se pretende que a disponibilização dos
ficheiros no SIGARRA seja feita de acordo com as instruções fornecidas sobre a
edição, armazenamento e segurança dos objectos digitais na BDNut.
94 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

5.4 PESQUISA E RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO: CONFIGURAÇÃO DA INTERFACE DE PESQUISA


E VISUALIZAÇÃO

A construção do protótipo tem sido acompanhada por um investimento na


personalização do DSpace às necessidades específicas das bibliotecas digitais
temáticas. Do ponto de vista do gestor de informação, que não é
administrador directo da plataforma, consideramos importante apresentar as
opções tomadas na configuração da interface de pesquisa e visualização,
sendo que algumas das medidas propostas foram adoptadas pela Universidade
Digital e encontram-se já em uso no Repositório Aberto da U.Porto.
A configuração da interface de pesquisa e visualização da BDNut tem como
objectivo principal permitir ao utilizador realizar uma pesquisa nos recursos
pertencentes à BDNut de forma integrada e transversal, isto é, pesquisar nos
recursos ao nível das comunidades e respectivas colecções e entre si.
Para efeitos de demonstração da pesquisa e recuperação de informação do
protótipo, criamos uma demonstração gravada com base num caso de uso
paradigmático que traduz uma necessidade de informação recorrentemente
colocada aos serviços da Biblioteca da FCNAUP (cf. Anexo 15).

Índices e classificadores

Os índices de pesquisa e os classificadores de navegação foram definidos ao


nível da instância de desenvolvimento partilhada com Isabel Barroso. A Tabela
19 apresenta as opções tomadas para os índices gerais de pesquisa.
Tabela 19. BDNut - Índices de pesquisa
Designação Conteúdo(1) Descrição

Palavra/Texto “Any field” Pesquisa em cada um dos campos e no texto integral dos
documentos
Autor/Produtor dc.author.* Pesquisa em todos os campos de autor

Título dc.title.* Pesquisa em todos os campos de título

Assunto dc.subject.* Pesquisa em todos os campos de assunto

Editor dc.publisher Pesquisa no campo de Editor

Data dc.date.* Pesquisa em todos os campos de data

Identificador/Cota dc.identifier.* Pesquisa em todos os campos de identificação

Resumo dc.description.abstract Pesquisa no campo de Resumo

Descrição dc.description.* Pesquisa em todos os campos de descrição, incluindo o


campo de Resumo
Idioma dc.language.iso Pesquisa no campo de Idioma

Tipo de documento dc.type Pesquisa no campo de Tipo de documento


(1)
Alterações introduzidas no ficheiro DSpace.cfg, por exemplo search.index.1
=author:dc.contributor.*
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 95

A Tabela 20 apresenta as opções tomadas para os classificadores de


navegação.
Tabela 20. BDNut - Classificadores de navegação
Designação Conteúdo(1)
Autor/Produtor dc.author.*
Título dc.title.*
Data dc.date.*
Assunto dc.subject.*
Tipo de documento dc.type
(1)
Alterações introduzidas no ficheiro DSpace.cfg, por exemplo # webui.browse.index.type=
dc.type

Os índices gerais permitem pesquisar a colecção da BDNut nos campos de


descrição identificados e os classificadores de navegação permitem percorrer
a colecção por um determinado campo.

Formatos de visualização de registos e vista de resultados

O formato simples e completo do registo e a vista de resultados da pesquisa


em formato tabular foram definidos ao nível da instância de desenvolvimento
partilhada com Isabel Barroso e são comuns às duas bibliotecas digitais
temáticas.
Na visualização do registo, apenas os campos preenchidos são visíveis.
Atendendo a que a biblioteca digital tem descrições ricas dos objectos,
optamos por apresentar um formato de visualização simples bastante
detalhado para garantir uma percepção adequada da descrição do registo por
parte do utilizador (cf. Figura 6, Tabela 21).

Figura 6. BDNut – Visualização do registo. Formato simples, exemplo


96 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

Tabela 21. BDNut – Visualização do registo. Formato simples


Designação(2) Conteúdo(1) Descrição
Autor/Produtor dc.contributor.author Autoria
Contribuição dc.contributor.other Outras contribuições
Orientador dc.contributor.advisor Orientador
Título dc.title Título
Outros títulos dc.title.alternative Outros títulos
Editor dc.publisher Editor
Data dc.date.issued Data de publicação/impressão
Data de acumulação dc.periodOfTime Data de acumulação
Sumário dc.description.tableofcontents Índice/sumário
Resumo dc.description.abstract Resumo
Descrição dc.description Descrição/Notas gerais
Histórico do documento dc.provenance Proveniência
Assunto dc.subject.* Termos de indexação (ex:
vocabulário MeSH) e palavras-
chave (ex: lista de termos
própria)
ISBN dc.identifier.ISBN ISBN
ISSN dc.identifier.ISSN ISSN
Identificador dc.identifier N.º de identificação do registo
Localização física dc.identifier.other Cota (ex: FEP 54/49)
Audiência dc.audience Audiência e público-alvo
Nível de educação dc.audience.educationLevel Nível de ensino-aprendizagem
Método de ensino dc.instructionalMethod Método de ensino-
aprendizagem
Condições de acesso dc.rights Condições de acesso e
reprodução
Ligação ao catálogo dc.source.uri Ligação ao registo no catálogo
ALEPH
Informação relacionada dc.relation Ligações entre registos
Documento original dc.relation.isFormatOf Ligação a
Documento publicado dc.relation.hasFormat Ligação a
Revista/Livro dc.relation.isPartOf Ligação a
Artigo/Capítulo/Suplemento dc.relation.hasPart Ligação a
Série dc.relation.isPartofSeries Ligação a
Documento/Peça dc.relation.isReferencedBy Ligação a
Título anterior dc.relation.replaces Ligação a
Novo título dc.relation.isReplacedBy Ligação a
Edição anterior dc.relation.isVersionOf Ligação a
Nova edição dc.relation.hasVersion Ligação a
Ligação ao Documento dc.relation.uri Ligação a
Tipo de documento dc.type Tipo de documento
(1)
Alterações introduzidas no ficheiro DSpace.cfg, por exemplo # webui.itemdisplay.default =
dc.contributor.author, dc.contributor.other
(2)
Para alterar o nome de um campo, deve-se introduzir as alterações no ficheiro
Message.Properties, por exemplo metadata.dc.title.alternative = Outros títulos
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 97

Neste momento, alguns termos não se encontram implementados na instância


de desenvolvimento, pois ainda estão a ser alvo de testes e as designações
podem ainda ser sujeitas a revisão.
O formato de visualização completo do registo é apresentado com a menção
de todos os campos Dublin Core preenchidos na descrição do registo e a sua
terminologia pode não ser imediatamente reconhecida pelo utilizador comum
(cf.Figura 7). O formato de visualização completo destina-se ao especialista
ou ao profissional de informação que procura informação mais pormenorizada
sobre o registo e segundo uma linguagem de normalização que conhece.

Figura 7. BDNut – Visualização do registo. Formato completo, exemplo

Para disponibilizar a lista de resultados de pesquisa, optamos por apresentar a


informação em formato tabular, na horizontal, pois consideramos que facilita
a leitura rápida da informação.

Tabela 22. BDNut - Vista tabular de resultados


TN(1) Data Título Autor(es) Colecção Tipo
Thumbnail 1994 Padrão Peres, Emílio, BDNut I&D - Artigos Artigo
alimentar 1932-2003 Científicos,(…)
saudável
Nota: os campos com link estão assinalados com o sublinhado
(1)
Alterações introduzidas no ficheiro DSpace.cfg, por exemplo # webui.itemlist.columns =
dc.date.issued, dc.title, dc.contributor.*, collection-handle, dc.type

Cada um dos campos visualizados no formato tabular reúne propriedades de


natureza identificadora e descritiva e, quando combinados, permitem
facilmente identificar e distinguir um dado registo numa lista de resultados.
98 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

Veja-se, por exemplo, a informação recuperada pelo campo Tipo de


documento na Figura 8 para registos com o mesmo título.

Figura 8. BDNut – Vista tabular de resultados, tipo de documento

Neste momento, as opções propostas na Tabela 22 não se encontram ainda


implementadas na instância de desenvolvimento. No exemplo dado na Figura
9, consideramos informativa a possibilidade de visualizar, na vista de
resultados, o thumbnail35 do registo, bem como a menção da Colecção à qual
pertence. O conteúdo dos campos thumbnail e Título, em formato de
hiperligação, deve permitir aceder directamente ao registo e o conteúdo dos
campos Colecção e Tipo deve permitir a navegação entre todos os registos de
uma dada colecção ou de um determinado tipo de documento.

Figura 9. BDNut – Vista tabular de resultados, exemplo

Funcionalidades de pesquisa e manipulação de resultados

Para além da definição do conteúdo e designação dos índices gerais e dos


classificadores de navegação, é necessário configurar o motor de busca
Lucene em uso no DSpace de acordo com as especificidades de bibliotecas
digitais temáticas, cujo conteúdo é disponibilizado na sua maioria em língua
portuguesa. Listamos algumas funcionalidades de pesquisa e de manipulação
de resultados ainda não implementadas no protótipo, sendo que a maioria das
necessidades identificadas resulta de sugestões fornecidas no âmbito do

35
Ainda que a disponibilização de thumbnails possa tornar a devolução de resultados mais
pesada e por isso mais lenta, julgamos constituir informação pertinente para o utilizador.
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 99

exercício de avaliação preliminar do protótipo descrito em pormenor no


Capítulo 6.

Opções de pesquisa simples e avançada


A caixa de pesquisa simples deve permitir recuperar informação em todos os
campos de descrição e em texto integral, dentro da BDNut ou de uma dada
sub-comunidade, e a pesquisa avançada serve para seleccionar os campos a
pesquisar e relacioná-los através dos operadores booleanos: E, OU, NÃO,
dentro de todo o repositório temático ou em cada uma das bibliotecas digitais
temáticas. Apresentam-se algumas funcionalidades de pesquisa desejáveis:
Expressões ou frases: uso de “ ” para recuperar expressões ou frases (ex:
"roda dos alimentos");
Coincidência exacta: uso de sinais + ou - para adicionar ou eliminar a palavra
seguinte (ex: nutrientes + vitaminas, recupera obrigatoriamente todos
os documentos com o termo vitaminas);
Truncatura: uso de * para recuperar palavras com a mesma raiz (ex:
aliment*, recupera alimento, alimentação, alimentar,...), uma vez que, por
omissão, o motor de pesquisa faz stemming, isto é devolve automaticamente
resultados com palavras flexionadas do termo de pesquisa (ex: alimento,
alimentos);
“Wild cards”: o uso do ponto de interrogação (?) substitui caracteres e serve
para pesquisar termos com grafias e acentuações distintas (ex:
mediterr?n*, recupera resultados onde o termo em questão aparece com
acento e sem acento);
Not case sensitive: a pesquisa não é sensível ao uso de letras maiúsculas e
minúsculas;
Operadores booleanos em versão portuguesa: uso de E, OU e NÃO (versão em
língua portuguesa) para recuperar somar, ampliar ou restringir a pesquisa,
respectivamente, sendo que é possível recorrer ao uso de parêntesis ( ) para
estabelecer relações entre termos (ex: (alimentação E criança));
Palavras excluídas em versão portuguesa: os artigos e preposições são
ignorados na pesquisa (ex: a alimentação das crianças);
Pesquisa por assunto e vocabulários controlados: o conteúdo dos campos
relativos ao assunto e palavras-chave foi descrito com recurso a vocabulários
100 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

controlados (ex: MeSH) e listas estruturadas de termos controlados. O mesmo


se aplica a outros campos, como por exemplo os campos Audiência, Nível de
Educação, Método de Ensino e Condições de Acesso.

Algumas notas sobre o funcionamento actual do protótipo


Neste momento, se o utilizador executar uma pesquisa com os termos dieta
mediterrân* sem utilizar as aspas para construir uma expressão de
pesquisa, o sistema devolve resultados de forma amplificada e não inclusiva,
como seria desejável, uma vez que, por omissão, recorre ao operador OR
(OU) e não ao operador AND (E) para relacionar dois termos. A pesquisa
executada com os termos dieta mediterrân* sem utilizar as aspas devolve
o mesmo número de resultados do que a interrogação de pesquisa formulada
com o booleano OR (OU) (ex: dieta OR mediterrân*).
Na pesquisa simples, os operadores booleanos só estão a funcionar na versão
inglesa.
Da mesma forma, alguns dos índices de pesquisa definidos não estão ainda
disponíveis ao nível da comunidade, tendo sido definido apenas um índice
geral comum às duas comunidades temáticas.

Opções de manipulação dos resultados


Nas opções de pesquisa simples e pesquisa avançada, os resultados das
pesquisas são apresentados em formato de vista tabular por ordem de
relevância, sendo que se pretende ordenar os resultados obtidos por título,
autor, tipo de documento e data. Neste momento, as opções de ordenação
não estão implementadas.
Os resultados obtidos com recurso aos classificadores de navegação são
alfabeticamente ordenados no caso dos classificadores Autor, Título, Assunto
e Tipo de Documento e apresentados por ordem cronológica ascendente para
o classificador Data. Todos os resultados permitem percorrer a lista gerada
através de um índice alfabético. A avaliação preliminar realizada permitiu-nos
constatar que a existência de uma caixa de pesquisa na lista de resultados,
destinada à escolha da letra inicial do índice alfabético, confunde o
utilizador, uma vez que este entende que pode recorrer ao campo para cruzar
os resultados obtidos com outro termo de pesquisa, opção que consideramos
CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 101

mais adequada para refinar a pesquisa obtida. No que diz respeito à lista de
resultados gerada a partir do campo Data, consideramos mais interessante a
possibilidade de percorrer a lista com recurso a um índice ou tabela
cronológica.

Design e apoio ao utilizador

O design da interface do utilizador é perspectivado de um ponto de vista


simultaneamente ergonómico e funcional e tem como objectivo principal
promover a consulta e o acesso à colecção digital de forma eficaz36.

Questões funcionais
Apresentam-se algumas sugestões de implementação:
ƒBotões de comando “Avançar” e “Retroceder” entre vistas de páginas ao nível
do Repositório Temático.
ƒPesquisa simples na BDNut: introduzir caixa de pesquisa simples na BDNut no
formato seguinte:

ƒClassificadores de navegação: disposição na horizontal ou na barra lateral dos


classificadores de navegação, ao nível da BDNut e sub-comunidades.
ƒManipulação de resultados: indicação do número de resultados imediatamente
antes da lista de resultados.

Informação e apoio ao utilizador


Procedeu-se à disponibilização de conteúdo informativo relativo à biblioteca digital e
a cada uma das comunidades que a constituem. Neste sentido, foi adicionado um
logótipo na página de entrada da BDNut
(http://repositorio.up.pt/dsdev2/jspui/handle/123456789/2) e em cada uma das
páginas das comunidades, que se pretende ilustrativo das respectivas colecções
(Figura 10 e Figura 11). Para o efeito, foram utilizadas imagens de documentos

36
As alterações ao nível do layout da página devem ser realizados nos ficheiros seguintes:
[DSpace-source]/jsp/local/layout/*.jsp e [DSpace-source]/jsp/local/styles.css.jsp
102 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

pertencentes ao Fundo Documental Dr. Emílio Peres e acrescentado um breve texto


descritivo.

Figura 10. BDNut - Página de entrada

Figura 11. BDNut - Página da sub-comunidade Extensão Comunitária & Formação


CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO 103

Para apoio ao utilizador, consideramos pertinente a criação de “Dicas de pesquisa”


ou instruções de pesquisa rápida a disponibilizar na página de entrada da BDNut, bem
como a criação dos materiais seguintes a disponibilizar na página de entrada da
BDNut na forma de apontadores para páginas HTML. A Figura 12 ilustra o menu de
Apoio ao Utilizador disponível na página de entrada da BDNut.

ƒ“Sobre a BDNut”: breve contextualização da BDNut


e descrição dos objectivos e público-alvo da
BDNut (cf. Anexo 9);
ƒ“Sobre o Dr. Emílio Peres”: súmula bio-
bibliográfica da personalidade (cf. Anexo 10);
ƒ“Citações célebres”: lista de algumas citações
célebres do Dr. Emílio Peres (ex: "O homem
alimenta-se de comida e imaginário; é
transomnívoro" In: Peres E. Bem Comidos, Bem
Bebidos. 1997, p.13.) (cf. Anexo 11);
ƒ“Tutorial de pesquisa”37: tutorial de apoio à
pesquisa (cf. Anexo 12);
ƒ“Lista de termos para o consumidor”: lista de
termos dirigidos ao consumidor, sendo que a cada
termo é atribuído um apontador para o resultado da
pesquisa com o objectivo de permitir a navegação
da colecção (cf. Anexo 13);
ƒ“Direitos de Autor na BDNut”: algumas indicações
essenciais sobre as condições de acesso e
reprodução em vigor na BDNut (cf. Anexo 14);
ƒ“Software”: apontadores para páginas de software
livre (ex: Adobe Reader; Quick Time Viewer).
ƒ“Contacto”: email de contacto.

Figura 12. BDNut - Apoio ao utilizador

37
É nossa intenção disponibilizar tutoriais de apoio à pesquisa e utilização da BDNut com
recurso a software de captação de ecrã (ex: http://camstudio.org/) e de construção de
ebooks (ex: http://issuu.com). Neste momento, os anexos ilustram o que foi produzido para
efeitos de demonstração, pelo que os materiais de apoio serão objecto de revisão futura.
104 CAPÍTULO 5. COLECÇÃO PROTÓTIPO

Futuras funcionalidades
Acreditamos que o protótipo da BDNut é um projecto em desenvolvimento. A
disponibilização de informação de qualidade produzida pela academia deve
procurar atingir novos públicos, numa perspectiva de gestão dinâmica e
interactiva do conhecimento. Neste momento, estamos a explorar a hipótese
de adicionar novos serviços ao utilizador, nomeadamente a incorporação dos
widgets da Web 2.0 (ex: comentar, enviar a um amigo) ou a edição de
informação estatística sobre o acesso e download de um dado objecto digital
associado a um determinado registo ou ainda a exportação de referências
bibliográficas com recurso a software de gestão de referências (ex:EndNote).
CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO 105

CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO

O protótipo da Biblioteca Digital de Alimentação e Nutrição Humana foi


avaliado por docentes e investigadores da FCNAUP, enquanto produtores de
informação e utilizadores preferenciais da BDNut. A avaliação consistiu na
troca informal de opiniões ao longo do seu desenvolvimento, na aplicação de
um questionário de avaliação a um grupo de docentes e investigadores da
FCNAUP e na realização de uma entrevista a elementos dos órgãos de gestão
da FCNAUP.
Pretende-se complementar a avaliação da qualidade do protótipo com a
ponderação das despesas previstas e benefícios esperados para a
implementação da BDNut.

6.1 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO

Objectivos da avaliação

A avaliação descrita neste capítulo visa conhecer a percepção do público-alvo


sobre o potencial da BDNut na preservação e divulgação do material
intelectual produzido por docentes e investigadores da FCNAUP no âmbito das
diversas áreas de actuação. Especificamente, pretende-se avaliar a adequação
da organização da colecção, funcionalidades de pesquisa e visualização dos
resultados, descrição da informação e qualidade do objecto digital. Algumas
sugestões foram já incorporadas no protótipo e outras serão objecto de
desenvolvimento futuro.

Entrevista: metodologia e resultados

A entrevista (cf. Anexo 16) tem como objectivo avaliar o papel da BDNut na
concretização da missão e objectivos estratégicos da FCNAUP de acordo com a
percepção de elementos-chave dos órgãos de gestão.
A entrevista foi realizada à Presidente do Conselho Directivo e Científico da
FCNAUP e permitiu avaliar o valor estratégico da BDNut para o órgão máximo
da instituição. De acordo com a Presidente do Conselho Directivo, a BDNut
enquadra-se na missão da FCNAUP subjacente à declaração da natureza e fins
106 CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO

da FCNAUP constantes nos seus Estatutos38 e a sua criação está alinhada com
quatro dos sete objectivos estratégicos definidos no Relatório de Auto-
avaliação institucional (Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto 2008), nomeadamente:

Objectivo C - Optimizar a utilização dos recursos.


A BDNut favorece a reutilização da produção intelectual armazenada;

Objectivo D - Persistir na melhoria da qualidade da educação e garantir um


elevado nível de qualidade de vida dos alunos.
A BDNut pode ser também um instrumento ao serviço do ensino-aprendizagem;

Objectivo E - Aumentar o nível de internacionalização das actividades da


FCNAUP.
A disponibilização pública de documentos em língua portuguesa a par com
documentos em língua inglesa da FCNAUP pode servir como ponte para projectos
internacionais;

Objectivo F - Ser um agente activo na divulgação científica e cultural.


A BDNut cumpre um objectivo de divulgação que constitui uma das facetas da
FCNAUP e pode ser um instrumento de comunicação com a sociedade civil.

O elemento entrevistado sublinha que o protótipo alusivo à figura


multifacetada do Dr. Emílio Peres constitui um exemplo de valor das várias
componentes da instituição e considera que, face aos serviços e sistemas de
informação existentes na U.Porto para armazenar e divulgar a produção
intelectual da FCNAUP, a BDNut perspectiva-se como uma porta de acesso
única a informação dispersa, permitindo centralizar o acesso a informação,
que muitas vezes é introduzida nos sistemas mas não está disponível ao
público em geral e portanto desconhecida.
Sugere-se que o estímulo ao auto-depósito da produção intelectual em acesso
público deve passar por condicionar o apoio a projectos e participações
externas ao depósito das publicações na BDNut.

38
Despacho n.º 26 468/2006, de 29 de Dezembro de 2006, Anexo 1, Artigo 1.º “…(A FCNAUP)
é um centro de ensino, investigação científica, cultura e prestação de serviços à
comunidade”.
CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO 107

Considera-se interessante o alargamento da colecção da BDNut a trabalhos de


estudantes, propondo-se que o depósito seja validado por um tutor que
aprecie a qualidade do trabalho.
A potencial integração da BDNut na rede de bibliotecas digitais temáticas da
U.Porto e numa rede internacional de bibliotecas (por exemplo, Biblioteca
Virtual de Saúde) é vista como uma ponte estratégica para a criação de
projectos e parcerias científicas e comunitárias, de âmbito nacional e
internacional, contribuindo para o aumento da visibilidade da instituição.

Questionário: metodologia e resultados

O questionário é constituído por duas partes: a primeira (perguntas 1 a 7) é


composta por questões de âmbito estratégico e tem como objectivo avaliar a
percepção dos docentes e investigadores da FCNAUP sobre o potencial da
BDNut na preservação e divulgação do material intelectual da sua autoria,
face aos sistemas e serviços de informação existentes na U.Porto; a segunda
(perguntas 8 a 14) consiste na avaliação do protótipo. A questão 8 pretende
avaliar questões de usabilidade da BDNut, solicitando a execução de
determinadas tarefas por parte dos inquiridos, que serão objecto de
observação directa por parte do avaliador.
O questionário foi testado previamente à sua aplicação.
A aplicação do questionário foi realizada individualmente e procurou-se fazer
uma breve contextualização prévia da missão e objectivos da BDNut.
Solicitou-se aos docentes que respondessem até à pergunta 7; a segunda parte
foi antecedida por uma breve apresentação da página electrónica do
protótipo, tendo sido explicado que a realização do teste de usabilidade tinha
como objectivo melhorar o sistema e não avaliar competências individuais de
pesquisa.
Na segunda parte do questionário procurou-se interagir com cada docente sem
influenciar a resposta às questões quantitativas, com o objectivo de obter
mais informação para compreender as tomadas de decisão e os passos
efectuados para chegar à resposta.
108 CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO

Amostra
A selecção da amostra teve em consideração a distribuição dos docentes e
investigadores pelas categorias consideradas, sendo que, no total, foram
questionados 8 indivíduos39.
Tabela 23. Avaliação do protótipo – Questionário: amostra dos inquiridos
Docente a tempo Docente a tempo Docente Técnico-
integral parcial pertencente a Superior não
órgãos de gestão docente
2 2 2 2

Análise dos resultados40


Estratégia de informação
Os inquiridos consideraram que as actividades de Investigação e Desenvolvimento
e as actividades de Ensino e Aprendizagem são as mais valorizadas pela
comunidade académica e que as actividades de Extensão Comunitária são as mais
valorizadas pela comunidade civil.
Todos os tipos de produção intelectual são considerados representativos para o
desempenho da função docente/investigador universitário, no entanto, sobressai a
representatividade da “Produção científica (publicações e comunicações de
natureza científica)” e do “Material para o Ensino e Aprendizagem”, considerados
muito representativos pela maioria dos docentes.
Tabela 24. Avaliação do protótipo – Questionário: Tipos de produção intelectual
Tipos de Produção intelectual Pontuação Máxima1
Produção científica (publicações e comunicações de natureza científica) 6
Material para o Ensino e Aprendizagem 5
Material para Extensão Comunitária 2
Recursos informativos para divulgação 2
Colaboração com os Media (entrevistas, programas) 1
1número de vezes que a pontuação máxima foi atribuída a determinado item

Todos os inquiridos conhecem o SIGARRA e o Catálogo bibliográfico, que são


também os mais utilizados para pesquisar e aceder à produção intelectual da
comunidade académica da FCNAUP. Metade dos inquiridos referiram conhecer a
Biblioteca Virtual da U.Porto, como outro sistema de informação para além dos
indicados no questionário.

39
À data de 31 de Dezembro de 2008, a FCNAUP tinha 20 docentes ETI, sendo que 14 são
docentes doutorados ETI (Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade
do Porto 2001-2008).
40
Foram avaliadas as pontuações médias e a frequência de atribuição de pontuações
máximas, não tendo havido discrepâncias entre os dois modos de avaliação.
CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO 109

Os sistemas indicados como conhecidos são considerados adequados para


armazenar e divulgar a produção intelectual da autoria da FCNAUP, sendo que o
Catálogo bibliográfico é considerado em média muito adequado e o SIGARRA e a
Biblioteca Virtual da U.Porto são considerados adequados.
Metade dos inquiridos conhece a política de Open Access da U.Porto, sendo que 3
dos 8 docentes referem publicar em revistas open access. As razões indicadas para
publicar são: peer review e qualidade de publicações e visibilidade da produção
intelectual. As razões apontadas para não publicar em open access são a
propriedade intelectual e direitos de autor, a falta de oportunidade e o facto de
não serem autores principais.

Avaliação do protótipo
Com base no teste de usabilidade, todos os aspectos contemplados
(nomeadamente, a organização da colecção em comunidades, as funcionalidades
de pesquisa, os resultados de pesquisa, a descrição dos registos bibliográficos e a
qualidade dos objectos digitais) foram considerados adequados e muito
adequados. As pontuações mais baixas dizem respeito aos itens relativos às opções
de navegação, pertinência e ordenação dos resultados, sendo que neste âmbito,
foi sugerido que os classificadores de navegação fossem localizados
separadamente da caixa de pesquisa geral e que fosse possível refinar a pesquisa
dentro de cada classificador e ordenar os resultados obtidos por autor e tipo de
documento.
Tabela 25. Avaliação do protótipo – Questionário: avaliação da usabilidade do sistema
Frequência de
pontuação
Aspectos considerados 1 2 3 4 5
Organização da colecção em comunidades - - - 2 6
Funcionalidades de pesquisa: 1 2 3 4 5
Opções de campos de pesquisa (ex: autor, título, audiência,…) - - - 3 5
Opções de navegação (ex: percorrer por ordem alfabética de - - 2 2 4
título, …)
Terminologia adoptada (ex: nome dos campos) - - - 6 2
Resultados de pesquisa: 1 2 3 4 5
Resultados obtidos (pertinência) - - 1 - 7
Manipulação dos resultados (ordenação) - - 1 5 1
Formatos (simples e completo) de visualização dos registos - - - 3 5
(utilidade)
Descrição dos registos bibliográficos: 1 2 3 4 5
Exaustividade da descrição - - - 2 6
Utilidade da descrição - - - 2 6
Objectos digitais associados aos registos: 1 2 3 4 5
Acesso ao objecto - - - 1 7
Tempo de download - - - - 8
Qualidade da imagem/texto - - - 1 7
Marca de água e definições de segurança - - - 1 7
110 CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO

De uma forma geral, o protótipo da BDNut foi classificado com a pontuação 4 e 5


(intervalo 1-5), o item mais pontuado foi a utilidade do sistema e o menos
pontuado foi o design do sistema. A este respeito, foi mencionado que o design
não é funcional, uma vez que a localização gráfica das opções de pesquisa
confundem o utilizador.

Tabela 26. Avaliação do protótipo – Questionário: avaliação geral do sistema


Frequência
de pontuação
Aspectos considerados 1 2 3 4 5
Usabilidade do sistema (1 “nada fácil de usar” a 5 “muito fácil de usar”) - - - 7 1
Funcionalidade do sistema (1 “nada funcional” a 5 “muito funcional”) - - 1 3 4
Utilidade do sistema (1 “nada útil” a 5 “muito útil”) - - - 1 7
Apoio ao utilizador (1 “nada adequado “a 5 “muito adequado”) - - 1 5 2
Design do sistema (1 “nada atractivo” a 5 “muito atractivo”) - - 2 6 -

Do ponto de vista estratégico, todos os inquiridos consideram que a BDNut pode


contribuir para preservar e divulgar a produção intelectual da autoria de docentes
e investigadores da FCNAUP. Como razões apontadas, alguns inquiridos salientam:
a questão do acesso a informação de qualidade produzida pela academia, que de
outra forma não estaria acessível, bem como o aumento da visibilidade da
instituição, sendo que o potencial de utilidade da BDNut foi considerado mais
elevado para as actividades de Investigação e Desenvolvimento e de Ensino e
Aprendizagem.
Dos 8 inquiridos, 6 consideraram muito adequada a possibilidade de alargamento
da colecção da BDNut aos trabalhos académicos de estudantes da FCNAUP, sendo
que um docente sugeriu que fosse feita uma sub-divisão para o efeito.
CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO 111

6.2. ESTIMATIVA DE CUSTOS

Considera-se que a implementação de um protótipo carece de uma análise


custo-benefício prévia que informe a instituição sobre a sustentabilidade do
projecto. A estimativa de custos apresentada não substitui a realização de
uma análise económica de custo-benefício que deverá ser realizada por
profissionais da área. Pretende-se de uma forma simplificada ponderar
eventuais despesas associadas face aos benefícios esperados.

Previsão de custos

Com base numa estimativa, partimos da previsão dos custos associados à


implementação da BDNut e à incorporação da colecção completa do Fundo
Documental Dr. Emílio Peres (cerca de 600 documentos inventariados) para o
horizonte temporal de um ano civil.

Tabela 27. Avaliação do protótipo - Previsão de despesas para a colecção Dr. Emílio Peres
Despesa Verba
1 Aquisição de serviços a terceiros 6.000,00 €

2 Aquisição de equipamento informático 5.500,00 €

3 Consumíveis e despesas correntes 1000,00 €

4 Despesas com o acondicionamento e preservação 2.000,00 €


dos documentos em papel

5 Despesas com a protecção da propriedade 200,00 €


intelectual

6 Despesas com a promoção e divulgação da 800,00 €


operação

7 Despesas com pessoal técnico 7.200,00 €

Orçamento Total 22.700,00 €

Apresentam-se os recursos humanos e físicos existentes e a adquirir:

Recursos humanos existentes e atribuições


- A Coordenadora do Projecto e a Responsável pela Biblioteca para presidirem à
selecção dos documentos considerados mais relevantes de acordo com os critérios
definidos e para coordenarem a execução do plano de trabalho (tempo dedicado
10%);
112 CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO

- Técnica Superior de Biblioteca da FCNAUP para desenvolver e promover a biblioteca


digital e supervisionar o trabalho de preservação e valorização documental
executado com recurso à aquisição de serviços externos (tempo dedicado 50%).

Serviços externos a contratar


- Aquisição de serviços a uma entidade externa para proceder ao trabalho de
preservação e valorização documental, que consistirá na operações de
acondicionamento e tratamento prévio à digitalização, digitalização, produção e
alojamento do objecto digital, descrição e análise documental normalizada do
documento e do respectivo objecto digital;
- Aquisição de serviços externos para design e configuração da interface da biblioteca
digital recorrendo ao software seleccionado.

Recursos físicos e técnicos existentes


- 1 PC com acesso à rede da U.Porto e com acesso às plataformas tecnológicas e aos
sistemas de informação disponíveis na U.Porto para gestão de informação
documental geridos a nível central (ex: sistema integrado de gestão documental
ALEPH, Plataforma de desenvolvimento DSpace e SIGARRA).

Recursos físicos e técnicos a adquirir


- 2 armários com estantes para acondicionar a documentação tratada;
- material de acondicionamento e preservação preventiva da documentação em
papel;
- 1 servidor (mais licença Windows) para armazenar os objectos digitais;
- 2 portáteis para acções de promoção e divulgação da biblioteca digital;
- aluguer de espaços e/ou serviços para exposições e acções de divulgação e
participação em conferências ou colóquios.

Benefícios esperados

Os principais benefícios directos da disponibilização da colecção visada da


BDNut consistem em:
- acesso a informação de difícil acesso ou indisponível;
- preservação da informação de valor histórico e patrimonial ímpar;
- aumento da visibilidade da instituição.
CAPÍTULO 6. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PROTÓTIPO 113

Ainda que tenhamos alguma dificuldade em transformar os benefícios em


valores monetários, podemos afirmar que a implementação da BDNut e a
disponibilização de 600 documentos será uma contrapartida que justifica os
custos envolvidos e potencia o alargamento da BDNut à produção intelectual
da FCNAUP.
Actualmente, o volume anual da produção científica dificulta o
armazenamento em tempo útil da informação numa biblioteca digital. O
compromisso da BDNut com a sua comunidade de utilizadores é preservar e
tornar acessível o capital intelectual da FCNAUP e promover o consumo da
informação produzida, contribuindo para o aumento da visibilidade da
instituição.
Hoje reconhece-se que o auto-arquivo, em acesso público, potencia o impacto
da investigação produzida aumentando a sua acessibilidade e citação.
O facto de recorrermos a uma rede distribuída de repositórios alojada a nível
central na Universidade Digital garante a sustentabilidade organizacional e
tecnológica da BDNut e a preservação digital da colecção disponibilizada.
O alargamento da BDNut à produção intelectual da FCNAUP é uma prioridade
da BDNut, sendo que podemos prever uma estimativa de incorporação anual
de novos documentos baseada no número de publicações anuais; por exemplo,
entre 2005 e 2008, no âmbito das actividades de ensino e investigação, o
número médio anual de artigos científicos é de 67 e o número médio de
comunicações científicas é de 221. Da mesma forma, no âmbito das
actividades de colaboração com os Media, o número médio de participações
nos últimos dois anos é de 149 (cf. Tabela 4 e Tabela 5). Julgamos que os
números médios indicados são mais um argumento a favor da prioridade da
BDNut para a visibilidade de uma instituição que apenas conta com 14
docentes doutorados ETI.
114 CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

7.1 CONCLUSÕES GERAIS

A contextualização teórica e institucional realizada permitiu verificar que, por


um lado, existe uma falha no cenário actual, no que diz respeito à
disponibilização pública, no espaço Web, de documentação sobre alimentação
e nutrição humana, produzida e validada pela comunidade científica e
académica, de proveniência nacional e em língua portuguesa; por outro lado,
a produção intelectual da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto (FCNAUP) encontra-se, neste momento, documentada
em sistemas e produtos de informação paralelos e que a informação não é
recuperável a partir de um ponto de acesso único, agregador e transversal. A
BDNut surge como resposta possível às necessidades identificadas.

Resultados obtidos

Partindo da análise do contexto teórico, técnico e institucional afim à


disponibilização da produção intelectual da FCNAUP em ambiente digital, foi
nossa intenção dar conta das opções tomadas no desenho e construção do
protótipo da BDNut, dos condicionalismos inerentes e dos recursos envolvidos,
bem como apresentar alguns dos principais resultados obtidos.
Para efeitos de balanço do trabalho desenvolvido, confrontamos os principais
resultados face aos objectivos de investigação iniciais:
A.Definir os requisitos necessários para a construção de uma biblioteca
digital de alimentação e nutrição humana
Para atingir o objectivo A, procedeu-se à identificação dos requisitos
relativos à descrição e análise documental da colecção, aos serviços
pretendidos e à tecnologia de suporte a partir da revisão de literatura
especializada e da análise de experiências semelhantes, tendo em
conta a especificidade do contexto teórico, tecnológico e institucional.
Os principais resultados foram:
1.A revisão do estado da arte e a descrição dos contextos e
condicionalismos inerentes ao problema de investigação (cf. capítulos 1,
2 e 3);
CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS 115

2.A definição de uma estratégia de integração que preside à


implementação do protótipo e que opera a três níveis de actuação: nível
tecnológico, de meta-informação e organizacional, nomeadamente a
escolha da ferramenta DSpace para construção do protótipo, a
identificação das tipologias documentais da colecção digital e respectiva
organização em comunidades e colecções, a definição dos procedimentos
de transferência automática de registos do ALEPH e do SIGARRA para o
protótipo em DSpace, teste e validação, e a proposta de soluções
possíveis para o fluxo de informação entre os diversos sistemas e os
diferentes papéis dos interveniente, na forma de recomendações
operacionais (cf. capítulo 4).

B.Desenvolver uma biblioteca digital protótipo, com base na colecção


de documentos recolhida no âmbito da Homenagem U.Porto 2008 a
uma Figura Eminente: Dr.Emílio Peres, recorrendo a software
adequado
Para atingir o objectivo B, procedeu-se à construção de uma biblioteca
digital protótipo com recurso à plataforma DSpace, instalação da
reitoria da U.Porto. Os principais resultados foram:
1. A selecção da amostra do protótipo;
2. A definição de recomendações para descrição e análise
documental da colecção;
3. A definição do procedimento para digitalização e edição dos
objectos digitais de acordo com as condições de acesso e
reprodução adoptadas;
4. A definição das alterações a introduzir na plataforma padrão
DSpace para configurar a interface de pesquisa e visualização do
protótipo: índices e classificadores, formatos de visualização e
vista de resultados, tutoriais de apoio ao utilizador (cf. capítulo
5).

C. Identificar alguns desafios relacionados com a expansão da


Biblioteca Digital de Alimentação e Nutrição Humana,
nomeadamente o acesso e a divulgação junto da comunidade em
geral.
116 CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

Face ao objectivo C, procedeu-se à avaliação do protótipo e à


identificação de futuros desafios no desenvolvimento e implementação
da biblioteca digital. Os principais resultados foram: a avaliação da
qualidade do protótipo por um grupo de docentes e investigadores da
FCNAUP com base na aplicação de um questionário, teste de
usabilidade e realização de entrevista a elementos dos órgãos de
gestão; introdução de eventuais alterações e ajustes no protótipo com
base na avaliação preliminar; ponderação das despesas previstas e
benefícios esperados para a implementação da BDNut; preparação de
dois artigos científicos a submeter para publicação, sendo que um foi
aceite para publicação e vai ser objecto de apresentação em
conferência internacional (cf. capítulo 6). Os desenvolvimentos futuros
serão identificados no próximo ponto.

Relevância do protótipo

Retomamos a Questão de investigação:


De que forma é que o material científico, pedagógico-didáctico e de divulgação
produzido pela comunidade docente da FCNAUP pode ser conservado e
disponibilizado com recurso à Biblioteca Digital de Alimentação e Nutrição
Humana (BDNut)?
A colecção protótipo em DSpace ilustra o principal resultado do trabalho
realizado e responde de forma adequada à questão de investigação colocada,
uma vez que permite demonstrar que:
ƒface aos sistemas e serviços de informação existentes na U.Porto, a BDNut
tem um potencial mais elevado para representar a natureza singular e
heterogénea da produção intelectual dos docentes e investigadores
FCNAUP na sua quádrupla função: investigação, ensino, extensão
comunitária e divulgação, para garantir a sua preservação e para servir
como ponto de acesso centralizado;
ƒa estratégia de integração proposta é passível de implementação nos três
níveis considerados: tecnológico, meta-informação e organizacional,
isto é, a implementação do protótipo está devidamente enquadrada na
arquitectura dos sistemas de informação da U.Porto, quer na
transferência de registos e meta-informação já validados, quer no
alojamento e disponibilização da colecção digital numa plataforma
CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS 117

comum, e corresponde a uma necessidade reconhecida pela instituição,


nomeadamente pelos produtores e gestores de informação no âmbito
da pesquisa e compilação de informação para efeitos curriculares e
institucionais;
ƒde acordo com a avaliação preliminar do protótipo, a BDNut representa
uma vantagem do ponto de vista da estratégia institucional, enquanto
meio de difusão da produção intelectual, projecção da imagem
institucional e de comunicação com a comunidade civil.

Contribuições para a área de investigação

De uma forma geral, pensamos que a concepção do protótipo acrescenta valor


à investigação actual sobre bibliotecas digitais. O protótipo ilustra,
simultaneamente, uma biblioteca digital temática com recurso a um software
habitualmente utilizado para repositórios institucionais e a validação da
integração de meta-informação proveniente de sistemas de informação
distintos.
Na nossa opinião, a adaptação dos procedimentos existentes para
transferência de registos bibliográficos entre sistemas às necessidades de
bibliotecas digitais temáticas permitiu melhorar os resultados obtidos do
ponto de vista da representação intelectual dos documentos e da pesquisa e
recuperação de informação, sendo que algumas das recomendações de
melhoria foram já incorporadas no Repositório Aberto da U.Porto.
Consideramos inovadores a organização funcional da colecção protótipo de
acordo com as principais áreas de actuação dos produtores de informação,
desde o ensino e a investigação até às actividades de divulgação e
comunicação com os Media, bem como as orientações sugeridas para a
descrição e análise documental de documentos de natureza diversa e tipologia
distinta dos artigos e livros de natureza científica (destacamos os seguintes:
apresentações lectivas, comunicações em cursos, entrevistas na rádio e TV,
recortes de imprensa, folhetos, desdobráveis ou puzzles, entre outros). Neste
âmbito, salienta-se que a indexação por assuntos foi executada com base no
vocabulário DeCS e com recurso a uma lista estruturada de temas que foi
criada para assegurar níveis mínimos de inteligibilidade e comunicação da
informação disponibilizada entre a academia e a comunidade civil, em
resultado de um estudo prévio realizado com recurso à análise de conteúdo.
118 CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

Contribuímos ainda para a divulgação do trabalho desenvolvido na U.Porto,


através da comunicação “Thematic digital libraries at the University of Porto:
metadata integration over a repository infrastructure” na 13th European
Conference on Digital Libraries 2009, que será objecto de publicação nos
proceedings da conferência.

Condicionalismos e desafios

Consideramos pertinente salientar alguns condicionalismos que se traduziram


em desafios no desenho e contrução do protótipo: os condicionalismos
temporal, humano e tecnológico.
O intervalo temporal para a concepção e operacionalização do protótipo
revelou-se limitado face aos constrangimentos de natureza humana e
tecnológica.
A formação científica da autora da investigação e a dependência de terceiros
para questões de âmbito tecnológico, se por um lado, atrasaram a execução
das actividades e não permitiram validar alguns dos resultados dos testes de
transferência de registos entre sistemas, por outro lado, contribuíram para
um diálogo produtivo entre serviços institucionais distintos, que se tem vindo
a reflectir na revisão criativa dos serviços e sistemas de informação
existentes.
O principal desafio consiste na definição e implementação de um
procedimento organizacional que permita a integração da Biblioteca Digital na
rotina institucional dos produtores de informação, nomeadamente no depósito
de material científico, pedagógico-didáctico e de divulgação, acessível ao
público em geral, eliminando progressivamente a resistência à
disponibilização em acesso público da informação produzida pela Academia.
Acreditamos que a implementação do protótipo tem de passar pela definição
de serviços de valor acrescido para os autores e pela elaboração de um plano
de marketing. Listamos apenas algumas medidas pensadas para aumentar a
usabilidade da BDNut: estender a autoria dos materiais produzidos aos
estudantes da FCNAUP, envolver a comunidade internacional através da
divulgação da BDNut em países de língua portuguesa, promover a recompensa
científica dos autores com a organização de prémios (ex: Prémio do objecto
digital mais descarregado da BDNut).
CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS 119

7.2 DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

No contexto actual, considerou-se que a solução mais adequada à


implementação da BDNut corresponde ao depósito e descrição da produção
intelectual no SIGARRA, à descrição das teses e provas académicas no ALEPH,
e à posterior transferência dos registos validados para a BDNut.
No entanto, a operacionalização do workflow de informação proposto implica
a concretização das recomendações identificadas ao longo do trabalho de
investigação. Identificamos as principais recomendações juntamente com
sugestões de melhoria futura, por nível de operação:

Depósito e armazenamento da produção intelectual no SIGARRA


ƒAdicionar novas tipologias informacionais ao módulo de publicações ou criar um
módulo específico no SIGARRA para a produção intelectual decorrente das
actividades de Ensino & Aprendizagem, Extensão Comunitária e Formação e
Divulgação e Comunicação com os Media. Nos dois casos é necessário adicionar
um campo para a designação específica do tipo de documento e alguns campos
específicos para a descrição dos Recurso Educativo/Divulgação e dos materiais
provenientes das doversas participações com os Media de acordo com o
definido na Tabela 15. BDNut - Catalogação de material não livro.

Descrição e análise documental da colecção digital no SIGARRA


ƒEquacionar a hipótese de aproveitar a descrição já efectuada no ALEPH à
semelhança do que se faz na inserção de Bibliografia nas fichas de disciplina;
ƒAdicionar um campo de descrição da língua do documento;
ƒAdicionar um campo repetível para proceder à análise de assunto e indexação
dos documentos de acordo com o estabelecido para os documentos da
biblioteca digital temática;
ƒAdicionar um campo para indicar o DOI da publicação científica, uma vez que
esta informação é muitas vezes solicitada para efeitos de candidatura a
projectos e financiamento;
ƒAdicionar o campo para o URL externo da publicação sempre que aplicável.

Procedimentos de transferência entre sistemas (SIGARRA > DSpace)


ƒExecutar um 2.º teste que contemple a totalidade das alterações sugeridas para
validar a correspondência proposta entre os campos SIGARRA e os campos Dublin
Core da BDNut;
120 CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

ƒEquacionar a generalização do procedimento de transferência SIGARRA > DSpace


para outras bibliotecas através do estabelecimento da correspondência das
colecções na etapa de importação para o DSpace e não na etapa de exportação
dos metadados dos sistemas de origem;
ƒDesbloquear as restrições de acesso ao servidor SIGARRA no processo de
importação para o DSpace de registos cujo objecto digital está em acesso
restrito, mantendo as restrições de acesso ao utilizador definidas no SIGARRA.

Edição e alojamento dos objectos digitais na BDNut


ƒDisponibilizar as cópias de visualização de ficheiros vídeo, áudio, multimédia e
documentos electrónicos estruturados em streaming: sugerimos que a cópia de
visualização seja depositada num Media Server e que seja feito o upload no
DSpace de um ficheiro html contendo o rtsp address do ficheiro no servidor de
streaming. A visualização do HTML pode ser ou não restrita através da gestão de
permissões de bitstreams no DSpace. Desta forma, garantiremos o fácil acesso a
ficheiros que são por natureza pesados e o contexto de produção seria
salvaguardado, dificultando o download do ficheiro.

Interface de pesquisa e visualização da BDNut


ƒEstabilizar traduções em português e inglês dos índices e classificadores de
navegação;
ƒConfigurar o formato de visualização tabular definido;
ƒConfigurar as funcionalidades de pesquisa e de manipulação dos resultados
definidas;
ƒConfigurar a página da BDNut de acordo com as opções de design definidas;
ƒExplorar a adopção de futuras funcionalidades como a hipótese de adicionar
novos serviços ao utilizador, nomeadamente a incorporação dos widgets da Web
2.041 (ex: comentar, enviar a um amigo) ou a edição de informação estatística
sobre o acesso e download de um dado objecto digital associado a um
determinado registo ou ainda a exportação de referências bibliográficas em
formato aceite por software de gestão de referências (ex: EndNote).

41
Algumas destas funcionalidades já estão em uso no Repositório da U.Minho,
http://repositorium.sdum.uminho.pt/
CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS 121

Avaliação da BDNut
ƒ Encomendar uma análise de custo/benefício e plano de sustentabilidade do
projecto para posterior candidatura a financiamento;
ƒ Realizar uma 2.ª avaliação da BDNut para efeitos de validação.

Alargamento e expansão da BDNut


ƒEquacionar o alargamento da colecção a trabalhos da autoria de estudantes da
FCNAUP e de investigadores de outras unidades orgânicas com afinidades
temáticas;
ƒEnvolver outros actores no fluxo de informação como o Serviço de
Aconselhamento Alimentar ou o Gabinete de Educação Contínua da FCNAUP,
entre outros;
ƒProjectar a incorporação na BDNut na Biblioteca Virtual em Saúde42.

Divulgação do trabalho de investigação


ƒElaborar um documento com recomendações genéricas para o desenho e
construção de bibliotecas digitais temáticas na U.Porto;
ƒPreparar uma 2.ª publicação com base no trabalho efectuado.

7.3 COMENTÁRIO FINAL

Neste momento, sentimos que há ainda um longo caminho a percorrer na


operacionalização das actividades descritas e na validação da BDNut junto da
comunidade de utilizadores.
Em termos humanos e organizacionais, os resultados obtidos até ao momento
constituem avanços no que diz respeito ao estabelecimento de diálogos e
sinergias entre serviços e sistemas paralelos, ainda que complementares. A
aceitação do poster na ECDL 2009 revelou-se uma motivação gratificante.
A gestão bibliográfica da produção intelectual dos docentes e investigadores
da FCNAUP é uma das atribuições profissionais da autora e responde a uma
necessidade institucional. Neste sentido, consideramos que a implementação
da BDNut se encontra devidamente enquadrada na actividade profissional da

42
Biblioteca Virtual de Saúde, http://www.bireme.br/php/index.php, consulta a 2009.06.
122 CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

autora na FCNAUP e na U.Porto, enquanto elemento de grupos de trabalho


relacionados, como por exemplo o Grupo de Trabalho da Biblioteca Virtual da
U.Porto para o repositório institucional.
O protótipo em DSpace não é um produto acabado e não corresponde a uma
solução única e finalizada; entendemos que a BDNut está inserida nos serviços
e sistemas de informação da U.Porto e deve acompanhar a estratégia de
informação adoptada pela U.Porto, pelo que as soluções propostas resultam
de condicionalismos actuais e podem a qualquer altura ser revistas e
reformuladas em harmonia com as opções estratégicas da Universidade. A
este respeito, sugerimos que o planeamento futuro de sistemas e serviços de
informação na U.Porto seja acompanhado por uma equipa multidisciplinar que
reúna conhecimentos e competências em várias áreas, nomeadamente em
Informática, Planeamento e Gestão de Sistemas, Biblioteconomia e Ciência da
Informação.
LISTA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 123

LISTA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS 127

ANEXOS
128 ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

I. Páginas de Organizações formais


Os recursos nacionais foram ordenados do geral para o particular; os recursos internacionais e europeus
foram ordenados de forma descendente de acordo com a representatividade geográfica e linguística: 1º
âmbito internacional, 2.º âmbito europeu; 3.º Países de língua inglesa; 4º outros.

1. Organizações governamentais e programas


Objectivos específicos: conhecer planos, medidas governamentais e programas de actuação referentes
à saúde pública em geral, e especificamente à alimentação saudável e segurança alimentar; identificar
centros de recursos de informação ao consumidor de proveniência governamental ou em colaboração
com agentes governamentais.

1.1. Nacionais
Identificação URL
Ministério da Saúde, Portal da Saúde http://www.min‐saude.pt/portal

Ministério da Saúde, Direcção‐Geral de Saúde http://www.dgs.pt/

Ministério da Educação, Direcção‐Geral de Inovação http://www.dgidc.min‐edu.pt/


e Desenvolvimento Curricular, Centro de Recursos

Ministério da Economia e da Inovação, Direcção‐ http://www.consumidor.pt/


Geral Consumidor/ Instituto do Consumidor

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge www.insa.pt

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica http://www.asae.pt/

Plataforma Contra a Obesidade, da Direcção‐Geral http://www.plataformacontraaobesidade.dgs.pt


de Saúde, Centro de Conhecimento
Programas URL
Programa Educativo "Apetece‐me", iniciativa da www.apetece‐me.pt
Nestlé Portugal e da Direcção‐Geral de Inovação e
Desenvolvimento Curricular

“Rituais de Vida Saudável”, iniciativa conjunta da http://www.rituais.net/default.aspx


One to One e da Faculdade de Motricidade Humana
e que conta com a parceria institucional da
Direcção‐Geral de Saúde

1.2. Europeias e internacionais


ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA 129

Identificação URL
World Health Organization http://www.euro.who.int/

Pan‐American Health Organization http://devserver.paho.org/


http://www.sica.int/incap/

United Nations http://www.un.org/


http://www.un.org/Pubs/CyberSchoolBus/

The Food and Agriculture Organization of the United http://www.fao.org/


Nations http://www.fao.org/documents/index.asp?lang=en#

FAO/WHO Food Standards Codex Alimentarius http://www.codexalimentarius.net/web/index_en.jsp

European Union Public Health: the public health http://ec.europa.eu/health‐eu/


portal of the European Union

European Food Safety Authority http://www.efsa.europa.eu

United States National Institute of Health (US) http://www.nih.gov/

United States Food and Drug Administration (US) http://www.fda.gov

HealthFinder, iniciativa de United States http://www.healthfinder.gov/


Department of Health and Human Services (US)

Nutrition.gov, iniciativa de United States http://www.nutrition.gov/nal_display/


Department of Agricultures National Agricultural
Library (US)

Health Canada, Food and Nutrition (CA) http://www.hc‐sc.gc.ca/fn‐an/nutrition/index‐eng.php

Food Standards Agency (UK) http://www.food.gov.uk/

Health Insite, iniciativa de Australian government´s http://www.healthinsite.gov.au/search/search_advanced_n


Department of Health and Ageing (AU) ew.cfm?access=standard

Programas URL
Five a Day Program (USA) http://www.fruitsandveggiesmatter.gov/index.html

Pro children (EU) http://www.prochildren.org/


130 ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

2. Associações Profissionais, Sociedades Científicas e afins


Objectivos específicos: identificar as áreas de actuação profissional, gestão de carreiras e legislação
afim, informação sobre formação académica e profissional e cursos de educação contínua, notícias e
eventos de interesse, investigação e produção científica (estudos, grupos de trabalho, projectos e
iniciativas, publicações científicas), ligações úteis, contactos de profissionais.

2.1. Nacionais
Identificação URL
Associação Portuguesa de Nutricionistas http://www.apn.org.pt/apn/index.php

Associação Portuguesa de Dietistas http://www.apdietistas.pt

Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e http://www.spcna.pt/


Alimentação
Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade http://www.speo‐obesidade.pt

Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e http://www.spedm.org/


Metabolismo

Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e http://www.apnep.pt


Parentérica
Núcleo de Doenças do Comportamento Alimentar http://www.comportamentoalimentar.pt/

Fundação Bissaya Barreto/Obesidadeonline http://www.obesidade.online.pt/index.php

Fundação Portuguesa de Cardiologia http://cardiologia.browser.pt/PrimeiraPagina.aspx

Sociedade Portuguesa de Pediatria http://www.spp.pt/

2.2. Internacionais e europeias


Identificação URL
International Union of Nutritional Sciences http://www.iuns.org/

International Union of Food Science and Tecnology http://www.iufost.org/

European Federation of the Associations of http://www.efad.org/


Dietitians
European Food information Council, co‐financiado http://www.eufic.org
pela Comissão Europeia e pela Indústria alimentar e
ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA 131

de bebidas Europeia

Federation of European Nutrition Societies http://www.fensweb.org/

American Dietetic Association (US) http://www.eatright.org/cps/rde/xchg/ada/hs.xsl/index.ht


ml

American Society for Nutrition (US) http://www.nutrition.org/

Society for Nutrition Education (US) http://www.sne.org/

Mayo Foundation for Medical Education and http://www.mayoclinic.com/


Research, Food and Nutrition Center (US) http://www.mayoclinic.com/health/food‐and‐
nutrition/NU99999

International Food Information Council Foundation http://www.ific.org/index.cfm


(US)

Australia Nutrition Foundation (AUS) http://www.nutritionaustralia.org

Dietitians of Canada ‐ Eat well, play well Resource http://www.dietitians.ca/child/resource.asp?fn=searchform


Center (CA)

Nutrition Resource Centre, iniciativa de Ontario http://www.nutritionrc.ca/about.html#information


Public Health Association (CA)
British Nutrition Foundation (UK) http://www.nutrition.org.uk/

Institut Français pour la Nutrition (FR) http://www.ifn.asso.fr

CERIN ‐ Centre de Recherche et d'Information http://www.cerin.org/


Nutritionnelles (FR)

Sociedad Española de Nutrición Comunitária (ES) http://www.nutricioncomunitaria.com/

Información Consumidor, da Fundación de la http://www.informacionconsumidor.com/


Industria de Alimentación y Bebidas e cofinanciada
pelo Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentación
Espanhol (ES)

Deutsche Gesellschaft für Ernährung (DE) http://www.dge.de/


132 ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

Belgium Nutrition Information Center (BE) http://www.nice‐info.be/BENL/site/index.aspx

3. Ensino Superior (Universidades e Hospitais Universitários, Repositórios institucionais e temáticos,


bibliotecas académicas e portais de informação ao consumidor)
Objectivos específicos: conhecer as actividades de ensino, investigação e extensão comunitária,
nomeadamente identificar: áreas disciplinares predominantes na formação do nutricionista (pesquisa
nos Curricula dos cursos undergraduated de instituições de referência), bibliografia aconselhada
relevante na educação do consumidor, projectos de investigação na área da nutrição comunitária/saúde
pública/educação alimentar, informação produzida para o consumidor em geral e iniciativas afins;
repositórios institucionais de produção científica e de recursos educativos, bibliotecas digitais.

3.1. Nacional – os cursos identificados têm por base as instituições signatárias do diploma do consenso
Consenso “Competências para o 1º ciclo em Ciências da Nutrição”, aprovado em Setembro de 2006, por
representantes das Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, da
Universidade Atlântica e do Instituto Superior de Tecnologias da Saúde Dr. Egas Moniz.
Identificação URL
Faculdade de Ciências de Nutrição e Alimentação da http://SIGARRA.up.pt/fcnaup/web_page.inicial
Universidade do Porto

Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz http://www.egasmoniz.edu.pt

Universidade Atlântica http://www.uatla.pt/

Repositórios institucionais e temáticos URL


Universidade do Minho, Biblioteca Digital http://www.sdum.uminho.pt/

Universidade de Lisboa, Escola Nacional de Saúde http://www.observaport.org/OPSS


Pública, Portal Gestão da Saúde

Universidade do Porto, Biblioteca Virtual, http://www.up.pt


Repositório institucional e temático da U.Porto,
Fundo do Livro Antigo e Arquivo Digital

Universidade do Porto, Faculdade de Letras, http://ler.letras.up.pt/


Biblioteca Digital

Universidade do Porto, Faculdade de Engenharia, http://digitool.fe.up.pt/


Repositório

Repositório Científico de Acesso Aberto em Portugal http://www.rcaap.pt

Repositório Institucional dos Hospitais http://rihuc.huc.min‐saude.pt/


Universitários de Coimbra
ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA 133

Informação ao consumidor URL


Escola Nacional de Saúde Pública, Portal de Gestão http://www.observaport.org/OPSS
da Saúde

3.2. Internacional – os cursos identificados têm por base: as instituições citadas no âmbito do processo
de adequação do Curso de Licenciatura em Ciências da Nutrição a Bolonha: cursos de referência com
duração e objectivos similares ministrados por instituições de ensino superior, no espaço europeu e
internacional; as instituições parceiras nos processos de mobilidade estudante, docente e não-docente;
experiências internacionais de repositórios institucionais e serviços académicos de informação sobre
saúde ao consumidor.
Identificação URL
Karolinska Institutet (SE) http://ki.se/

King´s College of London (UK) http://www.kcl.ac.uk/ugp09/programme/77

University of Dublin, Trinity College (IR) http://www.medicine.tcd.ie/nutrition_and_dietetics/course


s

Universidade de S.Paulo, Faculdade de Medicina do http://www.fmrp.usp.br/


Ribeirão Preto (BR)

Universidade de S.Paulo, Faculdade de Saúde http://www.fsp.usp.br/


Pública (BR), Biblioteca Virtual de Saúde Pública http://www.saudepublica.bvs.br/html/pt/home.html

UNICAMP, Faculdade de Engenharia dos Alimentos, http://bibfea.fea.unicamp.br/php/index.php?lang=pt


Biblioteca Virtual de Alimentos (BR)

Wageningen University and Research Center (NL) http://www.wageningenuniversiteit.nl/UK/

Justus‐Liebig‐Universität Giessen, Faculty 09‐ http://www.uni-giessen.de/cms/faculties/f09


Agricultural Sciences, Nutritional Sciences and
Environmental Management (DE)

University College Cork, Food Communications http://www.ucc.ie/fcis/


Information Service (IR)

Repositórios institucionais e temáticos URL


M.I.T., Harvard‐MIT Division of Health Sciences and http://ocw.mit.edu/OcwWeb/Health‐Sciences‐and‐
Technology, Open Course (US) Technology/index.htm

M.I.T DSpace (US) http://DSpace.mit.edu/community‐list


134 ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

Informação ao consumidor URL


University of Maryland, Baltimore, Health Sciences http://www.hshsl.umaryland.edu/healthyme
and Human Services Library, HealthyMe@UMB (US)

University of Virginia Community Health Education http://www.vcuhealth.org/chec/


Center (US)

Pennsylvannia State University Nutrition http://nirc.cas.psu.edu/index.cfm


Information and Resource Center (US)

Harvard School of Public Health, Department of http://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/


Nutrition, Nutrition Source (US)

Harvard Medical School, Intelihealth (US) http://www.intelihealth.com/IH/ihtIH/WSIHW000/408/408.


html

Universidad do Chile, Instituto de Nutricion y http://www.inta.cl/


Tecnologia de los Alimentos (CHl) http://www.bibliointa.cl/

4. Bibliotecas nacionais de referência


Objectivos específicos: Identificar a bibliografia nacional e estrangeira existente nos catálogos
bibliográficos das bibliotecas nacionais públicas sobre a temática e identificar iniciativas semelhantes
(bibliotecas digitais, repositórios temáticos e afins).
4.1. Nacional
Identificação URL
Biblioteca Nacional, http://bnd.bn.pt/
Biblioteca Nacional Digital

4.2. Internacional
Identificação URL
Library of Congress (US), Digital Collections and http://www.loc.gov/index.html
Services http://www.loc.gov/library/libarch‐digital.html
http://memory.loc.gov/ammem/about/techIn.html

British Library (UK), Online Gallery http://www.bl.uk/


http://www.bl.uk/onlinegallery/index.html

5. Bibliotecas especializadas na área da saúde e/ou alimentação e nutrição e associações de


bibliotecas e centros de documentação na área da saúde
Objectivos específicos: Identificar a bibliografia existente nos catálogos bibliográficos das bibliotecas
especializadas sobre a temática, identificar iniciativas semelhantes (bibliotecas digitais, repositórios
ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA 135

temáticos e afins) e compreender sistemas de classificação, tesaurus e práticas de indexação adoptados


na área da saúde pública.

5.1. Nacional
Identificação URL
Associação Portuguesa de Documentação e http://www.apdis.org/
Informação de Saúde

5.2. Internacional
Identificação URL
Global Health Library http://www.globalhealthlibrary.net/php/index.php?lang=
pt

United States National Library of Medicine (US) http://www.nlm.nih.gov/

United States National Library of Agriculture, Food http://www.nal.usda.gov/fnic/about.shtml


and Nutrition Information Center and the Food http://riley.nal.usda.gov/nal_display/index.php?info_cen
Safety Information Center (US) ter=16&tax_level=1/

NOAH, parceria entre as bibliotecas da Cidade de http://www.noah‐health.org/en/about/index.php


Nova York (US)

The Health Education Assets Library (HEAL) A digital http://www.healcentral.org/about/aboutHEAL.jsp


library for health sciences educators (US)

Centro Latino‐Americano e do Caribe de Informação http://www.bireme.br/php/index.php


em Ciências da Saúde, BIREME (OPAS) http://www3.bireme.br/bvs/P/pdoc.htm
http://bvsmodelo.bvsalud.org/php/index.php

National Electronic Library for Health (NeLH)(UK) http://www.library.nhs.uk/Default.aspx

Medical Library Association (US),Consumer and http://www.mlanet.org


Patient Health Information Section http://www.mlanet.org/resources/consumr_index.html
http://caphis.mlanet.org/index.html

6. Outras entidades públicas e privadas (ex: empresas do ramo de actividade)


Objectivos específicos: identificar parceiros na indústria para actividades de informação e educação
alimentar.
6.1. Nacionais
Identificação URL
Associação Portuguesa para a Defesa do http://www.deco.proteste.pt/
136 ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

Consumidor

Federação das Indústrias Portuguesas Agro‐ http://www.fipa.pt/


Alimentares

Associação de Hotelaria, Restauração e Similares http://www.aresp.pt

6.2. Internacionais
Identificação URL
Nestlé http://www.nestle.pt/

Danone http://www.danone.pt/

Kellogs http://www.kelloggs.pt/

II. Portais de informação sobre saúde e alimentação para o consumidor e repositórios colectivos de
recursos educativos
Objectivos específicos: identificar temas e terminologia adoptada nas áreas da saúde em geral e da
nutrição e alimentação humana, em particular, tipologias de documentos e serviços disponibilizados.

Identificação URL
Campus Virtual de Saude Pública (OPAS) http://www.campusvirtualsp.org/

Consumer Health Organization of Canada (CA) http://www.consumerhealth.org/home.cfm

E‐meducation.org portal (US) http://www.e‐meducation.org/

Health Library (India) – Health education library (IS) http://www.healthlibrary.com/

Health Science Online (US) http://www.hso.info

Intute – Medicine gateway (UK) http://www.intute.ac.uk/healthandlifesciences/medicine


/

Med‐EdPORTAL (US) http://www.aamc.org/mededportal/

Medline Plus (US) http://medlineplus.gov/

Medscape (US) http://www.medscape.com/


ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA 137

Merlot Health Sciences Portal (US) http://healthsciences.merlot.org/

Portal Saúde (PT) http://www.oportalsaude.com/default.asp?go=qs

The Asian Food Information Centre (SGP) http://www.afic.org

WebMD (US) http://www.webmd.com/about‐webmd‐


policies/default.htm

III .Páginas de Meios de comunicação social: imprensa, tv, radio, podcats, portais de notícias e
formas colaborativas de comunicação na Internet (ex: blogs, wikis, comunidades virtuais, grupos
de discussão, listas de correio electrónico).

Objectivos específicos: procurar informação actual, notícias e calendário de eventos, identificar


dúvidas e esclarecimentos partilhados entre a comunidade de utilizadores sobre a temática.
Nota: qualquer um dos portais identificados no ponto anterior apresenta uma rubrica destinada às
notícias sobre saúde e formas colaborativas de comunicação virtual. Os exemplos de formas
colaborativas e informais de comunicação social são acreditados pela Health On the Net Foundation.

Identificação URL
Ciência Portugal Net (PT) http://www.cienciapt.net/pt/

Comunicar Ciência (PT) http://comunicar‐ciencia.org/website/index.php

EU Health News Portal (EU) http://www.ehealthnews.eu/

Jornalismo Porto Net (PT) http://jpn.icicom.up.pt/

Jornalismo Porto Radio (PT) http://jpr.icicom.up.pt/

Newsletter da U.Porto (PT) http://noticias.up.pt/

Saúde na Internet (PT) http://www.alert‐online.com/?msg=portal

Science News (US) http://sciencenow.sciencemag.org/

Algumas formas colaborativas de comunicação URL


virtual
Ask Dr.Wiki (US) http://askdrwiki.com/mediawiki/index.php?title=Physician_
Medical_Wiki

Escrita na mesa (PT) http://www.escritanamesa.blogspot.com/


138 ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

HealthInfo Island, Secondlife (US) http://infoisland.org/islands/health_info/

HealthLine Blogs (US) http://www.healthline.com/blogs/

Mayo Clinic Nutrition‐Wise blog (US) http://www.mayoclinic.com/health/nutrition‐


blog/NU00648

Nutrition Game, SecondLife (US) http://slurl.com/secondlife/Ohio+University/189/171/28

Topica the leader in email discussing lists (US) http://lists.topica.com/

WebMED Blogs (US) http://www.webmd.com/community/blogs

IV . Ferramentas de pesquisa na Internet (ex: bases de dados, publicações online,


metapesquisadores)
Objectivos específicos: conhecer as iniciativas semelhantes objecto de publicação e de citação entre
pares, através da pesquisa e consulta de bibliografia de referência publicada sobre bibliotecas digitais,
de uma forma geral, e sobre a temática em específico; identificar termos e expressões de pesquisa e
definir estratégias de pesquisa nas fontes de informação com recurso a sistemas de classificação,
tesaurus, vocabulários e ontologias validados pela classe de profissionais de informação na área da
saúde.
Nota*: alguns recursos são de acesso condicionado à U.Porto.

Identificação URL
Bases de dados bibliográficas URL
Bases ISI * http://apps.isiknowledge.com/

BioMedCentral http://www.biomedcentral.com/browse/journals/

Directory of Open Access Journals http://www.doaj.org/

DOTES (Documentação Técnica em Saúde da http://pacweb.bn.pt/dotes.htm


Direcção‐Geral de Saúde)

Free Medical Journals http://www.freemedicaljournals.com/

Engineering Village (Inspec, Compendex, Referex) http://www.engineeringvillage2.com

Índice de revistas médicas portuguesas http://www.indexrmp.com/homepage.aspx?mc1=42

Library, Information Science & Technology:LIST* http://web.ebscohost.com/ehost/search?vid=1&hid=2&sid


=04de502f‐f989‐45da‐a75f‐d26ab18eba96%40sessionmgr8
ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA 139

Literatura Latino‐Americana e do Caribe em Ciências http://bases.bireme.br/cgi‐


da Saúde: LILACS bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&base=LIL
ACS&lang=p

Proquest Dissertations (UMI)* http://proquest.umi.com/

PubMed (NLM) http://www.pubmed.org

SCIELO.org http://www.scielo.org/php/index.php?lang=pt

Scopus* http://www.scopus.com

Revistas da especialidade URL


American Journal of Clinical Nutrition* http://www.nutrition.org/publications/the‐american‐
journal‐of‐clinical‐nutrition/

European Journal of Clinical Nutrition* http://www.nature.com/ejcn/index.html

International Journal of Obesity* http://www.nature.com/ijo/index.html

Journal of Consumer Health on the Internet* http://www.haworthpress.com/store/product.asp?sku=J38


1

Journal of Hospital Librarianship* http://www.haworthpress.com/store/product.asp?sku=J18


6

Journal of Nutrition Education and Behaviour* http://www.jneb.org/

Journal of the American Dietetic Association* http://www.adajournal.org/

Public Health Nutrition* http://www.nutritionsociety.org/node/239

The British Journal of Nutrition* http://www.nutritionsociety.org/index.php?q=node/236

The Journal of Nutrition* http://www.nutrition.org/publications/the‐journal‐of‐


nutrition/

E‐books URL
Ebrary* http://www.ebrary.com/corp/

FoodNetBase* http://www.foodnetbase.com/
140 ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

Medical Nutrition Handbook, University of http://www2.medicine.wisc.edu/home/naa/medicalnutritio


Wisconsin (US) nhandbook

Catálogos das bibliotecas URL


Biblioteca da FCNAUP (PT) http://SIGARRA.up.pt/fcnaup/web_base.gera_pagina?p_pa
gina=2481

Biblioteca Nacional de Portugal (PT) http://www.bn.pt

British Library (UK) http://www.bl.uk/

Library of Congress (US) http://www.loc.gov/index.html

National Library of Medicine (US) http://www.nlm.nih.gov/

Catálogos de Livrarias URL


AMAZON (US) http://www.amazon.com

FNAC (PT) http://www.fnac.pt/

Foyles (UK) http://www.foyles.co.uk

Legislação, normas e patentes URL


Diário da República (PT) http://www.incm.pt/site/home.html

Eur‐Lex (EU) http://eur‐lex.europa.eu/pt/index.htm

Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (PT) http://www.marcasepatentes.pt/index.php?section=330

Instituto Português da Qualidade (PT) http://www.ipq.pt

International Standards Organization http://www.iso.org/iso/home.htm

Qualfood – qualidade e segurança alimentar(PT)* http://www.qualfood.com

Relatórios técnicos URL


Serviço Comunitário de Informação para a http://publications.europa.eu/cordis/index_pt.htm
Investigação e o Desenvolvimento: CORDIS

Dicionários e enciclopédias URL


Encyclopedia Brittanica* http://www.search.eb.com/
ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA 141

Medline Plus, Medical Encyclopedia and Medical http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/encyclopedia.html


Dictionary http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/mplusdictionary.html

Multiglossary of Medical Terms http://users.ugent.be/~rvdstich/eugloss/welcome.html

Dados estatísticos URL


European Community Health Indicators http://ec.europa.eu/health/ph_information/dissemination/
echi/echi_en.htm

Eurostat http://epp.eurostat.ec.europa.eu/

Instituto Nacional de Estatística http://www.ine.pt

OCDE * http://oberon.sourceoecd.org/vl=898180/cl=28/nw=1/rpsv
/home.htm

Sistemas de classificação e tesauros URL


BioPortal: the National center for biomedical http://bioportal.bioontology.org/
ontology

DeCS ‐ Descritores em Ciências da Saúde http://decs.bvs.br/homepage.htm

FAO AGROVOC thesaurus http://www.fao.org/aims/ag_intro.htm

National Library of Medicine, Medical Headings http://www.nlm.nih.gov/mesh/MBrowser.html


Subjects: MeSH

The Consumer Health Vocabulary Initiative http://www.consumerhealthvocab.org/

Meta‐pesquisadores URL
Google Scholar http://scholar.google.com

Metacrawler http://www.metacrawler.com/

Scirus* http://www.scirus.com/

Search Education Sites (US) http://www.searchedu.com/

Páginas pessoais de personalidades das Bibliotecas URL


Digitais ou Ciência da Informação
Professor Edward A. Fox http://fox.cs.vt.edu/

Professor Thomas Wilson http://informationr.net/tdw/


142 ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA

V.Ferramentas de avaliação das fontes de informação na Internet


Objectivos específicos: apreender as ferramentas e recursos disponíveis na Internet para proceder à
avaliação da qualidade das fontes consultadas, nomeadamente o índice de citações e o factor de
impacto de determinada publicação no que diz respeito às publicações científicas e os critérios de
selecção de fontes de informação disponíveis na Internet na área da saúde (ex: códigos de conduta,
selos de qualidade, guias do utilizador, filtros de pesquisa e certificação por terceiros).
Nota*: alguns recursos são de acesso condicionado à U.Porto.

Identificação URL
Avaliação bibliométrica URL
Highly cited papers (10 anos)/ISI* http://esi.isiknowledge.com/highimpacthotpapersmenu.cgi
?option=G

Hot papers (2 anos)/ISI* http://esi.isiknowledge.com/highimpacthotpapersmenu.cgi


?option=H

Journal Citation Reports* http://admin.isiknowledge.com/JCR/JCR/portal.cgi?SID=N1J


6cFJiCJJOcb39d8k

Avaliação de sites na área da saúde URL


Critérios de selecção de sites adoptados por URL
instituições de referência
HealthInsite, (Australian Government´s Department http://www.healthinsite.gov.au/ewebeditpro/documents/A
of Health and Ageing) ssessment_of_content_for_HealthInsite_June_2005.PDF

http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/criteria.html
MedlinePlus Quality Guidelines (US NLM)

http://nutrlinks.cas.psu.edu/index.cfm
Nutrition Information Resource Center, About
the Website rankings (US Pennsylvania
University State)

Recomendações para o consumidor e ferramentas URL


de avaliação
http://www.mlanet.org/resources/userguide.html
A User's Guide to Finding and Evaluating
Health Information on the Web (US Medical
Library Association)

http://www.hon.ch/HONcode/HON_CCE_en.htm
eEurope 2002: Quality Criteria for Health
related Websites
ANEXO 1. FONTES DE INFORMAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANA 143

Evaluating Health Web Sites (US National Network http://nnlm.gov/outreach/consumer/evalsite.html


of Library of Medicine)

http://www.fda.gov/oc/opacom/evalhealthinfo.html
How to Evaluate Health Information on the
Internet (US FDA)

http://nnlm.gov/pnr/hip/criteria.html
Is This Health Information Good For Me?, (US
National Network of Libraries of Medicine
Pacific Northwest Region)

http://www.medcircle.org/
MedCIRCLE, The Collaboration for Internet
Rating, Certification, Labeling and Evaluation of
Health Information

http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/healthywebsurfing.ht
MedlinePlus Guide to Healthy Web Surfing (US
NLM) ml

http://www.york.ca/NR/rdonlyres/hdw6ca455amwbh6v54
Nutrition information… who can we trust?, (CA
York Region Health Services Nutrition Services) nyziirvhaay3m5qzu5j4ejxtkwyvhul76vey3eegc62yflapjbxeup
h7szfb2mtxnxf2hmbh/Nutrition+Information+‐
++Who+Can+You+Trust.PDF

http://www.quackwatch.com
Quackwatch:Your Guide to Quackery, Health
Fraud, and Intelligent Decisions

http://www.hon.ch/HONcode/
The Health on the Internet Foundation Code of
Conduct (HONcode) for medical and health
websites
144 ANEXO 2. FICHA INDIVIDUAL DO DOCENTE/INVESTIGADOR DA FCNAUP

ANEXO 2. FICHA INDIVIDUAL DO DOCENTE/INVESTIGADOR DA FCNAUP


ANEXO 2. FICHA INDIVIDUAL DO DOCENTE/INVESTIGADOR DA FCNAUP 145
146 ANEXO 2. FICHA INDIVIDUAL DO DOCENTE/INVESTIGADOR DA FCNAUP
ANEXO 2. FICHA INDIVIDUAL DO DOCENTE/INVESTIGADOR DA FCNAUP 147
148 ANEXO 3. TIPOS DE DOCUMENTOS NA BDNUT

ANEXO 3. TIPOS DE DOCUMENTOS NA BDNUT

Designação genérica Designação específica


dc.type dc.description
Livro Livro científico
Obra de divulgação
Capítulo (ou parte) de Livro Capítulo de livro
Entrada em dicionário
Verbete de enciclopédia
Tabela
Figura
Revista Revista científica
Revista de divulgação
Artigo Artigo científico
Artigo de opinião
Meeting abstract
Preprint
Letter
Editorial
Crítica de livro
Crítica de site
Livro de Actas Livro de Actas
Livro de resumos
Artigo em Actas Artigo
Meeting abstract
Tese Dissertação de Licenciatura
Dissertação de Mestrado
Tese de Doutoramento
Provas de Agregação
Relatório Relatório técnico
Relatório académico
Curriculum Vitae
Catálogo Exposição
Comunicação Científica Comunicação oral – trabalho de investigação
Comunicação oral – tema de revisão
Poster -
Aula/Palestra Aula
Palestra
Sessão de educação alimentar
Entrevista Rádio
TV
Internet
Reportagem Rádio
TV
Internet
Notícia Recorte de Imprensa
Rádio
TV
Internet
Recurso Educativo/Divulgação Cartaz
Panfleto
Desdobrável
Guia/Manual
Jogo
Puzzle
Filme
Manuscrito -
ANEXO 4. FOLHA DE ESTILOS XSL INICIAL 149

ANEXO 4. FOLHA DE ESTILOS XSL INICIAL

<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>


<xsl:stylesheet version="1.0" xmlns:marc="http://www.loc.gov/MARC21/slim"
xmlns:xsl="http://www.w3.org/1999/XSL/Transform" exclude-result-prefixes="marc">
<!--<xsl:import href="http://www.loc.gov/standards/marcxml/xslt/MARC21slimUtils.xsl"/>-->
<xsl:output method="xml" encoding="UTF-8" indent="yes"/>
<xsl:template match="/">
<xsl:if test="marc:collection">
<dcCollection>
<xsl:for-each select="marc:collection">
<xsl:for-each select="marc:record|z403">
<dublin_core schema="dc">
<xsl:apply-templates select="."/>
</dublin_core>
</xsl:for-each>
</xsl:for-each>
</dcCollection>
</xsl:if>
</xsl:template>
<xsl:template match="marc:record|z403">
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=001]/marc:subfield[@code='1']">
<dcvalue element="source" qualifier="uri">
<!--<xsl:text disable-output-escaping="yes">http://ALEPH.letras.up.pt/F?func=find-
b&amp;find_code=SYS&amp;request=</xsl:text><xsl:value-of select="."/>-->
<xsl:text>http://ALEPH.letras.up.pt/F?func=find-b&amp;find_code=SYS&amp;request=</xsl:text><xsl:value-of
select="."/>
</dcvalue>
<dcvalue element="identifier" qualifier="other">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="z403-f-filename">
<dcvalue element="format" qualifier="mimetype">
<xsl:if test=". != ''">
<xsl:call-template name="get-mimetype">
<xsl:with-param name="input" select="."/>
<xsl:with-param name="marker" select="'.'"/>
</xsl:call-template>
</xsl:if>
</dcvalue>
<dcvalue element="file" qualifier="location">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:variable name="leader" select="marc:leader"/>
<xsl:variable name="leader6" select="substring($leader,7,1)"/>
<xsl:variable name="leader7" select="substring($leader,8,1)"/>
<xsl:variable name="controlField008" select="marc:controlfield[@tag=008]"/>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=200]">
<dcvalue element="title" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect200">
<xsl:with-param name="codes">ae</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimiter">:</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each
select="marc:datafield[@tag=710]|marc:datafield[@tag=712]|marc:datafield[@tag=711]|marc:datafield[@tag=720]">
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">adef</xsl:with-param>
150 ANEXO 4. FOLHA DE ESTILOS XSL INICIAL

</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=700]|marc:datafield[@tag=701]|marc:datafield[@tag=702]">
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">abf</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=210]">
<dcvalue element="publisher" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect200">
<xsl:with-param name="codes">ac</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimiter">:</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=210]/marc:subfield[@code='d']">
<dcvalue element="date" qualifier="issued">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=101]/marc:subfield[@code='a']">
<dcvalue element="language" qualifier="none">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=856]/marc:subfield[@code='q']">
<dcvalue element="format" qualifier="none">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=345]">
<dcvalue element="type" qualifier="publ">
<xsl:value-of select="marc:subfield[@code='c']"/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=330]">
<dcvalue element="description" qualifier="abstract">
<xsl:value-of select="marc:subfield[@code='a']"/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=606]">
<dcvalue element="subject" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect606">
<xsl:with-param name="codes">axyz</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=610]">
<dcvalue element="subject" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">abcdq</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=010]">
<dcvalue element="identifier" qualifier="isbn">
<xsl:text>URN:ISBN:</xsl:text>
<xsl:value-of select="marc:subfield[@code='a']"/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
ANEXO 4. FOLHA DE ESTILOS XSL INICIAL 151

<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=461]">
<dcvalue element="relation" qualifier="ispartof">
<xsl:call-template name="subfieldSelectcomas">
<xsl:with-param name="codes">tdvp</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=463]">
<dcvalue element="relation" qualifier="haspart">
<xsl:call-template name="subfieldSelectcomas">
<xsl:with-param name="codes">tdvp</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<!--</oai_dc:dc>-->
</xsl:template>
<xsl:template name="subfieldSelect200">
<xsl:param name="codes">abcdefghijklmnopqrstuvwxyz</xsl:param>
<xsl:param name="delimeter"> : </xsl:param>
<xsl:variable name="str">
<xsl:for-each select="marc:subfield">
<xsl:if test="contains($codes, @code)">
<xsl:value-of select="text()" />
<xsl:value-of select="$delimeter" />
</xsl:if>
</xsl:for-each>
</xsl:variable>
<xsl:value-of select="substring($str,1,string-length($str)-string-length($delimeter))" />
</xsl:template>
<xsl:template name="subfieldSelectcomas">
<xsl:param name="codes">tdvp</xsl:param>
<xsl:param name="delimeter"><xsl:text>, </xsl:text></xsl:param>
<xsl:variable name="str">
<xsl:for-each select="marc:subfield">
<xsl:if test="contains($codes, @code)">
<xsl:value-of select="text()" />
<xsl:value-of select="$delimeter" />
</xsl:if>
</xsl:for-each>
</xsl:variable>
<xsl:value-of select="substring($str,1,string-length($str)-string-length($delimeter))" />
</xsl:template>
<xsl:template name="subfieldSelect">
<xsl:param name="codes">abcdefghijklmnopqrstuvwxyz</xsl:param>
<xsl:param name="delimeter"><xsl:text> </xsl:text></xsl:param>
<xsl:variable name="str">
<xsl:for-each select="marc:subfield">
<xsl:if test="contains($codes, @code)">
<xsl:value-of select="text()" />
<xsl:value-of select="$delimeter" />
</xsl:if>
</xsl:for-each>
</xsl:variable>
<xsl:value-of select="substring($str,1,string-length($str)-string-length($delimeter))" />
</xsl:template>
<xsl:template name="subfieldSelect606">
<xsl:param name="codes">abcdefghijklmnopqrstuvwxyz</xsl:param>
<xsl:param name="delimeter"> - </xsl:param>
<xsl:variable name="str">
<xsl:for-each select="marc:subfield">
<xsl:if test="contains($codes, @code)">
<xsl:value-of select="text()" />
<xsl:value-of select="$delimeter" />
152 ANEXO 4. FOLHA DE ESTILOS XSL INICIAL

</xsl:if>
</xsl:for-each>
</xsl:variable>
<xsl:value-of select="substring($str,1,string-length($str)-string-length($delimeter))" />
</xsl:template>
<xsl:template name="get-mimetype">
<xsl:param name="input" />
<xsl:param name="marker" />
<xsl:choose>
<xsl:when test="contains($input,$marker)">
<xsl:call-template name="get-mimetype">
<xsl:with-param name="input" select="substring-after($input,$marker)" />
<xsl:with-param name="marker" select="$marker" />
</xsl:call-template>
</xsl:when>
<xsl:otherwise>
<xsl:value-of select="$input" />
</xsl:otherwise>
</xsl:choose>
</xsl:template>
</xsl:stylesheet>
ANEXO 5. FOLHA DE ESTILOS XSL REVISTA 153

ANEXO 5. FOLHA DE ESTILOS XSL REVISTA

<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>


<xsl:stylesheet version="1.0" xmlns:marc="http://www.loc.gov/MARC21/slim"
xmlns:xsl="http://www.w3.org/1999/XSL/Transform" exclude-result-prefixes="marc">
<!--<xsl:import href="http://www.loc.gov/standards/marcxml/xslt/MARC21slimUtils.xsl"/>-->
<xsl:output method="xml" encoding="UTF-8" indent="yes"/>
<xsl:template match="/">
<xsl:if test="marc:collection">
<dcCollection>
<xsl:for-each select="marc:collection">
<xsl:for-each select="marc:record">
<dublin_core schema="dc">
<xsl:apply-templates select="."/>
</dublin_core>
</xsl:for-each>
</xsl:for-each>
</dcCollection>
</xsl:if>
</xsl:template>
<xsl:template match="marc:record">
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=001]/marc:subfield[@code='1']">
<dcvalue element="source" qualifier="uri">
<xsl:text>http://catalogo.up.pt/F?func=find-b&amp;find_code=SYS&amp;request=</xsl:text><xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:variable name="leader" select="marc:leader"/>
<xsl:variable name="leader6" select="substring($leader,7,1)"/>
<xsl:variable name="leader7" select="substring($leader,8,1)"/>
<xsl:variable name="controlField008" select="marc:controlfield[@tag=008]"/>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=200]">
<dcvalue element="title" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect200">
<xsl:with-param name="codes">aed</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimiter">:</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each
select="marc:datafield[@tag=700]|marc:datafield[@tag=710]|marc:datafield[@tag=701]|marc:datafield[@tag=711]">
<dcvalue element="contributor" qualifier="author">
<xsl:call-template name="subfieldSelect700">
<xsl:with-param name="codes">abcdef</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimiter">,</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=702]">
<xsl:if test="./marc:subfield[@code='4'] = '727'">
<dcvalue element="contributor" qualifier="adviser">
<xsl:call-template name="subfieldSelect700">
<xsl:with-param name="codes">abf</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimiter">; </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:if>
<xsl:if test="./marc:subfield[@code='4'] != '727'">
<dcvalue element="contributor" qualifier="other">
<xsl:call-template name="subfieldSelect700">
<xsl:with-param name="codes">abf</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimiter">; </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
154 ANEXO 5. FOLHA DE ESTILOS XSL REVISTA

</dcvalue>
</xsl:if>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=210]">
<dcvalue element="publisher" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect200">
<xsl:with-param name="codes">aceg</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimiter">:</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=210]/marc:subfield[@code='d']">
<dcvalue element="date" qualifier="issued">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=210]/marc:subfield[@code='h']">
<dcvalue element="date" qualifier="issued">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=215]/marc:subfield[@code='a']">
<dcvalue element="format" qualifier="none">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=345]/marc:subfield[@code='c']">
<dcvalue element="type" qualifier="none">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=545]/marc:subfield[@code='a']">
<dcvalue element="collection" qualifier="none">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=101]/marc:subfield[@code='a']">
<dcvalue element="language" qualifier="iso">
<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=600]">
<dcvalue element="subject" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">abcdefght</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">, </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
<xsl:if test="marc:subfield[@code='x' or @code='y' or @code='z']">
<xsl:text>--</xsl:text>
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">xyz</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">--</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</xsl:if>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=601]">
<dcvalue element="subject" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">abcdefht</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">, </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
<xsl:if test="marc:subfield[@code='x' or @code='y' or @code='z']">
ANEXO 5. FOLHA DE ESTILOS XSL REVISTA 155

<xsl:text>--</xsl:text>
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">xyz</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">--</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</xsl:if>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=606]">
<dcvalue element="subject" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">aj</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">, </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
<xsl:if test="marc:subfield[@code='x' or @code='y' or @code='z']">
<xsl:text>--</xsl:text>
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">xyz</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">--</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</xsl:if>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=607]">
<dcvalue element="subject" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">aj</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">, </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
<xsl:if test="marc:subfield[@code='x' or @code='y' or @code='z']">
<xsl:text>--</xsl:text>
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">xyz</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">--</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</xsl:if>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=207]">
<dcvalue element="description" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=333]">
<dcvalue element="audience" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=230]">
<dcvalue element="format" qualifier="extent">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=300]">
<dcvalue element="description" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
156 ANEXO 5. FOLHA DE ESTILOS XSL REVISTA

</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=304]">
<dcvalue element="title" qualifier="alternative">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=305]">
<dcvalue element="description" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=316]">
<dcvalue element="description" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=318]">
<dcvalue element="format" qualifier="medium">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=317]">
<dcvalue element="description" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=327]">
<dcvalue element="description" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=328]">
<dcvalue element="description" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=330]">
<dcvalue element="description" qualifier="abstract">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=310]">
<dcvalue element="rights" qualifier="none">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
ANEXO 5. FOLHA DE ESTILOS XSL REVISTA 157

</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=461]">
<dcvalue element="relation" qualifier="ispartof">
<xsl:call-template name="subfieldSelect200">
<xsl:with-param name="codes">atvdpx</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">, </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=430]">
<dcvalue element="relation" qualifier="haspart">
<xsl:call-template name="subfieldSelect200">
<xsl:with-param name="codes">atvdpx</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">, </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=421]">
<dcvalue element="relation" qualifier="haspart">
<xsl:call-template name="subfieldSelect200">
<xsl:with-param name="codes">atv</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">, </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=440]">
<dcvalue element="relation" qualifier="haspart">
<xsl:call-template name="subfieldSelect200">
<xsl:with-param name="codes">atv</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">, </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=463]">
<dcvalue element="relation" qualifier="ispartof">
<xsl:call-template name="subfieldSelect200">
<xsl:with-param name="codes">atdvpx</xsl:with-param>
<xsl:with-param name="delimeter">, </xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=518]">
<dcvalue element="title" qualifier="alternative">
<xsl:call-template name="subfieldSelect">
<xsl:with-param name="codes">a</xsl:with-param>
</xsl:call-template>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=010]">
<dcvalue element="identifier" qualifier="isbn">
<xsl:text>URN:ISBN:</xsl:text>
<xsl:value-of select="marc:subfield[@code='a']"/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=011]">
<dcvalue element="identifier" qualifier="issn">
<xsl:text>URN:ISSN:</xsl:text>
<xsl:value-of select="marc:subfield[@code='a']"/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
<xsl:for-each select="marc:datafield[@tag=856]/marc:subfield[@code='u']">
158 ANEXO 5. FOLHA DE ESTILOS XSL REVISTA

<dcvalue element="file" qualifier="location">


<xsl:value-of select="."/>
</dcvalue>
</xsl:for-each>
</xsl:template>
<xsl:template name="subfieldSelect200">
<xsl:param name="codes">abcdefghijklmnopqrstuvwxyz</xsl:param>
<xsl:param name="delimeter"> : </xsl:param>
<xsl:variable name="str">
<xsl:for-each select="marc:subfield">
<xsl:if test="contains($codes, @code)">
<xsl:value-of select="text()" />
<xsl:value-of select="$delimeter" />
</xsl:if>
</xsl:for-each>
</xsl:variable>
<xsl:value-of select="substring($str,1,string-length($str)-string-length($delimeter))" />
</xsl:template>
<xsl:template name="subfieldSelect700">
<xsl:param name="codes">abcdefghijklmnopqrstuvwxyz</xsl:param>
<xsl:param name="delimeter">, </xsl:param>
<xsl:variable name="str">
<xsl:for-each select="marc:subfield">
<xsl:if test="contains($codes, @code)">
<xsl:value-of select="text()" />
<xsl:value-of select="$delimeter" />
</xsl:if>
</xsl:for-each>
</xsl:variable>
<xsl:value-of select="substring($str,1,string-length($str)-string-length($delimeter))" />
</xsl:template>
<xsl:template name="subfieldSelect">
<xsl:param name="codes">abcdefghijklmnopqrstuvwxyz</xsl:param>
<xsl:param name="delimeter"></xsl:param>
<xsl:variable name="str">
<xsl:for-each select="marc:subfield">
<xsl:if test="contains($codes, @code)">
<xsl:value-of select="text()" />
<xsl:value-of select="$delimeter" />
</xsl:if>
</xsl:for-each>
</xsl:variable>
<xsl:value-of select="substring($str,1,string-length($str)-string-length($delimeter))" />
</xsl:template>
</xsl:stylesheet>
ANEXO 6. CORRESPONDÊNCIA DUBLIN CORE E LOM 159

ANEXO 6. CORRESPONDÊNCIA DUBLIN CORE E LOM

LOM Dublin Core Descrição


5.5: Educational. Intended end user dc.audience Audiência
role
5.6:Educational.Context dc.audience.educationLevel Nível de
5.7:Educational.TypicalAgeRange. educação
5.8: Educational.Difficulty
2.3.2:LifeCycle.Contribute.Entity when dc.contributor.author Autor/Produtor
2.3.1:LifeCycle.Contribute.Role has a
value of "Author".
2.3.2:LifeCycle.Contribute.Entity with dc.contributor.other Outras
the type of contribution specified in contribuições
2.3.1:LifeCycle.Contribute.Role.
2.3.3:LifeCycle.Contribute.Date when dc.date Data
2.3.1:LifeCycle.Contribute.Role has a
value of "Publisher".
1.4:General.Description dc.description.* Descrição/Notas
gerais
4.1:Technical.Format dc.format.* Descrição física
1.1.2:General.Identifier.Entry dc.identifier.* Identificador
5.1:Educational. Interactivity Type dc.instructionalMethod Método de
5.3:Educational. Interactivity Level ensino-
5.4:Educational. Semantic Density aprendizagem
1.3:General.Language dc.language.iso Idioma ISO
2.3.2:LifeCycle.Contribute.Entity when dc.publisher Editor
2.3.1:LifeCycle.Contribute.Role has a
value of "Publisher".
7.2.2:Relation.Resource.Description dc.relation.* Registos
relacionados
6.3:Rights.Description dc.rights Condições de
acesso
7.2:Relation.Resource when the value dc.source.* Ligação ao
of 7.1:Relation.Kind is "IsBasedOn". registo do objecto
analógico (ligação
ao catálogo
ALEPH)
1.5:General.Keyword or 9:Classification dc.subject Assunto e
with 9.1:Classification.Purpose equals palavras-chave
"Discipline" or "Idea".
1.2:General.Title dc.title.* Título
5.2:Educational.LearningResourceType dc.type Tipo de
documento
Nota: A correspondência proposta é uma adaptação de Learning Objects Metadata Standard IEEE P1484.12.1-
2002. Os grupos de trabalho competentes continuam a desenvolver esforços para solidificar a correspondência
entre as duas normas, nomeadamente a granularidade e a reutililização dos recursos educativos.
160 ANEXO 7. CATEGORIAS TEMÁTICAS VS DESCRITORES DECS

ANEXO 7. CATEGORIAS TEMÁTICAS VS DESCRITORES DECS

DeCS* Categorias temáticas Componentes Descritores DeCS*


Nutrição Prénatal
Grávidas e lactentes (>2); Nutrição Materna
Nutrição do Lactente
Fases do ciclo de
NUTRIÇÃO NO CICLO DE VIDA Nutrição da Criança
vida AND nutrição Crianças(2‐10) e adolescentes(10‐19);
Nutrição do Adolescente
Nutrição AND Adulto
Adultos (20‐64); Idosos (65‐79; 80>).
Nutrição do Idoso
Alimentos para Praticantes de
Praticantes de desporto;
Actividade Física
Grupos Étnicos
Grupos étnicos; Nutrição
Saúde do Indígena
Vegetarianismo e outros estilos
Dieta Vegetariana
Nutrição AND NUTRIÇÃO PARA GRUPOS alimentares;
[grupos específicos] ESPECÍFICOS Nutrição de Grupos de Risco
Nutrição AND Saúde do Portador de
Deficiência ou Incapacidade
Outros grupos (ex: Pessoas com Suplementação Alimentar (baixo custo
necessidades especiais). ou gratuito a populações carenciadas)
Nutrição AND Saúde do Viajante
Nutrição AND Saúde do Trabalhador

Alimentação (feeding)
Ingestão alimentar (eating)
Consumo de alimentos (food
consumption)
Alimentação ALIMENTAÇÃO HUMANA Alimentação
Dieta (diet)
Dietoterapia (diet therapy)
Fisiologia da Nutrição
Digestão
Frutas,
Cereais, Tubérculos,
Vegetais,
Grupos de alimentos (ex: fruta e
Lacticínios,
hortícolas);
Carne,
Classificadores: /história, metabolismo,
Peixes, Produtos Pesqueiros, Ovos,
fisiologia (ex:Peixes/culinária)
Fabaceae USE Leguminosas,
(ex: Frutas‐ ‐Banana),
Gorduras na Dieta, Gorduras Vegetais
(azeite), Óleos vegetais (óleo de
amendoim), Manteiga, Margarina
Bebidas (chá, sumo)
Bebidas Alcoólicas (vinho, cerveja)
Bebidas Gasosas
Águas minerais
Café
Leite
Bebidas e Outros produtos alimentares
Substitutos do Leite
ALIMENTOS, BEBIDAS E (ex: açúcar e sal);
Alimentos Especiarias
PRODUTOS ALIMENTARES
Plantas
Classificadores: /história, metabolismo,
Sopas
fisiologia
Nozes
Açúcar
Cloreto de Sódio na Dieta
Gelados
Pão
(…)
Aditivos Alimentares
Alimentos Formulados
Alimentos Fortificados
Novos alimentos, suplementos Alimentos Funcionais
alimentares e alimentos funcionais (ex: Alimentos Geneticamente Modificados
iogurtes pró‐bióticos). Conservantes de Alimentos
Corantes de Alimentos
Probióticos
Suplementos Dietéticos
ANEXO 7. CATEGORIAS TEMÁTICAS VS DESCRITORES DECS 161

Tabela de Composição de Alimentos


Composição dos alimentos;
Composição de Alimentos
Análise de Alimentos (Bromatologia) Análise de Alimentos
Digestão
Digestão e biodisponibilidade;
Disponibilidade Biológica
Valor nutritivo dos alimentos; Valor Nutritivo
Macronutrientes
Nutrientes NUTRIENTES Proteínas na Dieta
Carboidratos na Dieta
Gorduras na Dieta
Macronutrientes (ex: proteínas); Micronutrientes
Micronutrientes (ex: vitaminas); Oligoelementos
Vitaminas
Minerais
Fibras na Dieta
Água
Culinária/métodos
Métodos de culinária;
Utensílios de Alimentação e Culinária
Culinária CULINÁRIA E GASTRONOMIA
Receitas de culinária; Culinária
Gastronomia. Culinária‐ ‐local
Protecção do consumidor; Defesa do Consumidor
Qualidade dos Legislação sobre Alimentos
Alimentos Legislação sobre alimentos, alegações Rotulagem de Alimentos
Higiene dos nutricionais e rotulagem; Rotulagem Nutricional (alegações
QUALIDADE, HIGIENE E
Alimentos nutricionais)
SEGURANÇA ALIMENTAR
Segurança Microbiologia de Alimentos
Alimentar e Microbiologia alimentar (ex: bactérias);
Parasitologia de Alimentos
Nutricional
Toxicologia Alimentar (ex: Alimentos/toxicidade
contaminantes, pesticidas); Intoxicação Alimentar
Cultivo Agrícola
Agricultura Orgânica
Produção e cultivo
Produção de Alimentos
Manipulação de Alimentos
Armazenagem de Alimentos
Conservação de Alimentos
Tecnologia de Conservação
Equipamentos para Alimentos
Alimentos TECNOLOGIA E INDÚSTRIA Embalagem de Alimentos
Indústria AGRO‐ALIMENTAR
alimentícia Abastecimento de Alimentos USE
Distribuição de alimentos
Agricultura Disponibilidade de Alimentos
Economia dos Alimentos
Ecologia da Nutrição
Aspectos económicos da produção,
(Ciência interdisciplinar que inclui todo
conservação e distribuição
o sistema nutricional, principalmente
alimentação e ambiente
os efeitos da nutrição sobre a saúde, o
ambiente, a sociedade e a economia.)
Serviço Hospitalar de Nutrição
Planejamento de Cardápio USE
Alimentação Planeamento de Ementa
Restauração colectiva e serviços de
Colectiva ALIMENTAÇÃO COLECTIVA E Restaurantes
alimentação em hospitais, escolas e
Serviços de SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO Alimentação Escolar
centros de apoio social, entre outros.
Alimentação Alimentos de Rua
Distribuidores Automáticos de
Alimentos
Curiosidades e factos históricos sobre Alimentos /história
alimentos;
Hábitos Alimentares/história
Alimentos/história HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO (Preferências alimentares adquiridas
Evolução de hábitos alimentares. ou aprendidas)
Estilo de Vida/história
Modas Dietéticas (diet fads)
Nutricionista/educação
Recursos Humanos
NUTRICIONISTA Formação, carreira e ética profissional Nutricionista AND Ética Profissional
em Nutrição
Ciências da Nutrição
Avaliação Nutricional
Promoção da saúde PROMOÇÃO DA SAÚDE E Avaliação Nutricional Estado Nutricional
Recomendações RECOMENDAÇÕES Qualificador: Inquéritos Nutricionais
alimentares ALIMENTARES /estatística e dados numéricos Inquéritos sobre Dietas
Necessidades Nutricionais
162 ANEXO 7. CATEGORIAS TEMÁTICAS VS DESCRITORES DECS

Recomendações Nutricionais
Epidemiologia Nutricional
Planos de Política alimentar e Programas e Políticas de Nutrição e
nutricional e afins; Alimentação
Gestão de crise e situações de
Alimentação de Emergência
emergência;
Alimentação como Direito Humano; Direitos Nutricionais
Intervenções de Educação alimentar e
Educação Alimentar e Nutricional
comunitária e afins;
Informação nutricional
Rotulagem de Alimentos
Informação ao consumidor e
Publicidade de alimentos
comunicação com os media
Promoção de alimentos
Meios de Comunicação de Massa
Guias alimentares
Recomendações Alimentares
(ex:Guias Alimentares‐‐Roda dos
Guias Alimentares
Alimentos)
Padrão alimentar saudável e a dieta
Dieta Mediterrânea
mediterrânica;
Hábitos alimentares e estilos de vida
Estilo de Vida
(dieta ou regime alimentar, refeições,
Hábitos Alimentares (food habits)
comer fora, economia doméstica,
Comportamento Alimentar (eating
actividade física, alimentação em
behaviour, patterns)
viagem).
Exercício

Alcoolismo e dependência de Alcoolismo


substâncias Dependência
Hipersensibilidade Alimentar
Intolerância à Lactose,
Alergias e intolerâncias
Intolerância à Frutose,
Intolerância à Glucose
Cancro Neoplasias
Carências nutricionais Deficiências Nutricionais
Diabetes Diabetes Mellitus
Doença celíaca Doença Celíaca
Doenças cardiovasculares Doenças Cardiovasculares
Transtornos da Alimentação (nutrition
disorders)
Medicina Doenças do comportamento alimentar
Doenças nutricionais e metabólicas
Preventiva PREVENÇÃO DE DOENÇA E
(ex:Síndrome X Metabólica)
Dietoterapia DIETOTERAPIA
Nutrição Doenças do foro disgestivo Sistema Digestivo/patologia
Excesso de peso, obesidade e gestão do Sobrepeso
peso Obesidade
HIV
HIV
SIDA
Osteoporose Osteoporose
Saúde oral Saúde Bucal USE Saúde Oral
Gripe Influenza
Dietoterapia (homeopatia)
Terapia Nutricional (médica)
Apoio Nutricional (suporte)
Terapia nutricional.
Nutrição Enteral
Nutrição Parenteral

* o conceito tem uma correspondência exacta em um ou mais descritores no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde): http://decs.bvs.br/cgi‐
bin/wxis1660.exe/decsserver/
ANEXO 8. DIGITALIZAÇÃO E EDIÇÃO DE OBJECTOS DIGITAIS 163

ANEXO 8. DIGITALIZAÇÃO E EDIÇÃO DE OBJECTOS DIGITAIS

Procedimentos:
1. Selecção dos documentos de acordo com as prioridades definidas para a
colecção;
2. Manuseamento dos documentos na pré-digitalização com o objectivo de
assegurar a qualidade e a segurança do original (ex: retirar agrafos, apagar
anotações ou sublinhados a lápis, endireitar cantos das folhas, eliminar
marcas de humidade, etc);
3. “Scanning” ou “aquisição de imagem” com recurso a um scanner ou
máquina fotográfica e conversão dos dados num formato adequado ou em
vários formatos consistentes com propósitos de preservação, acesso ou
divulgação e de acordo com os critérios de segurança definidos previamente.
Importa adequar o equipamento ao formato do documento: documentos em
formato A4 podem ser digitalizados num scanner de uso pessoal, documentos
em grandes formatos ou com formatos irregulares devem ser reproduzidos
num scanner para documentos de grandes dimensões ou com recurso à
máquina fotográfica.

Descrevemos o procedimento comum para digitalização e edição digital dos


documentos de imagem e texto:
ƒAquisição da imagem em formato TIFF, a 300 dpi, color 24 bit depth
(para os documentos a cor, ex:manuscritos) e grayscale ou black
and white (para os documentos a preto e branco ou em escala de
cinza, ex: artigos científicos e artigos e recortes de jornais), gravar
ficheiro (ex: 128imagem.TIFF)43;
ƒOs ficheiros TIFF são convertidos em JPEG a 150 dpi, com recurso ao
Microsoft Office Picture Manager, função editar imagem e
comprimir documento, gravar ficheiro (ex: 128imagem.JPEG);
ƒNo caso de o documento ser constituído por um único ficheiro, o JPEG
é editado com uma marca de água com recurso ao software de
imagem GIMP 2.6.6, disponível gratuitamente para download,

43
Para efeitos de construção do protótipo, os documentos de dimensões superiores a A4 ou de
dimensões irregulares foram digitalizados, a preto e branco, em scanner para documentos de
grandes dimensões (ex: Minolta PS7000), os restantes documentos foram digitalizados em
scanner próprio (modelo fujitsu fi-4220C, com módulo duplex de alimentação automática,
software Adobe Acrobat Standard 7.0) de acordo com o procedimento geral explicitado.
164 ANEXO 8. DIGITALIZAÇÃO E EDIÇÃO DE OBJECTOS DIGITAIS

segundo o processo seguinte: edit with GIMP > Open as layers >
Logo.bmp (logótipo da FCNAUP) > movimentar a imagem do Logo
para o canto superior direito e reduzir a opacidade do layer para
50p (em Windows>Dockable Dialogs>Layers) > gravar o documento
(ex: 128imagem.JPEG) > seleccionar a opção alisar imagem >
gravar;
ƒNo caso de o documento ser constituído por mais do que um ficheiro,
os vários ficheiros JPEG são convertidos num único ficheiro PDF,
com marca de água com recurso ao Adobe Professional 7.0, licença
disponível para a FCNAUP, segundo os processos seguintes:
Aplicar marca de água: seleccionar os vários ficheiros JPEG > Combine in
Adobe Acrobat > Gravar (ex: 128imagem.PDF) > Document > Add
watermark & background > Add a watermark (seleccionar show when
dispaying on screen e show when printing; seleccionar from file
(logo.bmp); seleccionar vertical alignment e horizontal alignment: 0 in
from top, 0 in from right; opacity: 50%, page range:all pages) > Gravar
(ex: 128imagem.PDF).
Adicionar meta-informação descritiva e de copyright às propriedades do
documento: File> Document Properties > Description (Title, Author,
Subject) >Additional Metadata (Copyright Notice:cf. U.Porto/FCNAUP-
BDNut)
4. “Aquisição do texto” com recurso ao processamento manual ou a software
de reconhecimento de caracteres e conversão dos dados num formato
adequado ou em vários formatos de acordo com propósitos de preservação,
acesso ou divulgação e de acordo com os critério de segurança estabelecidos.
Descrevemos o procedimento comum para documentos digitalizados de dados
textuais:
ƒReconhecimento de caracteres com recurso a software de OCR segundo o
processo seguinte: Abrir o ficheiro de imagem TIFF no Adobe Acrobat
Professional > document > recognize text using OCR > start > seleccionar
current page ou all pages, settings: primary OCR language: Portuguese,
PDF output style:formatted text & graphics, dawnsample: medium.
ƒVerificação manual do resultado do OCR através do processo seguinte:
document > recognize text using OCR > find all OCR suspects > tools >
advanced edting > touchUp text tool > editar cada uma das expressões
identificadas como suspeitas pelo OCR > gravar com extensão .txt (ex:
128imagemocr.txt) > colocar o ficheiro .txt em acesso restrito (bitstream:
administrator, READ).
ANEXO 8. DIGITALIZAÇÃO E EDIÇÃO DE OBJECTOS DIGITAIS 165

Nota: este ficheiro não estará disponível ao público, serve apenas para permitir a
pesquisa em texto integral de imagens de textos digitalizados. O ficheiro gerado
poderá servir como ponto de partida para a produção de uma versão do
documento conforme os requisitos de acessibilidade da UPorto, em parceria com o
Serviço de Apoio ao Estudante com Deficiência da U.Porto. O DSpace gera
automaticamente um ficheiro.txt com os dados textuais extraídos do ficheiro.PDF,
resultado do processamento OCR de documentos texto “digital-born”, mas não
consegue extrair texto de imagens de documentos de texto digitalizados.
e/ou44
ƒProcessamento manual de texto de acordo com o processo seguinte (ex:
manuscritos): processar manualmente o texto no template destinado (ex:
templatemanuscrito.dot) e converter o texto processado para PDF
(ex:128texto.PDF). O processamento manual deve ter em atenção as
seguintes instruções de formatação, alinhadas, sempre que aplicável, com
as Regras de Produção de informação em formato acessível, 2007, da
autoria do Serviço de Apoio ao Estudante com Deficiência da U.Porto45:
- indicação da referência bibliográfica do documento de acordo com a Norma
Portuguesa;
- indicação da entidade responsável pela produção e respectiva data de produção;
- indicação do n.º de identificação do documento da BDNut;
- elaborar um documento contínuo a letra Arial 12, espaçamento simples, não
reproduzindo espaços duplos, nem quebras de página ou de secção existentes no
original e não hifenizar as palavras;
- sempre que possível, editar as tabelas e gráficos no documento que está a ser
produzido, juntamente com a respectiva legenda;
- as imagens devem ser copiadas para o documento e adicionada a respectiva
legenda;
- parágrafos definidos segundo a estrutura do documento original;
- cabeçalhos definidos com formatação distinta: cabeçalho nível 1: Arial, negrito,
itálico, tamanho 14; cabeçalho nível 2: Arial, negrito, itálico, tamanho 12;
cabeçalho nível 3: Arial, itálico, tamanho 12.
ƒAdicionar meta-informação descritiva e de copyright às propriedades do
documento: File> Document Properties > Description (Title, Author,

44
No caso dos artigos de divulgação, alguns textos foram processados manualmente para efeitos de
divulgação no âmbito da Homenagem U.Porto ao Dr. Emílio Peres, nestes casos e sempre que se aplique,
são adicionados os dois ficheiros: o TXT gerado pelo processamento OCR e o PDF do texto processado
manualmente.
45
Este documento foi-nos gentilmente cedido pela autora Alice Ribeiro para efeitos de investigação.
166 ANEXO 8. DIGITALIZAÇÃO E EDIÇÃO DE OBJECTOS DIGITAIS

Subject) >Additional Metadata (Copyright Notice:cf. U.Porto/FCNAUP-


BDNut) Aplicação da política de segurança nos ficheiros PDF:
Aplicar marca de água: abrir o document PDF > document > add
watermark & background > add a watermark (seleccionar show when
dispaying on screen e show when printing; seleccionar from file
(logo.bmp); seleccionar vertical alignment e horizontal alignment: 0 in
from top, 0 in from right; opacity: 50%; Page Range:All Pages) > Gravar.
5. Armazenamento no DSpace e aplicação da política de acesso ao documento
definida (ex: acesso restrito ao e-group dos docentes e investigadores).
Nota: todos os objectos digitais e respectivos formatos de preservação e
divulgação estão a ser armazenados em servidor de backups próprio com
1.5 GB de memória, Pentium 4 Dual Core, com raid 5 de 1,5TB.

Nota: optamos por descrever o procedimento comum aos documentos de


texto e imagem, uma vez que representam os formatos maioritários na BDNut;
no entanto, as operações descritas são, de uma forma geral, generalizáveis
aos documentos áudio, vídeo e multimédia, salvaguardando-se algumas
especificidades. Nestes casos, a edição de marca de água pode ser feita com
recurso a software em livre acesso para edição de ficheiros áudio, vídeo e
multimédia, como por exemplo o Movie Maker.
ANEXO 8. DIGITALIZAÇÃO E EDIÇÃO DE OBJECTOS DIGITAIS 167

Exemplo de JPEG com marca de água

Exemplo de PDF de imagem com marca de água


168 ANEXO 8. DIGITALIZAÇÃO E EDIÇÃO DE OBJECTOS DIGITAIS

Exemplo de texto processado manualmente


169

ANEXO 9. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. SOBRE A BDNUT


170 ANEXO 9. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. SOBRE A BDNUT
ANEXO 10. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. SOBRE O DR.EMÍLIO PERES 171

ANEXO 10. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. SOBRE O DR.EMÍLIO PERES


172 ANEXO 10. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. SOBRE O DR.EMÍLIO PERES

Emílio Peres por ele próprio, exemplo


ANEXO 10. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. SOBRE O DR.EMÍLIO PERES 173

Testemunhos sobre o autor, exemplo


174 ANEXO 11. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. CITAÇÕES CÉLEBRES

ANEXO 11. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. CITAÇÕES CÉLEBRES

Exemplo
ANEXO 11. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. CITAÇÕES CÉLEBRES 175
176 ANEXO 12. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. TUTORIAL DE PESQUISA

ANEXO 12. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. TUTORIAL DE PESQUISA


ANEXO 12. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. TUTORIAL DE PESQUISA 177
178 ANEXO 12. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. TUTORIAL DE PESQUISA
ANEXO 12. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. TUTORIAL DE PESQUISA 179
180 ANEXO 12. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. TUTORIAL DE PESQUISA
ANEXO 12. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. TUTORIAL DE PESQUISA 181
ANEXO 13. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. LISTA DE TERMOS PARA O
182 CONSUMIDOR

ANEXO 13. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. LISTA DE TERMOS PARA O


CONSUMIDOR
ANEXO 14. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. DIREITOS DE AUTOR NA BDNUT 183

ANEXO 14. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. DIREITOS DE AUTOR NA BDNUT


184 ANEXO 14. BDNUT - APOIO AO UTILIZADOR. DIREITOS DE AUTOR NA BDNUT
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 185

ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE


USO

Guião
Duração: 5:50 m
Slides: 40
Resolução: 1011 x 735
Software: Adobe Captivate
Tamanho: 15 MB (14,1 K/s)
Inclui Narração

Slide 1
Narração: Enunciado do Caso de Uso: um Professor do Ensino Básico de uma escola fora do Porto
contacta a Biblioteca da FCNAUP via telefónica e pergunta onde pode encontrar documentação e
materiais que façam alusão à roda dos alimentos uma vez que tinha tido conhecimento que a FCNAUP
colaborara na produção da Nova Roda dos Alimentos.
186 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 2
Narração: A Biblioteca da FCNAUP sugere a consulta da BDNut, disponível em linha.

Slide 3
Narração: (não se aplica)
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 187

Slide 4
Narração: (não se aplica)

Slide 5
Narração: Informa-se o utente que a BDNut dispõe na sua página de entrada de algumas dicas de
pesquisa simples e avançada e de navegação na colecção, bem como de uma área de Apoio ao Utilizador
que tem como objectivo disponibilizar informação útil sobre a BDNut e o seu patrono, o Dr. Emílio
Peres, colocando à disposição do utilizador um tutorial de pesquisa e uma lista de temas dirigidos ao
consumidor que permite navegar a colecção a partir da selecção de termos facilmente reconhecidos
pelo público não especializado.
188 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 6
Narração: Neste sentido, esclarece-se o utente sobre a possibilidade de pesquisar a informação
pretendida ao nível de todas as comunidades temáticas pertencentes ao repositório temático ou limitar
a pesquisa ao nível da comunidade BDNut ou ao nível das sub-comunidades pertencentes à BDNut.

Slide 7
Narração: (não se aplica)
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 189

Slide 8
Narração: As sub-comunidades da BDNut estão organizadas de acordo com os contextos de produção e
uso da informação em causa e representam as diversas áreas de actuação dos produtores da informação
da BDNut, desde a investigação e o ensino até à extensão comunitária e às actividades de divulgação e
comunicação com os Media, permitindo uma divulgação da ciência produzida pela Academia para o
público académico e especializado e para os consumidores em geral, no sentido de dentro para fora.

Slide 9
Narração: O quadro orgânico-funcional da BDNut ilustra a organização funcional da BDNut por áreas de
actuação e dentro de cada área, por tipos de documento, que correspondem às colecções de cada
comunidade.
190 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 10
Narração: Optamos por sugerir ao Professor que realize uma pesquisa simples na BDNut para recuperar
os registos que contêm a expressão "roda dos alimentos" quer ao nível do registo bibliográfico, quer ao
nível do texto integral dos documentos.

Slide 11
Narração: (não se aplica)
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 191

Slide 12
Narração: A lista de resultados é apresentada em forma tabular na horizontal, permitindo uma leitura
rápida dos registos recuperados. Salientamos a diversidade de materiais identificada na coluna "Tipo de
documento", caracterizadora da natureza singular e heterogénea da colecção. Neste sentido, sublinha-
se que a pesquisa recupera transversalmente registos pertencentes a subcomunidades e colecções
distintas.

Slide 13
Narração: Colocando lado a lado materiais produzidos a partir da 1.ª edição portuguesa da roda dos
alimentos, elaborada na década de 70,
192 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 14
Narração: e a partir da nova roda dos alimentos, elaborada em 2003 pela FCNAUP em parceria com o
Instituto do Consumidor.

Slide 15
Narração: um exemplar de um dos guias utilizados na Campanha de Educação Alimentar, na década de
80, e o novo guia sobre os alimentos na Roda;
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 193

Slide 16
Narração: um puzzle da 1.ª edição da roda dos alimentos e o conjunto de transparências da Roda
utilizadas em sessões de educação alimentar;

Slide 17
Narração: o jogo do Loto da Alimentação;
194 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 18
Narração: um livro e um manuscrito;

Slide 19
Narração: um artigo de opinião e uma entrada na Enciclopédia Verbo. Estes são apenas alguns exemplos.
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 195

Slide 20
Narração: Sugerimos ao utente que consulte o registo do puzzle.

Slide 21
Narração: Se seleccionarmos o registo do puzzle da roda dos alimentos, o formato simples apresenta
uma descrição rica do recurso, na qual salientamos o conteúdo do campo "descrição", que não só
descreve o material como identifica o respectivo contexto de produção e proveniência. Para descrever o
conteúdo dos recursos educativos/divulgação, foram criados novos campos como o tipo de audiência,
nível de educação e método de ensino, que descrevem o recurso do ponto de vista do seu contexto de
uso.
196 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 22
Narração: O formato completo do registo foi pensado no utente que pretende obter informação
adicional sobre o recurso do ponto de vista das suas características físicas, por exemplo.

Slide 23
Narração: Os manuscritos da autoria do Dr. Emílio Peres foram alvo de um detalhe que consideramos
rico do ponto de vista da descrição e da edição dos objectos digitais.
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 197

Slide 24
Narração: Neste sentido, salientamos o conteúdo do campo "descrição".

Slide 25
Narração: (não se aplica)
198 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 26
Narração: No caso dos manuscritos e uma vez que se trata de documentos de texto digitalizados,
procedemos à disponibilização da cópia para leitura e da cópia pública.

Slide 27
Narração: A cópia para leitura consiste na apresentação do texto processado manualmente recorrendo a
um template criado para o efeito e o qual apresenta a assinatura do autor e a identificação da fonte
bibliográfica. Procurou-se que o texto processado estivesse alinhado com as Recomendações de
Produção de Informação em Formato Acessível, em uso na BAES, por exemplo, o tipo e tamanho da letra
(ARIAL, 12) ou a formatação dos cabeçalhos. O processamento manual do texto permite que a pesquisa
de informação, no caso dos manuscritos, seja realizada ao nível da meta-informação e do texto integral.
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 199

Slide 28
Narração: A cópia pública consiste na apresentação de um PDF das imagens digitalizadas em TIFF e
convertidas para JPEG e apresenta uma marca de água identificadora da instituição com o objectivo de
identificar a propriedade da cópia.

Slide 29
Narração: A cópia pública está acesso livre e pode ser gravada e reproduzida.
200 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 30
Narração: Se regressarmos à lista de resultados de pesquisa e passarmos à segunda página de
resultados...

Slide 31
Narração: (não se aplica)
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 201

Slide 32
Narração: ... verificamos que existe uma publicação em língua inglesa sobre o assunto.

Slide 33
Narração: Trata-se de um artigo científico da autoria de docentes e investigadores da FCNAUP sobre a
Nova Roda dos Alimentos e foi utilizado como exemplo de importação de registos exportados do
SIGARRA. Manteve-se a descrição efectuada no módulo de publicações e validada pela Biblioteca, veja-
se por exemplo o conteúdo do campo "descrição".
202 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 34
Narração: Bem como é possível visualizar, no formato completo, a origem do registo no SIGARRA através
do campo dc.file.location.

Slide 35
Narração: Regressamos à lista de resultados, chama-nos à atenção o título "A educação alimentar: a
princípio era caridade" e qual a sua relação com a expressão de pesquisa "roda dos alimentos".
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 203

Slide 36
Narração: O formato simples do registo não apresenta a expressão "roda dos alimentos" ao nível da
descrição.

Slide 37
Narração: Mas se abrirmos o full text do artigo, facilmente identificamos a expressão em causa no texto
do documento.
204 ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO

Slide 38
Narração: Mais uma vez, sublinha-se que a cópia pública é um PDF da imagem digitalizada e, nestes
casos, a pesquisa em texto integral só é possível uma vez que foi adicionada uma cópia privada com o
texto processado a OCR juntamente com a cópia pública.

Slide 39
Narração: Com base na pesquisa efectuada, o utente sabe agora que existem diversos materiais sobre a
temática produzidos pela FCNAUP ou em parceria com esta instituição e que estes estão acessíveis no
espaço Web a partir da BDNut, alguns dos registos recuperados na pesquisa são relativos a materiais
didácticos, que podem servir como ponto de partida para a produção de novos materiais pelo Professor
ANEXO 15. BDNUT – PESQUISA E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO. CASO DE USO 205

e para a realização de actividades com os estudantes, há também publicações de índole científica sobre
o tema.

Slide 40
Narração: No final do telefonema, o Professor questiona a Biblioteca se não teria também disponível as
entrevistas do Dr. Emílio Peres na RTP, lembrava-se bem das palavras sábias e de fácil entendimento
nos programas de rádio e TV, na década de 80. Ao qual a Biblioteca da FCNAUP respondeu que se trata
de um protótipo e que se espera que o tempo, os recursos e o financiamento necessários disponibilizem
brevemente a totalidade do Fundo Documental Dr. Emílio Peres.

Demonstração gravada disponível em:

File:///..\BDNutCasodeUso.htm

Ou através do ficheiro em anexo intitulado “BDNutCasodeUso.htm”


206 ANEXO 16. FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO

ANEXO 16. FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO

Questionário Biblioteca Digital


Objectivos
.
Este questionário constitui uma avaliação preliminar do protótipo Biblioteca Digital de Alimentação e
Nutrição Humana (BDNut), desenvolvido no projecto de investigação a decorrer para a realização da
Dissertação de Mestrado em Ciência da Informação da FEUP. Tem como objectivo genérico avaliar a
percepção sobre o potencial da BD na preservação e divulgação do material intelectual produzido por
docentes e investigadores da FCNAUP no âmbito das diversas áreas de actuação. Especificamente,
pretende-se avaliar a adequação da organização da colecção, funcionalidades de pesquisa e visualização
dos resultados, descrição da informação e qualidade do objecto digital.

Nota: Os dados recolhidos serão publicados no âmbito da investigação supra-citada, salvaguardando-se o anonimato.

Estratégia de
informação
1. Para cada uma das actividades indicadas, indique, na sua opinião, o grau de valorização
atribuído pela comunidade académica e pela comunidade civil:

Escala utilizada: 1 (nada valorizado) a 5 (muito valorizado)


Actividades Comunidade académica Comunidade civil
Investigação e Desenvolvimento 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Ensino e Aprendizagem 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Extensão Comunitária 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Divulgação e colaboração com os Media 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

2. Relativamente aos cinco tipos de produção intelectual, indique, na qualidade de


docente/investigador universitário, qual a importância que atribui a cada um?

Escala utilizada: 1 (nada representativo) a 5 (muito representativo)


Produção científica (publicações e comunicações de natureza científica) 1 2 3 4 5
Material para o Ensino e Aprendizagem 1 2 3 4 5
Material para Extensão Comunitária 1 2 3 4 5
Recursos informativos para divulgação 1 2 3 4 5
Colaboração com os Media (entrevistas, programas) 1 2 3 4 5
ANEXO 16. FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO 207

3. Para cada um dos serviços e sistemas de informação indicados, indique se conhece e se


utiliza para pesquisar e aceder à produção intelectual da comunidade académica da
FCNAUP:
Serviços e Sistemas de Informação Conhece? Utiliza?
SIGARRA (módulo de publicações) Sim Não Sim Não
Catálogo bibliográfico da Biblioteca da FCNAUP Sim Não Sim Não
Repositório Aberto da U.Porto Sim Não Sim Não
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Sim Não Sim Não
Outro: (Por favor, indique qual) Sim Não Sim Não
___________________________________________

4. Para cada um dos serviços e sistemas de informação que conhece, indique o grau de
adequação para armazenar e preservar a produção intelectual da FCNAUP decorrente das
diversas áreas de actuação (I&D, Ensino, Extensão Comunitária, Comunicação com os
Media):
Escala utilizada: 1 (nada adequado) a 5 (muito adequado)
Serviços e Sistemas de Informação Armazenar e
Preservar
SIGARRA (módulo de publicações) 1 2 3 4 5
Catálogo bibliográfico da Biblioteca da FCNAUP 1 2 3 4 5
Repositório Aberto da U.Porto 1 2 3 4 5
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal 1 2 3 4 5
Outro: (Por favor, indique qual) 1 2 3 4 5
__________________________________

5. Para cada um dos serviços e sistemas de informação que conhece, indique o grau de
adequação para divulgar e dar visibilidade à produção intelectual da FCNAUP decorrente
das diversas áreas de actuação (I&D, Ensino, Extensão Comunitária, Comunicação com os
Media):
Escala utilizada: 1 (nada adequado) a 5 (muito adequado)
Serviços e Sistemas de Informação Divulgar e
Dar Visibilidade
SIGARRA (módulo de publicações) 1 2 3 4 5
Catálogo bibliográfico da Biblioteca da FCNAUP 1 2 3 4 5
Repositório Aberto da U.Porto 1 2 3 4 5
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal 1 2 3 4 5
Outro: (Por favor, indique qual) 1 2 3 4 5
__________________________________

6. Conhece a política de Open Access subscrita pela U.Porto?


Sim Não
208 ANEXO 16. FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO

7. Publica em revistas Open Access? Sim Não


7.1 Assinale pelo menos 2 razões para a sua resposta:
Peer review e qualidade das publicações
Visibilidade da produção intelectual
Acesso generalizado à informação
Propriedade intelectual e direitos de autor
Disponibilidade de tempo
Adequação dos procedimentos existentes
Outro: (Por favor, indique qual)
______________________________

BD Protótipo

8. Para testar a BDNut protótipo, precisamos que aceda à página da BDNut protótipo,
disponível em: http://repositorio.up.pt/dsdev2/jspui/handle/123456789/2 e que realize os
exercícios seguintes:
a. Pesquise documentos sobre o guia alimentar português (“roda dos alimentos”) e indique:
i. O nº de resultados obtidos: _______;
ii. O tipo de material predominante (ex: artigo, livro):_______________________

b. Na pesquisa avançada, seleccionando a comunidade BDNut, faça uma pesquisa por texto
integral sobre Dieta Mediterrânea, utilizando a truncatura (ex: dieta + mediterrân*) e
indique se:
i. Considera que recuperou informação pertinente? sim não , em caso
negativo indique a razão:__________________________________________

c. Na sub-comunidade Manuscritos, faça uma pesquisa por assunto “Educação Alimentar e


Nutricional” e indique:
i. O nº de resultados obtidos: _______.

d. Pesquise o caderno de transparências utilizadas nas Aulas de Alimentação Racional, da


autoria do Dr. Emílio Peres:
i. Considera a descrição do documento adequada? sim não , em caso
negativo indique a razão:__________________________________________
______________________________________________________________

e. Pesquise o artigo intitulado “Alho, pimento, azeite & C.ª, nutrimentos bem conhecidos!” da
autoria do Dr. Emílio Peres e visualize o registo:
i. Visualize a cópia pública e a cópia para leitura e faça o download da cópia para
leitura para o seu ambiente de trabalho.
Tarefa executada com sucesso: sim não , em caso negativo indique a
razão:_________________________________________________________
______________________________________________________________
ANEXO 16. FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO 209

9. Com base no teste de usabilidade realizado, indique o grau de adequação dos aspectos
seguintes:
Escala utilizada: 1 (nada adequado) a 5 (muito adequado)

1 2 3 4 5
Organização da colecção em comunidades
Funcionalidades de pesquisa:
1 2 3 4 5
Opções de campos de pesquisa
(ex: autor, título, audiência,…)
Opções de navegação (ex: percorrer por ordem
cronológica, ordem alfabética de título, …)
Terminologia adoptada (ex: nome dos campos)
Resultados de pesquisa:
1 2 3 4 5
Resultados obtidos (pertinência)
Manipulação dos resultados (ordenação)
Formatos (simples e completo) de visualização dos
registos (utilidade)
Descrição dos registos bibliográficos:
1 2 3 4 5
Exaustividade da descrição
Utilidade da descrição
Objectos digitais associados aos registos:
1 2 3 4 5
Acesso ao objecto
Tempo de download
Qualidade da imagem/texto
Marca de água e definições de segurança
Outro: (Por favor, indique qual) 1 2 3 4 5
______________________________

10. Em termos gerais, como classifica a BDNut quanto aos seguintes aspectos:
Usabilidade do sistema (1 “nada fácil de usar” a 5 “muito fácil de usar”) 1 2 3 4 5
Funcionalidade do sistema (1 “nada funcional” a 5 “muito funcional”) 1 2 3 4 5
Utilidade do sistema (1 “nada útil” a 5 “muito útil”) 1 2 3 4 5
Apoio ao utilizador (1 “nada adequado “a 5 “muito adequado”) 1 2 3 4 5
Design do sistema (1 “nada atractivo” a 5 “muito atractivo”) 1 2 3 4 5
Outro: (Por favor, indique qual)______________________________ 1 2 3 4 5
210 ANEXO 16. FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO

11. Considera que a BDNut pode contribuir para preservar e divulgar a produção intelectual da
autoria de docentes e investigadores da FCNAUP?
Sim Não
11.1Por que razão/razões?
____________________________________________________________________

12. Como avalia o potencial de utilidade da BDNut relativamente às suas actividades como
docente universitário/investigador? Ordene-as de 1(menor potencial) a 5 (maior potencial):

Investigação e Desenvolvimento 1 2 3 4 5
Ensino e Aprendizagem 1 2 3 4 5
Extensão Comunitária 1 2 3 4 5
Divulgação e colaboração com os Media 1 2 3 4 5

12.1 Indique qual a razão/as razões da sua ordenação:


__________________________________________________________________________

13. Como avalia a possibilidade de alargamento da colecção da BDNut aos trabalhos


académicos de estudantes da FCNAUP?
Escala utilizada: 1 (nada adequado) a 5 (muito adequado)
1 2 3 4 5

14. Uma vez que se trata de um sistema em desenvolvimento, é muito importante a sugestão de
melhorias ou alterações, bem como o conhecimento das expectativas dos futuros
utilizadores. Deixe-nos ficar o seu contributo:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________
ANEXO 16. FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO 211

Informação estatística

Vínculo:
Docente/investigador a tempo integral
Docente/investigador a tempo parcial
Categoria académica (ex: professor associado) ___________________________
Pertence a Órgãos de Gestão da FCNAUP: Sim Não
Técnico de Apoio ao Ensino e Investigação
Outro:_______________________________
Duração do vínculo: ≤6 anos ; >6 anos

Grau académico mais elevado:____________________________


Obtido há quanto tempo? ≤6 anos ; >6 anos

Obrigada pela sua participação!


© 09/2009
212 ANEXO 16. FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PROTÓTIPO

Biblioteca Digital
Guião da Entrevista com Elementos dos Órgãos de Gestão

Objectivo
Esta entrevista faz parte da avaliação preliminar do protótipo Biblioteca Digital de Alimentação

. e Nutrição Humana (BDNut), desenvolvido no projecto de investigação a decorrer para a


realização da Dissertação de Mestrado em Ciência da Informação da FEUP. Tem como objectivo
avaliar o papel da BD na concretização da missão e objectivos estratégicos da FCNAUP.

Nota
Os dados recolhidos serão publicados no âmbito da investigação supra-citada, salvaguardando-se o
anonimato.

1. Na sua opinião, em que medida é que a criação e a implementação da BDNut


se insere no cumprimento da missão da FCNAUP?

2. Relativamente aos objectivos estratégicos definidos no Relatório de Auto-


avaliação da FCNAUP, como avalia a criação e implementação da BDNut?

3. Na sua opinião, quais as vantagens e desvantagens da BDNut face aos serviços


e sistemas de informação existentes para armazenar e divulgar a produção
intelectual da FCNAUP (ex: SIGARRA, Repositório Aberto da U.Porto, RCAAP,
Catálogo Bibliográfico online)?

4. Enquanto elemento de um Órgão de Gestão, quais os procedimentos que


considera essenciais para motivar os docentes e investigadores ao depósito de
publicações e materiais de natureza científica, pedagógico-didáctica e de
divulgação em sistemas de informação de acesso público, salvaguardando o
respeito pela legislação em vigor sobre os direitos de autor?

5. Considera que a tipologia dos produtores de informação visados pela BDNut –


docentes e investigadores, devia ser alargada a estudantes de licenciatura e
de pós-graduação da FCNAUP? Por que razão?

6. Na sua opinião, como classificaria a integração da BDNut numa rede de


bibliotecas digitais temáticas da U.Porto e externas, nomeadamente na
recuperação de informação sobre alimentação e nutrição humana da autoria
externa à FCNAUP?

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