TUTORIA EM EAD I
TUTORIA EM EAD I
TUTORIA EM EAD I
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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 29
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INTRODUÇÃO
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ensino, as quais nos levam a novas reflexões sobre o papel do professor no
processo de ensino-aprendizagem”, como pontua Teles (2009, p. 72).
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Desta forma, ao considerarmos o trabalho do professor, veremos que as
atribuições das tarefas desse profissional se originam e se perpetuam através dos
textos prescritivos orais ou escritos. Segundo Amigues (2004), as prescrições têm
sua importância no exercício da profissão do docente, não apenas como orientação
para a realização das tarefas, mas também como instrumento de modificação da
própria prescrição que lhe é dada.
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Ensino a distância
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alunos, professor e recursos instrucionais, ou seja, livros, áudio, vídeo e gráficos que
permitem ao aluno acessar o conteúdo da instrução.
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Ambiente virtual de aprendizagem e tecnologias para o
ensino
Segundo Moran (2006), p. 25, a educação online pode ser aplicada desde a
educação infantil até o ensino superior, contemplando não só a educação formal,
como também a não formal e a educação corporativa, viabilizando tanto cursos
totalmente a distância, quanto semipresenciais e presenciais: Uma estratégia
pedagógica dinâmica é realizada com programas que sejam atualizados
permanentemente, respondendo ao acelerado ritmo de mudança da sociedade do
conhecimento e do mercado de trabalho atual, superando assim o anacronismo em
que, cedo ou tarde, caem os conteúdos e programas dos sistemas presenciais.
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Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) e, posteriormente,
de alguns decretos (n°2949, n°2561, n°5622) que detalharam o funcionamento desta
modalidade de ensino.
A educação a distância também deve ser vista como uma forma de respeito
ao ritmo e à forma de aprender, já que a configuração da educação presencial
coloca obstáculos ao pleno desenvolvimento do estilo de aprendizagem do aluno, já
que homogeneíza os estudantes como se todos aprendessem no mesmo tempo e
de modo igual.
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Interações em sala de aula EAD e presencial: o papel dos
professores e dos alunos
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A instituição do EAD prescreve o fórum de discussão como um link para a
interatividade online entre os alunos e entre o aluno e o professor. Os professores e
o pessoal da administração da universidade postam informações na página do fórum
de discussão, e os alunos são incentivados a formar grupos de estudo e são
lembrados a fazer suas tarefas para facilitar o aprendizado. As atividades nos fóruns
de discussão também ajudam os alunos a compartilhar seus conhecimentos e
aprender uns com os outros.
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Essa modalidade de ensino facilita, portanto, a aprendizagem do profissional
na própria instituição sem afastá-lo por muito tempo das suas atividades, pois
poderá acontecer através de teleconferência ou videoconferência, com total
interatividade, bem como, disponibilizando um arsenal de recursos multimídia. Além
dos recursos citados, poderão ser utilizadas a internet, a digitalização e manipulação
de imagens em CDROMs ou fitas de vídeo entre outros recursos.
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O ideal seria a utilização plena dos recursos da EAD, entretanto encontramos
desafios para desenvolvê-la. Entre esses desafios destacamos; dificuldade de
acesso às tecnologias da comunicação e informação por parte de alguns
profissionais de saúde; dificuldade em utilizar as ferramentas, escassez de tempo
para desenvolver as atividades do curso em vista do duplo emprego; dificuldade de
comunicação com os tutores por morar em locais muito distantes; a questão da
família, entre outros.
A EAD deve ser praticada enquanto uma outra opção que se coloca ao
trabalhador para sua qualificação. Não pode ser encarada simplesmente enquanto
substitutivo do sistema educacional que está ai, por mais deficiente que esteja
operando.
A EAD vem sendo vista por muitos governos como um caminho mais barato,
que atinge rapidamente a um numero maior de trabalhadores. Temos que combater
este pragmatismo e fazer da EAD um caminho real de socialização de
conhecimentos, de democratização dos bens culturais e técnicos produzidos pela
sociedade e da formação do cidadão.
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funcionamento. Temos sim, o dever de conhecer as novas tecnologias, entrar no seu
interior, na sua lógica para que utilizemos no sentido de alcançar nossos fins e
realizar os nossos projetos.
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professores precisam ter o apoio da gerência, para que, por sua vez, possam apoiar
seus alunos através da personalização do curso e da atenção individual.
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método de ensino; é um campo educacional distinto e coerente, focado em novos
métodos de entrega com uma filosofia pedagógica.
EAD no Brasil
Conforme Alves (2009), mesmo antes de a EAD no Brasil estar oficialmente
aberta ao público em 1904, no final do século XIX, já se ofereciam cursos de
datilografia a distância, mais especificamente no Rio de Janeiro.
Diante dessa indicação de Palhares (op. cit.), sugerimos uma divisão geral de
quatro ondas no processo evolutivo da EAD em termos de meios de comunicação,
tomando por base os quatro meios de comunicação que mais tiveram impacto nessa
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modalidade educacional. Primeiramente a correspondência, depois o rádio,
seguindo-se a televisão e, por último as NTICs.
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Posteriormente ao rádio, outro meio de comunicação usado pela EAD é a
televisão. Segundo Alves (2009), os incentivos para se transmitir programas
educacionais através desse aparato tecnológico têm início na década de 60. No final
desta década, o Ministério das Comunicações baixou uma portaria que obrigava as
emissoras comerciais a disponibilizar um tempo gratuito para a transmissão de
programas educativos e só em 1990 é que esta obrigatoriedade foi extinta, o que,
para Alves (op. cit.), significou um grande retrocesso, uma vez que os canais abertos
de televisão, a partir de então, passaram a disponibilizar programas educativos em
horários que não eram acessíveis ao público.
Por fim, na última onda sugerida no início desta subseção, temos a inclusão
das NTICs. Estas, desde meados de 1995, possibilitam um diferente espaço para a
efetivação do processo de ensino-aprendizagem da EAD e, de acordo com Maia e
Mattar (2007), passam a caracterizar a educação a distância online.
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uma lei que a validasse, garantindo-lhe o “[...] status de modalidade plenamente
integrada ao sistema de ensino.” (DIAS e LEITE, 2010, p.17). Em 20 de dezembro
de 1996, com a promulgação da Lei 9.394, estabelecida pela segunda Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), esta modalidade de ensino passa a
ser reconhecida nacionalmente. Em 10 de fevereiro de 1996, ela é normatizada
através do Decreto 2.494 que é revogado em 20 de dezembro de 2005 pelo Decreto
5.622, publicado no Diário Oficial da União (DOU).
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divulgação da Educação a Distância [...]” (cf. regimento da ABED). Essa associação
tem sede em São Paulo e até meados de 2010 contava com 26 unidades de apoio
distribuídas nas regiões do Brasil e também no exterior, mais especificamente na
Inglaterra.
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Segundo Maia e Mattar (2007), no universo das universidades brasileiras, as
Universidade de Brasília (UnB) é a pioneira na oferta de cursos neste modelo
educacional. Em 1979, a UnB, através do Programa de Ensino a Distância (PED),
passa a ofertar o primeiro curso de extensão. Até 2006 esta instituição era
considerada aquela que tinha o maior número de alunos nesta modalidade de
educação (Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância, 2007, p.
40), sendo ultrapassada atualmente pela Universidade de Gama Filho, localizada
também no Distrito Federal (Censo EAD, 2009, p. 91).
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UEPB, por sua vez, contexto de nossa pesquisa, disponibiliza cursos de licenciatura
e de especialização. Na próxima subseção, trataremos com mais detalhes sobre a
inserção da EAD na UEPB.
A UAB, esclarecem Dias e Leite (2010), não é uma nova instituição de ensino
superior na modalidade de educação a distância. É um sistema responsável
sobretudo por proporcionar uma articulação das universidades municipais, estaduais
e federais para a criação de cursos superiores que atendam à demanda da
população de cada região. Ao propor a criação de cursos a distância, as
universidades têm seus projetos apreciados e avaliados por especialistas que
determinam a viabilidade ou não da instalação dos cursos solicitados, nas
instituições interessadas; também são analisadas as condições de instalação de
polos para apoio das fases presenciais da EAD. Estes polos são espaços físicos que
se localizam nas cidades onde há carência de oferta de cursos de graduação, e
devem disponibilizar uma estrutura compatível à demanda de alunos que residem na
região em que o polo se localiza. Estes espaços devem oferecer não só os
elementos físicos (biblioteca e computadores conectados à Internet), como também
os recursos humanos, como tutor e coordenação. Com base no portal do MEC
atualmente, cerca de 88 instituições federais e estaduais (universidades e institutos),
integram este sistema.
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como também dados que apontem as necessidades educacionais de cada
localidade para que, a partir destas informações, o PED possa disponibilizar apoio
financeiro e técnico aos órgãos educacionais responsáveis pela administração do
PAR.
A docência na EAD
A reflexão inicial desta seção gira em torno da ausência/presença da figura do
docente nos documentos oficiais. Na definição de educação a distância apresentada
no Decreto 2.494- 98 (vide p. 50), o termo professor está ausente, e esta
modalidade de educação é identificada como uma atividade de autoaprendizagem.
Já no Decreto 5.622-05 (vide p. 53), há a exclusão deste termo e a inclusão da
figura do docente, juntamente com a do aluno, como principais atores desse
processo. Diante dessa constatação, podemos supor que, até 2005, não se dava
importância à mediação do professor no processo de ensino-aprendizagem da
modalidade EAD.
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sobre o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem. Na sala de aula
virtual, o ambiente é diferente do presencial [...]. Também mudam as noções de
espaço geográfico e de tempo.
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está no fato de que o docente da EAD também é responsável pelo suporte técnico a
ser dado ao aluno, embora eles façam a ressalva de que essas atribuições não
devem ser direcionadas a um único professor. Porém, na prática percebemos que,
apesar dessa observação, quem designa as atribuições ao professor na maioria das
vezes espera que um único indivíduo cumpra com todas elas.
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A tutoria na EAD
Conforme vimos anteriormente, na atual conjuntura da educação a distância,
as atividades que permeiam o processo de ensino-aprendizagem da EAD não se
resumem à simples disponibilização de material didático ao aluno ou ao atendimento
deste pelos profissionais do curso em um espaço online, identificado como sala de
aula virtual. Antes, durante e após esta fase, há inúmeras outras tarefas que,
segundo Chadwick e Rojas (1980, apud NISKIER, 2000), devem ser
desempenhadas por diferentes sujeitos, que compõem um grupo de profissionais
especialistas em diferentes áreas, tais como: analista de sistemas educativos;
analista de sistemas de instrução; planejador; produtor de materiais; psicólogo,
avaliador e perito em medidas (op. cit., p. 389).
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participação dos estudantes nos chats, estimulá-los a participar e a cumprir suas
tarefas, e avaliar a participação de cada um. (op. cit., p. 40).
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REFERÊNCIAS
ALVES, João Roberto Moreira. A história da EAD no Brasil. In: LITTO, Fredic
Michael; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (Orgs.). Educação a distância: o estado
da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil,2009, p. 09-13.
CARVALHO, E. F.; CUNHA, C. R.; MELGAÇO, L.O.; DIAS, C.A.C.; MOURA, A.C.E.
EaD e Ensino Superior: vantagens e desvantagens da aplicação e conclusão sobre
método efetivo. Anais do Congresso Nacional Universidade, EAD e Software Livre.
Belo Horizonte, v.2, n.2, 2011.
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LEVY, S. (2003). Seis fatores a serem considerados ao planejar programas de
ensino a distância online no ensino superior. Revista Online de Administração de
Ensino a Distância, VI (1), 1-19.
TELES, Lúcio. A aprendizagem por e-learning. In: LITTO, Fredic Michael; FORMIGA,
Manuel Marcos Maciel (Orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2009, p.72-80
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