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Avaliacao Postural

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Apostila

Avaliação
Postural

Desenvolvido por
Centro Educacional
Sete de Setembro
www.cessetembro.com.br
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Sumário

Avaliação postural

Postura padrão

Alteração da coluna

Problemas posturais em crianças

Avaliação postural em adultos

Avaliação postural em idosos

Avaliação postural qualitativa

Instrumento de coleta

Na prática
01
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Avaliação Postural

Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que


podem vir a ser influenciada por vários fatores: anomalias congênitas
e/ou adquiridas, má postura, obesidade, alimentação inadequada,
atividades físicas sem orientação e/ou inadequadas, distúrbios
respiratórios, desequilíbrios musculares, frouxidão ligamentar e doenças
psicossomáticas. A análise da postura envolve a identificação e a
localização dos segmentos corpóreos relativos à linha de gravidade.
É importante lembrar que a avaliação postural deve determinar se
um segmento corporal ou articulação desvia-se de um alinhamento
postural ideal. Portanto, podemos entender que na avaliação postural
o paciente deve sentir-se à vontade e evitar rigidez e posições não-
naturais. Há a necessidade de ser visualizado o equilíbrio global do
corpo. O fio de prumo situa-se no ponto Anteroposterior anterior ao
maléolo lateral e, para os desvios laterais, entre os calcanhares. A
postura é vista como um processo estático, mas a gravidade e os
mecanismos de controle neural provocam constantemente um
deslocamento sutil do alinhamento do corpo, que necessita de
controle postura. (BONDER, 2009, apud CARVALHO, 2011).
02
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È uma postura ideal, ao invés de uma postura média. O alinhamento


esquelético ideal utilizado como padrão consiste nos princípios
científicos válidos, envolvendo uma quantidade mínima de esforço e
sobrecarga, e conduz à do corpo. O objetivo principal da avaliação
postural é identificar os desequilíbrios mais evidentes a fim de evitar
prescrição de exercícios que possam vir a acentuar esses
desequilíbrios. A boa postura é aquela que melhor ajusta nosso
sistema musculoesquelético, equilibrando e distribuindo todo o
esforço de nossas atividades diárias, favorecendo a menor
sobrecarga em cada uma de suas partes. Diversos profissionais da
área corporal têm utilizado a avaliação postural como forma de
aumentar o número de serviços prestados a seus clientes.
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Postura

A postura é a capacidade de manter e movimentar as partes corporais


de maneira coordenada e confortável, sem perder a funcionalidade
dos gestos, sem sobrecarregar o sistema ósteo-articular e sem gerar
tensões desnecessárias. Esses aspectos são peculiares a cada
indivíduo. Não há como estabelecer um padrão postural. A postura do
ser humano pode ser definida como a posição que nosso corpo adota
no espaço, bem como a relação direta de suas partes com a linha do
centro de gravidade. Postura é um composto das posições das
diferentes articulações do corpo num dado momento. Para que
possamos estar em boa postura, é necessária uma
harmonia/equilíbrio do sistema neuromusculoesquelético.

Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que


podem vir a ser influenciada por vários fatores: Anomalias congênitas
e/ou adquiridas, Má postura, Obesidade, Alimentação inadequada,
Atividades físicas sem orientação e/ou inadequadas, Distúrbios
respiratórios, Desequilíbrios musculares, Frouxidão ligamentar e
Doenças psicossomáticas.
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A postura também pode ter relação com os seguintes aspectos:

Socioculturais: Cada cultura pode adotar diversos hábitos posturais,


tais como formas de dormir, lugares onde dormir, formas de
caminhar, dançar, sentar.

Psicológicos: Percepção pessoal em relação ao mundo. Como a


pessoa se sente e se porta em relação aos outros e perante certas
situações. Estas atitudes geralmente estão associadas à
personalidade de cada um.

Biológicos: São as características biológicas de cada ser humano.


Aspectos anatômicos (largura, comprimento e forma dos ossos),
fisiológicos (níveis de flexibilidade, força, resistência, etc.), genéticos
(diferentes etnias) e biomecânicos (funcionalidade do movimento).

Avaliação postural na prática Com o indivíduo vestindo roupas


apropriadas e em pé, primeiramente é feito a marcação/verificação
dos pontos anatômicos.

Vista Lateral:

1) Tornozelo – Articulação calcâneo cuboidea.


2) Joelho – Epicôndilo lateral do fêmur.
3) Coxo femoral – Trocânter maior.
4) Ombro – Acrômio.
5) Cabeça – Meato auditivo externo.
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Vista Anterior:

1) Calcanhares – Linha equidistante.


2) Joelhos – Linha equidistante aos côndilos mediais.
3) EIAS – Espinhas Ilíacas Antero Superiores.
4) Cicatriz umbilical.
5) Externo.
6) Nariz.

Vista Posterior:

1) Calcanhares – Linha equidistante.


2) Joelhos – Linha equidistante aos côndilos mediais.
3) Linha Interglútea.
4) EIPS – Espinhas Ilíacas Póstero Superiores. 20
5) L5 ou L4 – Processo espinhoso.
6) T12 – Processo espinhoso.
7) T8 ou T7 – Processo espinhoso
8) C7 – Processo espinhoso.

Após verificar os pontos anatômicos, a avaliação é feita sempre


partindo de um ponto específico em relação ao fio de prumo.

Segmento Lateral: O ponto utilizado como referência para alinhar ao


fio de prumo será a articulação calcâneo cuboidea. Após submeter o
indivíduo corretamente ao fio de prumo, verificar:
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1) Geral – À frente, atrás ou sobre o fio de prumo.


2) Tornozelo – Dorso flexão, flexão plantar ou neutro
3) Joelho – Hiperestendido, flexionado ou neutro.
4) Coxo femoral – Anteversão, retroversão, neutra.
5) Coxo femoral – Antepulsão, retropulsão e neutra
6) Coluna lombar – Hiperlordose, retificação ou neutra.
7) Coluna dorsal – Hipercifose, retificação ou neutra.
8) Coluna cervical – Hiperlordose, retificação e neutra.
9) Ombro – Rotação medial, lateral e neutro.
10) Ombro – Protração, retração e neutro.
11) Cabeça – Projeção anterior, posterior e neutra.

Segmento Posterior:

O ponto referência utilizado em relação ao fio de prumo será a linha


equidistante entre os calcanhares. Após submeter o indivíduo
corretamente ao fio de prumo, verificar:

1) Geral – À direita, à esquerda e sobre o fio de prumo.


2) Calcanhares – Pronado, supinado ou neutro.
3) Joelhos – Varo, valgo ou neutro.
4) Quadril – Alinhamento horizontal das EIPS.
5) Coluna – Desvios laterais e gibosidades/saliências paraespinhais.
6) Ombros – Alinhamento horizontal.
7) Triângulo de Tales – Assimetrias.
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Segmento Posterior:

O ponto referência utilizado em relação ao fio de prumo será a linha


equidistante entre os calcanhares. Após submeter o indivíduo
corretamente ao fio de prumo, verificar:

1) Geral – À direita, à esquerda e sobre o fio de prumo.


2) Calcanhares – Pronado, supinado ou neutro.
3) Joelhos – Varo, valgo ou neutro.
4) Quadril – Alinhamento horizontal das EIPS.
5) Coluna – Desvios laterais e gibosidades/saliências paraespinhais.
6) Ombros – Alinhamento horizontal.
7) Triângulo de Tales – Assimetrias.
8) Triângulo de Tales – Assimetrias. A análise da postura envolve a
identificação e a localização dos segmentos corpóreos relativos à
linha de gravidade. É importante lembrar que a avaliação postural
deve determinar se um segmento corporal ou articulação desvia-se
de um alinhamento postural ideal.
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Portanto, podemos entender que na avaliação postural o paciente


deve sentir se à vontade e evitar rigidez e posições não-naturais. Há
a necessidade de ser visualizado o equilíbrio global do corpo. O fio
de prumo situa-se no ponto Anteroposterior anterior ao maléolo
lateral e, para os desvios laterais, entre os calcanhares. Agora,
quando falamos da Postura Padrão, nos referimos a uma postura
“ideal” ao invés de uma postura média. O alinhamento esquelético
ideal utilizado como padrão consiste nos princípios científicos
válidos, envolvendo uma quantidade mínima de esforço e
sobrecarga. O objetivo principal da avaliação postural é identificar os
desequilíbrios mais evidentes a fim de evitar prescrição de
exercícios que possam vir a acentuar esses desequilíbrios. A
avaliação postural deve ser realizada de tempos em tempos. Os
reflexos são responsáveis por manter a postura, ou seja, a posição
adequada de equilíbrio. Esta, por sua vez, proporciona uma
distribuição de peso à massa corporal, a fim de evitar as quedas. A
postura é necessária à habilidade motora para vencer a gravidade.
(FOURNIOL, 1998, apud CORRÊA, 2018). No entanto, após realizada
a avaliação postural, se faz necessário que os pais tomem
conhecimento dos resultados e que se necessário, seja orientado a
procurar um ortopedista, para um melhor acompanhamento da
criança.
03
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Hiperlordose e hipolordose Lordose lombar: A lordose é outra


curvatura normal da coluna vertebral. Ela se desenvolve depois do
nascimento nas regiões cervical e lombar e é importante para melhor
distribuição das cargas que incidem sobre a coluna. Alterações no
grau da curva lordótica da região lombar, para mais ou para menos,
indicam a presença de desvios posturais, que podem ser de dois
tipos: Hiperlordose: quando há aumento excessivo da curvatura para
dentro do corpo, na direção da frente do abdômen, o que deixa os
glúteos mais destacados (síndrome do bumbum arrebitado) e a
barriga mais saliente. O aumento da lordose lombar pode
comprometer a função dos músculos flexores do quadril, dos
extensores lombares e do grupamento abdominal, além de
sobrecarregar o ligamento longitudinal anterior, de estreitar o espaço
discal posterior e o forame intervertebral, comprimindo a dura-máter,
vasos sanguíneos de raízes nervosas. (KISNER, 2009, apud SIQUEIRA,
2015). 23 Hipolordose: quando existe redução dessa curvatura a
ponto de provocar retificação da coluna nas regiões cervical e
lombar. Tanto a hiperlordose quanto a hipolordose podem
comprometer a mobilidade da coluna na região afetada. Lombalgia
(dor nas costas) é o sintoma típico dessa desordem, especialmente
depois de atividades que envolvem a extensão da coluna lombar,
como ficar sentado ou em pé, imóvel, por muito tempo, erguer ou
carregar objetos pesados sem os cuidados necessários para proteger
a coluna.
LORDOSE
NORMAL
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Cifose: Cifose é o termo que serve para designar tanto a curvatura


fisiológica nas regiões torácica e sacrococcígea da coluna vertebral,
quando vista de perfil, como a hipercifose, ou seja, o aumento
pronunciado da curvatura para trás, no sentido ânteroposterior da
região torácica da coluna. A principal característica da cifose torácica
(ou hipercifose torácica) é o abaulamento das costas provocado pelo
aumento exagerado da curvatura posterior dessa parte da coluna.
Para compensá-la, ombros, pescoço e cabeça são projetados para
frente, o que favorece o aparecimento da lordose cervical. A
deformação se instala aos poucos e não necessariamente vem
acompanhada de sintomas. Quando eles se manifestam, os mais
comuns são dor, fadiga e rigidez da coluna. A hipercifose é um
exagero da curva normal observada na coluna torácica, sendo que
existem várias causas para tal, incluindo a tuberculose óssea, fraturas
por compressão vertebral, doença de Scheuermann, espondilite
anquilosante, osteoporose senil, tumores, compensação em
conjunção com a presença de hiperlordose e anomalias congênitas.
(MAGEE, 2002, apud BARBIERI, 2014). A cifose torácica pode
manifestar-se em qualquer idade. Rara nos recémnascidos, comum
na infância e adolescência (costuma afetar os meninos muito altos
para a idade e as meninas no período do crescimento das mamas),
acomete também as pessoas mais velhas. Nessa fase da vida, o
desgaste das vértebras, a perda da flexibilidade dos discos
intervertebrais, que se desidratam, e o enfraquecimento da
musculatura dorsal representam fatores de risco para a ocorrência da
hipercifose torácica. 24 13.3
HIPERCIFOSE TORÁCICA
CIFOSE TORÁCICA NORMAL
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Escoliose: As curvas em nossa coluna vertebral ajudam a parte


superior do corpo a manter alinhamento e equilíbrio adequados. No
entanto, quando existem curvas anormais por toda a coluna
vertebral, referimo-nos a isso como escoliose.A escoliose é um desvio
da coluna vertebral resultante de uma curvatura lateral no plano
frontal, associado ou não, com a rotação dos corpos vertebrais nos
planos axiais e sagitais. (SOUCHARD, 2005, apud PETRINI, 2015).
Existem muitas causas de escoliose, incluindo deformidades
congênitas da coluna, problemas genéticos, problemas
neuromusculares e desigualdade de comprimento dos membros.
Outras causas de escoliose incluem paralisia cerebral, espinha bífida,
distrofia muscular, atrofia muscular espinhal e tumores. Mais de 80%
dos casos de escoliose, no entanto, não tem nenhuma causa
conhecida. Os sintomas para escoliose irão variar em cada indivíduo.
No entanto, alguns sintomas podem incluir o seguinte: Ombros em
alturas diferentes (uma escápula mais proeminente do que a outra);
Cabeça não centrada diretamente acima da pélvis; Aparência de um
quadril proeminente, levantado; Costelas com alturas diferentes;
Cintura irregular; Mudanças na aparência ou textura da pele sobre a
coluna; Inclinação do corpo inteiro para um lado; Proeminência da
costela quando dobrada.

Desequilíbrios: Músculos do lado oposto a curvatura alongados;


Músculos do mesmo lado curtos e fortes flexores laterais do tronco
direito; Adutores do quadril; abdutores do quadril esquerdo; tibial
direito; flexor longo do Hálux; flexor longo dos dedos; Fibulares
longos e curto esquerdo, típica em indivíduos destros.
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Hipercifose: ombros fletidos para a frente e cabeça fletida para


baixo. Este quadro é comum em crianças acanhadas, envergonhadas
e que sentam muito errado, como no computador ou no hábito diário
de jogar vídeo games. Na adolescência, este quadro é mais comum
em meninas, pela vergonha e necessidade de proteger ou esconder
as mamas.

Hiperlordose: bumbum empinado para trás. Embora seja bem visto


pela cultura brasileira, este é um quadro comum de má postura,
obesidade e fragilidade da musculatura abdominal. Existe, embora
menos comum, muitos casos de meninos com este problema. Alguns
esportes, como o balé e a natação, podem agravar este quadro, e o
profissional responsável, assim como os pais, deverão estar atentos,
na forma de evitar agravamentos.

Escoliose: ombro caído para um dos lados Causada principalmente


pela utilização de bolsas ou mochilas em um ombro só, puxar
mochila de rodinha ou andar com gingado.
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Todos estes problemas posturais se não forem tratados, irão, ao


longo do crescimento, aumentando as tensões, as compensações e
curvaturas. Dores localizadas irão surgir cada vez com maior
frequência, além de sinais de enfraquecimento abdominal, atonias
musculares e comprometimentos da coluna, do movimento e da
disposição. Todos esses fatores devem chamar a atenção dos pais e
parentes, para assim, recorrerem a um profissional para que haja uma
investigação e boa orientação. Um alerta: muitos pais (ou parentes)
ficam realizados em implementar a prática de um esporte no
cotidiano de seus filhos (sobrinhos, netos, etc.). Demandam grande
energia econômica (custo, uniformes, etc.) e de tempo (levar, pegar,
etc.) para realizar este sonho saudável. Mas, é preciso estar atento
sobre a existência de algum dos problemas posturais mencionados
acima, pois o esporte praticado sem integrar a devida correção
postural, irá agravar ou até deixar sequelas. O primeiro passo a ser
tomado é procurar um médico especializado em ortopedia para que
sejam realizados exames específicos e avaliadas as reais condições
de comprometimento postural. Outro passo importante é consultar
um fisioterapeuta especializado em RPG (Reeducação Postural
Global), para que se faça uma reconstrução de sua postura, com
reeducação via conscientização dos seus hábitos de movimento e
postura. Quanto mais cedo for detectado o problema postural, mais
fácil será sua correção e cura.
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O estilo de vida atual torna as pessoas mais sedentárias do que no


passado quando, ao experimentar vários tipos de brincadeiras,
promoviam um maior equilíbrio entre a musculatura estática e
dinâmica, evitando grandes retrações musculares e fixações das
articulações. Os adultos têm uma grande tendência a desenvolver
essas retrações e fixações, por causa do tempo em que permanecem
exercendo apenas um tipo de postura, em sala de aula, na frente do
computador, vídeo games, trabalhos domésticos, escritório entre
outras atividades diárias. Mais tarde começam os problemas de
coluna. Os esportes mais praticados nem sempre são uma garantia
de que não desenvolverão algum problema de coluna. Se o indivíduo
praticar apenas um esporte durante um longo período pode também
estar exposto a um desequilíbrio entre as cadeias musculares.
Alterações posturais são ocorrências significativamente presentes
nas pessoas, daí a necessidade de avaliações periódicas desde cedo,
para que comportamentos que possam causar ou agravar essas
alterações sejam corrigidos preventivamente, e para evitar a
prescrição de exercícios e esportes que possam vir a acentuar esses
problemas. A partir da avaliação de um profissional especializado,
poderão ser melhor orientadas quanto às práticas preventivas e
corretivas das quais poderá se beneficiar. Com a supervisão deste
especialista, é possível desenvolver programas de orientação e
intervenção imediata na escola, trabalho e atividades físicas
corretivas para os desequilíbrios posturais. O joelho tem como
função sustentar grandes forças, oferecer estabilidade e grande
amplitude de movimento.
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A mobilidade é fornecida pela estrutura óssea, e a estabilidade é


fornecida pelos tecidos moles, ligamentos, músculos e cartilagem
(ALMEIDA; JUNIOR, 2010, apud MARCIANO, 2018). Pais e empresas
serão estimulados a conscientizar seus filhos e pares para a
importância de bons hábitos posturais nas atividades rotineiras
como, sentar à frente do computador, TV, no trabalho, no transporte,
na realização das tarefas de casa, enfim, em todas as atividades
diárias. O trabalho preventivo é sempre o mais efetivo e o que traz
resultados mais satisfatórios a longo prazo. Contudo, na presença da
alteração já instalada e havendo a necessidade, procure um
especialista para avaliação, tratamento e acompanhamento.

Anotações
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Postura, posição ou atitude do corpo, a disposição relativa das partes


do corpo para uma atividade específica, ou uma maneira
característica de sustentar o próprio corpo. A boa postura é
conceituada como a posição que o corpo assume no espaço em
função do equilíbrio de vértebras, discos, articulações e músculos.
Deve envolver interações complexas entre os ossos, as articulações,
o tecido conjuntivo, os músculos esqueléticos e os sistemas nervosos
central e periférico. Sabe-se que o controle da postura é um grande
desafio para o corpo humano, sobretudo em idosos, pois o processo
de envelhecimento traz várias alterações anatômicas e fisiológicas,
como distúrbios na coluna vertebral, que apresenta as curvaturas:
cervical (concavidade posterior), torácica (convexidade posterior),
lombar (concavidade posterior) e sacra (convexidade posterior). Os
distúrbios do equilíbrio decorrentes do envelhecimento alteram os
sistemas sensitivos, visual e efetor e ainda estão associados às
doenças crônico- -degenerativas e ao ambiente em que o idoso está
inserido, gerando instabilidade postural e risco de quedas.
(GONÇALVES, 2009, apud CARVALHO, 2012). A senescência
caracteriza-se como um processo de comprometimento e decadência
das funções motoras e cognitivas, de modo que ocorrem
modificações fisiológicas no sistema neuromusculoesquelético, as
quais associadas a doenças crônico-degenerativas, podem levar a
déficits de equilíbrio e alterações na marcha, influenciando na
aquisição de desvios posturais o que predispõem à ocorrência de
quedas, ocasionando graves consequências sobre o desempenho
funcional, bem como na realização de atividades de vida diária
(AVD’s).
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O componente sensorioperceptual é responsável pelo controle da


postura e do equilíbrio, está governado por informações aferentes
de três sistemas: o visual, o vestibular e o proprioceptivo; cada um
deles é dirigido a um sistema distinto de coordenadas externas e
nenhum deles percebe o centro da gravidade do corpo diretamente.
Já o integrador central faz as escolhas das informações sejam elas,
corretas ou incorretas, para que isso ocorra é necessária uma ação
integradora do sistema nervoso central. No idoso pode-se observar
uma diminuição da integridade destes componentes, causando
compensações ao alinhamento da coluna vertebral , que é
influenciada pela diminuição do arco medial do pé, um aumento das
curvaturas da coluna, bem como a diminuição no tamanho da coluna
vertebral, decorrentes de perdas do líquido nos discos das
articulações intervertebrais. Muitas destas alterações são
ocasionadas pelos esforços submetidos ao decorrer da vida, maus
hábitos alimentares e/ou sedentarismo. O organismo passa por
mudanças físicas e fisiológicas com o passar do tempo. Isto resulta
em perdas funcionais progressivas, geradas por fatores como:
mutações genéticas, ambientais, surgimento de doenças e declínios
nos sistemas do corpo. Dentre as estruturas de perda funcional
encontram-se os tendões e ligamentos, que sofrem redução do
conteúdo de água e, como decorrência, aumento da rigidez dessas
estruturas, e os ossos, que sofrem uma considerável alteração, no
que diz respeito à densidade mineral e a microarquitetura óssea
durante o envelhecimento, havendo ainda alteração no disco
intervertebral.
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A taxa média de diminuição na altura é de cerca de 2cm por década,


em homens e mulheres entre 60 e 80 anos, podendo atingir até 12
cm em casos mais extremos de perda óssea. 36 As lesões e o
envelhecimento reduzem irreversivelmente a capacidade de absorção
de água pelos discos, resultando numa diminuição na sua capacidade
de absorção de choque. Essas alterações ocorrem mais precocemente
na coluna vertebral, principalmente no corpo da vértebra, do que nos
membros, afetando de forma mais acentuada o sistema
osteomioarticular, responsável pelos sistemas ósseo, muscular e
articular.

Alterações degenerativas associadas à idade

Podem afetar predominantemente o disco vertebral de alguns


pacientes, enquanto em outros podem afetar principalmente as
articulações apofisárias. A maioria dos discos mostra alguns sinais de
degeneração com a idade, sendo que combinado com a diminuição
da altura do corpo vertebral, resulta numa diminuição da estatura do
idoso
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Ressalta também, que a degeneração do disco e subsequentemente


a reduzida capacidade de absorção de choques da coluna vertebral,
contribui para a formação de osteófitos. Como uma forma de
minimizar esses efeitos o organismo produz o osteófito, que é uma
nova formação óssea em torno da vértebra, tem o objetivo de
fortalecer a região lesada, essa formação dos osteófitos pode
constringir os canais por onde passam os nervos podendo levar a
uma leve paralisia muscular (QUINTANILHA, 2002, apud RIZZXI,
2015). Os osteófitos são uma “formação óssea anormal, muito
frequente, que é produzida na proximidade das articulações
vertebrais, podendo ter outras localizações. É o responsável pelo
chamado “bico de papagaio”. Dependendo do tamanho destes
osteófitos, pode ocorrer uma restrição do movimento da coluna
vertebral, comum em indivíduos idosos. Algumas alterações nas
curvaturas da coluna vertebral como hipercifose torácica e
hiperlordose lombar, quase sempre estão presentes em indivíduos
idosos.

Anotações
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A hiperlordose lombar pode estar relacionada à obesidade, fraqueza


dos músculos abdominais e a má postura mantida e ainda a
anteversão pélvica. A hipercifose pode ser resultado de fatores
ambientais, ocupacionais, nutricionais e raciais, e pode acarretar na
redução nos movimentos do tronco para as respostas respiratórias e
motoras, na protração escapular e pode provocar patologias no
ombro. 37 A hipercifose ocasiona uma projeção da cabeça no sentido
de manter o olhar horizontalizado.Outro problema postural que
acomete os idosos é a escoliose, definida como um desvio lateral da
coluna, e apresenta como causas desde modificações no
posicionamento dos pés, no comprimento dos membros, no
posicionamento pélvico, retrações musculares, mal funcionamento da
ATM, entre outras. As alterações posturais podem também causar
dor, como lombalgia e cervicalgia, e redução do movimento da
coluna vertebral, sobretudo os movimentos sutis de rotação
envolvidos no rolamento segmentar e padrão recíproco normal dos
membros na marcha normal.
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Para se fazer uma boa avaliação postural qualitativa, deve-se ter


alguns princípios: Possuir um bom referencial de alterações postural,
como um retináculo ou similar para desníveis; O avaliado deverá
possuir a menor quantidade de roupa possível, ou seja, para homens
calção de banho (sunga) e mulheres sunquíni ou biquíni; Possuir um
ângulo de visão de não ultrapasse alguns metros para não perder a
definição das alterações; Inicia-se com o avaliado na posição
posterior para o avaliador com os pés próximos; A avaliação inicia-se
sempre de baixo para cima, ou seja, observando os calcanhares até
atingir a cabeça; Depois se posiciona o avaliado em qualquer perfil,
para depois observar o outro; Por último, o perfil anterior, sempre
com a mesma estratégia, ou seja, de baixo para cima; Anotam-se
todas as observações em papel pré-fixado as variáveis e qualificando
de acordo com alguns referenciais. As qualificações poderão seguir
diversos critérios. O importante é que se crie um e o assuma para
todas as futuras avaliações. Pois não adiante observar uma
acentuação do arco lordótico lombar, sem classifica-la em que
graduação esta se apresenta. Pois uma coisa é ter uma pequena
acentuação e outra é uma severa acentuação. Para a prescrição dos
exercícios, isto realmente é muito importante. Discreta (grau I):
quando a observação é feita com muito detalhe para se chegar às
conclusões. Tem-se dificuldade de encontrar aquela alteração da
normalidade; 38 Moderada (grau II): Quando a observação é fácil de
ser observada, sem grandes preocupações ou dúvidas, porém sem ser
algo que chame muita a atenção; Severa (Grau III): Quando o
avaliador se espanta com tamanha alteração. Chega a ser visível para
qualquer leigo, sendo necessário sempre uma opinião médica para
melhor diagnóstico.
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Instrumento de coleta das informações da


avaliação postural qualitativa

Neste instrumento, basta apenas assinalar em qual qualificação lhe


parece o quadro e depois informar o lado em que está, se é que cabe
este tipo de análise na região observada.

Pé cavo: acentuação do arco plantar. Vista no plano frontal com os


pés afastados;

Pé plano: redução do arco plantar. Vista no plano frontal com os pés


afastados;

Tornozelo pronado: visto no perfil posterior no plano coronal,


quando o calcâneo gira para dentro em relação a perna;

Tornozelo supinado: Exatamente o oposto do anterior;

Tornozelo abduzido: Quando a coxa estiver alinhada no marco zero,


e o pé estiver ligeiramente rodado externamente. Vista no perfil
superior no plano transverso;

Tornozelo aduzido: exatamente o oposto do anterior


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Tíbia vara: visto no perfil anterior plano coronal, é quando há uma


acentuação da curvatura da tíbia se torna evidente;

Joelho valgo: Com uma linha imaginária entre a perna e a coxa,


forma-se um ângulo externamente, projetando os joelhos para
dentro;

Joelho varo: exatamente o oposto do anterior; Joelhos recurva tum:


visto no plano sagital, a linha que imaginamos entre perna e coxa, é
formado um ângulo inferior a 180º na parte anterior, projetando os
joelhos para trás;

Coxa em rotação externa: muito confundida com pés abduzidos.


Lembre-se que o pé não abduz e sim o tornozelo.

Observe se os posicionamentos dos pés estão relacionados com a


coxa.

Se todo o segmento (patela, coxa) estiverem em rotação, pode ter


certeza que foi a coxa quem rodou. Coxa em rotação interna:
exatamente o oposto;
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Pelve desnivelada: Inclinação da crista ilíaca em relação a outra para


um dos lados, tornando-a mais alta. Geralmente devido a diferença
de segmentos. Observe o lado mais alto;

Anteposição pélvica Posição adquirida devido a extensão lombar e


flexão de coxofemoral;

Retroposição pélvica: exatamente o oposto; Cintura escapular


desnivelada: Como na pelve, apresenta-se com a elevação de um dos
ombros. Geralmente provocada pela escoliose, mas também pode ser
em função dos encurtamentos musculares;

Acentuação lordótica lombar: A curvatura fisiológica lombar, que é a


lordose, foi acentuada. Vista no perfil sagital. Pode-se atribuir graus
de inclinação. Não usar o termo hiperlordose deliberadamente.
Retificação lordótica lombar: O oposto. Quando a curvatura deixa de
existir em função de um novo posicionamento das vértebras. Sugere-
se anteposição pélvica; Acentuação cifótica torácica: Mesmo que na
lombar. Porém o acometimento se dá em uma curvatura de
convexidade posterior, tornando o sujeito inclinado para frente.
Retificação cifótica torácica: O oposto ao anterior. A vista será a
postura mais ereta, porém não fisiológica; Acentuação lordótica
cervical;
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Como na lombar, provoca proeminência da sétima vértebra cervical


ou a primeira torácica. Costuma projetar também a cabeça à frente;

Retificação lordótica cervical: Uma postura que normalmente


provoca alterações em todo o resto do corpo, devido ao
posicionamento da cabeça;

Triângulo de tales: ao desnivelar a pelve, haverá uma abertura maior


entre um dos braços e o tronco. Normalmente do lado oposto a
inclinação;

Retroposição da cintura escapular: Quando o complexo retroage em


função de encurtamento muscular ou pela postura retificada da
cifose torácica. Tende a projetar os ombros para trás. Vista no plano
sagital;

Anteposição da cintura escapular: O oposto ao anterior. Não há


relação direta com a acentuação da cifose, mas poderá estar
presente;

Ombros em rotação interna – A dica é observar a interlinha articular


do cotovelo pelo perfil anterior, pois caso haja a rotação interna, esta
não é visível neste perfil, ou se tem grande dificuldade de se
observar;
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Ombros em rotação externa – Ao contrário da anterior, com


facilidade de observação da linha interarticular, e também com a
palma da mão voltada para frente;

Cabeça anteposicionada – como o nome sugere, a cabeça se torna


protusa, pode ser gerada pela flexão de cervical, ou pela extensão,
pois a cervical possui dois pilares. Importante é observar se um ponto
perto do meato acústico externo está muito projetado à frente;

Cabeça retroposicionada – exatamente o oposto da anterior;

Escápulas – esta poderá estar posicionada de diversas formas, mas


esta é fácil perceber pelo que sugere o próprio nome.

Na prática tudo simplifica !


09

Teste postural é uma avaliação que analisa a posição do corpo


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Ao longo da vida, vários fatores podem afetar a postura, como


hábitos diários, condições de saúde, e, no caso da gestação, as
adaptações do corpo para acomodar o bebê.
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O teste que estamos analisando é de análise visual, um painel


quadriculado facilita a análise.
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Análise visual:

Observar a posição do corpo em pé e identificando desalinhamentos


ou assimetrias.

Avaliar a curvatura da coluna vertebral, a posição dos ombros e da


cabeça, e o alinhamento dos membros inferiores.
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Durante a gestação algumas alterações irão acontecer, por isso


despreze análise nesse período.
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Existem vários tipos de teste s posturais, esse é o mais simples e


eficiente para o cotidiano.
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Referências Bibliográficas

Coleção Pesquisa em Educação Física, v. 12, n. 3, p. 109–116, 2013.


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Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 9, n. 4, p. 408–413,
2007. GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o
desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 5.
ed. São Paulo: Phorte, 2013. GOMES, A. C. Treinamento desportivo:
estruturação e periodização. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
HEYWARD, V. H. Avaliação física e prescrição de exercício: técnicas
avançadas. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. HERNANDEZ, S.
Treinamento desportivo, 2020. KARLOH, M. et al. Avaliação do
equilíbrio dinâmico em atletas de ginástica rítmica. Efdeportes, v. 14,
p. 136, 2009. KENDALL, F. P. et al. Músculos, provas e funções: com
postura e dor. Barueri: Manole, 1995. KISNER, C.; COLBY, L. A.
Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. Barueri: Manole,
1992. KNOPLICH, J. Enfermidades da coluna vertebral. São Paulo:
Panamed, 1983. LAUX, R. C. et al. laboral. Revista de Administração
de Roraima-UFRR, Boa Vista, v. 7, n. 2, p. 297–309, jul./dez. 2017.
LIMA, J. P.; FARENSENA, B. Aplicação do teste de Poma para avaliar
risco de quedas em idosos. Geriatria & Gerontologia, v. 6, n. 2, p.
200–211MORROW, J. R. et al. Medida e avaliação do desempenho
humano. Porto Alegre: Artmed, 2014., 2012.

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