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Pop 12 Administração de Hemoderivados

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte - SESAP

POP 12 ADMINISTRAÇÃO DE HEMODERIVADOS


Acesse o formulário de consulta pública clicando aqui

POP - PROCEDIMENTO OPERACIONAL Nº: 12


PADRÃO DATA DA EMISSÃO:
REVISÃO Nº:
TAREFA: Administração de hemoderivados
DATA DESTA REVISÃO:
MATERIAL NECESSÁRIO:

Prontuário do paciente, EPI, bandeja, equipo próprio para hemoderivados, bolsa do hemocomponente
(concentrado de hemácias, plasma fresco, crioprecipitado e/ou plaquetas) , jelco ou scalp (SN), seringa
descartável de 10cc, 10mL de soro fisiológico 0,9%, algodão embebido em álcool a 70%, esparadrapo ou
micropore, suporte de soro, termômetro, esfignomanômetro, tensiômetro e relógio ou cronômetro.

OBJETIVO:
Orientar e padronizar a administração de hemoderivados. Relacionar os procedimentos necessários para a
administração dos mesmos. Melhorar a segurança do paciente mitigando os erros na admistração. Fornecer
subsídios para implementação e acompanhamento da terapêutica transfusional.
Téc./
PASSO A PASSO RESPONSÁVEL Enfermeiro Aux
Enf
1- Conferir prescrição médica e reunir o material necessário; ? ?
2- Higienizar as mãos antes e após o procedimento, conforme POP de higiene das mãos; ? ?
3- Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante e esclarecer quanto ao procedimento; ? ?
4- Paramentar-se com EPIs conforme precaução indicada pela CCIH; ? ?
5- Realizar a conferência de identificação do paciente, com pelo menos dois
? ?
discriminadores (nome completo, data de nascimento, nome da mãe, etc);
6- Certificar-se das condições do cliente, verificando se tem febre antes de preparar e
administrar a bolsa de hemocomponente, como tambem observar se há prescrito algum
medicamento endovenoso para aquele horário. Caso tenha, comunicar-se com o
enfermeiro responsável pelo setor do paciente sobre o melhor horário para a transfusão.
Em caso de pacientes que requeiram a administração contínua de medicamentos,
proceder a transfusão em via exclusiva. Observar ainda se há prescrito algum preparo ? ?
medicamentoso a ser realizado imediatamente antes da transfusão, para providenciá-lo
ou certificar-se que já foi realizado.

ATENÇÃO: Medicamentos não devem ser introduzidos à bolsa do hemocomponente


em hipótese alguma.

7- Conferir a bolsa de hemocomponente em relação ao aspecto e integridade: observar


sinais de violação, coloração anormal, turvação e bolhas de ar (crescimento bacteriano),
coágulos e/ou grumos. Nestes casos, NUNCA transfundir o hemocomponente, contactar ? ?
imediatamente o banco de sangue para que o mesmo avalie a bolsa e, caso necessário,
realize o adequado descarte do hemocomponente;
8- Conferir os dados presentes na etiqueta da bolsa de hemocomponente que tem em
mãos: nome do paciente, numeração da bolsa, volume, classificação sanguínea, data do
? ?
teste de compatibilidade e data da validade do hemocomponente, nome do responsável
pela realização dos testes pré-transfusionais e pela liberação;
9- Garantir que o tempo de chegada do concentrado de hemáceas no setor e o início da
transfusão não ultrapassem 30 minutos em temperatura ambiente, nao devendo
ultrapassar 4 horas total. Já o Plasma Fresco, deve ser transfundido, no máximo, em até
1hora após seu descongelamento; o Concentrado de Plaquetas deve ser administrado, no
máximo, até 30 minutos depois de sair do agitador contínuo de plaquetas. Caso esses ? ?
prazos sejam excedidos, o serviço de hemoterapia deve ser acionado para fazer o
recolhimento da bolsa e reacondicionamento ideal.
As transfusões devem ser realizadas, preferencialmente, no período diurno, salvo em
caso de emergência;
10- Realizar higiene das mãos conforme POP de higiene das mãos e preparar a bandeja
para o procedimento, realizando sua desinfecção com álcool a 70% e gaze, em
? ?
movimentos unidirecionais, repetindo este procedimento três vezes, e aguardando secar
por completo;
12- Colocar na bandeja o material necessário para o procedimento:
- EPI;
- equipamentos para verificação de sinais vitais;
? ?
- material para punção venosa (se necessário);
- equipo apropriado e de uso exclusivo para a transfusão;
- hemocomponente prescrito e devidamente conferido;

13- Conectar o equipo (exclusivo e apropriado) à bolsa e preencher todo o circuito com
o hemocomponente, não permitindo bolhas de ar no circuito. Atentar para preencher
apenas 1/3 da capacidade da câmara de gotejamento do equipo;
14-Orientar o paciente e/ou acompanahente sobre a trasnfusão que será instalada,
justificaticando indicação, efeitos esperados e aqueles que necessitam de ? ?
acompanhamento e monitorização;
15- Conferir á beira do leito:
- a identificação do paciente com pelo menos dois discriminadores;
? ?
- a prescrição médica;
- a identificação da bolsa de hemocomponente.
16- Posicionar confortavelmente o paciente; ? ?
17- Higienizar as mãos com álcool em gel e calçar as luvas; ? ?

18- Verificar sinais vitais antes, durante e após infusão, e anotar no prontuário;

ATENÇÃO: Em caso de alterações nos sinais vitais que contraindiquem


temporariamente a transfusão (febre ou pressão arterial elevada), comunicar ao médico
? ?
ou enfermeiro responsável pelo paciente e devolver a bolsa do hemocomponente para a
agência transfusional até estabilização do quadro do paciente e/ou autorização médica
para continuar o procedimento. Caso o médico autorize a transfusão, registrar em
prontuário.

19- Conferir calibre e permeabilidade de acesso venoso (periférico ou profundo) e


garantir que durante a transfusão este seja exclusivo para a mesma, com exceção do
Soro Fisiológico (SF) a 0,9% em casos específicos. Caso o acesso esteja sendo utilizado
? ?
para administração medicamentosa, deve ser lavado com SF 0,9%. Caso o paciente não
tenha acesso venoso, providenciar, preferencialmente, com calibre superior a 19 (scalp)
e 20 (jelco);
20- Instalar a bolsa do hemocomponente ao paciente, conectando o equipo ao acesso
venoso do paciente e abrir o controlador de gotejamento. Usar gaze ou algodão
embebidos com álcool a 70% para fazer a desinfecção das conexões. Manter o
gotejamento lento nos primeiros minutos.
O tempo de infusão de cada unidade de Concentrado de Hemácias deve ser de 60min a
120 minutos (min) em pacientes adultos. Em pacientes pediátricos, não exceder a
? ?
velocidade de infusão de 20?30mL/kg/hora.
O tempo de infusão da dose de Concentrado de Plaquetas deve ser de aproximadamente
30min em pacientes adultos ou pediátricos, não excedendo a velocidade de infusão de
20?30mL/kg/hora.
Para o Plasma Fresco Congelado o tempo máximo de infusão deve ser de 1 hora.
O crioprecipitado deve ser administrado em até 30 minutos.
21-Ajustar o gotejamento, conforme prescrição médica.
Pacientes com necessidade de reposição volêmica, transfundir rapidamente, com ? ?
gotejamento livre, sem exercer pressão na bolsa;

22- Retirar as luvas de procedimento e registrar o horário de início no prontuário,


descrevendo qual hemocomponente está sendo transfundido, númeração da bolsa, ? ?
volume, tempo de infusão, estado geral do paciente e sinais vitais;
23-A transfusão deve ser acompanhada pelo profissional que a instalou durante os 10
? ?
(dez) primeiros minutos à beira do leito. Registrar este monitoramento em prontuário;
24- Observar reações adversas como: alterações na temperatura (febre/hipotermia),
alteração na pressão arterial (hipertensão /hipotensão), alteração respiratória (dispnéia,
taquipnéia ), alterações cutâneas (edema local ou generalizado, prurido), alterações
neurológicas (agitação), alteração na cor da urina pode ser o primeiro sinal de hemólise
no paciente anestesiado, vômitos, ou qualquer queixa do paciente. Caso haja alguma
reação:
* Interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico responsável pela
transfusão;
* Salinizar o acesso venoso periférico com SF 0,9%;
*Verificar sinais vitais e estar atento ao estado cardiorrespiratório; ? ?
* Verificar registros e identificação do receptor;
* Confirmar se o hemocomponente administrado pertence mesmo ao paciente desejado;
* Avaliar se ocorreu reação e classificá-la, a fim de adequar à conduta a ser tomada de
forma específica;
* Manter o equipo e a bolsa intactos e encaminhar este material ao serviço de
hemoterapia;
* Avaliar a possibilidade de reação hemolítica, anafilaxia, e sepse relacionada à
transfusão, situações nas quais são necessárias condutas de urgência;
* Contactar o serviço de hemoterapia e comunicar o fato;
25- Ao término da infusão, verificar sinais vitais do paciente e registrar em prontuário; ? ?
26- Calçar luvas de procedimento, retirar a bolsa utilizada e descartar em local
apropriado. Caso haja volume superior a 50mL na bolsa ou qualquer reação ? ?
transfusional, o serviço de hemoterapia deve ser acionado para recolhimento da bolsa;
27- Certificar-se que o acesso venoso esteja em condições de prosseguir com seu uso
habitual; ou retirar acesso venoso caso paciente não permaneça internado após a
transfusão;
28- Deixar o paciente confortável, recolher o material, guardar e descartar devidamente
(caixa perfuro-cortante e lixo biológico) o que for necessário;
? ?
ATENÇÃO: Não reencapar a agulha utilizada e não desconectar a agulha utilizada da
seringa;
29- Registrar informações necessárias no prontuário, como hora do término, volume
infundido, ocorrências durante a transfusão, juntamente com carimbo, assinatura e
COREN. Sempre checar na prescrição, atentar para anotar número da bolsa e anexar a ? ?
cartela de identificação de bolsas no prontuário. Preencher balanço hídrico se for
necessário.
30- Alertar a equipe, passar em plantão e orientar paciente e/ou acompanhante da
necessidade de manter a avaliação do paciente pelas próximas 24h pós transfusão, pela ? ?
possibilidade de manifestação de alguma reação transfusional.
NÃO CONFORMIDADES:
I- Extravazamento de volume para tecido subcutâneo;
II- Flebite;
III- Choque pirogênico;
IV- Reações transfusionais diversas;
V- Instalar hemocomponente sem estar devidamente prescrito.
AÇÕES EM CASO DE NÃO CONFORMIDADE:
I e II- Parar imediatamente a infusão do hemocomponente, providenciar novo acesso venoso para continuar
terapia e comunicar ao enfermeiro do setor;
III- Parar imediatamente a infusão do hemocomponente, providenciar novo acesso venoso e trocar todo a linha
de infusão, comunicar ao enfermeiro e médico do setor; verificar sinais vitais; comunicar a agência
transfusional para recolhimento da bolsa e proceder com providências;
IV- Parar imediatamente a infusão do hemocomponente; comunicar ao médico e enfermeiro do setor;
comunicar a agência transfusional para recolhimento da bolsa e providências;
V- Parar imediatamente a infusão do hemocomponente; comunicar ao enfermeiro e médico do setor para
confirmar prescrição.

PREPARADO POR:
APROVADO POR:
CECIH/RN e NESP/RN
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução no 306, de 25 de abril de 2006.


Disponível em: < http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3062006_4341.html>. Acesso em: 03 de março de
2016.

BRASIL. Resolução RDC N° 34, de 11 de Junho de 2014. Disponível em:


<http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/0fae1580484d56a5a53aa5bdc15bfe28/RDC_34_11
_06_2014.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 03 de março de 2016.

Manual de Orientações Hemoterápicas UNICAMP 2018

"BOAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: CUIDADOS


DURANTE E APÓS A TRANSFUSÃO SANGUÍNEA Souza et al, 12/10/2014, disponível em:
https://cdn.publisher.gn1.link/reme.org.br/pdf/v18n4a13.pdf"

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e


Temática. Guia para uso de hemocomponentes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Especializada e Temática. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde,
2015.

WikiSesap - Gerado 25/08/2022 - 16:27

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