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Relatório 1 - Observação Metodológica

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA


CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

GABRIEL DA COSTA SANTOS

OBSERVAÇÃO METODOLÓGICA DAS AULAS DE QUÍMICA

RELATÓRIO REFERENTE AO COLÉGIO ESTADUAL


DO CAMPO DOM PEDRO II

MEDIANEIRA
2018
1. INTRODUÇÃO

O estágio consiste na observação do espaço escolar e o que nele


ocorre, entre outras ações e reflexões enfatizando o processo de ensino
aprendizagem. Entretanto, as observações em sala permitem aos
estagiários subsídios que servirão de base para atuarem como futuros
professores, vivenciando a realidade escolar com um olhar crítico de
observador.

Uma vez que, a educação é vista como um dos segmentos mais


discutidos, nota-se a necessidade de atribuir aos cidadãos a produção do
próprio conhecimento. A didática da Escola Nova é entendida como
“direção da aprendizagem”, onde o aluno é visto como sujeito de
aquisição do seu próprio discernimento. O que o professor tem a fazer é
colocar o aluno em condições propícias para que, partindo das suas
necessidades e estimulando os seus interesses, possa buscar por si
mesmo conhecimentos e experiências.

Tendo em vista a construção do conhecimento pelo aluno, o


estágio possui a finalidade de aproximar a realidade na qual atuará,
observando e analisando metodologias distintas, e consequentemente
elaborando métodos que permitam ao discente criar uma visão crítica e
reflexiva, de tudo o que acontece em sala e na escola.
2. OBJETIVO GERAL

Observar as habilidades professor/aluno, tanto quanto os


processos de avaliação no plano de ensino.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Observar de forma assistemática as aulas de Química do


Colégio Estadual do Campo Dom Pedro II.

 Analisar a realidade do ensino, ou seja, as metodologias


adotadas para a aula.

3. METODOLOGIA
As observações realizadas referente ao processo metodológico
abordado pelo docente foram efetuadas em todas as séries do ensino
médio, ou seja, contemplando o 1°, 2° e 3° ano do Colégio Estadual do
Campo Dom Pedro II, de São Miguel do Iguaçu- PR, no período matutino.

As observações, utilizadas como coleta de dados, seguiram o


método assistemático que consiste em recolher e registrar os fatos da
realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais ou
precise fazer perguntas diretas, não havendo propósitos previamente
estabelecidos. Logo fica a critério do aluno as observações realizadas.
Neste caso, o observador registra os fatos de acordo com as ocorrências.
É mais empregada em estudos exploratórios e não tem planejamento e
controle previamente elaborados. Portanto, o êxito desta atividade vai
depender somente do discente, pois este deverá estar atento aos
fenômenos que ocorrem no mundo que o cerca. A observação é um
instrumento básico de coleta de dados em todas as ciências, sendo
importante para a construção de qualquer conhecimento.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Observou-se as aulas de químicas das séries de 1°, 2° e 3° ano.
No total foram acompanhadas três turmas, durante um período de três
dias não consecutivos. Para melhor demonstração dos resultados, esses,
foram divididos e apresentados pelas suas respectivas séries do ensino
médio.

4.1 Turma do 1° Ano

Por meio das observações realizadas, o estagiário obteve a


seguinte análise: Após a entrada da professora e do estagiário em sala,
os alunos permaneceram sentados para que a professora realizasse a
chamada. Seguidamente a docente disponibilizou no quadro o conceito
de modelo atômico de Bohr realizando questionamentos acerca do tema.
Neste contexto, a educadora iniciou a explanação questionando aos
alunos sobre os modelos já vistos em aulas anteriores, afim de
complementá-los com o novo modelo proposto. Entretanto, a mesma
contextualizou utilizando a exposição dialogada, o conceito de emissão de
luz observada por meio da experimentação realizada por Bohr em
consonância com o fenômeno identificado como espectro luminoso,
definindo historicamente a contribuição realizada por Bohr quanto ao
modelo atômico vigente hoje.

É notável que durante as observações o estagiário observou dois


aspectos metodológicos condizentes com o ensino aprendizagem, sendo
eles: levantamento de problemáticas e os aspectos históricos acerca do
tema proposto. Visto isso, priorizando o levantamento de problemáticas
Berbel (1994) afirma que delimitar o ensino aprendizagem por meio da
construção de hipóteses proporciona ao estudante a busca para
compreender certo fenômeno visando fundamenta-lo, ou seja, enfatiza-se
a ideia do aprender ao método de solução de problemas, cujo busca
retratar ao máximo o cotidiano de cada estudante. Entretanto, realizar
abordagens históricas em consonância com a realização de atividades da
mesma possui como um de seus objetivos promover a enculturação
cientifica entre os estudantes, ajudando-os a compreender de que modo
se organiza uma cultura tão distinta do cotidiano (CARVALHO, 2013).

6.1.2 Turma do 2° Ano

Com o auxílio do quadro, a docente disponibilizou aos alunos os


conceitos sobre funções inorgânicas levantando questionamentos quanto
ao significado do termo “inorgânico”. Com os resultados obtidos por meio
dos alunos, a professora prosseguiu a aula contextualizando de fato o que
se compreendia por funções inorgânicas. Neste sentido, a educadora
problematizou juntamente com os alunos a existência das terminologias
conhecidas como ácidos, bases e sais, questionando aos educandos o
que o mesmo pensava ao escutar esses três conceitos. Entretanto, as
respostas obtidas remetem ao cotidiano do aluno, como por exemplo o
sabor azedo emitido pelo limão, cuja característica é ácida. Desse modo,
a professora iniciou os conceitos técnico-científicos, abordando todos os
exemplos fornecidos pelos alunos. Ao decorrer da aula, a docente
disponibilizou no quadro os conceitos de ácido segundo Arrhenius, bem
como sua classificação e nomenclatura. Notou-se presente neste
momento as abordagens históricas realizadas evidenciando a teoria
proposta. Ainda assim, com o auxílio de exemplos a docente explanou
como identificar o ácido em uma reação, este que por sua vez
apresentará hidrogênio em sua molécula, evidenciando as exceções que
fogem desta regra.

Analisando os processos de contextualização dos conteúdos


conceituais, objetiva-se que o aprendizado se dá pela interação com os
aspectos culturais na sociedade. Diante disso, Carvalho (2013) afirma que
a contextualização relativa a sociedade, ou seja, no cotidiano dos alunos
é um dos pontos importantes na definição dos conteúdos, pois no ensino
de ciências, como é o enfoque, a dimensão cultural exige que a escola
aborde em seu currículo as relações entre ciência, tecnologia, sociedade
e ambiente, visando que a aprendizagem é intrínseca a contextualização
dos conteúdos conceituais que por sua vez está correlacionada com os
conhecimentos dispostos aos alunos, que abrangem seu dia a dia.

6.1.3 Turma do 3° Ano

Nas observações realizadas no terceiro ano do ensino médio, a


docente iniciou a aula disponibilizando no quadro os conceitos de
isomeria, isomeria plana, de função, cadeia, posição, de compensação ou
metameria e tautomeria. Com o auxílio de exemplos, a educadora
explanou cada um dos conceitos dispostos acima realizando
questionamentos acerca do tema, como por exemplo, ao perceber que as
estruturas são distintas a docente questionou se as fórmulas moleculares
poderiam ser iguais. Neste momento, os discentes ficaram em silêncio e
propuseram que não teria como. Entretanto, após explanar novamente o
conceito de isomeria e realizar a construção da fórmula molecular em
conjunto com os demais, os estudantes perceberam que uma estrutura se
encaixava no que a contextualização pretendia, ou seja, um era isômero
do outro.

Neste contexto, observa-se que a explanação do conteúdo se


prosseguiu através da resolução dos exercícios, com o auxílio dos alunos,
para a formação das estruturas moleculares. Desse modo, nota-se que a
docente buscou de forma procedimental realizar a construção do
conhecimento acerca dos exemplos resolvidos. Dentre a este ponto,
Carvalho (2013) afirma que, a contextualização do conteúdo
procedimental ocorre quando o ensino é orientado de modo a induzir os
alunos a construir o conteúdo conceitual, ou seja, participando da
construção do conhecimento. Tendo em vista o ensino aprendizagem,
ressalta-se que práticas mitológicas com determinado cunho possibilita ao
aluno argumentar e exercitar a razão proporcionando mais liberdade
intelectual.
5. CONCLUSÃO

Considerando que, os professores devem buscar o conhecimento


da realidade dos alunos e suas características utilizando de metodologias
flexíveis e adequadas para proporcionar um ensino voltado à necessidade
destes, o mesmo deverá despertar o interesse e motivar a buscar sempre
novos conhecimentos. Entretanto, pode-se notar que através das
observações em cada série, a docente buscou utilizar diferentes métodos
metodológicos que abrangem desde a contextualização conceitual quanto
a procedimental, incorporando ainda a aprendizagem acerca das
abordagens históricas, cujo objetivo voltam-se a práticas metodológicas
que propiciam o ensino, uma vez que buscam adequar o ensino
aprendizado a cada estudante.

6. REFERÊNCIAS
CARVALHO, Ana Maria P. de. Os estágios nos cursos de
licenciatura. São Paulo: Cengage Leatning, 2013.

BERBEL, Neusi. Metodologia da Problematização: Uma


alternativa metodológica apropriada para o ensino superior.
Disponível em:
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/9458/824
0.> Acesso em: 13/09/2018.

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