Cadernos
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Pró-Reitoria de Graduação
Diretoria de Processos Seletivos
CADERNO C
LÍNGUA PORTUGUESA, BIOLOGIA, REDAÇÃO
1. Para se dirigir aos fiscais, levante o braço e aguarde ser atendido, sentado em sua carteira.
2. O candidato não poderá fazer qualquer anotação nas Folhas de Respostas ou no Caderno de Questões até que
seja autorizado o início da prova pelo fiscal.
3. Após ser autorizado, abra o caderno, verifique o seu conteúdo e solicite imediatamente a troca caso faltem folhas
ou haja falhas na impressão.
4. Assine seu nome conforme o documento de identificação, na declaração da capa do Caderno de Questões e nas
Folhas de Respostas.
5. Transfira suas respostas para as Folhas de Respostas, conforme as instruções lá contidas.
6. O preenchimento correto das Folhas de Respostas é de responsabilidade do candidato e deverá ser realizado
durante o período de realização da prova. Não haverá substituição dessas folhas.
7. Escreva com a máxima legibilidade. Durante a correção, o julgamento será feito de forma desfavorável ao
candidato em caso de dúvida quanto à grafia de qualquer palavra ou sinal.
8. É de responsabilidade do candidato o preenchimento e a entrega de suas Folhas de Respostas.
9. O candidato que for flagrado portando quaisquer aparelhos eletrônicos ou de telecomunicações, mesmo
desligados ─ inclusive telefone celular ─, terá sua prova anulada.
10. O candidato que deixar aparelhos eletrônicos emitirem qualquer tipo de som durante a prova será eliminado do
processo.
11. Ao término da prova, este caderno deverá ser levado pelo candidato.
ASSINATURA
Processo Seletivo para Vagas Ociosas / Editais 01 e 02/2023 Tipo 1
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Processo Seletivo para Vagas Ociosas / Editais 01 e 02/2023 Tipo 1
LÍNGUA PORTUGUESA
QUESTÃO 01
Pare e pense! Isto pode ser um pedido, uma advertência, um aviso de perigo. Nada. É apenas
uma sugestão de uma pessoa que pensa e escreve. Um filósofo. Sim, ainda os há. É incrível, produzem
conhecimentos e publicam livros em um mercado globalizado. Assinam contratos comerciais, viajam entre
países e continentes.
Em um mundo atribulado, entupido de informações velozes, incontroláveis, que se sucedem e se
banalizam, há ainda quem proponha uma reflexão sobre quem somos, o que queremos e para onde vamos.
Afinal, o velho ser humano (temos milhares de anos de vida) resiste às guerras, às tecnologias, aos mercados
e ainda se interroga sobre si mesmo.
Essa é a tarefa que assumiu o professor Michel Serres, 76 anos, da Universidade de Stanford e da
Academia Francesa. Entre seus diversos livros, L’Incandescent, publicado na França em 2003, traduzido e
publicado no Brasil pela Editora Bertrand, em 2005, sob o nome de O Incandescente, faz essa sugestão: pare
e pense!
BACHETTO, Sinesio. Reflexões desafiadoras. Filosofia. Ano 1, n. 6, s/d. São Paulo: Editora Escala. p. 62. (Fragmento adaptado).
A) uma mudança do objetivo central do texto, que deixa de ser explicar sobre os sentidos das palavras e passa
a ser comentar sobre o que sugerem os filósofos.
B) a discordância do autor em relação aos sentidos possíveis para os verbos parar e pensar.
C) a posição contrária do autor em relação ao valor positivo geralmente atribuído à ideia de parar para pensar.
D) uma mudança da direção argumentativa, em relação ao que vinha sendo apresentado no trecho.
QUESTÃO 02
Todo mundo guarda um momento afetivo que foi embalado por uma música dos Beatles. Você pode até
achar que não, mas puxando na memória, vai encontrar este instante, nem que seja uma tarde da sua infância
em que passava Curtindo a vida adoidado na Sessão da Tarde. É uma obviedade dizer o quanto a banda
marcou a história da música e da cultura ao redor do mundo e mais óbvio ainda é dizer o quanto a sociedade
se viu obcecada pelos garotos de Liverpool. No entanto, a beatlemania não para e com ela vieram diversos
filmes, livros, músicas, documentários, exposições e tantos outros meios de comunicar essa paixão. Cada
música dos Beatles traz uma história e essas histórias merecem ser exploradas e saboreadas pelo público, que
tem essa chance com o recém-lançado The Beatles – Todas as músicas, todas as letras, todas as histórias, de
Steve Turner. Em uma edição impecável com magníficas imagens do grupo, o livro traz as histórias por trás de
cada música lançada pelo quarteto. É aquela máxima: quem gostava da banda vai se apaixonar ainda mais e
quem não gostava vai cair no encanto dos músicos. Mas, afinal, como é que se pode não gostar dos Beatles?
DA EDIÇÃO. Bom sujeito não é. Revista da Cultura. Ed. 107, nov., 2016. São Paulo: Livraria Cultura. p. 21. (Adaptado).
(1) Todo mundo guarda um momento afetivo que foi embalado por uma música dos Beatles. (2) Você pode até
achar que não, mas puxando na memória, vai encontrar este instante (...)
A) O enunciado (1) apresenta uma verdade inquestionável; o enunciado (2) reitera a verdade inquestionável
expressa no enunciado (1).
B) O enunciado (1) contém uma figura de linguagem que é utilizada com função argumentativa; o enunciado
(2) realiza uma coerção sobre o leitor, a fim de induzi-lo a aderir ao argumento expresso no enunciado (1).
C) O enunciado (1) é impróprio, mas foi empregado no texto por não haver outra forma de expressar a mesma
ideia; o enunciado (2) é igualmente impróprio, porque desrespeita o leitor que discorda do que foi expresso
no enunciado (1).
D) O enunciado (1) apresenta um argumento fraco; o enunciado (2) apresenta um argumento mais forte, se
comparado ao argumento apresentado em (1).
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QUESTÃO 03
Miguel de Cervantes Saavedra tinha 57 anos quando publicou, em 1605, Dom Quixote de la Mancha,
primeiro grande romance da literatura mundial. Composto de duas partes – a segunda publicada com nove
anos de intervalo da primeira –, a obra tem por protagonista o idoso fidalgo Alonso Quijana, que “enlouquecido
pela leitura constante dos romances de cavalaria”, autodenomina-se Dom Quixote e parte em uma anacrônica
cruzada, montado no seu cavalo, Rocinante, tendo por companhia seu fiel “escudeiro”, Sancho Pança, a segui-
lo em um jumento. Na sua insana aventura, ele se propõe a restituir a cavalaria, e com ela as glórias do tempo
das Cruzadas. Pode-se dizer que o cavaleiro da triste figura é, entre tantas coisas, um desmistificador das
organizações sociais, posto que denuncia os olhos viciados pelas aparências do real, incapazes de reconhecer
as ilusões que cerceiam a liberdade do homem. Na sua loucura e “graça”, Dom Quixote posiciona-se como
defensor dos que padecem com as injustiças daqueles que detêm o poder, revela os moinhos de ventos que
os olhos medrosos insistem em converter em perversos gigantes, exércitos inimigos que nada mais são que
ovelhas arrebanhadas; simples bacia de barbeiro que os homens julgam valorosos troféus.
TEIXEIRA, Eduardo de Araújo. O Quixote de Mia Couto. Conhecimento Prático – Literatura. Ed. 77, s/d. São Paulo: Editora Escala. p. 40.
(Fragmento).
Com base no trecho acima, é correto afirmar que o texto se configura como
A) uma resenha, na medida em que sintetiza a trama central do romance Dom Quixote de la Mancha e tece
comentários avaliativos sobre a trama e a obra.
B) um resumo, na medida em que sintetiza a trama central do romance Dom Quixote de la Mancha,
descrevendo com detalhes trechos da narrativa.
C) um artigo de opinião, uma vez que, a partir da abordagem do romance Dom Quixote de la Mancha, o autor
expõe sua opinião sobre as relações de poder.
D) uma nota, uma vez que noticia ao leitor, que não conhece o romance Dom Quixote de la Mancha,
informações a respeito de sua publicação.
QUESTÃO 04
Falar em gregos antigos é uma meia-verdade. Cronologicamente, é correto; culturalmente é irrelevante.
O que interessa é a outra metade da verdade: os gregos antigos são modernos. O mundo ocidental não deixa
de beber diretamente naquela fonte milenar de cultura. Inventores do teatro e da filosofia, os gregos antigos
revivem, reinventados, a cada geração, seja em novas montagens de Sófocles, seja na continuidade de valores
aristotélicos abraçados pelo cristianismo. Numa história marcada pela diversidade étnica e por guerras que
esticaram seu horizonte para muito além do que constitui a pequena Grécia atual, os gregos fundaram não um
império, mas uma civilização.
A história não tem um fim, mas teve um começo: os poemas Ilíada e Odisseia, atribuídos a Homero. Os
versos inauguraram ao mesmo tempo a literatura e a história ocidentais. A história factual não demoraria a
surgir. Vem com Heródoto, que relata os conflitos entre gregos e persas, referindo-se a um tempo que o
antecede, e com Tucídides, que tem como matéria-prima a guerra entre Atenas e Esparta, que ele testemunha.
Em suas conquistas, Alexandre Magno levará consigo, além do exército, historiadores para registrar seus feitos.
Se Roma um dia venceu a Grécia, talvez tenha sido sobretudo para assimilar uma cultura que
reconhecia como superior. A helenização romana foi o primeiro e o maior capítulo da história do legado grego.
É através dos romanos que a Grécia Antiga sobrevive.
Essa longa trajetória de uma civilização seminal é o assunto de alguns dos principais especialistas em
Grécia Antiga no país nesta Biblioteca EntreLivros, publicação especial da revista EntreLivros. Aristóteles
ensinava passeando. Nossos colaboradores também. A história, as letras, o teatro, a filosofia, a mitologia – o
passeio se estende a todas as áreas que merecem ser visitadas. É uma caminhada e tanto, mas, para o leitor
que quiser ir mais longe, o mapa está nas últimas páginas, na forma de uma bibliografia comentada.
OS EDITORES. Gregos antigos, aqueles modernos. Biblioteca EntreLivros. Ed. Especial N.1, s/d. São Paulo: Editora Duetto. p. 3.
No último parágrafo do texto, os editores estabelecem uma relação entre Aristóteles e os colaboradores
da revista. Assinale a alternativa INCORRETA em relação ao tipo de relação estabelecida entre eles.
A) analogia.
B) contiguidade.
C) assimetria.
D) comparação.
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QUESTÃO 05
A turminha da geração Alpha nasceu depois de 2010. Já nasceram inseridos em uma tecnologia
touchscreen, passando as telas de celulares e tablets com a ponta dos dedos, mesmo antes de aprenderem a
escrita. Assim, são espontâneos e muito autônomos.
Interagem organicamente com a tecnologia e parecem ter um alto poder de adaptação. Por essas
características, preferem consumir informação de forma on demand, não ficando condicionados a uma
programação imposta por veículos de mídia, mas escolhendo quais conteúdos consumirão.
Também é possível observar que as crianças gostam de formas híbridas de aprendizagem, em que
aquilo que é digital interage com o que é real, já que, para elas, ambos são reais! As tecnologias que funcionam
através de dispositivos móveis são normais para esta geração, e não são mais consideradas como novidades.
VIEIRA, Marcio Scarpellini. Os modos de aprender das gerações X, Y e Z. Língua Portuguesa e Literatura. Ed. 80, s/d. São Paulo: Editora
Escala. p. 38. (Fragmento Adaptado).
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QUESTÃO 06
Assinale a alternativa que apresenta, na seguinte ordem, sequências textuais (1) descritiva; (2)
expositiva; (3) narrativa.
A) (1) “Eu me diverti observando a reação das pessoas”; (2) “Ela sorriu para ele, ele sorriu de volta.”; (3)
“Quando a diminuta cantora chegou ao refrão ‘Near, far, wherever you are...’, o canto era um berreiro.”
B) (1) “Fora o leve balançar rítmico do tronco com a música-tema de Titanic, ela estava imóvel, com os braços
elegantemente cruzados no peito”; (2) “Eu me preocupei com a reação de meu pai à possível invasão de
seu espaço.”; (3) “Eu estava no laboratório com meu pai para fazer um exame de sangue de rotina quando
a mulher chegou. Ela se instalou na cadeira bem em frente à de meu pai.”
C) (1) “em certas experiências com meu pai, aconteceram coisas que me permitiram ver um lado dele que eu
nem sabia que existia.”; (2) Vou me agarrar a esses momentos tranquilos em que ele prendeu meu olhar e
me contou histórias ternas”; (3) “‘Isso foi lindo’, disse ele.”
D) (1) “Ela sorriu e agradeceu: ‘Obrigada’.”; (2) “Quando a música terminou e a sala de espera ficou em silêncio,
a mulher abriu os olhos. Meu pai ainda a olhava diretamente”; (3) “Às vezes, a doença de Alzheimer parecia
descascar a cebola do verdadeiro eu de meu pai.”
QUESTÃO 07
No enunciado: “Dizem que o Alzheimer é um ladrão que furta nossos entes queridos devagar, dia a dia.”,
a autora se vale do recurso retórico-estilístico da
BIOLOGIA
QUESTÃO 08
As proteínas apresentam uma grande variedade de estruturas e de funções. Considerando as proteínas
listadas abaixo na coluna da esquerda, assinale a alternativa que apresenta associação correta entre cada uma
delas e as funções listadas na coluna da direita.
I. Insulina A. Armazenamento de aminoácidos
II. Miosina B. Transporte de substâncias
III. Queratina C. Coordenação de atividades do corpo
IV. Caseína D. Movimento
V. Hemoglobina E. Sustentação
A) I-C; II-D; III-E; IV-A; V-B.
B) I-B; II-E; III-D; IV-C; V-A.
C) I-E; II-C; III-A; IV-B; V-D.
D) I-D; II-A; III-E; IV-C; V-B.
QUESTÃO 09
Um grupo de estudantes da Educação Básica realizava uma visita ao laboratório de Ciências da escola.
Em uma das prateleiras em que ficavam expostos uma diversidade de animais, eles encontraram uma ficha
sem identificação dos animais exibidos, mas com dados de sua anatomia, fisiologia e reprodução. As seguintes
características estavam listadas: sistema digestivo completo; digestão extracelular e intracelular; sistema
circulatório ausente; alimento distribuído pelo fluido da cavidade pseudocelômica; sistema respiratório ausente;
trocas gasosas diretamente entre as células e o ambiente (respiração cutânea); sistema neural presente; anel
neural em torno da faringe com dois cordões neurais longitudinais; reprodução sexuada; monoicos ou dioicos;
ciclos dos parasitas com quatro estágios larvais, entre os quais ocorrem mudas de cutícula que permitem o
crescimento.
O grupo de animais descritos na ficha refere-se ao filo
A) Mollusca.
B) Nematoda.
C) Platelmintes.
D) Cnidaria.
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QUESTÃO 10
Leia a tirinha a seguir, cuja temática é o processo de divisão celular.
A) Trata-se da meiose, pois são formadas duas células filhas com metade do número cromossômico da célula-
mãe. Essa divisão ocorre nos testículos.
B) Trata-se da meiose, pois são formadas duas células filhas com o mesmo número cromossômico da célula-
mãe. Essa divisão ocorre na medula óssea.
C) Trata-se da mitose, pois as células filhas apresentam o mesmo número cromossômico da célula-mãe. Essa
divisão ocorre nas células da pele.
D) Trata-se da mitose, pois são formadas duas células filhas com metade do número cromossômico da célula-
mãe. Essa divisão ocorre nos ovários.
QUESTÃO 11
No cladograma a seguir, estão representadas as relações filogenéticas entre os táxons hipotéticos 1, 2,
3, 4 e 5.
A) 5 e 4.
B) 2 e 2.
C) 2 e 4.
D) 1 e 3.
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QUESTÃO 12
Observe as figuras a seguir.
gaviões
cobras
sapos
insetos
gramíneas
I. Na figura 1, o fluxo de energia que chega aos gaviões será maior que o fluxo de energia disponível para
os insetos.
II. Na figura 2, a água apresenta-se em diferentes estados físicos, mas de forma cíclica.
III. Na figura 1, as gramíneas são o nível trófico que apresenta o maior nível de energia disponível naquela
cadeia alimentar.
IV. Na figura 2, é retratada a perda da quantidade de água disponível no ciclo no momento em que ocorre
a infiltração nos lençóis de água.
A) I e II.
B) I e IV.
C) III e IV.
D) II e III.
QUESTÃO 13
A mudança do clima, além de causar o aumento da temperatura e do nível dos mares, causa modificação
em ambientes marinhos. Estudos recentes sobre efeitos do aquecimento dos oceanos mostraram os impactos
que atingem desde corais de águas profundas a peixes de regiões superficiais, afetados, respectivamente, pela
falta de nutrientes e pelo aumento de predação.
RODRIGUES, Meghie. Oceanografia. Temperatura mais alta muda o ambiente marinho. Pesquisa Fapesp. 25 jul. 2022. São Paulo: Fapesp.
(Fragmento adaptado).
Em relação aos efeitos da variação térmica dos oceanos nos seres vivos mencionados acima, assinale
a alternativa INCORRETA.
A) Correntes marinhas sofrem alterações com a mudança climática, transportando menos microrganismos ao
fundo dos oceanos, que servem de alimento para os corais de águas frias ou profundas.
B) O aquecimento dos oceanos pode modificar a densidade da água e fazer com que menos alimento chegue
ao fundo, o que coloca corais em risco.
C) Os peixes de regiões superficiais têm seu metabolismo alterado, porque quanto mais quente o meio, menos
energia consomem para se manterem vivos, diminuindo, assim, seu consumo de alimento.
D) A elevação da temperatura média dos oceanos provoca nos peixes de regiões superficiais o aumento de
predação em áreas mais distantes dos trópicos e das regiões temperadas.
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QUESTÃO 14
Assinale a alternativa cuja imagem representa a relação ecológica chamada de protocooperação.
A)
B)
C)
D)
QUESTÃO 15
Em galináceos, o sistema de determinação do sexo é ZW. O alelo dominante B, localizado no
cromossomo sexual (ZB), produz penas com padrão barrado. O alelo recessivo b (Zb) produz penas de cor
uniforme, quando em condição homozigótica. O alelo dominante R, que condiciona crista rosa, quando presente
juntamente com o alelo dominante E, que condiciona crista ervilha, leva à formação de um terceiro tipo de crista:
crista noz. O homozigótico recessivo para ambos os pares de alelos (rree) apresenta crista simples.
Com base nesses dados, assinale a alternativa que apresenta o genótipo de uma fêmea de penas
barradas e com crista noz.
A) ZBZb RREe.
B) ZBZb RrEE.
C) ZBW RrEe.
D) ZbW Rree.
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REDAÇÃO
ORIENTAÇÃO GERAL
A) Você encontrará duas situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a
proposta com a qual você tenha maior afinidade.
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto,
obedeça às normas do gênero.
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida
que você pretende abordar.
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou
JOSEFA. Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
E) NÃO copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
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SITUAÇÃO A
Texto 1
A maioria esmagadora dos brasileiros não faz a menor ideia da realidade árida em torno da falta de
moradia digna no país. Levantamento de 2018 da ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que 33
milhões de pessoas não têm onde morar no Brasil e 8 milhões residem em locais inapropriados ou com riscos
de desastres naturais, como morros. Trata-se de uma realidade histórica, com raízes profundas e imbricadas,
e que contribui para travar o desenvolvimento de uma nação calcada na desigualdade.
Com as sucessivas crises econômicas atravessadas nos últimos anos, sobretudo com a pandemia do
novo coronavírus, tivemos um agravamento significativo desse cenário: houve queda na renda, desemprego
em massa, inflação de produtos e serviços básicos e o recrudescimento do fantasma da fome e da miséria.
Com isso, reforça-se o dever e a importância do Estado, tanto para agir de forma emergencial, quanto para
reelaborar políticas públicas a longo prazo, possibilitando o acesso dos menos favorecidos a condições mínimas
de vida.
Ao pensarmos a desigualdade brutal de moradia entre os brasileiros mais pobres e os mais ricos,
devemos fazer uma revisão histórica com foco nos séculos de escravidão e também no período pós-abolição.
Após a assinatura da Lei Áurea, em 1888, milhões de ex-escravizados foram literalmente abandonados à
própria sorte, invisibilizados por um Estado construído por seus suor e sangue. A carência de moradia digna no
Brasil está calcada no racismo. É um efeito colateral de mais de 300 anos em que milhões de pessoas foram
escravizadas e despersonalizadas, e às quais foi negado qualquer direito fundamental, incluindo o direito de
terem um teto. Essa prática, de certa maneira, perpetua-se até hoje. [...]
Em 2018, o então Ministério das Cidades informou que, nos últimos nove anos, foram investidos R$ 4
bilhões na construção de moradias. Esperamos que esses investimentos sejam priorizados e progressivamente
ampliados, principalmente diante da conjuntura atual, na qual os menos favorecidos são os primeiros e maiores
prejudicados.
A luta por moradia digna deve ser abraçada por todo mundo que entra na vida pública, pois não deixa
de ser uma política de reparação. E é tão essencial para a vida humana quanto alimentação, saúde e educação.
A casa é o espaço de convivência da família, de descanso, estudo, trabalho, lazer... É o lugar onde exercemos
plenamente nossas liberdade e individualidade e onde planejamos nossa vida.
SILVA, Ireuda. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/colunistas/tribuna/2021/>. Acesso em: 06 fev. 2023. (Fragmento).
Texto 2
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Texto 3
Assegurado pela Constituição Federal de 1988, o direito à moradia é uma competência comum da
União, dos estados e dos municípios. A eles, conforme aponta o texto constitucional, cabe “promover programas
de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico”.
Determinação amplificada após a Emenda Constitucional n° 26/2000, a inclusão da moradia no rol dos
direitos sociais dos cidadãos representa um grande marco para melhoria do atendimento por parte dos
governos, disse a professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Brasília (UnB) Cristiane
Guinâncio. Com a alteração, ficou para trás o sistema antigo, instituído em 1964, do Banco Nacional de
Habitação (BNH).
De acordo com a arquiteta, o sistema visava à quantidade, mas deixava de lado serviços essenciais.
"Muitos empreendimentos foram construídos nas periferias das cidades com deficiências, sem acesso a
deslocamento, a serviços de escola e de saúde. O Banco Nacional de Habitação fez uma ação muito importante,
mas deixou a desejar nos serviços essenciais à realização da vida", afirmou.
[...] Cristiane ressalta que a Constituição possibilitou ainda outras conquistas que aprimoraram esse
direito, como o Estatuto da Cidade, criado em julho de 2001.
"O Estatuto permitiu o acesso dos cidadãos a todos os direitos que envolvem a vida urbana, com
moradia digna, acesso à condição de trabalho, de saúde, de educação e de todos os serviços essenciais. O
Estatuto complementa a Constituição nesse aspecto", afirmou.
Portal Gov.br. Disponível em: <https://www.gov.br/pt-br/constituicao-30-anos/textos/>. Acesso em 10 fev. 2023. (Fragmento)
Com base nos textos apresentados e supondo que você seja um(a) morador(a) de uma área de risco
no Brasil, redija uma carta de reclamação a lideranças políticas, cobrando a criação e a execução de uma
proposta governamental que assegure a você moradia digna em local que não seja área de risco.
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SITUAÇÃO B
Texto 1
Antony Aumann, professor de filosofia na Universidade Northern Michigan, estava corrigindo redações
de alunos de seu curso de religiões mundiais, no mês passado, quando se deparou com "de longe o melhor
texto da classe". O trabalho analisava a moralidade da proibição da burca, com parágrafos enxutos, exemplos
corretos e argumentos rigorosos. Imediatamente Aumann farejou alguma coisa suspeita.
Ele chamou o estudante para perguntar se ele próprio havia escrito a redação. O estudante admitiu que
usara o ChatGPT, um chatbot que fornece informação, explica conceitos e gera ideias em frases simples – e
que, nesse caso, havia escrito o trabalho do aluno.
Alarmado com a descoberta, Aumann decidiu mudar o modo como as redações serão escritas em seus
cursos deste semestre. Ele pretende exigir que os alunos redijam os primeiros rascunhos dos textos em sala
de aula, usando browsers que monitoram e restringem a atividade do computador.
Eles terão que explicar cada modificação feita em versões posteriores dos textos. Aumann, que pensa
em talvez abrir mão de redações em semestres subsequentes, também pretende incluir o ChatGPT em suas
aulas, pedindo aos estudantes que avaliem as respostas dadas pelo chatbot. "O que vai acontecer em sala de
aula não será mais ‘aqui estão algumas perguntas – vamos discutir isso entre nós, seres humanos’", disse ele,
mas "alguma coisa como ‘e o que esse robô alienígena pensa sobre a questão?'".
Em todo o país, professores como Aumann, diretores de departamentos e administradores universitários
estão começando a reavaliar os procedimentos em sala de aula em resposta ao ChatGPT, levando a uma
transformação potencialmente enorme no ensino e na aprendizagem. Alguns professores estão redesenhando
seus cursos completamente, adotando mudanças que incluem mais exames orais, trabalhos de grupo e
atividades que precisam ser escritas à mão, não digitadas.
HUANG, Kalley. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/> . Acesso em: 22 fev. 2023. (Fragmento).
Texto 2
Programas de computador vêm sendo usados para a geração de textos jornalísticos, publicados
diariamente na imprensa de língua inglesa. Existem milhares de livros vendidos na livraria da Amazon que
não foram escritos por pessoas, mas por algoritmos sofisticados que compilam textos sobre temas
específicos a partir de dados disponíveis online. Recentemente, pelo menos dois grupos de pesquisadores,
trabalhando de modo independente um do outro, publicaram suas pesquisas sobre o uso de algoritmos
capazes de gerar hipóteses científicas para serem testadas empiricamente. Em 2014, a editora Springer
constatou que mais de 120 textos, gerados por algoritmos, haviam sido publicados em algumas de suas
revistas. Não deve transcorrer muito tempo, portanto, até que o uso de algoritmos para a geração de
textos acadêmicos comece a se difundir nas universidades. O objetivo deste artigo é discutir algumas das
implicações do uso de inteligência artificial para a produção de textos acadêmicos, especialmente textos de
filosofia. Noções como “autoria” e “originalidade” terão de ser redefinidas no futuro.
ARAUJO, Marcelo. O uso de inteligência artificial para a geração automatizada de textos acadêmicos: plágio ou meta-autoria? In: LOGEION - Filosofia
da informação, Rio de Janeiro, v. 3 n. 1, p. 89-107, set.2016 / fev. 2017. Disponível em: <https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/3012/2761>. Acesso em:
08 fev. 2023.
Suponha que você faça parte da equipe de uma revista que trate especificamente sobre educação. Feita
essa consideração, redija um editorial evidenciando o posicionamento da empresa sobre o uso da Inteligência
Artificial na e para a produção de textos acadêmicos.
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DIRPS – Diretoria de Processos Seletivos
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