Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Artigo em Edicao 2

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 10

Associação entre o score do functional movement screen e a prática de atividade física

Thaise de Araujo Oliveira*


Jéssica Karen Alves Nogueira.**

RESUMO

Palavras-chaves:

ABSTRACT

Keywords:

____________________________________________________________________________
*Discente em Fisioterapia, Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas/MG
thaisearaujo@unipam.edu.br
**Professora Orientadora, Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas/MG
jessicakn@unipam.edu.br

1
1. INTRODUÇÃO

O baixo nível de atividade física diária, está entre os variados comportamentos


adquiridos na adolescência, que são levados também para a vida adulta, e isso tem relação
direta com a desenvolvimento precoce de doenças crônicas, como obesidade, hipertensão
arterial sistêmica, diabetes tipo 2 entre outras, a promoção de saúde e de um estilo de vida
ativo deve ser prioridade nas políticas de saúde, em países desenvolvidos ou emergentes
(MAZO; BENEDETTI, 2010).

A pratica regular de exercícios é indispensável em todas as idades, pois beneficia


não só a parte física, mas também o bem estar mental, proporcionando grandemente melhor
qualidade de vida e longevidade para os indivíduos. Dessa forma a população em geral deve
praticar atividades físicas regularmente, para benefício físico e intelectual, atuando na busca de
uma sociedade mais vigorosa, trazendo benefícios como disciplina, saúde e conhecimento
(SILVA et al., 2019).

A prática de atividades físicas atua como uma importante intervenção para a


manutenção da saúde e função fisiológica. Percebe-se que indivíduos que possuem elevado
nível de aptidão física e possuem um estilo de vida ativo, tem o risco de perda da função
diminuído e com isso o retardamento da dependência física (UENO, 2012).

Nesse contexto, a avaliação da capacidade funcional é um grande aliado na


identificação de possíveis déficits nos parâmetros físicos, que podem levar à perda da
funcionalidade (UENO, 2012). Um teste voltado para avaliação funcional, que abrange análise
do comportamento dos movimentos, como é o Functional Movement Screen (FMS) permite
analisar questões relacionadas à capacidade do movimento e serve de base para prescrever
recomendações de exercícios ou como forma de avaliar o treinamento (KRAUS et al.,2014).

O Functional Movement Screen (FMS) é um instrumento rápido, não invasivo, de


baixo custo benefício, utilizado para quantificar uma série de movimentos físicos básicos,
além de ser realizado individualmente e supervisionado por um avaliador que deve instruir o
indivíduo avaliado de forma educacional e motivacional. Ao contrário de outras formas de
avaliações, o FMS verifica a qualidade dos padrões de movimentos, ao invés do quanto de
peso foi levantado ou quantas vezes algum exercício foi realizado (PERRY; KOEHLE, 2013).

O FMS pode ser usado tanto num exame físico, quanto num sistema de triagem
para identificar déficits que podem ser imperceptíveis durante o processo tradicional de

2
reabilitação ou avaliações de desempenho. Na maioria das vezes, desequilíbrios, estabilidade,
controle muscular e força, podem não ser identificados durante uma avaliação simples, todavia
esses problemas podem ser reconhecidos utilizando o FMS (COOK et al., 2014).
O FMS, possui sete padrões de movimentos/testes, fundamentais e projetados para
que haja um desempenho perceptível de movimentos locomotores, estabilizadores e
manipulativos. Nos testes os indivíduos ficam em posições extremas, para que desequilíbrios e
fraquezas possam se tornar nítidas se a mobilidade e a estabilidade não forem utilizadas
adequadamente (COOK et al., 2014).

Examinar os movimentos fundamentais de um paciente antes de se iniciar um


programa de reabilitação ou condicionamento é de extrema importância, pois essa observação
dos padrões de movimento em geral irá identificar um elo que está fraco. Quando este elo
fraco não é identificado, o corpo vai consequentemente buscar compensações e causar
movimentos ineficazes, podendo levar a uma diminuição do desempenho e aumentar o risco
de lesões (COOK et al., 2014).

É comum entre profissionais da área, a realização de avaliações voltadas para o


desempenho e habilidades especificas, enquanto a avaliação do movimento funcional não é
realizada. Compreender e inspecionar os aspectos comuns e fundamentais do movimento
humano é de suma importância. O profissional que visa a reabilitação de seu paciente, deve
prepara-lo para uma série de atividades, e a avaliação de seus movimentos auxiliará neste
processo (COOK et al., 2006).

Tem sido observado que indivíduos que chegam a níveis muito elevados durante as
atividades, podem não ser capazes de realizar testes simples e que possivelmente esses
indivíduos possam estar utilizando padrões compensatórios de movimentos durante suas
atividades. Ao reforçar padrões de movimentos pobres e ineficientes, pode levar a
biomecânica pobre e com isso aumentar o risco de micro e macro lesões traumáticas (COOK
et al., 2014).

Diante disso, os objetivos do presente estudo foram quantificar o quanto de


atividade física semanal foi realizado por cada participante, através do International Physical
Activity Questionnaire (IPAQ), avaliar os padrões de movimentos dinâmicos e funcionais,
utilizando a ferramenta Functional Movement Screen (FMS), obter uma pontuação para cada
participante através dos resultados do FMS e verificar possível associação entre o nível de
atividade física de cada participante, com a pontuação obtida através do FMS.

3
2. MATERIAL E MÉTODOS

Tratou-se de um estudo transversal realizado na Clínica de Fisioterapia UNIPAM,


na cidade de Patos de Minas/ MG, no período de agosto a setembro de 2021.

A amostra foi recrutada por conveniência e formada por 30 indivíduos de ambos os


sexos. Os critérios de inclusão foram: possuir idade de 18 a 30 anos, estarem aptos a realizar
os testes e responderem os questionários proposto, poder comparecer no local especificado
para a realização do estudo, aceitar assinar o TCLE. Os critérios de exclusão foram:
participantes que apresentasse dor prévia ou algum sintoma que poderia interferir no resultado
da pesquisa; apresentasse lesões musculoesqueléticas agudas, que tiverem realizado
procedimentos cirúrgicos recentes; ou que possuía doença cardiovascular diagnosticada.

Para avaliar o nível de atividade física, foi aplicado o Questionário Internacional


de
Atividade Física (IPAQ), na versão curta. Esse questionário possui sete questões abertas, que
permitem quantificar o quanto de atividade física foi praticada na semana que se passou,
podendo ser: de intensidade vigorosa, intensidade moderada, caminhadas e repouso e ao final
permite classificar os indivíduos em quatro níveis de atividade física: sedentário,
irregularmente ativo, ativo e muito ativo (SILVA, et al., 2007). DEVO DESCREVER OS
CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE CADA NIVEL?
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa (CEP) do Centro
Universitário de Patos de Minas, sob o parecer 2.718.224.

A pesquisa foi explicada aos indivíduos e eles foram solicitados a assinar o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) de acordo com a Resolução Ética
do CNS 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

Inicialmente, os indivíduos responderam a um questionário sócio demográfico e


de saúde, dividido em três partes, sendo a primeira contendo: dados pessoais gerais, nome,
idade, sexo, data de nascimento, telefone/celular, endereço, gênero e profissão. A segunda
parte contendo características sócio demográficas, sendo: estado civil, ocupação e
escolaridade. A terceira parte, dados gerais de saúde, com informações sobre tabagismo,
alcoolismo, dor, procedimento cirúrgico, presença de doença cardiovascular, dieta alimentar,
peso, altura e membro dominante. Em seguida responderam ao questionário IPAQ.

4
Logo após foram submetidos aos testes do FMS. Cada participante teve três
tentativas em cada um dos sete testes (Figura 1), (agachamento profundo, estocada em linha
reta, passo em cima da barreira, elevação da perna estendida, mobilidade do ombro, flexão de
braços com tronco estável e estabilidade de rotação), no qual foi considerado a melhor
pontuação das três repetições. Cada um dos testes foram avaliados em uma escala de 0 a 3, a
pontuação 3 significou que houve execução adequada do movimento, sem nenhuma
compensação; a nota 2 indicou que o participante conseguiu executar o movimento, porém
com alguma compensação; a nota 1 foi dada, quando o indivíduo apresentou incapacidade em
completar o movimento ou teve perda de equilíbrio durante a execução; a nota 0 indicando dor
durante a realização dos movimentos. Nos testes bilaterais (passo por cima da barreira,
elevação da perna estendida, mobilidade de ombro, estocada em linha reta e estabilidade de
rotação) foram atribuídas duas notas, uma para o lado direito e outra para o lado esquerdo, ao
final, apenas a menor nota foi considerada (COOK et al., 2014).

Figura 1: Ilustração das sete posturas do FMS.


Fonte: Butler et al., 2013.

Após a finalização dos testes, foi realizado um somatório das notas obtidas pelo
participante em cada um dos sete testes, o score máximo que poderia ser alcançado seria 21
pontos, e baseando-se em estudos prévios (KIESEL et al., 2007; GARRISON et al., 2015;
BONAZZA et al., 2016). É sugerido que Scores iguais ou inferiores a 14, indica maiores
possibilidades de lesões, indicando que o ponto de corte 14 é considerado como determinante
quanto a qualidade do movimento e preditor de futuras lesões.
5
Foi realizada a análise descritiva dos dados, incluindo índices de medida de
tendência central (média) e de dispersão (desvio padrão) para as variáveis quantitativas e ....??

3. RESULTADOS

A amostra foi composta por 30 indivíduos, com média de idade de 22,8 ±2,5 anos,
sendo 40% do sexo masculino e 60% sexo feminino...

Tabela 1: Variáveis sociodemográficas, antropométricas, ocupacionais, hábitos de vida e


dores

6
4. DISCUSSÃ
Idade, Média (DP) 22,8 ± 2,5
IMC (kg/m2), Média (DP) 23,7 ± 3,2 O
Peso, Média (DP 67,1 ± 10,8
Altura, Média (DP 1,70 ± 0,1

Estado Civil, n (%)


Solteiro 28 (93)
Casado 1 (3)
Divorciado 1 (3)

Sexo, n (%)
Feminino 18 (60)
Masculino 12 (40)

Escolaridade, n (%)
Ensino fundamental incompleto 2 (7)
Ensino fundamental completo 1 (3)
Ensino médio incompleto 1 (3)
Ensino médio completo 6 (20)
Ensino superior incompleto 17 (57)
Ensino superior completo 3 (10)

Profissão, n (%)
Estudante 11 (37)
Atendente 4 (13,3)
Repositor 3 (10)
Auxiliar Geral 2 (6,6)
Vendedor 2 (6,6)
Assistente Administrativo 1 (3,3)
Auxiliar Escritório 1 (3,3)
Balconista 1 (3,3)
Embalador 1 (3,3)
Entregador 1 (3,3)
Operador de caixa 1 (3,3)
Pintor 1 (3,3)
Secretrária 1 (3,3)

Hábitos de vida, n (%)


Tabagista 2 (7)
Etilista 17 (57)

Dor, n (%)
Sim 6 (20)
Não 24 (80)

AS TABELAS É PRA SEGUIR ESSE MODELO? A FORMATAÇÃO AINDA


NÃO TÁ LEGAL, TENHO UM POUCO DE DIFICULDADE COM ISSO...

7
5. CONCLUSÃO

8
REFERÊNCIAS

COOK, Gray et al. Functional movement screening: the use of fundamental movements as an
assessment of function ‐ part 1: International Journal Of Sports Physical Therapy, [S.L.],
v. 9, n. 3, p. 396-409, maio 2014. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4060319/. Acesso em: 15 fev. 2021.

COOK, Gray et al. Functional movement screening: the use of fundamental movements as an
assessment of function ‐ part 2: International Journal Of Sports Physical Therapy, [S.L.],
v. 9, n. 4, p. 549-563, agosto 2014. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4060319/ . Acesso em: 15 fev. 2021.

KRAUS, Kornelius et al. Efficacy of the Functional Movement Screen. Journal Of Strength
And Conditioning Research, [S.L.], v. 28, n. 12, p. 3571-3584, dez. 2014. Disponível em:
https://journals.lww.com/nsca-jscr/fulltext/2014/12000/Efficacy_of_the_Functional_Movemen
t_Screen___A.34.aspx. Acesso em: 21 mar. 2021

MAZO, Giovana Zarpellon; BENEDETTI, Tânia R. Bertoldo. Adaptação do questionário


internacional de atividade física para idosos. Revista Brasileira de Cineantropometria &
Desempenho Humano, Florianópolis, v. 12, n. 6, p. 480-484, nov. 2010. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-
00372010000600013&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 16 abr. 2021.

PERRY, Fraser T.; KOEHLE, Michael S.. Normative Data for the Functional Movement
Screen in Middle-Aged Adults. Journal Of Strength And Conditioning Research, [S.L.], v.
27, n. 2, p. 458-462, fev. 2013. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22561971/.
Acesso em: 16 mar. 2021

SILVA, Andréa Lisboa da et al. EDUCAÇÃO FÍSICA, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA:


reflexões e perspectivas. Revista Maiêutica Atividades Físicas, Saúde e Bem-Estar, Indaial,
v. 3, n. 1, p. 57-64, ago. 2019

UENO, Linda Massako. A influência da atividade física na capacidade funcional:


Envelhecimento. Revista Brasileira Atividade Física e Saúde, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 57-68,
out. 2012. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/1025. Acesso em: 27 abr.
2021
GARRISON, Michael et al. Association between the functional movement screen and injury
development in college athletes. International Journal Of Sports Physical Therapy, [S. L.],
v. 10, n. 1, p. 21-28, fev. 2015. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4325284/. Acesso em: 22 set. 2021.
BONAZZA, Nicholas A. et al. Reliability, Validity, and Injury Predictive Value of the
Functional Movement Screen: a systematic review and meta-analysis. The American Journal
Of Sports Medicine, [S.L.], v. 45, n. 3, p. 725-732, 21 jul. 2016. Disponível em:
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0363546516641937. Acesso em: 13 ago. 2021.
BUTLER, Robert J. et al. Modifiable risk factors predict injuries in firefighters during training
academies. Ios Press Content Library. [S. L.], p. 11-17. jan. 2013. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23324700/. Acesso em: 15 out. 2021.

9
10

Você também pode gostar