Sistemas de Informação Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação, Sistemas de Informação, ERP, CRM e Estudo de Caso
Sistemas de Informação Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação, Sistemas de Informação, ERP, CRM e Estudo de Caso
Sistemas de Informação Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação, Sistemas de Informação, ERP, CRM e Estudo de Caso
RESUMO
O principal foco dessa pesquisa é apresentar diversos assuntos que estão dentro da área de
Sistemas de informação, como por exemplo: Planejamento Estratégico de Sistemas de
Informação, CRM, ERP etc. Eles serão apresentados justamente para entendermos o que são
cada um deles, seus impactos, vantagens, dificuldades e muito mais.
ABSTRACT
The main focus of this research is to present several subjects that are within the area of
information systems, such as: Strategic Planning of Information Systems, CRM, ERP etc.
They will be presented precisely to understand what each of them are, their impacts,
advantages, difficulties and much more.
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa foi desenvolvida para servir como uma das formas de avaliação da
matéria de Sistemas de Informação (1º Semestre - Análise e Desenvolvimento de Sistemas) da
Faculdade de Tecnologia de Taquaritinga, matéria que no caso é ministrada pelo Professor
José Eduardo Freire.
2
A pesquisa foi feita utilizando as mais variadas fontes, desde sites para uma busca
mais superficial de algum assunto até artigos, teses de doutorado, mestrado e muito mais, tudo
isso para o aprofundamento dos assuntos que serão comentados.
O objetivo desta pesquisa é apresentar a todos diversos assuntos relacionados à área de
Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação, alguns assuntos que serão abordados
são, por exemplo, Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação, ERP, CRM etc.
A ideia é que no final todos entendam o que é cada um desses assuntos, por meio das
explicações teóricas do que são cada um deles, detalhes, funções e muito mais.
No final, temos um estudo / análise de caso onde buscamos analisar um caso de uma
empresa, as decisões tomadas para resolver seus problemas e/ou suprir suas necessidades, as
etapas de todo esse processo e por fim quais as vantagens no final disso tudo.
2.2 Metodologia
1º - Identificação da visão
4
Esse tópico é feito uma análise das necessidades e expectativas dos acionistas,
executivos, conselheiros da empresa, assim possibilitando o que é esperado por eles no futuro
a ser desenvolvido por meio de uma visão. A visão é o que a empresa pode enxergar dentro de
um período longo, representa também o que a empresa espera no futuro. A visão envolve todo
o planejamento, sendo até mesmo necessário o uso de diferentes ocasiões, em certos casos
usando até algo improvável de acontecer para representar possíveis “desafios” que a empresa
possa enfrentar.
2º - Identificação de valores
3º - Análise externa
● Mercado de obra;
● Concorrentes de mercado;
O que pode ser considerado como oportunidade empresarial é quando a empresa tem
condição ou interesse de utilizá-la, caso contrário isso se torna uma ameaça.
Entretanto é necessário fazer uma conexão entre fatores internos e externos, devido a
essa conexão caracterizar como que é uma abordagem estratégica.
Empresas de mesmo porte, mesmo ramo econômico e mesma área de atuação, terão
reações diferentes aos fatores externos, de acordo com sua amplitude relativa de insumos e
resultados.
A análise externa tem como a divisão do trabalho dividido por duas partes:
Essa divisão existe para facilitar o controle das variáveis externas, que no momento
são mais fáceis de medir as interações entre meio e empresa.
4º - Análise Interna
Ponto neutro é uma variável identificável pela empresa porém não há uma forma de
ser classificado.
Para analisar esses pontos, deve-se estabelecer um estudo dos concorrentes principais
na relação produto x mercado, para facilitar o estabelecimento de estratégias da empresa.
É fundamental para uma empresa analisar seu meio interno e externo, com a finalidade
de inovação de seus produtos ou serviços, para que ela esteja sempre à frente de seus
concorrentes.
Este tópico está interligado com o terceiro tópico (Análise externa), porém isso não
tira sua atenção pois sua conclusão irá gerar vantagens competitivas sobre as outras empresas.
Nesse tópico é necessário uma avaliação da qualidade das informações para uma avaliação
preliminar do nível de risco que a empresa está tomando. Para uma boa análise ser feita o
executivo deve-se colocar no lugar do concorrente, efetuando uma análise externa e interna
para ter um melhor posicionamento de seus concorrentes.
Estes cenários devem ser montados com base nas informações que são fornecidas pelo
sistemas de informações estratégicas. O executivo pode desenvolver um cenário que
demonstre o futuro da empresa ou um caminho para a evolução ao fim de que se chegue a ele.
Entretanto existem cenários alternativos, em que estes não são previsões do que deve ocorrer.
Esses cenários têm o dever de procurar por possibilidades alternativas para o futuro.
Esse tópico demonstra como uma empresa se posiciona diante de seu ambiente.
Nesta fase, as questões básicas são o estabelecimento “de onde se quer chegar” e de
“como chegar na situação que se deseja”. Para tanto, pode-se dividir esta fase em dois tópicos
interligados.
1º - Instrumentos prescritivos
Esses instrumentos apresentam os detalhes do que a empresa deve fazer para que se
direcione ao propósitos estabelecidos dentro da missão, de acordo com sua postura
estratégica, respeitando as macropolíticas e assim também respeitando as ações estabelecidas
pelas macroestratégias, e se direcionando com a visão que a empresa deseja ser.
Nesta etapa, devem ser estabelecidos, a partir das estratégias e respeitando as políticas,
os seguintes aspectos:
2º - Instrumentos Quantitativos
13
Nesse tópico, deve-se analisar quais recursos são necessários e quais são as
expectativas de retorno para atingir objetivos, metas da empresa.
Outros planejamentos que podem e devem ser desenvolvidos neste momento são o
fluxo de caixa projetado e o balanço projetado, sendo que os seus períodos de tempo devem
ser idênticos ao do planejamento estratégico da empresa considerada.
Nesta fase se analisa como a empresa está indo para a situação desejada.
O controle pode ser definido em termos simples como a ação necessária para assegurar
a realização dos objetivos, desafios, metas, estratégias e projetos estabelecidos. Envolve
processos de:
● Valor de TI: Possui como objetivo fazer a otimização dos custos dos
investimentos de TI e o retorno dos mesmos.
● Gerenciamento de Risco: Visa assegurar a proteção dos ativos de TI,
recuperação caso haja algum caso de desastres e manter a continuidade da operação
dos serviços de TI.
15
estrutura organizacional, que, por sua vez, deve conter competências em pessoas e
ativos usados para operar os processos.
● Prover a TI da estrutura de processos que possibilite a gestão do seu risco e
compliance para a continuidade operacional da empresa: Os processos definidos, tanto
operacionais como gerenciais, devem considerar a mitigação de riscos para o negócio
(por exemplo: processos de segurança da informação, gestão de dados e aplicações
etc.).
● Promover o emprego de regras claras para as responsabilidades sobre decisões
e ações relativas à TI no âmbito da empresa: identificar as responsabilidades sobre
decisões acerca de princípios de TI, arquitetura de TI, infraestrutura de TI,
necessidades de aplicações, investimentos, segurança da informação, estratégia de
fornecedores e parcerias, além de colocar em funcionamento um modelo de tomada de
decisão correspondente.
2.3.2 COBIT
● Entregar e Suportar: Esse tópico tem como objetivo a entrega dos serviços
requisitados, incluindo gerenciamento de segurança e continuidade, reparo de
equipamentos e demais itens relacionados, suporte aos serviços para os usuários,
gestão dos dados e da infraestrutura operacional.
● Monitorar e Avaliar: Esse tópico tem como foco a qualidade dos processos de
TI, assim como a sua governança e conformidade com os objetivos de controle,
através de mecanismos regulares de acompanhamento, monitoração de controles
internos e de avaliações internas e externas.
2.3.3 ITIL
O ITIL trata-se de uma biblioteca de cinco livros principais que fazem parte do ciclo
de vida de um serviço: Estratégia de serviço, Projeto de serviço, Transição de serviço,
Operação do serviço e Melhoria de Serviço continuada.
melhorias necessárias para manter ou agregar valor aos clientes ao longo do ciclo de
vida de serviço.
● Transição de Serviço: auxilia em como efetivar a transição de serviços novos e
modificados para ambientes operacionais gerenciados, detalhando os processos de
planejamento e suporte à transição, gerenciamento de mudanças, gerenciamento da
configuração e dos ativos de serviço, gerenciamento da liberação e da distribuição,
teste e validação de serviço, avaliação e gerenciamento do conhecimento.
● Operação de Serviço: descreve a fase do ciclo de vida do gerenciamento de
serviços que é responsável pelas atividades do dia a dia, orientando sobre como
garantir a entrega e o suporte a serviços de forma eficiente e eficaz em ambientes
operacionais gerenciados, e detalhando os processos de gerenciamento de eventos,
incidentes, problemas, acesso e de cumprimento de requisições.
● Melhoria Contínua de Serviço: auxilia, através de métodos de gerenciamento
da qualidade, sobre como fazer melhorias incrementais e de larga escala na qualidade
do serviço, nas metas de eficiência operacional, na continuidade do serviço etc., com
base no modelo PDCA (Plan-Do-Check-Act).
De acordo com Rezende e Abreu (2001), a informação é todo o dado trabalhado, útil,
tratado e processado com valor significativo atribuído ou agregado a ele e com um sentido
racional e lógico para quem usa a informação. O dado é entendido como um elemento da
informação, um conjunto de letras, números ou dígitos, que, tomado isoladamente, não
transmite nenhum conhecimento, ou seja, não contém um significado claro. Quando a
19
3.1.1 Conceitos
● Sistema;
● Conjunto de partes que se comunicam entre si, integrando-se para atingir
objetivos ou resultados;
● Sistema de informação;
● Relatórios de determinados sistemas ou unidades departamentais, entregues e
circulados dentro de uma empresa, para uso dos componentes da organização;
● Relato de processos diversos para facilitar a gestão da empresa;
● Coleta de informações expressas em um meio de veiculação;
● Conjunto de procedimentos e normas da empresa, estabelecendo uma estrutura
formal;
● Conjunto de partes (quaisquer) que geram informações;
● Sistema da informação com tecnologia da informação;
20
Rezende e Abreu (2001), entre os benefícios que as empresas tentam alcançar por
meio dos Sistemas de Informação estão:
Conforme citado acima, fica evidente que os benefícios trazidos pelo Sistema de
Informação são muito eficientes tanto para a empresa como para os clientes, pessoas a ela
vinculada e para o próprio corpo interno.
Como dito acima, cada subsistema se divide em três etapas: a entrada de dados, o
processamento e a saída de informações.
Para o tratamento dos dados pode-se utilizar diversos meios, como, manuais,
mecânicos, elétricos, pneumáticos, eletrônicos, etc. consoante o produto e as informações
desejadas (REZENDE, 2001).
Segundo Rezende e Abreu (2001), todo e qualquer sistema de informação conta com
uma saída de informações, examinando os procedimentos e normas que as sucedem, visando
ao atendimento ao cliente ou usuário.
Segundo Rezende e Abreu (2001), a informação nos dias atuais tem um enorme valor
significativo e pode representar grande poder para quem possui, seja pessoa, seja instituição.
Ela possui seu valor, pois está presente em todas as atividades que envolvem pessoas,
processos, sistemas, recursos financeiros, tecnológicos, etc.
À medida que se solidifica uma informação, qualquer atividade pode ser elaborada
com um custo menor, com menos recursos, em reduzido tempo e com um resultado mais
gratificante (REZENDE e ABREU, 2001).
Segundo Rezende e Abreu (2001), são inúmeras razões que nos levam a estudar o
Sistema de Informação Gerencial (SIG), principalmente no que tange às mudanças quanto ao
papel do SIG nas empresas, a natureza da tecnologia da informação, o caráter das aplicações e
à necessidade de planejar a arquitetura de informação da empresa.
De acordo com Prahalad e Hamel (1990) apud Rezende e Abreu (2001), com relação à
mudança do papel dos SIG nas empresas, existe uma crescente mutualidade entre estratégia,
regras e procedimentos empresariais de um lado, SIG (software, hardware, dados) e
telecomunicações de outro, afetando produtos, mercados, fornecedores e clientes. O SIG nos
dias de hoje representa a competência nuclear (core competence), desempenhando um papel
estratégico para a mesma.
Segundo Rezende e Abreu (2001), as empresas esperam que gestores não somente
usem este sistema, mas também:
De acordo com Oliveira (1998) apud Rezende e Abreu (2001), o propósito básico da
informação é o de qualificar a empresa a alcançar seus objetivos pelo uso eficiente dos
27
A informação não se limita a dados coletados. Para que tais dados se transformem em
informações, é necessário que sejam planejados e ordenados de forma que se tornem úteis.
Segundo Rezende e Abreu (2001), a tecnologia ERP são pacotes (software) de gestão
empresarial ou de sistemas integrados, com recursos de automação e informatização, tendo
em vista contribuir com o gerenciamento dos negócios empresariais. A tecnologia ERP tem a
vantagem de utilizar o conceito de base de dados única, pois todos seus módulos ou
subsistemas estão em um único software.
De acordo com Rezende e Abreu (2001), nomeado também como Sistemas de Apoio à
Gestão Empresarial. Abrangem o processamento de grupo de dados das operações e
transações operacionais, tornando-os em informações agrupadas para gestão, ajudando a
tomada de decisão do corpo de gestor ou gerencial das unidades departamentais, com ligação
com as demais unidades, como exemplo, encaixam-se nessa classificação os grupos de
informação dos sistemas de:
De acordo com Laudon e Laudon (1999) apud Rezende e Abreu (2001), também
conhecidos como Decision Support Systems (DSS), os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD)
auxiliam o executivo em todas as fases de tomada de decisão, principalmente nas partes de
desenvolvimento, comparação e classificação dos riscos, além de auxílio para a escolha de
uma boa alternativa, com embasamento na geração de diversos cenários da informação.
29
perceber). Os computadores fazem parte da vida das pessoas de tal maneira que se tornam
“humanos”, com seus sistemas inteligentes, que os tornam onipresentes.
O termo ERP apareceu pela primeira vez no ano de 1975, quando a empresa alemã
chamada SAP (Systemanalyse and Programmentwicklung ou na sua tradução para o
português sendo Análise de Sistemas e Desenvolvimento de Programas) lançou um programa
chamado R/2, que mesmo atualmente é o principal produto da empresa.
- Os sistemas ERP são compostos por uma única base de dados e módulos que
suportam uma variedade de atividades de negócios.
Como uma empresa pública aberta desde março de 2006, seus executivos não podem
fornecer detalhes financeiros.
A Datasul, por outro lado, após avaliar seus resultados e a demanda do mercado por
aplicativos terceirizados de gestão empresarial, decidiu investir em serviços de terceirização
para essa categoria há cerca de um ano. Em fevereiro de 2005, um especialista brasileiro em
ERP ganhou independência para um tipo de negócio que havia crescido 66 % em relação ao
ano anterior. Como resultado, fundou a Datasul Outsourcing, empresa independente
especializada na oferta de soluções terceirizadas de gestão de negócios.
Os serviços serão entregues por meio de data center próprio da Datasul, além de
parcerias com a IBM.
Segundo Koch, Slater e Baatz (1999), existem três principais maneiras de implantar
um sistema ERP:
Módulos são grupos menores de funções cuja podem ser adquiridos e implementados
separadamente em um sistema ERP. Normalmente, esses grupos de funções se relacionam
com as divisões da empresa (compras, financeiro, estoque, faturamento etc).
Os módulos são muitas vezes aglomerações de funcionalidades que podem ser
classificadas como operacionais, táticas ou estratégicas, alguns dos módulos que temos são:
- Módulo financeiro: módulo cuja função é ser responsável pelo setor financeiro
da empresa, geralmente subdividido em grupos, entre eles: contas a receber e contas a
pagar.
- Módulo contábil: módulo responsável pela parte contábil da empresa, sendo o
controle de caixa da empresa, os controles bancários, e a emissão de livros contábeis,
entre outros.
- Módulo fiscal: módulo responsável pelas tarefas fiscais da empresa, este
módulo armazena dados sobre o cálculo de impostos, além de gerar relatórios sobre
impostos.
36
- Custos
- Projetos
37
- Estoque
- Departamento Financeiro
- Qualidade
- Recursos Humanos
- Planejamento
- Contabilidade
- Distribuição e Armazenagem
- Controle da produção e controle orçamentário.
Eles transpõem a organização usando as funções e dados do ERP, bem como dados de
outras fontes, como base para fornecer análise, planejamento, gerenciamento e tomada de
decisão para executivos de nível superior ou gerencial. As principais ferramentas utilizadas
são:
- Business Intelligence (BI);
- Balanced Scorecard (BSC);
- Supply Chain Management (SCM);
- Customer Relationship Management (CRM);
- Business Process Management (BPM).
4.7.1 Vantagens
4.7.2 Desvantagens
De acordo com MESQUITA (2000), por ser o sistema ERP uma solução de grande
porte e que se integra a toda a estrutura organizacional, apresenta diversas desvantagens, que
são as seguintes:
- Preços altos: os sistemas ERP são caros; sua implementação geralmente custa
milhões de dólares, além dos seguintes custos a serem observados: hardware,
infraestrutura de computação e a aquisição de licença.
- Dentre estes, destacam-se: treinamento e consultoria de funcionários, para cada
dólar gasto com licenciamento, de dois a três dólares são usados em treinamento ou
consultoria.
- Complexa Implementação: Para garantir o sucesso da implementação de um
sistema ERP, é necessária uma equipe sólida de profissionais, incluindo aqueles com
habilidades técnicas na área de informática e aqueles que entendem de administração
de empresas.
- Uma das dificuldades encontradas na implantação do sistema é obter as
especificações necessárias das diversas áreas administrativas da empresa. Para se ter
uma noção da dificuldade, um estudo realizado nos Estados Unidos pelo Standish
Group descobriu que apenas 10% dos projetos são concluídos dentro do prazo e do
orçamento, enquanto 55% dos projetos são atrasados ou cancelados antes de serem
concluídos.
40
Com os sistemas ERP se tornando uma febre mundial e um número cada vez maior de
empresas se juntando, o mercado de provedores está crescendo. Abaixo temos alguns
provedores e suas características:
- SAP: SAP AG é uma empresa alemã que introduziu o sistema R/3 em 1993.
Com mais de 10 milhões de usuários, é atualmente líder de mercado em vendas de
software de gestão empresarial. A principal vantagem do sistema parece ser o
tratamento dos aspectos financeiros das empresas, mas também tem uma série de
preocupações com as atividades de manufatura.
- BAAN - A Baan é uma empresa holandesa que comercializa o sistema BAAN
IV, que é o sucessor do Triton. O sistema permite que usuários não técnicos definem
processos, e o software configura automaticamente o sistema para atender a esses
requisitos. O BAAN IV é extremamente poderoso no tratamento de muitos cenários de
fabricação.
- ORACLE: A ORACLE evoluiu de uma empresa que desenvolveu SGBDs para
uma que também desenvolve ERP. Embora o software contenha mais de 35 módulos,
ainda é necessário desenvolvimento adicional. Seu forte é a versatilidade.
Surpreendentemente, a SAP executa seus aplicativos em dados Oracle em 80 % dos
casos.
- PEOPLESOFT: Esta empresa começou com um sistema de recursos humanos e
desde então expandiu-se para outras áreas, apresentando o seu primeiro sistema
41
Você pode se perguntar, como podemos entender o que é CRM? É uma tecnologia ou é
uma estratégia? O surgimento do conceito de CRM (Customer Relationship Management) ou
como podemos ver em alguns lugares “Gestão de Relacionamento com o Cliente”, se dá por
volta da década de 1980 e 1990 e antes mesmo de entender CRM como uma tecnologia, como
42
uma estratégia de negócio ou como qualquer outra coisa temos que entender seu conceito
básico, entender sua compreensão teórica.
Desde já uma coisa que podemos deixar nítida é que o CRM por estar muito ligado de
como a relação com o cliente é planejada e executada muitas empresas podem entender que
esta é somente uma função ou um assunto específico da área, departamento ou funcionários
de marketing, mas é justamente ao contrário, o CRM é algo bem mais amplo, envolvendo
diversos departamentos e processos da empresa, tentando então integrar a grande maioria das
áreas da empresa e colocando várias informações dos clientes a disposição em uma base de
dados de onde poderão ser gerados relatórios de tendências dos clientes, índices de satisfação
etc.
Outro ponto que podemos deixar claro é que muitas empresas se enganam ao achar
que quanto mais complexa a tecnologia mais benefícios ela trará para a empresa, isso de certa
forma é uma ideia equivocada, até por que no caso do CRM ele pode ir desde de soluções
mais simples para negócios menores, mas que mesmo assim supram as necessidades do
negócio, como também termos soluções bem mais robustas e elaboradas para negócios de
maior porte e que também vão suprir as necessidade da empresa.
Sendo assim, algumas das fontes utilizadas nesta pesquisa, a Revista de Administração
Mackenzie (MARKETING DE RELACIONAMENTO (CRM): ESTADO DA ARTE,
REVISÃO BIBLIOMÉTRICA DA PRODUÇÃO NACIONAL DE PRIMEIRA LINHA,
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PESQUISA NO BRASIL E AGENDA DE PESQUISA,
tópico 2) e também a dissertação de mestrado de Sandra Raquel Ribeiro Cunha (CRM –
CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT - UMA ESTRATÉGIA, Estudo de Caso
Osvaldo Matos - Faculdade de Economia da Universidade de Porto, tópico 2.1), abordam a
visão de diversos autores, como por exemplo dois que serão citados a seguir, Ronald Swift
(2001) e Adrian Payne (2006), sobre o que é CRM.
Swift defende sua ideia da seguinte forma: "CRM é uma abordagem meramente
empresarial para entender e influenciar o comportamento dos clientes através de
comunicações significativas; para melhorar, a aquisição de clientes, a retenção de clientes, a
fidelização e a rentabilidade destes”.
Payne na sua visão enxerga o CRM da seguinte forma: “CRM consiste em uma
abordagem estratégica holística para gerenciar o relacionamento com clientes, a fim de criar
valor para o acionista”.
43
Agora que já sabemos na base teórica o que é um CRM podemos entender suas
variações, seus tipos. Como vemos nas dissertação de mestrado de Sandra Raquel Ribeiro
Cunha (tópico 4), já comentada anteriormente em outras partes desta pesquisa e a dissertação
de doutorado de Maria Isabel Franco Barretto (UM MODELO PARA PLANEJAR,
IMPLEMENTAR E ACOMPANHAR A ESTRATÉGIA DE CRM (CUSTOMER
RELATIONSHIP MANAGEMENT) - Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade
de São Paulo, tópico 2.3) estas apresentam a visão de alguns autores, como por exemplo Paul
Greenberg, Yuki, Peppers e Rogers e muitos outros que serão citados sobre como estes
44
definem os tipos principais de CRM e suas visões sobre eles, no geral podemos ver três tipos
principais: Operacional, Analítico e o Colaborativo. Após esses três tipos será apresentado
também mais dois tipos, que no caso se trata do CRM Estratégico e depois o eCRM ou
E-CRM.
O CRM Operacional são aqueles que têm algum tipo de relação com algumas
operações, neste caso, operações da própria empresa ou em outras palavras operações
empresariais, que podem ter os mais variados objetivos, como por exemplo: atendimento ao
cliente, processo de serviço de reclamação, gerenciamento de pedidos, estoque, cobrança, e
automação e gerenciamento de vendas, automação do marketing e muitas outras tarefas,
podemos entender então que o CRM Operacional se baseia muito em aplicativos, sistemas
e/ou processos voltados para o cliente em especial, podemos entender que este tipo de CRM
fica responsável então pelo centro de contato e à gerência de contatos com os clientes, além é
claro de tornar os processos mais eficientes, um elemento que pode estar no espectro do CRM
Operacional são os tradicionais Call Centers (centros de atendimento) e uma das vantagens
deste tipo de CRM é que com as informações que por ventura sejam coletadas e armazenadas
sobre cada cliente a personalização do relacionamento com o mesmo se torna um diferencial
competitivo para a empresa, note que basicamente este tipo de CRM tem como foco
aplicativos e/ou sistemas voltados ao cliente, uma das características segundo Paul Greenberg,
Pepper e Rogers é que esse tipo de CRM se assemelha muito ao sistemas ERP, pois envolvem
serviços aos consumidor, gerenciamento de pedidos e tudo que já foi comentado
anteriormente, segundo eles ainda este tipo de CRM tem uma vantagem que é a possibilidade
de integração com aplicativos destinados a funções de finanças e recursos humano de um
sistema ERP.
Agora o CRM Analítico tem como talvez sua principal característica justamente
analisar de forma geral o cliente, capturando, armazenando, processando, interpretando e
apresentando essas dados aos setores necessários da empresa, um ponto interessante é que
este tipo de CRM está extremamente ligado ao anterior pois ele ajuda a reunir todos os dados
gerados das operações e de outras fontes em um único lugar normalmente, podemos
compreender então que em grande parte este tipo de CRM nos dará as informações
necessárias para aperfeiçoarmos algum processo da empresa, algum produto e muito mais, ou
seja, por meio dos dados coletados e com as ferramentas analíticas deste tipo de CRM
podemos produzir análises das mais variadas formas (demográficas, financeiras, geográficas
etc.) e assim traçar o perfil do cliente, modelos de comportamentos, níveis de satisfação e
45
outras informações importantes, note que este tipo de CRM é praticamente a fonte do
conhecimento, como podemos ver na dissertação de doutorado de Maria Isabel Franco
Barretto, citada anteriormente, segundo Yuki, Peppers e Rogers na visão deles o CRM
Analítico é a fonte de toda inteligência do processo, ou melhor dizendo, é a fonte das
informações necessárias para os processos melhorarem e também é usado para gerar
conhecimento sobre o cliente na organização, outro ponto diferente do CRM anterior é que
este focava muito nos processos serem eficientes para o cliente enquanto este busca as
características individuais de cada cliente, que alinhado com o CRM anterior podemos chegar
a uma personalização de atendimento ainda melhor, podemos destacar a visão de Paul
Greenberg onde o mesmo diz que uma das vantagens desse tipo de CRM é a capacidade de
armazenar e personalizar a utilização dos dados, basicamente, fazer diferentes análises de
acordo com as necessidades.
Temos também o CRM Colaborativo, ou como podemos encontrar em alguns lugares
cCRM (Collaborative CRM), este tipo de CRM fica com a parte de comunicação,
coordenação e colaboração necessária entre os vendedores e clientes, atuando praticamente
como um centro de comunicações, tendo noção de todos os pontos de contato entre empresa e
cliente e ainda englobando todos esses pontos de contato, promovendo assim ainda a
colaboração entre todas as áreas da empresa para que trabalhem de maneira integrada.
Segundo Teo, Devadoss e Pan, onde encontramos suas visões na dissertação de doutorado da
Maria Isabel Franco Barretto, este tipo de CRM reflete muito bem como a empresa entende a
relação do cliente com as funções do negócio, servindo como base ainda para a relação de
ambos.
46
Agora veremos o que é um CRM estratégico. Esse tipo de CRM é definido pela
combinação de funções operacionais e analíticas, além da colaboração em equipe. Analisa a
competitividade de mercado de uma empresa, bem como todos os agentes internos e externos
que possam impactar os resultados da organização. Assim, sugere a melhor forma de integrar
esses dados para desenvolver um plano mais estratégico capaz de mobilizar recursos para
atingir os objetivos da empresa.
Podemos dizer que com este tipo de CRM também é possível ter uma visão geral e, ao
mesmo tempo, uma visão cirúrgica do processo de vendas, permitindo a detecção de erros e
erros ao longo da operação.
Por fim, atualmente por conta de toda a questão da Internet / Web, sites e outros meios
digitais por exemplo, podemos encontrar ainda o conceito de eCRM ou E-CRM (Electronic
Customer Relationship Management), a internet proporciona a entrega das funções dos tipos
de CRM anteriores, mas desta vez por meio da Web, sendo assim os Websites se tornam algo
fundamental para o eCRM, ou seja, segundo Paul Greenberg (2001) temos a capacidade de
interagir e administrar o cliente via Web / Internet, ou até mesmo, do cliente fazer sua
autogerência on-line (Isso significa que ele mesmo pode ir no site da empresa e lá buscar os
meios necessários para resolver seus problemas sozinho de forma simples e rápida sem
precisar entrar em contato necessariamente com a empresa, seja por telefone, email ou
qualquer outro meio de contato, dando também a possibilidade do cliente escolher na sua
opinião melhor canal de comunicação ou meio de solução dos seus problemas), para o autor
citado essa é a diferença entre CRM e E-CRM. Algumas vantagens e/ou características do
E-CRM são por exemplo, atendimentos mais personalizáveis e novidades implementadas
mais rapidamente, pesquisa fácil por parte do usuário por soluções ou outras coisas, proteção
por meio de senhas nos sites e apps, chat e emails automáticos, navegação simples e livre pelo
site para a busca de informações etc.
Agora que já entendemos na base teórica o que é CRM e quais os seus tipos podemos
partir para suas características gerais e claro, suas principais funções, alguns desses pontos já
até foram comentados nos tópicos anteriores, mas agora daremos mais atenção a eles.
A dissertação de mestrado de Sandra Raquel Ribeiro Cunha (CRM – CUSTOMER
RELATIONSHIP MANAGEMENT - UMA ESTRATÉGIA, Estudo de Caso Osvaldo Matos -
Faculdade de Economia da Universidade de Porto, página 6) nos mostra em um dos
momentos a visão de Hall, J. (2004) do que na visão do mesmo normalmente constitui um
CRM, sabendo disso e acompanhando o raciocínio podemos ver que um CRM vai ter
normalmente um Banco de Dados (BD), servindo é claro para armazenar os dados dos
clientes, praticamente como uma central de informações, depois temos a parte de operação do
Data Warehouse ou como podemos ver em português, Armazém de Dados, temos também as
ferramentas analíticas e operacionais de Data Mining (processos que permitem explorar uma
grande quantidade de dados), servindo para gerar informações mais detalhadas e relatórios
com base nos dados obtidos dos clientes e por fim uma comunicação das informações para os
vários stakeholders (indivíduos ou organizações impactados por ações de sua empresa),
servindo para haver uma clareza e transparência na informação recolhida. Esta é a primeira
visão que é nos apresentada e que podemos já levar como base para entender um pouco mais
o assunto, nessa visão, entendemos então que CRM se baseia em duas grandes áreas, software
e dados.
Logo depois, na dissertação de mestrado de Sandra Raquel Ribeiro Cunha é nos
apresentado a visão de Cherry Tree & Co (2000) sobre o que na visão deles constitui um
CRM, eles dividem essas questão em três aspectos, sendo eles: Marketing ou como podemos
encontrar em alguns lugares Marketing Automation, sendo uma área com ferramentas e/ou
aplicativos para facilitar ou auxiliar a gestão e execução de campanhas de marketing da
empresa, objetivar e alocar recursos no mercado alvo com maior chance de retorno financeiro
para a empresa, selecionamento do melhor meio de contato com o cliente e muito mais.
Como segundo aspecto temos à Força de Vendas ou Sales Force Automation, esta área
tem como principal função trabalhar na administração e otimização das vendas da empresa,
tendo ainda como foco o aumento da produtividade que pode se dar na visão dos autores já
citados por meio de contratos, gera propostas de produtos/serviço e muito mais, tudo isso é
realizado normalmente por um conjunto de softwares, outro ponto interessante é que aqui
entra a integração de algumas áreas da empresa, como por exemplo, a própria área de vendas,
escritório, a base de dados dos clientes etc.
48
Por último temos o terceiro aspecto, este está relacionado com o Suporte e Serviço ao
Cliente ou também Customer Service & Support, aqui podemos encontrar help desks (serviços
de apoio a usuários para suporte e resolução de problemas) automatizados e call centers, estes
dois servem para principalmente documentar as interações do cliente, isso vai para a base de
dados do CRM, a fim de entender cada vez mais como interagir com o cliente e entender o
que ele normalmente busca ou está buscando no momento, o objetivo disso é se reverter em
ações e outras coisas que possam aumentar a satisfação do cliente.
Está última visão chega a ser um pouco diferente da primeira, note que a primeira
como até comentado se baseia muito na ideia do CRM com relação a software e dados, essa
outra visão leva a entender que com os dados coletados e com a ajuda de softwares a empresa
consegue gerar idéias / estratégias a fim de melhorar algum ponto necessário, entra aí a ideia
de CRM como estratégia, sendo eficaz principalmente nos processos da organização, antes o
que acabávamos vendo era a ideia de CRM como uma tecnologia, um sistema, um software
etc. agora entramos já na ideia do CRM como uma estratégia de negócio, que como já dito,
entra principalmente com a relação dos processos da organização e muda um pouco como
podemos enxergar sua estrutura e características gerais.
Para entendermos melhor essa questão do CRM como estratégia iremos continuar
ainda usando a dissertação de mestrado de Sandra Raquel Ribeiro Cunha, já citada
anteriormente neste tópico, na página oito da dissertação encontramos na visão de Bryan Foss
& Merlin Stone (2002) quais são os componentes / características de uma estratégia de CRM,
como primeira parte temos a questão relacionada a visão da organização, de modo geral esse
componente se refere a empresa entender o que ela pretende alcançar, quais as suas metas e
objetivos para o próximo semestre, para o próximo ano ou para qualquer período de tempo.
Prosseguindo temos a proposta de valor, isso representa aquilo que a empresa
apresenta para o cliente, muitas vezes com base no conhecimento que tem sobre o mesmo
para assim suprir talvez suas necessidades ou expectativas, sendo o diferencial do negócio
essa proposta de valor.
Como terceiro componente é nos apresentado o Know-How, este se refere
principalmente a obtenção de conhecimentos, que como vimos até mesmo no item anterior é
algo necessário para a empresa, aqui podemos ir um pouco além das informações somente do
cliente e termos noção também sobre o negócio da organização, das tecnologias utilizadas e
muito mais.
49
negócio para alcançar metas de vendas ou coisas do tipo, aqui surge por exemplo o CRM
Analítico.
Para entendermos a diferença entre CRM e Marketing de massa temos que entender o
que é realmente o Marketing de massa, pois nos tópicos anteriores já conseguimos explicar o
que é CRM.
Na monografia de Luciana Assunção Xavier Alves (SEGMENTAÇÃO DE
MERCADO COMO ESTRATÉGIA DE MARKETING: CASO GVT - UNICEUB, 2006) no
tópico 2.3.1 encontramos a visão de Philip Kotler (2005) sobre o que é Marketing de massa,
segundo ele, marketing de massa geralmente é difundido para produtos usados por uma
quantidade razoável de pessoas, como o sabonete, sopa, geladeiras, carros, entre outros. Com
o aumento da grande concorrência, o mercado tem obrigado as empresas a serem mais
seletivas e marcar alvos mais definidos, utilizando-se de diferentes estratégias de mercado.
Mas, ainda existem produtos e circunstâncias que o marketing de massa permanece eficaz
como a Coca - Cola, o Mc Donald’s e a pasta de dente Crest.
Podemos usar como exemplo para entendermos o Marketing de massa uma publicação
de Esmeralda Rizzo (Mestra e Doutora em Administração de Empresas na Universidade
Presbiteriana Mackenzie – Faculdades de Comunicação e Artes), no caso a publicação se
chama “Uma Análise Comparativa entre o Marketing de Massa e o “One to One” Marketing,
no Cenário de Empresas Competitivas”, no tópico 2 desta publicação somos apresentados ao
assunto, podemos entender então que principalmente depois da revolução industrial o número
de produtos que as empresas conseguiam produzir aumentou absurdamente e com isso elas
precisavam de mais clientes, para conseguir o que queriam as empresas utilizavam a
propaganda em massa visando convencer o máximo de clientes possíveis, fazia promoções e
muito mais, com isso a sua marca sendo divulgada intensamente, os revendedores podendo
fazer parcerias com as empresas, tendo estoques de seus produtos em suas lojas e ainda
expondo os produtos para os clientes etc. esta organização tinha um grande holofote para si,
ou seja, ocorria a oferta de um produto que agradava uma grande parte do mercado, se
apoiavam nos revendedores para divulgar esse produto e alcançar os clientes necessários,
faziam grandes campanhas publicitárias, preços acessíveis etc.
51
Podemos entender desde já que o Marketing de massa então busca fazer justamente a
propaganda de um produto que tenha um alto número de consumidores ou tentar alcançar esse
número grande de consumidores, sem focar especificamente em um setor do mercado ou algo
do tipo, em outras palavras, a propaganda é feita tentando atingir o máximo de pessoas
possíveis.
Agora que já entendemos o que é CRM e Marketing de massa podemos buscar ver
quais são as suas diferenças, a diferença mais visível e principal é que enquanto uma
estratégia tenta atingir o maior número de pessoas possíveis, tentando buscar um produto que
seja aceitável para diversas pessoas e suas campanhas publicitárias buscam atrair novos
clientes dos mais variados segmentos do mercado (Marketing de massa) a outra traça uma
estratégia e serve para buscar entender quem são os seus clientes, entender seus gostos e
interesses e aí sim gerar campanhas de publicidade com base neste tipo de conhecimento, ou
seja, campanhas com alvos claros e não de forma pulverizada, igual vemos na estratégia
anterior, tendo como foco ainda fidelizar seus consumidores já existentes (CRM).
Antes é claro de irmos direto para o assunto que é entender o alinhamento entre CRM
e Estratégia Organizacional primeiro temos que entender algumas coisas, já sabemos o que é
CRM, mas o que podemos definir como "Estratégia Organizacional".
A Estratégia Organizacional pode ser definida como um conjunto de atividades e
ações para alcançar as metas que a organização já quantificou e qualificou, ou seja, como
podemos notar é que necessita que toda a empresa esteja em sinergia, envolvendo as unidades
departamentais da empresa, ter uma planejamento geral para no fim justamente alcançar as
metas da empresa.
É claro que um dos fatores que devem estar em sinergia e alinhados com a Estratégia
Organizacional da empresa são as tecnologias que ela usa, neste caso por exemplo o CRM.
O CRM neste caso entra como um facilitador para a empresa, fornecendo todas as
funções que comentamos anteriormente, levando em conta o CRM como software, mas
também temos que lembrar das vantagens que adotar o CRM como estratégia traz para o
negócio, aqui surge um diferencial para a empresa, o que ajuda a superar um dos principais
problemas das empresas hoje em dia, que é conseguir se manter competitiva em relação às
demais do seu ramo do mercado.
52
Apesar de termos noção de quais etapas compreendem esse processo, não entendemos
direito o que realmente cada etapa busca alcançar, por isso iremos detalhá-las melhor agora.
54
Depois de tudo que vimos até agora você deve estar se perguntando, quais são as reais
vantagem no uso de um CRM? Este tópico tem como foco isso e começamos apresentando a
visão de Ronald Swift, que encontramos em um artigo publicado na revista INTERFACE
TECNOLÓGICA (A GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES (CRM) COMO
UM IMPORTANTE RECURSO PARA O CRESCIMENTO EMPRESARIAL - Thais Miria
dos Santos e Gustavo Henrique Del Vechio - FATEC de Bebedouro, tópico 2.3), lá podemos
ver que Swift (2001, p. 24) defende a existência de dois grandes benefícios em relação ao uso
de CRM, o primeiro é que podemos segmentar melhor o público e direcionar produtos e
serviços específicos para cada cliente (com base nos dados e conhecimentos gerados sobre
cada cliente), segundo, temos melhorias relacionadas aos custos e direcionamento do
orçamento empresarial.
Ainda usando a o artigo citado acima podemos achar uma tabela construída com base
na ideia de Gladys Kaplan e Blanco (2018, p. 5) sobre as vantagens e desvantagens do uso de
CRM, como principais vantagens podemos encontrar os seguintes pontos: o CRM permite
processar informações muita mais rápido, pode tomar decisões em pouco tempo, permite
aproveitar certas oportunidades comerciais que são dadas em determinados momentos do
mercado, pode ter um maior escopo para estudos e análises com o grande número de clientes
processados.
Por outro lado é nos apresentado as possíveis desvantagens, como por exemplo: nem
todos os requisitos dos clientes podem ser processados e tem que ser levado em conta o custo
de se adquirir e manter um software como o CRM.
No artigo de Sigfried Vasques Dominguez (Bacharel em Administração de Empresas
pela faculdade de Economia, administração e contabilidade da Universidade de São Paulo e
atualmente cursando o Programa Pós-Graduação em Administração (Mestrado) da FEA/USP)
chamado IMPLANTANDO O CRM – Um Estudo de Caso, publicado para o V SEMEAD
(Seminários em Administração), no tópico 2 de seu artigo ele coloca o ponto de vista de
56
É claro que como podemos perceber todas esse benefícios ou vantagens ressaltam o
foco no cliente por parte da estratégia de CRM, sendo assim com um cliente mais feliz e
fidelizado as vantagens citadas anteriormente podem levar ainda a outras, como por exemplo:
o aumento dos lucros da empresa, aumentos dos clientes, aumento nas vendas de produtos ou
serviços e muito mais.
Na dissertação de doutorado de Maria Isabel Franco Barretto podemos encontrar no
tópico 2.5.3 mais algumas visões de autores sobre os benefícios que o CRM proporciona, Xu
e Walton (2005) destacam como vantagens: a melhoria do nível de satisfação dos clientes; a
retenção dos clientes atuais; o crescimento do ciclo de vida do cliente; o fornecimento de
melhores informações estratégicas para as áreas de vendas, marketing e finanças; a atração de
novos clientes e a redução de custos.
Mais a frente vemos a visão de Chen e Popovich (2003), segundo eles os benefícios
são: desenvolver os relacionamentos para personalizar as experiências de compras; o CRM
possibilita melhores previsões dos comportamentos de compras on-line; permite a conquista
de clientes pela oferta especial de bens e serviços; avalia os valores econômicos de cada
cliente e, por último, a construção de relacionamentos duráveis com benefícios para as partes
envolvidas.
Ainda usando a dissertação de doutorado citada mais acima podemos entender quais
são as dificuldades que as empresas podem ter em relação às dificuldades para implementar
um sistema CRM, na dissertação novamente são apresentadas visões de diversos autores
(Gummesson, Xu & Walton, Curry & Kkolou, Bull etc.), mas de maneira geral as dificuldades
apontadas são: a falta de conhecimento sobre CRM, a falta de planejamento e estratégia para
sua adoção, colocar a responsabilidade absoluta sobre o CRM deixando o aspecto humano de
lado, não rever os processos organizacionais para assim poder mudá-los ou adquelos para
assim deixá-los mais eficientes, não elaborar estratégias centradas no cliente, falta de
objetivos em relação aos negócios, planejamento inadequado de recursos, custos altos, o
retorno é incerto, a integração entre os sistemas, a tecnologia CRM não ser adaptada para seu
negócio e muito mais.
Na tese de doutorado de Alessandra Schweitzer, citada já nesta pesquisa, encontramos
no tópico 1.2 algumas pesquisas que detalham melhor os motivos pelos quais as iniciativas de
CRM fracassam, iremos analisar comentar sobre a pesquisa da Cap Gemini Ernst & Young
(2001) - (CRM INDEX - pesquisa realizada no ano de 2001 nos EUA e Europa).
58
Nesta pesquisa é nos apresentado 4 pontos do por que existem tantos fracassos quando
se trata de CRM e estes são eles:
Como caso de sucesso no uso de CRM vamos explorar uma cooperativa que aparece
no artigo publicado na revista INTERFACE TECNOLÓGICA (A GESTÃO DE
RELACIONAMENTO COM CLIENTES (CRM) COMO UM IMPORTANTE RECURSO
PARA O CRESCIMENTO EMPRESARIAL - Thais Miria dos Santos e Gustavo Henrique
Del Vechio - FATEC de Bebedouro, tópico 3 e 4), vemos neste artigo que a cooperativa, que
se chama Coopercitrus, é do ramo do agronegócio e que justamente sua vontade de adquirir
esse tipo de aplicativo / sistema de CRM era mapear seu público, conseguir detalhar da
melhor forma possível o tipo exato de cultura de cada propriedade, entender seus interesses e
muito mais.
O sistema contratado foi um com o nome de “Clover”, desenvolvido pela empresa
Datacoper que tem como principal foco negócios na área agrícola, ou seja, já é uma empresa /
produto que tendo a ser mais eficiente para a cooperativa por ter seu foco na mesma área de
negócios da cooperativa em si.
A solução contratada permitiu que fossem feitos os mapeamentos dos cooperados por
região, área de atuação e cultura plantada, como vantagens disso tudo a empresa conseguiu
fazer melhores roteiros de viagens evitando assim viagens desnecessárias e ajudando também
ainda na redução de custos com combustível e hospedagem, melhorar sua divisão logística e
consequentemente com tudo isso, com o seu custo no geral diminuindo a empresa tirou um
pouco esses custos dos seus produtos, deixando eles ainda mais baratos, controle do nível de
serviços e outros indicadores, geração de análises de locais adequados para abertura de novas
filiais com base no mercado / clientes da região etc.
Como resultado de todas essas vantagens a empresa no geral aumentou suas filiais (no
começo a empresa tinha 133 filiais e depois de alguns anos com o uso do CRM a empresa
alcançou a marca de 170 filiais, aumentando ainda sua participação em mais um estado do
país, Goiás, antes sua atuação era restrita a São Paulo e Minas Gerais), sua receita e
patrimônio líquido (os balanços gerais de seus patrimoniais líquidos anuais em 2017 eram de
2.8 bilhões de reais, em 2018 a solução de CRM foi implementada e em 2019 a empresa já
chegava a marca de 4.567 bilhões de reais).
Aqui vemos a primeira prova concreta de que entender melhor seus clientes, ter uma
forma de tratamento aprimorada, entender o mercado da região etc. tudo isso só tende a levar
ao crescimento empresarial de forma geral como vimos no último parágrafo.
A empresa pesquisa como dito opera no setor de telefonia celular no Brasil, suas
operações em questão começaram em 1998. A organização possui uma área de atuação com a
característica desta área abranger uma média de 17 milhões de pessoas e cerca de 17% do PIB
nacional, tudo isso graças a uma rede de atendimento e distribuição composta por um
conjunto de escritórios próprios, escritórios regionais, lojas próprias ou credenciadas.
Uma característica muito marcante também da empresa é que a mesma utiliza
tecnologia 100% digital, isso é claro possibilita alguns diferenciais perante outras empresas,
como por exemplo, melhor qualidade nos serviços, maior privacidade e segurança, maior
durabilidade das cargas de baterias, menor congestionamento de linhas, menor possibilidade
de interferência, recurso de identificação de chamadas e serviços de mensagens.
A empresa ainda definiu seus 3 principais pilares para basear o seu negócio, em
questão esse 3 pilares são: a alta qualidade nos serviços de telecomunicações, tecnologia
avançada e atendimento exclusivo.
Atrelada aos pilares comentado está a visão da empresa, o que ela deseja buscar, no
caso encontramos no artigo que a empresa tem como visão: “buscar ser a opção preferida
pelos clientes atuais e futuros, sempre superando suas expectativas por meio de serviços de
telecomunicações relevantes, de alta qualidade, simples, porém inovadores.”
61
Uma coisa que podemos notar já é que esta é uma empresa muito preocupada com o
quesito de inovação e com foco em sempre buscar o aumento da satisfação dos clientes, com
esse dois detalhes principais conseguimos entender a preocupação da empresa em relação a se
manter competitiva perante as demais do seu ramo.
Para a empresa, os aspectos que representam a qualidade nos serviços de atendimento
envolvem a resolução do problema na primeira ligação, agilidade no atendimento,
cordialidade do atendente e informações claras e precisas.
Entrando agora na parte sobre os serviços que a empresa oferece podemos separar em
dois grupos principais de clientes, clientes pessoas físicas que tem como serviços o modo
pré-pago ou o pós-pago e os clientes corporativos onde estes têm somente a opção do modo
pós-pago.
A implantação desta fase se deu por volta de 1999, tendo como diferencial o
acompanhamento de 2 pessoas, a primeira, um coordenador interno da empresa, onde este já
usava o sistema / soluções que a empresa tinha anteriormente para essa área, então conseguia
entender claramente os processos da empresa nessa parte e o que era necessário mudar ou
aprimorar, a segunda pessoa era um consultor especialista da fornecedora, estas duas pessoas
trabalharam muito juntas para que depois de 45 dias o módulo estivesse em produção.
No artigo vemos alguns fatores que levaram ao sucesso desta etapa, esses dois fatores
são: a flexibilidade do módulo (permitindo ao usuário “moldar” a ferramenta de acordo com
sua demanda) e a atuação da consultoria integradora (com grande domínio sobre os módulos
implantados).
Por fim temos a terceira etapa, esta etapa serviu para a empresa expandir e otimizar a
utilização dos dois módulos implementados anteriormente (Support e Help Desk). Os dois
pontos principais desta etapa era: 1º aumentar as posições de atendimento (Posições de
atendimento ou PA podemos dizer que são áreas que reúnem os requisitos mínimos e
necessários para que o atendimento ao cliente seja realizado, como por exemplo, computador,
telefone, agente de atendimento etc.), para atender com qualidade e eficácia a crescente
demanda e 2º aprimorar as duas implantações anteriores através de customizações e
otimizações específicas (implantar processos de transbordo de filas de atendimento (inboxes)
e de escalonamento de chamadas).
A implantação desta etapa também se deu por volta de 1999, foram adquiridas mais
120 posições de atendimento mais as horas de consultoria para as as customizações
comentadas, a implantação foi feita em 40 dias tendo 5 pessoas como principais atores disso
tudo, um analista de sistemas para servir como ligação com a consultoria integradora
(empresa especializada em fornecer consultoria de tecnologia para suas organizações
parceiras), um usuário chave para buscar representar as expectativas e interesses dos usuários
e por fim 3 profissionais da fornecedora, sendo eles 1 gerente e 2 consultores.
Novamente no artigo encontramos os principais fatores que levaram a essa etapa ter
sido concluída com êxito, são 5 no total: 1º - uma equipe homogênea de profissionais
motivados; 2º - o conhecimento da ferramenta pela consultoria integradora; 3º - o
envolvimento e o comprometimento do usuário no processo; 4º - a disponibilidade de
hardware adequado para treinar e testar a ferramenta e por fim 5º - o cumprimento aos prazos
do cronograma do projeto.
64
Agora que vimos quais etapas a empresa passou para implementar os módulos /
soluções que queria, podemos entender os motivos que levaram a empresa a querer
implementar tudo o que vimos.
Como primeiro ponto é claro podemos colocar que a empresa queria se manter
competitiva perante as demais, como vimos no primeiro tópico desta parte da pesquisa em
que tratamos sobre um estudo de caso, a empresa sempre buscou se inovar justamente para ter
um diferencial em relação a outras organizações que atuam no mesmo ramo do mercado que
ela.
Depois podemos destacar que a empresa buscava aprimorar alguns de seus processos e
outros pontos que necessitavam de mudanças, como os de atendimento ao cliente (ser melhor
e mais rápido), aumentar o nível de satisfação do cliente (resolvendo seu problema de maneira
rápida e de preferência na sua primeira chamada ao Call Center), redução de papéis, cópias e
relatórios (disponibilizar isso direto para quem precisa por meio do sistema necessário),
redução no número e tempo das chamadas (com informações precisas e resolução do
problemas no primeiro atendimento), aumento da produtividade (realizar mais trabalhos em
menos tempo) e muitos outros pontos.
Depois desses benefícios sobre cada implementação feita somos apresentados aos
benefícios gerais que ocorreram na empresa, de modo que melhoraram drasticamente alguns
pontos que necessitavam de mudanças ou aprimoramento.
A primeira grande vantagem de tudo isso foi que a empresa teve uma enorme redução
no número de ligações passadas do Call Center para o Back Office (praticamente um suporte
ao Call Center), aumentando e muito a satisfação dos clientes e alcançando um dos seus
66
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a explicação de todos esse tópicos é possível agora entendermos o que cada um
deles é, conseguimos entender seus usos e ainda passamos por um estudo de caso para
analisar na prática como alguns dos tópicos que vimos aqui podem influenciar uma empresa.
É notável que a cada dia as pessoas e principalmente as empresas de modo geral tem
que lidar com tecnologia, as empresas que entendem isso usam as tecnologias até mesmo que
foram comentadas nesta pesquisa para aumentarem a eficiência humana.
Apenas para confirmar de certo forma o que falamos no parágrafo acima podemos usar
uma matéria do site Convergência Digital do dia 25/05/2022 - “Software responde por quase
60% do orçamento de TI dos bancos no Brasil” onde por meio do que nos é apresentado
podemos entender que os bancos brasileiros destinam quase 60% de seus orçamentos apenas
para área de TI, encontramos na reportagem o seguinte ponto: “O orçamento para software,
como nos últimos anos, esteve no centro das atenções das instituições financeiras em 2021 e
somou R$ 17,4 bilhões, ou 58% do total. O avanço no valor foi de 29% ante o ano anterior.
Essa ampliação é impulsionada por frentes como Customer Relationship Management
(CRM), Open Finance, analytics e big data”.
Com isso podemos notar que o investimento em tecnologia não é algo banal e sim
essencial para as empresas e por fim podemos ainda notar a importância dessa área na vida de
cada um de nós.
Um ponto importante de destacarmos também é como, por exemplo, o CRM pode
afetar uma grande parte da estrutura da organização para que a mesma se remodele para
67
implantar esse tipo de estratégia / sistema, o mesmo acontece com o ERP, ou seja, não é só
sobre tecnologia, neste caso fica claro que o aspecto humano não pode ser deixado de lado.
REFERÊNCIAS
Disponível em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18140/tde-07042008-104031/publico/MariaIsab
elFrancoBarreto.pdf. Acesso em: 10/05/2022.
Beuren, Ilse Maria e Martins, Luciano Waltrick. Sistema de informações executivas: suas
características e reflexões sobre sua aplicação no processo de gestão. Revista
Contabilidade & Finanças [online]. 2001, v. 12, n. 26 [Acessado 21 Maio 2022] , pp. 6-24.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1519-70772001000200001>. Epub 06 Set 2011.
ISSN 1808-057X. https://doi.org/10.1590/S1519-70772001000200001.
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação aplicada a
sistemas de informação empresariais. São Paulo: Atlas, 2001.
Junior, Cícero Caiçara; Sistemas Integrados de Gestão ERP: Uma abordagem gerencial.
4.ed. Curitiba: Ibpex, 2012.