02 - Gestão de Projetos
02 - Gestão de Projetos
02 - Gestão de Projetos
PROJETO FINAL
VOLUME 2
SÉRIE CONSTRUÇÃO CIVIL
PROJETO FINAL
VOLUME 2
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
PROJETO FINAL
VOLUME 2
© 2013. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491p
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Projeto Final/ Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento
Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional
da Bahia. – Brasília: SENAI/DN, 2013.
2 v 144 p. il. (Série Construção Civil, v.2)
ISBN 978-85-7519-750-9
SENAI Sede
2 Projeto.................................................................................................................................................................................15
2.1 Definição.........................................................................................................................................................16
2.2 Características................................................................................................................................................17
2.3 Tipos de projeto na construção civil......................................................................................................22
2.4 Etapas de um projeto..................................................................................................................................24
2.5 Análise de viabilidade.................................................................................................................................27
3 Concepção........................................................................................................................................................................33
3.1 Estudo do ciclo de vida de um projeto.................................................................................................34
3.2 Definição e estudo dos objetivos no desencadeamento do projeto........................................39
3.3 Definição das incumbências dos personagens na concepção do projeto..............................42
4 Planejamento do projeto.............................................................................................................................................47
4.1 Proposição do objetivo..............................................................................................................................49
4.2 Coleta de dados............................................................................................................................................55
4.3 Análise de dados..........................................................................................................................................61
4.4 Elaboração do cronograma de desenvolvimento............................................................................66
4.5 Previsão de Recursos...................................................................................................................................70
4.6 Determinação do custo do projeto.......................................................................................................77
4.7 Definição de critérios técnicos de avaliação do protótipo, produto ou sistematização de
resultados...............................................................................................................................................................83
5 Desenvolvimento do projeto.....................................................................................................................................93
5.1 Alocação de recursos para execução....................................................................................................95
5.2 Execução..........................................................................................................................................................99
5.3 Avaliação do projeto................................................................................................................................ 104
5.4 Elaboração de documentação técnica, incluindo relatório....................................................... 107
Referências
Minicurrículo do autor
Índice
Introdução
Bem-vindo ao universo das edificações! Estamos iniciando uma caminhada pelo processo
de formação técnica industrial na área da Construção Civil. Essa é mais uma unidade curricu-
lar do curso de Técnico em Edificações, denominada de Projeto Final.
Esta Unidade Curricular tem como objetivo geral desenvolver projetos voltados para a mo-
bilização e articulação, de forma integrada, de capacidades técnicas, organizativas, sociais e
metodológicas desenvolvidas para atuação como técnico em edificações, fundamentados na
solução de problemas referentes à concepção de projetos e gestão do processo de construção
em empreendimentos da construção civil, compreendendo a importância da Construção Civil
para a economia do país e identificando as instituições dedicadas ao setor e suas funções.
Para dar conta de tantas competências, aprenderemos fundamentos técnicos e científicos
que nos capacitarão a compreender os processos de concepção e desenvolvimento de proje-
tos de construção civil. Os temas aqui abordados também ajudarão a desenvolver importantes
capacidades para o curso Técnico em Edificações, como:
CAPACIDADES TÉCNICAS:
Anotações:
Projeto
Você, caro aluno, ao longo deste curso técnico em edificações, com certeza já tem entendi-
mento do que é um projeto. Trabalharemos neste capítulo os aspectos relacionados ao proje-
to, especialmente em termos de sua definição, tipos, características e análise de viabilidade. De
início, vamos aprender a sua definição.
3PRÉVIOS:
Claro que das dezenas de autores que escreveram livros sobre projetos de edi-
ficações muitos tentaram, à luz de seus próprios conhecimentos e embasamen-
Anteriores.
tos prévios3, dar novas roupagens à definição de projeto e de uma maneira geral
todas as definições dadas pelos diversos e renomados autores da área estão bem
condizentes com a definição que demos.
4ESTRANGULAMENTO:
Redução exagerada
5FUNCIONAL:
2.2 CARACTERÍSTICAS
Figura 5 - Planejamento
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.
Desconsiderem, façam Outra marca registrada dos projetos é que são feitos por pessoas. Pode-nos
pouco caso. parecer num primeiro momento que esta é uma característica trivial, mas num
mundo altamente informatizado e automatizado como o que vivemos hoje, vale
a pena citar tarefas que são realizadas por mentes humanas (Figura 6).
9LEVIANA:
Existem diversos softwares e ferramentas computacionais em geral que têm
Imprudente, inconsequente, sido criados com o intuito de nos auxiliar na tarefa de projetar, mas nenhum de-
irresponsável.
les consegue nos entregar um projeto pronto sozinho. Por mais interessante e
desenvolvido que sejam os softwares (e eles realmente o são), a mão de obra hu-
mana ainda é insubstituível na concepção e desenvolvimento de projetos.
O ideal é atualizar nossa mão de obra humana para que esta domine as no-
vas ferramentas computacionais e consiga extrair delas o maior proveito possível
para o desenvolvimento, controle e aperfeiçoamento dos projetos.
Dentre os softwares mais difundidos e largamente utilizados por projetistas e
que nos auxiliam na arte de projetar, podemos citar:
−−Autocad (software gráfico de desenho);
−−PRO-Hidráulica (software gráfico de instalações hidráulicas);
−−PRO-Elétrica (software gráfico de instalações elétricas);
−−TQS (software de cálculo estrutural);
−−Microsoft Project (software de planejamento e gerenciamento de
projetos).
f) Com recursos limitados
Esta, para falar a verdade, nem deveria constar como uma característica dos
projetos, vez que seria extremamente difícil encontrarmos atividades que te-
nham recursos ilimitados, mas, em se tratando de projetos, é uma característica
bastante pertinente.
2 PROJETO
21
CASOS E RELATOS
10CONCOMITÂNCIA:
Ao mesmo tempo.
Figura 8 - Piscina
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.
Ficar sem objetivo, sem Podemos dividir as etapas em pré-projetuais e de projeto propriamente dito.
direcionamento.
As pré-projetuais vão desde a concepção da ideia até o estudo de viabilidade. Já
as etapas de projeto têm início em elaboração de anteprojeto e vão até a execu-
ção do projeto executivo.
A divisão destas etapas que culminarão nos projetos e sua execução não é
exatamente unânime11 entre os diversos autores que escreveram e pesquisaram
sobre o assunto, mas a maioria costuma concordar com o seguinte esquema .
Ideia
Recolhimento de dados
Ensaios tecnológicos
Análise de resultados
Elaboração de anteprojeto
Projeto executivo
Execução
Figura 9 - Sequenciamento de etapas
Fonte: SENAI, 2013.
2 PROJETO
25
13IN LOCO:
O projeto executivo deve ser suficiente para a completa e bem sucedida exe-
cução da edificação, entretanto há casos em que as soluções previstas nos pro-
jetos se mostram ineficazes devido às circunstâncias encontradas in loco13. Neste
caso, deve haver a comunicação constante entre a equipe de execução e a equipe
de autoria do projeto.
Se a solução não puder ser encontrada por ambas as partes, deve-se proceder
às chamadas revisões de projeto, momento em que a situação conflitante deverá
ser resolvida. É comum que os projetos passem por diversas revisões ao longo de
sua execução o que, às vezes, é motivo de desgaste entre os profissionais envolvi-
dos, mas devemos sempre manter a calma e a técnica aliada ao bom senso.
Em todo caso, se existirem algumas modificações realizadas durante a execu-
ção da obra e que não constam nos projetos, deverão ser feitos os chamados pro-
jetos “as built”, que em língua inglesa significa algo como “conforme construído”.
Tudo o que for construído na obra e que não esteja contemplado nos projetos
iniciais deverá ser recriado nos projetos “as built”.
14PRESCINDIR: É comum, após a conclusão desta etapa, darmos conta que a ideia que pensa-
mos originalmente não se mostra suficientemente boa para as adversidades en-
Abstrair, abrir mão.
contradas. Então partimos para a adequação da ideia anterior, compreendendo-a,
modificando-a até que possamos chegar ao patamar necessário.
15REMANEJAR:
Refazer.
16AVERIGUADO:
Checado, conferido.
17CHECK-LIST:
Ideia
Planilha, passo a passo,
plano de estudo.
18MENSURAÇÃO:
Estudo de
viabilidade
Medição.
PROJETO
RECAPITULANDO
Você, caro aluno, já ouviu falar em concepção de um projeto? Saberia dissertar sobre suas
etapas e sobre sua importância no cenário global de criação dos projetos de edificações? A
concepção de um projeto tem início logo após comprovada a viabilidade técnica e econômica
da ideia inicial, e é também através dela que nascem as construções belíssimas que vemos a
nossa volta.
É inegável a comparação imediata que fazemos ao nos depararmos com construções como
a da Figura 14 e outras menos elaboradas que vemos em nosso dia a dia. Mesmo as pessoas
que não têm muito conhecimento acerca dos aspectos projetuais e de construção civil, em
geral sabem rapidamente diferenciar as construções erguidas embasadas por um projeto bem
concebido, de outras que não o tiveram.
1METÁFORA: A concepção de um projeto embora tenha seu lado técnico inquestionável tam-
bém é uma arte muito subjetiva. A forma como as partes de um todo se encaixarão
Figura de linguagem em
que se diz algo de forma é bastante pessoal e tende a variar absurdamente de um profissional para outro.
simbólica, disfarçada.
Claro que sempre haverá os parâmetros técnicos a serem observados, mas o
fato é que a concepção dos projetos tem mesmo muito a ver com a pessoa que
os projetará. É comum escutarmos, ao conversarmos com projetistas, a expressão
2INCUMBÊNCIAS:
“este projeto é como um filho meu!”. Guardadas as devidas proporções, é até fácil
Papéis, funções, afazeres, entendermos esta metáfora1 quando percebemos que o termo ‘concepção’ tam-
tarefas.
bém é utilizado para expressar a geração de um bebê.
Projetistas das mais diversas áreas, inclusive da área da construção civil, afirmam
que a dedicação na hora de conceber e elaborar os projetos é tão intensa e tão cons-
3PERENE:
tante que eles realmente tomam para si a responsabilidade pelos seus projetos. É,
É o mesmo que inacabável sem dúvida, um trabalho de doação muito grande dos profissionais envolvidos.
ou permanente.
Diversos autores que se debruçaram a escrever sobre a arte de projetar, escla-
recem em seus dizeres que esta tarefa depende muito dos profissionais envolvi-
dos, mas também concordam com as etapas que trabalharemos daqui por diante
4EQUÂNIME:
deste universo que é conceber os projetos. Sejam elas:
Igual.
a) estudo do ciclo de vida de um projeto;
b) definição e estudo dos objetivos no desencadeamento do projeto;
Eixo x, horizontal. Estudaremos cada uma destas etapas nos parágrafos seguintes elucidando seus
aspectos teóricos e conceituais e, sempre que possível, trazendo-as à luz da prática.
6ORDENADAS:
3.1 ESTUDO DO CICLO DE VIDA DE UM PROJETO
Eixo y, vertical.
Você já se perguntou por que quase tudo que conhecemos como realidade
tem um início, meio e fim definidos? Isto se aplica a muitas das coisas que viven-
ciamos em nosso dia a dia: seres vivos, partidos no governo, cursos que fazemos,
o dia, a noite etc., tudo tem seu próprio ciclo de existência.
Assim também o é quando se diz respeito às edificações e seus respectivos
projetos. Nada disso é perene3; tudo tem seu início, meio e fim (Figura 15), e é
justamente sobre isso que falaremos a seguir.
Projetos, de uma maneira geral, têm uma característica bastante peculiar: eles
têm início, meio e fim bem definidos, o que nos sugere a formação de um chama-
do ciclo de vida do projeto. Normalmente, começam com poucos recursos (finan-
ceiros e humanos), mas tendem a adquiri-los em seu pleno desenvolvimento. Ao
final, tais recursos são gradativamente dispensados.
É claro que a distribuição de recursos (humanos, financeiros e de tempo) não é
equânime4 entre as fases da Figura 15. Cada uma delas tem suas particularidades
com relação a isto.
De maneira geral, em se tratando de projetos, observamos uma curva cres-
cente à medida que o projeto caminha para sua fase mediana, quando a partir de
então começa a haver um declínio. Isto tem a ver tanto com relação aos recursos
humanos como financeiros e de tempo despendido.
A Figura 16 nos mostra como se dá esta distribuição ‘recursos x tempo’. Em
outras palavras, nos permite uma visualização do ciclo de vida dos projetos.
R
E
C
U
R
S
O
S
Fase conceitual
É na etapa conceitual que a concepção do projeto se inicia. Em bom português
é a “pedra fundamental” do exercício de conceber um projeto. Como estudamos,
a arte de conceber um projeto é tarefa bastante subjetiva e varia muito entre os
diversos tipos de profissionais.
As etapas a seguir nos dão um panorama prático do passo a passo a ser segui-
do durante esta fase conceitual:
a) elencar as necessidades a serem supridas pelo projeto;
b) com base nas necessidades encontradas, montar uma esquematização de
problema;
c) definir exatamente o problema a ser solucionado pelo projeto;
d) determinar as metas que deverão ser alcançados;
e) analisar e dimensionar os recursos à disposição;
f) analisar os objetivos à luz dos recursos disponíveis;
g) elaborar a proposta de projeto.
Nessa fase conceitual, devemos ter um conjunto de pensamentos. Muitas ve-
zes, mesmo sem perceber, de forma intuitiva fazemos cada uma das etapas e às
vezes de maneira muito rápida e sem nem nos darmos conta. O fluxo de pensa-
mento é uma característica de cada um de nós (Figura 17).
3 CICLO DE VIDA DE UM PROJETO
37
Ainda sobre esta fase conceitual é bom que entendamos que os projetos nas-
cem por um motivo básico: há necessidades que o exigem. Essas necessidades
quando devidamente estudadas revelam-se em problemas que exigirão dos pro-
jetistas e, consequentemente, de seus projetos solução. Portanto, jamais deve-
mos perder de vista que a solução para as necessidades encontradas (desdobra-
das em problemas) sempre serão o objetivo maior de todo projeto. Esse deve ser
o primeiro pensamento de um projetista.
NECESSIDADE
PROBLEMA
PROJETO (SOLUÇÃO)
Aumentam de volume, de
Na fase conceitual, devemos, obviamente, planejar o que será executado (a
intensidade. nível de projeto).
Na etapa de planejamento, o foco deverá estar na operacionalização do projeto.
É nessa fase que definimos cada profissional envolvido e o que ele deve realizar. O
correto dimensionamento de equipe e de atribuições é fundamental neste processo.
Para esta fase, podemos elencar as seguintes etapas:
a) definir o grupo e o gerente de projeto;
b) programar as atividades do projeto que serão desenvolvidas ao longo do
tempo (prazo);
c) determinar as datas de alcance de objetivos parciais, para controle das ativi-
dades “realizadas x precisa ser feito”;
d) definir os parâmetros de controle a serem adotados ao longo do desenvol-
vimento do projeto;
e) definir o método e a periodicidade de comunicação entre os membros da
equipe de projetos;
f) executar, sempre que necessário, o treinamento do pessoal envolvido dire-
ta e indiretamente com o projeto;
Fase execução
Essa é a fase do projetar propriamente dito; é aqui que os esforços da equipe
e do gerente de projetos se avolumam9 e cada um dá o máximo de si para que o
projeto nasça.
É nesta fase do ciclo de vida de um projeto que os custos aumentam signifi-
cativamente. Além de um maior gasto de tempo, que resulta num aumento de
dinheiro investido, na maioria das vezes aumentam também o número de profis-
sionais envolvidos nas atividades.
Comentaremos mais sobre esta fase no capítulo seguinte.
Fase conclusão
Como o próprio nome sugere, esta é a fase final do projeto. Uma característica
marcante dessa fase é o gradual desligamento de empresas e profissionais liga-
dos ao projeto. Outra preocupação é manter todos os prazos e tarefas conforme
planejados inicialmente.
Nesta etapa, finalizam-se as atividades em andamento e encaminha-se o pro-
jeto à aprovação. Ao contrário da etapa de execução, aqui os custos e recursos
humanos vão gradativamente diminuindo.
3 CICLO DE VIDA DE UM PROJETO
39
Conclusão
Execução/Conclusão
Execução
10EXORBITANTE:
11AQUÉM:
Preço Prazo
12EXÍGUO:
Esses prazos além de muito bem definidos tendem a ser bastante apertados,
13ÂMBITO:
pois, seja lá quem for o financiador do projeto, sempre exigirá o produto ou servi-
Campo, domínio, esfera. ço a ser gerado, em tempo recorde. Essa é também uma das maiores críticas dos
projetistas.
Fato é que, depois de discutido, debatido, acertado o prazo, o projeto deverá
14AVC: ser entregue em tempo hábil. Outra premissa a que a equipe de projeto deverá
atender é o preço. A cada dia a questão do dinheiro investido em qualquer pro-
Acidente Vascular Cerebral.
duto é tema de preocupação e muita discussão por ambas as partes: aquela que
paga e aquela que recebe.
Imagine se o preço de algo que você fosse comprar tivesse exorbitante10. Cer-
tamente você procuraria alguém ou algo que provesse você de algo semelhante,
mas com um preço mais acessível, não é verdade? Claro que o outro lado da mo-
eda também é válido, ou você, como profissional, aceitaria fazer seu trabalho por
preço bastante aquém11 do que deveria realmente receber? Portanto, o ideal é
que o preço acordado seja justo para ambas as partes.
A execução adequada do prazo, por si só, não garante o sucesso da execução
do projeto. A mesma deve estar alinhada com o cumprimento do orçamento e
planejamentos iniciais.
Por último, mas não menos importante, temos a questão da qualidade en-
volvida nos projetos. Esta premissa fecha o trinômio a que os projetos deverão
atender. Sem dúvida, eles precisam ser entregues no prazo e também deverá ser
cobrado um preço justo, mas você já imaginou se os projetos fossem entregues
sem qualidade?
Pois é, de nada adiantará um projeto com um bom preço e entregue no prazo
se ele não tiver a qualidade esperada. Assim, além de terem um preço justo e
serem entregues no prazo, deverão atender ao que lhes fora solicitado, ou seja,
cumprir seu papel na resolução dos problemas encontrados.
3 CICLO DE VIDA DE UM PROJETO
41
É lógico que esses três fatores estão intimamente ligados; um sempre acaba
afetando o outro. Por exemplo, se o prazo for exíguo12 demais, por certo que o
valor do projeto será aumentado, pois serão contratados mais profissionais para
a conclusão do projeto e eventuais horas extras de trabalho.
Em contrapartida, o ritmo frenético de trabalho e o prazo apertado podem
comprometer bastante a qualidade envolvida. O ideal é que as coisas aconteçam
de forma saudável, para que possamos aliar preço e prazo, sem perder de vista
a qualidade exigida e necessária. Podemos dizer que o preço e o prazo sempre
interferirão de alguma forma no âmbito13 da qualidade.
Preço
Qualidade
Prazo
15LAVABOS:
Prazos apertados
16DIVIDENDOS:
João, dois meses depois de formado como técnico em edificações, recebeu
Lucro ou dinheiro devido a uma proposta para trabalhar numa pequena empresa construtora em sua
alguém por seu trabalho.
cidade. Ficou encarregado de apoiar no gerenciamento da obra de cons-
trução de um galpão enorme, quase todo em estruturas metálicas, e um
anexo de lavabos15, cozinha e banheiros, cujos projetos haviam chegado
havia cerca de duas semanas.
Após alguns dias analisando os projetos, enquanto os operários fechavam
o tapume da obra e organizavam sua mobilização, João pôde perceber al-
gumas informações estranhas. Havia discordâncias entre plantas baixas e
cortes de um mesmo cômodo e as dimensões previstas não pareciam estar
de acordo com a escala especificada no carimbo do projeto. Mais estranho
ainda para ele foi reconhecer a logomarca como a de uma grande empresa
no setor de projetos, consolidada há anos na região, e onde um colega seu
de curso estagiou antes de se formar.
De imediato, João entrou em contato com a empresa responsável pelo pro-
jeto e chegou a um consenso com relação às questões conflitantes identi-
ficadas. Muito tempo depois, numa conversa informal com seu colega, ele
soube que o prazo dado para a conclusão daquele projeto foi muito curto,
o que acabou impactando negativamente em sua qualidade.
RECAPITULANDO
Anotações:
Planejamento do projeto
Você se lembra de quando era criança e planejava o que seria quando crescesse? Ou o cargo
que conquistaria, a quantidade de filhos que teria, ou ainda os lugares que iria conhecer dentro
de algum tempo?
Algumas pessoas costumavam brincar de prever o próprio futuro, a partir de joguinhos fei-
tos com caneta e papel, onde elaboravam frases que diziam com quem casariam e a idade que
teriam no casamento (Figura 23).
Pois é, possa ser que nem todos os nossos desejos tenham sido atendidos, mas essas previ-
sões que fazíamos quando éramos crianças, também podem ser consideradas como um plane-
jamento, afinal, fazem parte do nosso projeto de vida, não é mesmo?!
Mas nós falamos tanto na palavra planejar, e, na verdade, o que ela significa?
Planejar significa traçar um plano, bolar um projeto, programar ou premeditar alguma
ação antes de executá-la.
Portanto, o planejamento é uma etapa muito importante que antecede a execução de um
projeto. Com ele visamos prever situações críticas, construir caminhos e elaborar referências
PROJETO FINAL
48
1ESTOURO EM para a execução de serviços, tornando dessa forma os projetos mais viáveis e lu-
ORÇAMENTO:
crativos financeiramente, com melhor aproveitamento do tempo e de recursos.
É uma expressão utilizada Este é um sistema dinâmico que coordena e orienta nos processos e atividades
para determinar a
ultrapassagem de um valor de um projeto. Consideram-se no planejamento as melhores informações sobre
orçado.
custos, prazos, qualidade, saúde, sustentabilidade e segurança operacional.
Sabemos que nos dias atuais, planejar é muito importante para a execução de
qualquer coisa nas nossas vidas, principalmente quando falamos da execução de
2ASSERTIVIDADE:
algo tão complexo como as edificações.
É uma característica de
quem é certeiro. Quem A falta de planejamento pode impactar de forma grotesca nas obras. Pode fa-
acerta nas suas afirmações zer com que haja atraso na execução, estouro em orçamentos1, contratação in-
ou serviços.
suficiente de pessoal, compra indevida de materiais, dentre outros fatores que
impactam de diversas formas nas construções.
Nesse capítulo, iremos trabalhar com planejamento de projeto, e aprendere-
3PREMISSAS:
mos sobre as etapas de:
Informações ou
conhecimentos necessários a) proposição do objetivo;
para o atendimento de
alguma solicitação ou b) coleta de dados;
exigência.
c) análise de dados;
d) elaboração de cronogramas de desenvolvimento;
e) previsão de recursos;
f) determinação do custo do projeto;
g) definição de critérios técnicos de avaliação do protótipo, produto ou siste-
matização de resultados.
Todos esses tópicos são muito importantes para elaboração de um planejamen-
to sem falhas, com o maior índice de assertividade2 possível, sem desperdícios ou
excessos, sem corre-corre para finalização de serviços ou contratação de pessoal.
QUALIDADE SEGURANÇA
PLANEJAMENTO
SAÚDE SUSTENTABILIDADE
Atividade Atividade
E D
Figura 26 - Caminho crítico
Fonte: SENAI, 2013.
4NBR:
Norma Brasileira.
5ABNT:
Associação Brasileira de
Normas Técnicas.
7LIMÍTROFE: É iniciada aqui a etapa de estudo de viabilidade do terreno, na qual é feita uma
comparação entre custos desencadeados e possíveis ganhos financeiros oriun-
Refere-se a tudo que está
ao redor. Tudo que está dos de um determinado projeto.
delimitando, dando limites
ao terreno. São feitos alguns levantamentos com o objetivo de dar suporte a esse estudo
de viabilidade a partir da coleta de dados, entre eles, conheçam os seguintes:
a) informações sobre o mercado: os pesquisadores realizam coletas junto
8SUBSÍDIO: a associações e institutos, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
É uma forma de auxílio
(IBGE). Eles buscam informações sobre a população local e possíveis moradores
governamental. para o seu tipo de projeto.
b) informações sobre o terreno: nesse ponto, os pesquisadores buscam in-
formações sobre o terreno junto a instituições e organizações. Muitas vezes, o
exército é solicitado para passar esse tipo de informação, pois seu pessoal espe-
cializado detém dos melhores documentos cartográficos e topográficos existen-
tes no Brasil.
São observados pontos como orientação do sol, tamanho e formato do terre-
no, vizinhança, existência de ligações com redes de abastecimento de água, es-
goto e energia elétrica, acesso a transporte público, redes de ensino e comércio,
existência de opções de lazer como shoppings, parques e cinemas, segurança pú-
blica, entre outros elementos que possam atrair o público desejado para o local.
Também são levantadas informações que possam inviabilizar o projeto, como
preço do terreno, preservação do meio ambiente local e construções limítrofes7.
Figura 31 - Entrevista
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.
PROJETO FINAL
58
10PONDERADAS: leta sem que haja uma justificativa ou motivo para ela, assim como não podemos
fazer a coleta sem ter objetivos definidos a serem alcançados.
É o mesmo que julgada,
analisado ou examinado. Tudo que iremos aplicar para obtenção de dados deve ser preparado previa-
mente, pois evitamos perda de tempo com elaboração de perguntas no decorrer
do processo, assim como não perdemos informações valiosas por não ter pensa-
do nas perguntas anteriormente.
A linha de raciocínio não pode ser quebrada, deve ser mantido o foco nas per-
guntas e questionários elaborados, portanto, é muito importante revisar o mate-
rial antes de aplicá-lo, o que evita propagação de questões falhas, sem conexão
com o objetivo a ser alcançado.
Todos os profissionais envolvidos no processo de coleta de dados devem ter
autocontrole, domínio do assunto, imparcialidade com as respostas e informa-
ções coletadas, evitando a condução de perguntas com respostas que desejam
ouvir ao invés daquelas que as pessoas desejam dar.
Necessita-se que o aplicador dos instrumentos de coleta de dados tenha uma
boa capacidade de observação, para discernir se as pessoas estão ou não confor-
táveis com a situação da coleta ou se as respostas dadas são corretas ou inventa-
das. Essa característica também pode ser utilizada para uma melhor observação
das ações cotidianas, como, por exemplo, a descrição da situação do trânsito e
transporte na região.
A partir dessas informações, percebemos que alguns cuidados devem ser to-
mados para a realização da coleta de dados, principalmente o condicionamento
dos profissionais envolvidos no processo.
É muito importante utilizar equipes lideradas por um supervisor experiente,
que possa orientar as pessoas caso haja algum tipo de dúvida ou reconduzir a
situação caso a coleta tenha sido realizada de maneira incorreta.
4 PLANEJAMENTO DO PROJETO
61
População - Brasil
Percentual por região geográfica
28%
42% Norte
8% Nordeste
Sudeste
Sul
7% Contro-Oeste
15%
11MINUCIOSA: b) tabelas: elementos que visam unir informações e expô-las em formato sim-
plificado, a partir de linhas e colunas, como pode ser visualizado no exemplo a
É o mesmo que bem
detalhada. seguir.
2
4
6
Legenda:
1 - Equatorial
2 - Tropical
3 - Semi-árido
5
4 - Litoraneo
5 - Subtropical
6 - Tropical de Altitude
Figura 35 - Mapa
Fonte: SENAI, 2013.
4 PLANEJAMENTO DO PROJETO
63
13MTE: sadas, e em contrapartida o projeto não for bem aceito pela classe alta, cabe ao
gestor, repensar todo o seu projeto.
Ministério do Trabalho e
Emprego. Deve ser pensada aqui a possibilidade de financiamento pela Caixa Econômica
Federal ou bancos associados, para que o empreendimento seja mais acessível e
viável economicamente ao público alvo. Afinal de contas, nos dias atuais, o públi-
14BNDES: co busca oportunidades de pagamentos em parcelas suaves, sem comprometer
muito a verba disponível, e é melhor receber o pagamento aos poucos do que ter
É o Banco Nacional do
Desenvolvimento elevado número de inadimplência entre os clientes, não é mesmo?!
15IMPRESCINDÍVEL:
É o mesmo que
muito importante ou
Análise do
indispensável. Análise do Comprador
Mercado
Análise do
Terreno
Viabilidade do Projeto
Figura 36 - Viabilidade do Projeto a partir da análise de dados
Fonte: SENAI, 2013.
CASOS E RELATOS
A coleta difícil
Rafael está à frente de um projeto que busca coletar informações para dar
condições a uma construtora de elaborar um planejamento das etapas do
projeto, mas ele está com dificuldade de liderar a sua equipe.
Entre as pessoas que estão com ele, Valney tem capacidade de observação,
mas não sabe se expressar e Sandra tem domínio do assunto, mas não se
controla e dá opiniões fortes sobre os problemas. Como fazer para traba-
lhar com essas pessoas?
Rafael resolveu dimensionar sua equipe: como tinha que passar informa-
ções sobre o trânsito local, colocou Valney para observar o fluxo de carros e
transportes nas proximidades do empreendimento. Desse modo, deu para
Sandra a função de elaborar os questionários que ele mesmo irá aplicar,
pois ele sabe ouvir as pessoas, tem autocontrole e é imparcial.
No final da coleta de dados, o resultado não poderia ter sido melhor. Eles
coletaram as informações pertinentes e foram elogiados pelos gestores
que fizeram a análise dos dados para verificar a viabilidade do terreno.
16GRUAS: SEMANA
CATEGORIA 1 2 3 4 Hh
Máquina no estilo guindaste ENCARREGADO MECÂNICO 1 2 2 1 264
utilizada no canteiro para
levantar grandes pesos. MECÂNICO MONTADOR 4 7 7 3 924
AJUDANTE 4 7 7 3 924
TOPÓGRAFO 1 1 88
AUXILIAR DE TOPÓGRAFO 1 1 88
APONTADOR 1 1 1 1 176
17CURVA ABC: Tabela 2 - Cronograma de mão de obra
Fonte: SENAI, 2013.
É uma expressão utilizada
para definir uma lista de
insumos por ordem do
mais impactante ou mais c) cronograma de equipamentos: esse tipo de cronograma se assemelha ao
utilizado para o de menor
expressividade em um anterior, mas ao invés de contar as horas da mão de obra envolvida, conta as ho-
projeto. ras dos equipamentos que serão utilizados na execução do projeto.
Ele deve ser bem definido, pois algumas máquinas grandes como tratores, ca-
minhões e gruas16, precisam de um período de tempo maior para serem transpor-
18MEDIÇÕES: tadas ao local da obra.
São pagamentos feitos Se a empresa não tiver os equipamentos discriminados em estoque, deve aten-
a partir dos serviços
executados pelas empresas. tar para a solicitação com antecedência do aluguel das máquinas, para garantir a
entrega no tempo certo. Veja como isso ocorre no modelo de cronograma a seguir:
MÊS
EQUIPAMENTO Agosto Setembro Outubro Novembro
GUINDASTE 45T 1 1
MUNCK 3T 1 1 1 1
MÁQUINA DE SOLDA 2 4 4 3
MAÇARICO OXIACETILENO 1 2 2 1
Tabela 3 - Cronograma de equipamentos
Fonte: SENAI, 2013.
19PRODUTIVIDADE: Para que esses cronogramas sejam elaborados corretamente, em primeiro lu-
gar devemos saber o período correspondente à obra e então decidir se as etapas
É um índice que determina
quanto uma pessoa ou do projeto serão dividas em dias, meses, quinzenas ou até mesmo semestres.
equipe é capaz de produzir
por hora trabalhada. É Daí então pode ser iniciado o estudo da produtividade19 das equipes envol-
baseada em estudos e
acompanhamento de tarefas vidas no processo, baseando-se principalmente no histórico da empresa e expe-
no dia a dia. riência dos gestores do planejamento. Podem ser contratadas, nesse momento,
equipes de consultoria em organizações especializadas.
As informações adquiridas nas etapas de levantamento e análise de dados
20RACIONALIZAR: são utilizadas com intensidade durante a elaboração dos cronogramas, principal-
É o mesmo que melhorar ou mente por conta da questão ambiental, já que as chuvas fortes e outros tipos de
organizar um processo. intempéries influenciam no tempo hábil de desenvolvimento dos serviços.
A partir de todas essas informações é que delimitamos o tempo de execução
das etapas construtivas nos cronogramas, para evitar os indesejados atrasos de
obras, e corre-corre para finalizar as atividades dentro do prazo. Isso tira o sono
não apenas dos profissionais, mas também das pessoas que adquirem os imóveis
e ficam na esperança de recebê-los o quanto antes.
AQUISIÇÃO
RECEBIMENTO
ARMAZENAGEM
MOBILIZAÇÃO
DESMOBILIZAÇÃO
21AFERIR: Percebemos que para executar uma boa logística de canteiro, dependemos
das etapas anteriormente abordadas nesse volume.
É o mesmo que verificar ou
avaliar. Precisamos das informações obtidas na etapa de coleta de dados, principal-
mente referentes ao tamanho e dimensão do terreno, para dessa forma visuali-
zarmos melhor o layout de canteiro e definirmos as melhores posições para cada
um dos seus elementos.
Precisamos de uma análise correta de dados, para não errarmos nos tipos de
materiais e equipamentos a serem utilizados em cada etapa do processo executivo.
Precisamos nos basear nos cronogramas elaborados previamente para saber
as datas para aquisição dos recursos no tempo certo, sem perder os prazos esti-
pulados previamente.
Com tudo isso, podemos começar a planejar as duas etapas da previsão de
recursos, citadas anteriormente.
a) etapa 1: nesse momento, entramos em ação com o levantamento quanti-
tativo da obra. Devemos abrir os três projetos preexistentes: estrutural, ar-
quitetônico e de instalações para fazer a previsão de recursos que serão usa-
dos a partir das informações levantadas, juntamente com as especificações
técnicas aliadas ao memorial descritivo da obra, que juntos determinam os
tipos de materiais e equipamentos a serem utilizados para execução do pro-
jeto.
Com essas informações em mãos, elaboramos uma planilha de dados conten-
do a descrição dos serviços, materiais ou equipamentos previstos a partir dos pro-
jetos, memorial e especificações técnicas, englobando suas respectivas unidades
de medida e quantidades necessárias. Na tabela a seguir, você pode perceber
todos esses detalhes.
LEVANTAMENTO QUANTITATIVO
1 Fundação
1.1 Escavação Manual m3 15,00
1.2 Aço CA 50 kg 500,00
1.3 Concreto FCK = 25 Mpa m3 10,00
1.4 Execução de Estaca m 300,00
2 Estrutura dos pilares
2.1 Forma Comum de madeira m2 50,00
2.2 Aço CA 50 kg 3.000,00
2.3 Concreto FCK = 30 Mpa m3 25,00
Tabela 5 - Exemplo de levantamento quantitativo
Fonte: SENAI, 2013.
4 PLANEJAMENTO DO PROJETO
73
22RACIONALIZAÇÃO: −−previsão das áreas de vivência para os funcionários, como por exemplo
instalações sanitárias, vestiário e alojamento;
Realizar as tarefas evitando
desperdícios e uso −−previsão das áreas de lazer para os funcionários.
inadequado de força.
A partir dessa etapa, são atendidas as necessidades da própria empresa
que elaborou o projeto e dos futuros funcionários que executarão a constru-
23INTERFACE:
ção da edificação. A produção vai ocorrer com maior velocidade por conta dos
profissionais mais qualificados, escolhidos em dinâmicas e testes aplicados
É o mesmo que conexão.
Fazer ligação entre
nos processos seletivos.
informações.
c) etapa 3: se objetivarmos elaborar a previsão dos recursos em um projeto, é
necessário o conhecimento da disposição do layout, pois para determinar a
racionalização22 da armazenagem, mobilização e desmobilização dos mate-
24ELENCAR: riais e equipamentos, precisamos saber a localização do almoxarifado, área
É fazer uma lista, enumerar de corte e dobra do aço, área de vivência, local para armazenamento em
dados. paletes, portaria, entre outros.
Essa parte constituinte da terceira etapa da previsão de recursos é denomina-
da Definição da Logística Interna.
4 1 Acesso de colaboradores
1 2 3
2 Áreas de vivência e almoxarifado
6 5 3 Central de montagem
8 7
4 Silo de argamassa pré-misturada
11 5 Acessos de veículos
9 6 Guindaste
7 Plataforma de descarga de grua
10 8 Elevador de passageiros/material
7 9 Descarga dentro da obra
10 Estocagem no ponto de utilização
11 11 Estoque central
12 Edificação vizinha - interferência
12
teriais e equipamentos de uma obra se nem sabemos como e quando vamos ad-
quirir esses elementos?
São pontos de vistas, a) preço de custo: referente à soma do que foi gasto para construir, ou seja,
argumentações ou são as despesas do construtor. estão englobados gastos com impostos, mão
caminhos diferentes que
podem ser tomados a partir de obra, transporte, materiais, serviços prestados, entre outros.
de uma situação.
b) preço de venda: referente à soma do preço de custo com o lucro que se
deseja obter a partir das características do mercado consumidor.
Logo, precisamos entender o custo de um projeto a partir de duas vertentes25.
A primeira passando pelos gastos que totalizam o seu custo, e a segunda que
engloba os gastos finais e lucros que desejam ser obtidos com o seu desenvolvi-
mento. Todas duas devem ser trabalhadas, analisadas e muito bem discutidas na
etapa de planejamento do projeto.
Perceba que nesse momento precisamos da conclusão das etapas de coleta,
análise de dados, elaboração de cronograma e levantamento dos recursos a se-
rem utilizados. Tudo isso para que o executor da edificação possa realizar os seus
trabalhos de maneira, rápida, com fluidez, qualidade e segurança, evitando pre-
visão de custos e formulação de orçamentos incompatíveis com as características
que deseja atingir com o seu projeto.
Vamos agora conhecer as etapas e processos envolvidos na determinação do
custo de um projeto.
O orçamento é um dos principais itens a ser elaborado em um projeto. Para
a sua constituição, são somados as despesas diretas do projeto com as despesas
indiretas. Dentro das despesas diretas teremos as despesas com insumos de mão
de obra, materiais e equipamentos. Já nas despesas indiretas, incluem-se os gas-
tos com o escritório central da construtora, água, luz, telefone, impostos e lucros
almejados.
Ao elaborar as parcelas relativas às despesas diretas e indiretas do orçamen-
to, não podemos esquecer dos custos com a manutenção do empreendimento.
Assim, ao abordar sobre orçamentos, podemos classificar e levantar os custos,
acoplando despesas diretas e indiretas da seguinte forma:
−−custos construtivos: envolve os gastos com a aquisição do terreno e exe-
cução da edificação;
−−custos operacionais: envolve os gastos referentes ao processo de ilumi-
nação da obra, limpeza, uso de equipamentos, consumo da água e ins-
talações;
−−custos referentes à manutenção: envolve os gastos com serviços de
reparos, manutenção preventiva em máquinas e equipamentos ou
substituição de materiais;
−−custos de adaptação: custos referentes às modificações em projetos, sis-
4 PLANEJAMENTO DO PROJETO
79
27SINDUSCON:
É o Sindicato da Indústria da
Construção Civil.
Figura 49 - Qualidade!
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.
RESULTADOS ESPERADOS:
Tabela 7 - Modelo de PO
Fonte: SENAI, 2013.
OBRA: PROCESSO:
QUANTIDADE VERIFICADA: INÍCIO: TÉRMINO:
MESTRE: ENCARREGADO: EQUIPE:
1-
2-
3-
4-
5-
1-
2-
3-
4-
5-
−−A (Act): refere-se a agir corretivamente caso um erro tenha sido obser-
vado na checagem da execução.
Se você observar, poderá utilizar os PO’s para se planejar e as FVS’s para che-
car. A partir desses dois itens, as demais etapas podem ocorrer fluidamente. Você
irá checar o cumprimento dos PO’s com as FVS’s que lhe darão parâmetros para
agir corretivamente frente as falhas encontradas na etapa de execução.
Portanto, cada uma dessas etapas se complementam e formam um ciclo in-
terminável, que busca a realização de atividades com o menor índice de erros
possíveis, que são consertados ao longo do ciclo de Planejamento, Execução,
Checagem e Ações corretivas.
A D
C
Figura 50 - Sistema do PDCA
Fonte: SENAI, 2013.
b) seis sigma: sigma é uma letra grega muito utilizada em análises e estatística
e significa desvio padrão. Seis Sigma é uma estratégia que visa reduzir variações
nos processos, evitando dessa forma a propagação de falhas nos produtos e/ou
serviços fornecidos aos clientes.
Como é uma estratégia complexa, exige bastante envolvimento dos funcioná-
rios. É indispensável que inicialmente a diretoria gaste dinheiro com treinamen-
tos para agregar conhecimento a todos, para finalmente obter retorno do merca-
do através do processo de melhoramento contínuo propagado pela estratégia,
que reduz custos e falhas no produto final desenvolvido.
O Seis Sigma trabalha com ações, a fim de atingir os objetivos de aumento de
lucros, melhoria contínua nos erros e aumento de qualidade nos processos, pro-
dutos e serviços prestados ao cliente, que também são o foco dessa estratégia.
Veja essas ações:
−−definir os problemas e objetivos;
−−medir as possibilidades;
PROJETO FINAL
88
−− analisar as variáveis;
−−controlar os processos envolvidos;
−−melhorar a fim de evitar as falhas.
Definir Medir
6σ Analisar
Melhorar Controlar
Senso de Senso de
Autodisciplina Utilização
5 S’s
Senso de Senso de
Higiene Ordenação
Senso de
Limpeza
Figura 52 - 5 S’s
Fonte: SENAI, 2013.
28CONVERGE: Pronto! Agora você já conhece as estratégias que podem ser utilizadas como
forma de sistematizar resultados e definir critérios a fim de se obter a qualidade
Tende a algo ou dirige-se a
algo. do produto e satisfação dos clientes na construção civil.
Essa foi a última etapa do planejamento de projeto. Podemos seguir adiante
com o Desenvolvimento que converge28 na Execução do projeto então elabora-
29CULMINAR: do. Vamos lá!
RECAPITULANDO
Você já ouviu falar em desenvolvimento de projeto? Eis aqui uma tarefa importantíssima e
imprescindível para nós da área da construção civil, que, aliás, será o foco deste capítulo.
Desenvolvimento de projeto é, como se diz no popular, ‘colocar a mão na massa’. Depois
de finalizados os estudos preliminares em termos de coleta de materiais e informações legais
e ambientais da área sobre a qual se intenta erguer uma edificação, feitos os ensaios e análises
necessárias em cada caso, colhidas as análises de resultados, executado estudo de viabilidade
técnica e econômica do projeto e passadas as etapas de concepção do projeto, é hora de tratar
de seu pleno desenvolvimento.
1PÚBLICO-ALVO: No que diz respeito ao tipo e porte da obra, as interferências relativas ao desen-
volvimento do projeto são bastante contundentes2. Você há de convir comigo que
A quem algo se destina.
obras como um edifício de 25 andares tem seu projeto um tanto diferente que o de
uma obra de um conjunto habitacional com três pavimentos de altura, certo?
Essas variações tendem a ser maiores ainda quando comparamos os projetos
2CONTUNDENTES:
de obras residenciais com os de outras modalidades: comerciais, portuárias, ro-
Fortes, decisivas. doviárias, etc.
3MARKETING:
Propaganda, divulgação.
4BENESSES:
Vantagens.
Por vezes, dada a brevidade com que se quer o projeto (prazo) e a disponibili-
dade financeira para tal (custo), haverá a necessidade de mais de um profissional
projetista envolvido. Isso deverá ser decidido pelo coordenador de projetos, figu-
ra que já conhecemos bem.
Nestes casos, o projeto que mais costuma consumir recursos humanos é o da
especialidade arquitetônica. Isso é fácil de entender, pois por ser o projeto principal
de uma edificação, é natural que se tenha muito trabalho intelectual envolvido.
É no projeto arquitetônico que se define as divisões internas dos cômodos
e elementos como fachadas, revestimentos, pisos, forros, etc. Há plantas baixas,
cortes e detalhamentos que normalmente demandam mais de uma pessoa a fa-
zê-lo. Bem verdade que nosso exemplo é bastante modesto em termos de suas
dimensões geométricas, mas se passarmos a um edifício de múltiplos andares, o
projeto arquitetônico ficaria bem mais complexo.
O coordenador de projetos deverá subdividir as tarefas de execução do pro-
jeto segundo as apetências5 e habilidades de cada um. Claro que isso perpassa
também pela formação de cada profissional, como descrevemos em alguns pará-
grafos. Caberá ao coordenador de projetos o discernimento e bom senso na hora
de alocar a equipe diante das demandas existentes (Figura 57).
EQUIPE
DEMANDA PROJETOS
5.2 EXECUÇÃO
a) Projeto arquitetônico
Conforme já dissemos, o projeto arquitetônico é o principal projeto de uma
edificação. É nele que poderemos visualizar a edificação conforme esta deverá
ser construída. Quartos, sala, cozinha, banheiros, área de serviço, etc., tudo deve
estar devidamente claro e definido no projeto arquitetônico. Vale ressaltar que
PROJETO FINAL
100
7PECULIARIDADES:
Especificidades,
característica específicas.
Você já se perguntou por que ao longo de nossas vidas fazemos tantos testes
e provas? Na escola primária, no secundário, no ingresso e durante a faculdade...
Até mesmo para conseguirmos emprego, às vezes, somos submetidos às provas
(teóricas, práticas, psicológicas, etc.). Isso sem falar nos empregos públicos cuja
via de acesso são os famosos concursos, que nada mais são senão uma grande
avaliação de nossos conhecimentos.
5 DESENVOLVIMENTO DE PROJETO
105
Pois é, as avaliações existem (e são mesmo necessárias) para que aquilo que
aprendemos e/ou fazemos seja testado e aprovado por alguém competente.
Nem sempre esse alguém é uma única pessoa; é comum que haja um grupo de
pessoas que já passaram pelo mesmo processo que nós e cujos estudos aprofun-
dados e experiência profissional permitem que nos avaliem.
Em se tratando de projetos, a coisa não é muito diferente. Depois de execu-
tados em todas as suas especialidades, devemos proceder à sua aprovação. Isto
ocorre tanto internamente quanto externamente.
Do ponto de vista de validação (avaliação) externa, falamos com relação à apro-
vação necessária por parte da prefeitura municipal e dos órgãos competentes,
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), Conselho de Arquitetura
e Urbanismo (CAU). Vale dizer que cada prefeitura tem suas próprias diretrizes
para aprovação dos projetos, respaldados em seu Plano Diretor de Desenvolvi-
mento Urbano (PDDU) e Lei de Ocupação, Uso e Ordenamento do Solo (LOUOS).
Sempre que incoerências forem encontradas nas avaliações, o projeto deve
ser revisto pelos seus projetistas. São as chamadas revisões de projeto.
Internamente, devemos, quando projetamos algo, submetê-lo à análise para
aprovação, que fica a cargo dos coordenadores e diretores de projeto das empre-
sas para as quais trabalhamos ou prestamos serviços. Normalmente, essa análise é
feita por profissionais ligados à área de projeto e com certo tempo de experiência.
Em termos dos méritos a serem avaliados nos projetos das edificações, pode-
mos elencar:
e) atendimento às expectativas da parte contratante (cliente);
f) atendimento à normatização8 vigente tanto em termos e aspectos técnicos
como também em relação à qualidade;
g) atendimento ao prazo e ao custo previstos inicialmente.
Dentro do rol das expectativas do cliente, há questões funcionais e questões
estéticas. Para que um projeto de uma edificação obtenha êxito aos olhos do clien-
te, premissa básica para sua aprovação é atingir esses dois objetivos primordiais.
PROJETO FINAL
106
CASOS E RELATOS
Código
Canal de comunicação
Figura 65 - Esquema de comunicação
Fonte: SENAI, 2013.
RECAPITULANDO
No decorrer desse livro, aprendemos o que são projetos, como elaborá-los, como planejá-los
e como executá-los. Nesse capítulo, trataremos das possíveis formas de apresentar os projetos,
as técnicas de apresentação, os recursos necessários e como deve ser feita a programação para
atender as necessidades da empresa quanto a apresentação desses projetos.
Figura 66 – Apresentação
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.
1HABITE-SE: processos contra a empresa que está executando, o que gera grandes des-
pesas para o executor.
Documento, ato de
reconhecimento que As informações seguintes são muito utilizadas como parâmetro para formação
garante a conclusão da
obra e permite a entrega da ideia de prazo a ser inserida nas apresentações de projeto:
do empreendimento para o
comprador. −−período de duração da obra (cronograma físico);
−−período para retirada do habite-se1 da obra;
−−período para vistorias de entregas das unidades do empreendimento.
2RESSARCIMENTO:
3PORTIFÓLIOS:
4DIRETRIZES: Depois de apresentados esses conceitos você já está ciente dos recursos ne-
cessários para preparar uma apresentação de projeto. A partir de agora, serão
São instruções para
elaboração de algo. apresentadas as técnicas de apresentação. Vamos dar mais um grande passo no
aumento do conhecimento para formação de excelentes técnicos de edificações!
5EVIDENCIAR:
6.2 TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO
É o mesmo que confirmar ou
demonstrar.
Desde pequenos, somos preparados para apresentar projetos nas escolas.
Sempre são realizados seminários ou feiras de ciências com variados temas para
que possamos desenvolver nossa capacidade de comunicação a fim de fazer
boas apresentações, em que o público fique envolvido e entenda com facilidade
a mensagem que desejamos passar.
É comum que as pessoas fiquem com um friozinho na barriga só de imaginar
em se apresentar para o público. Não seria diferente na área de projetos, pois as
expectativas são grandes, e as apresentações tem que ser bem elaboradas, cheias
de artigos dinâmicos e chamativos. Afinal, queremos ou não chamar e prender a
atenção do nosso público alvo?!
Diretor
Gerente de Gerente de
Planejamento Execução
Figura 73 - Organograma
Fonte: SENAI, 2013.
Então, caros alunos, o passo a seguir diz respeito a como organizar as informa-
ções inclusas nos memoriais, plantas, orçamentos e cronogramas a fim de obter-
6 APRESENTAÇÃO DO PROJETO
123
mos o nosso roteiro de apresentação. Essa parece ser uma tarefa difícil, afinal, orga-
nizar e resumir todas as informações de um projeto pode ser bastante trabalhoso.
Mas perceba que cada resposta a uma das pergunta referentes à elaboração
do roteiro já introduz a uma nova pergunta. Por exemplo, ao questionarmos o
que será apresentado, já estamos remetendo a uma introdução ou contexto para
isso, por sua vez, a introdução remete a quem está envolvido no seu contexto,
que já envolve quem será o responsável pelo que está em execução.
E não para por aí, ao definirmos as pessoas responsáveis pelo projeto, temos
que saber o que elas pretendem com ele, ou seja, seus objetivos gerais e específi-
cos, e a partir daí são geradas as perguntas: quanto custa para que esses objetivos
sejam alcançados? E quem pagará por isso? Ou seja, quem será o público alvo?
A interligação entre os tópicos continua com os resultados esperados pelos
executores e público alvo, que remete a metodologia a ser utilizada para alcançar
esses resultados e por fim chegamos a pergunta sobre o tempo estipulado para
concluir todas essas etapas da elaboração do roteiro.
Para facilitar essa visualização, vamos comparar a montagem de um roteiro
a uma teia de aranha. Visualize cada teia traçada como um item se unindo aos
demais para convergir em um único ponto em comum: o centro da teia. No nosso
caso, as teias são os itens do roteiro e o centro da teia é o nosso grande objetivo,
que nada mais, nada menos é do que a apresentação do projeto elaborado!
Viu como é fácil?! Agora visualize na imagem como estaria disposta essa teia:
1 DEFINIÇÃO
8 PÚBLICO ALVO 2 CONTEXTO
11 PRAZO
técnicas de apresentação vistas agora, você já pode começar a fazer uma apre-
sentação de projeto bem definida.
Falta apenas conhecermos a definição da programação, para a apresentação
ser perfeita em recursos, conteúdos e tempo de duração. Siga em frente e conhe-
ça o último capítulo desse último livro para sua formação profissional.
CASOS E RELATOS
Pronto! Agora você está ciente de como planejar, elaborar e executar a sua
apresentação. Você já é capaz de definir os recursos necessários e utilizar técnicas
para apresentar seu projeto.
Foi uma extensa caminhada, mas você chegou ao ponto final. Esse foi o último
capítulo do livro Projeto Final para se formar um técnico de edificações. Espero
que tenham gostado e aproveitado bastante o conteúdo!
RECAPITULANDO
Anotações:
REFERÊNCIAS
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SILVA, Maria Angelica Covelo; SOUZA, Roberto de. Gestão do processo de projeto de edificações.
São Paulo: O nome da rosa. 2003.
SOUZA, Roberto de. Sistema de gestão para empresas de incorporação imobiliária. São Paulo:
O nome da Rosa, 2004.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
CAMILA CALMON DE ASSIS
Camila Calmon de Assis é Graduada em Engenharia Civil pela Universidade Salvador (UNIFACS) e
Pós-graduanda em Engenharia de Segurança do Trabalho. Desde 2008, atua com Elaboração de
Orçamentos de Obras de Estradas, Inspeção de Qualidade e realização de Planejamento e Contro-
le de Obras Residenciais. Atuou na verificação de Andamento Físico e Financeiro de obras, assim
como nas áreas de Suprimentos e Contratos. Atualmente, elabora projetos de Sustentabilidade Am-
biental para ONG’s e leciona as disciplinas de Planejamento e Controle de Produção e Qualidade,
Produtividade e Racionalização para o curso Técnico em Edificações do Serviço Nacional de Apren-
dizagem Industrial - SENAI.
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Marcelle Minho
Coordenação Educacional
André Costa
Coordenação de Produção
FabriCO
Design Educacional
Alex Romano
Karina Lima Soares Santos
FabriCO
Ilustrações
Marlene S. Souza
Verbatim
Normalização
i-Comunicação
Projeto Gráfico