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@livrarialivros 365 Dias Com Deus Devocionais para A Caminhada Diária

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365 DIAS COM DEUS: DEVOCIONAIS PARA A CAMINHADA DIÁRIA COM DEUS – VOLUME 2 Copyright © 2022, Joversi

Xavier Ferreira Júnior


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Todos os direitos em língua portuguesa reservados para
Editora Peregrino
Rua Maestro Vila Lobos, 179 CEP: 61.760-000
– Eusébio, CE
www.editoraperegrino.com.br | contato@editoraperegrino.com.br
As referências bíblicas são da Nova Versão Internacional (NVI), Nova Versão Transformadora (NVT) ou Nova Almeida
Atualizada (NAA), salvo indicação específica.
As convicções doutrinárias e teológicas desta obra são de responsabilidade de seu autor e colaboradores diretos,
não refletindo necessariamente a
posição da Editora Peregrino ou de sua equipe de colaboradores.
Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em citações breves, com indicação
da fonte.
1ª Edição: 2022

SUPERVISÃO | Humberto Duarte de Medeiros


COORDENAÇÃO GERAL | Joversi Xavier Ferreira Junior
REVISÃO | Antônia de Fátima Fuini & Giselle L G de Azevedo
CAPA | Suzana Paz
DIAGRAMAÇÃO | Renan Rodrigues

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Elaborada por Janaína Ramos – CRB-8/9166
F 383 Ferreira Junior, Joversi Xavier
365 dias com Deus: devocionais para a caminhada diária com Deus Volume
2/Joversi Xavier Ferreira Júnior - Eusébio, CE: Peregrino, 2022
384 p. 16 x 23 cm
ISBN: 978-65-89546-47-4
1. Bíblia – Leituras devocionais diárias 2. Bíblia - Antigo e Novo Testamento I. Ferreira Junior,
Joversi Xavier. II. Título.
CDD: 220
Índice para catálogo sistemático
I. Bíblia
APRESENTAÇÃO

Graça e Paz! Bem-vindo ao 365 Dias com Deus: Devocionais para a


O lá,
caminhada diária com Deus! Volume 2!!! Que bênção tê-lo conosco nesta
jornada por mais um ano, caso tenha caminhado conosco no volume 1. Se não,
será uma experiência nova e transformadora.
Quero começar dando-lhe os parabéns pela sua decisão. Refiro-me à
decisão de investir em sua vida espiritual, passo que tem um grande potencial
para influenciar toda a sua vida e a de outros e produzir mudança. E foi
exatamente esse testemunho de mudança que ouvimos daqueles que têm
mantido o hábito devocional, dentre eles muitos que usaram já o nosso
Volume 1. Uma pequena decisão com um grande efeito.
Aliás, decisões têm tudo a ver com esta obra, pois um tempo diário com
a Palavra de Deus não é um hábito religioso, nem mecânico. Antes, é um
encontro de tomada de decisões. Tal como quando vamos ouvir as condições
para fechar um negócio ou para escolher entre esta ou aquela opção. De
maneira similar, a cada dia, quando estamos diante de Deus e Sua Palavra,
somos confrontados com verdades que estarão em algum nível relacionadas
com nossas vidas. Elas podem ser o oposto do que estamos vivendo, ou pelo
menos, elas podem tocar em áreas onde pequenos ajustes precisam ser feitos.
Sendo que o objetivo final é nosso crescimento por meio da mudança, visando
a formação da imagem de Cristo em cada um de nós.
Além de um encontro de tomada de decisões, este tempo com a Palavra é
parte do seu treinamento. É por isso que chamamos esse processo de
disciplina espiritual, pois tal como um treinamento físico, seremos testados,
desafiados e fortalecidos para o nosso crescimento. Muitos cristãos têm
negligenciado essa realidade e estão “fora de forma”, espiritualmente
sedentários e, muitas vezes, doentes pela falta de nutrição e exercício.
Claro que o tempo com a Palavra não é a única disciplina espiritual de
que precisamos. Um tempo diário de oração que compreenda intercessão,
comunhão com Deus e ação de graça precisa fazer parte da nossa “dieta”. Por
isso, o nosso “Diário de Oração”.
Junto a tudo isso, o hábito de manter alvos evangelísticos, servir ao nosso
próximo, além de servir em nossa igreja local vão somando e criando em nós
“músculos espirituais”, saúde e maturidade imprescindíveis para uma vida
vitoriosa de verdade. “De verdade”, pois muitos têm sido enganados com
métodos e “atalhos” que prometem vitória espiritual, mas têm produzido uma
geração frustrada e desconhecedora das verdades da Palavra de Deus.
Contudo, é no tempo com Deus em Sua Palavra que embasamos nossa
vida de oração, evangelismo, serviço e etc... tudo começa na Palavra. Ela é a
“rocha” para ficarmos firmes (Mt 7.24-27).
Portanto, mais uma vez, parabéns e que este ano seja transformador para a
sua vida! Vamos lá?
SOBRE ESTE MATERIAL E COMO USÁ-LO:

Bem, sempre precisamos de tutoriais em coisas novas, então, vamos lá!

1) Para facilitar o entendimento, serão utilizadas nesta obra as versões NVI (Nova
Versão Internacional), NVT (Nova Versão Transformadora) e NAA (Nova
Almeida Atualizada), a não ser que alguma exceção seja mencionada.

2) Antes dos devocionais, você encontrará um Diário De oração. Oração planejada


sempre é mais bem-sucedida em acontecer, mesmo com a nossa correria.
Preencha os dias da semana com pedidos, agradecimentos e tudo o mais que
precisar. Discipline-se a passar por essas páginas a cada dia.

Não deixe de incluir nos pedidos alvos evangelísticos, missionários, familiares,


projetos pessoais, projetos da sua igreja, além de agradecimentos (ação de graças).
Ou seja, não falta assunto para conversarmos com Deus. Mas, também não deixe de
simplesmente “desfrutar” do Senhor. Nosso tempo de oração não deve ser somente
um recitar infindável de uma “lista de compras”, mas, principalmente, um tempo de
refrigério, sentado no “jardim do Senhor”, na nossa “viração do dia”.

3) A cada dia, você encontrará um devocional com os seguintes elementos:


a. Um texto bíblico no alto como base daquele dia.
b. Uma exposição e explicação desse texto.
c. Em negrito, aplicações, desafios e direções para suas decisões.
d. Um espaço para as suas aplicações pessoais.
e. Outro texto para a sua Leitura Bíblica Anual. (Optamos pela ordem
cronológica.)
4) Apesar de todas as partes do devocional serem importantes, as linhas para
aplicação são um pouco mais. Mas, o que é uma “aplicação” exatamente?
Primeiro, ela é mensurável, ou seja, algo que eu posso dizer se fiz ou não. Por
isso, “Eu preciso ser um cristão melhor” não é uma boa aplicação. Enquanto,
“Eu preciso pedir perdão ao João” ou “Eu preciso abandonar o pecado da ira
quando contrariado” são ótimas aplicações. Segundo, no mesmo sentido, ela
pode ser cobrada, ou seja, eu posso prestar contas sobre ela a mim, a um irmão
na fé ou a Deus, dizendo se eu fiz ou não aquilo que estou me propondo diante
da Palavra de Deus. E, terceiro, ela é bíblica, ou seja, é uma resposta ao texto
bíblico, única maneira de mudança que interessa ao cristão.
Diário de Oração – Domingo.

"A oração é o elo que nos conecta com Deus."


A. B. Simpson (pregador, teólogo e fundador da Aliança Cristã e Missionária, 1843-1919)

Motivos de oração:
Respostas:

"A oração deve ser a chave do dia e a fechadura da noite."


George Herbert (poeta, orador e ministro galês da Igreja da Inglaterra, 1593-1633)
Diário de Oração – Segunda-feira.
"A oração é o mais próximo que podemos estar de Deus e o maior deleite nEle
de que somos capazes nesta vida."
William Law (pastor e escritor inglês, autor de
“Um chamado sério para uma vida devota e santa”, 1686-1761)

Motivos de oração:
Respostas:

"A oração honra a Deus, reconhece seu ser, exalta seu poder, adora sua providência,
assegura sua ajuda."
E. M. Bounds (pastor metodista, 1835-1913)
Diário de Oração – Terça-feira.
"Na oração é melhor ter um coração sem
palavras do que palavras sem coração." John Bunyan (pastor
batista, autor de “O Peregrino”, 1628-1688)

Motivos de oração:
Respostas:

"Todos os problemas da vida vêm sobre nós porque nos recusamos a


ficar sentados em silêncio por um tempo todos os dias em nossos
aposentos."
Blaise Pascal (matemático, escritor, físico, inventor, filósofo e teólogo francês, 1623-1662)
Diário de Oração – Quarta-feira.
"Deus molda o mundo pela oração. As orações são imortais. Os lábios
que as proferiram podem estar fechados até a morte, o coração que as sentiu pode
ter parado de bater, mas as orações vivem diante de Deus, e o coração de Deus
está posto nelas e as elas sobrevivem à vida daqueles que as proferiram; elas
sobrevivem a uma geração, sobrevivem a uma era, sobrevivem a um mundo." E. M.
Bounds (pastor metodista, 1835-1913)

Motivos de oração:
Respostas:

"A maior tragédia da vida não é a oração sem


resposta, mas a oração não realizada."
F. B. Meyer (pastor batista, 1847-1929)
Diário de Oração – Quinta-feira.
"Ore como se tudo dependesse de
Deus, trabalhe como se tudo dependesse de
você." Atribuído a Inácio de Loyola (teólogo, 1491-1556)

Motivos de oração:

Respostas:

"Não ore por tarefas que se igualem às suas capacidades.


Ore por capacitação igual às suas tarefas."
Phillips Brooks (pastor episcopal, 1835-1893)
Diário de Oração – Sexta-feira.
"Na oração, podemos nos aproximar de Deus com total certeza de
Sua capacidade de nos responder. Não há limite para o que
podemos pedir, se for de acordo com a Sua
vontade."
John F. Walvoord (pastor, teólogo, escritor e presidente do Seminário
Teológico de Dallas, 1910-2002)

Motivos de oração:
Respostas:

"Se Deus não quer algo para mim, eu também não deveria querer.
Passar tempo em oração meditativa, conhecendo a Deus, ajuda a
alinhar meus desejos com os de Deus."
Phillip Yancey (escritor, 1949- )
Diário de Oração – Sábado.
"A persistência na oração por alguém de quem não gostamos, por mais que
vá contra a corrente, provoca uma notável mudança de atitude [em
nós]."
F. F. Bruce (escritor e apologeta, autor de “Merece confiança o
Novo Testamento?”, 1910-1990)

Motivos de oração:
Respostas:

"Ser cristão sem orar é tão possível quanto do que estar vivo sem respirar."
Martinho Lutero (reformador, 1483-1546)
“Abre os meus olhos para que eu veja as
maravilhas da tua lei.”
Salmos 119.18 NVI
Semana 1 | Dia 01 | Domingo | Salmo 119.41-42 (Vav)

C omeçamos a nossa caminhada na Palavra de Deus retomando o Salmo 119 de onde paramos
no Volume 1 do 365 Dias com Deus. Esse é um Salmo inteiramente sobre a Palavra de
Deus, mencionada em cada verso com os seguintes termos: lei do Senhor, estatutos,
caminhos, preceitos, decretos, mandamentos, ordenanças, testemunhos, promessa, veredas, e,
claro, palavra. Em cada seção de oito versos cada um começa com a mesma letra do alfabeto
hebraico. Que arte maravilhosa! Vamos começar, então.
Uma das coisas que o homem mais deseja é ser amado. Infelizmente, tal desejo parte de uma
necessidade egocêntrica e ensimesmada; mas, quando experimentamos o amor de Deus, começa
nossa libertação disso. O amor dEle nos acalenta e nos preenche, isso é verdade; mas é centrado
nEle, é para a glória dEle, e está assegurado pelas Suas promessas (v.41). Ou seja, o Seu amor é
“ofensivo”, isto é, denuncia nossa necessidade de salvação, pois, obviamente, estamos perdidos
sem Ele. Por isso que o amor de Deus nos liberta de nós mesmos. É um amor tão grande que nós
não merecemos, por isso somos impulsionados e motivados a nos parecermos com Ele, Aquele
que nos ama e assim, fazermos o mesmo para com outros.
O resultado desse amor é uma postura inabalável diante dos desafios da vida (v.42), quer
venham de pessoas ou circunstâncias. Nada realmente importa tanto: somos amados com um
Amor não só incomparável, mas também incondicional e eterno! As ofensas e desafios a
amarmos as pessoas se tornam pequenos. Estamos supridos. Estamos alicerçados nas verdades
eternas reveladas na imutável Palavra de Deus.
Precisamos escolher se vamos ser canais ou represas. Seremos canais quando “fluirmos” o amor que
recebemos de Deus às pessoas na nossa vida, mesmo quando não merecerem aos nossos olhos. E, pela
lógica, seremos represas quando retivermos egoisticamente esse amor, parando-o em nós mesmos.
Tentar “responder” aos que nos afrontam sem esta moldura do amor de Deus ao nosso redor é
terminar reagindo na carne e motivado pelos ditos “nossos direitos”. A quem você pode hoje mostrar o
amor incondicional e imerecido que você tem recebido? Como você fará isso de forma prática?
Semana 1 | Dia 02 | Segunda | Salmo 119.43-46 (Vav)

C ontinuando na mesma seção iniciada ontem, toda essa segurança e estabilidade diante de
oposições passam exatamente pela presença da Palavra de Deus em nossos lábios, em nossa
comunicação (v.43). Se confiamos nela, no sentido de seus princípios, ela precisa estar
presente, influenciando a forma como nos portamos neste mundo, e a comunicação é uma parte
enorme disso. Nossas palavras devem ser temperadas com o Espírito Santo e devem edificar os
que as ouvem (Ef 4.29).
Diante de tais resultados, eis nossa resolução (v.44): obediência constante e para sempre.
Claro que se trata de um enorme desafio, mas que, ainda assim, precisa ser encarado. É a busca
em cumprir esse desafio que alimenta, fortalece e mantém a esperança dos justos. É a firmeza de
uma coluna central no edifício da minha vida. Só essa resolução nos trará “verdadeira liberdade”
de andar piedosamente em obediência e submissão ao que o Senhor nos mostra em seus
preceitos (v.45). A sociedade vem, século após século, trocando a verdade pela mentira e
dificultando cada vez mais o reconhecimento da verdade, mesmo que esta seja tão clara e esteja
evidente. Sim... é mais fácil o torpor da mentira; seus muitos tons sempre se adaptam à “minha”
noção de liberdade; falsa liberdade da “verdade líquida”.
Agora, tal maravilha, tal verdade e tal liberdade não devem, nem podem ficar guardadas
em nós ou para nós apenas. Tudo isso precisa ser compartilhada (v.46). Como uma hipérbole, o
salmista coloca o falar diante da autoridade máxima do mundo: os reis! Mesmo diante deles
seremos arautos, proclamadores das verdades que trazem legítima liberdade! Quanto mais
diante dos plebeus, dos vassalos, dos iguais a nós? Eles ouvirão!
Como avaliaremos nossas vidas hoje? (1) O meu falar tem sido temperado e cheio da Palavra de Deus
para que eu possa agir corretamente neste mundo? (2) Tenho buscado e lutado diariamente para
obedecer aos princípios? E (3) tenho abençoado ao meu próximo com o tesouro valioso do que tenho
aprendido nas Escrituras? Nas suas aplicações, tome decisões práticas!

Leitura Diária: Gênesis 1-2


Semana 1 | Dia 03 | Terça | Salmo 119.47-48 (Vav)
erminando na mesma seção de ontem, falávamos sobre não deixar que as
maravilhas encontradas na Palavra parem em nós, mas sejam compartilhadas com
as pessoas. Aliás, essa é uma característica do cristianismo verdadeiro. Ele é tão tremendo e
glorioso que deveria ser impossível não contar aos outros. Quer você seja a mulher samaritana
ou o endemoninhado gadareno (ou geraseno), logo as pessoas precisam ouvir “quanto o Senhor
fez por você e como teve misericórdia de você” (Mc 5.19). E isso vale para todos nós, filhos de
Deus.
Tal disposição, porém, nunca será cumprida como deve ser se for apenas por mera
obrigação ou falta de alternativa; pelo contrário, a força motivadora deve ser o amor pela
verdade de Deus! Há um hedonismo (prazer) santo nos mandamentos de Deus que nos impede
de ficarmos calados (v.47), antes proclamarmos às pessoas algo tão maravilhoso. Ao ver as
pessoas vivendo aquém daquilo que Deus tem para elas, nosso coração move nossos lábios;
nosso amor por Deus e Sua verdade nos leva a compartilhar.
Prazer e amor se unem em noções extremamente puras. Mais dois conceitos distorcidos
pelo mundo são aqui colocados como Deus os vê: prazer na Palavra que contém os
mandamentos que eu amo. É interessante que, geralmente, as pessoas não gostam de
“mandamentos”; eles são “estraga-prazeres”. Mas, quem conhece a Deus sabe que apenas nEle
o conceito de prazer, amor e liberdade é encontrado plenamente. Assim, à semelhança com que
a luz das verdades eternas levava o apóstolo Paulo a irromper em adoração como no final de
Romanos 11. Depois de tudo o que encontramos desde o capítulo 1, nós também, junto com o
salmista, levantamos nossas mãos (v.48) em adoração ao Senhor ao meditar nessa realidade e,
dia após dia, ver nossas vidas e de outros transformadas!!!
Dizem que contemplar o nascimento de um bebê é algo de tirar as palavras da nossa boca. E eu
acredito. Mas, que triste que tantos cristãos nunca viram um bebê espiritual nascer, isto é, alguém se
encontrar com Cristo. Especialmente, quando jamais compartilha sobre o Deus que o salvou!
Se você quer evitar esse quadro em sua vida, aprenda e viva intensamente as verdades de Deus em Sua
Palavra. Conheça-as, obedeça a elas, transmita-as! E você verá que adoração brotará constantemente
no seu coração.

Leitura Diária: João 1.1-3; Salmos 8; 104


Semana 1 | Dia 04 | Quarta | Salmo 119.49-50 (Zain)

E mpelouma“cadinho
siderúrgica, cadinho é a forma de derreter metais. Há momentos em que passamos
de Deus”. Quer sejam lutas, doenças, indefinições, perseguições... elas vêm
para nos testar e nos moldar ao caráter de Cristo. Nessas horas, a Palavra de Deus é nossa
arma da esperança (v.49), nas promessas de um Deus que não muda e não pode mentir; são nos
conselhos de Deus que achamos a paz para passar pelo sofrimento, pela tormenta (v.50). Apesar
de o salmista pedir que o Senhor se lembre, é óbvio que Deus não esquece de nada. Quando
oramos assim, não estamos fazendo uma cobrança. Na verdade, estamos dizendo, “Senhor, eu
não esqueci do que me disseste e eu ainda creio!” Repetimos para instigar fé em nós mesmos! E
como precisamos disso!
O estado em que nos encontramos enquanto esperamos por uma resposta, por uma solução,
pelo fim da indefinição é como um estado de morte. Mas, podemos antever a “vida” enchendo
nossas mentes e corações das promessas de Deus, as verdades eternas que nos dão firmeza em
meio a tudo isso. E isso não é privilégio de alguns; antes, é para todo cristão! Recitar a Palavra
de Deus para nós mesmos, lembrar das verdades teológicas que aprendemos e, acima de tudo,
lembrar do plano de redenção e do nosso bendito e amado Redentor são exercícios de
fortalecimento da nossa alma em meio aos reveses que podem nos atingir.
“Está escrito” (Mt 4.1-11) foi a “Criptonita” usada por Jesus contra Satanás no deserto. As mentiras
dele não podiam prevalecer diante da Verdade da eterna Palavra de Deus! Então, quer seja o próprio
Maligno ou a nossa carne, o “remédio” continua sendo o mesmo. Quais são algumas mentiras que as
lutas têm trazido para atacar o seu coração e sua mente? Quais são as verdades que podem libertar
você de tais ataques? Escolha hoje o caminho da esperança mencionada no verso 49 e do consolo e vida
mencionados no verso 50. Vale a pena!

Leitura Diária: Gênesis 3-5


Semana 1 | Dia 05 | Quinta | Salmo 119.51-52 (Zain)

A esperança, o consolo e a vida diante das promessas da Palavra de Deus que vimos nos
versos anteriores é a parte boa. A parte ruim é que em meio às lutas, pessoas se levantarão
para tentar piorar nosso ânimo durante a luta. Não há como não lembrar de Senaqueribe,
com suas ameaças, diante dos muros de Jerusalém tentando destruir o ânimo dos judeus (cf. 2Re
18 e 19; 2Cr 32; Is 36 e 37). Ele usa de intimidações, mentiras e fakenews para minar a
resistência e a confiança do povo de Deus. Em situações como essas, o seu e o meu desafio é
nos manter firmados e resolutos naquilo que a Palavra nos coloca (v.51). Diante de tamanha
oposição, seremos tentados a lutar com as nossas forças, pior, com as armas da carne e do
mundo. Mas, devemos nos manter na lei do Senhor sem nos desviar. Jesus podia convocar
legiões de anjos em sua defesa; era seu direito. Ainda assim, Ele sofreu o dano da traição, do
julgamento injusto e da cruz. Essas eram as promessas de Seu Pai antes da glorificação. Ele
sabia que as promessas incluíam o fato de que a cruz viria antes da coroa, e não “fez do seu
jeito”.
O que fazer enquanto a tempestade não passa? O que fazer enquanto os zombadores estão
nos portões? Muitos optam pela autocomiseração, outros pela vitimização, outros por culpar
alguém. Outros olham para o passado lamentando a própria história. Mas diante de todas essas
más decisões, eis a melhor que podemos achar: lembrar-nos do que já sabemos e conhecemos
sobre o agir de Deus (v.52). É olhar para o passado, mas enxergar a graça dEle e não apenas
nossa miséria. Portanto...
Olhe para a sua história e veja Deus lá. O passado foi feito para ser uma biblioteca de sabedoria; quer
seja nos nossos erros, quer seja nos nossos acertos. Mas principalmente, para lembrar-nos e
vislumbrarmos como Deus agiu. E orarmos, “Senhor, lembra o que fizeste e age novamente em nosso
favor!” Os zombadores arrogantes podem fazer o seu show, mas nós não precisamos aplaudir a
performance deles já que temos um número superior apresentado pelo nosso Deus. Hoje, em quem você
vai confiar?

Leitura Diária: Gênesis 6-7


Semana 1 | Dia 06 | Sexta | Salmo 119.53-56 (Zain)

A confiança em Deus não significa passividade. Eventualmente, podemos ser tomados de zelo
pelas coisas de Deus (v.53). Ou seja, mesmo em meio às lutas, nossa postura não é no chão,
antes, estamos em pé, lutando pelo Senhor e com ele. Indignação é traço de santidade
também. Neste verso, o salmista desfaz a imagem de uma pessoa enrolada em posição fetal
diante das lutas, e a substitui pela de um guerreiro que atravessa a batalha todo ferido, mas
lutando. A verdade não é paralisada apenas porque estou sendo atacado. Aliás, manter-nos
ativos e em progresso é um grande auxílio para não cairmos em desânimo e até apelarmos para
um autodiagnóstico de depressão.
Nesta peregrinação, o alimento do guerreiro é a Palavra de Deus (v.54). Neles (os
decretos), o salmista louva a Deus; com eles, ele compõe a sua letra de adoração. E, após ter
caminhado o dia inteiro e também de noite, o Senhor ainda está em sua lembrança através
daquilo que ele o ensina em sua lei (v.55). O ciclo foi concluído: desde cedo da manhã até tarde
da noite.
Como é reconfortante encontrar o equilíbrio da vida nas Palavras da Vida e saber que
nosso agir está trilhando o caminho destas Palavras (v.56)! Perceba que nesta seção do Salmo
119, o salmista não saiu do “deserto”, esse nunca foi seu foco. O deserto é relativo em sua
duração, em sua percepção, em seus objetivos e efeitos. Até mesmo nossa reação a ele é relativa,
variável. O equilíbrio está na estabilidade da Palavra de Deus que nos dá vida e esperança.
“PRÁTICA”! Que palavra preciosa para nossa aplicação hoje. Tudo o que lemos na seção Zain do
Salmo 119 depende dessa resolução do salmista estar em nossas vidas: a prática de obedecer. Inclusive,
em ter uma postura aguerrida pela Verdade de Deus, ainda que mantendo a mansidão e amabilidade
cristãs. Como você pode viver isso hoje? Em quais situações você precisa se posicionar pela Verdade?
Como você pode desenvolver uma prática que marque cada dia de sua vida?

Leitura Diária: Gênesis 8-9; Salmos 12


Semana 1 | Dia 07 | Sábado | Salmo 119.57-58 (Hêt)
ocê já soube de histórias reais ou fictícias em que alguém recebeu uma herança?
A simples menção da palavra já coloca pensamentos de prosperidade na mente
da pessoa e cifrões aparecem nos olhos. Sem dúvida, uma herança polpuda pode
mudar a vida de alguém de um dia para o outro.
Muitas vezes, detalhes das palavras em textos nos escapam. O verso 57 começa colocando
Deus na posição de “herança” (ou “porção” em outras versões). Certamente, uma herança bem
diferente daquela sobre a qual começamos falando. Perceba: o salmista não fala das bênçãos do
Senhor, nem dos Seus livramentos ou respostas de oração; não. Ele mesmo é nossa herança e
traz riqueza à nossa vida, e a única resposta plausível a esse presente é simplesmente
obediência, pois como andaríamos de forma contrária a um presente tão maravilhoso e que nos
dá sentido à vida? Assim como uma herança pode definir o novo rumo do herdeiro, o Senhor
Deus, como nossa herança, deve definir o rumo de nossa vida em obediência.
Diante disso (v.58), o salmista reconhece sua limitação em viver à altura desta herança
divina e clama por graça e por misericórdia conforme fora prometido por Deus. Ele nos
acompanha em nossas lutas. Participar da herança divina realmente exige que andemos em
santidade, novidade de vida, arrependimento, e tantas outras coisas e nós devemos pedir graça e
misericórdia assim como o salmista o fez.
Realmente, não há nada que se compare à fé cristã. Religiões criadas pelos homens exigem mudança
morais e éticas, mas não uma mudança de coração. Nem uma mudança que tenha Deus como padrão.
Somos exortados a ser santos como o nosso Deus é santo (1Pe 1.15-16). Contudo, nossa santidade vem
da própria pessoa de Cristo vivendo em nós e não de uma mera reforma ético-moral. Ele é nossa
herança porque herdamos Suas riquezas espirituais. Você tem buscado viver à altura desse padrão?
Tem confessado as suas limitações para que Ele derrame a Sua graça e lhe capacite? Se não, faça isso
hoje.

Leitura Diária: Gênesis 10-11


Semana 2 | Dia 08 | Domingo | Salmo 119.59-61 (Hêt)

P ensar na vida pode ser algo bem produtivo e não apenas ficar olhando “pra ontem”, ou “pro
nada”. Então, (v.59) o salmista reflete nas decisões, erros e acertos da sua vida e reconhece
que apenas nos “testemunhos” e andando na Palavra de Deus, sua vida pode estar no caminho
certo. Esse é o sentido de arrependimento genuíno. Uma mudança de direção, uma mudança de
180°. Não mais permanecendo onde eu estava, mas agora, indo aonde eu deveria estar. Andar
errado é algo que não podemos fazer por muito tempo, antes devemos correr (v.60) rumo à
obediência total e incondicional, dos mandamentos de Deus. A ideia de fuga não é exagero. É a
ideia real de alguém que vislumbra os perigos da desobediência e escapa. E ninguém escapa
caminhando, não é mesmo? A gente “vaza”, tal como se diz no popular. Nós corremos em
direção à segurança; neste caso, dos mandamentos de Deus. Para alguns, colocar-se sob
mandamentos é uma prisão; para o filho de Deus é a verdadeira liberdade (Tg 1.25) que nos traz
proteção.
A razão é simples: as lutas chegam de surpresa. No verso 61, o salmista destaca
exatamente essa expectativa de oposição. No entanto, ele continua resoluto em lembrar-se dos
princípios da “Lei” do Senhor. Essa é a estratégia na luta: tire os olhos do inimigo e volte os
olhos para o Senhor, seguindo as determinações da Sua Palavra. É possível, inclusive, que a
ofensiva do inimigo tenha sido favorecida pelo meu caminhar em desobediência. Ou seja, mais
um motivo para consertar meus caminhos.
Avalie as suas mais recentes decisões e até outras mais antigas. Há algo para consertar? Há
relacionamentos a restaurar? Apresse-se e decida hoje fazer isso. Remova o “poder” de tais
circunstâncias mudando as atitudes que lhe causaram esses problemas. Seja livre de verdade!

365 Dias com Deus


Semana 2 | Dia 09 | Segunda | Salmo 119.62-64 (Hêt)

Q uando consertamos nossos caminhos (como vimos nos versos anteriores), à semelhança do
Salmo 40.3 (“Pôs um novo cântico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus...”),
somos levados à adoração (v.62), pois só adora aquele que confia e descansa no Deus que
conhece. Em uma época em que meia-noite já seria considerada alta hora de sono (pois as
pessoas dormiam e acordavam bem mais cedo), o salmista interrompe seu descanso para adorar
e agradecer ao Senhor.
Repare que a adoração está intimamente ligada à revelação escrita de Deus (final do verso
62), pois apenas através dela podemos conhecer a Deus como Ele determinou se revelar a nós!
Cantar é maravilhoso, porém, como servos de Deus, nós O adoramos segundo Ele mesmo se
revela em Sua Palavra, e não com meros pensamentos e figuras humanas. A Palavra e as
verdades nela contidas são a base da nossa adoração.
Outro fator nas lutas, quando andamos com Deus, é que não estamos sozinhos. Sempre
teremos, mesmo que seja um remanescente, pessoas que também temem ao Senhor (v.63). Esses
não são reconhecidos por grandes feitos ou “grandes” ministérios, mas pela obediência à
Palavra. Santidade é obediência, o resto é apenas aparência e discurso vazio.
E essas parcerias vão se estendendo até ao ponto de percebermos que “A terra está cheia
do teu amor”! Até notarmos que em toda Terra Deus está realizando Sua obra. Mesmo nos
lugares de perseguição, “a Palavra de Deus não está presa” (2Tm 2.9). Uma grande nação está
sendo levantada pelo Espírito de Deus, um povo que deseja ser ensinado nos decretos de Deus,
assim como o salmista. Eu e você somos encarregados da expansão desse povo e de tornar
verdade cada vez mais que a terra esteja cheia do amor e da glória de Deus até que Ele venha
reinar absoluto sobre ela e termine essa expansão.
Você só adora quando confia e conhece. Como está sua confiança no Senhor? Você O tem conhecido
através da Sua Palavra? Isso tem aproximado você de outros filhos de Deus e formado essa massa
transformada e transformadora? Nossas famílias devem andar com outras famílias que temem ao
Senhor e juntas alcançarem aquelas que ainda estão perdidas.

Leitura Diária: Gênesis 12-13


Semana 2 | Dia 10 | Terça | Salmo 119.65-68 (Tét)
omo vemos nessa parte, o salmista começa clamando a Deus para que Ele demonstre
C Sua bondade assim como havia prometido (v.65). Muitas vezes nas Escrituras e em
nossas próprias orações, parece que estamos lembrando Deus de algo. Na verdade, tal
lembrança é muito mais para fortalecer a nós mesmos do que para cobrar algo de Deus. Ou pelo
menos assim deve ser para quem verdadeiramente é um servo e sabe que Ele é o Senhor
absoluto. Então, ao lembrarmos, suplicamos também.
Em seguida, ele clama por ferramentas (bom senso e conhecimento) para sua vida (v.66),
sem tais coisas, muitas promessas de Deus são atrasadas e demoram a chegar às nossas vidas
devido às nossas más decisões (a nação de Israel que o diga!). Muitas vezes o agir de Deus
passa despercebido quando Ele faz algo diferente do que esperávamos. Deus é soberano e usa
decisões boas ou más, mas fica claro que cooperamos com Sua vontade quando andamos de
maneira coerente com a Sua Palavra. A responsabilidade humana é gerenciada pela soberania de
Deus.
A necessidade de sermos guiados pela Palavra fica clara quando o salmista chega a
reconhecer que sem a disciplina do Senhor, ele “andava desviado” (v.67). A Palavra ensina,
mas também repreende e corrige (2Tm 3.16,17). No contato com ela, podemos reconhecer que
mesmo os atos de disciplina de Deus são bons (v.68) são um reflexo da própria bondade dEle
para conosco e uma oportunidade “em cores” e “ao vivo” em nossas vidas de aprendermos os
decretos do nosso Deus.
A disciplina é necessária. Nosso Deus jamais nos “mimaria” acobertando nossos erros. Ele nos ama e
por isso nos repreende para que sejamos transformados e retornemos à Sua vontade. Como você tem
encarado os momentos de disciplina de Deus? Você tem aprendido e amadurecido ou tem adquirido
um coração amargurado?

Leitura Diária: Gênesis 14-16


Semana 2 | Dia 11 | Quarta | Salmo 119.69-72 (Tét)

C ontinuando o texto de ontem, quando nos posicionamos ao lado do Senhor, os opositores da


verdade usarão de armas carnais (v.69); mas, não nós! Nossas armas são espirituais e a
obediência aos preceitos do Senhor é uma delas. Mesmo que pareça sem sentido naquele
momento, siga obedecendo! Porque o que se desvia da Palavra ganha em troca um coração
insensível (v.70), pois este não é trabalhado pelo Espírito de Deus através da Palavra. Isso é
algo que leva a decisões mais e mais distantes da vontade de Deus. O contrário, é um coração
que trabalhado pela submissão, vê sua cerviz quebrada pelo amor soberano de Deus.
Irmão, diga como o salmista no verso 71 e prefira a dor à desobediência, prefira o castigo
se for o necessário para voltar para o Senhor; o autor de Hebreus ensina que nem nossa própria
vida é mais importante do que honrar a Deus com nossa obediência! (Hb 12.4).
Não despreze a repetição desse conceito. Os versos 67 e 71 são paráfrases um do outro.
Formulações diferentes da mesma ideia. Isto é, a disciplina é bênção diante da possibilidade ou
mesmo da realidade do desviar do caminho da justiça, do caminho de Deus.
Finalmente (v.72), creia também que o seu Deus é mais precioso do que riquezas. Quantos
têm trocado a sua santidade por um punhado de moedas! Quantos tem trocado a obediência a
Deus por bens passageiros! Que o Senhor nos ajude pela Sua graça e misericórdia a não
negociarmos nossa vida com Ele!
Eu não posso pensar em algo pior do que um coração (consciência; cf 1Tm 4.2) cauterizado, isto é,
insensível, envolto em “sua” própria mente e ideias, inacessível aos conselhos da sabedoria, resoluto no
erro. Essas são algumas características. Por isso que a disciplina é tão valiosa para nos tirar desse
estado. Examine sua vida de novo. Quais são áreas que ameaçam ficar insensíveis se recusar a vontade
de Deus? Confesse e clame por bom senso e conhecimento para poder confiar nos mandamentos de
Deus.

Leitura Diária: Gênesis 17-19


Semana 2 | Dia 12 | Quinta | Salmo 119.73-75 (Iode)

N ossa seção de hoje começa com uma declaração para colocar evolucionistas e naturalistas de
cabelo em pé: Deus nos formou! (v.73) Somos feitura dele, como diria o Salmo 139. Assim,
quem mais poderia conhecer os detalhes e os fatos mais intrínsecos do ser humano do que o
seu criador? Portanto, precisamos ir a Ele para obter respostas para nossa vida, através das Suas
Escrituras. O criador explica a criatura; simples assim. E Ele o faz por meio da Sua Palavra que
requer dedicação e estudo, oração e meditação. Que coisa boa que você decidiu dedicar este ano
à vida devocional, não?!
Nossa dependência e obediência das Escrituras servem de motivação para outros que
desejam viver da mesma maneira (v.74). Que maneira maravilhosa de motivar o povo de Deus,
isto é, sendo modelo de vivência das Escrituras! Claro que Cristo é nosso exemplo e modelo
absolutos, mas somos incentivados a nos espelhar uns nos outros (1Co 4.16; 11.1) algo que
Paulo elogiava nos tessalonicenses (1Ts 1.6-7). A dependência da Palavra percebida na vida do
meu irmão deve me alegrar e me motivar, e vice-versa. Que dinâmica maravilhosa nosso Deus
arquitetou!
Mas, ser disciplinado é também parte da experiência do salmista ao andar com Deus
(v.75); na qual ele reconhece a justiça de Deus em castigá-lo. Nisso também há uma troca de
exemplo entre os filhos de Deus. As quedas e restaurações nossas e de outros devem ser
testemunhos de como não compensa a desobediência e de como nosso Deus nunca nos
disciplina por sadismo ou outro motivo torpe. Seu objetivo é sempre nos educar na prática da
justiça e nos fazer mais semelhantes a Seu Filho (Hb 12.4-13).
Somos “artesanato” de Deus (Ef 2.10). Apesar de estarmos “prontos” posicionalmente em Cristo,
ainda estamos também “em formação” dia após dia. Você tem aprendido com exemplos positivos e até
mesmo negativos no Corpo de Cristo? Você tem buscado ser um exemplo positivo, portanto, imitável
para aqueles que querem também viver a Palavra?

Leitura Diária: Gênesis 20-23


Semana 2 | Dia 13 | Sexta | Salmo 119.76-78 (Iode)

E (alerta) para osemoutros,


meio à disciplina que vimos ontem, a qual também pode servir de exemplo
a certeza de que se trata de um ato de amor da parte de Deus deve nos
consolar (v.76). Ele prometeu, e assim Ele agirá. Dói, mas é a disciplina amorosa de um Pai
que se importa com Seus filhos. Ai de nós se estivéssemos largados à nossa própria sorte e às
consequências das nossas más decisões! Ai de nós se o Deus Imanente (isto é, presente em
nossas vidas) não interviesse!
Já que Ele nos ouve, a humildade de clamar pela misericórdia de Deus (não receber o que
merecemos) precisa ser um produto da disciplina (v.77). Arrogância e insubmissão apenas
retratam que não aprendemos nada quando disciplinados por Deus. A desobediência traz morte;
o contrário, obviamente é vida. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e venha sempre nos
resgatar da morte da desobediência. Ela mata o nosso vigor espiritual e nos tira todo
discernimento. Sejamos humildes, portanto, quando clamamos.
E essa humildade nos coloca em contraste com arrogantes (v.78) que podem, inclusive, ter
sido instrumentos de Deus na nossa disciplina. Tal como os babilônios foram usados na
disciplina de Deus contra o povo de Judá. Assim, mesmo errados e mal intencionados, muitas
vezes os planos dos maus são usados por Deus. Por exemplo, os irmãos de José o prejudicaram
de forma arrogante e sem motivo (justificável), mas Deus soberanamente usou isso para realizar
Seus propósitos eternos.
Jamais alguém viu uma chinelada dos seus pais como um ato de amor. Não no momento. O mesmo
acontece conosco em relação a Deus: “Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento,
mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram
exercitados” (Hb 12.11). Ainda assim, que ela nos leve a um clamor humilde. Que sejamos também
preservados de nos amargurar contra aqueles que nos causaram algum mal e entender que o Senhor é
que irá lidar com eles. A nós basta que fiquemos com os preceitos do Senhor.

Leitura Diária: Gênesis 24-26


Semana 2 | Dia 14 | Sábado | Salmo 119.79-80 (Iode)

E mnosso
meio a tudo isso, não estamos sozinhos: aqueles que temem também ao Senhor estão ao
lado (v.79). Um irmão em disciplina (durante e depois) não deve ser abandonado.
Tendo eles temor gerado no entendimento das Escrituras, eles devem estender a mão e ser
mais uma demonstração da misericórdia de Deus enquanto estamos na disciplina. Leia Gálatas
6.1-5 e veja como Paulo ensina sobre nossas atitudes para com o irmão em pecado.
Confrontação que busca restauração. Levar os fardos pesados para que o outro vença a
disciplina. Devemos examinar a nós mesmos para levar as próprias cargas antes que elas nos
derrubem.
Finalmente, a maneira de prevenirmos a necessidade de encontrarmos Deus na disciplina é
manter um coração íntegro diante da Bíblia. Prevenção em lugar de correção; eis a receita da
vida feliz e vitoriosa. Isso não significa que não podemos ser provados por Deus. Ele ainda pode
precisar nos purificar pelo fogo da tribulação. Mas, pelo menos, não entraremos nele por um
motivo de desonra (desobediência) a um Deus tão maravilhosos como o que servimos.
A vida cristã é uma caminhada longa e difícil, tal como vemos exemplificada no clássico de John
Bunyan, “O Peregrino”. O caminho estreito também é acidentado e cheio de desafios. Nesses três dias
aprendemos que (1) Deus é nosso criador, (2) nossa vida pode ser exemplo e motivo de alegria para os
outros (além de um alerta), (3) a disciplina de Deus não é injustificada, (4) o consolo dEle nos ajuda
em meio à disciplina, (5) a humildade em buscar a Sua misericórdia contrasta com a arrogância dos
que nos prejudicam, (6) podemos contar com nossos irmãos em meio à disciplina e (7) um coração
íntegro é a melhor prevenção para não cairmos.
Escreva sobre como sua vida se encaixa nesta seção do Salmo 119. Abra seu coração diante do Senhor!

Leitura Diária: Gênesis 27-29


Semana 3 | Dia 15 | Domingo | Gênesis 12.1-9

D urante os próximos dias, caminharemos com Abraão numa jornada de fé. O autor de
Hebreus nos ajuda a entender que a história de Abraão apresenta um padrão de fé de
peregrinação espiritual em direção à cidade celestial (Hb 11.8-10). Com isso em mente, leia
Gênesis 12.1-9. A passagem conhecida como o “Chamado de Abrão” lança os fundamentos de
uma jornada de fé: (1) andar pela fé começa como resposta a ouvir a Palavra de Deus (12.1); (2)
andar pela fé implica deixar um lugar/estado para ir a outro de acordo com a vontade de Deus
(12.1); (3)andar pela fé nos coloca num lugar de bênção que está ligado aos propósitos de Deus
em abençoar (12.2, 3); (4) andar pela fé será visto através de uma obediência simples e direta
aos mandamentos divinos (12.4) e (5) andar pela fé nos conduz a reconhecer o único e
verdadeiro Deus numa adoração sincera (12.8).
Sua fé é edificada pelo ouvir a Palavra de Deus. Como você hoje está submetido ao ministério da
Palavra de Deus? Quando Jesus o encontrou, de onde Ele o tirou e para onde Ele está conduzindo você?
Existe muita confusão sobre “bênção” hoje em dia. Mas a Palavra de Deus nos mostra que ser
abençoado envolve ser equipado para cumprir os propósitos de Deus. Para que obra o Senhor o
abençoou em Jesus? Encerre o tempo hoje louvando a Deus em oração por quem Ele é pelo que fez por
você.
Semana 3 | Dia 16 | Segunda | Gênesis 12.10-13.4

E mfomeseus(12.10).
primeiros passos após seu chamado, Abrão tem que encarar a provação intensa da
Motivado pelo “MEDO”, Abrão sai de Betel e desce para o Egito. O que
Abrão temia? Talvez que a fome comprometesse a promessa feita por Deus de que ele
receberia uma terra próspera? Ou de não conseguir prover para os muitos filhos que teria? Não
sabemos ao certo o que Abrão temeu, mas sabemos que o medo nos leva a fazer coisas que
normalmente não faríamos ou nos tenta a não fazer coisas que normalmente faríamos. O
caminho do medo trilhado por Abrão até o Egito, levou-o a agir fora da promessa de Deus e a
confiar em sua própria sabedoria (12.10-13). Devemos lembrar que se agimos com base no
medo, logo não estamos agindo com base na fé. E tudo que não provém da fé é pecado (Rm
14.23). Ainda que o primeiro passo de Abrão tenha sido decepcionante, o Senhor mostra que é
misericordioso e abençoa Abrão (12.16, 20). A bênção dada por Deus é mais que prosperidade
aqui na terra, é um estado que nos permite viver de acordo com os propósitos de Deus: para que
o nome do Senhor seja conhecido. Abrão volta para onde tudo começou (13.1-4) e ali adora ao
Senhor.
Para onde o seu medo comumente o leva? Provérbios 3.5-6 nos chama a confiar no Senhor e reconhecê-
lO em todos os nossos caminhos. Quais são alguns passos práticos que você pode dar para deixar o
caminho do medo, mantendo-se no caminho que o Senhor tem para você? Você PRECISA conhecer as
promessas de Deus, pois o Senhor age por meio delas.

Leitura Diária: Gênesis 30-33


Semana 3 | Dia 17 | Terça | Gênesis 13.5-18

A Bíblia apresenta Ló como um homem justo (2Pe 2.7). Difícil conciliar a descrição que Novo
Testamento faz de Ló com o texto de hoje. Entretanto, precisamos reconhecer que apesar de
a fé ser forjada e lapidada nas circunstâncias, ela não é um resultado automático das
circunstâncias. Desde Gênesis 12.4, Ló esteve com Abrão e testemunhou muitos eventos como:
a resposta de Abrão ao chamado de Deus, a adoração de Abrão e o livramento divino no Egito.
Entretanto, testemunhar e vivenciar muitas coisas não é garantia de verdadeiro aprendizado e
crescimento. Da mesma forma, estar em uma comunidade de fé não é garantia de
amadurecimento espiritual genuíno. Abrão, ao permitir que Ló escolhesse em qual lado ele
gostaria de estar, exerceu humildade e generosidade. Entretanto, a escolha feita por Ló foi
errada. Ele foi guiado pelo que viu (Gn 13.10) e considerou a prosperidade terrena para a sua
decisão. Ló armou suas tendas até Sodoma e o texto deixa claro que os moradores de Sodoma
eram “maus e grandes pecadores contra o Senhor” (Gn 13.13). Ló colheria posteriormente o
fruto dessa decisão imprudente que certamente não foi tomada com passos de fé.
Em que áreas de sua vida você consegue perceber que o simples conhecimento de informações sobre
Deus não lhe traz garantia de amadurecimento espiritual? O relato da história de Ló mostra que,
posteriormente, Deus foi misericordioso com ele, livrando-o de Sodoma e Gomorra. Você consegue se
lembrar de situações nas quais Deus demonstrou misericórdia em sua vida, mesmo após você ter
tomado decisões em desobediência à vontade dEle? Como o conhecimento que temos sobre Deus pode
ser convertido em verdadeiro crescimento e amadurecimento espiritual?

Leitura Diária: Gênesis 34-37


Semana 3 | Dia 18 | Quarta | Gênesis 15.1-21
pós os acontecimentos de Sodoma e Gomorra, o Senhor fala mais uma vez com
A Abrão, confortando-o para não temer, pois o próprio Senhor seria seu escudo e daria
grande recompensa (15.1). Porém, parece que Abrão ainda abrigava dúvidas em seu coração
sobre a possibilidade de ter (ou não) um herdeiro. Suas dúvidas são expressas em sua solução
proposta: tudo o que ele possuía seria passado para um de seus servos (15.3). Mas o Senhor
reafirma o que lhe foi prometido com um pouco mais de detalhes: grandes nações viriam de sua
descendência, e que esta seria gerada a partir de Abrão, não de um servo. Abrão creu e isso lhe
foi imputado por justiça (15.6). O Senhor também reafirma Sua promessa de uma terra. Abrão
pergunta como poderia ter certeza de que esta terra seria sua. Misericordiosamente, Deus
estabelece uma aliança suficiente que garantiria o cumprimento das promessas feitas a Abrão. A
garantia era a Palavra do Senhor, cumprida nas próximas gerações, atestando a veracidade da
Palavra de Deus e que ela é digna de confiança (15.8-21), ainda que as circunstâncias não
deixem isso evidente nem o tempo de cumprimento seja igual aos nossos anseios e desejos.
Frequentemente, questionamos os métodos do Senhor, pois achamos que sabemos mais sobre o que é
melhor para nós. Porém, assim como o Senhor fez com Abrão, ele faz conosco, independente das nossas
dúvidas e vontades, a vontade de Deus é soberana, e Seu tempo é perfeito. Isso nos mostra que devemos
ter total confiança nEle, pois Deus sabe mais e também o que é melhor. Não é errado que busquemos
apoio nEle, que oremos por sabedoria, isso só fortalece nossa fé e esperança de que Ele provê para
nossas necessidades. Deus é soberano para escolher quando e como Ele irá cumprir suas promessas. No
entanto, Ele não nos deixa sem direção, mas estabelece em Sua Palavra a garantia suficiente para
andarmos com fé informada pelo Seu santo caráter e boa vontade. Qual é o seu próximo passo de fé?

Leitura Diária: Gênesis 38-40


Semana 3 | Dia 19 | Quinta | Gênesis 16.1-16

D eus havia prometido uma descendência a Abrão e Sarai, mas já haviam-se passado dez anos.
Pouca coisa coloca mais dúvida sobre as promessas do Senhor que a longa “espera” para o
seu cumprimento. Infelizmente, Abrão e Sarai cederam à pressão da espera. Sarai planeja e
executa uma solução para a “falta de herdeiro” (16.2). O plano atingiu seu objetivo, mas o
sucesso do “jeitinho executado” mostrou o tropeço da fé. Consequências desastrosas caíram
sobre Sarai e sua família. Ainda assim, vemos a ação misericordiosa de Deus em meio à falta de
sabedoria humana, cumprindo Seu plano divino apesar de nossa fé vacilante. Somos
encorajados com o fato de que os planos frustrados são lembretes da graça de Deus. A
verdadeira fé é expressa na confiança nos meios de Deus para cumprir Suas promessas. Erramos
ao esperar a realização de sonhos pessoais não prometidos por Deus. Precisamos conhecer as
promessas do Senhor e os seus padrões divinos de cumprimento. Erramos ao tentar manipular
resultados para conquistarmos o que Deus nos prometeu. Os feitos da carne nos colocam
debaixo de escravidão voluntária, mas na obra do Espírito somos libertos para olhar nossas
atitudes, tirar lições, obter consolo do Senhor e coragem para mais um passo.
Identifique quais objetivos e desejos têm tentado você a ser incrédulo quanto ao tempo divino perfeito e
à vontade soberana de Deus. Você tem respondido com fé confiante ou com ansiedade? Como você pode
conhecer as promessas de Deus? Tenha planos práticos e mensuráveis para que essas verdades estejam
sempre em seu coração.

Leitura Diária: Gênesis 41-43


Semana 3 | Dia 20 | Sexta | Gênesis 18.1-33

C ontinuamos caminhando com Abraão. Aprendendo mais sobre uma jornada de fé, não
podemos deixar de examinar o contraste entre FÉ e INCREDULIDADE. Abraão demonstra
uma fé que o leva à adoração humilde ao Senhor, expressa em um serviço de hospitalidade
(18.1-8). Por outro lado, temos Sara que ainda expressa incredulidade. Quando o Senhor fala a
Abraão sobre como se daria o início do cumprimento de Sua promessa, Sara se põe a rir, pois
sua incredulidade só permitia que ela enxergasse as possibilidades conhecidas (v.11), rindo das
promessas de Deus. A incredulidade é uma resposta ruim a mesma promessa. E o que difere as
respostas de Abraão das de Sara? A diferença se encontra no coração. Tanto Abraão como Sara
receberam as mesmas informações sobre a promessa, porém o que cada um guardava em seu
coração foi o que determinou a reação de ambos. Lembre-se, a fé confia no tempo de Deus e
enxerga o que Ele pode fazer.
É importante sabermos que incredulidade é diferente de ignorância. Como tem sido as suas respostas
em relação às promessas de Deus? Você tem enxergado apenas as possibilidades conhecidas? Ou tem
esperado com fé pelo tempo de Deus? Não se deixe enganar, a sua incredulidade é uma resposta do seu
coração. Peça para Deus sondar o seu coração e mostrar-lhe o que tem impedido você de viver uma fé
que responde ao Senhor com adoração.Leitura Diária: Gênesis 44-46
Semana 3 | Dia 21 | Sábado | Gênesis 22.1-19

A maturidade da fé é expressa numa confiança irrestrita nas promessas de Deus, apesar do que
as circunstâncias parecem nos tentar a enxergar. Essas e tantas outras lições se solidificam
no emocionante episódio de Gênesis 22.1-19. Nesse ponto, Abraão já sabe que Isaque era o
filho da promessa, de quem viria muitas nações. Isaque era o filho amado por Abraão, mas por
que um pedido tão radical como teste? As histórias envolvendo Abraão apontam para uma
história maior: Jesus Cristo (Lc 24.44-48). Assim, o Senhor fez um pedido a Abraão para que
sacrificasse o próprio filho. Um pedido difícil, uma prova dolorosa. E a fé de Abraão nas
promessas do Senhor se consolidam diante das circunstâncias impossíveis. O autor de Hebreus
nos ajuda e entender que Abraão creu na ressurreição (Hb 11.17-19). Se Isaque era o filho da
promessa e Deus ordenou que ele fosse sacrificado, então Deus haveria de ressuscitá-lo para
manter Sua promessa. Abraão creu. Ao mesmo tempo, Deus provou que Ele não irá nos chamar
para nenhum lugar ou prova que Ele mesmo não esteja disposto a enfrentar por amor a nós.
Abraão não poupou o seu próprio filho, mas o Senhor poupou Isaque (Gn 22.11-18). O Senhor
enviou o Seu próprio Filho e não o poupou por amor a nós, para que você e eu saibamos que
nada irá nos separar dEle (Rm 8.31-39).
Como as circunstâncias difíceis que você enfrenta podem tentá-lo ao desânimo ou incredulidade com
respeito à bondade de Deus? Agradeça ao Senhor por ter enfrentado a morte em seu lugar para que
hoje você tivesse a certeza de que não tem nada que você precisará enfrentar que o separe do amor de
Jesus!

Leitura Diária: Gênesis 47-50


Semana 4 | Dia 22 | Domingo | Mateus 7.24-27
A PARÁBOLA DOS DOIS ALICERCES

A parábola compara dois homens. Um sábio e o outro tolo. Ambos construíram uma casa,
porém em terrenos diferentes. Ao terminar o Sermão do Monte, Jesus
quer deixar claro que aqueles que ouviram a mensagem, creram nela e se dispuseram a
obedecer, serão aqueles que resistirão ao juízo de Deus.
Devemos depositar toda nossa confiança em Jesus ao ouvirmos a mensagem do Evangelho.
Porém, seremos muito tolos senão obedecermos a Ele. Este é o primeiro ensino desta parábola:
A verdadeira fé se expressa em obediência. A fé não pode ser confundida com uma mera
compreensão intelectual da mensagem ou mesmo ser expressa em atitudes religiosas e externas.
Não é a beleza da casa que conta, é onde ela está edificada! Uma fé fingida, interesseira nos
confortos que Jesus pode oferecer, ou simplesmente ritualística são expressões da tolice
daqueles que ouviram e não se converteram dos seus maus caminhos. O outro grande ensino de
Jesus nesta parábola é a respeito dos ventos, chuvas e inundações que vêm sobre as construções.
Esses acontecimentos vêm sobre os tolos que não praticaram a Palavra de Jesus e os sábios que
ouviram e praticaram o Evangelho. Algumas interpretações dessa parábola sugerem a ausência
de problemas na vida, uma vez que há obediência. Isto é falso! Jesus está se referindo ao dia do
Juízo! É um alerta aos que não andam no caminho apertado e não entram pela porta estreita (Mt
7.13,14); aos que não produzem bons frutos (Mt 7.15-20); e aos que professam uma fé baseada
em palavras e atos exteriores (Mt 7.21-23).
Um dia, todos nós compareceremos diante do Julgamento de Deus. Aqueles que tiveram uma fé
verdadeira em Jesus terão construído sua casa sobre a rocha, demonstrada pela prática da obediência.
Porém, aqueles que apenas ouviram as palavras de Jesus, quando a tempestade chegar, as estruturas
deles não enganarão a ninguém, muito menos a Deus (Ez 13.10-16).

365 Dias com Deus


Semana 4 | Dia 23 | Segunda | Mateus 13.44
A PARÁBOLA DO TESOURO ESCONDIDO

C omo não havia banco naqueles dias, algumas pessoas escondiam seus tesouros enterrados
nos campos. Ao contar essa parábola, Jesus estava propondo a única reação possível diante
desse tesouro escondido. Jesus esperava que Seus seguidores reagissem com alegria e
autossacrifício diante do tesouro que os esperava. Os discípulos não podem ter dúvidas em
renunciar tudo quanto têm para seguir Jesus.
Mas, o que é esse tesouro tão valioso que demanda que renunciemos com alegria tudo
quanto temos para adquiri-lo? Este Tesouro É o Reino dos Céus. Ele é valioso porque: Nos
concede um Reino: Esta é a Esperança Futura de estarmos com Deus para sempre, onde não
haverá dor e sofrimento. Onde a paz, a alegria e a Justiça reinarão para sempre. Esse Reino já
pode ser experimentado agora pela influência do Espírito de Deus que habita com aqueles que
receberam o Reino pela fé. Porque nos torna súditos: Ser súdito deste Reino significa ter o
privilégio de representa-lo. Além disto, os súditos deste reino se tornam filhos do Rei, o que os
concede acesso direto à sua presença. Porque tem o Rei Jesus: É comum em outros reinos os
súditos serem explorados e chamados a se sacrificarem em favor do Rei. Porém, neste Reino, o
Rei se sacrificou em favor dos seus súditos. Ele morreu para que rebeldes se tornassem súditos
mediante a fé. E ao ressuscitar garantiu que sua vitória sobre a morte seria concedida a cada um
dos seus seguidores.
Só há uma forma de vivermos: Buscando o Reino em primeiro lugar. O grande alvo do nosso coração
não pode ser a fama, um relacionamento amoroso, o dinheiro, o conhecimento ou qualquer coisa
aparentemente valiosa para este mundo caído. O ÚNICO alvo do nosso coração deve ser glorificar ao
Rei, anunciar o Reino e demonstrar amor aos outros súditos através do nosso emprego, dos nossos
estudos, dos nossos relacionamentos. LEMBRE-SE: TODO AUTOSSACRIFÍCIO É JUSTIFICADO
PELO REINO QUE RECEBEMOS.

Leitura Diária: Jó 1-5


Semana 4 | Dia 24 | Terça | Mateus 13.1-9, 18-23
A PARÁBOLA DO SEMEADOR OU DOS SOLOS

J esus convidou a muitos para seu Reino. No livro de Mateus, esses convites foram registrados
em diversos discursos feitos por Jesus. Porém, à altura do capítulo 13,
os fariseus haviam dado sua resposta. Indiferença, incredulidade e hostilidade. Então, Jesus
ensina sobre as reações à sua mensagem na parábola do semeador, onde cada tipo de solo é um
exemplo de resposta.
O primeiro solo é “à beira do caminho”: Esse é o coração fechado para entender a
mensagem do Reino. Ele é facilmente enganado pelo Maligno e não resiste às dúvidas, pois é
incrédulo por natureza.
O segundo é o “solo pedregoso”: Esse é o coração que até se contagiou pelas alegrias do
Reino, até entendeu o Evangelho e ficou emocionado com a obra de Cristo. Porém, esse coração
não considerou o custo do discipulado. Ele não esperava pelas perseguições e tribulações e que
precisaria perseverar em meio às dificuldades que sobreviriam. Esse coração não criou raízes
resistentes e profundas.
O terceiro solo é aquele “entre os espinhos”: Esse coração ouve a palavra e reconhece os
custos, porém, os encantos desse mundo a sufocam. Esse coração está muito ocupado com as
preocupações mundanas ou mesmo seduzido com as riquezas, que não se satisfaz com a presença
de Jesus.
O quarto solo é a “boa terra”: esse coração é o que passa pelo processo do discipulado
completo: ele ouve o Evangelho, o entende e responde a ele com frutos de obediência. Esse
coração experimenta as riquezas do Reino. Esse é um coração receptivo à mensagem do Reino.
Ele estabeleceu raízes em Jesus, se alimentando de Cristo profundamente.
A mensagem de Jesus é surpreendente: Ele é o grande Rei que veio retomar seu reino. Ou somos
opositores ao Seu Reino, ou nos tornamos súditos do Rei Jesus. O único coração que se torna súdito do
Rei e frutifica em obediência a Ele é aquele que se arrependeu e creu em Jesus, o Rei. Qual será sua
resposta?

Leitura Diária: Jó 6-9


Semana 4 | Dia 25 | Quarta | Mateus 13.24-30, 36-43
A PARÁBOLA DO JOIO E DO TRIGO

A parábola do Joio e do Trigo, trata sobre como o Reino pode estar presente no mundo e ao
mesmo tempo existir o mal. Essa parábola responde à pergunta: Será possível que a obra de
Jesus e dos seus seguidores seja realmente o Reino, enquanto existe tanta coisa errada?
Jesus nos explica que Ele tem semeado sua Boa Palavra, o Evangelho, no mundo, por meio
dos seus seguidores. Porém, a obra do maligno continua ativa. Ele continua a espalhar o mal no
mundo. Foi assim desde o princípio. Deus fez um mundo bom, mas o inimigo seduziu os
homens a fazerem o que é mal. Mas, existe um alerta que soa como esperança para os que creem
na mensagem do Evangelho. No final do Mundo, Jesus irá julgar o mal e extirpá-lo para que
desfrutemos de uma criação totalmente renovada e perfeita. Essa é nossa esperança! O Mal não
triunfará no final! E o que era apenas um feixe de luz no mundo, será sol resplandecente ao
meio dia.
Devemos examinar o nosso coração e verificar se já fomos purificados dos nossos pecados pela Palavra
do Evangelho. Para que sejamos o trigo, os filhos do Reino, devemos ser purificados pelo poder
Transformador do Evangelho. Devemos crer na obra de Cristo em nosso favor. O alerta de Jesus
também nos chama a atenção a não colocarmos grandes expectativas neste mundo, nem em seus
governos, nem numa promissora tentativa de paz mundial. O mal estará presente até o final dos
tempos. Não sejamos enganados! Porém, não devemos nos desanimar ou mesmo nos assustar. Pois o
mal será julgado e reinaremos em verdadeira paz para sempre com o Senhor. Por esta razão, nossa
tarefa neste mundo é sermos sal e luz, mesmo que o mal pareça não ter fim. Devemos fazer o bem a
todos, amparar os necessitados, defender os oprimidos e nos colocar ao lado da justiça, devemos lutar
pela pureza da igreja nos exortando uns aos outros, e especialmente pregando as boas novas do
Evangelho.

Leitura Diária: Jó 10-13


Semana 4 | Dia 26 | Quinta | Mateus 13.31-33
A PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA E DO FERMENTO

A shumilde
duas parábolas são muito próximas em seu significado. O Reino de Deus embora seja
em seu começo (pequeno grão de mostarda e um pouco de fermento) se tornará tão
extenso que será capaz de abençoar todo o mundo (a grande árvore que abriga pássaros) e
influenciar positivamente ao ponto de causar profundas transformações (farinha levedada pelo
pouco de fermento).
Essas parábolas eram muito importantes para encorajar os discípulos de Jesus diante de
tantas oposições sofridas no mundo. A história do cristianismo deixa claro de onde vem o poder
do Reino: Jesus escolheu doze homens que seriam considerados fracassados segundo os padrões
deste mundo, quando houve uma reviravolta na história: Jesus ressuscitou dentre os mortos pelo
poder do Espírito Santo. E os doze discípulos e mais alguns seguidores receberam o esse poder.
Em pouco tempo foram conhecidos como “aqueles que agitaram o mundo” (At 17.6).
Conhecemos onde a história está! E fazemos parte dela. Nenhum grupo na história foi tão
expressivo em seu crescimento e tão intenso nas transformações que causou quanto o
Cristianismo. O Segredo está aqui: O Evangelho é o poder de Deus para salvação!
Nos pequenos começos, mesmo nas nossas falhas, em tudo isto Deus está fazendo Seu Reino crescer. E
embora sejamos tentados a avaliar nosso empreendimento conforme o mundo dos negócios, devemos
manter nosso foco no poder do Espírito que dá o crescimento. Não devemos desistir, pois o Reino de
Deus triunfará. A proposta do Reino de Deus nos torna participantes do maior evento da história
mundial. Algumas pessoas pensam que são muito incapazes de fazer parte disto. É verdade! Todos nós
somos incapazes. Porém, quando somos alcançados pelo Poder do Evangelho, somos transformados e
habilitados para influenciar este mundo com o amor de Cristo. Creia que Deus está fazendo seu Reino
prosperar apesar da oposição de Satanás.

Leitura Diária: Jó 14-17


Semana 4 | Dia 27 | Sexta | Mateus 13.47-51
PARÁBOLA DA REDE DE PESCA

N essa Parábola, Jesus quer mostrar que o Reino de Deus é como uma rede lançada que avança
sobre o mundo através da história. Toda humanidade está conectada ao propósito de Deus
em revelar o Reino de Seu Filho no final dos tempos. As pessoas que creem nisto vivem à
luz dessa realidade. No entanto, aqueles que ignoram a presença do Reino dos Céus, quando a
rede for puxada, responderão ao juízo de Deus e serão lançados na “fornalha ardente, onde
haverá choro e ranger de dentes”.
O Juízo de Deus acontecerá na Vinda Gloriosa do Senhor Jesus. A questão nessa parábola
é sobre a indiferença que alguns podem ter quanto a esse juízo. Assim como peixes não podem
perceber que estão sendo arrastados para a beira da praia, alguns homens não percebem que
estão sendo arrastados para o dia do Juízo de Deus. Eles não creem na terrível realidade do
inferno! Eles rejeitam os alertas graciosos e amorosos de Deus sobre como escapar desse dia
terrível. O inferno é um lugar de tormento constante, onde corpo e a alma serão castigados
eternamente de acordo com sua desobediência ao Evangelho. A Esperança, porém, consiste em
que, no final dos tempos, Deus colocará todas as coisas no seu devido lugar. Se os injustos
receberão o castigo, os justos entrarão no Reino dos Céus.
Às vezes, a presença do mal nos incomoda e tendemos a reagir com vingança, rancor no coração e
autojustiça. Porém, devemos manter nossa pública confissão de fé, aguardar a nossa recompensa eterna
e a devida punição do mal na volta de Cristo. Enquanto isso, devemos nos preocupar mais em
compartilhar o Evangelho da Graça de Cristo a todas as pessoas que nos cercam, para que mais pessoas
possam se tornar conscientes da realidade da grande separação que Deus fará no final dos tempos.

Leitura Diária: Jó 18-21


Semana 4 | Dia 28 | Sábado | Mateus 13.51,52

A PARÁBOLA DO MESTRE DA LEI


á dois pontos centrais para interpretação dessa parábola: O tesouro recebido e o uso deste
H tesouro.
O Primeiro ponto diz respeito à intenção de Jesus ao ensinar. Jesus fez seus discípulos
conhecerem as verdades acerca do Reino. Ele habilitou os discípulos a serem como escribas,
mestres da Lei, ou seja, conhecedores habilidosos das VELHAS verdades presentes na mente de
Deus, ocultas desde a fundação do mundo, mas agora NOVAS, pois foram reveladas diante da
manifestação do Cristo prometido (Ef 3.5).
A segunda ênfase dessa parábola diz respeito ao uso do Tesouro. Os discípulos de Jesus
aprenderam a usar as verdades acerca do Reino em favor de si mesmos e em favor dos outros.
Por meio destas verdades encontramos direção para a vida; esperança para as aflições;
motivação suficiente para negarmos a nós mesmos e seguirmos a Jesus.
É uma grande alegria receber esse tesouro, mas é nosso dever aplicá-lo à nossa vida. Devemos examinar
a fundo a mensagem do Evangelho e responder com sinceridade ao discipulado: Ouvir, crer e obedecer
aos mandamentos de Jesus. Além disto, devemos nos comprometer com esta verdade como um todo.
Não podemos reduzir o Evangelho às nossas preferências ou ao que nos deixa mais confortáveis. Se o
Evangelho fala sobre Jesus como único caminho de salvação, ou sobre o inferno como destino das
pessoas que rejeitam a Cristo, ou sobre a necessidade de renunciar a própria vida para seguirmos a
Jesus, nós falaremos estas verdades! O nosso tesouro é inegociável! É, também, desse tesouro que
tiramos os suprimentos para nossa vida. Ou seja, é por meio dele que sabemos viver como súditos do
Rei Jesus neste mundo.

Leitura Diária: Jó 22-24


Semana 5 | Dia 29 | Domingo | Gênesis 37-50
m lugar do texto acima que leremos nos demais dias, leia as referências mencionadas aqui.
E Segundo Moisés, o último trecho do livro de Gênesis é sobre “a história da família de Jacó”
(Gn 37.2). Em especial, existe um destaque dado ao décimo primeiro filho do patriarca; seu
nome é José. Por causa do Novo Testamento, nós sabemos que, em última análise, todo o
Antigo Testamento foi escrito para revelar Jesus, o Messias (Jo 1,45; 5.39; Lc 24.27,44). Ao
mesmo tempo, nós reconhecemos, por intermédio do apóstolo Paulo, que o Antigo Testamento
foi escrito “para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo
procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança” (Rm 15.4). Para Timóteo, Paulo
escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente
preparado para toda boa obra” (2Tm 3.16,17). José, ainda que seja a personagem enfatizada
nesse trecho de Gênesis, ele não é o alvo e nem objetivo final do autor. Ele, como veremos nos
próximos devocionais, foi um instrumento de bênçãos nas mãos do Senhor para os propósitos de
Deus.
Ao encarar o décimo e último trecho de Gênesis – e sabemos disso pelo marcador literário formado
pela palavra hebraica toledot – não se esqueça de que o foco da Bíblia não está baseado numa filosofia
moral, mas no Deus real e pessoal. Você tem sido um instrumento de Deus para que mais pessoas
creiam na principal personagem dessa história?
Semana 5 | Dia 30 | Segunda | Gênesis 37
filhos de Jacó, José era de quem ele mais gostava. “Por isso mandou fazer para ele
D osumadoze
túnica longa” (v.3). Tal manifestação tola e pública de favoritismo
influenciou os irmãos de José a odiá-lo e a não conversar com ele (v.4). Nesse cenário, José
tem dois sonhos e tanto os seus irmãos quanto Jacó os interpretam equivocadamente. Mais
provavelmente, em vez de entendê-los como José governando sobre a família, os sonhos
representavam a dependência dos irmãos para com José na obtenção de comida e o momento
quando tudo isso aconteceria. Agora, além de ódio, o texto bíblico diz que os irmãos passaram a
sentir ciúme de José. Essas duas reações foram os ingredientes para eles considerarem matar
José, num dia que Jacó pediu para o seu favorito vistoriar seus irmãos que apascentavam os
rebanhos. Entretanto, em vez disso, resolveram vendê-lo aos mercadores ismaelitas que
passavam ali em direção ao Egito. Quanto ao pai, manipularam as evidências, fazendo com que
ele pensasse que José havia sido devorado por um animal selvagem: “ele chorou muitos dias
por seu filho” (v.34).
Não creio que você tenha sido vendido como escravo pelos seus familiares, mas tenho certeza de que
pessoas que você ama já pecaram contra você. Os sonhos de José, provavelmente, funcionam como
base da sua esperança em manter o foco na soberania de Deus. Tenha você consciência disso ou não,
Deus está no controle da história. Qual é a sua base para perseverar?

Leitura Diária: Jó 25-28


Semana 5 | Dia 31 | Terça | Gênesis 38

P ara onde foi a sequência da narrativa que terminou no cap. 37? Não podemos perder de vista
que os últimos capítulos de Gênesis relatam sobre a família de Jacó (Gn 37.2), além de
servir, como todo o Antigo Testamento, para direcionar nossos olhos e esperança no
Messias. Judá, além de ser o quarto filho de Jacó, é também ascendente de Jesus. Judá, ao
contrário de seu bisavô, avô e pai – os patriarcas – não zelou por quem tomou como cônjuge,
uma cananeia, com quem teve três filhos. O primeiro se casou com Tamar, escolhida pelo pai,
mas ele morreu porque foi desaprovado por Deus. O segundo filho cumpriu com a sua
obrigação de cunhado (v.8), mas também foi morto pelo Senhor. Sendo o terceiro muito novo
para também cumprir com sua responsabilidade de cunhado, Judá prometeu que o daria quando
fosse mais velho, porém não o fez. Tamar, à espera da promessa, passou-se por uma secreta
meretriz e enganou seu sogro, engravidando dele. Quando Judá soube disso, mandou queimá-la,
mas ela possuía evidências de que Judá era culpado. Ao final, Judá reconheceu seu erro: “ela é
mais justa do que eu” (v.26).
Nem sempre colhemos bons frutos, porque nem sempre plantamos boas sementes. Judá reconheceu
seu pecado e, nas mãos de Deus, tornou-se um novo homem. Nosso soberano e poderoso Deus usa os
santos e os ímpios para Seu propósito. Como você quer ser usado por Ele? Eu prefiro ser usado como
pecador perdoado a pecador culpado, e você? (Ver 1Jo 1.9).

Leitura Diária: Jó 29-32


Semana 5 | Dia 32 | Quarta | Gênesis 39

D asJosémãos dos ismaelitas, José foi vendido como escravo no Egito. Mais especificamente, ali
servia Potifar, o capitão da guarda egípcia (v.1), o que percebeu ser abençoado pelo
Senhor em razão da presença de seu mais novo servo hebreu em sua casa. Por isso deixou
tudo sob o cuidado dele, exceto sua própria comida (v.2-6a). José, que era um belo jovem,
chamou a atenção da mulher de Potifar, que começou a cobiçá-lo e a tentá-lo para se deitarem
juntos. Todavia, José, que dia após dia sabiamente evitava ficar perto dela, reconhecia ser
aquela uma atitude perversa e pecaminosa contra Deus e Potifar (v.6b-10). Ainda assim, houve
um dia quando ela agarrou o manto de José e insistiu que ele se deitasse com ela. Num ato de
coragem, baseado em sua piedosa convicção, José foge, mas seu manto se torna uma evidência
manipulada para uma falsa acusação de tentativa de estupro (v.11-18). Potifar ouviu o lado de
sua esposa e curiosamente, em vez de puni-lo com a morte, “lançou-o na prisão em que eram
postos os prisioneiros do rei” (v.20). Lá, José também era reconhecidamente abençoado pelo
Senhor, conquistando a simpatia do carcereiro e êxito em tudo o que realizava (v.21-23).
Ser íntegro e ser instrumento de bênção para Deus tem o seu preço, mas seguramente ele não é maior
do que aquele que o nosso Salvador, Jesus, pagou na cruz pelos nossos pecados. Ser fiel a Deus não é
sinônimo de segurança e isenção de problemas (Jo 16.33). A garantia é que os valores de Deus se
chocarão com os valores do mundo e, para perseverarmos, precisamos nos lembrar e focar que Jesus
venceu o mundo e nEle, somos mais que vencedores (Rm 8.38,39).

Leitura Diária: Jó 33-36


Semana 5 | Dia 33 | Quinta | Gênesis 40

N achefe
prisão onde José estava encarcerado, também foram aprisionados o chefe dos padeiros e o
dos copeiros do faraó. De forma especial, “o capitão da guarda os deixou aos
cuidados de José”, que já servia como encarregado do carcereiro (v.1-4). Depois de certo
tempo, esses novos prisioneiros ficaram perturbados com os sonhos que tiveram, visto que
desconheciam o seu significado. Ciente disso, José se posiciona como conhecedor de Deus e
lhes pergunta: “Não são de Deus as interpretações?” (v.5-8.) Depois de ouvir sobre os sonhos
de cada um, José concluiu que o chefe dos copeiros seria restaurado a sua posição e por isso lhe
pediu um favor: “Lembre-se de mim e seja bondoso comigo; fale de mim ao faraó e tire-me
desta prisão, pois fui trazido à força da terra dos hebreus, e também aqui nada fiz para ser
jogado neste calabouço” (v.14,15). O chefe dos padeiros seria decapitado. Tudo aconteceu
conforme José lhes havia dito, porém, o chefe dos copeiros se esqueceu de José (v.23).
As dificuldades pelas quais José passou foram profundos testes de fé, mas elas não abalaram a
segurança que José tinha no Deus da história que ele conhecia e em quem confiava. Qual a sua
expectativa ao se dispor em ser usado pelo Senhor? Quando reconhecemos que a vida é cheia de
tribulações e sofrimento, servir como instrumento de Deus é um desafio diário cuja superação se dá na
convicção e esperança de sabermos quem Deus é e o que ele fará. Busque conhecê-lo!

Leitura Diária: Jó 37-40.5; Salmo 19


Semana 5 | Dia 34 | Sexta | Gênesis 41
inda que o chefe dos copeiros tenha se esquecido de José, Deus não se esqueceu.
A No tempo certo, faraó também sonhou, ficou perturbado e não encontrou quem pudesse
interpretar seu sonho (v.1-8). Depois que o chefe dos copeiros comentou sobre José, o faraó
ordenou trazê-lo a sua presença e lhe disse ter ouvido sobre sua habilidade de interpretar sonhos
(v.9-15). José respondeu confiantemente: “Isso não depende de mim, mas Deus dará ao faraó
uma resposta favorável” (v.16). Ele ouviu sobre os dois sonhos do faraó e falou que eles eram a
revelação de Deus sobre o que já estava determinado para acontecer (v.17-36). Após ter contado
o significado, José aproveitou a oportunidade para sabiamente aconselhar o faraó sobre como
ele deveria proceder. Sem encontrar alguém mais capaz, José foi apontado como comandante de
toda a terra do Egito. Lá ele se casou e teve dois filhos, cujos nomes representavam a graça e a
bondade de Deus a José (v.37-52). A interpretação de José estava correta e por ser ele um
instrumento divino de bênção, o Egito prosperava sob Sua orientação e supervisão (v.53-57).
Ainda que o faraó tivesse mudado o nome de José, Deus não foi esquecido por ele. Pelo contrário, José
era exemplo do que centenas de anos depois foi anunciado pelo profeta Jeremias: “Orgulhe-se somente
em conhecer e entender o Senhor” (Jr 9.24). Quando entendemos quem Deus verdadeiramente é,
melhor sabemos quem nós somos e mais servimos ao Senhor. Avalie-se: o seu conhecimento de Deus o
motiva a dedicar seu trabalho em prol de abençoar outras pessoas? Você intencionalmente busca isso?

Leitura Diária: Jó 40.6-42.17; Salmo 29


Semana 5 | Dia 35 | Sábado | Gênesis 42

P ara que o povo hebreu não passasse fome, Jacó, pai de José, pediu que seus filhos, exceto
Benjamim, o caçula, buscassem comida no Egito (v.1-5). Na terra do faraó,
logo reconheceram a figura que governava aquela terra, mas não perceberam ser José. Ao
contrário, José os reconheceu, mas agiu como se não soubesse quem eram eles. Assim, começou
um teste de caráter com seus irmãos em razão dos seus antigos sonhos: eles deveriam provar
suas palavras, levando o irmão caçula ao Egito. Isso gerou profunda reflexão entre os irmãos,
que relembraram a maldade que fizeram a José, considerando a culpa que ainda carregavam.
Para testá-los, José reteve um dos irmãos no Egito, de modo que retornaram para Canaã sem um
dos irmãos, que ficou como penhor pela futura vinda de Benjamim (v.6-26). Grande pavor
tomou seus corações quando descobriram que todo o pagamento foi devolvido secretamente e
ficaram ainda mais preocupados quando contaram tudo o que aconteceu a Jacó, ouvindo que o
irmão mais novo não seria enviado a única terra que prosperava e providenciava, naquele
momento, salvação ao mundo (v.27-38).
Os irmãos de José começaram o divino processo do arrependimento. Se quisermos ser instrumentos de
bênção nas mãos de Deus, nós precisamos avaliar nossas vidas, identificar nossos pecados e nos
arrepender. Cuidado ao se prender aos seus erros como se fossem parte de quem você é. Ainda que
nessa vida o pecado seja uma infeliz realidade, sua identidade está, pela fé, exclusivamente em Jesus
Cristo.

Leitura Diária: Êxodo 1-4


Semana 6 | Dia 36 | Domingo | Gênesis 43
Uma segunda viagem ao Egito para buscar alimentos era necessária e a condição de ter de
levar o irmão caçula continuava (v.1-7). O escritor de Gênesis destaca o papel de Judá para
evidenciar ao leitor a aprovação de caráter dos irmãos de José, alguém que notoriamente se
arrependeu dos feitos acontecidos em Gênesis 37 e 38. Ele, que inclusive é da linhagem
messiânica, exerce uma função que nos lembra da perfeita providência de Jesus,
responsabilizando-se com sua própria vida pela segurança de Benjamim (v.8-14). No Egito,
ouviram do administrador da casa de José, alguém que não era hebreu, o que todo aquele que
conhece o Senhor deveria saber e anunciar: “fiquem tranquilos, pois Deus é quem está no
controle”. Quando José viu seus irmãos, em especial Benjamim, ele se emocionou
profundamente (v.15-30). Juntos, mas ainda sem reconhecerem José como irmão, o capítulo
termina com uma “pulga atrás da orelha” dos irmãos, que foram intencionalmente colocados à
mesa para comer por ordem de idade (v.31-34).
Admiravelmente, o capítulo 43 apresenta José como uma dobradiça. De um lado, ele é instrumento de
bênção para que seus irmãos, considerando Deus, arrependam-se do que lhe fizeram. Por outro lado,
José é o veículo para que egípcios considerem a verdade de existir um Deus soberano e bondoso,
exemplificado no administrador da casa de José. Pergunte-se: tenho sido útil para que pessoas se
arrependam de seus pecados e conheçam Deus tal como Ele verdadeiramente é?
Semana 6 | Dia 37 | Segunda | Gênesis 44

O último teste de caráter aplicado por José a seus irmãos foi um sucesso, tanto na sua
execução, quanto no seu resultado: eles foram aprovados (Gn 42.15). Na pessoa de Judá,
destaque nesse capítulo, os irmãos responderam piedosa e corajosamente ao embaraçoso
quebra-cabeça criado pelo governador do Egito, quem eles ainda não sabiam ser seu irmão.
Judá, antes demonstrado como irado, amargurado, mentiroso, impiedoso, tolo e imoral, no
capítulo 43 é apresentado como arrependido e no capítulo 44 é retratado como temente a Deus,
zeloso pelo seu pai, fiel a sua palavra e até mesmo sacrificador em se oferecer como escravo no
lugar de Benjamim, frutos de um genuíno arrependimento e qualidades que vemos de forma
perfeita no seu descendente: Jesus Cristo.
Judá era uma pessoa diferente. Antes, um camarada cujas reações refletiam a tolice e o pecado; agora,
um homem piedoso e justo. O que aconteceu? O texto indiretamente nos mostra que arrependimento foi
essencial no seu processo de transformação, desde o reconhecimento de Tamar como mais justa (Gn
38.26), como o da injustiça cometida contra José. Que tal separar um tempo de qualidade para
investigar sua vida e pedir perdão a Deus por possíveis pecados?

Leitura Diária: Êxodo 5-9


Semana 6 | Dia 38 | Terça | Gênesis 45

E sse é um dos capítulos com mais emoção da Bíblia: José se revela a seus irmãos e chora a
ponto de todo Egito ouvir (v.2). Porém, ainda mais preciosa que a emoção de José e
posteriormente de seus irmãos e dos egípcios, foi sua declaração aos surpresos irmãos: “Não
se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que
Deus me enviou adiante de vocês” (v.5). José estava convicto de que o agente principal de sua
presença no Egito não era seus irmãos, mas o próprio Deus. Não é por menos que José, mesmo
na condição de escravo no Egito, piedosamente perseverava. Os arranjos para a mudança da
família de José de Canaã para o Egito tinham começado: o próprio faraó, motivado pelo
exemplo de José, também se alegrou e incentivou a reunião da família (v.16-20). Ao final do
capítulo, o coração de um pai há muito tempo angustiado, despertou com alegria e uma nova
esperança, afinal de contas, seu filho amado ainda estava vivo.
Quando verdadeiramente conhecemos a Deus e identificamos que nossa vida é dEle e para Ele,
redirecionamos nossos alvos e enfrentamos obstáculos para diligentemente cumprir com o nosso real
propósito de existir: adorar o Senhor. José conhecia o único Deus soberano e viveu confiante nEle.
Quanto você conhece de Deus? Ao contrário de José, nós temos as Escrituras, apegue-se firmemente a
elas (2Pe 1.19).

Leitura Diária: Êxodo 10-13


Semana 6 | Dia 39 | Quarta | Gênesis 46

A nimado para reencontrar seu filho José, Jacó partiu para o Egito com tudo o que ele possuía:
seus rebanhos, seus bens e toda a sua família (v.1). Com algum temor pela mudança, ele foi
tranquilizado por Deus que lhe prometeu Sua presença e Sua bênção: Israel tornar-se-ia uma
grande nação no Egito (v.3). Ao chegar à terra que prosperava, Jacó foi calorosamente recebido
pelo governador, o seu próprio filho que outrora fora tido como morto. Em vez de fome e
miséria, agora todo o povo de Israel gozaria do melhor que o Egito tinha para oferecer, inclusive
a nobre região onde habitariam. O conhecimento acerca de Deus foi indispensável para José, no
cap. 45, conceder perdão aos seus irmãos. Enquanto isso, no cap. 46, o conhecimento sobre
Deus foi primordial para Jacó desenvolver sua esperança de viver e conduzir toda a sua
descendência.
Paulo ensina que toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, repreensão, correção e
instrução para que o crente em Cristo faça a obra de Deus (2Tm 3.16). Baseando-se nisso, como esse
capítulo equipa o crente? Creio que nos ensina a confiar em Deus, repreende-nos contra o pecado da
incredulidade, corrige-nos para mantermos o foco em Deus e Suas promessas e nos instrui a seguirmos
fiéis e sem medo. Você concorda com isso?

Leitura Diária: Êxodo 14-18


Semana 6 | Dia 40 | Quinta | Gênesis 47

C om a exceção do Egito, toda região sofria com a fome (v.4). EAgora, toda a família de Jacó
estava na terra onde havia prosperidade. De uma perspectiva horizontal, debaixo do cuidado
de José e da autoridade do faraó; de uma perspectiva vertical, todos estavam sob o cuidado e
autoridade de Deus. A generosidade do faraó para com a família de José, recém-chegada de
Canaã, possivelmente tinha origem na competência da supervisão e liderança de José, inclusive
ilustrada na sábia gerência das vendas dos alimentos estocados durante os anos de fartura, cujo
resultado agradou os trabalhadores egípcios e tornou faraó o proprietário de toda terra. Enquanto
os israelitas prosperavam no Egito, o palco para a indesejada e vindoura escravidão do povo
hebreu se desdobrava (Êx 1).
Talvez porque um dos valores da filosofia de vida da nossa atual sociedade seja o individualismo, em
oposição ao coletivismo, estamos menos atentos aos efeitos comunitários da nossa fidelidade a Deus.
Que tal orarmos pelo despertamento da nossa consciência para, na busca pela santidade, percebermos
que nossas boas e sábias decisões podem favorecer diversas pessoas além de nós mesmos e motivar o
interesse outros para conhecerem a igreja de Cristo?

Leitura Diária: Êxodo 19-21


Semana 6 | Dia 41 | Sexta | Gênesis 48-49

J acó estava doente e a sua morte era esperada (v.1,21). Por isso José foi, com seus filhos
Manassés e Efraim, visitá-lo. Ambos receberam bênçãos do avô, porém, com a inusitada
declaração de que o mais novo seria maior; uma surpresa para José, mas não para o leitor de
Gênesis que recorda do nascimento de Esaú e Jacó (Gn 48). Depois, o patriarca chamou seus
filhos para abençoá-los, tendo Judá como destaque positivo, de quem o cetro não se apartaria:
uma referência ao Messias Jesus (v.10). É interessante que, junto às bênçãos proferidas por
Jacó, o tema da terra prometida é trazido à luz, assunto que permeia todo o Antigo Testamento e
estrutura a história debaixo do desejo e da soberania de Deus: Canaã havia sido prometida a
Jacó e a sua descendência (48.4), mas agora eles estavam no Egito e, futuramente, voltariam
para lá (48.21). Jacó falece logo após formalizar as doze tribos e dar orientações sobre seu
sepultamento (49.33).
Bênção é o destaque da ação divina em prol do povo de Israel nesses dois capítulos, assim como também
foi quando o ressurreto Filho foi enviado primeiramente aos judeus (At 3.26), e assim como também é a
todos os que invocam o nome do Senhor (Rm 10.12,13). A bênção de Deus está disponível a todos, mas
são aqueles que têm pés formosos que a anunciam (Rm 10.14,15). Quão formosos são os seus pés?

Leitura Diária: Êxodo 22-24


Semana 6 | Dia 42 | Sábado | Gênesis 50

J osé e todo o Egito lamentaram a morte de Jacó. Passados os dias de luto, José pediu e teve a
permissão do faraó para sepultar seu pai em Canaã, conforme o desejo do patriarca (v.1-6). A
comitiva que partiu do Egito era enorme, a ponto de os cananeus identificarem o evento como
uma cerimônia de luto solene (v.11). Depois disso, de volta ao Egito e sem Jacó, os irmãos de
José imaginaram que seu irmão, outrora vendido como escravo, pudesse retribuir o mal que lhe
fora causado. Entretanto, o piedoso governador egípcio era maduro e, em resposta, cita uma das
frases que capta a essência de toda a história do final do livro de Gênesis: “vocês planejaram o
mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos”
(v.20). José faleceu aos 120 anos com a certeza de que Deus dirigiria a história e manteria fiel a
Sua palavra (v.22-24).
Aos que aguardam com fé em Deus, o fim está infinitamente além de um sarcófago no Egito. Está num
novo céu e numa nova terra, prometidos pelo próprio Senhor a todos que nEle creem. Não se enganem,
Ele nunca escreveu “certo por linhas tortas”: Seu plano nunca saiu do esquadro. É sábio confiar
nAquele que prenunciou Sua morte e ressurreição: Jesus, o fundamento do evangelho.

Leitura Diária: Êxodo 25-28


Semana 7 | Dia 43 | Domingo | Marcos 1.1-15

C omo você reagiria diante de uma autoridade ou de uma pessoa famosa? Eu sou daqueles que
fica nervoso. Já fiquei paralisado e tive reações estranhas quando me deparei com famosos.
Uma reação incontrolável para mim é ficar vermelho! Ridículo, não é? Mas qual deve ser a
nossa reação diante da maior autoridade nos céus e na terra? João Marcos escreve o evangelho
de Marcos para a igreja perseguida em Roma. A pergunta natural da igreja seria: vale a pena
morrer por Jesus? Esse evangelho é escrito para responder a essa pergunta. Na primeira
passagem do livro, vemos a afirmação de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (v.1). Ele é o
Cristo, o Messias Salvador do povo de Deus, de acordo com as profecias cumpridas nas
pregações de João Batista (v. 2-8). Ele é o Filho de Deus de acordo com a afirmação do próprio
Deus no batismo de Jesus e pela Sua aprovação ao ser tentado por Satanás (v. 9-13). Isso posto,
qual deve ser a reação diante de Jesus Cristo, o Filho de Deus? Ele mesmo nos diz:
“arrependam-se e creiam” (v. 14-15)! Na presença de Jesus, o Cristo Filho de Deus, devemos
nos arrepender e crer!
A igreja perseguida de Roma perseveraria se realmente cresse quem era Jesus. E você? Crê? Já se
arrependeu do seu pecado (Rm 3.23-24)? Você tem vivido de forma coerente com o tratamento devido a
Jesus Cristo, o Filho de Deus? Como você tem demonstrado isso no seu relacionamento com Ele? Com
sua família? Com seus colegas de estudo e trabalho? E na sua luta contra o pecado? Ore a Deus sobre
isso!
Semana 7 | Dia 44 | Segunda | Marcos 1.16-39
ivemos uma crise de autoridade. Não apenas falta dela, mas também de
rejeição a qualquer autoridade! As pessoas acham errado ter que se submeter a
alguém superior a elas. Quando fui escrever meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre
princípios bíblicos ensinados por meio do esporte, ao concluir a faculdade de Educação Física,
minha orientadora pediu que eu tirasse o princípio da submissão, pois não a considerava uma
virtude! Isso afeta a maneira como as pessoas veem Jesus. Não O consideram como Senhor, mas
apenas como um bom mestre do passado que deve ser respeitado, mas não necessariamente
obedecido. Na passagem de hoje vemos a reação dos primeiros discípulos a serem chamados, e
que deixaram seu trabalho e família para seguir Jesus (v. 16-20). Vimos a autoridade de Jesus no
ensino (v. 21-22) e sobre o mundo espiritual (v. 23-28). Jesus tem autoridade até mesmo sobre a
doença (v. 29-34). Na última parte da passagem, vemos que a autoridade de Jesus vem do
próprio Deus, que direciona o ministério do Filho (v. 35-39). A autoridade de Jesus vem de
Deus! Por isso, aquele que crê em Jesus Cristo, o Filho de Deus, submete-se a Ele.
A igreja perseguida de Roma, a quem o evangelho de Marcos foi escrito, deveria perseverar sob a
autoridade de Jesus, como um soldado submisso à autoridade do seu comandante no calor da batalha!
Pois a autoridade de Jesus vem do próprio Deus! E você? Reconhece a autoridade de Jesus? Ele tem
autoridade sobre todas as áreas da sua vida? Em quais áreas você ainda não se submeteu a ele?
Converse com Deus sobre isso!

Leitura Diária: Êxodo 29-32


Semana 7 | Dia 45 | Terça | Marcos 1.40-2.17

O que eu mais gosto nos evangelhos é a maneira como os autores juntam histórias,
aparentemente sem conexão uma com a outra, para nos ensinar uma lição sobre Jesus. Na
passagem de hoje vimos a história de três homens, três milagres e uma lição. Na primeira
história vemos o clamor de um leproso para que seja purificado (v.40-45). A lepra era
considerada uma impureza que afastaria o leproso do restante da comunidade (cf. Lv 13.43-46).
A cura deveria ser acompanhada de sacrifícios pelo pecado (v. 44; cf. Lv 14.1-32). Na segunda
história nos surpreendemos com Jesus que primeiro perdoa os pecados do paralítico em vez de
curá-lo! Na verdade, Ele cura o paralítico para mostrar aos mestres da lei que Ele tinha
autoridade para perdoar os pecados (v.1-12). E na última história, vemos Jesus chamando um
cobrador de impostos, considerado um traidor entre os judeus por tirar dinheiro do povo para
entregar ao inimigo. Quando questionado sobre essa ação, Jesus diz que veio justamente chamar
os pecadores, que precisam de perdão e restauração, e não os que se acham justos (v.13-17).
Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio para perdoar os pecadores!
Nós temos uma tendência de não reconhecer nossas falhas e pecados! Queremos parecer justos e
perfeitos. O problema desse tipo de atitude é que dessa forma diminuímos nossa percepção de como
precisamos de Jesus! Ele veio justamente para este fim: perdoar nossos pecados e nos levar de volta ao
Pai! Vimos hoje a história de três homens que reconheceram sua necessidade de Jesus. E você? Já
reconheceu que também precisa de Jesus para perdoar seus pecados? Você também tem reconhecido
que Ele é a única solução não apenas para o seu pecado, mas também o pecado das pessoas que o
cercam, independente do que tenham feito? Você tem mostrado isso a elas? Ore a Deus sobre isso!

Leitura Diária: Êxodo 33-36


Semana 7 | Dia 46 | Quarta | Marcos 2.23-3.6

N aeletrônicos.
minha infância fui a uma festa de aniversário em um shopping, naquela parte dos jogos
Como estávamos fazendo parte do aniversário, podíamos jogar
fliperama de graça! Foi uma das festas mais legais que já fui na vida! A única questão é que
até hoje eu não tenho a mínima ideia de quem era o aniversariante. Eu fui porque ele era um
conhecido dos meus primos. Muitas vezes somos pessoas religiosas que mais valorizam os
rituais do que seu verdadeiro significado. É como valorizar mais a festa do que o aniversariante.
Na passagem de hoje vemos Jesus ensinando que Ele é maior do que os rituais religiosos. Na
primeira parte vemos como o jejum, uma atitude de humilhação, não faz sentido quando se está
na presença do noivo (motivo de festa e alegria). Jesus é o noivo! Quando Ele fosse morto seria
o momento certo para jejuar (v.18-20). Depois Jesus ensina que Ele veio trazer algo novo (a
Nova Aliança), que não poderia ser encaixado no velho (Antiga Aliança); afinal, Ele é o
cumprimento dos rituais religiosos da antiga aliança (v.21-22; cf Cl 2.16-17). Na passagem
seguinte, vemos dois acontecimentos relacionados ao sábado, quando Jesus ensina que a vida
humana é mais importante do que rituais religiosos, sendo Ele mesmo o Senhor do sábado (v
2.23-3.6). Jesus Cristo, o Filho de Deus, é superior aos rituais religiosos.
Você é daqueles que despreza pessoas por causa de rituais religiosos? Que despreza quem não é tão
religioso quanto você? Ou que faz tudo certinho, porém, sem amor a Jesus? Ou é daqueles que despreza
os rituais religiosos porque não enxerga como eles apontam para Cristo? Devemos olhar para os rituais
(culto, ceia, batismos, etc) como memoriais que apontam para obra de Jesus para a salvação dos
pecadores que creem. Por isso devemos cumpri-los em amor a Deus e ao próximo. Converse com Deus
sobre isso!

Leitura Diária: Êxodo 37-40


Semana 7 | Dia 47 | Quinta | Marcos 3.7-19

Q uantos seguidores você tem nas suas mídias sociais? Hoje o número de curtidas, seguidores
e compartilhamentos valem fortunas! Determina quem são os influen-
ciadores dessa geração. Quanto mais curtidas, melhor. Na passagem de hoje vemos como a
lógica divina é diferente da lógica humana. Jesus começou a atrair multidões. De acordo com o
texto, pessoas de todos os lugares vinham atrás dEle (v.7-8). As multidões O procuravam por
causa dos milagres, as curas e libertações (v.9-11). Jesus não permitia que falassem quem Ele
era. Ele já havia ordenado o mesmo para outros nas passagens anteriores (1.34, 44). Isso para
que, como veremos mais adiante em Marcos, não O procurassem pelos motivos errados. Mas
quando o número de “seguidores” de Jesus começou a subir, Ele faz uma mudança de foco no
Seu ministério: Ele escolhe poucos para priorizar Seu investimento. Apenas doze homens que
serão preparados para fazer o que Ele faz: pregar o evangelho e trazer libertação. Ele os chama
para andarem com Ele. Para aprenderem com a convivência. Hoje nós sabemos que por meio de
onze desses doze, o mundo foi alcançado pelo evangelho.
O discipulado é um relacionamento intencional com algumas pessoas a fim de ajudá-las a crescer em
maturidade cristã, para que também discipulem outras pessoas com a mesma intenção. Jesus investiu
nesse tipo de relacionamento e deixou uma ordem para que façamos o mesmo (Mt 28.19). A Bíblia diz
que discipulado é nosso ministério (2Tm 2.2). Você está sendo discipulado por alguém? Tem andado
intencionalmente com alguém para aprender? Você tem discipulado alguém? Tem andado
intencionalmente com alguém para ensinar? Ore a Deus sobre o discipulado em sua vida.

Leitura Diária: Levítico 1-4


Semana 7 | Dia 48 | Sexta | Marcos 3.20-35

N afamília
passagem de hoje vimos duas histórias que nos ensinam uma lição. Na primeira, vimos a
de Jesus sair para buscá-lo à força, pois achavam que Ele estava louco (v.20-21).
Essa história é interrompida e Marcos nos conta outra história. Os mestres da lei começaram
a atribuir o poder de Jesus a Belzebu, uma referência ao diabo. O Senhor responde mostrando a
incoerência do pensamento deles, e revela o que realmente está acontecendo. O que mais chama
atenção nessa história é a gravidade de atribuir o poder de Cristo, pelo Espírito Santo, ao diabo.
É um pecado sem perdão! Pois assim, a vitória de Cristo na cruz (cf Cl 2.13-15) seria atribuída
ao inimigo! E só há salvação por meio da fé na obra divina por meio de Jesus. Nesse ponto,
Marcos retorna à primeira história, quando a mãe e os irmãos de Jesus chegam até ele.
Aproveitando a oportunidade, Jesus ensina que Sua verdadeira família está entre aqueles que
creem em Deus e fazem a vontade dEle, e não entre aqueles que o consideram louco! Somente
aqueles que creem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, pertencem à Sua família.
Os cristãos romanos precisavam crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Só assim perseverariam,
mesmo diante da morte. Somente assim pertenceriam à família de Deus. Qual é a sua visão sobre
Jesus? Realmente crê que Ele é o Salvador envidado por Deus? Você faz parte da Sua família (cf. Jo
1.12)? Ore a Deus sobre isso!

Leitura Diária: Levítico 5-7


Semana 7 | Dia 49 | Sábado | Marcos 4.1-34

J esus gostava de ensinar por meio de parábolas. Para saber que lição extrair da parábola
precisamos olhar o que estava acontecendo quando ela foi contada. Na passagem de hoje, o
assunto era a incredulidade da família de Jesus e dos mestres da lei. Na primeira parábola
Jesus mostra que, apesar de a mesma semente da Palavra ser plantada, os resultados vão
depender do tipo de coração onde ela será fincada (v.1-20). Na parábola seguinte, o Senhor
ensina que a luz revela o que está escondido, da mesma forma como o evangelho revela o que
está escondido no coração (v.21-23). Então Jesus ensina que, quanto mais buscamos o Reino de
Deus, mais recebemos, mas e se o desprezamos, até o pouco que temos nos será tirado (v.24-
25). O Reino de Deus cresce e se expande pelo poder dele, independente do homem (v.26-29).
Por último, Jesus mostra que, apesar de parecer pequeno e humilde, o Reino de Deus se tornará
maior que tudo (v.30-34). Ou seja, não devemos medir o sucesso do Reino de Deus pela
aceitação das pessoas. Ele crescerá em solos férteis, trará à luz o que está escondido,
recompensará os que o buscam, crescerá independente da fidelidade humana e se tornará grande
e eterno! Que mensagem de esperança e perseverança! O Reino de Deus cresce por meio de
Jesus Cristo, o Filho de Deus!
Os primeiros leitores do evangelho de Marcos, os cristãos romanos perseguidos, não deveriam
desanimar com a forte oposição! Jesus foi rejeitado e os seus seguidores também o serão. Mas o Reino
de Deus continuará progredindo em meio a corações férteis! Como é o seu coração? O que a mensagem
do reino tem produzido em sua vida? Como você tem perseverado na proclamação do evangelho apesar
da incredulidade e oposição de outros? Converse com Deus sobre isso!

Leitura Diária: Levítico 8-10


Semana 8 | Dia 50 | Domingo | Marcos 4.35-5.20

N osmomento
dias em que estou escrevendo esta devocional, nossa igreja está passando por um
muito difícil. Alguns membros faleceram nos últimos meses, e muitos perderam
familiares próximos. Em dias assim, vejo-me questionando a bondade de Deus. Passagens como
a que lemos hoje nos trazem esperança. Os discípulos de Jesus enfrentam uma forte tempestade.
Enquanto isso Jesus dormia! Então, os discípulos o acordam com a pergunta: “Mestre, não Te
importa que morramos?” Essa é a mesma pergunta feita pelos cristãos romanos perseguidos
quando o evangelho de Marcos foi escrito. É a mesma pergunta que nós fazemos quando
enfrentamos dias difíceis. Mas Jesus com apenas uma ordem acalma a tempestade. Os
discípulos ficam perplexos (v.35-41). Ao descerem em terra firme se deparam com outra
“tempestade”: um homem possesso por diversos demônios. Ninguém conseguia ajudá-lo. Mas,
mais uma vez, Jesus com uma ordem traz libertação àquele homem (v.1-20)! Os discípulos
estão incrédulos, os gerasenos expulsam Jesus, o homem liberto começa a pregar sobre Jesus
Cristo, o Filho de Deus, que é capaz de nos livrar de todo mal!
Podemos enfrentar dias extremamente difíceis em nossas vidas, como estamos vivendo em nossa igreja.
Porém, Jesus já nos livrou do maior mal que poderíamos enfrentar, que é a separação eterna de Deus
por causa dos nossos pecados (cf. Rm 6.23)! Você tem essa confiança? Você ainda tem medo de algo?
Ainda acha que Jesus está dormindo indiferentemente ao seu sofrimento? Converse com Deus sobre
isso.

365 Dias com Deus


Semana 8 | Dia 51 | Segunda | Marcos 5.21-43

C omo compartilhei ontem, temos vivido dias difíceis em nossa igreja. Hoje mesmo participei
de um velório de uma menina de 10 anos! A cena da menina no caixão jamais sairá da
minha mente. Mais uma vez lutei com questionamentos sobre a bondade de Deus. E mais
uma vez o texto que estamos estudando me ajudou em minha incredulidade. Até aqui vimos o
poder de Jesus sobre a doença, sobre a natureza e sobre os demônios. Mas até onde vai o poder
de Jesus? Marcos, mais uma vez, com seu estilo nos conta duas histórias para enfatizar uma
lição. A primeira é de um pai desesperado pela cura de sua filha (v.21-24). Essa história é
interrompida pela história da mulher que sofria de hemorragia por doze anos. Nenhum médico
conseguia resolver seu problema. Crendo no poder de Jesus, ela apenas toca na sua roupa e é
curada! Jesus no meio da confusão da multidão mostra como a fé daquela mulher lhe trouxe
cura (v.25-34). Então voltamos à primeira história com a notícia de que a menina havia morrido.
Parece que é tarde demais! Mas Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, que tem poder sobre a morte!
A menina, que tinha doze anos de idade (o tempo que a mulher sofria de hemorragia), ressuscita
(v.35-43)!
Não há nada impossível para Deus! Mesmo o problema do nosso pecado foi resolvido por Cristo na
cruz! A morte foi vencida na ressurreição do Senhor (cf. 1Co 15.55-58)! Por isso podemos perseverar
em confiança, mesmo diante de notícias difíceis! Isso é uma verdade em sua vida? Como essa confiança
se manifesta no seu dia a dia? Algo ou alguma circunstância tem desafiado a sua fé? Converse com
Deus sobre isso!

Leitura Diária: Levítico 11-14


Semana 8 | Dia 52 | Terça | Marcos 6.1-30

A igreja sempre foi perseguida desde o seu nascimento. Uma prova disso é que grande parte
do Novo Testamento foi escrito para a igreja perseguida. Geralmente não temos acesso a
essa informação, mas em grande parte do mundo a igreja é perseguida (visite o site da
missão Portas Abertas). De vez em quando, a perseguição em nosso país se torna um pouco
mais clara. Individualmente, qualquer um que decida viver fielmente ao Senhor sofrerá
perseguição (2Tm 3.12). E no texto de hoje vemos que isso ocorre desde Cristo. Ele mesmo foi
rejeitado em Sua própria terra (v.1-6). Mas é interessante ver a reação de Jesus diante da
incredulidade: Ele persevera no ensino e no discipulado (v.7-12). O impacto da ação dos
discípulos é tão grande que chega aos ouvidos do rei Herodes (v.14-16). Então ficamos sabendo
o que aconteceu a João Batista, que morreu de forma “banal”, por pregar a Palavra de Deus com
fidelidade (v.13-29). Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, que será rejeitado por muitos. Mas,
mesmo diante da incredulidade, devemos perseverar na pregação e no discipulado.
Você já sofreu perseguição por causa da fé em Cristo? Como você reagiu? Você tem sido perseverante
na pregação do evangelho e no discipulado? Está disposto a pagar o preço que for para isso? Aquele
que crê que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, persevera custe o que custar! Converse com Deus sobre
isso!

Leitura Diária: Levítico 15-18


Semana 8 | Dia 53 | Quarta | Marcos 6.31-56
ocê já passou fome? Eu tive poucas experiências de fome, mas nunca passei
fome extrema. Certa uma vez assisti a uma cena de filme de um campo de
concentração alemão sendo descoberto. A cena dos judeus esqueléticos era chocante. O
desespero por comida era assustador. Da mesma forma o mundo está com fome. Não apenas de
comida, mas de propósito e realização. Pessoas buscam satisfazer sua fome em alimentos
errados: dinheiro, status, sexo, mudança de gênero etc. Por isso estão espiritualmente
esqueléticas e morrendo! No texto de hoje vimos a famosa passagem da multiplicação dos pães.
Os discípulos chegam de sua missão e contam a Jesus tudo o que experimentaram. Jesus queria
levá-los a um lugar de descanso, mas a multidão os seguia, famintos pelos ensinos do Senhor.
Jesus vê a multidão “faminta”, pois não havia quem os alimentasse. Então o Senhor os alimenta
espiritualmente pela Palavra, e depois, milagrosamente, também alimenta milhares de pessoas
com cinco pães e dois peixes (v.31-45). O alimento físico ilustra o alimento espiritual. Logo
depois vemos mais uma cena da incredulidade dos discípulos, que ainda não haviam entendido
quem Jesus era. Eles se assustam ao verem o Mestre chegar até eles andando sobre as águas, e
acalmando o vento (v.45-56). Enquanto não entenderem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus,
permanecerão com fome (cf v.52).
Você está satisfeito em Cristo? Ou está colocando sua esperança nas coisas do mundo como estudo,
trabalho, família, sexo, status etc? Perceba que nem tudo é errado em si, porém, determinadas coisas
não podem satisfazê-lo como Jesus o faz! A verdadeira satisfação está em viver para Jesus Cristo, o
Filho de Deus! Vamos continuar descobrindo o que isso significa em nossa leitura do evangelho de
Marcos. Converse com Deus sobre o que leu hoje.

Leitura Diária: Levítico 19-22


Semana 8 | Dia 54 | Quinta | Marcos 7.1-30

E utraznascialguns
em uma família que já acreditava no evangelho. Isso é um grande privilégio, porém,
perigos. Por muitas vezes em minha vida, eu me senti superior a outras pessoas
por ser religioso e não praticar os pecados que elas praticavam. Arrogante, não é? Na
passagem de hoje vemos Jesus ensinando sobre a verdadeira religião. Na primeira história,
temos os fariseus e os mestres da lei questionando Jesus e os discípulos por não valorizarem as
tradições judaicas (v.1-5). Jesus responde, mostrando que toda religiosidade deles era só
aparência. No coração, eles não honravam a Deus (v.6-7). Chegavam no absurdo de valorizar
mais as tradições judaicas do que a própria lei de Deus (v.8-13). Por fim, o Mestre ensina que o
problema não é o que entra no homem (no caso, alimentos “contaminados”), mas o que sai
(palavras e atitudes); pois estas sim evidenciam o que está no coração, de onde vem a verdadeira
adoração (v.14-23). Na história seguinte, vemos a religião que Deus realmente valoriza: um
coração humilde que reconhece sua verdadeira necessidade de Jesus, por Ele ser o Cristo, o
Filho de Deus. Uma mulher que, mesmo não sendo judia, clama ao Senhor por migalhas da Sua
graça para receber a libertação da sua filha. Por causa da sua fé, muito superior à dos líderes
judeus, ela experimenta a libertação em Cristo (v.24-30).
O que caracteriza você: alguém que confia na sua própria justiça, por não fazer tanta coisa errada e por
pertencer a uma igreja; ou alguém que se reconhece desesperadamente necessitado da graça de Deus?
Pense em suas atitudes durante essa semana, e o que elas mostram sobre o que estudamos hoje.
Converse com Deus sobre isso.

Leitura Diária: Levítico 23-25


Semana 8 | Dia 55 | Sexta | Marcos 7.31-8.26

D esde criança eu conheço a Palavra de Deus. Hoje eu sirvo como pastor em uma igreja.
Estudar e ensinar a Bíblia é o meu trabalho. Porém, constantemente me acho um ignorante
sobre quem Jesus é. Não intelectualmente falando, mas na vida prática. Vejo evidências de
falta de fé por meio da ansiedade, ira e falta de esperança. Então percebo que, até para realmente
entender quem Jesus é, eu preciso da ajuda dEle! A passagem de hoje mostra isso. Lembre-se de
que, no evangelho, as histórias estão ligadas. Veja como a passagem termina com milagres
(7.31-37 e 8.22-26). Os dois milagres contêm características semelhantes: Jesus os leva para
longe da multidão e usa saliva para operar o milagre. O versículo 18 do capítulo 8 mostra a
ligação dos dois milagres: as deficiências físicas tratadas por Jesus ilustram a deficiência
espiritual que somente Ele pode tratar, a incredulidade. Veja as histórias que estão entre os dois
milagres. Os discípulos mais uma vez falham em confiar em Jesus para multiplicar os pães,
apesar da experiência que já tiveram (v.1-10). Logo em seguida à multiplicação dos pães, os
fariseus pedem um sinal (v.11-13)! Na cena seguinte vemos os discípulos preocupados porque
haviam esquecido de comprar pão (v.14-16)! Então Jesus mostra o como eles têm dificuldade de
compreender quem Ele é (v.17-21). Assim como Jesus foi capaz de curar a surdez e a cegueira
daqueles que clamaram, Ele também é capaz de curar a surdez e a cegueira espiritual de quem
clamar!
E você? Tem compreendido que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus? Como você tem demonstrado isso em
sua vida? Você tem dificuldades e tem mostrado incredulidade na sua forma de viver, assim como os
discípulos e os fariseus? Tem lutado com ansiedade, pânico, depressão, ira e desânimo? Clame a Deus
para que Ele cure sua cegueira, para que você enxergue claramente quem Jesus é!

Leitura Diária: Levítico 26-27; Números 1-2


Semana 8 | Dia 56 | Sábado | Marcos 8.22-37

M uitas pessoas pensam que conhecem Jesus, mas estão enganadas. Já encontrei traficantes de
drogas que se achavam seguidores de Jesus. Eles tinham uma visão bem errada sobre quem
Ele é. Começamos a passagem com um milagre que estudamos ontem. É um milagre
intrigante, pois parece que Jesus não consegue curar o cego na primeira tentativa! O cego passa
a enxergar vultos, e não claramente. Então Jesus o cura completamente na segunda tentativa
(v.22-26). Por que isso acontece? Lembre-se de que, nos evangelhos, os milagres são ilustrações
do ensino de Jesus. Vimos ontem que Jesus estava tratando a cegueira dos discípulos (cf v.17-
18). Ele lhes pergunta quem o povo achava que Ele era. A resposta é que o povo achava que Ele
era mais um grande mestre ou a ressurreição de um profeta (v.27-28). Eles estavam cegos!
Quando Jesus faz a pergunta diretamente aos discípulos, eles respondem corretamente,
reconhecendo que Ele é o Cristo (Messias, o Ungido, Salvador) (v.29-30)! Parece que eles
enxergam corretamente! Mas quando o Mestre começa a ensinar sobre o que Ele veio fazer:
sofrer até a morte na mão dos inimigos e ressuscitar; Pedro o repreende (v.31-32)! Parece que
ele não enxerga tão bem assim, como o cego na primeira etapa da cura. Pedro achava que o
Cristo traria vida fácil ao Seu povo, e não a vida eterna por meio da Sua morte e ressurreição.
Então Jesus repreende Pedro e passa a ensinar que segui-lO implica pagar um alto preço,
negando sua própria vontade. Apesar disso, vale a pena, pois a vida eterna só se acha nEle
(v.33-37). Enxergar corretamente Jesus como Cristo, o Filho de Deus, implica autorrenúncia.
De acordo com o texto de hoje, você enxerga claramente quem é Jesus? Você vive para satisfazer as
suas vontades ou as vontades de Cristo? Peça a Ele que abra seus olhos!

Leitura Diária: Números 3-5


Semana 9 | Dia 57 | Domingo | Deuteronômio 1.1-8
nome deste livro na Bíblia hebraica é “Estas são as palavras” (ēlleh haddeḇārîm).
O “Deuteronômio” tem esse nome tirado da versão latina, a Vulgata (Deuteronomium), a qual
o tomou da Septuaginta (Deuteronomion), e significa “segunda lei”, evocando o que vemos
nesse texto. Não uma outra lei, mas a segunda vez em que ela é ensinada, a razão por trás disso
está no verso 3. Esse era o ano 40 de peregrinação no deserto e toda a geração que havia saído
do Egito já havia morrido, menos Josué e Calebe. Mesmo Moisés e Arão logo morreriam e não
entrariam na terra prometida. Assim, em pouco tempo, uma geração “jovem” tomaria posse da
promessa e precisaria ser relembrada da lei que condicionava a permanência deles na terra, caso
fosse obedecida.
Ao longo da história de Israel, facilmente descobrimos que a falha em se preocupar com o
ensino continuado da Lei do Senhor para as próximas gerações teve um altíssimo preço.
Infelizmente, o mesmo se observa na história da igreja cristã.
Líderes, pastores, discipuladores e, principalmente, os pais devem ter essa constante
preocupação. Isto é, de repetir, repetir e repetir os ensinamentos do Senhor, desde a mais tenra
idade até a mais avançada. Spurgeon disse certa vez, “Comece a ensinar cedo, pois as crianças
começam a pecar cedo.” Creio que ele está ecoando o ensino do qual o Senhor disse sobre o
homem: “o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância” (Gn 8.21).
Quais tem sido as medidas práticas que você tem tomado para com crianças, adolescentes, novos cristãos
que estão debaixo da sua influência? Você os vê como uma responsabilidade? Você já ensina pelo
exemplo? O que você poderia melhorar na forma de lidar com esta tarefa a qual é, de fato, um grande
privilégio?
Semana 9 | Dia 58 | Segunda | Deuteronômio 1.26-46

H áamigo
um ditado popular famoso que diz: “Quem avisa, amigo é.” Nesse pensamento, que grande
o Senhor e Seu servo Moisés foram para o povo de Israel. Explico. No texto base,
Moisés está lembrando como o povo preferiu ouvir o relatório negativo de dez dos doze
espiões que haviam sido enviados para examinar a terra prometida e que como se recusaram a
seguir em frente e tomar posse da herança do Senhor, murmurando contra ele (v.26-28.)!
Moisés, nos versículos 29-31, os havia advertido e exortado a não temerem e lembrarem dos
feitos do Senhor em favor deles, mas “Apesar disso” ... que tristeza quando o povo de Deus
prefere as mentiras dos homens à verdade de Deus, prefere as possibilidades às certezas, e
desprezam o “currículo” dos feitos do Senhor. O resultado é que “não confiaram no SENHOR, o
seu Deus” (v.32-33) e, logo, experimentaram a ira do Senhor (v.34-40).
Talvez eles pensassem que o Senhor iria apenas aceitar e criar um plano ou que eles iriam
voltar para o Egito, mas o que aconteceu foi que toda aquela geração não pisou na terra
prometida, a não ser Josué e Calebe. Além deles, os que tomariam posse da herança da terra
eram os mais novos, sobre os quais os rebeldes disseram que se tornariam despojo dos
canaanitas. Como estavam cegos, e comprovaram isso experimentando a disciplina do Senhor!
Porém, o que estava ruim fica ainda pior. Depois de reprovados e ordenados que voltassem
para o deserto, resolveram partir para conquistar o que não era mais deles. Assim, sofreram
enormes perdas, mas, acima de tudo, revelaram ainda mais a rebeldia do seu coração. E nada
disso foi por falta de aviso.
Pela Sua Palavra e por meio de seus servos, nossos irmãos em Cristo, o Senhor constantemente avisa-
nos, adverte-nos e nos aconselha. A nossa escolha é ouvir o “ruído” do mundo com seus mensageiros da
incredulidade ou a voz do Salvador por meios quaisquer que Ele escolher.
Quais são as diretrizes que hoje estão em conflito diante de você? Qual a dificuldade que você tem
enfrentado para obedecer à voz do Senhor? Você tem levado em conta o currículo do Senhor para
ajudá-lo a confiar e crer?

Leitura Diária: Números 6-9


Semana 9 | Dia 59 | Terça | Deuteronômio 2.1-37; 3.1-11

O nosso texto de hoje traz um contraste entre vários povos. A diferença fundamental entre eles
era o que aconteceria quando se encontrassem com o povo escolhido, Israel. Primeiro, havia
os descendentes de Esaú, que habitavam há mais de cinco séculos nos montes de Seir, eles
são chamados de “seus irmãos”, visto serem também descentes de Abraão, por meio de Jacó.
Em seguida, havia os moabitas e os amonitas, ambos descendestes de Ló, os quais, mesmo
sendo fruto de relações proibidas (Gn 19.30-38), contavam com a bênção do Senhor, novamente
por causa de Abraão. A menção desses povos que estavam usufruindo benefícios por estarem
ligados ao povo da aliança, faz surgir o povo de Seom, rei de Hesbom. Quando procurada com a
mesma proposta feita aos descendentes de Esaú (i.e., que pagariam qualquer coisa que
consumissem), ele lhes respondeu de forma hostil. A mesma atitude beligerante e agressiva teve
Ogue, rei de Basã. Enquanto aqueles primeiros foram preservados e nada aconteceu com eles,
estes dois últimos tiveram o mesmo péssimo destino. Foram vencidos pelos israelitas e suas
terras ao leste do Jordão, que nem faziam parte da promessa original, foram incluídas no
território de Israel.
Mais do que apenas uma lembrança da história de 38 anos antes, Moisés está deixando
para a nova geração uma lição sutil: aprendam como o Senhor é justo e ama a justiça. Enquanto
ele honra as Suas promessas feitas tanto tempo antes, Ele também age de forma firme com
aqueles que se levantam contra os Seus e contra a Sua vontade.
Em dias de “modernismo”, onde tudo é flexível e autoridade é algo ruim, as características do caráter
do nosso Deus não são muito populares. E quem quiser agir e viver da mesma forma, sofrerá as mesmas
resistências. Sendo assim, você tem respondido ao Senhor segundo o caráter dEle justo e que ama a
justiça? Você tem pautado a sua vida sabendo que o Senhor é assim? Que pressões você tem percebido
ou até recebido das pessoas para ser “menos santarrão”?

Leitura Diária: Números 10-13; Salmo 90


Semana 9 | Dia 60 | Quarta | Deuteronômio 4.1-14

A lguns pais começam a antecipar o que seus filhos irão fazer e logo que eles dão seus
passinhos na traquinagem, ouvem uma voz dizendo, “Pode voltar, menino! Nem pensar,
mocinha!”.
O Senhor (muito mais do que pais humanos) conhece o coração dos homens. Por causa
disso, em diversos lugares Ele se antecipa aos erros e pecados e avisa sobre a necessidade de
obedecer a Ele e de se lidar com o pecado. Ele fez isso com Caim bem perto do começo de tudo
(cf. Gn 4.6-7). No nosso texto, o Senhor começa alertando que obediência e bênçãos estavam
interligadas (v.1). A permanência na terra prometida estava condicionada à obediência a Aliança
com Deus. Obediência não é “criativa” (v.2), Deus não está interessado na nossa opinião ou
alternativas, Ele nos ama, mas o que Ele ordena é o que vale. E os israelitas já tinham
comprovado isso (v.3-4; cf. Nm 25), e era necessário aprender com o passado.
Ademais, a obediência traria glória ao nome do Senhor, pois os outros povos seriam
“evangelizados” ao se admirarem do povo de Israel e do Deus deste povo (v.5-6). Um povo que
experimentava a imanência de Deus; isto é, o atributo que fala de sua proximidade e
relacionamento com Suas criaturas, particularmente, com os que são Seu povo. Além disso, a
justiça de Deus podia ser reconhecida na Lei que Ele dera por meio de Moisés (v.7-8)!
Seguindo os avisos, Deus recomenda que não deixem de ensinar aos filhos (v.9-10) sobre
Ele e Seus mandamentos que já lhes havia dado de maneira tão tremenda e solene (v.11-14).
Paulo nos diz que o tudo o que foi escrito tem o objetivo de nos avisar, tal como um enorme alerta de 66
livros (cf. Rm 15.4). Então, por que desprezamos os avisos e alertas que o Senhor nos deixou nas
Escrituras? Por que testamos o Senhor como o povo de Israel agindo em desobediência. Mesmo que a
bênção da vida eterna nos esteja garantida em Cristo, ainda podemos ser grandemente abençoados
quando obedecemos. Avalie sua vida neste sentido. Você tem sido submisso à vontade do Senhor?

Leitura Diária: Números 14-16; Salmo 95


Semana 9 | Dia 61 | Quinta | Deuteronômio 4.15-31

M ais uma vez o Senhor alerta ao Seu povo sobre o perigo da idolatria. Ela estava no passado
deles (Egito) e os aguardava no futuro (em Canaã). Era surpreendente como algo
totalmente ausente da história dos descendentes de Abraão tenha se tornado um perigo tão
real. Por isso, o Senhor nos versos 15 a 19, lembra que eles testemunharam o verdadeiro padrão
da Divindade, isto é, nenhuma forma necessária. Deus se manifestara de maneiras muito mais
maravilhosas: por meio das Suas palavras e com Suas obras. Especialmente, o livramento do
Egito (v.20), algo mencionado em Deuteronômio cerca de 20 vezes, enfatizando também a
separação daquela cultura e religiosidade. O que eram estátuas diante de tudo isso?
Em seguida, nos versos 21 a 24, Moisés menciona como Deus ficou contrariado com ele e
como ele fora disciplinado com a proibição de entrar na terra prometida. E aqui aprendemos a
razão de tamanha severidade: para que o povo aprendesse que “o SENHOR, o Seu Deus, é Deus
zeloso; é fogo consumidor”; portanto, brincar com a idolatria seria uma péssima “aposta”.
Finalmente (v.25-31), Moisés os adverte que esse caminho também levaria a eles e aos
seus descendentes a serem disciplinados até que se arrependessem e, só então, experimentariam
a misericórdia de Deus, “Pois o SENHOR, o seu Deus, é Deus misericordioso; ele não os
abandonará, nem os destruirá, nem se esquecerá da aliança que com juramento fez com os seus
antepassados”.
Uma placa de “PARE” não é uma dica ou sugestão; é uma ordem. Se não for obedecida, gera uma
multa. As advertências da Palavra de Deus funcionam da mesma forma. A diferença é que são muito
mais graves e importantes do que uma regra de trânsito.
Em particular, a questão da idolatria é crítica na vida dos servos de Deus. Mesmo que não corramos o
risco de erigir uma estátua de Baal no nosso quintal, há ídolos mais furtivos que disputam a nossa
dedicação, obediência e submissão ao Senhor. Quais seriam alguns potenciais ídolos na sua vida hoje?
Como esse texto interage com esta realidade na sua vida?

Leitura Diária: Números 17-20


Semana 9 | Dia 62 | Sexta | Deuteronômio 4.32-40

C omo seres humanos, frequentemente, não valorizamos o que temos. Muitos só pensam no
valor dos pais quando não os têm mais por perto. Lembro-me de ser “esmagado” por essa
percepção enquanto via meus pais indo embora depois de me deixarem no seminário. Estava
feliz, fazendo o que sonhava, mas, de repente... percebi o que havia deixado de ter.
Em nosso texto (v.31-34), Israel é desafiado a comparar o que eles tinham com o que as
demais nações tinham. Ou seja, o Deus que se revelara a eles de maneira tremenda e fantástica,
que os livrara do maior império da época e prometera há mais de 700 anos que lhes daria uma
terra prometida (algo ausente no texto, mas subentendido)!
A bondade de Deus fica ainda mais clara. Deus havia feito isso para que Israel O
conhecesse e fosse ensinado a temer o Senhor (“para discipliná-los”). Ou seja, dando ao Seu
povo condições de não cair na desobediência, uma vez que tinha um Deus tão maravilhoso
assim. E não é só isso. YAHWEH, o Senhor, é o Deus que ama o Seu povo e habita no meio
dele para libertá-lo e guiá-lo contra nações maiores e mais poderosas dando-lhe vitória (v.37-
38)!
Diante disso (v.39-40), o povo é exortado a ponderar sobre a singularidade de Deus:
não há outro Deus! E também a obedecer-lhe e colher as bênçãos prometidas.
Hoje, na Nova Aliança em Cristo, nossa situação não é a mesma. Não há para nós prosperidade, terra
ou nada do que foi prometido a Israel. Contudo, esse é ainda o nosso incomparável Deus, “Ele nos ama
e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue” (Ap 1.5b). Convido você a pensar na sua
história antes de ser alcançado por Cristo e depois disso. Veja as digitais do Senhor nela e como a Sua
bondade se estendeu a você. Louve-O! Reconsagre a sua vida! Viva para o Deus incomparável que
habitou em nosso meio para nos resgatar!
E se hoje essa ainda não é uma realidade na sua vida, o que você está esperando? Nenhuma vida de
conquistas humanas vale a pena sem a certeza da eternidade com Deus. Quaisquer dores terrenas são
nada perto da alegria eterna prometida por Ele! Entregue a sua vida a Cristo e ande com Ele a cada
dia!

Diária: Números 21-24


Semana 9 | Dia 63 | Sábado | Deuteronômio 5.1-5

O nosso texto de hoje é um perfeito exemplo de como Deuteronômio repete o que já havia sido
dado anteriormente à geração que saíra do Egito. Porém, todos eles pereceram no deserto
por causa da sua desobediência e incredulidade na promessa de Deus em dar-lhes a terra
prometida. Moisés, então, repete os Dez Mandamentos já vistos em Êxodo 20, aos filhos
daquela primeira geração.
Iniciando com o modelo de formalidade “Ouça, Israel” (v.1), Moisés dá o tom de
seriedade ao que vai dizer. Ele lhes anunciava esses decretos e ordenanças “hoje”. Mesmo se
tratando de uma repetição, a Palavra de Deus é viva e permanece. Outras leis cerimoniais e/ou
civis, trazem princípios para o nosso “hoje”. Nós, servos do Messias (Jesus) que cumpriu a Lei
devemos atentar para a sua sabedoria e lições para a vida, mesmo que não se cumpram mais
seus rituais. A Palavra sempre é atual.
Nosso Deus é um Deus de alianças (v.2). Uma boa parte das pessoas que ouviam a Moisés
não havia nascido quando o Senhor fizera a aliança no Horebe, mas ainda assim todos estavam
incluídos. Hoje, todo crente convertido, neste exato momento, tem a Nova Aliança no sangue de
Cristo. Aquilo que eles ouviriam não era para os mortos (v.3), mas para eles que ali estavam
vivos (e claro, para os seus descendentes). Hoje, Ele fala com cada um “face a face” (v.4) pela
Palavra que revela Cristo. Nesta aliança, Moisés foi o mediador (v.5) e, de fato, foi com ele que
o Senhor falou dessa forma. Ainda assim ele transfere para todo o povo! Nosso mediador
perfeito é Jesus e Ele é a própria face de Deus, a imagem do Deus invisível (Cl 1.15)!
Tudo o que o Senhor nos fala deveria ser recebido HOJE com um solene “Ouça!”. Não deixe que o
Senhor precise repetir vez após vez antes que você atenda. Nossa vida e felicidade dependem das
Palavras de Deus.
Avalie a sua vida por meio da nova vida que há na Nova Aliança em Cristo. (Você já a tem?). Veja que
privilégio é ter a Cristo como único mediador (1Tm 2.5) e ser visto por Deus como Cristo é.

Leitura Diária: Números 25-28


Semana 10 | Dia 64 | Domingo | Deuteronômio 5.6
alvez Jesus resumiu tudo em dois mandamentos: “Ame o Senhor, o seu Deus de
todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” e “Ame o
seu próximo como a si mesmo” (cf. Mt 22.37-40). Na verdade, ele está apenas citando a Torah
em Deuteronômio 6.5 e Levítico 19.18. Os Dez Mandamentos aqui repetidos (v.6-21) seguem a
mesma lógica: mandamentos verticais para que possamos amar a Deus (1º ao 4º) e horizontais
para que possamos amar ao próximo (5º ao 10º). O verso 6 é fundamental para entender o que
vem depois. Os mandamentos são recebidos do único Deus, que era “o teu Deus”! Isso para que
não ficasse nenhuma dúvida, tendo em visto que eles tinham presenciado e vivido uma cultura
politeísta no Egito, mesmo que “protegidos” (será?) na terra de Gósen. E, por decisão desse
único Deus, os mandamentos são para um povo já redimido, já resgatado por esse mesmo Deus.
Nem esses, nem qualquer mandamento ou preceito foram dados para a redenção ou para a
justificação dos homens que sempre foi mediante a fé, por meio da graça (Gn 15.6; Rm 4.3; Gl
3.6; Tg 2.23). A obediência é, por assim dizer, uma resposta à Hesed, o amor leal, o amor
pactual de YAHWEH; é a evidência de que fomos alcançados, redimidos (Ef 2.10).
O paralelo com aqueles que foram alcançados pela Nova Aliança é algo importante.
Fomos escolhidos (eleitos) e predestinados (Ef 1.4-5) pela graça soberana de Deus desde antes
da fundação do mundo. Ele nos buscou; era uma missão de resgate. Ele nos tirou do “Egito”;
uma figura para a nossa velha vida. Nos tirou da escravidão do pecado para a “escravidão da
liberdade” de Jesus, o nosso amoroso Mestre.
Diante de tamanha graça, de tão grande misericórdia, você tem buscado os princípios, os preceitos e os
ensinamentos da Palavra de Deus, para obedecê-los a eles, como sendo a sua declaração de amor ao
Senhor? Tendo sido justificado em Cristo, você anseia por dar testemunho e ser este “poema”
(“criação” em Ef 2.10) de exaltação ao seu Senhor e Deus? O que você poderia dizer com sinceridade
diante dessas perguntas?
Semana 10 | Dia 65 | Segunda | Deuteronômio 5.7-15

O Decálogo, isto é, os Dez Mandamentos são um ótimo resumo de princípios, mesmo que não
seja tudo o que podemos fazer para expressar nosso amor e obediência ao Senhor, bem
como nosso amor ao próximo. Como dissemos no devocional anterior, a primeira parte trata
do amor vertical. Se não amamos a Deus, não podemos amar Suas criaturas.
O primeiro mandamento trata da singularidade do nosso Deus. Sendo Ele o único Deus
verdadeiro, nossa adoração e amor não pode ser dividido com deuses imaginários e/ou criados
por nós mesmos, isso inclui coisas e pessoas que nós “divinizamos” ao pensar que não podemos
viver sem elas. O segundo mandamento vem reforçar o primeiro e nos ajudar a cumpri-lo ao nos
proibir qualquer representação física da divindade; seja ela qual for. Isso seria copiar as falsas
religiões e sua idolatria, além de diminuir o Senhor soberano a uma representação tão pequena.
O terceiro mandamento continua preservando a solenidade e a reverência que o nosso Deus
merece. Não tomar o Seu nome em vão é muito mais do que um simples “Ai, meu Deus!”. É
usar o nome do Senhor para tentar dar valor a coisas que não possuímos. Por exemplo, quando
vivemos abaixo do padrão da Palavra e usamos uma espiritualidade externa para autenticar a
nossa vida. Finalmente, o quarto mandamento fala do “Sábado”, isto é, do “descanso”. Esse
preceito diz que é preciso guardar um dia na semana para o descanso e para o culto a Deus. Para
os judeus, o dia de inatividade semanal é o Shabbat. Em geral, o cristianismo considera o
domingo como o Dia do Senhor, por ser o dia da ressurreição de Cristo. Para os cristãos, o
mandamento tem a ver mais com a importância do descanso e tempo de serviço ao Senhor do
que em qual dia da semana isso é feito.
Calvino disse a famosa frase, “O coração do homem é uma fábrica de ídolos”. Voltando ao que falamos
no começo, temos realmente amado a Deus ou O temos substituído por coisas e por pessoas? Até mesmo
nosso próprio “eu” pode virar um ídolo ao escolhermos nossa vontade e caminhos em detrimento da
vontade do Senhor. Isso se refletirá em muitas áreas, inclusive na reverência com o nome do Senhor e
em no uso santificado do tempo.

Leitura Diária: Números 29-32


Semana 10 | Dia 66 | Terça | Deuteronômio 5.16-17

C omo dissemos ontem, o Decálogo é um ótimo resumo de princípios para expressar nosso
amor e obediência ao Senhor, bem como nosso amor ao próximo, agora vem a segunda
parte. Quanto mais amarmos ao Senhor e compreendermos o Seu amor por nós, isso deve se
manifestar em benefício do nosso próximo. Vejamos os dois primeiros mandamentos desta
segunda parte direcionada aos outros seres humanos em nossas vidas.
O quinto mandamento começa onde nós começamos: com nossos pais. Sendo Deus o
nosso Pai Celeste, nossos pais são a primeiras autoridades terrena que temos. E como devemos
obedecer ao que o Senhor nos ordena, devemos honrar e obedecer a nossos pais com a mesma
prontidão. Minha esposa ensinou aos nossos filhos uma frase muito conhecida, “Obediência
tardia é o mesmo que desobediência”. Mesmo quando nos tornamos adultos, a honra e o respeito
devem continuar. Paulo nos alertou que haveria uma corrupção desse mandamento ao dizer que
“nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis... Os homens serão... desobedientes aos pais”
(2Tm 3.1-2). O filho de Deus, ainda hoje, deve andar na contramão dessa prática e observar o
quinto mandamento. Um detalhe: esse mandamento não promete longevidade, mas continuidade
na Terra Prometida. A obediência, geração após geração, garantiria a Israel essa posse. E foi
exatamente o abandono da fé de seus pais que causou o exílio babilônico.
A seguir, o sexto mandamento trata do valor da vida. Uma tradução mais correta seria
“Não assassinarás”, isto é, tirar uma vida por motivo banal, egoísta e maligno. Isso excetua, por
exemplo, o caso de um acidente ou a legítima defesa da própria vida ou de outros. Ainda assim,
o cristão deve primar pela preservação e defesa da vida, mesmo daqueles que não a valorizam, e
ser ativamente contrário ao aborto.
O Decálogo é um daqueles textos que a gente sabe “meio que de cor”, mas dificilmente se aprofunda.
Agora é hora de avaliação pessoal e aprofundamento. Reveja os três mandamentos acima e compare
com as atitudes presentes no seu modo de viver. Você pode se considerar um observador desses
mandamentos?

Leitura Diária: Números 33-36


Semana 10 | Dia 67 | Quarta | Deuteronômio 5.18-21

C ontinuando a expressar nosso amor por Deus ao amarmos o nosso próximo, vejamos os
quatro mandamentos finais desta segunda parte direcionada aos outros seres
humanos em nossas vidas.
O sétimo mandamento cuida da santidade do casamento, algo também refletido no Novo
Testamento (Hb 13.4). A promiscuidade não foi inventada nos tempos modernos, mas ela
certamente tem chegado ao seu “doutorado”. Nossos casamentos devem refletir Cristo e a Igreja
(Ef 5.22-33) em sua pureza e mútua exclusividade.
O oitavo mandamento fala sobre a santidade da propriedade privada. Isto é, algo que não é
meu, deve ser respeitado dentro dos limites daquele que possui tal coisa. Você deve estar
pensando, “Mas, o texto não é sobre proibir algum crime?” – Bem, sim, mas não apenas. Eu não
preciso de uma máscara e uma arma, nem preciso invadir a casa de alguém para transgredir esse
mandamento. Em resumo: o que não é meu, não é meu; é sagradamente de outro.
Chegando ao nono mandamento, Deus toca na questão da mentira, do falso testemunho.
Esse pode parecer algo legal, isto é, ligado à lei, a um tribunal, a um julgamento. Mas, no nosso
dia a dia a maledicência, o exagero, a manipulação dos fatos e qualquer outra variação da
verdade ou desvio dela podem ser incluídos aqui. Geralmente, tais “recursos” são usados em
benefício próprio e prejuízo dos outros.
Finalmente, o décimo mandamento trata do inimigo do contentamento: a cobiça. Aquilo
que começa com um desejo carnal interior, pode evoluir para mentira, maledicência e até furto;
isto é, transgredindo outros mandamentos. A cobiça nos seduz com a mentira de que não temos
o que merecemos com o disfarce de ser o que precisamos. No fundo, é uma rebeldia contra o
que o Senhor tem colocado em nossas vidas; é a negação do contentamento em Cristo. “Duas
filhas tem a sanguessuga. ‘Dê! Dê!’, gritam elas” (Pv 30.15).
Amamos o nosso próximo obedecendo a tais princípios básicos da humanidade. Reveja a lista acima.
Sua justiça tem sobrevivido a esses testes? A esses padrões? Em uma sociedade adúltera, ladra,
maledicente e invejosa, você tem andado na contracultura do Reino de Deus (Fp 2.15)?

Leitura Diária: Deuteronômio 1-3


Semana 10 | Dia 68 | Quinta | Deuteronômio 5.22-33

N ofalado
restante do capítulo 5, Moisés relembra como o povo ficou surpreso por Deus lhes ter
e, ainda assim, eles ainda estarem vivos. Mas, mesmo com essa percepção, a visão era
assombrosa demais, então pediram que Moisés fosse o mediador entre eles e Deus.
As palavras de Deus, tanto nos Dez Mandamentos, quanto em todo o restante da Escritura
possuem origem divina (v.22). O espetáculo no alto do monte serviu para deixar isso bem claro.
Não eram palavras de Moisés, mas de Deus. E diante de toda essa percepção da grandiosidade
de YAHWEH, os líderes de Israel percebem a sua pequenez e pecaminosidade (v.23-27). Tal
como Isaías diante daquele que estava no “alto e sublime trono”. Eles podiam olhar (perceber)
sua limitação naquele momento, mas o Senhor a vê (conhece) em todo e qualquer tempo. Ele
sabia que esse “temor” passaria e seria tristemente substituído por rebeldia (v.28-29). Ainda
assim, por meio de Moisés como eles haviam pedido, o Senhor continuaria a instruí-los. E
termina os exortando a não abandonarem tal instrução, pois disso dependeria a permanência na
terra que eles estavam para herdar.
Quer sejam os Dez Mandamentos, quer seja a Grande Comissão (Mt 28.18-20), ou qualquer outro
imperativo bíblico, enquanto eu, você, qualquer um não compreender que são mandamentos e não
sugestões, estaremos em um ciclo de desobediência. Se não lermos a Palavra de Deus como uma “bula
de remédio”, fatalmente “a conta vai chegar”. O Senhor nos ama, mas não “passa pano” para nosso
pecado.
Então, quais são algumas decisões que você precisa tomar hoje para romper com algum ciclo de
desobediência em sua vida e amar a Deus por meio da submissão??

Leitura Diária: Deuteronômio 4-7


Semana 10 | Dia 69 | Sexta | Deuteronômio 6.1-3
ogo depois do capítulo onde Moisés relembra o Decálogo recebido no Monte
Horebe, ele começa uma recomendação após a outra cujo tema central
poderia ser colocado como “o temor ao Senhor demonstrado através da
obediência”. São alertas e recomendações para que Israel pudesse ser abençoado. Nos versos 1
a 9, temos a introdução a esses alertas que se estenderão até o capítulo 11. E no centro dela está
o verso 5: “Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas
as suas forças.” Mas, vejamos a evolução, partindo do início.
No verso 1, fica claro que não são sugestões e não são questões negociáveis. Esses são “os
decretos e as ordenanças, ... o SENHOR, o seu Deus, ordenou”. Tipo, “Meu povo, minhas
regras”, se referindo ao Senhor, claro. Ou, “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Parece óbvio, mas nem sendo Ele chamado de “Senhor” é o bastante para a maioria dos seres
humanos O tratarem como deveriam. Então, Moisés prefere deixar claro que a terra prometida
vinha com normas, regras, princípios e etc. Em seguida, no verso 2, Moisés liga a obediência ao
temor, claro que “medo” nada tem a ver com o que está sendo dito aqui. Trata-se de reverência,
respeito, veneração e admiração; pois, “que grande nação tem decretos e preceitos tão justos
como esta lei que estou apresentando a vocês hoje?” (Dt 4.7). E como incentivo à obediência,
ao temor e ao amor a Deus fica prometido que “tudo irá bem”. Seja sincero. Não é tudo o que
queremos? Que tudo vá bem? O problema é quando o “nosso bem” não é o mesmo que o de
Deus. “Bem”, aqui, era a colheita das promessas de Deus na terra prometida: uma descendência
numerosa em uma terra fértil para os filhos de Abraão.
Amanhã veremos que o Senhor vai dar a “receita” de como manter isso acontecendo. Mas, hoje... como
está o seu nível de temor a Deus? Não podemos admirar ou venerar a quem não conhecemos. O contato
diário com as Escrituras e estudos profundos devem nos humilhar diante da grandiosidade do nosso
Deus e devem gerar profunda adoração em nós. Escreva conversando com Deus sobre isso.

Leitura Diária: Deuteronômio 8-11


Semana 10 | Dia 70 | Sábado | Deuteronômio 6.4-9
bediência liga-se ao temor que se liga ao amor. Tal como Jesus disse em João 14.21,
O “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me
ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele”. Obediência não
é inerente a nós. Muito pelo contrário: somos por natureza rebeldes e desobedientes, inclusive
os nossos filhos. No nosso texto de hoje, o Senhor dá a receita de como corrigir isso e começa
em nós!
Este é o famoso texto da “Shema, Israel”, ou “Ouça, ó Israel”. Ele começa estabelecendo
novamente a unicidade e a singularidade de Elohim, nome pelo qual o Senhor Deus é
identificado aqui, nome que, apesar de usar o plural hebraico, refere-se a “Deus” e não “deuses”.
Em seguida, ele ordena o que fica no centro de todo este contexto: amar a Deus acima de todas
as coisas. Nada funciona sem isso e nada tem real valor e sentido sem isso. É através do nosso
amor por Deus e pela convicção do amor dEle por nós que a própria realidade é compreendida.
E isso começa em mim: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu
coração”. Nunca influenciarei, ensinarei ou edificarei outros se não começar em mim tal
mudança. Aí, sim, vem o passar adiante e isso é algo tão sério que o que vem depois busca
preservar o conhecimento de Deus pelos anos futuros.
Ele fala: “Ensine-as com persistência a seus filhos” ou “tu as inculcarás a teus filhos”
(ARA). Se isso não nos transmite o senso de urgência e importância, não sei mais o que
conseguirá. Mas, quando devemos fazer isso? A resposta é: em todo o tempo; em todas as
circunstâncias. Em momentos formais ou informais, o Senhor precisa estar na própria “cultura”
de nossos lares.
O Senhor tinha razão nessa advertência. Porque menos de um século depois... “Depois que
toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não
conhecia o SENHOR e o que Ele havia feito por Israel” (Jz 2.10) (leia todo o contexto em Jz
2.6-23).
Nós e nossos filhos estamos sendo “doutrinados” o tempo todo pelo mundo que jaz no Maligno. A
cultura dele está em todos os lugares contaminando o quanto pode as mentes e corações. Só o lavar
diário da Palavra de Deus pode nos limpar dessa sujeira. Avalie sua vida e a sua família e diga ao
Senhor quais resoluções você irá tomar para mudar o que for necessário.

Diária: Deuteronômio 12-15


Semana 11 | Dia 71 | Domingo | Marcos 9.1-29

E uDeus,
amo retiros de igreja. É fantástico poder passar um feriadão com pessoas que amam a
estudando a Bíblia, divertindo-me com brincadeiras sadias, sem o
constrangimento da pressão de um ambiente pecaminoso. Porém, há coisa mais angustiante
do que voltar à rotina no mundo depois de um retiro? Parece que vamos do céu ao inferno.
Clamamos a Deus que nos dê a fé e a empolgação do retiro enquanto vivemos no mundo caído.
A passagem de hoje retrata exatamente isso. Jesus revela Sua natureza divina e gloriosa a Pedro,
Tiago e João. Eles veem Jesus conversando com Moisés e Elias. O ambiente é tão bom que
Pedro propõe ficarem por ali mesmo. Nesse momento eles ouvem a voz de Deus reafirmando
quem é Jesus e diz: “Ouçam-no!” (1-8) Jesus, mais uma vez, ordena que não contem nada do
que viram a ninguém, até que Ele ressuscite. Isso porque as pessoas ainda não haviam entendido
o que o Cristo viera fazer. Eles têm a visão de Pedro na passagem anterior; achando que Jesus
viera trazer uma vida sem sofrimento (8.33). Os discípulos ainda não haviam compreendido a
obra de Jesus (v.9-13). Então nos deparamos com o mundo como ele é com o pecado. Um pai
desesperado, uma criança oprimida, os líderes religiosos discutindo, a multidão curiosa e os
discípulos incapazes de fazer algo. O ponto alto da passagem é quando Jesus pergunta àquele
pai se ele crê. A resposta é uma lição para nós: “creio, ajuda-me na minha incredulidade!”
Assim Jesus liberta aquela criança da opressão para sempre (v.14-29).
“Creio, ajuda-me na minha incredulidade!” Você se sente assim também? Crê no evangelho, mas muitas
vezes é tomado de incredulidade? Hoje aprendemos que não importa o tamanho da nossa fé, mas sim
em quem a nós a depositamos. Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, que nos ajuda em nossa incredulidade
na batalha contra o mal! Converse com Deus sobre isso.

| 89 |
Semana 11 | Dia 72 | Segunda | Marcos 9.30-41
m dos homens mais piedosos que eu conheço diz: “quem não serve, não serve”.
Como pecadores egoístas, desejamos ser servidos e odiamos servir. Isso
porque no mundo, ser servido significa que você é mais importante, e servir o
coloca abaixo de outra pessoa. Egoístas orgulhosos não gostam disso. E é exatamente sobre isso
que lemos hoje. A cena começa com Jesus ensinando sobre o que Ele veio fazer: morrer e
ressuscitar. Os discípulos ainda não compreendem (v.30-32). Enquanto Jesus ensina sobre a
obra mais importante da criação, o que eles estão discutindo? Sobre quem entre eles é o mais
importante (v.33-34)! Então Jesus passa a ensinar sobre a hierarquia do Reino de Deus. Quem
quiser ser o mais importante, deve ser escravo (servir) de todos (v.35). Quem servir uma pessoa
que não tem como retribuir, como uma criança que não pode dar nada em troca, estará servindo
a Jesus e ao próprio Deus (v.36-37)! E qualquer um que servir outro em nome de Jesus,
representando o próprio Senhor, pelo mínimo que faça, receberá recompensa disso (v.38-41).
Reconhecer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, implica servir em nome de Jesus.
Você é conhecido como uma pessoa que serve ou que exige ser servido? Pergunte às pessoas que
moram com você. Pergunte aos irmãos da igreja. A melhor forma de encontrarmos motivação em
servir é meditarmos em como Jesus nos serviu dando a Sua própria vida (cf. 10.45). Converse com
Deus sobre isso!

Leitura Diária: Deuteronômio 16-19


Semana 11 | Dia 73 | Terça | Marcos 9.42-10.12
s pessoas têm falado de relacionamentos fluidos ou líquidos nos dias de hoje.
A Isso significa que os relacionamentos são passageiros. É impossível segurá-los, assim
como é impossível segurar um líquido com as mãos. Por que isso acontece? Por que as
pessoas fogem de relacionamentos profundos? Porque relacionamento implica duas pessoas
lidarem com os seus próprios pecados e com os pecados umas das outras. É difícil perdoar e é
difícil pedir perdão. Porém, é exatamente nos relacionamentos que manifestamos o evangelho:
perdão e amor sacrificial. Na passagem de hoje Jesus ensina sobre relacionamentos. Primeiro,
mostrando a gravidade de fazer outra pessoa pecar (v.42). Logo em seguida, entendendo o
contexto que fala sobre relacionamentos, Jesus ensina que devemos estar dispostos a grandes
sacrifícios (Ele usa o exemplo de mutilação) para evitar o pecado e a condenação eterna (v.43-
48). Mesmo que relacionamentos impliquem sofrimento (amor sacrificial), ele nos ajudará a
crescermos em maturidade (sal). É só analisarmos a imaturidade de pessoas que vivem isoladas.
Elas têm menos paciência, amor e capacidade de perdoar. Não tem nada a ver com o evangelho
(v.49). Mas quem demonstra amor sacrificial nos relacionamentos, tendo paz uns com os outros,
possui mais o “sal do evangelho” (v.50, cf Mt 5.13-16). Para ilustrar essa ideia, Jesus discute
com os fariseus sobre o relacionamento mais intenso que há na terra: o casamento. Jesus aplica
ao casamento aquilo que acabou de ensinar, demonstrando que o divórcio (falta de perdão) e
recasamento são incompatíveis com a vontade de Deus (10.1-12). Crer em Jesus como o Cristo,
o Filho de Deus, implica manifestar seu caráter nos relacionamentos.
O que seus relacionamentos demonstram sobre Deus? Você tem mostrado o evangelho (amor
sacrificial, perdão, paciência) nas suas amizades e relacionamentos familiares? No seu casamento, você
tem demonstrado amor e fidelidade como de Cristo? Caso não seja casado, tem se preparado para o
casamento com os padrões de Deus? Ore e converse com Deus sobre isso.

Leitura Diária: Deuteronômio 20-23


Semana 11 | Dia 74 | Quarta | Marcos 10.13-31

J ásalvação?
percebeu como em quase todas as religiões o homem precisa fazer algo para merecer a
Isso porque o ser humano tem o orgulho ferido quando recebe algo de graça. O
evangelho, porém, é justamente a humilhação do homem que, incapaz de fazer algo para sua
própria salvação, precisa recebê-la de graça por meio de Cristo. Vimos isso na passagem de
hoje. Na primeira cena, vemos Jesus ensinando que quem recebe o Reino de Deus como uma
criança, poderá entrar nele (v.13-16). O que isso significa? Uma criança recebe sem se
preocupar em pagar de volta. Um filho não recusa o alimento dado pelo pai porque não tem
como pagá-lo. Da mesma forma, quem recebe o Reino de Deus, de graça o receberá. Isso se
confirma na próxima história. Um homem pergunta o que deve fazer para receber a vida eterna.
Primeiro Jesus mostra que existe apenas um que é bom: Deus (v.17-18). Depois pergunta se o
homem conhece os mandamentos. Ele responde que conhece e os obedece desde a adolescência
(v.19-20). Aparentemente esse homem é bom e merece a vida eterna. Jesus, amando-o, disse-lhe
a única coisa que lhe faltava: vender tudo, dar aos pobres e segui-lo. Mas o homem sai abatido,
pois era muito rico (v.21-22). Alguém que parecia perfeito para merecer a eternidade, na
verdade não amava mais a Deus do que a suas riquezas, e não amava o próximo ao ponto de lhe
dar o que tinha. Jesus conclui que é impossível os ricos entrarem no Reino de Deus.
Obviamente Jesus não estava falando dos ricos de dinheiro, mas ricos de justiça própria!
Aqueles que se acham bons suficiente para serem salvos, não podem receber salvação. Mas
aqueles que reconhecem sua pobreza e dependem de Cristo como um filho depende do pai;
então esses serão salvos (v.23-31). Afinal, para o homem é impossível se salvar, mas para Deus,
todas as coisas são possíveis (v.27).
Você tem procurado viver uma vida com Deus pelos méritos próprios ou totalmente dependente da
graça em Cristo Jesus? Converse com Deus sobre isso!

Leitura Diária: Deuteronômio 24-27


Semana 11 | Dia 75 | Quinta | Marcos 10.32-52

N osso coração orgulhoso ou humilde se revela nos relacionamentos. Seja nos relacionamentos
com outras pessoas, como vimos na passagem de Marcos 9.42-10.12; seja no
relacionamento com Deus em Marcos 10.13-31. Por isso antes e depois dessas passagens
João Marcos nos conta o que Jesus ensinou sobre servir. O serviço demonstra a humildade de
quem realmente entendeu quem é Jesus. Mais uma vez Jesus ensina sobre Sua morte e
ressurreição, que estavam cada vez mais iminentes (v.32-34). Nisso, Tiago e João fazem um
pedido a Jesus: um lugar de honra na glória de Cristo (v.35-36). Novamente eles querem ser os
mais importantes entre os discípulos. Jesus pergunta se eles estão dispostos a pagar pelo preço
disso. Sem saber do que se tratava, eles responderam que sim. Pela história, sabemos que eles
pagaram. Os dois sofreram por causa do evangelho. Mas o lugar de honra seria determinado por
Deus (v.38-40). Por fim, Jesus ensina mais uma vez que os valores do reino são opostos aos
valores do mundo. Quem quiser ser o primeiro, deverá ser o último. Ou seja, o nível de
importância é proporcional à atitude de servir. O próprio Jesus é um exemplo de alguém que
veio para servir, e não para ser servido (v.41-45). Para terminar, mais um milagre que ilustra a
cegueira espiritual dos discípulos. Bartimeu responde à mesma pergunta que Jesus fez a Tiago e
João (cf. 36,51), porém de forma diferente. Ele quer ver! (v.46-52). Jesus Cristo, o Filho de
Deus, é capaz de curar a cegueira espiritual. E aquele que enxerga corretamente quem é Jesus,
serve, como Ele nos serviu dando sua vida para nos resgatar.
Como é seu coração: orgulhoso ou humilde? Você tem se preocupado em ser servido ou em servir?
Lembre-se: a melhor motivação no serviço vem da reflexão do evangelho: o Filho do Homem que veio
para servir, dando Sua vida em resgate por muitos.

Leitura Diária: Deuteronômio 28-30


Semana 11 | Dia 76 | Sexta | Marcos 11.1-26

D esde que a igreja de Jesus nasceu, existem muitas pessoas que ainda preferem viver a
religião do Antigo Testamento. Elas constroem templos como de Salomão,
fazem relíquias da arca da aliança, usam óleos aromáticos etc. Porém, como já vimos, esse
sistema religioso judaico se tornou inútil, desde a morte e ressurreição de Jesus (cf Cl 2.16-17;
Hb 8). O próprio templo físico perdeu importância diante da obra de Jesus. Na passagem de
hoje vimos a chamada “entrada triunfal”. Os romanos estavam acostumados com entradas
triunfais dos seus generais e reis. Quando eles voltavam vitoriosos de uma batalha, entravam
pela cidade montados em cavalos, iam até o templo agradecer aos deuses pagãos e depois eram
recebidos no palácio. Mas vemos que com Jesus, apesar das profecias O apontarem como
Messias (cf. Gn 49.9-11; Zc 9.9-10), a entrada não foi tão triunfal. Entrando Ele no templo, os
líderes religiosos ou as autoridades romanas não estão ali para recebê-lo. Jesus observa e vai
embora (v.1-11). Nesse ponto, entramos na comparação entre uma figueira e o templo. Jesus vai
procurar frutos em uma figueira e não encontra nada. Depois vai ao templo, também à procura
de frutos espirituais, e só encontra ganância e desprezo. Jesus amaldiçoa a figueira, para que
nunca mais dê frutos e ela seca. Jesus anula a necessidade do templo. Ele se torna desnecessário,
assim como uma figueira que não produz frutos. Não é mais necessário ir até o templo para orar.
Basta orar com fé que Deus ouvirá. Não é mais necessário sacrificar no templo para receber o
perdão dos pecados. Basta perdoar como Deus nos perdoa em Cristo para recebermos o perdão
(v.12-26). O templo se torna inútil pois a obra de Jesus Cristo, o Filho de Deus, o torna inútil!
Hoje falamos com Deus por meio de Jesus, e em Jesus recebemos o perdão dos nossos pecados!
Você tem confiado mais em símbolos religiosos do que na obra de Jesus na cruz? Você tem aquela
sensação de que sua oração é mais eficaz se for feita em uma igreja, por um pastor, com a mão na
Bíblia ou algo parecido? Igreja, pastor e Bíblia têm seu valor. Mas o único capaz de perdoar seus
pecados e conduzi-lo à presença de Deus é Jesus Cristo, por Sua morte e ressurreição (cf. 1Tm 2.5-6).
Louve a Deus por isso!

Leitura Diária: Deuteronômio 31-34


Semana 11 | Dia 77 | Sábado | Marcos 11.27-12.12
ocê já se perguntou por que alguém responde ao evangelho, dizendo que
ainda não é a hora certa para se entregar ao Senhor? Na verdade, essas pessoas
não querem é reconhecer a autoridade de Jesus e se submeter a Ele. Desejam continuar como
senhores de suas próprias vidas. No texto de hoje, vemos os líderes religiosos questionando a
autoridade de Jesus. Quando Jesus lhes responde com uma pergunta, eles se calam porque
temiam como o povo reagiria à resposta (v. 27-33). Fica claro no evangelho que o interesse
desses líderes não era servir ao Senhor, mas a si mesmos. Não estavam interessados na verdade,
mas em satisfazer seu desejo por poder. Na passagem seguinte, Jesus expõe a motivação deles
por meio de uma parábola. Deus é representado por um dono de uma vinha. Os lavradores
representam Israel e seus líderes que espancam, humilham e matam os servos do dono da vinha,
que vêm receber a parte da produção. Esses servos são os profetas do Antigo Testamento. Por
fim, o dono da vinha envia seu próprio filho, que representa Jesus. A esse, os lavradores matam,
na esperança de herdar a vinha em seu lugar. Jesus termina a parábola com uma pergunta
retórica, cuja resposta traz a expectativa do juízo de Deus contra os líderes religiosos. Eles
entendem a parábola, tanto que planejam prendê-lo. Mas mais uma vez, motivados pela
popularidade, deixaram-no e foram embora (v.1-12).
Quem não crê que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, rebela-se contra a Sua autoridade!
Como você lida com a autoridade de Jesus? Você se submete pela fé ou procura meios de anular a
autoridade dEle? (Falta de oração, de leitura bíblica, de envolvimento com a igreja, ataque à igreja, à
liderança ou a irmãos)? Em quais áreas da sua vida você poderia crescer em submissão a Cristo?
Converse com Deus sobre isso!

Leitura Diária: Josué 1-2; Salmo 105


Semana 12 | Dia 78 | Domingo | Marcos 12.13-44
ocê já questionou a Deus? Já questionou a igreja ou sua liderança? Já percebeu
que, muitas vezes, fazemos isso, não porque estamos realmente interessados nas
respostas, mas em achar alguma falha em Deus, na igreja ou em sua liderança que justifique
nossa insubmissão? Nesse trecho de Marcos vimos diversos ensinos de Jesus. O que eles têm em
comum é a resposta à atitude dos líderes religiosos ao tentar surpreender o Mestre em alguma
falha, e assim condená-lO. No primeiro trecho, talvez procurando surpreender Jesus ainda no
tema de autoridade, os fariseus e herodianos (judeus que apoiavam o governo de Herodes)
tentam fazer Jesus se condenar ou negar a autoridade de Deus ou de César. O Senhor, porém,
responde sabiamente, mostrando que a autoridade de Deus não é ameaçada ao nos submetermos
às autoridades humanas (v.13-17). Na próxima passagem, Jesus expõe a ignorância dos
saduceus que não creem e não conhecem a realidade da ressurreição (v.18-27). Então ensina
sobre o resumo da lei, mostrando que amar a Deus é o mais importante, seguido por amar ao
próximo. Esses dois mandamentos são a essência de todos os mandamentos de Deus (v.28-33).
Por fim, uma vez que os líderes religiosos desistem de tentar pegar Jesus em alguma falha de
ensino, Ele continua expondo a ignorância desses líderes por meio do ensino da superioridade
do Cristo sobre Davi (v.34-37). Em seguida, expõe a atitude pecaminosa dos mestres da lei, que
exploravam as viúvas e disfarçavam essa atitude com longas orações (v.38-40); ao expor a
atitude piedosa de uma viúva ao ofertar tudo o que possuía (v.41-44)! Apesar de serem líderes
responsáveis pela adoração diante do povo, a verdadeira devoção deles era a si mesmos; por isso
viam Jesus Cristo, o Filho de Deus como uma ameaça. Seus questionamentos não eram por
interesse em aprender, mas em acabar com a autoridade de Jesus para não terem de se submeter
a Ele e aos Seus ensinos.
Você tem sido um crítico da igreja? Você tem criado suas próprias teorias sobre Deus mesmo que elas
sejam opostas aos ensinos bíblicos? Você tem se submetido a Jesus ou questionado Sua autoridade?
Questionamento para crescimento é saudável; questionamento para justificar insubmissão é destrutivo.
Converse com Deus sobre isso!

365 Dias com Deus


Semana 12 | Dia 79 | Segunda | Marcos 13.1-37

Q uando meu irmão e eu erámos crianças, algumas vezes, nossos pais nos deixavam sozinhos
em casa. Como dois meninos arteiros, aproveitávamos a oportunidade
para “aprontar”. Não foram poucas as vezes em que fomos pegos em flagrante por nossos
pais, e sofremos as consequências das nossas travessuras. No texto de hoje, aprendemos que
devemos viver uma vida de santidade, atentos e vigilantes, pois Cristo pode voltar a qualquer
momento. Os discípulos questionam Jesus sobre o tempo e os sinais da destruição do templo
(v.1-4). Jesus responde, ao que tudo indica, sobre o fim dos tempos, muito além da destruição
do templo físico. Os primeiros sinais serão o surgimento de falsos Messias, rumores de guerras
e desastres naturais (v.5-8). Depois virá a forte perseguição por causa de Cristo (v.9-13). Em
seguida, virá a Grande Tribulação, como nunca houve na terra. Uma tribulação que, se não fosse
abreviada, ninguém sobreviveria (v.14-23). Por fim, virão os desastres cataclísmicos (v.24-25).
Então Jesus retorna para reunir os eleitos (v.26-27). Os sinais servem para alertar os discípulos
sobre o dia da volta de Cristo (v.28-29). Aparentemente, Jesus retorna à questão da destruição
do templo, alertando que aquilo acontecerá naquela geração, como de fato aconteceu no ano 70
d.C. (v.30-31). Por fim, Jesus alerta os discípulos para que fiquem atentos e vigilantes, pois
ninguém sabe o dia e a hora da volta de Cristo. Eles devem vigiar como um porteiro que cuida
da casa do seu senhor (v.32-37). Quem crê em Jesus Cristo, o Filho de Deus, aguarda
atentamente a sua volta!
Você pode dizer que vive constantemente vigilante e alerta, esperando a volta de Cristo? O que mudaria
em sua vida se você vivesse atento, como Jesus ordenou (v.37)? O que você pode fazer para viver mais
alerta nesse sentido? Se Jesus voltar hoje, como Ele o encontrará? Converse com Deus sobre isso!

Leitura Diária: Josué 3-6


Semana 12 | Dia 80 | Terça | Marcos 14.1-31

A scumprimento
histórias dessa passagem estão ligadas por um tema em comum: a morte de Jesus como
do plano soberano de Deus. A primeira história começa e termina com planos
para prender e matar Jesus. Para os líderes religiosos Jesus era um problema a ser resolvido.
Para Judas, uma oportunidade de ganhar dinheiro. Na história principal da passagem, uma
mulher reconhece Jesus como o Cristo, o Filho de Deus. Ela manifesta isso ungindo-o com um
perfume que custava o salário de um ano. Enquanto isso, os demais presentes consideram isso
um desperdício. Para eles ação social é mais importante que a adoração. Seu conceito sobre
Jesus determina que tipo de adoração você irá prestar (v.1-11). Na próxima história vemos a
soberania de Deus naquilo que iria acontecer. Jesus sabia exatamente onde iriam celebrar a
Páscoa, e os discípulos experimentam exatamente o que o Mestre os havia falado (v.12-15).
Depois de lhes mostrar Seu controle sobre a história, Jesus revela que será traído por um deles
(v.16-21). O Mestre estabelece a ceia como um lembrete do Seu sacrifício e, mais uma vez
revela Seu controle sobre a situação, anunciando que só tomaria o vinho novamente quando o
Reino de Deus estivesse estabelecido (v.22-26). Pedro, ainda não compreendendo
completamente que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e por isso tem o controle total da situação,
recusa-se a aceitar que Ele abandonaria o Mestre (v.27-31). Mesmo nos momentos mais difíceis,
Deus tem o controle da história.
Como você manifesta adoração a Jesus? O quanto você tem se sacrificado em devoção a Ele (Rm 12.1-
2)? Ou o quanto você tem sacrificado Jesus em devoção a si mesmo? Você tem confiado e descansado no
controle soberano de Deus sobre a história? Converse com Deus sobre isso!

Leitura Diária: Josué 7-10


Semana 12 | Dia 81 | Quarta | Marcos 14.32-15.39
o momento em que escrevo esse devocional o Talibã está cometendo atrocidades no
N Afeganistão. Assim nos perguntamos: “onde está Deus? Por que o mal prevalece?” A
passagem de hoje traz a resposta. A primeira cena revela um Jesus angustiado pelo que
estava prestes a acontecer. O sofrimento pelo pecado da humanidade era algo real, e Jesus sentia
isso. Por isso buscou o Pai, enquanto Seus discípulos, ignorando a tensão do momento, não
conseguiam ficar acordados (v.32-42). Em seguida lemos o relato da prisão de Jesus. Os que
estavam com Ele O abandonaram, inclusive um preferindo fugir nu a apoiar o mestre (v.43-52)!
Depois vemos diversos julgamentos injustos contra Jesus, começando com os próprios líderes
religiosos, que primeiro prenderam para depois achar uma acusação. Nenhuma acusação tem
fundamento até que o próprio Jesus se identifica com o Pai. Assim, eles O condenam à morte
por blasfêmia (v.53-65). Então vemos a famosa história da negação de Pedro. O mesmo que
havia jurado pagar o preço com Jesus O nega perante uma serva, cumprindo assim a profecia do
Senhor (v.66-72). O próximo julgamento é de Roma. Mesmo averiguando a inocência de Jesus,
Pilatos, mais preocupado com a popularidade do que com a justiça, condena Jesus à crucificação
(v.15.1-15). Então começam as torturas e os soldados zombando de Jesus. Eles sarcasticamente
chamam Jesus de “rei dos judeus”; ignoram que essa é a verdade (v.16-20).
Os últimos relatos da crucificação são breves e com poucos detalhes, afinal, os romanos, a
quem esse evangelho foi escrito, conheciam bem o processo de crucificação. Um homem
chamado Simão é obrigado a ajudar Jesus a carregar a cruz (v.21). Jesus se recusa a tomar
anestésicos para Sua dor (v.22-23). É crucificado nu (v.24). É crucificado entre bandidos, como
se fosse um deles (v.25-28). Sofre insultos do povo, dos líderes religiosos e até dos ladrões! Os
insultos que revelam os motivos dEle estar pendurado na cruz: Ele é o rei salvador dos judeus
(v.26), que estava prestes a destruir o “templo” e reconstruí-lo na ressurreição no terceiro dia
(v.29-30); que estava morrendo para salvar os outros (v.31); sendo sacrificado porque Ele foi
ungido (Cristo) para isso (v.32). Então as trevas e o grito de Jesus revelam que o Pai o
abandonou na cruz, por causa dos nossos pecados (v.33-34). Ainda assim as pessoas estão
incrédulas e preferem crer em uma tradição na qual Elias é o salvador (v.35-36). Jesus morre
(v.37). Nesse exato momento o acesso à presença de Deus é aberto (v.38), e um romano crê que
Jesus é o Filho de Deus (v.39). Esse sempre foi o propósito: a vitória sobre o poder do pecado.
Apesar da aparente vitória do mal, Deus está conduzindo para a vitória do bem em Cristo Jesus,
o Filho de Deus!
Como a história do sofrimento e injustiça contra Jesus, que permitiram o acesso a Deus e a salvação do
centurião romano, te motivam hoje? Converse com Deus sobre isso.

Leitura Diária: Josué 11-14


Semana 12 | Dia 82 | Quinta | Marcos 15.40-16.14

A incredulidade nos impede de perceber o agir de Deus na história! Como pastor de jovens,
consigo perceber dois grupos de crentes. Aqueles que verdadeiramente creem no evangelho,
envolvem-se com a igreja e por isso experimentam o agir de Deus na história, salvando e
transformando vidas através dos discipulados, evangelismo pessoal, viagens missionárias ou
retiros espirituais. Mas existem aqueles que estão alheios a tudo isso. São crentes nominais. Até
dizem que creem no evangelho, mas suas vidas estão focadas no trabalho, estudo e
entretenimento. Não veem e não se alegram na salvação e transformação de vidas. Na passagem
de hoje vemos José de Arimateia que, apesar de fazer parte da liderança judaica, que odiava e
matou Jesus, aguardava o Reino de Deus e tomou uma medida corajosa para honrar o corpo do
Senhor sepultando-O (15.42-46). Também vemos as mulheres que, corajosamente,
acompanharam Jesus até o fim (15.4041; 47). Querendo honrá-lO, foram cuidar do corpo de
Jesus no domingo e tiveram o privilégio de serem as primeiras a receber a notícia da
ressurreição do Senhor (16.1-8). De forma irônica, ao longo desse evangelho, vimos como todos
foram alertados a não falarem sobre Jesus a ninguém, e todos desobedeciam. As mulheres são
enviadas a falarem da ressurreição de Jesus, mas por temor, ficam caladas. Por último, vemos o
exemplo negativo dos discípulos que, apesar de receberem o testemunho da ressurreição de
Jesus, que já os havia avisado sobre isso, não creram. Por isso, no primeiro encontro com Jesus,
foram duramente repreendidos por causa da incredulidade (16.9-14).
Os leitores romanos desse evangelho tinham a opção de crer na ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de
Deus, e participar do plano de Deus na história; ou então não crerem, salvarem suas vidas diante de
César, mas perderem essa oportunidade. Qual tem sido a sua escolha? Você tem agido corajosamente
diante do mundo por crer em Jesus Cristo, o Filho de Deus, e participado do que Ele está fazendo no
mundo hoje, por meio da sua igreja? Converse com Deus sobre isso!

Leitura Diária: Josué 15-18


Semana 12 | Dia 83 | Sexta | Marcos 16.15-20

C reio que o maior obstáculo para um crente evangelizar é a ignorância quanto ao poder de
Deus para realizar essa tarefa. Na última passagem do evangelho de Marcos, vemos a
missão que Jesus dá aos Seus discípulos: pregar o evangelho a todas as pessoas (v.15). E
todo aquele que crer e professar publicamente sua fé será salvo, mas os que não crerem serão
condenados (v.16). A comprovação de que a mensagem deles é verdadeira serão os sinais
sobrenaturais, o que de fato vemos acontecendo no livro de Atos dos apóstolos (v.17-18).
Muitas pessoas creem que esses sinais deveriam nos acompanhar nos dias de hoje também.
Porém, eles parecem ser bem específicos para aquela época (confira em Atos). Hoje, esse poder
pode se manifestar de diferentes formas, de acordo com a necessidade específica de cada local.
Em um lugar secularizado como a Europa, pode ser simplesmente as pessoas crendo na “loucura
da pregação de Cristo”. Em um ambiente mais pesado, como o vudu no Haiti, talvez as
manifestações sejam mais visíveis. O fato é que o poder de Deus acompanha aqueles que
pregam o evangelho para o cumprimento da Sua vontade. E o próprio evangelho testemunha
que, após a volta de Cristo ao Pai, os discípulos pregaram corajosamente por toda parte (v.19-
20). Aqueles que creem em Jesus Cristo, o Filho de Deus, pregam o evangelho na dependência
do poder de Deus!
Os cristãos perseguidos de Roma precisavam de muita coragem para pregar o evangelho diante de
tanta perseguição. Mas, porque confiavam no poder de Deus, eles não tinham nada a temer. De fato, foi
o que aconteceu. Temos o testemunho de que, pela coragem dos nossos irmãos romanos que, mesmo
pagando com a própria vida, pregaram o evangelho e muitos foram salvos porque creram. Quais são os
obstáculos que você encontra hoje para pregar o evangelho? Como a certeza do poder de Deus
acompanhando você, pode dar-lhe coragem para pregar, apesar desses obstáculos? Ore sobre isso!

Leitura Diária: Josué 19-22


Semana 12 | Dia 84 | Sábado | CONCLUSÃO

N ossa visão sobre quem é Jesus e o que ele veio fazer vai determinar como vivemos nossa
vida cristã. Os cristãos romanos somente perseverariam na fé, mesmo diante da
possibilidade da morte, se realmente cressem que Jesus era o divino Salvador e que não
havia vida fora dEle. Da mesma forma, nossa fidelidade e perseverança revelam o que cremos
acerca de Jesus (8.34-38). Dar a vida para que outras pessoas conheçam a salvação em Cristo é
inerente ao evangelho (10.45). Quando reconhecemos nossa situação de condenados por toda
eternidade por causa do nosso pecado e que não poderíamos nos salvar (10.26-27), e cremos que
apenas a obra de Jesus pode nos reconduzir a Deus (15.37-38) e que um dia Ele vem nos buscar
(13.26-27); não há como continuarmos vivendo de forma medíocre e passiva. Vamos nos
empenhar para aproveitarmos cada relacionamento para mostrar a glória do evangelho a cada
pessoa (16.15). Nossa vida revela sobre o que cremos acerca de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
O que sua vida revela sobre o que você crê sobre Jesus? Seria interessante perguntar às pessoas
próximas a você. Investir no conhecimento sobre Jesus e o evangelho é a melhor forma de crescer nisso.
Você pode fazer isso estudando mais da Bíblia, como tem feito nesse devocional; mas também
conversando com pessoas mais maduras, ou ensinando o que você aprendeu a pessoas mais novas na fé,
bem como se envolvendo-se com uma igreja local. Que Deus o abençoe a conhecer verdadeiramente
Seu Filho Jesus, e que isso se reflita em sua vida para a glória dEle! Ore sobre isso!

Leitura Diária: Josué 23-24; Juízes 1


Semana 13 | Dia 85 | Domingo | Juízes 4.1-3

O período dos Juízes foi marcado por profunda degradação espiritual e suas decorrências
socioculturais e geopolíticas. O ciclo histórico do registro (cf. Jz 2.10-15) disparava com o
pecado voluntário do povo de Deus: “mais uma vez os israelitas fizeram o que o Senhor
reprova” é um motif que se repete como um sino, anunciando a falência nacional. A
contrapartida divina era a disciplina conforme prevista na aliança deuteronômica (Dt 28.15-25).
Quando os israelitas sentiam o peso da mão de YAHWEH por meio da opressão dos ímpios,
clamavam por misericórdia e, Deus em resposta às estipulações do pacto (cf. Dt 30.1-10),
enviava a desejada libertação. Então, havia paz na terra prometida.
Para conduzir a missão de libertação, Deus levantava líderes regionais: os juízes (cf. Jz 2.16).
Houve doze juízes em Israel, cuja jurisdição era localizada, pois naquele tempo, as tribos ainda
não haviam se reunido sob uma liderança centralizada e monárquica. Os juízes recebiam um
revestimento especial para cumprirem o seu papel: o próprio Deus estava com eles, garantindo o
sucesso de seu empreendimento (cf. Jz 2.18). A presença do Senhor, atuando por meio dos
juízes era a expressão do Seu amor leal para com o povo desobediente, porém quebrantado, pois
os juízes eram os representantes autorizados do Supremo Juiz e Libertador de Israel (Jz 11.27;
cf. 8.23).
O modo como você vive diz muito sobre o seu relacionamento com Deus. Suas escolhas refletem
obediência leal ao Senhor ou você, como Israel, segue seu próprio entendimento (cf. Pv 3.5,6)? Com que
frequência você se sujeita à disciplina divina? Jesus é o Libertador enviado por Deus, o Justo Juiz. Ele
morreu para livrá-lo do pecado e de suas influências (Tt 2.13-14). Volte-se para Jesus em
arrependimento e fé e Ele o libertará da sua obstinação pecaminosa.
Semana 13 | Dia 86 | Segunda | Juízes 4.1-4

D osjuízadoze(oujuízes de Israel, onze eram homens; apenas Débora é apresentada como profetisa e
líder – cf. NVI; Jz 4.4). Especula-se por que Deus escolheria uma mulher para o
exercício do poder máximo tribal em uma região tão importante como Efraim: o motivo
seria uma crise de liderança?
A questão envolvia a conquista do planalto central da Terra Prometida. Jabim e seu
exército cananeu pretendiam anexar o coração de Israel aos seus domínios, dividindo o mapa de
Israel ao meio. As tribos do norte e do sul, que já não eram unidas por natureza, ainda perderiam
a liberdade de trafegar. A terra e a alma da nação de YAHWEH se viam ameaçadas por um
poderoso exército ímpio sob o comando de Sísera e seus novecentos carros de guerra.
Em uma crise dessa dimensão, era de se esperar que Deus levantasse um grande e
experiente general. Mas é Débora quem conduz o processo de animar os líderes e a população
em geral. Como profetisa (4.4), ela era a “boca de Deus” e Israel demonstrava confiança em
suas previsões e conselhos, procurando a “mãe de Israel” (Jz 5.7) para que “decidisse as suas
questões” (Jz 4.5). Ser profetisa em Israel tinha implicações solenes, isso podia custar-lhe a
vida, caso o Senhor não confirmasse suas palavras (Dt 18.17-22). Mas Débora, tinha a
aprovação divina e desenvolveu tal relacionamento com a nação que se tornou um referencial
estável tornando-se inestimável na hora da crise, e, aprouve ao Senhor usá-la para conduzir o
Seu povo em meio à potencial catástrofe política.
Como você lida com aquilo que ameaça a sua estabilidade e segurança nas diversas áreas da vida? A
quem você recorre para pedir conselhos? A Palavra orienta a busca de bons conselheiros para se obter
sabedoria e vitórias (Pv 11.14; 20.18). Não se isole quando estiver em crise: procure ajuda de Deus e dos
Seus servos fiéis.

Leitura Diária: Juízes 2-5


Semana 13 | Dia 87 | Terça | Juízes 4.4-5

A sação
Escrituras nos ensinam que Deus opera de forma extraordinária em contextos ordinários. A
efetiva de Débora em Israel se deveu muito mais a um chamado especial de Deus do
que a ela própria. Descrita como “esposa de Lapidote” (cf. Jz 4.4) aquela simples dona de
casa e mãe de família se revelou uma mulher de muita sabedoria prática e estratégica. Suas
escolhas demonstraram um coração humilde e devotado ao bem do seu povo, mais do que às
honrarias que o cargo lhe conferia.
Como juíza, Débora teria o direito de se sentar à porta da cidade, pois esse era o lugar
tradicional de reunião dos líderes para solucionarem as questões legais e civis (cf. Rt 4.1-2), mas
Débora escolheu legislar em um local neutro, sem nenhum glamour. A “palmeira de Débora”
ficava estrategicamente localizada entre as duas cidades importantes de Efraim: Ramá e Betel
(Jz 4.4-5). Ali, homens e mulheres a procuravam com suas dúvidas e situações que precisavam
de intervenção ou mediação e, ela como líder, a todos atendia (cf. Jz 4.5).
O coração de Débora não se deixou seduzir pelo poder, ela era uma mulher que dependia
de Deus. O povo a considerava como “mãe de Israel” (cf. Jz 5.7) e havia se estabelecido uma
confiança tal que, quando ela, em nome do Senhor, conclamou o povo para a guerra, tanto os
grandes como os pequenos lhe atenderam (Jz 5.11 e 14). Sua humildade e fidelidade no
cotidiano lhe renderam o respeito e as credenciais necessárias no tempo da crise.
Em Romanos 12.3, Paulo exorta a mantermos uma visão equilibrada de nós mesmos e em Provérbios
15.33, encontramos: “A humildade precede a honra”. Como você lida com as questões de imagem e
poder? Seu coração se deixa seduzir por posições de influência? Jesus definiu o modelo divino de
liderança: uma atitude consciente de servo (Mc 10.32-45), sem reivindicar autoridade ou direitos.

Leitura Diária: Juízes 6-9


Semana 13 | Dia 88 | Quarta | Juízes 4.6-10

A lguém disse que “tempos excepcionais exigem medidas extraordinárias.” Débora viveu em
um tempo excepcional quando os homens de guerra de Israel estavam com medo de
enfrentar o exército de Jabim. O motivo? Era muito bem equipado, com tecnologia bélica de
ponta: novecentos carros de ferro pareciam invencíveis para quem lutava com espadas de
madeira! Além disso, havia desarmonia entre as tribos. Em seu cântico a YAHWEH, Débora e
Baraque alistam as tribos do leste do Jordão como não participantes da coalizão (Jz 5.16-17).
Mas a falta de determinação dos exércitos tinha em Baraque o seu modelo. Convocado por
Deus por meio de Débora (cf. Jz 4.6), o general de Naftali “amarelou” a princípio. Essa postura
exemplifica o tipo de baixa moral e espiritual que predominava no tempo dos Juízes. A palavra
profética de Débora deixou clara a intenção de YAHWEH: Ele incitaria Sísera e o entregaria nas
mãos de Baraque (Jz 4.7). Deus estabelece a estratégia e anuncia a vitória de Naftali e Zebulom
às margens do rio Quisom.
Baraque reage ao chamado do Senhor como uma criança medrosa, ele apela para Débora:
“Se você for comigo, irei; se não for, não irei” (v. 8). Que ironia tremenda esta cena lamentável
denuncia: a falta de fé de um general que se “agarra à saia” de uma mulher. Ao mesmo tempo,
isso representa o reconhecimento da presença de Deus na vida daquela juíza. A bênção é que
esta mulher é Débora. A profetisa conhece bem o Deus a quem representa como juíza, ela sabe
que Ele é o Senhor dos Exércitos, o comandante vitorioso das hostes celestiais, da natureza e da
história e, em seu cântico, celebra essas características (cf. Jz 5.3-5). Mas, como mãe que
entende o temor do filho, Débora acompanha Baraque, não sem antes profetizar a desonra que
sua covardia proveniente da desconfiança lhe traria: Deus daria a uma mulher a honra de
subjugar o general inimigo (4.9).
Como você reage quando recebe um desafio para o qual julga não estar preparado? Deus tem nos
convocado a enfrentarmos esse mundo tenebroso (cf. Ef 6.10-14). Ele nos oferece armas poderosas para
essa batalha (2Co 10.3-4). Como você lida com a batalha espiritual? Jesus é o vencedor (Ap 19.11-16) e
você é chamado a lutar pelo Senhor fiel e corajosamente até o fim (Ap 2.10).

Leitura Diária: Juízes 10-13


Semana 13 | Dia 89 | Quinta | Juízes 4.14-16

A coalizão de Naftali e Zebulom reuniu dez mil guerreiros, mas tal proeza não foi mérito
exclusivo de Baraque. Débora o acompanhou até Quedes e, certamente, foi sua presença
estratégica que convenceu não somente as tribos do Norte a lutarem, mas também as do sul:
Efraim, Benjamim e Issacar se ajuntaram ao esforço de proteger aquela parte vital da terra dos
ataques dos cananeus para a consolidação de Israel como futuro estado monárquico unificado
(cf. Jz 5.14-15).
O cântico de vitória conta que a moral dos poderosos e dos simples estava baixa quando os
inimigos se aproximaram para invadir (Jz 5.7-8), mas que o “coração” de Débora estava com os
comandantes e com os voluntários dentre o povo (5.9). Eles confiavam na “mãe de Israel” (5.7)
e todos, nobres e plebeus, foram procurar a juíza, clamando por sua presença ativa no campo de
batalha (v. 12), apoiando-a e a Baraque (5.13). A autoridade divina comprovada como profetisa
e a sabedoria e estabilidade nos relacionamentos que, como líder, Débora cultivara ao longo do
exercício do seu governo, lhe renderam dividendos preciosos na hora da crise. Débora sabia que
Deus não haveria de falhar em Sua promessa de vitória (cf. Jz 4.7). O resultado dessa confiança
foi a resposta positiva das tribos convocadas, sob as quais Débora nem mesmo tinha jurisdição.
É insuperável o poder de convencimento e articulação de uma pessoa que confia e se entrega
completamente nas mãos de Deus.
Como você lida com os projetos do Senhor para a sua vida? E com as promessas? Seu coração confia
totalmente nEle ou você duvida e se esquiva de cumprir o Seu chamado por medo do que terá de
enfrentar? Leia 2Crônicas 16.9 e avalie a sua atitude perante o Deus que promete fortalecer quem
depende totalmente dEle para tudo na vida.

Leitura Diária: Juízes 14-18


Semana 13 | Dia 90 | Sexta | Juízes 4.14-16
im, são os mesmos versos de ontem! Há riqueza de percepções aqui quanto a
sabedoria estratégica dessa mulher diferenciada.
Débora acompanha Baraque ao vale do Quisom, aos pés do Tabor (Jz 4.14). Aqui, a nobreza e a
sensatez da juíza mais uma vez são comprovadas em sua atitude inteligente e discreta. Débora
dá um passo atrás e Baraque, o general, assume o protagonismo da batalha. É ele quem desce o
Tabor; ela permanece no cume da montanha. É ele quem lidera os exércitos do Senhor contra as
hordas de Jabim (4.14b). Débora estimula Baraque a assumir seu posto na guerra, garantindo-
lhe que Deus é quem vai à frente e entrega Sísera em suas mãos (4.14). Em seu papel de
profetisa, ela transmite a mensagem do Senhor ao Seu servo e o envia à sua missão.
Agindo dessa forma, ela se mostrou prudente em sua estratégia. Consciente da sua
feminilidade, não usurpa o papel de líder militar ao qual, psicologicamente para as tropas, seria
fundamental o protagonismo masculino. Débora dá suporte à liderança de Baraque, como uma
sábia auxiliadora e ele se sente seguro para desempenhar a sua missão como comandante-chefe
das tropas israelitas. Baraque tanto cresceu em honra e fé que o autor de Hebreus o menciona
em sua lista “VIP” entre os juízes/libertadores de Israel (cf. Hb 11.32).
Sob o comando de Baraque e tendo Débora como a representante do Senhor, as tribos se
uniram sob o mesmo ideal e, pela fé, enfrentaram o inimigo muito superior em poderio militar.
Deus agiu miraculosamente, enviando uma tempestade fortíssima que atolou os novecentos
carros de guerra no vale do Quisom (cf. Jz 5.4-5), permitindo que Baraque atacasse os cananeus
em campo aberto. Débora era uma líder sensível e Deus a honrou, cumprindo cabalmente a sua
profecia: todos os cananeus foram mortos (4.16). Ela e Baraque glorificaram ao Senhor,
compondo uma canção de vitória profundamente teológica, louvando o verdadeiro campeão dos
israelitas: “o Deus do Sinai, o Deus de Israel” (cf. Jz 5.5).
Vivemos em uma realidade cristã que “adora” um holofote. No reino do Senhor, saber entrar e sair de
cena no momento exato é uma arte que exige extrema sensibilidade. É preciso obedecer ao Senhor e
fazer o que Ele pede, sem exacerbar os limites da nossa ação. Como você discerne o momento de
“aparecer” e o de dar espaço para outras pessoas exercitarem sua fé e atuarem em nome do Senhor?

Leitura Diária: Juízes 19-21


Semana 13 | Dia 91 | Sábado | Juízes 4.17-23

D ébora teve sua palavra profética completamente comprovada pelo Senhor. A primeira reação
de Baraque à conclamação divina não foi positiva. Débora predisse
que Jael, uma gentia do clã dos queneus, receberia a honra de matar o general Sísera (4.9).
O marido de Jael, Heber, era um aliado de Jabim (4.17) que, convenientemente, morava
em Quedes (4.11). Ao ser derrotado, Sísera fugiu a pé para salvar a sua vida (4.17) e foi
procurar abrigo entre os queneus. Aparentemente, Jael não concordava com a política
colaboracionista do marido. Ela entendia que trair Débora e Baraque era se voltar contra o Deus
de Israel. Jael significa “YAHWEH é Deus”. Ela age de forma coerente com essa profissão de
fé. Com astúcia feminina, ela engana Sísera, que aceita sua hospitalidade ao entrar na tenda
(4.18-20). Exausto, ele dorme e ela, com a força de uma camponesa acostumada ao trabalho
pesado, crava uma estaca de tenda na têmpora do general, matando-o (4.21). Baraque, que
caçava Sísera, fica sabendo desse feito pela própria Jael. Deus concedeu vitória plena aos
israelitas que subjugaram completamente os cananeus e o rei Jabim (4.22-23).
A postura corajosa de Jael reflete um espírito pleno de confiança em Deus. Sua menção no
cântico de Débora atesta a aprovação divina ao seu ato (5.6; 14-27). Ela foi abençoada por sua
coragem, em contraste com a covardia de seu marido. Sua “desobediência civil” é um fato digno
de destaque nos tempos e na cultura do Antigo Testamento. Jael e Débora foram luminares de fé
e integridade em uma época de fragilidade espiritual e frouxidão moral. Em Juízes, o
testemunho da bênção de Deus sobre essas mulheres é poderoso na compreensão do valor que
Ele atribui à fidelidade em se cumprir o chamado ainda que em condições extraordinárias. Deus
foi glorificado na liderança de Débora.
Como você reage quando percebe que pessoas próximas não estão obedecendo ao Senhor? Permanece
calado, ignora a situação, é conivente para não destoar do grupo ou tem coragem de se levantar em
nome do Senhor e fazer o que as Escrituras indicam ser o eticamente correto na circunstância?
Coragem é um dos atributos dos servos leais a Jesus! Timidez ou covardia envergonham o Evangelho e
invalidam o seu testemunho. Decida obedecer incondicionalmente e confiar no Senhor para os
resultados das suas ações.

Leitura Diária: Rute 1-4


Semana 14 | Dia 92 | Domingo | Lucas 1.1-4
uem nunca ficou em dúvida diante desta pergunta: “Você tem certeza disso”?
Q Muitas vezes ficamos inseguros quando questionados sobre a afirmação de determinado
fato que não conhecemos muito bem. Porém, diante de um fato inquestionável e bem conhecido,
podemos afirmar: Sim! Tenho plena certeza!
O evangelho de Lucas inicia demonstrando seu propósito. Lucas (o autor) deseja que Teófilo (o
destinatário) tenha plena certeza das verdades em que este foi instruído (v.4). E para atingir tal
propósito o evangelista realiza uma investigação cuidadosa (v.3) dos fatos sobre a vida e obra de
Jesus Cristo. Ou seja, Lucas não queria deixar nenhuma dúvida sobre quem era Jesus e sobre a
obra que ele realizou. Da mesma forma, nós cristãos dos dias atuais, devemos buscar tal
convicção sobre os feitos do Mestre. Devemos estar prontos para responder com convicção:
Sim, tenho certeza! Jesus é o Messias prometido, o Deus encarnado que morreu na cruz para
pagar pelos meus pecados; Aquele que ressuscitou dos mortos e um dia voltará.
Assim como Lucas escreveu seu evangelho para promover tal convicção, o Senhor
inspirou não apenas esse evangelho, mas toda a Sua Palavra para que possamos conhecer Sua
pessoa e Seu plano, solidificando a convicção de Sua vontade para nossas vidas.
Precisamos conhecer bem a Palavra de Deus. Ler, estudar, memorizar a Bíblia e meditar nela é
fundamental para que nossa mente seja renovada pela sua verdade e nossa vida seja direcionada pela
certeza do evangelho de Cristo Jesus.
Semana 14 | Dia 93 | Segunda | Lucas 1.5-25
a passagem de Lucas 1.5-25, o anjo Gabriel narra o anúncio do nascimento de João
N Batista a seus pais já idosos, Zacarias e Isabel. Lucas destaca algumas características
positivas sobre o casal: “eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos
os preceitos e mandamentos do Senhor” (v.6). Além disso, Zacarias era um sacerdote que servia
no templo e orava ao Senhor por causa da esterilidade de sua esposa (v.13).
Diante de tal descrição, poderíamos imaginar que Zacarias seria um homem pronto para
receber uma ação miraculosa da parte de Deus. Ele era fiel, experiente e um homem de oração.
Certamente, conhecia a história dos patriarcas, como Abraão, que teve um filho na sua velhice,
mesmo diante da esterilidade de sua esposa Sara.
Entretanto, diante do anúncio do anjo, sua reação foi de incredulidade. Zacarias respondeu
ao anjo: “Como saberei isto? Pois eu sou velho, e minha mulher, avançada em dias” (v.18). Ele
olhou para as circunstâncias, para a idade avançada, para a esterilidade da sua esposa e, por isso,
não acreditou nas palavras do anjo.
Mesmo sendo fiel quando orava pela solução da infertilidade da esposa, e diante de um
anjo que lhe falava diretamente, Zacarias cedeu à incredulidade porque foi tomado pelas
circunstâncias adversas. O resultado: ficou mudo até o cumprimento da profecia anunciada pelo
anjo Gabriel.
Tal história traz muitas lições para nós. Devemos confiar completamente na Palavra de Deus. Não
importam as circunstâncias difíceis, ou humanamente impossíveis. Se o Senhor nos faz uma promessa,
certamente, Ele irá cumpri-la. Precisamos aprender a confiar no poder e no caráter de Deus,
especialmente diante das circunstâncias improváveis e adversas.

Leitura Diária: 1Samuel 1-3


Semana 14 | Dia 94 | Terça | Lucas 1.26-38

É entendida referindo-se a um questionamento sobre o relacionamento de uma muito

comum ouvirmos esta pergunta: quem é Jesus para você? Que pode ser

pessoa com Jesus. Entretanto, tal pergunta também pode ser mal compreendida, levando pessoas
a interpretar Jesus de acordo com suas visões e preferências e não de acordo com o que a
Palavra de Deus nos revela.
Dessa forma, para muitos, Jesus é: 1) um grande psicólogo, 2) um grande líder, 3) um
revolucionário, 4) um promotor de determinada ideologia política e social, 5) um grande mestre,
etc. Nesse sentido, as pessoas perdem o foco sobre a verdadeira natureza de Jesus de acordo com
as Escrituras.
Ao anunciar a Maria a respeito do nascimento de Jesus, o anjo Gabriel deixou claro quem
Jesus é: o grande Filho do Altíssimo, o herdeiro do trono de Davi, cujo reinado não terá fim
(v.32-33). Assim, Gabriel revela a Maria que Jesus é o Filho de Deus, o Deus encarnado, o
Messias prometido a Israel, aquele que viria para salvar o Seu povo dos pecados deles e que
estabeleceria Seu reino eterno no tempo devido.
Portanto, creio que a melhor abordagem não seria perguntar: “quem é Jesus para você”? Mas quem é
Jesus de acordo com a revelação divina em Sua Palavra? Que possamos buscar compreender cada vez
mais profundamente quem é Jesus, pois, tal compreensão nos conduzirá a uma vida de submissão e
adoração ao nosso Senhor e Salvador.

Leitura Diária: 1Samuel 4-8


Semana 14 | Dia 95 | Quarta | Lucas 1.39-45

J esus Cristo é o Senhor! Essa frase é muito conhecida e utilizada no meio cristão. Entretanto,
creio que também seja entendida de maneira extremamente superficial. No texto de hoje,
podemos notar que Isabel, ao estar cheia do Espírito Santo, reconheceu que o bebê que estava
no ventre de Maria era o seu Senhor (v.43). Mas o que isso significa?
Chamar Cristo de Senhor não é apenas uma questão de respeito, como quando falamos
com alguém mais velho. Na época de Cristo, a sociedade continha senhores e servos (ou
escravos). Os servos eram tratados como propriedades de seus senhores, compondo a parte mais
baixa da pirâmide social. Assim, declarar que Jesus é Senhor implica rendição total. Significa
dizer que Ele é o meu dono, que não vivo mais para os meus desejos, mas para servi-lO. Logo,
ser um servo de Jesus significa viver para fazer a vontade dAquele que é Senhor.
Além disso, não podemos cair no erro de fazer a divisão que muitos fazem: “Jesus é o meu
Salvador, mas não o meu Senhor”. Não! O verdadeiro cristão, regenerado pelo Espírito Santo de
Deus, reconhece (assim como Isabel) que Jesus não é apenas o seu único e suficiente Salvador,
mas também é o Senhor de todo o seu ser.
Que possamos viver a cada dia sob o senhorio de Jesus Cristo, demonstrando, por meio de nossos
pensamentos, palavras e ações que Ele é o Senhor de nossas vidas!

Leitura Diária: 1Samuel 9-12


Semana 14 | Dia 96 | Quinta | Lucas 1.46-56
ivemos em uma sociedade materialista e consumista, na qual somos
incentivados a desejar bens, na expectativa de que eles preencham nossa vida,
dando-nos alegria neste mundo. Assim, para muitos a felicidade está condicionada àquilo que se
tem. Tal perspectiva é extremamente perigosa para o cristão, pois promove uma mentalidade de
insatisfação com a vida, desenvolvendo um espírito ingrato e descontente. Nesta perspectiva,
quem Deus é e o que Ele me dá em Cristo já não é suficiente, eu preciso de mais.
Na passagem de hoje, conhecida como “o cântico de Maria” (o Magnificat), aprendemos
uma grande lição sobre gratidão e contentamento em Deus e em Sua obra. O louvor de Maria
destaca: a alegria no Senhor (v.46-48), os atos poderosos de um Deus Santo (v.49), a eterna
misericórdia de Deus sobre os que o temem com humildade (v.50-53) e Sua fidelidade em
cumprir as promessas feitas para o povo de Israel (v.54-55).
A alegria no Senhor e o reconhecimento de quem Ele é e o que Ele faz nos conduz a uma
vida de gratidão e contentamento, mesmo diante de dificuldades materiais, de doença ou de
qualquer outro tipo de provação nesta vida. Alegria e gratidão não dependem das circunstâncias,
mas de uma mentalidade correta, de um espírito disposto a louvar a Deus por quem Ele é e por
Seus atos poderosos realizados em nosso favor através do sacrifício de Cristo para nos salvar.
Que possamos encontrar verdadeira satisfação no Senhor! Que a marca da nossa vida seja a gratidão!
Que reconheçamos o quanto nosso Deus é grandioso e generoso para conosco!

Leitura Diária: 1Samuel 13-16


Semana 14 | Dia 97 | Sexta | Lucas 1.57-66

A passagem de hoje em nosso devocional narra o nascimento de João Batista. Como


mencionado na passagem de Lucas 1.5-25, o anjo Gabriel já havia anunciado o nascimento
do menino a seus pais, que eram idosos e sofriam com o problema da esterilidade de sua
mãe.
Na ocasião, vimos que Zacarias, o pai de João Batista, havia ficado mudo por haver
duvidado da promessa feita pelo anjo Gabriel. Agora, podemos notar o quanto a disciplina da
parte do Senhor foi recebida de maneira humilde e adequada por Zacarias.
Em primeiro lugar, ele recusa o conselho dos vizinhos e parentes que queriam colocar o
nome do pai no menino. Mesmo sem poder falar, Zacarias foi obediente ao que o anjo havia
indicado, escrevendo em uma tabuleta o nome do menino: João (v.63).
Após tal ato, Zacarias recupera sua fala, e a primeira reação que ele tem é abrir a sua boca
para louvar a Deus (v.64). Zacarias não estava irado, amargurado, abatido, pelo contrário, estava
grato, alegre, pronto para louvar ao Senhor por Sua misericórdia e bondade.
Tal como o autor da carta aos Hebreus nos ensina, a disciplina de Deus é para o nosso
aproveitamento, tendo o intuito de produzir fruto pacífico em nosso coração (Hb 12.10-11).
Portanto, meu irmão, devemos aceitar humildemente a disciplina do Senhor sobre nós por causa dos
nossos pecados. Em vez de ficarmos ansiosos, desesperados, amargurados e insatisfeitos, devemos
sondar o nosso coração, arrepender-nos e nos voltarmos para o Senhor com gratidão, alegria e louvor!

Leitura Diária: 1Samuel 17-20; Salmo 59


Semana 14 | Dia 98 | Sábado | Lucas 1.67-80
ocê foi salvo para que finalidade? Muitos respondem a essa pergunta da
seguinte maneira: para ser livre da condenação do inferno ou para ter meus
pecados perdoados. Essas realidades são verdadeiras porque ao sermos salvos temos nossa
dívida perdoada e por isso não somos mais condenados. Entretanto, a salvação em Cristo Jesus
não proporciona apenas isso, mas também nos habilita para uma vida radicalmente diferente.
Zacarias expressa tal realidade em seu cântico de louvor a Deus. O texto do nosso
devocional de hoje é o conteúdo deste louvor. Nesse cântico, Zacarias fala sobre a ação
misericordiosa de Deus sobre Israel, salvando Seu povo dos seus inimigos, para que O
adorassem sem temor, em santidade e justiça (v.74-75).
Note que a ação misericordiosa de Deus sobre Seu povo não apenas o livra de seus
inimigos, mas o habilita para uma vida de adoração, justiça e santidade. Por isso, ao nos salvar
por meio do sacrifício de Cristo Jesus, Deus nos chama para uma nova vida, que reflete o caráter
de Deus e que não mais é escravizada pelo poder do pecado e de Satanás.
Portanto, devemos avaliar nossa vida diante de tão grande salvação que recebemos pela graça do nosso
Senhor. Ele nos tirou do império das trevas, cancelou a nossa dívida, livrou-nos de toda condenação, e
nos capacitou para sermos novas criaturas. Temos vivido de maneira digna de tão grande chamado e
salvação? Que o Senhor nos ajude a viver diariamente um estilo de vida de adoração, santidade e
justiça!

Leitura Diária: 1Samuel 21-24; Salmo 91


Semana 15 | Dia 99 | Domingo | Lucas 2.1-7

F ama, reconhecimento, honra, glória, riqueza... esses são alguns ídolos presentes na nossa
sociedade. Muitas pessoas vivem para eles, querendo assumir posições de destaque, vivendo
para obter reconhecimento e aprovação de outras pessoas, acumulando bens e posses nesta terra,
acreditando que estas coisas trazem sentido para a vida. As Escrituras demonstram que há um
grande perigo na busca por esses bens, pois eles tiram o foco do verdadeiro propósito do nosso
viver: adoração ao Senhor. Precisamos constantemente nos lembrar de que não precisamos de
fama, glória ou riquezas, pois temos tudo o que necessitamos em Cristo.
A narrativa do nascimento do próprio Senhor Jesus Cristo ilustra essa verdade de maneira
brilhante. O texto nos diz que Jesus foi deitado em uma manjedoura, porque não havia lugar
para eles na hospedaria (v.7). O próprio Deus, o Criador de todas as coisas, o Soberano Rei, o
Dono de tudo o que existe, submete-se à encarnação, tornando-se como uma de Suas criaturas e
nasce em um contexto de grande pobreza, mesmo sendo o Dono do ouro e da prata.
Aquele que merece toda honra e toda glória abre mão de tais coisas para cumprir Sua missão e trazer
salvação ao homem. O Senhor Jesus Cristo é o maior exemplo de humildade para nós, criaturas
limitadas e enganadas, que buscam possuir muitos bens materiais e nos deixamos levar por nosso desejo
de consumo. Na verdade, o que precisamos, de fato, é viver de maneira que aponte a glória para quem
de fato a merece. Devemos nortear nossa vida para a glória dEle!

| 117 |
Semana 15 | Dia 100 | Segunda | Lucas 2.8-20
ocê já deve ter reparado que o começo do evangelho de Lucas é repleto de louvor.
Já vimos em nossos devocionais dois cânticos: o de Maria e o de Zacarias. Na
passagem que refletiremos hoje é a vez dos seres angelicais louvarem ao Senhor,
na ocasião do anúncio do nascimento de Jesus aos pastores de rebanho daquela região. Um anjo
do Senhor traz uma boa nova de grande alegria aos pastores: o nascimento do Salvador Jesus
Cristo. A palavra traduzida como "boas novas" é o termo grego de onde se origina a palavra
“evangelho”. Ela era utilizada para trazer uma notícia de júbilo ao povo, geralmente usada em
contexto de vitórias militares ou grandes feitos de determinado governador ou imperador.
Porém, nesse caso, a boa nova é a mais excelente das notícias, pois Aquele que veio salvar
Seu povo dos seus pecados havia nascido! O cântico da multidão de anjos, que aparece aos
pastores, reflete bem a grande alegria do momento: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na
terra entre os homens” (v.14).
A notícia do nascimento de Cristo conduz os anjos a louvar a Deus, a dar glórias ao Seu
nome por Seu plano de trazer paz aos homens por meio da salvação em Cristo, paz essa que é
experimentada na reconciliação com Deus por meio do sacrifício de Jesus e nas relações
pacíficas que devem caracterizar a vida daquele que foi alcançado pela obra de Cristo.
Portanto, meus irmãos, da mesma forma que os anjos louvam ao Senhor, nós também devemos louvá-
lo, com um coração grato e cheio de alegria pela grandeza da pessoa e obra do nosso Salvador Jesus
Cristo!

Leitura Diária: Salmos 7; 27; 31; 34


Semana 15 | Dia 101 | Terça | Lucas 2.21-24

Submissão! Essa palavra pode produzir arrepios em algumas pessoas. Muitos a interpretam
como um problema a ser combatido com todas as forças, um sinônimo de
opressão ditatorial que certos grupos indefesos sofrem da parte de grupos mais poderosos.
Entretanto, não podemos negar que as Escrituras, por diversas, vezes nos chamam a uma
vida de submissão, tanto no relacionamento com Deus quanto em nossas diversas relações
humanas, seja no lar, na igreja ou na sociedade.
O problema é que o coração humano não deseja se submeter, pelo contrário, deseja impor
suas próprias vontades e desejos. Essa realidade pode ser notada desde Gênesis 3, quando Adão e
Eva decidiram não se submeter à ordem que o Senhor tinha dado a eles no Jardim do Éden.
O texto de hoje nos mostra como Jesus foi submetido, na ocasião do Seu nascimento, a
diversas ordenanças presentes na Lei de Moisés: circuncisão (v.21), consagração (v.22-23) e
oferecimento de sacrifício (v.24). Talvez Seus pais tenham pensado: “mas Ele é o Salvador, o
Messias, o Filho de Deus, Ele não precisa se submeter a nada!”
E é justamente aí que está o grande exemplo que é deixado para nós. O próprio Deus se
humilha e se submete para resgatar o Seu povo, vive de maneira obediente à própria Lei divina,
cumpre-a como homem perfeito para nos dar vida. O contraste com a arrogância humana é
evidente. Mesmo sendo limitados, pecadores, dependentes, muitas vezes, não desejamos nos
submeter.
Que o Senhor nos dê um coração submisso e obediente, fazendo-nos lembrar do grande exemplo que o
nosso Senhor e Salvador nos deixou.

Leitura Diária: Salmos 56; 120; 140-142


Semana 15 | Dia 102 | Quarta | Lucas 2.25-35

Q ual o seuOmaior sonho? Qual a sua grande expectativa na vida?


texto de hoje nos apresenta um homem justo e piedoso, chamado Simeão. Lucas
afirma que este homem esperava a consolação de Israel e que havia recebido uma revelação do
Espírito Santo: não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor (v.25-26).
Então, Simeão, movido pelo Espírito Santo, vai até ao templo, onde encontra o menino
Jesus. Diante dele, Simeão se rende em louvor e profere as seguintes palavras a Deus: “Agora,
Senhor, podes despedir em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra; porque os meus olhos já
viram a Tua salvação” (v.29-30).
A grande expectativa de Simeão era ver o Salvador, o Messias prometido, e quando isso
acontece, ele se dá por satisfeito. Seu grande anseio foi atendido, sua expectativa foi alcançada,
sua esperança foi cumprida. Simeão já podia partir para se encontrar com seu Deus, já teve a
promessa realizada e pode ir em paz.
E quanto a nós? Qual tem sido nosso anseio, nossa expectativa, nosso sonho na vida? Será
que está relacionado ao Senhor, à Sua obra ou a questões materiais e egoístas? O Salvador já
veio, e se você já tem um relacionamento com Ele, se você já depositou sua fé na Pessoa e
sacrifício de Cristo, isso significa que você já tem tudo!
Não temos falta de nada, meus irmãos, temos tudo em Cristo e na salvação que Ele nos concedeu. Que
possamos viver contentes e satisfeitos, colocando nossa expectativa no dia em que estaremos com Ele
por toda a eternidade.

Leitura Diária: 1Samuel 25-27; Salmos 17, 73


Semana 15 | Dia 103 | Quinta | Lucas 2.36-38
boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45). Essa afirmação feita pelo
A Senhor Jesus apresenta uma realidade: aquilo que amamos e valorizamos será
expresso em nossas palavras. É fácil notarmos isso em nossas rodas de conversa, nas
quais falamos sobre o tipo de diversão de que gostamos, o time de futebol para o qual torcemos,
os filmes e séries que acompanhamos e os desejos e sonhos que temos em nossas vidas.
O texto de Lucas 2.36-38 apresenta uma mulher que ilustra positivamente essa verdade.
Ana, uma profetisa viúva, é descrita como alguém que não deixava o templo, mas adorava noite
e dia em jejuns e orações (v.37). Ou seja, Ana amava a Deus, dedicando sua vida ao serviço e
relacionamento com Ele.
Assim, como o coração de Ana estava cheio do Senhor, suas palavras transbordaram de
dentro do seu coração por meio da gratidão a Deus e do testemunho: “dava graças a Deus e
falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (v.38).
Ao testemunhar o nascimento de Jesus, Ana expressou a gratidão presente em seu coração
e passou a falar do nascimento do Messias prometido a todos que esperavam pelo cumprimento
dessa promessa.
Portanto, meus irmãos, precisamos avaliar o que está saindo de nossa boca, pois isso revela o que tem
capturado o nosso coração. Se meu coração estiver cheio do Senhor, minhas palavras refletirão isso por
meio da gratidão e do compartilhamento do evangelho aos que estão ao meu redor. Que nosso coração
esteja cheio do Senhor e isso seja evidente em nossas palavras!

Leitura Diária: Salmos 35; 54; 63; 18


Semana 15 | Dia 104 | Sexta | Lucas 2.39-40

É Quando crianças, nosso crescimento é acelerado, mas no período da adolescência/ fácil

notarmos, que em determinado momento de nossa vida, paramos de crescer.

juventude nossa altura se estabiliza, e o crescimento físico não é mais observado.


Entretanto, em diversos outros aspectos de nossa vida, o crescimento deve acontecer. É
importante que cresçamos intelectualmente, emocionalmente, socialmente, e principalmente,
espiritualmente, pois, as Escrituras nos exortam a continuar crescendo na graça e no
conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo. O desenvolvimento humano do menino Jesus serve
de modelo para nós quanto a isso. O texto de Lucas afirma que “crescia o menino e Se
fortalecia, enchendo-Se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele” (v.40).
Posteriormente, Lucas destaca que o crescimento de Jesus era em sabedoria, estatura e graça,
diante de Deus e dos homens (v.52).
Ou seja, mesmo sendo Deus, Jesus Cristo passou pelo processo de crescimento que todo
ser humano precisa passar. Isso significa que nós, criaturas limitadas, precisamos buscar
ativamente o processo de crescimento em nossas vidas, não nos conformando com nossa
maturidade atual, mas, perseguindo um crescimento na vida com o nosso Deus e com as pessoas
ao nosso redor.
Que o nosso crescimento seja uma preocupação real em nossas vidas, que possamos testemunhar do
Senhor por meio do nosso crescimento, desenvolvendo uma vida de conhecimento e sabedoria
(intelectualmente), lidando biblicamente com os nossos sentimentos (emocionalmente), relacionando-se
de maneira respeitosa e amorosa com as pessoas (socialmente) e vivendo em adoração e obediência ao
nosso grandioso Deus (espiritualmente).

Leitura Diária: 1Samuel 28-31; 1 Crônicas 10


Semana 15 | Dia 105 | Sábado | Lucas 2.41-52
e você tivesse tempo e recursos para estar onde você quisesse neste
momento, em que lugar você estaria? Talvez a maioria de nós pensaria em
fazer aquela viagem dos sonhos, conhecer um local de grande beleza, ou visitar alguém amado
em um local distante. É claro que há tempo para essas coisas e não há nada de errado em viajar,
conhecer lugares e visitar pessoas. Entretanto, onde desejamos estar também pode revelar os
valores presentes em nosso coração e as prioridades que traçamos em nossas vidas.
A passagem de Lucas 2.41-52 narra que Jesus, sendo um adolescente de doze anos, viajou
com Seus pais para Jerusalém, na ocasião da Festa da Páscoa. Ao regressarem da viagem, Seus
pais perceberam que Jesus não estava junto com a caravana que estava voltando de Jerusalém.
Onde estaria o adolescente Jesus? Brincando com os colegas de Sua idade? Entretendo-se com
as novidades vistas na capital Jerusalém? Visitando os pontos turísticos do local? Nada disso, o
adolescente Jesus estava no templo, ouvindo e questionando os doutores, os conhecedores da
Lei de Deus.
Por isso, quando questionado por Sua mãe, ele disse: “Por que vocês estavam me
procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?” (v.49). Jesus expressa Seu
desejo e necessidade de estar na casa de Deus, refletindo sobre Ele e Sua Palavra.
E quanto a nós? Temos essa mesma vontade de estar constantemente diante do Senhor e da Sua
Palavra? Temos o profundo desejo de cultuar ao Senhor junto com o Seu povo semanalmente? Que o
desejo e prioridade do nosso coração sejam conhecer e adorar o nosso grandioso Deus!

Leitura Diária: Salmos 121; 123-125; 128-130


Semana 16 | Dia 106 | Domingo | Juízes 1.1

Q uando temos que lidar com mudanças é bem comum que os questionamentos surjam e
receios e incertezas tomem conta. O livro de Juízes narra uma série de mudanças pelas quais
toda a nação de Israel estava passando e uma delas foi exatamente após a morte do seu grande
líder Josué, aquele que instruía, conduzia o povo e que foi o grande servo do Senhor. Diante de
tais situações é comum recorrermos a algum tipo de ajuda ou orientação. Observe que os
israelitas não recorreram a uma fonte qualquer, o texto nos diz que “...os israelitas perguntaram
ao Senhor...”, como o seu líder fazia. Aparentemente havia um desejo de continuar vivendo
debaixo da orientação do Deus Todo-poderoso. Infelizmente, ao lermos toda a história
descobriremos que a nação resolveu trilhar “seus próprios caminhos” e fez exatamente o que
Salomão, anos adiante, nos trouxe como alerta: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não
se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele
endireitará as suas veredas. Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o Senhor e evite o
mal” (Pv 3.5-7). A nação colheu os bons frutos enquanto caminhou sob a orientação e
dependência de Deus, da mesma forma, colheu os frutos amargos ao optar por uma vida alheia à
vontade do Senhor e de Seus propósitos.
Há situações em nossas vidas que realmente os conselhos e orientações se fazem necessários, a questão
é: qual é a nossa fonte de consulta? Em quem a nossa confiança tem sido depositada? Recorremos a
Deus e à Sua Palavra a fim de conhecer e entender Seus propósitos? Temos buscado caminhar de
modo que agrade e honre ao Senhor?

365 Dias com Deus


Semana 16 | Dia 107 | Segunda | Juízes 1.19-36

A Deus havia dado orientações muito claras para a nação de Israel com relação às conquistas
das terras e os cuidados que deveriam ter, para que de fato desfrutassem
das bênçãos e promessas de Deus (Js 23.5-13).
À luz do que é narrado nos versículos 19 a 36 do capítulo 1 de Juízes é possível perceber
que o Senhor estava cumprindo Sua parte, estando presente e capacitando os israelitas em suas
lutas, porém várias concessões foram feitas pela grande maioria das tribos de Israel, pois
homens e mulheres foram poupados de vários povos, alguns foram submetidos a trabalhos
forçados e com isso, sua cultura, sua idolatria também foram preservadas juntamente com suas
vidas. As orientações do Senhor para proteger e cuidar do Seu povo foram ignoradas.
A obediência ao Senhor precisa ser completa em todo o tempo, mesmo que não seja
possível entender totalmente as razões. A nossa visão sobre o que está adiante é totalmente
limitada e é necessário exercitar a confiança para que a obediência seja completa. Observe o
recado de Deus, levado por Samuel ao rei Saul, em virtude de obediência parcial ao que lhe
havia sido falado: “Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em
que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é
melhor do que a gordura de carneiros” (1Sm 15.22).
Você tem facilidade para obedecer aos princípios e ordens do Senhor? Quais são as áreas na vida em
que tem sido mais difícil manter a confiança e obediência integral? Identifique suas posturas e ações
que são sinal de um coração insubmisso e desejo de fazer a própria vontade em detrimento da
obediência total ao Senhor e coloque-as diante do Senhor.

Leitura Diária: 2Samuel 1-4


Semana 16 | Dia 108 | Terça | Juízes 2.1-5
númeras vezes ouvimos claramente orientações, alertas sobre alguns
riscos e suas possíveis consequências e temos a oportunidade de fazer
escolhas acertadas, porém, por um excesso de autoconfiança, imprudência ou mesmo rebeldia,
optamos por ignorar esses sinais.
Observe o que o Senhor disse para a nação de Israel, tempos depois de tomarem posse da
terra prometida: “...vocês não farão acordo com o povo desta terra, mas demolirão os altares
deles. Por que vocês não me obedeceram?” (v.2). Claramente rejeitaram as orientações, talvez
imaginando que não seria tão ruim assim, mas o próprio Senhor deixa claro para o povo que
“eles serão seus adversários, e os deuses deles serão uma armadilha para vocês” (v.3). Uma
grande cilada com consequências terríveis para eles e para toda uma nova geração. Estamos
todos sujeitos a fazer escolhas erradas, muitas delas de maneira inconsequente, sem pensar em
todas as implicações não só para nós mesmos, mas também para aqueles que estão ao nosso
redor ou mesmo para gerações futuras. É necessário levar muito a sério cada alerta que nos é
dado pelo Senhor, seja por meio da Sua Palavra, ou mesmo de outros instrumentos que Ele
mesmo queira usar, como por exemplos nossos líderes. Ignorar tais sinais podem nos conduzir
diretamente para armadilhas, que certamente não serão para o nosso bem.
Quais são os sinais de alerta que Deus tem enviado para você? Que restrições você está sendo tentado
a ignorar pensando que não há problema algum? Considere as armadilhas nas quais você pode estar
pisando e esteja bem consciente das consequências que virão, não somente para você mesmo, mas para
outros e, só então, faça suas escolhas.

Leitura Diária: Salmos 6; 9; 10; 14; 16; 21


Semana 16 | Dia 109 | Quarta | Juízes 2.6-13

É te liberal, distante de Deus e até mesmo resistente a tudo o que está relacionado ao triste

olhar para o estado espiritual em que se encontra a atual Europa, extremamen-

cristianismo. Quando lembramos da história da Igreja e a maneira como Deus usou toda uma
geração para influenciar de maneira tão preciosa esse continente, sendo instrumentos para
espalhar o evangelho para tantas outras regiões do mundo afora, sentimos o coração pesar.
No período dos Juízes, logo após a morte de Josué e toda a geração que o sucedera e que
presenciara os grandes feitos do Senhor, o autor do livro narra que “...surgiu uma nova geração
que não conhecia o Senhor e o que Ele havia feito por Israel...” (v.10). Consequentemente,
abandonaram o Senhor e fizeram as coisas que Ele reprovava. Pura rebeldia? Negligência dos
pais? Más influências? Pode ter sido um pouco de cada coisa, mas nada isenta cada um da
responsabilidade pessoal diante do Senhor.
Todos nós temos a oportunidade de viver de uma maneira intensa na presença de Deus,
cultivando amor, fidelidade, compromisso. Temos também a oportunidade de compartilhar dos
feitos do Senhor para que outras gerações também conheçam quem Ele é, como age e o que Ele
pode fazer, bem como Seu plano redentor.
Ao olhar para a sua geração, quais são as marcas que estão sendo deixadas para as próximas gerações
no que diz respeito ao conhecimento de Deus? De que maneira sua vida tem influenciado seus amigos e
familiares nos mais diversos ambientes? Há algo a ser mudado?

Leitura Diária: 1Crônicas 1-2; Salmos 43-44


Semana 16 | Dia 110 | Quinta | Juízes 2.14-23

E rros e acertos fazem parte da nossa caminhada e do processo de aprendizado, porém quando
os erros são repetitivos e poucas mudanças são percebidas, é sinal
de que quase nada se tem aprendido.
O livro de Juízes retrata um ciclo de falhas que se repete em várias gerações, revelando
que, apesar das muitas oportunidades, os israelitas não estavam aprendendo importantes lições
sobre quem era Deus, Seu poder e o que Ele esperava do Seu povo. Esse ciclo consistia
basicamente em: pecado cometido pelo povo, disciplina de Deus sendo aplicada,
arrependimento com súplicas por livramento, a provisão de Deus enviando um juiz e um
período de paz sendo desfrutado. O grande problema é que logo o povo se esquecia novamente
do Senhor repetindo todo o ciclo. De certa maneira Deus estava trabalhando na vida do povo,
colocando-os à prova (Jz 3.1) e verificando o quanto estavam dispostos a guardar e andar nos
caminhos do Senhor (v.22).
Apesar das falhas constantes, Deus esteve sempre presente, mantendo-se fiel às Suas
promessas, cumprindo Sua Palavra, seja abençoando ou aplicando a disciplina.
Como é bom lembrar que Deus se mantém fiel, mesmo quando somos infiéis (2 Tm 2.13). Há pecados
que têm sido recorrentes em sua vida? Confesse cada um deles! Busque no Senhor os recursos para
desfrutar de vitórias constantes e esteja atento para que não seja envolvido em um ciclo de falhas
constante.

Leitura Diária: Salmos 49; 84; 85; 87


Semana 16 | Dia 111 | Sexta | Juízes 3.7-11

O toniel foi o primeiro juiz que Deus levantou para libertar os israelitas, que estavam vivendo
sob a opressão do rei da Mesopotâmia, em consequência de terem abandonado ao Senhor e
terem feito o que Ele reprovava. É importante observar que não foi simplesmente a força de
Otoniel, sua capacidade ou habilidade em guerrear que conduziu o povo à libertação, mas sim a
capacitação vinda do Espírito de Deus (v.10), que deu a ele condições de liderar o povo e
desfrutar da vitória.
Há momentos em que somos tentados a confiar em nossa própria força ou recursos para
correr atrás dos nossos sonhos, para realizarmos a obra do Senhor ou ainda para superar crises.
Cabe, então, lembrar o que o salmista nos diz: “Alguns confiam em carros e outros em cavalos,
mas nós confiamos no nome do Senhor nosso Deus” (Sl 20.7). Temos um Deus em quem
podemos e devemos confiar em todo o tempo, um Deus que graciosamente coloca pessoas ao
nosso lado para nos ajudar em nossa caminhada, para nos exortar diante das nossas falhas e para
nos erguer quando estamos caídos (Tg 5.16) e mais ainda, nos dá o Seu Santo Espírito que
habita e age em nós (2Co 1.22).
Quem são as pessoas que Deus tem colocado ao seu lado como instrumentos para lapidar sua vida? De
que maneira Deus pode usar sua vida, como Otoniel foi usado, como canal de bênção na vida de
outros? Coloque-se diante do Senhor disposto a ser trabalhado por Ele e usado como e onde Ele
quiser.

Leitura Diária: 1Crônicas 3-5


Semana 16 | Dia 112 | Sábado | Juízes 3.12-30
e curioso morreu o gato”. Esse é um ditado popular que serve para
D alertar alguém sobre algum risco que se corre por causa da
curiosidade. Na história de Eúde, parte da estratégia usada para
surpreender a Eglom, rei de Moabe, foi despertar nele a curiosidade
para ouvir a mensagem secreta destinada a ele (v.19). O rei curioso
dispensa todos os seus auxiliares e fica sozinho com Eúde em uma
sala de seu palácio (v.20), sem saber que ali estava sendo selado o seu
fim.
Além de todo o seu plano estratégico para surpreender o rei
Eglom, as Escrituras narram que Eúde era canhoto (v.15) e isso, para
muitos, seria um motivo de desprezo pois era alguém tido como
desajeitado e sem habilidade, porém isso não foi motivo para que ele
se entregasse a qualquer sentimento de inferioridade. Vemos aqui um homem corajoso,
estrategista, determinado e que sabia bem aproveitar as oportunidades que Deus estava
colocando diante dele.
Deus é surpreendente em Seu modo de agir, podendo instigar a curiosidade no coração de
um rei, levantar homens e mulheres com histórias e habilidades distintas, subjugar um homem
ou toda uma nação. É esse Deus Todo-poderoso, soberano, criativo, Senhor dos senhores que
vemos ao longo da história.
Ao olhar para a sua história de vida, como você vê Deus agindo? O que de Deus você tem conhecido?
Ao olhar para a história de Eúde, quais atributos de Deus você pode perceber? Expresse ao Senhor
gratidão por quem Ele é e pelo que Ele tem feito em sua vida.

Leitura Diária: 1Crônicas 6; Salmos 36; 39; 77-78


Semana 17 | Dia 113 | Domingo | Juízes 6.1-6

H avia um comercial de analgésico que criou o famoso slogan: “Tomou Doril a dor sumiu”.
Esse slogan retrata exatamente o desejo da grande maioria das pessoas que enfrenta algum
tipo de dor, fazer com que tal sofrimento desapareça. Houve um momento na história dos juízes
que os israelitas foram dominados pelos midianitas, que aparentemente, tinham prazer em gerar
sofrimento no povo, destruindo suas plantações, matando seus gados e ovelhas, invadindo e
devastando suas terras (v.3-5). Como resultado, os israelitas tentavam aliviar seu sofrimento
escondendo-se em montanhas, cavernas e fortalezas (v.2). Não aguentando mais, clamaram ao
Senhor por socorro, aquele que de fato poderia aliviar todo e qualquer sofrimento (v.6).
Quando somos afligidos por algum tipo de dor, angústia, perseguição ou perdas, tendemos
a nos lamentar, buscar alívio imediato para os sinais do sofrimento. Queremos logo “tomar um
Doril”. É bem provável que essa seja uma reação natural, porém o apressar-se por ver-se livre
dos incômodos pode nos privar de excelentes oportunidades de aprendizados. Olhando para a
história de Jó, observe que ao lidar com perdas e sofrimentos profundos, ele disse: “Aceitaremos
o bem dado por Deus, e não o mal?” (Jó 2.10). Foi em meio a situações nada confortáveis que
Jó pôde conhecer ainda mais de Deus, do Seu amor, da Sua providência e sabedoria.
O que o tem afligido nos últimos dias? Seu coração está disposto a aprender mesmo através dessas
situações? Você já perguntou ao Senhor quais lições Ele tem para você? Saiba que o aprendizado não é
instantâneo, enquanto isso exercite a dependência e confiança no Senhor!

| 131 |
Semana 17 | Dia 114 | Segunda | Juízes 6.11-16

P orentão
causa da opressão dos midianitas, os israelitas clamaram ao Senhor por livramento e Deus
convocou um homem chamado Gideão. O anjo aparece para ele e diz: “O Senhor está
com você, poderoso guerreiro” (v.12). Sua reação não foi das melhores, ele levantou uma
série de questionamentos quanto à presença e atuação de Deus. Argumentou sobre sua
inadequação para tal função uma vez que seu clã era o mais pobre, além de ser o menor de sua
família (v.15).
Vemos aqui alguém cujo olhar estava focado em si mesmo, em suas limitações, aparentes
inadequações, em vez de manter o olhar no Deus que o estava convocando e que seguramente
agiria por meio dele, pois o próprio Senhor havia dito que estaria com ele (v.12, 16) e reforçou
que Ele é quem o estava enviando (v.14).
Certamente é importante que não tenhamos um conceito tão elevado acerca de nós
mesmos, permitindo que o nosso coração se encha de orgulho, soberba ou o sentimento de que
nos bastamos a nós mesmos, mas o que Deus queria que Gideão entendesse é que não era sobre
ele, mas sim sobre o próprio Deus, da mesma forma, Ele quer que entendamos que não é sobre
nós, mas sobre Ele.
O homem que foi chamado de poderoso guerreiro agiu como um grande covarde, cheio de
medo (Jz 7.10) enquanto manteve o seu olhar em si mesmo, mas ao olhar para o Senhor e lutar
na força e coragem vinda dEle, lutou como o poderoso guerreiro que o Senhor convocou (Jz
7.19-25).
Quando você recebe uma responsabilidade, sua tendência é olhar para suas limitações ou para o Deus a
quem você serve e como Ele poderá capacitá-lo? Quais são as “desculpas” que você geralmente
apresenta a fim de não assumir alguns desafios?

Leitura Diária: Salmos 81; 88; 92; 93


Semana 17 | Dia 115 | Terça | Juízes 6.17-40

O brasileiro é um povo conhecido por ter muita fé. Uma pergunta importante que precisa ser
feita é fé em quê, em quem? Não basta ter fé, é essencial saber qual é
o objeto desta fé.
Podemos dizer que o pai de Gideão também era um homem de fé, uma vez que possuía um
altar feito para Baal e um poste sagrado de Aserá (v.25-26). Infelizmente uma fé cega
depositada em falsos deuses.
Gideão recebeu uma ordem direta do Senhor para que destruísse o altar e o poste sagrado.
Como uma atitude de obediência ao Senhor, mesmo com medo, ele executou a ordem de
madrugada (v.27). Já podemos imaginar os desdobramentos; o povo ficou extremamente
revoltado e queria matar Gideão (v.30). Surpreendentemente o próprio pai, Joás, partiu em
defesa do filho e disse: “Vocês vão defender a causa de Baal? Estão tentando salvá-lo? Quem
lutar por ele será morto pela manhã! Se Baal fosse realmente um deus, poderia defender-se
quando derrubaram o seu altar” (v.31).
Sempre há tempo de ter os olhos abertos e depositar a fé na pessoa correta. O texto não dá
mais detalhes sobre o pai de Gideão e o exercício da sua fé, mas certamente ele considerou em
quem estava confiando e quão falso era o seu deus e frágil a sua fé.
Você se considera uma pessoa de fé? Por quê? O que leva você a crer que sua fé não está sendo
depositada em um falso deus? Você tem dado ouvidos à voz do seu Deus? Quais são algumas ações que
têm tomado para manter sua fé fortalecida?

Leitura Diária: 1Crônicas 7-9


Semana 17 | Dia 116 | Quarta | Juízes 7.1-15

E mnúmero
uma batalha é bem comum considerar que a vitória será daquele que possui o maior
de soldados, os melhores armamentos, o maior poder bélico. Essa é a lógica do
pensamento, porém no relato sobre o confronto de Gideão e seu exército contra os
midianitas, vemos Deus trabalhando de maneira diferente. Aparentemente, em vez de munir
Gideão com mais homens e mais armas, o Senhor estava retirando parte do que ele possuía.
Veja o que encontramos no registro desta história: “Você tem gente demais, para eu entregar
Midiã nas suas mãos... anuncie, pois, ao povo que todo aquele que estiver tremendo de medo
poderá ir embora do monte Gileade” (v.2,3). Deus foi direcionando para que mais homens
fossem dispensados até que ficaram somente trezentos para enfrentar todo o exército midianita
(v.7).
Deus tinha um propósito muito bem definido, que era esvaziar Gideão e seu exército de
qualquer possibilidade de vanglória, de pensar que uma vitória seria resultado de seus próprios
esforços (v.2), mas que pudesse ter a plena convicção de que a vitória seria fruto de uma ação
divina e que toda a honra e glória deveria ser dada a Deus. Por vezes, Deus vai retirando de nós
aquilo em que temos depositado nossa confiança, que nos faz sentir seguros e estáveis para que
possamos voltar nosso olhar para Ele.
O que em sua vida tem lhe dado a sensação de segurança, estabilidade? Seu emprego? Sua casa? Seus
amigos? O sucesso e vitórias em sua vida têm sido resultados de quê? Onde está Deus e qual o Seu papel
nessa história?

Leitura Diária: 2Samuel 5:1-10; 1Crônicas 11-12; Salmo 133


Semana 17 | Dia 117 | Quinta | Juízes 8.22-27
em sempre as palavras ditas refletem o que realmente está no coração do homem.
N Após a grande vitória que o Senhor concedeu aos israelitas por meio de Gideão, ele e sua
família foram convidados a reinar sobre a nação, ao que prontamente Gideão respondeu:
“Não reinarei sobre vocês”, respondeu-lhes Gideão, “nem meu filho reinará sobre vocês. O
Senhor reinará sobre vocês” (v.23). Uma resposta que parece fluir de um coração simples e
humilde de alguém que não quer reconhecimento algum, porém, as ações que sucederam a essa
fala revelaram uma atitude bem diferente. Gideão pediu que ofertassem para ele e sua família
parte daquilo que foi tomado dos inimigos, e o povo prontamente levou brincos de ouro,
enfeites, roupas (v.25-26). Com o ouro Gideão fez um manto sacerdotal e colocou na cidade, o
que se tornou um objeto de adoração (v.27).
Outro fato curioso é que Gideão teve um filho com sua concubina, a quem chamou
Abimeleque (Jz 8.29), cujo nome significa “meu pai é rei”. O que fazemos revela nosso coração
muito mais do que o que falamos! Suas ações revelaram uma enorme contradição com o que ele
havia falado.
O que de fato estava no coração de Gideão? Temos algumas pistas, mas o que de fato
podemos afirmar é que somente o Senhor é capaz de sondar e conhecer o mais íntimo do nosso
ser.
Você já se pegou afirmando algo somente para agradar a alguém, mas no fundo do seu coração queria
algo totalmente diferente? Considere situações em que você é tentado a agir com uma falsa humildade e
coloque-as diante do Senhor.

Leitura Diária: 2Samuel 5:11-6:23; 1Crônicas 13-16


Semana 17 | Dia 118 | Sexta | Juízes 9

É aquilo que plantamos”. Uma afirmação repleta de verdade que encontra fundaprovável que

você já tenha ouvido ou mesmo afirmado várias vezes que “colhemos

mento nas Escrituras que dizem: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o
homem semear, isso também colherá” (Gl 6.7).
Abimeleque usurpou o trono de Israel às custas de traição e assassinato dos próprios
irmãos. A história bíblica mostra um reinado trágico que durou pouco tempo (Jz 9) revelando os
frutos colhidos que redundaram em sua morte de maneira trágica (v.5-54).
O princípio que não podemos evitar é conhecido como a “Lei da semeadura e da colheita”,
ou seja, aquilo que nós semeamos, em algum momento colheremos. Esse princípio tem impacto
sobre todas as áreas da nossa vida, seja ela familiar (Sl 128.1-4; Pv 22.6), profissional (Pv
22.29), financeira (2Co 9.6-11) ou espiritual (Sl 1.2-3).
Muitos cristãos têm levado uma vida sem compromisso com Deus, sem dar valor algum às
Escrituras, sem buscar o convívio no Corpo de Cristo e vivem numa expectativa de colher
intimidade com Deus e desfrutar de todas as bênçãos que Ele pode derramar sobre suas vidas,
esquecendo-se de que “de Deus não se zomba”.
O que você tem semeado diariamente no que diz respeito ao seu relacionamento pessoal com Deus? E
no que diz respeito aos seus relacionamentos com outros irmãos? E dentro de sua própria casa? Há
alguma atitude a ser abandonada? Há alguma atitude a ser tomada?

Leitura Diária: Salmos 15; 23; 24-25; 47


Semana 17 | Dia 119 | Sábado | Juízes 9.56

C onsidere algumas situações pelas quais você passou em que se sentiu injustiçado, ou que
tenha sido maltratado, humilhado, trapaceado. Essas e outras situações semelhantes tendem
a mexer com nosso coração e fazer brotar aquele desejo de ver o mal acontecendo com o
outro, isso quando não começamos a arquitetar, de imediato um plano de vingança. Então vem à
mente o ditado popular reforçando que “a vingança é um prato que se come frio”. Nós nos
permitimos cair na ilusão de que podemos e devemos nos vingar, pois o outro merece.
O apóstolo Paulo escreveu aos Romanos um alerta a esse padrão de conduta. Disse ele:
“amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: ‘Minha é a
vingança; eu retribuirei’”, diz o Senhor (Rm 12.19). Ao final da trágica história de Abimeleque,
no livro de Juízes, encontramos o registro de que Deus retribuiu a maldade que ele havia
praticado contra seu pai e seus irmãos (v.56) mostrando de maneira prática que o Senhor está
atento a toda história e retribui ao Seu tempo e modo, fazendo justiça e não deixando impune o
pecado.
Paulo nos apresenta um desafio ainda maior. Observe que ele diz: “Pelo contrário, se o seu
inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber... não se deixem vencer pelo
mal, mas vençam o mal com o bem” (Rm 12.20-21). Que desafio!!!
Você tem nutrido desejo de vingança contra alguém? Quem? Você tem desejado o mal para alguém por
algo que aconteceu a você ou a alguém próximo? É hora de colocar nas mãos do Senhor e começar a
agir conforme a orientação de Paulo.

Leitura Diária: Salmos 89; 96; 100; 101; 107


Semana 18 | Dia 120 | Domingo | Romanos 6.1-2
de Deus diz: “Ninguém é justo, nem um sequer” (Rm 3.10, cf. Sl 14.1-3;
A 53.1-3). DizPalavra
também: “Pois todos pecaram e não alcançam o padrão da glória de Deus…”
(Rm 3.23). Essa é a conclusão a que Paulo chega após argumentar que os gentios (1.18-32),
os moralistas (2.1-16) e os judeus (2.7-3.8) pecaram e são indesculpáveis diante de Deus e
merecem a morte (cf. Rm 6.23, cf. Gn 2.17; 5.5,8,11,ss). Afinal, o que é o pecado? Pecado é
rebelião contra Deus e Seus mandamentos. O homem em seu estado natural é escravo do pecado
e ama a sua independência no prazer, no intelecto e na glória. Assim, o pecado permeia cada
parte de nossa constituição física, mental e emocional, de modo que nada de nossa subsistência
permaneça intocado por ele. O pecado afetou a vida humana por completo: a razão, a vontade,
os afetos e seus feitos. O pecado maculou a educação, a política, a economia, a ciência, a
tecnologia, a família, o estado, a religião, etc. O pecado é a expressão exata do duplo fracasso
humano, a sua depravação e incapacidade total. O homem caído não é capaz de se reconciliar
com Deus, ele não deseja e nem busca essa bênção. Ele ama a sua independência no prazer, no
intelecto e na glória.
Leia Romanos 6.1-2, reflita e responda: Contra quais pecados você tem lutado? Quais perspectivas
humanas são recorrentes em seu pensar e o distanciam da prática da Palavra de Deus? Que
sentimentos corrosivos você tem nutrido em seu interior? Que atitudes pecaminosas você tem tomado
e que são claramente uma rejeição aos mandamentos de Deus? O que é preciso fazer para dar frutos
dignos de arrependimento para cada pecado que listei?
Semana 18 | Dia 121 | Segunda | Romanos 6.3-10

A lguma vez você já se sentiu derrotado na sua luta contra o pecado? Não é incomum
encontrarmos discípulos de Jesus que já desistiram e não acreditam mais que possam vencer
a sua luta contra o pecado. Uma das causas para o sentimento de fracasso e derrota na luta
contra o pecado se dá por causa da deficiência do conhecimento bíblico acerca da vitória que
Jesus alcançou e concedeu ao Seu povo. Vencemos essa luta quando cremos no triunfo de
Cristo na cruz. Você sabia que a morte de Cristo na cruz não foi solitária, mas, sim, solidária?
(cf. Is 53.1-12). Assim como estávamos em Adão quando pecou, também estávamos em Cristo
quando Ele expiou o pecado de Seu povo (cf. Rm 5.12-21). Em Cristo, fomos libertos do
domínio e do poder do pecado. Essa libertação se dá pelo fato da nossa velha natureza adâmica
ter sido crucificada e sepultada com Cristo. O nosso velho homem foi crucificado e sepultado
com Cristo. Assim, o escrito de dívida foi cravado na cruz e está plenamente pago (cf. Cl 2.14).
Com Cristo, já não somos escravos do pecado, ressuscitamos e somos novas criaturas (cf. 2Co
5.17). Triunfamos sobre o pecado e a morte mediante o triunfo de Cristo na cruz.
Leia e pondere o texto de Romanos 6.3-10. Se você crê na obra de Cristo na cruz, e o fato de que foi
crucificado com Ele. Ore agora exaltando, louvando e bendizendo a Deus por Sua gloriosa obra na
cruz. A vitória de Cristo é a nossa vitória. Ele venceu! NEle vencemos a nossa luta diária contra os
pensamentos, sentimentos e atitudes pecaminosas que tenazmente nos assedia. Você crê nisso?

Leitura Diária: 2Samuel 7; 1Crônicas 17; Salmos 1-2; 33; 127; 132
Semana 18 | Dia 122 | Terça | Romanos 6.11-14
e está em Cristo, você está morto para o pecado que já não tem domínio sobre você, nem exerce
o que exercia antes da obra regeneradora, promovida pelo Espírito
Santo de Deus, mediante a pregação fiel da palavra da cruz (cf. 1Co 2.2). Se
cremos em Cristo, é porque cumpriu-se em nós o que Ele disse: “E, quando eu
for levantado da terra, atrairei todos a mim.” (Jo 12:32). É impossível resistir ao chamado de
Deus! Sempre que um pecador perdido é atraído a Cristo, ele cairá de joelhos perante a face de
Deus, agradecendo por Sua graça irresistível, por Seu perdão incomensurável e Sua
misericórdia abundante. Quem foi regenerado não encontrará mais prazer no pecado, quem
nasceu de novo terá nojo dos seus pecados. Como bem disse o profeta Ezequiel 36.31: “Então
se lembrarão dos pecados que cometeram no passado e terão aversão de si mesmos por todas
as coisas detestáveis que fizeram”. Morto para o pecado, entrega-se inteiramente a Deus,
vivendo em novidade de vida.
Leia Romanos 6.11-14, reflita e responda: Você tem certeza de que está em Cristo? Como a graça de
Deus o capacita a ser um pecador redimido que faz progresso diário em sua vida cotidiana? Como
Deus está agindo por meio das suas circunstâncias para que você venha depender da suficiência de
Cristo e a obra dEle na cruz? Quais provisões Deus o dá hoje para vencer a luta contra os seus
pensamentos, sentimentos e atitudes pecaminosas?

Leitura Diária: 2Samuel 8-9; 1Crônicas 18


Semana 18 | Dia 123 | Quarta | Romanos 6.15
em Cristo Jesus, é impossível não pecar. O homem não regenerado não tem
como evitar o pecado e seus efeitos em sua vida. No entanto, aquele que foi
atraído a Cristo é regenerado, nasceu de novo, pode escolher não pecar. Reflita nessa verdade
bíblica e verá que é impossível refutá-la. Aquele que vive uma vida piedosa evita muitos
pecados e amarguras para si mesmo e para os outros ao seu redor. O fato é que Cristo nos
libertou do domínio e do poder do pecado, portanto, não devemos nos submeter novamente a
um jugo de escravidão (cf. Gl 5:1). A suficiência de Cristo e Sua obra nos convoca a assumir a
responsabilidade por nossos pensamentos, sentimentos e atitudes. Somos moralmente
responsáveis diante de Deus, e, de tudo daremos conta. Por isso, no uso de nossa liberdade,
precisamos viver em novidade de vida, conforme disse Paulo aos Coríntios: “Portanto, quer
vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam para a glória de Deus”
(1Co 10.31).
Leia Romanos 5:1, reflita e responda: Em que momentos tenho distorcido a compreensão da graça de
Deus e como resultado disso tenho cometido pecados em minha vida? Como a graça de Deus me ajuda
a reconhecer o valor da lei de Deus para a minha vida? Qual é o meu plano para evitar cair em
tentação?

Leitura Diária: 2Samuel 10; 1Crônicas 19; Salmos 20; 53; 60; 75
Semana 18 | Dia 124 | Quinta | Romanos 6.16-18

E me Paulo
apenas 3 versículos, o termo “doulos” aparece 5 vezes. Esse é o termo grego para escravo,
o aplica tanto à escravidão ao pecado, quanto à escravidão a Deus. O escravo não
pertence a si mesmo, mas a outra pessoa. O escravo não tem autonomia, não dirige a sua
própria vida e não vive conforme a sua própria vontade. O escravo deve obediência exclusiva e
absoluta ao seu senhor. Um escravo nunca serve a dois senhores (cf. Mt 6.24). Quando éramos
escravos do pecado, devotávamos a ele todo o nosso amor. Empregávamos o nosso tempo, o
nosso corpo, as nossas competências e recursos para realizar os desejos pecaminosos de nosso
coração. Agora, em Cristo, Deus Pai nos resgatou do poder das trevas e nos trouxe para o reino
de seu Filho amado, que comprou nossa liberdade e perdoou nossos pecados (cf. Cl 1.13,14).
Agora, estamos sob nova direção. Jesus é nosso novo dono. Devemos amá-lO (cf. Jo 14.21; Mc
12.30). Devemos renunciar a nossa própria vida para agradá-lO e que nossa vida seja para o
louvor de Sua glória (cf. Lc 14.25-35).
Leia Romanos 6.16-18, reflita e responda: A minha obediência ao Senhor Jesus é de coração? Como
tenho demonstrado o meu amor a Deus? Como o meu antigo dono tem tentado me seduzir a voltar ao
seu domínio? O que preciso fazer hoje para obedecer ao Senhor Jesus?

Leitura Diária: Salmos 65-67; 69; 70


Semana 18 | Dia 125 | Sexta | Romanos 6.19-23
ntão a morte e o mundo dos mortos foram lançados no lago de fogo.
E Esse lago de fogo é a segunda morte. E quem não tinha o nome
registrado no Livro da Vida foi lançado no lago de fogo” (Ap
20.14,15). Essa é a justa consequência da eterna da escravidão ao
pecado (cf. Gn 2.17). O Senhor Jesus diz que no inferno haverá choro
e ranger de dentes (cf. Mt 13.42; 25.41). Esse é o fim de quem ama o
pecado. Esse é o fim daquele que dedicou a sua vida para satisfazer os
seus pensamentos e desejos pecaminosos. É o fim eterno. No entanto,
o fim daqueles que amaram a Deus (cf. Mc 12.30) e fizeram a Sua
vontade (cf. Jo 14.21), dedicando o seu tempo, o seu corpo, o seu
trabalho, os seus bens e os seus dons, talentos e habilidades será:
“Venham, vocês que são abençoados por meu Pai. Recebam como
herança o reino que ele lhes preparou desde a criação do mundo” (Mt 25.34).
O escravo do pecado sempre se entregará por completo para ter o prazer, a realização e a
glória que a serpente prometeu ao primeiro Adão. No entanto, o escravo de Deus é da linhagem
do último Adão, é liberto do poder e do domínio do pecado, e agora vive para a glória do seu
Senhor e Redentor.
Leia Romanos 6.19-23, pondere e responda: o que precisa ser aperfeiçoado em seu caráter como
discípulo de Cristo? Quais áreas de sua vida e dedicação à obra de Deus estão deficientes e necessitam
ser aperfeiçoadas? O que você precisa fazer para crescer em santificação?

Leitura Diária: 2Samuel 11-12; 1Crônicas 20; Salmos 51


Semana 18 | Dia 126 | Sábado | Romanos 7.1-6

E mexemplo
Cristo Jesus, morremos para a Lei. O apóstolo Paulo ilustra a nossa morte, usando o
do matrimônio e da viuvez. Diante de Deus, o matrimônio existe enquanto o
cônjuge estiver vivo, no entanto, uma vez morto, aquele que ficou viúvo está liberado da
aliança matrimonial, e agora pode contrair novas núpcias (cf. 7.1-3). Morremos para a Lei
quando fomos unidos a Cristo. O velho homem foi crucificado e sepultado com Cristo (cf. 6.5-
11). Assim, ao morrermos nEle, fomos libertos da escravidão e do poder do pecado, fomos
libertos da condenação da Lei. A nossa morte em Cristo representa livramento. Agora somos
libertos da Lei e estamos unidos a Cristo para vivermos uma nova vida. Podemos ter uma vida
de obediência a Deus, estamos unidos a Ele e confiamos inteiramente em Sua obra redentora. O
genuíno evangelho de Cristo nos liberta das garras da religião e da meritocracia religiosa, de
uma espiritualidade humana que exalta o labor humano e sua pseudocapacidade redentora.
Leia Romanos 7.1-6 e ore louvando a Deus pela maravilhosa obra de Cristo! Se você crê na mensagem
da cruz, se tem certeza do novo nascimento, ore louvando a Deus por ter sido atraído à cruz de Cristo.
Somente por causa dos méritos de Cristo, você agora é filho de Deus. Não está mais debaixo da
maldição que provém da rebelião contra a Lei de Deus. Todavia, se você ainda não crê na mensagem
da Cruz, suplique misericórdia a Deus e confesse Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador.

Leitura Diária: Salmos 32; 86; 102; 103; 122


Semana 19 | Dia 127 | Domingo | Romanos 7.7-13

A dá sabedoria leiaosdosimples”
Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e
(Sl 19.1) Esse belíssimo salmo traz uma pequena amostra do
quanto a Lei de Deus é viva, santa e estabelece os caminhos de santidade, justiça e bondade
que Deus determinou para os Seus filhos. Todavia, por causa da queda em Adão, tornamo-nos
incapazes de cumprir a perfeita Lei de Deus. A natureza adâmica com a qual todos nós
nascemos (cf. Sl 51.5) nos conduz à morte (cf. Rm 3.23). Somos tão incapazes de perceber
esse fato, que jamais reconheceríamos o nosso estado de morte espiritual e condenação eterna
sem a Lei de Deus, sem a pregação da genuína mensagem da cruz (cf. Rm 10.9-17). A Lei de
Deus é viva, é santa, e justa, por isso, quem a infringiu merece a condenação, o castigo e a
justa ira do Deus Todo-Poderoso (que é santo, justo e juiz) sendo copiosamente derramados
por toda a eternidade. A única forma de não sermos condenados pela Lei de Deus, é
morrendo para ela. Essa morte ocorreu na cruz de Cristo. Aos que creem na mensagem da
cruz, foram atraídos a Cristo, e tiveram o seu velho homem crucificado e sepultado com
Cristo. Crês nisto?
Leia Romanos 7.7-13 e medite nessa verdade. Louve a Deus, exaltando a maravilhosa justiça de Deus
revelada na cruz! Louve ao Senhor por Sua Lei! Louve ao Senhor por Sua obra redentora! Louve ao
Senhor pela vida daquele que foi um instrumento vivo nas mãos dEle para que hoje você pudesse crer!
E agora, consagre a sua vida a Deus e obedeça à ordem que lhe foi dada de fazer discípulos de Cristo.
Lembre-se do que você já leu acima: “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como
crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14-18). Liste
o nome de seus familiares, amigos e colegas que ainda não foram atraídos a Cristo e decida ser um
instrumento de Deus para pregar-lhes a mensagem da cruz.
Semana 19 | Dia 128 | Segunda | Romanos 7.14-17

O apóstolo Paulo segue argumentando e mostra que o problema não é a Lei de Deus, mas a
criatura humana. Sem Cristo, não há esperança alguma na luta contra o pecado que habita
em nós. Com Cristo, recebemos a Sua vitória. Jesus Cristo derrotou o pecado e nEle, o seu
domínio e poder foi exterminado da nossa vida, quando o nosso velho homem foi com Ele
crucificado e sepultado. Por isso, não somos mais escravos do pecado, e este já não domina a
vida daquele que ressuscitou com Cristo. Agora temos um novo Senhor, Jesus, o Cristo. Diante
deste fato, o que precisamos compreender é que, embora não sejamos mais escravos do pecado,
ainda temos uma batalha interior a enfrentar. Somos pecadores redimidos que lutam contra os
desejos da carne que militam em nosso interior (cf. Gl 5.1-26). Somos pecadores redimidos que
precisam aprender a praticar Marcos 12.30. Não podemos subestimar os desejos da carne que
operam em nós. Não podemos deixar de vigiar e orar. Não podemos negligenciar os
sentimentos, pensamentos e atitudes pecaminosas que tantas vezes e de forma sorrateira nos
engodam.
Leia Romanos 7.14-17 e reflita em sua vida. Quais são os pensamentos pecaminosos recorrentes em
seu dia a dia? Que sentimentos pecaminosos estão corroendo a sua alma como uma ferrugem? Em
quais situações pecaminosas você caído e age como se elas não existissem? Investigue a sua vida,
arrependa-se dos seus pecados e dê frutos dignos de arrependimento.

Leitura Diária: 2Samuel 13-15


Semana 19 | Dia 129 | Terça | Romanos 7.18-25

A nossa carne ainda não foi redimida. A nossa carne ama o pecado, deseja-o e está
determinada em deleitar-se em seus prazeres. A questão é tão séria que Paulo estabelece um
contraste entre a Lei de Deus e a lei do pecado. Enquanto a Lei de Deus é boa e restaura a
alma, a do pecado é maligna e desgraça a nossa vida. Essa lei do pecado ainda opera em nós e
está dentro de nós manifestando-se nos desejos da carne (cf. Gl 5.16-26). Agora você entende
que só podemos vencer essa guerra porque Jesus a venceu. Só podemos vencer essa guerra
porque não somos mais escravos da lei do pecado. Só podemos vencer essa guerra porque o que
nos tornava escravo da lei do pecado, o nosso velho homem, foi atraído ao corpo de Cristo e foi
com Ele morto na Cruz. Jesus Cristo derrotou o domínio e o poder do pecado em nossa vida.
Não brinque com o pecado. Pecado é pecado. Ele está presente e sua finalidade permanece
inalterada. Ele opera nos salvos e não salvos. Os não salvos não podem reconhecê-lo porque
estão espiritualmente mortos. Nós, que somos nascidos de Deus, reconhecemos essa lei
operando em nós, mas já não somos controlados por ela. Portanto, precisamos reconhecer que a
nossa vitória na luta contra o pecado está em Cristo! Ele nos libertou do seu domínio e agora
podemos obedecer a Deus e fazer a Sua vontade. Precisamos nos lembrar do que Paulo disse aos
Gálatas 2.19-20; 5.16-26, é assim que venceremos nossa luta diariamente.
Leia Romanos 7.18-25 e reflita em sua vida. O que você deve fazer para ter uma vida vitoriosa na luta
contra o pecado? Que tentações você tem sofrido em seu dia a dia? Como anda o seu plano para não
cair em tentação?

Leitura Diária: Salmos 3; 4; 13; 28; 55


Semana 19 | Dia 130 | Quarta | Romanos 8.1-11

A nossa vitória sobre o pecado provém da nossa posição em Cristo e a vida de submissão ao
Espírito Santo de Deus. É impressionante observar o quanto Paulo irrompe de forma
entusiástica, e conclui o seu argumento, que não há condenação alguma para os que estão
em Cristo Jesus. Isso é maravilhoso! A nova vida em Cristo é caracterizada pela inabalável
convicção de que a vitória de Cristo é a nossa vitória. Em Cristo, não há condenação. Em Cristo,
fomos libertos da lei e ela não pode nos condenar, não pode nos controlar. Em Cristo, somos
novas criaturas capazes de viver uma vida de submissão ao Espírito Santo. Agora sob a égide do
Espírito Santo não vivemos mais para satisfazer os desejos da carne, isto é, agora podemos
agradar a Deus. Não estamos mais debaixo do domínio do pecado e nem da carne. Estamos
debaixo do domínio do Espírito de Deus que habita em nós. Isso é tão preciso! Revela-nos que é
o próprio Espírito Santo de Deus que habita em nós que nos dá a vitória sobre a nossa luta
contra a carne (cf. Gl 5.16-26).
Leia Romanos 8.1-11 e louve ao Deus trino por sua gloriosa obra redentora e sua presença real e
concreta em seu dia a dia! Prostre-se na presença de Deus e o exalte reconhecendo quem ele é, o que
ele fez e faz para que você viva uma vida inteira para o louvor da sua glória! Determine ser um
discípulo de Jesus que vive cada segundo da vida para glorificar e bendizer a Deus!

Leitura Diária: 2Samuel 16-18


Semana 19 | Dia 131 | Quinta | Romanos 8.12-17

N ãoparasomos mais filhos da ira, agora somos filhos de Deus! Os filhos de Deus estão mortos
o pecado. Agora, somos livres para obedecer e para isso precisamos
mortificar a nossa carne. Precisamos necrosar os maus pensamentos, sentimentos e as
antigas atitudes que nos caracterizam como filhos da ira (cf. Cl 3.1-17). Como é bom
desfrutarmos diariamente da presença do Espírito Santo em nossas vidas e sabermos que Ele
nos regenerou, selou-nos e nos conduz para uma vida de triunfo em Cristo; que Ele é o
consolador e nos guia a toda a verdade (cf. Jo 14.15-30). O contraste da nossa velha condição e
a nossa nova condição em Cristo jamais deve apartar-se de nossa mente. Somos herdeiros de
Deus e coerdeiros de Cristo! Devemos viver em novidade de vida e, em todas as situações, fazer
a vontade de Deus.
Leia Romanos 8.12-17 e medite: Eu tenho certeza de que nasci de novo? Em que áreas da minha vida
preciso crescer em obediência aos mandamentos de Deus? Como posso desfrutar hoje da minha
filiação a Deus? Quais passos preciso dar diariamente para que a minha sensibilidade à voz do
Espírito Santo seja desenvolvida?

Leitura Diária: Salmos 26; 40-41; 58; 61; 62; 64


Semana 19 | Dia 132 | Sexta | Romanos 8.18-30
vida de um discípulo de Jesus é marcada por muitos sofrimentos (cf. Sl 34.19;
A Jo 16.33). Quanto mais desejo ter uma vida piedosa, mais estarei suscetível aos sofrimentos.
Esse foi o alerta dado a Timóteo (2Tm 3.12). O apóstolo Paulo experimentou essa verdade
em sua própria vida, ele sabia o que era sofrer por causa de Cristo e Seu evangelho (cf. Gl 6.17).
Diante das aflições, sofrimentos e tribulações da vida precisamos firmar a nossa fé nas
promessas de Deus. Como suportar o sofrimento? Como não esmorecer diante das tribulações?
A resposta da Palavra de Deus é: persevere com esperança. A nossa esperança está firmada na
promessa que Deus tem reservado para os Seus filhos, uma glória que o mundo não pode dar. E,
enquanto aguardamos pela manifestação da graça futura, desfrutamos, aqui e agora, da
intercessão em nosso favor para que nossas orações, decisões e ações estejam sempre alinhadas
à vontade de Deus. Além disso, em nossa curta peregrinação jamais podemos nos esquecer de
que a obra é de Deus e os méritos são somente dEle. Precisamos nos lembrar que Deus age em
todas as coisas para que a Sua vontade se cumpra. Precisamos nos lembrar da ordem da
salvação. Do início ao fim, a obra é exclusivamente de Deus. Ele nos conheceu, predestinou,
chamou, nos justificou e glorificou, tudo isso antes da fundação do mundo.
Leia Romanos 8.18-30 e reflita: Tenho considerado que os sofrimentos do presente não se podem
comparar com a glória que será revelada em nós? O que eu preciso fazer hoje para me derramar na
presença de Deus e apresentar-lhe as minhas necessidades e angústias? Como a certeza de que Deus
faz com que todas as coisas concorram para o meu bem, pode me ajudar a enfrentar os problemas da
vida?

Leitura Diária: 2Samuel 19-21; Salmos 5; 38; 42


Semana 19 | Dia 133 | Sábado | Romanos 8.31-39
e Deus não fosse por nós, permaneceríamos em nosso estado de escravidão
ao pecado e entregues às consequências eternas de nossos pecados. Paulo
encerra o capítulo 8 declarando que absolutamente nada poderá nos separar do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Isso nos ajuda a pensar e reconhecer a segurança
daquele que foi unido a Cristo. A nossa segurança provém de Deus Pai que entregou o Seu
próprio Filho para justificar os Seus escolhidos (8.31-33), provém da obra redentora e
intercessora do Filho (8.34), do amor de Cristo e do Pai que foi provado na Cruz (8.35-39). Que
declaração maravilhosa: Deus é por nós! Sendo Deus por nós, podemos hoje vencer a nossa luta
contra o pecado e viver uma vida piedosa. Podemos hoje fazer a vontade de Deus. Louvado seja
Deus por Sua obra na Cruz. Louvado seja Deus por Sua justiça e a suficiência de Jesus Cristo,
nosso Salvador e Senhor.
Leia Romanos 8.31-39 e reflita: Eu realmente tenho segurança da minha salvação eterna? Realmente
creio na obra de Jesus Cristo na Cruz? A minha alma tem desfrutado do descanso que somente no
evangelho de Cristo pode ser encontrado? Como a declaração: “Deus é por nós!” o ajuda hoje a
enfrentar as aflições da sua vida?

Leitura Diária: 2Samuel 22-23; Salmos 57


Semana 20 | Dia 134 | Domingo | 2Samuel 1.1-10

E mmeio2 Samuel 1.1-27 temos um contraste de lealdades. Um personagem aparece buscando por
de um artifício desonesto benefícios temporais, o outro, aparece
honrando seus compromissos relacionais e expressando sua lealdade em meio ao luto.
Quero focar no primeiro, que julga ser alguém muito inteligente e esperto, que logo se
depara com uma situação inesperada e imagina que pode capitalizar com ela. Porém, para obter
os benefícios temporais, ele precisa fazer uso da mentira e há uma percepção acerca da mentira
a ser considerada nesse texto: o que mente, empenha-se em apresentar argumentos
ardilosamente arranjados para que pareçam sustentáveis e críveis.
O rei Saul, seu escudeiro e seus três filhos foram mortos em combate (1Sm 31.1-6). Em
Ziclague, Davi recebe um personagem que lhe traz uma notícia estarrecedora (2Sm 1.2-10), este
com aparência humilde, se curva diante de Davi e se apresenta como um fugitivo, um
amalequita que estava no lugar onde os filisteus batalhavam com o rei Saul (v.2,3). Então, por
conhecer a estreita ligação que havia entre Davi e Jônatas e os compromissos de lealdade, ele dá
a notícia da morte do rei Saul e de Jônatas (v.4). O amalequita elaborando o seu argumento (v.6-
10), diz que foi por acaso até o local da batalha e que o rei olhou para ele e o chamou (v.6-8).
Ele forjou uma situação em que o rei clama por ser fatalmente golpeado (v.9) O rapaz
argumentou que, agindo por misericórdia, arremessou-se contra o rei e o matou (v.10) levando
consigo a coroa e o bracelete reais, como evidência. Ele trabalhou com um plano bem elaborado
para tentar algum benefício temporal e esperava uma retribuição de Davi pela sua expressão de
misericórdia. Tudo parecia perfeito e todas as peças aparentemente se encaixavam. “Agora”,
pensou ele, “é esperar a dor passar e receber os dividendos”. Há um ambiente de expectativa no
texto.
Aquele que mente tem um de dois propósitos sempre (ou ambos): livrar-se de uma situação ou obter
algum benefício. A mentira, porém, tem um pai (Jo 8.44), mentir, em qualquer situação, é sempre uma
mentira contra o Espírito Santo, isto é, contra o próprio Deus (At 5.3,4). O Senhor odeia os lábios
mentirosos (Pv 12.22). A mentira é um traço distintivo do idólatra (Rm 1.25) que não desfrutará da
eternidade com Deus (Ap 22.15). Quando você se sentir inclinado a mentir, considere os textos acima e
clame a Deus por graça para que sua integridade seja preservada e o Senhor glorificado por sua decisão
de falar a verdade sempre, a despeito das consequências.
Semana 20 | Dia 135 | Segunda | 2Samuel 1.11-16

O personagem anônimo que é descrito neste capítulo é alguém buscando benefícios temporais
por meio de um artifício desonesto. O outro personagem aparece honrando seus
compromissos relacionais e expressando sua lealdade à Palavra de Deus em meio ao luto.
Há um contraste de lealdades.
O primeiro é alguém que se considera muito capaz, astuto, sagaz. Tudo parecia perfeito
para ele, estava feliz e já antecipava os resultados do seu plano. Havia, porém, um ponto fraco
em seu bem elaborado e sórdido esquema. É aqui que podemos ter mais uma percepção acerca
da mentira: o que mente, de modo geral, não considera todas as possibilidades que envolvem a
mentira, nem as amplas implicações, nem suas variáveis (convicções e reações das pessoas, bem
como a atuação do próprio Deus, por exemplo) e nem possíveis consequências dela. O que
mente subestima todos esses aspectos. Isso porque, o mentiroso tende a se concentrar nos
benefícios provenientes da mentira.
Aqui são descritas duas variáveis não consideradas por esse personagem sinistro: 1) A
reação de Davi à notícia (v.11,12) não foi de alívio e contentamento por ter o seu perseguidor
morto, ele expressou grande lamento. Rasgou as suas vestes, chorou e se absteve de alimento
por um dia inteiro (v.12a); 2) A lealdade de Davi a Deus e à lei (v.13-16). Depois de repassar os
argumentos daquele personagem, Davi revela temer a Deus e Sua palavra (v.13,14). Ele sabia
que não poderia blasfemar ou amaldiçoar o ungido do Senhor (Êx 22.28; 1Sm 24.6,10). O rapaz
recebeu a recompensa por declarar que havia ferido o ungido do Senhor. Aquele moço não
avaliou corretamente a lealdade de Davi ao rei Saul e a Deus (v.15,16). O dia que começou para
este rapaz com a expectativa de recompensa, termina com sua morte. Aquele que mente, de
modo geral, não considera todas as possibilidades que envolvem a mentira.
A frase que precisamos ter em mente é esta: você é livre para escolher fazer o que desejar, mas não é
livre para escolher as consequências. O mentiroso precisa saber que a mentira traz danos para a
comunhão com Deus (Sl 101.7), o falso terá o Senhor contra ele (Sl 5.6; Pv 6.16-19). As consequências
são inevitáveis (Pv 20.17), a mentira trará ao seu possuidor dias infelizes e dolorosos (1Pe 3.10,11),
podendo custar-lhe a vida (At 5.3-11) e terá, inevitavelmente, um alto custo para a reputação e para o
testemunho da fé em Cristo.
Lembre-se sempre que a mentira será seguida de más consequências. Falar a verdade é uma das marcas
distintivas do verdadeiro discípulo de Cristo.

Leitura Diária: Salmos 97-99


Semana 20 | Dia 136 | Terça | 2Samuel 6.1-5

D epois de um começo cheio de ação, o segundo livro de Samuel vai ganhando um contorno
de estabilidade, o rei Davi começa a estabelecer os fundamentos para o seu reinado.
Primeiro, ele decide tornar Jerusalém a capital do reino e o centro político, onde as decisões
nacionais seriam tomadas. Assim, o seu poder político foi crescendo a cada dia, ele também
decidiu tornar Jerusalém o centro religioso da nação, implicando que todos reconhecessem que
Deus é santo e Sua santidade não pode ser violada, tal medida foi acompanhada de evidentes
indicadores da santidade de Deus.
Um bom desejo e uma boa intenção não substituem o caminhar em obediência ao que é
estabelecido por Deus. Levar a arca para a cidade era crucial para o estabelecimento de
Jerusalém como o centro religioso de Israel (v.2). Havia no povo disposição para servir (v.1.2),
eles escolheram um carro novo para colocar a arca (v. 3) e começaram a caminhada de volta
para Jerusalém em grande festa (v.4,5). O rei Davi foi quem ordenou e organizou o retorno da
arca de Deus e tudo estava acontecendo debaixo de seus olhos, parecia estar tudo perfeito,
porém, aos olhos de Deus não estava.
Pense no que o texto está nos comunicando: havia disposição no povo, alegria, serviço,
muita música, pessoas cantando e músicos com seus instrumentos acompanhavam o carro novo.
Poderíamos pensar que esses elementos eram indicadores de que Deus estava se alegrando com
o que estava sendo feito. Todos, inclusive o rei, estavam felizes com o que estava acontecendo,
mas eles também, estavam desprezando a santidade de Deus. O rei Davi consentiu em levar a
arca, mas não como Deus havia estabelecido em Sua Palavra (Êx 25.14,15; Nm 4.15,20; 7.9). A
maneira como fizeram, não estava de acordo com o que o Deus santo estabelecera.
Lembre-se: boas intenções e bons desejos para com Deus e Seu povo são bons começos, mas não são
substitutos para a obediência à Palavra de Deus. É por meio da obediência ao que é revelado em nas
Escrituras, que o povo demonstra sua santidade para com Deus, uma vez que Seu povo é chamado a
agir não em conformidade com o senso comum – um carro novo – mas em conformidade com as
Escrituras, isto é, a arca carregada por meio de varas nos ombros de pessoas designadas para esse fim.
Genuína alegria acompanha aquele que vive em conformidade com a Palavra de Deus (Sl 119.111).

Leitura Diária: 2Samuel 24; 1 Crônicas 21-22; Salmos 30


Semana 20 | Dia 137 | Quarta | 2Samuel 6.6-11

C omo estamos estudando, aparentemente todos os cuidados foram tomados para o transporte
da arca (v.3,4) que deveria ser colocada em um carro de bois e cuidada por duas pessoas.
Todos estavam alegres e cantavam adorando a Deus (v. 5), a viagem, porém, que começou
cheia de alegria sofreria uma dramática mudança (v.6-8). Os bois tropeçaram e, para evitar a
queda da arca, um dos homens que a acompanhavam, em um gesto humanamente justificável,
estendeu suas mãos ao alcance da arca (v.6).
O texto afirma que Uzá, que agiu com a melhor das intenções, foi ferido de morte no mesmo
instante em que tocou na arca, Deus o reputou por ser irreverente e não por ser cuidadoso (v.7).
Boas intenções e bons desejos são, como vimos, bons começos, mas não substitutos para a
obediência à Palavra de Deus. De acordo com as Escrituras, foi a ira do Senhor que se
manifestou ali, porque Uzá fora irreverente para com Deus.
O que aconteceu aqui precisa ser entendido dentro do contexto das instruções de Deus para
que o povo O adorasse. Para transportar a arca era preciso colocar duas varas nas argolas de
ouro nos quatro cantos da arca e conduzi-la sobre os ombros (Êx 25.13-15). As pessoas
autorizadas a transportá-la eram os coatitas, isto é, os levitas (Nm 4.15), eles deveriam
transportar a arca pelos varais sem tocar nela e sem olhar dentro dela (Nm 4.15,20). Por isso ela
estaria coberta (Nm 4.15).
O Deus santo deve ser temido. Davi e seus homens desprezaram as instruções divinas: eis
o resultado quando se viola as instruções de Deus (v.7). Aquele lugar foi chamado por Davi de
Perez-Uzá, isto é, irromper contra Uzá ou destruição de Uzá (v.8). Compreende-se a dura
resposta de Deus à luz de Sua santidade, a reação de Davi comunica seu entendimento do erro
que cometeu (v.8,9), embora desgastado, o rei Davi aprendeu a lição (v.9).
A santidade de Deus deveria produzir temor. Violar a santidade tem as suas consequências, às vezes,
fatais. Você sabe quais são as pessoas mais humildes e mais quebrantáveis? Aquelas que, olhando para
a santidade de Deus, enxergam o tamanho de sua pecaminosidade. Esses temem a Deus de maneira
muito especial, não subestimam a Sua santidade, nem a desprezam. Sabem que más consequências
acompanham aqueles que desprezam as instruções santas de Deus. Por mais razoável que possa ter
parecido a ação de Uzá, ele desprezou a santidade de Deus e morreu. A decisão de violar as instruções
de Deus nas Escrituras terá más consequências ainda que esteja baseada em argumentos
aparentemente sustentáveis.

Leitura Diária: Salmos 108-109


Semana 20 | Dia 138 | Quinta | 2Samuel 6.12-19

A dor trazida pela desobediência quanto ao transporte da arca – que custou a vida de uma
pessoa – foi tamanha e impactou o rei Davi de tal forma, que ele adiou o transporte dela por
um período de três meses (6.11). Foi um tempo necessário para revisão de sua fé. Faltou
temor ao Senhor e sobrou confiança em si mesmo.
O texto que estamos lendo começa com extrema alegria, à semelhança do anterior, porém,
agora, esse contentamento resulta da obediência, do temor e reverência ao Deus Santo. Como
estamos vendo, nem toda adoração é agradável a Deus. Podemos nos alegrar com um tipo
estranho de adoração a Deus que surge a partir da desobediência. A experiência imediata do rei
Davi indica isso (6.4,5). Ananias e Safira entenderam que poderiam adorar a Deus com uma
mentira (At 5.1,2). O rei Saul fez a sua tentativa de justificar a sua desobediência com o
argumento de favorecer o culto a Deus, mas à sua maneira, obviamente (1Sm 15.19-23). O que
ele ouviu do profeta foi uma simples, mas significativa advertência (1Sm 15.22,23).
A adoração agradável a Deus é aquela que é fruto da obediência à Sua Palavra (v.12-19).
Aqui, há adoração e alegria que resultam da obediência aos regulamentos santos de Deus. As
expressões de contentamento e adoração são evidentes e abundantes. Que dia! Que tremendo dia
foi aquele! Jerusalém estava sendo estabelecida como a capital religiosa da nação.
O que estamos estudando deveria nos assustar. O Senhor não aprovará a nossa alegria e
celebração se brotarem em meio à desobediência à Sua Palavra. Podemos nos alegrar e celebrar
como que ao Senhor, mas estamos enganando a nós mesmos. Nosso coração enganoso e
desesperadamente corrupto (Jr 17.9) pode se alegrar com aquilo que o Senhor rejeita e
desaprova e um exemplo disso foi escrito pelo profeta Isaías acerca do culto que o reino de Judá
prestava ao Senhor (Is 1.10-15). Em Sua graça, porém, o Senhor sempre oferece ao Seu povo a
oportunidade de reavaliar os caminhos, oferecendo a possibilidade de arrependimento e o
desfrute de uma vida modelada por Sua Palavra. O resultado será uma genuína adoração a Ele
que produzirá, então, uma genuína alegria (Is 1.18-20) e esta é um fruto do Espírito (Gl 5.22)
que impele o servo de Deus na direção de agradá-lO (2Co 5.9) e não agradar a si mesmo.
Leia o que o Senhor Jesus disse certa vez acerca de Seu desejo enquanto viveu entre nós: Aquele que me
enviou está comigo; Ele não me deixou sozinho, pois sempre faço o que Lhe agrada (Jo 8.29). Que esse
seja também o nosso desejo.

Leitura Diária: 1Crônicas 23-26


Semana 20 | Dia 139 | Sexta | 2Samuel 6.16,20-23

A decisão de adorar a Deus e fazer o que Lhe é agradável pode ser desprezada pelos da própria
casa (v.16). Há detalhes no texto que são claras indicações sobre o que o autor quer
comunicar acerca da atitude dos envolvidos neste episódio. Ele comunica que a reação mais
reprovável veio de Mical, a esposa do rei Davi. Ela desprezava o seu marido no seu coração e
suas palavras comunicaram esse desprezo (v.16,20). Suas ações e palavras apenas evidenciaram
o que já estava acontecendo em seu coração (Lc 6.45). Mical não participava da adoração
nacional e da contagiante alegria que dela resultava. Seu desprezo pelas ações do marido revela
onde seu coração estava e como estava distante da genuína adoração a Deus.
O rei Davi, ao chegar em casa, respondeu às colocações da esposa (v.21-23). Ele a
lembrou que foi o Senhor quem o escolheu para o lugar do pai dela, e que Deus o havia
escolhido para reinar sobre Israel (v.21). Destacou que sua alegria diante do Senhor era
compartilhada pelo povo, e reafirmou sua disposição de humilhar-se perante o Senhor e diante
do povo (v.22). Terminou dizendo que preferia essa condição, isto é, de ser honrado pelas
mulheres simples da nação ainda que fosse desprezado por sua própria esposa.
Levar a arca para Jerusalém trouxe luz sobre a condição de muitos corações. Revelou a
falta de temor do rei Davi e dos demais ao transportar a arca em carro de bois. Revelou a falta
de temor de Uzá que não obedeceu ao que as Escrituras instruíram a respeito de tocar na arca.
Revelou a atitude e a disposição humilde do rei e dos homens da nação de se alinharem ao que
Deus deixara escrito sobre como transportar a arca. Revelou o coração de uma esposa amarga e
distante da adoração a Deus e de compreender o real significado da palavra adoração. O Senhor
deve ser adorado a despeito do que os mais próximos possam pensar e de como possam reagir.
Já pensou em identificar-se com a sua fé em Cristo no seu trabalho? Já pensou em identificar-se com o
Senhor num restaurante com amigos, onde você se curva para agradecer a Deus o alimento? Já pensou
em sustentar sua fé em um ambiente onde as pessoas não são simpáticas ao evangelho? Já pensou em
sustentar a verdade em família mesmo que isso signifique alguns rompimentos ou estremecimentos (Mt
10.34-39)?
A pergunta é: a quem eu quero agradar? Lembre-se do que o apóstolo Paulo escreveu a respeito disso
(1Ts 2.3-6; Gl 1.10).

Leitura Diária: Salmos 131; 138-139; 143-145


Semana 20 | Dia 140 | Sábado | 2Samuel 7.1-11

O ambiente aqui é de paz entre Israel e as nações ao redor (v.1) e nenhum grande desafio
estava no horizonte próximo. O rei Davi revela por onde seus pensamentos andavam. E o
texto nos mostra que por mais nobres que sejam as intenções humanas, elas podem não estar
alinhadas aos planos e propósitos de Deus.
O rei, após levar a arca para Jerusalém, pensava sobre Deus e como poderia aperfeiçoar a
adoração nacional (v.1-2). Seu coração olhava para Deus e para a sua condição pessoal, fazia
comparações e estabelecia contrastes entre a sua condição e as de onde a arca estava (v.2). Ele
teve um desejo nobre em seu coração e sua ideia era simples: construir um templo que refletia as
suas condições como rei porque não achava justo ter tanta riqueza e ver a carência da tenda onde
a arca estava. Davi era um homem segundo o coração de Deus, ele pensou no melhor para a
adoração nacional. Intencionou algo dentro do que ele imaginava ser o melhor para o reino e
para a adoração, entretanto, apesar de toda a boa intenção do rei, Deus comunica ao Seu servo
que tem outros planos. Os planos de Deus eram diferentes das boas intenções do rei. Algumas
vezes Deus poderá nos fazer saber que Seus planos e propósitos são diferentes dos nossos ainda
que os nossos sejam nobres. Não é porque nossos planos são nobres e bem-intencionados que
serão implementados, nem que Deus tem o dever de concordar com eles. O apóstolo Paulo
experimentou essa mudança de planos quando, em sua segunda viagem missionária, o Senhor
muda o destino que eles haviam estabelecido (At 16.6-10). Nossas melhores intenções precisam
estar subordinadas aos propósitos divinos. Em lugar de frustrar-se por Deus não acolher nossas
melhores intenções, deveríamos nos amoldar aos Seus planos soberanos.
Nosso contentamento não deveria estar apenas no que desejamos, planejamos e, de fato,
implementamos. O salmista Asafe aprendeu a encontrar sua suficiência e seu contentamento no
Senhor (Sl 73.25,26). O apóstolo Paulo também aprendeu a contentar-se com os planos e
propósitos de Deus (Fp 4.11).
O rei Davi está descobrindo algo sobre a pessoa de Deus e algo sobre seus planos humanamente
elevados. As intenções humanas, por mais nobres que sejam, podem não estar alinhadas aos planos e
propósitos de Deus. Quando isso acontece, nossa atitude deve ser de servos humildes, submissos ao
soberano Senhor que tudo faz como Lhe apraz, aprendendo a encontrar contentamento em Sua
provisão e expressando gratidão por mudar os nossos planos e implementar os dEle.

Leitura Diária: 1Crônicas 27-29; Salmos 68


Semana 21 | Dia 141 | Domingo | 2Samuel 11.1-3

N opróprio
capítulo 7 o rei Davi pretendia construir uma casa para Deus e foi surpreendido pelo
Deus quando Ele lhe deu um reino, uma dinastia, um herdeiro que construiria o
templo e o colocou na linhagem direta do nosso Senhor Jesus Cristo (2Sm 7.12-17). A
resposta do rei Davi foi de adoração humilde perante o Senhor (2Sm 7.18-29). Ele entendeu o
tamanho do favor de Deus e respondeu com gratidão e adoração.
Os relatos nos capítulos seguintes dão conta do quanto Deus favoreceu a Davi para a
ampliação e a consolidação do reino. Foi também um tempo de fidelidade do rei ao Senhor
(2Sm 8.15), nesses dias, o homem segundo o coração de Deus julgava segundo a Sua Palavra e
Lhe obedecia humilde e piedosamente. No auge do seu sucesso e na plenitude do
aproveitamento do favor de Deus, acontece algo com o coração do rei: a vida dele sofreria uma
mudança irreversível com consequências desastrosas.
Saiba que o sucesso passado não é garantia de fidelidade e piedade no presente. Perceba que a
primeira etapa na dinâmica do pecado se cumpriu na vida do rei Davi – a cobiça. Ela é uma
expressão de descontentamento com a provisão de Deus. Tiago nos ensina a compreender a
dinâmica do pecado (Tg 1.13-15). Tudo começa com a cobiça. A cobiça é um olhar
descomprometido e irresponsável que passa a ser um anseio, um desejo íntimo e, por fim, algo
que se quer muito e que passa a ser perseguido, apesar de negado ou mesmo proibido por Deus.
O rei Davi cobiçou Bate Seba, uma mulher casada. Ele violou a lei (Mt 5.27,28). A cobiça
revela os ídolos do coração que precisam ser abandonados e substituídos pela adoração a Deus e
pelo contentamento com a provisão dEle.
O que você olha? No que seus olhos se detêm? O que você deseja muito e não tem? O
grande rei Davi, a quem Deus tanto abençoou, cobiçou uma mulher que Deus não lhe deu. A
cobiça é violação do mandamento (Êx 20.17), é uma porta de entrada para outros pecados.
Planeje fugir da cobiça. Concentre seus pensamentos no que tem louvor e virtude. Foque seu
olhar no que agrada a Deus. Ore a Deus confessando suas inclinações e tendências. Saia, quando
possível, do ambiente que o tenta. Seja grato pela condição que o Senhor lhe deu e regozije-se
com ela.
Se a cobiça já está presente no coração, o caminho de volta exige arrependimento, confissão, abandono
do pecado, expressões de gratidão a Deus pelo que Ele dá e o desenvolvimento de um profundo
contentamento com Deus e com o que Ele provê. Lembre-se: “Pois onde estiver o seu tesouro, aí
também estará o seu coração” (Mt 6.21).

| 159 |
Semana 21 | Dia 142 | Segunda | 2Samuel 11.4,5

D eleitar-se na cobiça é apressar-se em pecar. O rei Davi foi da cobiça para o adultério muito
rapidamente. A cobiça favorece o ato. A pessoa treina a mente para pecar e, o ato
propriamente dito, é só uma questão de tempo e oportunidade (v.4,5). O rei Davi
contemplou com generosidade a transgressão. Embora soubesse que era pecado, o rei Davi não
temeu ao Senhor e consumou o que cobiçou (v.4). O argumento de que alguém cobiça alguma
coisa porque não tem ou não teve, não faz qualquer sentido. O rei Davi teve tudo o que
precisava e ainda mais, mas cobiçou em seu coração. A cobiça não tem a ver com o que nos é
retido, mas com o que queremos muito. O rei Davi queria muito aquela mulher e a teve.
Ele ganhou também um filho como fruto de sua aventura. A segunda etapa na dinâmica do
pecado se cumpriu na vida do rei – a consumação do ato seguiu a cobiça. Ele recebeu a
recompensa por ter satisfeito seu desejo, na verdade, recebeu muito mais do que isso (v.5).
A cobiça dará ao pecador o que ele deseja e, também, o que não deseja e nem espera. O
texto nos revela que agora o rei será pai (v.5). Um bônus indesejado por ele. A cobiça é uma
ilusão, um engano, uma sedução que promete o que não vai entregar. O cobiçoso está
pavimentando o terreno para andar rapidamente na direção de mais pecados. Salomão, o filho
do rei Davi, adverte acerca das implicações da consumação da cobiça (Pv 6.20-35). É como
alguém fora de si (Pv 6.32). Ele afirma que o cobiçoso que adultera é uma pessoa sem
entendimento (Pv 7.6-8).
Se alguém deseja preservar-se do adultério, preserve-se da cobiça. Os dois andam lado a
lado. A cobiça está treinando sua mente para dar vazão a outros pecados. O contentamento com
a condição dada por Deus e a satisfação em Deus são o antídoto para a cobiça (Sl 73.25,26).
Louve a Deus pela provisão dEle para você. Seja grato e satisfeito com Deus.
Contente-se com o que você tem.

Leitura Diária: Salmos 111-118


Semana 21 | Dia 143 | Terça | 2Samuel 11.6-17
última etapa nessa dinâmica tenebrosa é a tentativa de acobertamento do pecado.
A O homem que gozava de uma reputação inquestionável está diante do seu pecado e tem a
oportunidade de revelar humildade, disposição em assumir a responsabilidade pela sua
transgressão, confessar ao Senhor e ao marido e sofrer os danos, mas ele não o faz. O que ele
faz é tentar preservar a sua reputação ao invés de assumir as más consequências que viriam,
seguindo assim, o pior dos caminhos. Foi assim com Adão e Eva. Foi assim com Acã (Jz
7.20,21). Foi assim com Ananias e Safira (At 5.1,2). Davi despreza o que Deus pensa sobre o
pecado dele, e valoriza muito o que as pessoas pensariam.
A fim de ocultar o seu pecado e preservar a sua reputação ele usou de métodos
pecaminosos diplomáticos e aparentemente generosos (v.6-13). Tentou conquistar a Urias com
um presente na expectativa de que ele atendesse aos seus desejos sórdidos (v.8) e até mesmo
embebedou-o (v.13). Como nada funcionou o rei decidiu partir para um plano mais agressivo a
fim de preservar a sua reputação (v.14-17). Aquele soldado leal pagou um alto preço pela
deslealdade do seu rei (v.17). O ciclo fechou. A dinâmica do pecado está completa – cobiça,
consumação e acobertamento do pecado. De sua perspectiva humana, o rei pensou que seu
plano havia dado certo.
O adultério sempre trará consigo más consequências. Alguns minutos de prazer serão seguidos de
dias, meses ou mesmo anos de consequências indesejadas. O adultério não ficará impune. As
Escrituras relatam que a experiência do rei Davi é uma dinâmica presente também hoje – cobiça, ato e
tentativa de ocultamento.
Para o adúltero, preservar a reputação é mais importante do que a santificação aos olhos de Deus. Ao
tentar acobertar o pecado, a opinião das pessoas se torna mais importante que a avaliação de Deus.
Para o adúltero, as pessoas passam a ser um ídolo funcional. É a elas que ele quer agradar mais do
que agradar a Deus. A pergunta aqui é: a quem você quer agradar?

Leitura Diária: 1Reis 1-2; Salmos 37; 71; 94


Semana 21 | Dia 144 | Quarta | 2Samuel 12.1-15

O rei Davi andou pelas três etapas da dinâmica do pecado — cobiçar, consumar e a tentativa
de ocultar. Do ponto de vista humano, as providências que tomou
para ocultar o seu pecado foram suficientes, entretanto, aos olhos de Deus, elas foram
perversas; um processo perverso e idólatra em sua essência. Quando tudo parecia resolvido e o
desfrute da normalidade da nova situação parecia ser o próximo passo, o rei Davi se depara com
um fato que não esperava — a ação do próprio Deus em resposta ao seu pecado (2Sm 11.27c).
Ao escolher adulterar, o rei Davi não levou em conta a soberania e a santidade de Deus que não
fica indiferente diante do pecado do homem. O profeta Naum é oportuno nesta situação na qual
o rei Davi está envolvido (Na 1.3). O pecado precisava ser confrontado.
O cenário aqui é de alegria e, a despeito do sórdido processo, a família real estava alegre e
desfrutava despreocupadamente daquela situação (2Sm 11.27b). Por não ficar indiferente ao
pecado, o Senhor envia servos fiéis para essa tarefa (v.1). Após uma abordagem habilidosa e ao
mesmo tempo confrontadora (v.1-8), Natã faz o rei conhecer o que o espera. Em sua
abordagem, o profeta salienta o desprezo do rei aos benefícios do Senhor (v.7-9a) Desse
momento em diante, houve a derrocada da família real e da nação. Que cenário de horror! Que
mudança drástica e tenebrosa! Dias maus aguardavam o rei (v.10-15).
O pecado sempre trará consigo más consequências. O adultério do rei não ficaria impune.
É preciso que aquele que cobiça e consome sua cobiça entenda que não há boas consequências
lhes aguardando. O rei Davi foi confrontado por desprezar a Palavra de Deus, por seu adultério
com Bate Seba e seu crime contra o marido dela (v.9), sua família foi dolorosamente afetada
(v.10,11), seu pecado foi conhecido por todos (v.12) e seu filho morreria (v.14).
Em vez de cobiçar e adulterar o servo de Deus pode e deve alimentar seu coração com aquilo que é
puro, cheio de virtude e louvor (Fp 4.8). Aquele que é prudente vê o caminho perigoso pela frente e se
desvia dele (Pv 22.3; 27.12). É o que a sabedoria faz; livra o homem de pecar. O adultério é um
banquete no túmulo (Pv 9.13-18). Somos chamados a perseguir a santificação e não a atender aos
desejos secretos e desordenados do coração. A quem queremos agradar?

Leitura Diária: almos 119.1-88


Semana 21 | Dia 145 | Quinta | 2Samuel 12.15b-18
pós o rei Davi ser confrontado por seu pecado e ter clamado pelo perdão de
A Deus ele é perdoado, mas não absolvido (2Sm 12.13). Devemos discernir entre perdoar e
absolver, pois são conceitos diferentes. Muitos poderão pensar que, uma vez que o perdão foi
outorgado, tudo está terminado e nada mais deve ser exigido. Ocorre que o perdão de Deus lida
com a ofensa à Sua santidade, lida com o pecado propriamente. Já a absolvição, lida com as
consequências do pecado. O Senhor poderá perdoar o pecado e, ainda assim, não absolver o
pecador das más consequências de suas escolhas pecaminosas.
A primeira das más consequências foi a perda do filho (v.18). Ele mesmo declara o
sentimento que o acompanhou após o seu adultério (Sl 38.18). Como parte das consequências de
seu pecado, o rei experimentou a dor de ver em sua família um incesto (v.13.1-19). Depois,
Absalão matou a Amnon (v.13.28). Inclusive, Absalão perseguiu o próprio pai e quis matá-lo
(v.15.13,14). Enfim, o pecador contrito e arrependido sempre encontrará o perdão de Deus, mas
nem sempre se verá livre das más consequências do seu pecado. Foi assim também com Moisés
(Dt 32.48-52). Ele foi perdoado por Deus, mas não absolvido. Não entrou em Canaã.
Lembre-se disso sempre que estiver inclinado a cobiçar e/ou consumar a cobiça. As
misericórdias do Senhor são, sem dúvida alguma, a causa de não sermos consumidos (Lm
3.22,23). As misericórdias do Senhor se elevam para além das nuvens (Sl 103.11; 108.4). Como
é bom ler essa verdade e trazê-la em nosso coração. O Senhor perdoa os nossos pecados, por
isso mesmo deve ser temido (Sl 130.3,4). Que bom saber que se confessarmos o nosso pecado,
Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça (1Jo 1.9).
Entretanto, percorra as páginas de sua Bíblia e você verá as más consequências que acompanharam a
muitos. Nunca perca de vista o fato de que Deus sempre perdoará os pecados de Seus filhos quando
eles buscarem o Seu perdão e se arrependerem, mas nem sempre os livrará de sofrer as más
consequências de suas escolhas ímpias e idólatras.

Leitura Diária: 1Reis 3-4; 2Crônicas 1; Salmos 72


Semana 21 | Dia 146 | Sexta | 2Samuel 16.5-14

A scoração
Escrituras deixam claro a índole de Absalão, filho do rei Davi (15.1-6). Ele tinha um
perverso e queria trazer vergonha e embaraço para seu pai (v.16.20-22), seu alvo
era humilhá-lo e empenhou-se numa impiedosa perseguição ao seu pai com o desejo
expresso de matá-lo. Ele consegue formar um grupo de apoiadores furtando o coração deles.
Esses o seguem e invadem Jerusalém e o rei tem que fugir da fúria do filho. Isso é parte das más
consequências de seu pecado: “Por isso, a espada nunca se afastará de sua família, pois você
me desprezou...” (12.9).
Ao fugir da Jerusalém, sai ao seu encontro um homem carregado de amargura e ódio em
seu coração, seu nome era Simei. O que ele faz é grave e poderia lhe trazer consequências muito
sérias. Ele vai ao encontro do rei e seus homens enquanto fugiam e ofende o rei com palavras
cruéis, agride-o com pedras e terra (v.5-8,13), a perseguição durou todo um dia e foi exaustiva
(v.13,14). O rei Davi revela, então, a sua compreensão daquele momento e comunica aos seus
homens como enxergava aqueles atos agressivos e palavras ofensivas de Simei (v.10,11). Ele
enxergou aquele ofensor como um instrumento de Deus em sua vida, mesmo em meio àquela
grande injustiça, seu entendimento estava lúcido para enxergar aquele ofensor como um meio
que Deus estava usando para aperfeiçoar sua vida.
Pense um pouco sobre esse episódio e tente relacioná-lo à sua própria vida. Como você
enxerga os seus ofensores? Sua leitura das situações que envolvem atos agressivos e palavras
ofensivas se assemelha de alguma maneira a do rei Davi?
Deus pode usar ofensores para trabalhar o nosso coração e nos ensinar acerca do perdão e de como
interpretar uma situação de tensão. Quando compreendemos que nada acontece sem a permissão de
Deus, mesmo quando somos ofendidos e agredidos, podemos descansar na certeza de que Deus está
operando Seu plano perfeito em nossa vida. Compreender que um ofensor cumpre de alguma forma
os propósitos de Deus é libertador, livra-nos da amargura e faz-nos crescer em confiança nos planos e
propósitos eternos de Deus para os Seus filhos. Deus está com Seus olhos postos sobre nós (Sl 33.18)
cuidando para que cada situação cumpra dois propósitos – a glória dEle e o nosso maior bem. Louve
ao Senhor quando tais circunstâncias chegarem e lembre-se de interpretá-las à semelhança do que fez
o rei Davi.

Leitura Diária: Salmos 119.89-176


Semana 21 | Dia 147 | Sábado | 2Samuel 19.16-30

D epois de experimentar mais uma de suas enormes tristezas, sair da cidade que governava
porque seu filho o queria matar, o rei Davi sofre com a perda de seu filho Absalão que foi
morto pelos soldados que foram leais ao rei (v.18.31-33; 19.4). O trono agora está vazio e o
rei está a caminho de volta para reassumir a nação.
No retorno, entretanto, vem ao seu encontro Simei, aquele que com palavras duras e
injustas o ofendera, agredira e o desprezara quando fugia de Absalão que o perseguia para
matar. O reencontro foi bem diferente do anterior. Simei agora vem ao encontro do rei com uma
comitiva (v.16,17). Ele se apresenta com uma atitude humilde e submissa ao rei (v.18-20). Um
dos que estava ao lado dele, cujo nome era Abisai, talvez representando todos os demais
soldados leais ao rei, enfatizou a necessidade de uma ação enérgica do rei (v.21). Ele já tinha
desejado o mesmo anteriormente (v.16.9). A resposta do rei a Abisai refletia sua interpretação
daquele momento e seu entendimento do que seria mais apropriado para ele e para a nação. O
rei assume um compromisso de não imputar aquela culpa àquele homem que, naquele momento,
pelo que dizia, comunicava quebrantamento e arrependimento. É o rei Davi modelando aqueles
que estavam mais próximos dele.
Nem preciso perguntar, certamente você já foi ofendido. Você consegue recriar qual foi –
ou seria – sua reação diante de uma ofensa? Como você reage diante de um tratamento injusto?
Qual a sua resposta emocional, verbal ou não verbal? Como você definiria perdão? Mesmo
quando estamos diante de um tratamento injusto, perdoar não é opcional; é imperativo (Mt
18.21.22). O nosso modelo de perdão nos foi dado por Deus por meio de Cristo (Ef 4.31,32).
Perdão completo.
Jesus nos convoca a expressarmos um amor aperfeiçoado, mesmo para com aqueles que nos tratam
com injustiça, desprezo ou ofensa (Mt 5.43-48). O apóstolo Paulo sustenta o mesmo padrão de amor
em sua carta aos crentes em Roma (Rm 12.17-21). O perdão é a decisão de nunca mais trazer de volta
o assunto, ou seja, nunca mais falar sobre a ofensa, o desprezo ou a injustiça, com o propósito de
vingança, de obter alguma vantagem ou mesmo com o propósito de manter o erro do outro em
evidência. A decisão de não perdoar pode significar ter que experimentar dor e sofrimento (Mt 18.32-
35). O perdão oferecido por Deus nos assegura que Ele nunca mais lançará os nossos pecados em
nossa face. Eles foram pagos na cruz. Da mesma maneira devemos perdoar aqueles que nos ofendem.

Leitura Diária: Cant. de Salomão 1.1-5.1


Semana 22 | Dia 149 | Domingo | Efésios 1.1-21

A obra da redenção tem uma clara participação do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O Pai
predestinou, ou seja, escolheu para a salvação todos aqueles que Ele quis. O Filho veio entre
nós, se tornou homem, viveu uma vida perfeita e morreu na terrível cruz, derramando o Seu
precioso sangue para perdoar os nossos pecados. O Espírito Santo, quando os pecadores ouvem
e creem no evangelho, coloca o selo que indica a quem os convertidos pertencem. O apóstolo
Paulo, após falar da obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo, salienta que tudo foi feito “para o
louvor da glória de Deus” (v.6, 12 e 14).
Na história da redenção lemos sobre o pecado e tudo o que tragicamente veio como
consequência. Porém Deus, tinha um plano que resolveu o problema do pecado por meio da
cruz de Cristo. Toda essa obra é para o louvor da glória de Deus.
Você já parou e louvou a Deus hoje por Sua maravilhosa obra de salvação? Você já se deu conta de
que a pecaminosidade humana é tão grande a ponto de o homem não poder prover nenhuma salvação
para si? Por um momento, já lhe passou pela mente que se a obra do Deus trino não fosse realizada
como foi, você passaria toda a eternidade no inferno? Nesse momento, louve a Deus por Sua
maravilhosa obra da redenção.

365 Dias com Deus

Semana 22 | Dia 149 | Segunda | Efésios 2.1-10

O pecado trouxe consequências devastadoras. Por causa do pecado ficamos completamente


alienados da vida de Deus. Tudo em nós foi afetado – pensamentos, sentimentos,
consciência, motivação, ação, etc. Por ser isso verdade, Paulo disse que estávamos “mortos
em nossas transgressões e pecados”. Antes da conversão, todos os cristãos se esbaldavam em
seus desejos pecaminosos. A salvação foi dada aos cristãos pela graça de Deus, não há uma gota
de mérito humano nessa obra. O pecado atingiu o homem tão profundamente que depois da
ruptura causada pelo pecado, o ser humano não consegue viver sem pecar. Por causa disso, a
obra da salvação tinha de ser somente da parte de Deus. Paulo diz: “Pois vocês são salvos pela
graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que
ninguém se glorie” (v.8-9). A nossa salvação, além de ser para a glória de Deus também é “para
fazermos boas obras” (v.10). Os que estavam mortos, mas foram salvos pela graça devem
aplicar-se às boas obras.
Certamente todos nós enfrentamos muitas tribulações. Mas, o cristão deveria sempre lembrar que
caminhava a passos largos e firmes para o inferno. Ao lembrar disso, deveria lembrar também que a
salvação é uma dádiva divina! Por causa disso, o maior dos problemas não deveria minimizar a nossa
exultação em Cristo por tamanha salvação! Já louvou a Deus hoje por Ele ter lhe proporcionado essa
tão grande salvação?

Leitura Diária: Cant. de Salomão 5.2-8:14; Salmos 45


Semana 22 | Dia 150 | Terça | Efésios 2.11-22

A morte de Cristo trouxe para o povo de Deus vários benefícios e um deles é a unidade. O
mundo antigo estava fragmentado em diversas divisões: judeu e grego, escravo e livre,
homem e mulher. Essas divisões estavam profundamente cravadas nas sociedades do
mundo antigo. Havia inclusive uma horrível oração que era feita pelos judeus: “graças a Deus
que não nasci nem gentio, nem escravo e nem mulher”. A cruz de Cristo pôs um fim a essas
divisões, pois Ele “destruiu a barreira, o muro de inimizade” (v.14). As divisões que eram
inflamadas pelos fatores da nacionalidade, posição social e gênero foram vencidas na cruz.
Todas essas divisões causavam problemas relacionais gigantescos. Cristo, por Sua cruz,
promoveu a paz e reconciliou os homens em um corpo. Certamente os propósitos do Deus trino
estão envolvidos nessa obra, pois Cristo morreu na cruz para termos “acesso ao Pai, por um só
Espírito”.
Em Cristo, posicionalmente, todos somos um! Porém, em nossos relacionamentos, precisamos buscar a
unidade; é como a santidade – já somos posicionalmente santos, mas precisamos crescer em santidade
a cada dia. Precisamos lembrar que várias das nossas ações contribuem para que vivamos em maior
harmonia, em maior unidade. Porém, outras ações promovem divisões injustificadas. Louvemos a
Deus pela bênção da unidade que temos em Cristo e cultivemos as ações que promovem a unidade
cristã em nosso dia a dia.

Leitura Diária: Provérbios 1-4


Semana 22 | Dia 151 | Quarta | Efésios 3.1-13
e alguém vai realizar uma festa e se ela é cheia de mistérios, os participantes
se sentem mais atraídos para saber o que vai acontecer. Se um crime é
classificado como misterioso ou não se sabe quem cometeu ou não se sabe por quais razões ele
foi cometido ou não se sabe as duas coisas. Mas, quando o mistério está relacionado com a
religião isso normalmente quer dizer que coisas imprevisíveis estão por acontecer. O apóstolo
Paulo, várias vezes, usou a palavra “mistério”. Mas, ao usar essa palavra, ele não tinha em
mente nenhum desses conceitos com os quais estamos tão acostumados em nossos dias. Ao falar
de mistério, Paulo não quis se referir a algo não conhecido, mas que o mistério lhe “foi dado a
conhecer por revelação”. Nas palavras do apóstolo, o significado do mistério é o seguinte: “os
gentios são coerdeiros com Israel, membros do mesmo corpo” (v.6). A maioria dos judeus nos
dias de Paulo achava que isso era um completo absurdo. Porém, conforme disse o apóstolo,
todos, judeus e gentios, são “coparticipantes da promessa em Cristo Jesus”
Jesus não é o Messias apenas dos judeus, Ele é o Messias também dos gentios. Já imaginou se os judeus
contemporâneos de Paulo estivessem certos? Louvemos a Deus porque a promessa de redenção
registrada nas Escrituras do Antigo Testamento contemplava tanto a nós que somos gentios quanto
aqueles que são judeus! Louvado seja Deus por seu maravilhoso plano!

Leitura Diária: Provérbios 5-8


Semana 22 | Dia 152 | Quinta | Efésios 3.14-21

O rar é uma das coisas mais importantes que um cristão pode fazer. Nas Escrituras, somos
desafiados a orar pelas exortações dos autores bíblicos, mas também pelo
exemplo. Aqui em Efésios e nas demais cartas do apóstolo Paulo encontramos esse apóstolo
orando recorrentemente. Certamente Paulo não fez isso se exibindo, pois o próprio Espírito
Santo conduziu o apóstolo a registrar essas orações. Essa oração do apóstolo aqui em Efésios e
as demais nos deixam ver que Paulo orava de forma ministerial. Sim, ele tinha assuntos pessoais
e pedia aos crentes que orassem por ele, mas em suas orações normalmente ele orava para que
os crentes fossem fortalecidos, crescessem em amor e em compreensão, e que tudo isso
redundasse em uma vida cristã de ações mais robustas. Além disso, Paulo começava ou
terminava suas orações com palavras de louvor a Deus. Ao deixar essas orações registradas nas
Escrituras, o Espírito Santo tenciona que sejamos influenciados por tais orações.
Será que reconhecemos o quanto a oração é importante? Talvez sua resposta seja sim, reconheço que a
oração é muito importante. Então, responda: quanto tempo você dedica à oração? Esse tipo de exame
faz com que não enganemos a nós mesmos. Se oramos pouco é porque reconhecemos a importância da
oração apenas em termos conceituais. Mas, se deixamos coisas importantes de lado por causa da
oração, então, à semelhança do apóstolo, reconhecemos, de fato, que a oração é importante.

Leitura Diária: Provérbios 9-12


Semana 22 | Dia 153 | Sexta | Efésios 4.1-6

Um visitante em um famoso hospício ficou apreensivo ao perceber que havia muitos loucos,
na verdade, mais do que funcionários. Ele correu para falar com o diretor do
hospital dizendo: o senhor não teme algum tipo de revolta? O diretor por um momento riu e
respondeu: calma, os loucos nunca se unem.
Os primeiros versículos de Efésios 4 juntamente com João 17 são os textos mais amplos
sobre unidade no Novo Testamento. Paulo inicia exortando seus leitores a viver à altura (“de
maneira digna”) da vocação em Cristo; a seguir, enumera algumas virtudes fundamentais aos
bons relacionamentos e logo após fala da necessidade de grande esforço para que a unidade do
Espírito pelo vínculo da paz seja conservada. Todos os que estão em Cristo estão, por natureza,
unidos em um mesmo corpo. Mas, a expressividade dessa unidade requer esforço. O
fundamento da unidade cristã se encontra no fato de haver um só corpo e um só Espírito, uma só
esperança, um só Senhor, uma só fé, um só batismo e um só Deus e Pai.
Estas são as bases sobre as quais as ações que promovem, fortalecem e solidificam a
unidade deve ser feitas. As bases são dadas pelo Senhor; as ações são nossa responsabilidade.
Todos os cristãos precisam estar conscientes que certas ações promovem a unidade
enquanto outras a enfraquecem. Os loucos não se unem, mas a igreja deve ser bem unida. A
unidade do corpo de Cristo não é algo natural em nossa caminhada. Na verdade, o cristão
precisa se esforçar bastante – precisa abrir mão de seus gostos pessoais, precisa deixar de lado
as escolhas triviais e egoístas e precisa focar nas ações que mais beneficiarão o corpo de Cristo.
Só assim haverá verdadeira unidade.
Sendo assim, as suas atitudes promovem ou enfraquecem a unidade no Corpo de Cristo e, mais
particularmente, na sua igreja local? Você inclui todos ou exclui aqueles que não deseja “na sua
turma”? Você está disposto a fazer o que não gosta sabendo que o bem de muitos sobrepõe-se ao bem
do indivíduo? A propósito, foi exatamente isso que Jesus fez pela Igreja.

Leitura Diária: Provérbios 13-16


Semana 22 | Dia 154 | Sábado | Efésios 4.7-16

E mNãoumaprecisou
grande orquestra um flautim, por se achar insignificante, parou de realizar a sua parte.
muito tempo para que o maestro sentisse falta do som produzido pelo flautim.
Ao ser questionado sobre a não execução de sua função, o flautim respondeu que se achou
insignificante. A isso, o maestro respondeu: alguns terão mais notoriedade e outros menos, mas
com certeza, todos são importantes, continue a fazer a sua parte.
Em Efésios 4, Paulo, além de se preocupar com a unidade, preocupa-se também o
crescimento e a edificação. Deus deu dons aos homens. O apóstolo diz que homens como dons
foram concedidos por Deus para que a igreja tivesse crescimento e fosse edificada. Evangelistas,
pregadores e mestres são um presente de Deus para a Sua igreja. As finalidades são múltiplas:
alcançar a unidade da fé e do conhecimento de Deus e chegar à maturidade em Cristo; não ser
levado facilmente como uma criança para longe da verdade.
Dentre outras coisas, Efésios 4 certamente é uma demonstração do grande amor de Deus
por Seu povo – tudo o que é preciso para uma vida plena em Cristo foi concedido por Deus.
A igreja deve estar engajada em servir – e todos devem servir, os mais e os menos
notáveis. Em tempos de tanto egocentrismo, a igreja precisa estar mais consciente e mais ativa
na busca da edificação dos seus membros. Na igreja de Cristo todos recebem dons e todos
precisam servir – é assim que o corpo é edificado e cresce.
Olhe para a sua “retrospectiva espiritual”! Certamente, os primeiros dias de “bebê na fé” foram dias de
receber mais do que dar. Algo normal. Mas, com o passar dos anos, você tem passado adiante todo o
cuidado que recebeu e que, provavelmente, ainda recebe? Os líderes apontados no texto preparam a
igreja, isto é, “os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado”. E você está
dentre esses “santos” que estão sendo preparados. Como tem sido a sua obra do ministério cristão?

Leitura Diária: Provérbios 17-20


Semana 23 | Dia 155 | Domingo | Salmo 27.1
ão é novidade que todos nós temos temores, mas você já pensou sobre os seus?
N Quais temores costumam controlar sua vida? Quando você passa por momentos
angustiosos, quais temores surgem? O que o seu coração aconselha? Sentir medo é inerente
ao ser humano, porque todos os homens são mortais. Somente Deus não sente medo, pois está
acima de tudo e de todos. Sentimos medo, porque somos homens finitos, mas se cremos em
Deus, devemos nos lembrar de que nada é maior do que Ele. O Salmo 27
é uma reflexão sobre o temor de todo homem que propõe um testemunho de confiança em
Deus em meio aos temores da vida, que nos dá a certeza de que quando o homem teme ao
Senhor sobre todas as coisas, não há espaço para temer coisa alguma.
A primeira lição a ser observada neste poema é a existência de dois tipos de medo – o
estrutural e o ocasional – que devem ser negados pela fé em Deus. O medo estrutural é aquele
que todo homem tem por ser mortal, portanto, atinge a todos. Na primeira parte do versículo 1, a
pergunta: “de quem terei medo?” refere-se a algo interno e esperado por todo homem. É uma
busca pela razão que pode ser compreendida como: “há razão para ter medo?”. A ideia é de algo
esperado por todos os homens, mas anulado por uma força superior.
O segundo é o medo ocasional, que não é natural a todos, pois está relacionado a uma ocasião
eventual, a qual se revela diferente para todo homem. A pergunta: “a quem temerei?” diz
respeito a uma ação ou uma pessoa externa, ou seja, uma pessoa má ou uma circunstância
adversa. A lógica está na contraposição dos elementos, que não podem existir juntos. Os
temores – estrutural e ocasional – são anulados pela crença de quem o Senhor é para o salmista.
Se o Senhor é a minha luz e salvação, como é possível sentir medo que não seja dEle? Se o
Senhor é a minha fortaleza, como é possível temer qualquer circunstância?
É certo que você e eu, vivendo num mundo caído e perverso, passaremos por circunstâncias que nos
causarão temores, todavia, também é certo que, se cremos em Deus, que é maior do que tudo e todos,
não há razão para temermos mais nada. Se Deus é grande o suficiente para fazer tudo do nada, o que
haveria para temer estando com Ele?
Semana 23 | Dia 156 | Segunda | Salmo 27.2-3
os versículos 2 e 3 temos quatro versos do poema. Seguindo a lógica dos primeiros,
N Davi fala da ideia de que o medo estrutural e o medo ocasional perdem a força diante da
fé no Senhor, agora o autor exemplifica esses dois temores imaginando suas realidades.
Para nossa meditação, podemos imaginar com algum esforço dentro de nossa realidade, as
possibilidades de males que podem nos sobrevir e causar temores, sendo essas causas
particulares. Da mesma forma, podemos refletir sobre o mal estrutural, averiguando até onde
nosso coração suportaria uma ameaça ou situação temerosa sem perder a fé. Essas questões
compõem o espírito desses quatro versos em questão.
A primeira situação imaginada por Davi refere-se ao medo ocasional. O poeta inspirado
pensa no ataque de pessoas más, que são descritas como “malfeitores”, “opressores” e
“inimigos”. A situação pensada é uma cena em que ele seria atacado com fúria por pessoas que
desejavam destruí-lo. Em uma ocasião dessa natureza, como você reagiria? A resposta de fé vem
pela afirmação “eles é que tropeçam e caem”.
A segunda situação imaginada é um exemplo do medo estrutural. O salmista descreve uma
situação que causaria temor em qualquer homem. De forma a exagerar esse sentimento, ele
descreve um grande exército, mais forte do que ele, que o cerca e o ameaça com guerra. Essa
situação que provocaria temor em qualquer homem é contraposta pelas expressões: “não se
atemorizará o meu coração” e “ainda assim, terei confiança”.
O que está presente nos versos é a confiança em Deus, que seria sempre maior, comparada às
circunstâncias de temores. Quando realizamos esse exercício de pensar nos temores possíveis em nossa
realidade, como nosso coração se comporta? Creio que seja possível imaginar, comparando a nossa
confiança em Deus, se seríamos ou não, aprovados. Se a minha confiança em Deus estiver sadia, não
haverá situação grande o suficiente para me fazer temer, pois não há homem ou circunstância maiores
do que Ele. Quando tememos muito as coisas desse mundo, é sinal de que tememos pouco a Deus. Ainda
que todos os habitantes do planeta estejam contra mim, se Deus estiver comigo, certamente estarei em
vantagem.

Leitura Diária: Provérbios 21-24


Semana 23 | Dia 157 | Terça | Salmo 27.4-5

A pós refletir sobre o temor de todo homem e exemplificar circunstâncias temerosas para
exaltar sua fé em Deus, Davi compõe alguns versos que descrevem um desejo que surge em
meio a essa confiança. Assim, podemos nortear nossa meditação de hoje pensando: que
desejos surgem em nosso coração quando pensamos nas circunstâncias temerosas? No dia da
angústia, qual o desejo do nosso coração?
O versículo 4 começa com uma declaração: “uma coisa peço ao Senhor”. Nesse sentido há
um desejo maior, um pedido que suplanta todos os outros desejos, mas é importante frisar que é
um só. Mais do que pedir, ele se esforçará para alcançar seu objetivo. À luz do contexto
anterior, isso significa que ele lutará com a sua alma para não buscar outra coisa nos momentos
de temor, a não ser uma única – a pessoa do Senhor. Quando se vive uma circunstância
temerosa, o sentimento esperado é sempre a fuga – correr para um lugar seguro, de abrigo e
proteção – porém Davi declara que em seu coração haverá apenas uma direção a ser buscada, a
mais desejada em dias de angústias e perseguições – um objeto de fé e desejo constantes – como
quem deseja voltar para casa, estando em terras distantes. Os versos poéticos a seguir (v.5)
justificam o grande desejo e completam a crença de que, na presença do Senhor ou na “casa do
Senhor” haverá segurança, acolhimento e proteção. Esse sentimento de fé serve de consolo
enquanto se vive em terra estranha e onde se corre perigo. Para um peregrino que corre risco em
território alheio, voltar para a casa é um sentimento reconfortante, assim é, para Davi, pensar na
“casa do Senhor”.
A convicção de Davi era de que o seu grande desejo ao passar por dias angustiosos não seria alterado
pela circunstância. Em outras palavras, ele continuaria desejando a Deus acima de qualquer coisa,
mesmo nos momentos em que o seu coração estivesse sob a pressão de buscar outras coisas. Sobre essa
convicção, pense comigo: o mal não vence quando sobressai nas minhas forças, mas quando consegue
mudar as minhas virtudes. O mal não vence quando se mostra mais forte do que eu, mas quando muda
os meus desejos e me faz substituir Deus por outro bem. Quem desejar a Deus em todo o tempo, e O
desejar ainda mais no dia mau, terá vencido todos os seus temores.

Leitura Diária: 2Crônicas 2-3; 1Reis 5-6


Semana 23 | Dia 158 | Quarta | Salmo 27.6

O versículo 6 fecha a primeira parte do salmo. Após refletir nos dois tipos de temores,
demonstrar confiança nas formas imaginadas e ressaltar que o seu coração continuaria
buscando a Deus como seu desejo maior, Davi compõe dois versos poéticos para dar um
testemunho de fé. Em nossa meditação diária, podemos pensar e refletir sobre as pessoas que
estão a nossa volta e convivem conosco. Que mensagem passamos sobre nossa fé, quando
sofremos circunstâncias temerosas? Essas pessoas podem ser os santos, irmãos que observam a
nossa fé e nos copiam na busca por Deus, ou podem ser pessoas que, desconhecendo a Deus,
buscam fazer o mal a nós e observam a nossa reação quando somos perseguidos.
Se nos versos anteriores, Davi escreveu que o desejo de seu coração continuaria intacto na
busca pelo Senhor, podemos afirmar que ele venceu o mal. A certeza dessa vitória é uma
declaração que ele estaria acima dos inimigos, pois teria alcançado a Deus. A frase: “será
exaltada a minha cabeça acima dos inimigos que me cercam”. É como dizer que as
perseguições dos inimigos o levaram para mais perto do Senhor, portanto, ele foi exaltado por
Deus diante da perseguição. Isso se torna ainda mais notório quando ele diz: “no Seu
tabernáculo, oferecerei sacrifício de júbilo; cantarei e salmodiarei ao Senhor”; é como dizer
que os inimigos fizeram com que ele buscasse a Deus.
Essa forma de pensar nos leva a ter outra visão sobre o mundo, onde as perseguições e tribulações que
sofremos nos levam para mais perto do Senhor. Os medos se tornam maiores do que Deus, quando
perdemos a fé, e por isso nos controlam. Quando o medo de qualquer coisa nos controla, pequenas
coisas se tornam gigantes. Quando tememos ao Deus verdadeiro, tornamo-nos sábios, somos libertos do
poder daquilo que tememos, assim vemos o mundo de outra perspectiva, mesmo nas angústias. A
vitória, para um santo, não é o espólio de guerra, mas voltar para casa – e havendo lutado – ser bem
recebido por Deus. O importante não é o quanto você leva da guerra, mas como você é recebido na
volta. Essa é uma boa definição de sucesso na fé, creio eu.

Leitura Diária: 1Reis 7-8; Salmos 11


Semana 23 | Dia 159 | Quinta | Salmo 27.7-10

A segunda parte do Salmo 27 é um conjunto de estrofes com versos que descrevem os desejos
do autor. Essas petições não significam que Davi está imaginando um mundo sem
perseguições ou situações angustiantes; tampouco está propondo que ele havia alcançado
um nível de espiritualidade que o deixasse imune aos temores dos mortais. Ao contrário, os
pedidos demonstram a necessidade de buscar a Deus e não confiar em si mesmo. Essa é uma
grande lição para nós: para sobreviver a este mundo perverso e vencer os temores, precisamos
admitir que necessitamos de Deus.
Nos versículos 7 e 8, Davi pede que o Senhor ouça a sua oração. Observe alguns detalhes
importantes nessa petição. Note a repetição dos sinônimos que acentuam a profundidade do
desejo: “minha voz”, “eu clamo”, “compadece-te” e “responda-me”. Esse recurso, na construção
poética, demonstra um ritmo que vai decrescendo; como alguém que ao dizer as palavras
pausadamente, vê-se decaindo o semblante com a intenção de comover-se. Esse sentimento é
seguido de uma explicação que seria uma obediência a uma voz interna. Ao escrever: “ao meu
coração me ocorre”, ele quer dizer que há uma voz que surge de seu coração lhe dando um
conselho, que seria o de buscar a presença de Deus. Davi interpreta que essa voz como sendo o
próprio Senhor, e então obedece.
O anseio de sua alma fez seu coração falar em direção ao Senhor, como um chamado que
ele estava disposto a obedecer e, consequentemente, como quem quer ser aceito, Davi implora
para ser recebido (v.9-10). Esse é um gesto humilde de quem reconhece que não merece ser
aceito, mas tenta convencer a Deus de que seu desejo é genuíno. O pedido é realizado no
versículo 9, e simplificado no versículo 10 numa comparação qualitativa. Ao dizer: “se meu pai
e minha mãe me abandonarem, o Senhor me acolherá”, ele demonstra a grande importância de
ser aceito por Deus uma vez que o mundo o abandona, inclusive os próprios pais. Essa atitude
do Senhor faz toda diferença.
Quando pensamos nas possibilidades de temores que temos a nossa volta, o que o nosso coração nos diz?
O que ele aconselha? O anseio faz o coração falar e o coração fala daquilo que está cheio.

Leitura Diária: 2Crônicas 4-7; Salmos 134; 136


Semana 23 | Dia 160 | Sexta | Salmo 27.11-12
ma das maneiras de termos certeza do estado espiritual de nosso coração é
prestar atenção no que ele deseja, principalmente quando passamos por situações
que nos causam temores. Seguindo a leitura do Salmo 27, onde a segunda parte forma um
conjunto de estrofes com versos que descrevem os desejos de Davi e depois de meditar sobre os
temores e a confiança em Deus, o verso onze traz mais uma petição que nos ajuda a pensar
sobre a fé e o temor do ser humano.
Esse terceiro pedido de Davi complementa os anteriores acrescentando uma dose de
humildade. Ele se apresenta como um aprendiz desejoso por sabedoria. Ao lidar com o temor,
reconhecendo que ele faz o coração falar em anseios, a pessoa menos confiável nessas
circunstâncias é o próprio coração. A pessoa é levada a acreditar que sabe como agir e para onde
ir, mas acaba mal por confiar em si mesma. Nos pedidos anteriores, o autor demonstrou que seu
grande desejo era encontrar a Deus, e agora admite que somente Ele pode conduzi-lo. As
expressões: “o Teu caminho” e “por vereda plana” demonstram figuras de alguém que precisa
de um guia para apontar a direção, mas também de um protetor para conduzir o caminho – na
figura de um pastor guiando as ovelhas.
Ao completar o verso com: “por causa dos meus adversários”, constitui uma ponte para a
quarta petição. O desejo é que o Senhor não o abandone, pois isso representaria para ele a
perdição, uma vez que ficaria à mercê dos adversários e de pessoas maldosas. A figura
complementar, seria de uma ovelha abandonada no caminho, por isso, assim como clama para
que o Senhor seja o seu guia, ele reconhece uma total dependência, e não apenas a necessidade
de uma pequena ajuda.
Dos temores apresentados no salmo, Davi tinha medo de errar o caminho de Deus e, para que isso não
ocorresse, admitia sua incompetência clamando para que o Senhor fosse seu guia. Da mesma forma, ao
pedir humildemente que o Senhor não o abandonasse no caminho, prova que ele temia ser desviado
pelos inimigos. Essa é uma boa maneira de pensar sobre a vida: não tenha medo dos inimigos que possa
encontrar no caminho, nem do mal que possam fazer contra você – tema que eles desviem o seu coração
da direção de Deus.

Leitura Diária: Salmos 146-150


Semana 23 | Dia 161 | Sábado | Salmo 27.13-14

P ensar no temor de todos os homens nos ajuda a relembrar que somos mortais, e essa
concepção nos leva a buscar mais a Deus. Independentemente do quanto você já viveu ou da
intensidade como viveu, certamente experimentou situações em que o temor foi latente. O
que aprendeu? Como seu coração reagiu? Esse aprendizado o aproximou ou o afastou de Deus?
Quando passamos por experiências em que somos derrotados pelo medo, fracassamos na
fé e necessitamos de arrependimento e conserto. Mas quando vencemos o medo, passamos pela
angústia confiando no Senhor, somos enaltecidos no espírito, amadurecemos e nos tornamos
testemunhas para outros que também padecem em situações similares – assim é a conclusão do
poema escrito por Davi. Os últimos versos do salmo fazem referência à experiência vivida e
agora o autor se põe como um homem amadurecido pela experiência e pode declarar: “pereceria
sem dúvida” (ARC)! Com isso, reconheceu que se não tivesse crido na bondade do Senhor na
terra dos viventes, não poderia ter chegado àquela maturidade. O reconhecimento é do ponto de
vista de quem concluiu com sucesso e agora considera que foi vitorioso na fé, pois amadureceu.
Nesse sentido, o Salmo 27, embora escrito por Davi que evidentemente ainda estava vivo,
não faz referência literal ao terminar a vida como alguém que não passará mais por tribulações
ou angústias, mas é uma alusão ao que se pode alcançar. A essa altura, ele havia aprendido
lições de amadurecimento suficientes para comprovar que, se não tivesse crido e buscado a
Deus, não teria alcançado o que alcançou, e que isso se refletiria nas decisões futuras, assim
como se concretizaria num grande conselho de fé para quem tem que passar por situações
similares, como descrito no versículo 14: “Espere no Senhor.
Anime-se, e fortifique-se o seu coração.”
O que torna a fé de Davi admirável não é que ele tenha sido impecável, pois sabemos que ele não foi.
Não é pelo fato de ter sido um autor bíblico, embora saibamos que foi. Uma fé exemplar não é a fé de
um impecável, mas uma fé admirável sobre quem nem mesmo o pecado desviou o coração da direção de
Deus. Como pecadores, pecaremos; como mortais, temeremos; como habitantes deste mundo, seremos
perseguidos e sofreremos; o que não pode ocorrer conosco é desviar-nos de Deus e temermos qualquer
coisa além dEle.

Leitura Diária: 1Reis 9; 2Crônicas 8; Provérbios 25-26


Semana 24 | Dia 162 | Domingo | Salmo 28.1

N oa Salmo 28 o rei Davi descreve os valores de fé de um homem que conheceu profundamente


Deus. Por meio deste cântico podemos compreender os efeitos que este conhecimento
trouxe a sua vida, em função disso, o tema central do poema são os efeitos resultantes de
conhecer a Deus.
O poema inicia com uma importante declaração sobre os valores de Davi, que por sinal, é o
primeiro efeito resultante de conhecer a Deus – um desejo profundo por Ele. Embora o verso
tenha sido escrito em forma de oração, em consonância com o restante do poema, podemos
observar que o objetivo de Davi não é o de publicar sua prece, mas de descrever seus valores ao
se aproximar de Deus. A maioria das traduções dizem “a Ti clamo, ó Senhor; rocha minha”,
porém devemos acrescentar à leitura um pequeno detalhe, que seria: “clamo continuamente” –
presente no sentido original, mas ausente na maioria das traduções para a língua portuguesa.
Isso indica que Davi não falava de um clamor por algo específico em alguma circunstância, mas
de algo com valor atemporal, ou seja, ele necessitava de Deus o tempo todo. Ao referir-se ao
Altíssimo como “rocha minha”, para Davi, Deus é o lugar de segurança que deve ser buscado
como uma referência.
A afirmação de Davi é reiterada pelo que é dito na sequência: “não sejas surdo para
comigo”. Esse pedido demonstra uma preocupação com a possibilidade de ser ignorado ou
rejeitado em Sua presença. Davi sabe que o Senhor trata o ímpio diferentemente do justo – o
que será mencionado no decorrer do salmo – por isso, a preocupação a fim de que o Senhor não
o ignore ou o confunda com um ímpio. Os valores demonstrados são esclarecidos ainda mais
com a hipótese colocada no final do verso: “se te calares quanto a mim, serei semelhante aos
que descem à cova”, se isso ocorresse – sua vida perderia o sentido – seria comparado a alguém
que desce à cova ou alguém que está adoecendo para a morte.
Um dos efeitos de quem realmente compreendeu o Senhor é um desejo profundo pela Sua pessoa. Se
você é um salvo, quais efeitos em sua vida são resultados de conhecer a Deus verdadeiramente? Ao
observar que Deus se aproxima do justo, mas rejeita o ímpio, como isso altera as suas orações?
Semana 24 | Dia 163 | Segunda | Salmo 28.2

Q uando conhecemos a Deus profundamente, nossas orações são alteradas – somos tomados
por um desejo genuíno de sermos aceitos por Ele. Esse desejo é o primeiro efeito resultante
de conhecer a Deus. Quando esse sentimento se torna verdadeiro, o segundo efeito é desejar
ser visto por Ele.
O versículo 2 complementa o que foi dito no verso 1, demonstrando o desejo de chamar a
atenção de Deus. Ao dizer “ouve a voz das minhas súplicas”, o clamor é ampliado, como
alguém que aumenta o tom quando fala e acentua a súplica que se completa com a expressão
“quando a Ti clamar”, que pode ser entendida como “todas as vezes que clamar”. Essa era a
forma de expressar o desejo de que Deus o tratasse como alguém familiar, diferente dos ímpios
que não teriam Sua atenção. Apesar de expressar seu desejo nesse verso, essa era uma realidade
alcançada, pois após descrever o ímpio, ele afirma no verso 6 que o Senhor ouviu suas súplicas.
O desejo de chamar a atenção de Deus para ser tratado como alguém que lhe pertence
prossegue ao dizer “quando erguer as mãos para o Teu santuário”. A figura é de alguém que
acena com as mãos elevando-as em sinal de desejo e humilhação, o desejo é de ser notado; a
humilhação é para demonstrar que o clamor é pela pessoa de Deus, em razão disso que ele
acredita que será aceito.
Não devemos confundir o teor do clamor de Davi com aquilo pelo que os evangélicos mais
clamam. Davi queria ser notado no lugar sagrado, onde Deus “habita”, com a intenção de ser
visto por Ele de forma diferente dos ímpios – buscava um relacionamento próximo com o
Senhor, como alguém que lhe fosse familiar. Na cultura evangélica vigente, os crentes querem
ser notados por Deus para receberem as bênçãos que Ele pode dar – o desejo é pelo que Deus
pode fazer por eles e não pelo relacionamento com o Altíssimo.
Quem conhece a Deus profundamente terá como efeito, certamente, um amor pela pessoa de Deus e
não pelas Suas benesses ou pelo que Ele pode fazer. Não é o fato de clamar que torna uma oração
virtuosa; a virtude não é sobre a quem clamar, mas pelo que clamar. Até mesmo um incrédulo pode
rogar a Deus em aflição, mas somente quem compreendeu a natureza divina desejará a Deus em
qualquer circunstância. Não deveríamos ter medo de perder as bênçãos de Deus, mas de nos afastar
dEle.

Leitura Diária: Provérbios 27-29


Semana 24 | Dia 164 | Terça | Salmo 28.3
onhecer a Deus verdadeiramente produzirá na vida do crente alguns efeitos. No
C Salmo 28, há uma uniformidade que vai se completando à medida que vamos
compreendendo os efeitos na vida do próprio autor. O desejo profundo pela pessoa de Deus
é ampliado pela busca de ser notado por Ele como alguém de dentro, que pode se achegar ao
santuário. Davi sabia que Deus aceita aqueles que Lhe pertencem e rejeita o ímpio na Sua
presença. Se Davi desejava tanto ser tratado como um de dentro, o esperado é que ele não queria
ser confundido com os de fora – e esse é o terceiro efeito de quem conhece a Deus – clamar para
não ser confundido com o ímpio.
O versículo 3 inicia com mais um pedido de Davi: “Não me arrastes com os ímpios, com
os que praticam a iniquidade”; outra forma de dizer isso seria: “não me dês aquilo que darás aos
ímpios”, ou seja, não me confunda com eles. Quando pensamos no castigo dos ímpios, é fácil
confundir o sentido escatológico como sendo aqueles que não encontram a salvação em Jesus
Cristo e serão condenados, mas nesse verso, devemos evitar essa leitura que é um pouco
diferente do versículo seguinte. Davi está falando de sua fé, portanto, a referência é o tipo de
impiedade que pode afetar até mesmo alguém que crê em Deus, mas está inclinado a praticar o
mal. Os ímpios, no verso, são aqueles que praticam a maldade e vivem como hipócritas; eles
falam de paz, mas em seus corações há maldade e engano. Se o contexto é o desejo de ser aceito
por Deus no lugar santo e de não ser confundido, evidentemente que ele fala de uma situação de
impiedade que pode acometer também os santos. O clamor de não ser confundido com os
ímpios mostra que Davi tinha medo de que seu coração fosse corrompido pela impiedade.
Quando conhecemos a Deus profundamente e percebemos que Ele abomina o ímpio e o rejeita em Sua
presença, somos tomados pelo medo de que nosso coração seja corrompido e não sejamos aceitos por
Deus. Não estamos falando da salvação que vem pela graça por meio do sacrifício vicário de Cristo,
mas de sermos rejeitado no relacionamento de adoração com Deus por inclinar nosso coração ao mal.
Esse temor nos leva a orar: “Senhor, não me confundas com aqueles que inclinam o seu coração para
a maldade” – esse pedido acentua o desejo que temos por andar na Sua presença.

Leitura Diária: Eclesiastes 1-6


Semana 24 | Dia 165 | Quarta | Salmo 28.4

Q uando você pensa que Deus é justo e retribui conforme as suas obras, como se sente?
amedrontado – porque sabe que sendo pecador e falho merece o castigo de Deus? Está
correto. Quando esse medo vem à tona, o que ele produz? Se ele produz gratidão, então
você está no caminho certo. Quando sabemos que merecemos o castigo de Deus, mas por Sua
graça Ele age com misericórdia conosco, somos inundados por uma imensa gratidão. Se pensar
sobre a graça dá a você liberdade para pecar, então não a compreendeu; mas se a gratidão o leva
a querer viver distante da impiedade por adoração a fim de agradar aquele que o perdoou –
então está experimentando um dos efeitos de conhecer a Deus profundamente: a gratidão de ser
perdoado e fazer parte do povo de Deus.
No verso 3, Davi orava para não ser tratado como ímpio. O verso 4 complementa esse
pedido demonstrando o que viria a ser o castigo do ímpio; mas se alguém isola esse verso, pode
encontrar nas palavras de Davi uma validação para desejar o mal aos ímpios – como se Davi
estivesse expressando com violência um desejo de ver o ímpio sofrer nas mãos de Deus – mas
essa leitura seria contrária às virtudes cristãs. O fato é que ao dizer: “paga-lhes segundo as suas
obras”, Davi reconhece que isso é o caminho natural; assim, completa a estrofe dizendo:
“retribui-lhes o que merecem”, isso significa que quem faz o mal merece receber o castigo da
parte de Deus – essa é a ordem natural das coisas. Longe de ser uma oração temperada com ira
por parte de Davi, é antes de tudo, uma forma de acentuar o desejo do verso 3 que requeria de
Deus a diferenciação dos ímpios. Se Davi não queria ser contado entre os ímpios, faz sentido
que ele reconheça que o ímpio mereça ser castigado, portanto, devemos destacar mais um efeito
na vida daquele que conhece a Deus: ser grato pela graça de ser perdoado.
Quando temos certeza de que o ímpio merece o castigo de Deus e reconhecemos isso, podemos orar
com essa consciência: “Senhor, concedas ao ímpio o que ele merece, isso é justo, mas por favor não me
arrastes com eles; não me confundas com eles”. Se orarmos assim, não desejaremos o mal aos ímpios,
mas acentuaremos nossa gratidão e desejo por sermos perdoados.

Leitura Diária: Eclesiastes 7-12


Semana 24 | Dia 166 | Quinta | Salmo 28.5

Q uando você observa a vida dos ímpios que não amam a Deus, que não O buscam e vivem
inclinados aos desejos de seus próprios corações, que mensagem você infere para sua
própria edificação? Quando nota que os ímpios vivem melhor por não seguir a justiça e que
ser maledicente, desonesto e corrupto lhes dá prosperidade neste mundo, o que você sente?
Essas perguntas nos ajudam a verificar se estamos conhecendo a Deus profundamente, pois o
quinto efeito apresentado no Salmo 28 é um desejo de fugir do caminho do ímpio.
No verso 3, o desejo de não ser confundido com os ímpios destacou o interesse espiritual
de Davi. No verso 4, esse desejo é ampliado ao reconhecer que o ímpio merece castigo. E agora,
no versículo 5, o objeto da estrofe se completa com o reconhecimento do fim dos ímpios.
A mensagem é que o caminho dos ímpios não vale a pena, a prosperidade deles não
compensa. Diferentemente do teor do verso 4, agora Davi acrescenta um valor escatológico –
onde o fim dos ímpios inclui sua ruína ao findar da vida. Davi diz que os ímpios não
compreendem os feitos do Senhor e não atentam para as suas obras, vivem sem se importarem
com as ações de Deus, não O reconhecem e, portanto, desprezam-nO. Por viverem suas vidas
alheios a Deus, o Senhor “os derrubará e não os reedificará”. Essa expressão refere-se ao fim
dos maus. Pensar no fim escatológico deles ajuda a destacar a razão do desejo de permanecer
longe dos seus caminhos. Davi reconhece que observar a prosperidade do ímpio poderia render
inveja em seu coração, mas ao considerar o fim deles, teria a certeza de que representa uma vida
que não valeria a pena, pois estaria vivendo alheio à vontade de Deus, como escreve no Salmo
37 e como Asafe no 73.
A grande lição desse verso é que um dos efeitos de se conhecer a Deus profundamente consiste no
desejo de fugir do caminho dos ímpios. A prosperidade material dos ímpios pode enganar o nosso
coração e nos afastar de Deus. Este é o teor da oração de Davi: ser aceito por Deus e não ser
confundido com os ímpios. Quer facilitar as coisas para o Diabo? Então comece a dar atenção à
prosperidade que este mundo oferece e dedique toda sua energia para ser bem-sucedido nele – mas
lembre-se, o sucesso de toda vida não compensará o fracasso com Deus.

Leitura Diária: 1Reis 10-11; 2Crônicas 9; Provérbios 30-31


Semana 24 | Dia 167 | Sexta | Salmo 28.6-7
onhecer a Deus profundamente modifica toda a nossa forma de ver o mundo.
C Somos tomados por um desejo por Ele, queremos ser notados e aceitos em Seu santuário,
tratados como alguém de dentro e não como um ímpio. Estamos cheios de gratidão por
termos sido perdoados e motivados a deixar o caminho da impiedade que não leva a Deus. Na
primeira metade do Salmo 28, Davi ora para demonstrar esses sentimentos, mas a partir do
verso 6, o autor se coloca como alguém realizado, que fez a escolha certa – está confiante
porque foi aceito por Deus. Assim, nessa meditação, podemos concluir que o sexto efeito na
vida de quem conhece a Deus profundamente é uma forte alegria de ter feito a escolha certa de
andar com o Senhor.
O versículo 6 inaugura a segunda parte com uma declaração de louvor sobre a realização
dos desejos anteriormente descritos. Quando Davi declama: “ouviu a voz das minhas súplicas”,
ele bendiz a Deus, fazendo referência ao que foi concluído e se remete ao fato para testemunhar
algo que realizou e está contente.
A sequência do louvor segue no versículo 7 com uma declaração de fé sobre o Senhor para
reforçar o testemunho de que valeu a pena ter buscado a Deus e negado o caminho da
impiedade. Notem a descrição no sentido pessoal “minha força”, “meu coração confia”, “fui
socorrido”, “meu coração exulta”, “com meu cântico” são demonstrações de que essa alegria é
fruto de sua experiência pessoal. Por “força e escudo” ele quer dizer que o Senhor é a grande
segurança que precisa nesta vida, por “confia” quer dizer que é uma fé que vale a pena, por “fui
socorrido” quer dizer que atendeu ao clamor do coração, por “exulta” quer dizer que está
repleto de alegria e, por essas razões, finaliza que louvará com cânticos.
Quando conhecemos o Senhor profundamente, somos tomados pelo medo de nos distanciarmos dEle, e
ao mesmo tempo, repletos de alegria quando por Ele somos aceitos. Essa mistura de lamento e alegria
nos força a testemunhar para que todos saibam da razão de estarmos alegres. Quando a distância do
Senhor for a razão do lamento e a alegria da salvação for a expressão do seu cântico, os cristãos
convencerão mais facilmente o mundo, uma vez que a tristeza comove, mas a alegria contagia.

Leitura Diária: 1Reis 12; 2Crônicas 10


Semana 24 | Dia 168 | Sábado | Salmo 28.8-9

C onhecer a Deus e colecionar os efeitos desse conhecimento – obtendo a experiência de Davi


– é algo particular, que independe das ações comunitárias. Entretanto, quando
experimentamos esse conhecimento de Deus e sofremos seus efeitos, o caminho natural é
desejar que essa experiência seja transmitida. Para a conclusão das meditações desta semana,
observe o último efeito apresentado no Salmo 28: o desejo de que outros conheçam a Deus,
assim como O conhecemos. Ao observar suas conversas informais ou até mesmo oportunidades
formais de falar em público, o desejo de que outros saibam e conheçam sobre Deus fica
evidente?
Na conclusão do Salmo 28, Davi compõe mais uma declaração de fé, porém,
diferentemente das afirmações pessoais no versículo 7, pois no verso 8 ele descreve todo o povo
de Deus – o povo escolhido. Observe que os versos transpassam a esfera pessoal com os dizeres
“do Seu povo”, e na sequência “do Seu ungido”, em outras palavras, Davi está dizendo que,
apesar da experiência pessoal de conhecer o Senhor, Deus não é particular, Ele tem um povo
escolhido e ele faz parte desse povo. Tão importante quanto conhecer e buscar o Senhor no
âmbito particular, é a consciência de que Deus não é meu Senhor exclusivo – Ele tem um povo e
Davi era parte desse povo. A fé em Deus não pode ser uma experiência a ser guardada, ela deve
ser testemunhada e precisa edificar outros na mesma fé. “O Senhor é a força do Seu povo” é
uma forma de dizer que “feliz é o povo a quem Deus escolheu”; “refúgio salvador do Seu
ungido” é uma forma de dizer “feliz é o povo a quem Deus salva”.
Essa alegria de pertencer ao povo escolhido influencia a oração que completa o poema no versículo 9, ao
rogar: “salva o Teu povo e abençoa a Tua herança”, Davi externaliza Seu desejo de que outros, além
dele, tenham a mesma experiência. Ao pedir “apascenta-o”, ele utiliza a figura rural que ajuda a
parafrasear o verso da seguinte maneira: “seja o pastor do Teu povo, cuide da Tua herança, pastoreie o
povo que há de vir para sempre.” Hoje, você e eu podemos nos alegrar com a oração de Davi, pois o
Senhor continua sendo o pastor do Seu povo, do qual podemos fazer parte e nos alegrar em conhecê-lO
profundamente, assim como o autor do Salmo 28 O conheceu.

Leitura Diária: 1Reis 13-14; 2Crônicas 11-12


Semana 25 | Dia 169 | Domingo | Salmo 29

A exuberante grandeza de Deus e as ilusões deste mundo – esse é um bom tema para resumir o
Salmo 29. Esse poema é um cântico escrito pelo rei Davi, com a
intenção de exaltar a Deus, promovendo um contraste com as grandezas deste mundo.
Que existem grandezas admiráveis e atraentes neste mundo, não temos dúvida. O
problema surge quando elas atraem nossa atenção, e na tentativa de conquistá-las, nos tornamos
soberbos e nos esquecemos de Deus. Meditar nesse salmo nos ajudará a encontrar a devoção
necessária para percebermos que as grandezas que existem neste mundo são ilusões, quando
comparadas à grandeza de Deus.
O salmo está dividido harmonicamente em 5 estrofes bem ajustadas. Antes de observarmos cada
estrofe, faça uma leitura completa do poema, observando a sequência. Na primeira estrofe (v.1-
2), há uma exortação aos poderosos da terra que são convocados a se rebaixarem diante de Deus
e Lhe oferecerem tributo. Em seguida, da segunda até a quarta estrofe (v. 3-9), há uma
sequência de exaltações sobre a voz do Senhor. Na segunda estrofe (v.3-4), a voz do Senhor está
acima das muitas águas; na terceira estrofe (v.5-6), a voz do Senhor está acima do Cedro do
Líbano; e na quarta estrofe (v.7-9), a voz do Senhor está acima da natureza. A quinta estrofe
completa o cântico afirmando que o Senhor é Rei para sempre.
Não é preciso muita atenção para compreender que o salmo é um poema de exaltação a Deus, mas é
preciso observar que o autor tem o desejo de que esse louvor produza alguns sentimentos em seus
leitores. Ele faz uma convocação para contemplar a exuberante grandeza do Criador e sustentador de
todas as coisas com a intenção de provocar as ilusões que temos sobre as grandezas deste mundo.
Quando nos convencemos de que tudo vem de Deus, recebemos um chamado à humildade e uma
exortação para nos debruçarmos com as cabeças curvadas perante Ele. Quando reconhecemos que
Deus está acima de tudo, recebemos um chamado a temê-lO mais do que as forças naturais deste
mundo. Quando percebemos que Deus é Senhor soberano e que reinará para todo sempre, somos
tomados de gratidão por pertencermos a Ele.
Semana 25 | Dia 170 | Segunda | Salmo 29.1-2
nquanto eu participava da vida militar, ouvi muitas vezes uma frase que dizia:
E “quer conhecer genuinamente uma pessoa, dê poder a ela”. Por que é tão fácil nos
corrompermos com as grandezas deste mundo? Por que somos iludidos facilmente quando
recebemos qualquer poder nesta terra, e na ilusão de nossa grandeza, esquecemo-nos de Deus?
Deus fez o homem para dominar. Entretanto, por causa do pecado, o homem passou a
buscar esse domínio por soberba e quando alcança qualquer forma de grandeza neste mundo,
acha que não precisa mais de Deus. Talvez isso não aconteça com você em grande escala, mas
essa meditação deve fazê-lo sondar os porões mais obscuros da alma, pois Deus abomina a
soberba. A soberba cega o homem e o impede de reconhecer a grandeza de Deus.
A primeira estrofe (v.1-2) é uma convocação para que os poderosos da terra se rebaixem
diante de Deus e Lhe tributem. Embora algumas versões mencionem “seres celestiais”, a leitura
natural refere-se aos homens que detêm poderes neste mundo. “Glória”, refere-se aos méritos e
conquistas; e “força”, refere-se ao fato de se tornarem superiores a outros em governança e
controle. A convocação contraria o orgulho humano, requerendo um tributo em adoração a
Deus. Os tributos que o salmista requer dos poderosos não são bens materiais ou impostos
financeiros, mas que ofereçam a Ele a glória e a força como um reconhecimento de que todos os
méritos que conquistaram dependem do Senhor, e por isso, deveriam colocar todo o seu poder
em rendição a Ele; em outras palavras, eles devem se curvar e se sujeitar humildemente à
grandeza de Deus.
Quando subimos uma montanha nos sentimos grandes, mas não nos iludimos, pois sabemos que
continuamos pequenos – cientes de que a glória da altura está na montanha abaixo dos nossos pés.
Quando uma pessoa se sente grande e poderosa pelas riquezas que possui ou pelas funções que ocupa,
está iludida, não percebe que vale menos que o dinheiro que acumulou. Mesmo que alguém adquira
todos os bens do mundo e com eles consiga sujeitar as nações sob seus pés, não deve esquecer de sua vil
natureza, uma vez que todos os mortais comparecerão diante do eterno – razão suficientemente grande
para vergar os ombros do maior imperador da Terra.

Leitura Diária: 1Reis 15.1-24; 2Crônicas 13-16


Semana 25 | Dia 171 | Terça | Salmo 29.3-4

E mse nossos dias, quando pensamos sobre a Palavra de Deus, prontamente compreendemos que
trata da Bíblia. É verdade que ela é a Palavra de Deus, mas quando nos acostumamos com
as expressões, passamos a dar pouca atenção ao seu significado completo. Embora
confessemos que a Bíblia é a Palavra de Deus, não podemos nos esquecer de que a autoridade
que ela tem não é por ser uma biblioteca ou palavra escrita, mas porque provém de Deus.
As próximas três estrofes do salmo são dedicadas a exaltar a voz do Senhor por meio de
comparações e figuras. Elogiar a voz do Senhor é uma forma de exaltá-lO, pois é um recurso de
linguagem que o compositor utiliza para representar o todo, ou seja, ao dizer no versículo 4 que
“a voz do Senhor é poderosa” e “cheia de majestade”, ele quer dizer que o Senhor é poderoso e
majestoso. A figura comparativa é a sonoridade produzida pelas águas. No versículo 3, ele diz
que ela “ressoa sobre muitas águas” comparada ao som de uma grande queda d’água que anula
todo e qualquer outro som a sua volta. A figura é tão assertiva que, mesmo em nossos dias, com
as produções sonoras criadas pelas tecnologias, o som de muitas águas ainda continua
insuperável – assim podemos imaginar quão grandioso seria nos dias de Davi. A figura que
pretende complementar a primeira é o som do trovão, quando escreve: “O Deus da glória
troveja poderosamente”, e logo a seguir: “o Senhor troveja sobre as muitas águas”, assim como
a primeira figura, Davi escolhe outra comparação que ainda continua a fazer sentido em nossos
dias – é impossível não perceber o poder que o eco de um trovão transmite em meio a uma
tempestade.
As figuras comparativas tornam bela a poesia e o que elas comunicam, centralizam a pessoa de Deus.
Todo o foco do poema está empregado para destacar a exuberante grandeza de Deus para que ao findar
o poema, todo homem o adore como um Rei poderoso e eterno, sob total dependência dele. Observe no
versículo 3 que o “Deus da glória” é quem troveja, na sequência, note que o “Senhor troveja” – a voz de
Deus trouxe todas as coisas à existência – ela é poderosa, mas porque Ele é poderoso. Quando vemos
alguma coisa grande, cometemos o erro de conferir (comparar) a Deus – Ele não é apenas grande, Ele é
simplesmente incomensurável.

Leitura Diária: 1Reis 15.25-16.34; 2Crônicas 17


Semana 25 | Dia 172 | Quarta | Salmo 29.5-6

C oisas grandes ganham admiração por natureza e tendemos a admirar tudo que é maior e mais
importante do que nós. Quando algo em nossos dias se torna uma matéria prima importante,
isso passa a ser destacado e a ter valor contabilizado, principalmente quando ela pode
garantir segurança e proteção. Da mesma forma, um lugar alto que possa produzir proteção e
sustento, também recebe destaque. Aprendemos naturalmente a admirar coisas dessa natureza,
mas por que as admiramos? O que essa admiração revela sobre nós? Será que somos capazes de
observar as grandezas da terra e notar com detalhes as belezas deste mundo, sem percebermos a
Deus?
Ao refletir sobre as perguntas acima, compreenderemos melhor a próxima estrofe do
salmo. Nos versículos 5 e 6, a voz do Senhor é relacionada ao Cedro do Líbano, ao próprio
Líbano e ao seu principal monte. Os Cedros do Líbano são árvores grandes e fortes, que
geralmente crescem em altitudes elevadas, de beleza e utilidade admiráveis. Tornou-se a
principal matéria prima a ser valorizada em muitos setores da comercialização do mundo antigo;
assim como os carvalhos de Basã, o Cedro do Líbano é citado em muitos textos bíblicos. Para
exaltar o Senhor, o salmista afirma que “A Voz do Senhor quebra os Cedros; o Senhor
despedaça os Cedros do Líbano” – essa comunicação faz pensar que diante do poder da voz de
Deus, uma árvore tão poderosa seria reduzida em pedaços.
Os Cedros mencionados ficam no Líbano, sendo o monte Hermon seu principal monte,
mencionado no salmo pelo nome fenício, Siriom. Esse monte gigantesco é fabuloso – possui
2.814 metros de altitude e fica localizado na fronteira Líbano-Síria – todo seu topo fica coberto
pela neve, enquanto tudo ao seu redor queima no sol quente do verão. A comparação realizada é
que, diante da voz de Deus, eles saltariam como pequenos animais sem rigidez. Essa referência
faz lembrar o poder do dilúvio que será mencionado logo a frente.
A voz de Deus move todas as coisas, ela é poderosa porque Ele é poderoso. Quando vemos alguma coisa
grande, cometemos o erro de conferir (comparar) a Deus – Ele não é apenas incomensurável, Ele é
simplesmente o Senhor de todas as coisas. A voz dEle tem comandado a sua vida? O poder dela tem
impactado suas decisões?

Leitura Diária: 1Reis 17-19


Semana 25 | Dia 173 | Quinta | Salmo 29.7-9a

A onaturais
observar os poderes desta terra, você costuma pensar em Deus? Ao notar as grandezas
ao seu redor, você se recorda de Deus? Davi chama os poderosos da terra a
tributarem ao Senhor e ao realizar comparações entre a voz do Senhor e as grandezas deste
mundo, ele sensibiliza a temer a Deus acima de tudo.
Em continuidade ao tema sobre a voz do Senhor, o autor utiliza figuras temerosas – os
fenômenos geodinâmicos e desastres naturais (v.7-9) que causam espanto e temor – mas Deus é
maior do que todos eles. As figuras continuam fazendo sentido para nossa realidade, pois
embora o homem moderno tenha feito grande esforço na tentativa de controlar os desastres
naturais, os fenômenos geodinâmicos ainda permanecem acima da força humana. Ele diz: “a voz
do Senhor divide as chamas de fogo” (v.7) – algumas versões traduziram por “raios” ou
“relâmpagos” – entretanto, o sentido não muda, pois o relâmpago é poderoso e destruidor, tanto
quanto um incêndio na mata. Com toda a tecnologia e treinamento que o mundo urbano possui
para controlar o fogo, um incêndio continua sendo maior do que nós.
Ao dizer: “faz tremer o deserto de Cades” (v.8), a intenção da estrofe é trazer a figura do
deserto que, de forma geral, é um território assustador mesmo em nossos dias. O deserto de
Cades fica na região nordeste do Sinai, perto da fronteira com Edom, território antes habitado
pelos amalequitas, descendentes de Amaleque (neto de Esaú), que conflitaram com Israel em
direção à Terra prometida sob o comando de Moisés.
Para completar as alusões, Davi versa que a voz do Senhor “faz parir as corsas despindo
florestas” (v.9) – embora algumas versões digam “retorce os carvalhos” – a referência é sobre o
animal que, diante de uma grande tempestade onde as árvores são arrancadas pelo vento, as
corsas prenhas que saíam em fuga davam à luz, produzindo uma cena horrível e assustadora.
Fenômenos naturais são maiores do que nós, assustam e produzem temor – muitas coisas são maiores
do que nós, mas nenhuma delas é maior do que Deus. Eis uma confissão: não temo a Deus simplesmente
porque Ele é maior do que eu, pois muitas coisas são maiores do que eu. Temo a Deus porque Ele é
maior do que todas as coisas que são maiores do que eu – O temo acima de tudo porque não há nada
acima dEle.

Leitura Diária: 1Reis 20-21


Semana 25 | Dia 174 | Sexta | Salmo 29.9b

N atrêsmeditação de hoje, dando sequência ao Salmo 29, observaremos a conclusão da série de


estrofes sobre a voz do Senhor – o último verso poético que se encontra
na segunda parte do versículo 9 de nossa Bíblia.
Ao chamar os poderosos da terra a tributarem ao Senhor, Davi reconhece que o homem
pode alcançar grandezas neste mundo. Quando observamos a criação, compreendemos que Deus
fez um mundo complexo e que o homem se aplicou para dominar a ciência, o conhecimento e a
desenvolver tecnologia o suficiente para dominar a criação de Deus. Embora possa obter algum
sucesso – o homem continua a ser efêmero – diante de toda a complexidade da criação de Deus,
pois mesmo que venha a conquistar bens nesta terra, possuir poderes para subjugar reinos ou ter
domínio sobre a ciência e o conhecimento, ainda continua mortal. Deus fez coisas grandes para
lembrar o homem de que ele é pequeno, frágil e mortal, entretanto, quando compreende isso, ele
passa a viver assustado com as possibilidades de morrer diante de coisas maiores do que ele – e
teme. Esse salmo é, portanto, um chamado à humildade.
As três estrofes têm o propósito de promover o temor a Deus, demonstrando que há
fenômenos na natureza maiores do que os homens, mas incontestavelmente menores do que
Deus. O poder das águas, os Cedros, o Líbano, o Monte Sirion, o poder do fogo que devasta, o
deserto de Cades, a tempestade que desnuda florestas – tudo isso é maior do que o homem, mas
menor do que Deus.
Por que Davi, no decorrer do poema faria menção da pequenez do homem diante de suas
conquistas e diante da natureza, se não fosse para que ele temesse o Senhor de todas as coisas?
Essa é a conclusão das estrofes, ao dizer “e no Seu templo todos dizem: glória!” (v.9), de forma
similar ao Salmo 19, “todos” incluem mais do que apenas os homens lembrados de sua puerícia,
pois até mesmo a natureza se transforma num discurso de louvor e exaltação ao criador.
Quando você é lembrado de sua mortalidade, compreende a necessidade de se sujeitar a Deus? As
grandezas deste mundo o fazem pensar na mortalidade e o motivam a humilhar-se diante do Senhor?
Quando vemos alguma coisa grande, cometemos o erro de conferir a Deus – Ele não é apenas
incomparável, Ele é simplesmente a causa e o fim de tudo que existe.

Leitura Diária: 1Reis 22; 2Crônicas 18-20


Semana 25 | Dia 175 | Sábado | Salmo 29.10-11
o chegar ao final da meditação no Salmo 29, você está convencido de que
A Deus está acima de tudo? Esse reconhecimento deve se tornar um chamado a humildade.
Você está convencido de que é mortal e que a natureza é maior do que você? Esse
reconhecimento deve se tornar um chamado a temer mais a Deus do que as forças naturais deste
mundo.
A conclusão do salmo não poderia ser diferente: se Deus está acima de todos os poderosos
e poderes da terra, Ele deve ser tratado como Rei soberano.
O versículo 10 possui dois versos poéticos que descrevem o Senhor como um Rei, ao
dizer: “se assenta sobre o dilúvio”, e na sequência no verso paralelo: “se assenta como Rei para
sempre”. O dilúvio é o evento narrado em Gênesis que devastou a humanidade, reorganizando o
mundo com a família de Noé. Ninguém tem dúvida do poder do dilúvio, nenhuma catástrofe
natural descrita nos versos anteriores pode ser comparada a este cataclisma global. Num gesto
poético, Davi reduz a maior demonstração de força sobre a humanidade como sendo o lugar
onde Deus se assenta, ou seja, Ele é Senhor sobre o dilúvio – aquilo que controla toda a
humanidade de uma vez, é controlado por Ele. A expressão “Rei para sempre” é um dito
descomunal, pois O coloca como incomparável, eterno como somente Ele é – além da criação e
adiante do controle do tempo.
O Salmo 29 é um belo cântico de exaltação a Deus, mas não pode ser lido como uma
canção vazia de exigências aos seus leitores – somos chamados a humildade, convocados a
temê-lo e a nos sujeitarmos a Ele como um Rei – a conclusão completa o sentimento esperado
pelo poeta: a gratidão.
Se o salmo convence de que Deus é poderoso, grande e majestoso, o autor termina com uma mensagem
belíssima – esse Deus majestoso se inclina em misericórdia ao Seu povo. Ao escrever: “O Senhor dará a
força ao Seu povo; o Senhor abençoará Seu povo com a paz”, Davi descreve que o Senhor, que é mais
forte do que tudo, dará força aos que Lhe pertencem; que o Senhor que é Rei sobre todas as coisas,
governará o Seu povo lhe dando a paz. Essa mensagem nos leva a um senso de gratidão que faz
destacar a confissão: se o Senhor sabendo que é tão grande se inclina para abençoar pessoas que são
pequenas, pessoas que sabem que são pequenas – responderão a Ele com grande gratidão.

Leitura Diária: 2Reis 1-4


Semana 26 | Dia 176 | Domingo | Filipenses 1

Vivemos em um mundo entristecido, caracterizado pela insatisfação, desespero, depressão e


tristeza. Um mundo que define felicidade pelo sucesso alcançado ou
pelo bem adquirido, ou seja, felicidade relacionada aos acontecimentos da vida, alguns
acontecimentos, de modo ocasional, ganham a sua importância. A alegria, na perspectiva
bíblica, é parte integrante e essencial na vida de todo cristão. Somente os cristãos podem
desfrutar da verdadeira e duradoura alegria porque ela vem de Deus, é um presente divino,
“Mais alegria me puseste no coração...” (Sl 4.7, ARA). A alegria é marca da presença do
Espírito Santo na vida do crente, é produto da ação do Espírito Santo na vida daquele que confia
a sua vida ao Senhor Jesus, de modo que a cada provação e dificuldades que aparecem durante a
vida somos sempre lembrados pela Palavra de Deus de que estamos firmados em algo maior do
que as circunstâncias. Esses momentos de tribulação e tristeza nos lembram que somos
imitadores de Jesus Cristo (2Co 6.2). Sabendo disso, passamos pelos períodos de tristeza e
grandes aflições sempre nos alegrando. Pedro reforça a mesma ideia em 1 Pedro 1.6 quando diz:
“Nisso vocês exultam, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejam contristados
por várias provações.”
Nem sempre há motivos para nos mantermos alegres. Algumas vezes sentimos que tudo ao nosso redor
está desmoronando, outras vezes pode ser que enxerguemos as ocasiões e as circunstâncias ao nosso
redor como eventos que nos direcionam para longe de um viver alegre. Mas saiba que a fonte da nossa
verdadeira alegria é o Senhor. NEle, podemos experimentar a plena satisfação e o descanso em saber
que nossa alegria vem de uma fonte inesgotável. Nossa alegria é o Senhor!
Semana 26 | Dia 177 | Segunda | Filipenses 1.3-5

D esfrutar de uma vida alegre é um privilégio que somente os salvos podem experimentar.
Uma vida na qual, mesmo diante dos problemas, das circunstâncias e de todas as
dificuldades, o cristão tem a força necessária dada pelo Espírito Santo para produzir um
sentimento de paz, tranquilidade, contentamento, satisfação e deleite. Paulo nos mostra
elementos que nos fazem desfrutar com mais qualidade a nossa alegria. No nosso texto de hoje,
ele nos lembra o que Deus já fez por nós. É preciso resgatar momentos nos quais Deus, de
maneira graciosa, nos concedeu livramento e paz.
Lembre-se com doce memória dos dias que Deus o livrou das noites mais escuras, das
angústias mais insuportáveis, dos momentos de necessidade em que ele, de maneira milagrosa, o
socorreu. Lembre-se das pessoas, mesmo que cheias de falhas, que Deus usou para lhe dar a paz
almejada, a alegria inesperada. Outro elemento dessa alegria é a oportunidade e o prazer em orar
pelos outros, a alegria em pedir para que Deus derrame Suas bênçãos sobre a vida de outras
pessoas, longe de qualquer sentimento egoísta ou egocêntrico, aquela oração que produz um
deleite pelo bem-estar do próximo. A comunhão é outra característica de uma pessoa alegre.
Estar com essas pessoas torna mais fácil a vida difícil; compartilhar as lutas e dificuldades
produz a oportunidade de outras pessoas participarem das lutas uma das outras. Essa realidade
deve estar presente não só na necessidade, mas também nos dias de bonança. Outras pessoas
estão orando por você. Permita-se ser alvo das orações de pessoas que compartilham da mesma
fé em Cristo Jesus!
Deus nos dá a oportunidade de sermos alegres. Precisamos entender o papel do Espírito Santo em
nossas vidas, que produz em nós alegria. Lembre-se do que Deus fez por você e seja grato! Tenha
prazer em orar pelos outros e alegre-se na oportunidade de estar em comunhão com os irmãos! De fato,
a beleza da comunhão só pode ser desfrutada porque Deus em Cristo, por meio da Sua graça, nos
tornou um.

Leitura Diária: 2Reis 5.1-8.15


Semana 26 | Dia 178 | Terça | Filipenses 1.9-11

H áresponsabilidade
muita expectativa no nascimento de um bebê. Trata-se do início de uma longa jornada de
e dedicação. Meus pais contam que certa vez me levaram ao médico,
preocupados com o meu tamanho. A resposta do médico foi que eles olhassem para o
tamanho deles, pois ambos eram de estatura baixa. Não havia muito o que fazer. Na vida cristã
também precisamos ter a preocupação com o nosso desenvolvimento, ou seja, devemos estar
sempre crescendo. Há fundamentos que servem de base para o nosso crescimento e um deles é o
amor. Somos amados pelo Senhor nosso Deus e Seu amor nos conduz à excelência e à difícil
realidade da vida cristã. O amor não é impulsivo e desregulado, muito menos uma emoção
desvinculada de sentido; o amor que nos impulsiona para o crescimento na vida cristã é
criterioso e, algumas vezes, sacrificial, abnegado e altruísta, humilde e gracioso.
Outro aspecto fundamental no crescimento da vida cristã é a excelência. O apóstolo Paulo
nos recomenda experimentar coisas excelentes. Tal decisão é produto de uma sincera reflexão
sobre a vida e permite ao cristão realizar discernimentos e buscar coisas excelentes. Além disso,
podemos distinguir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, o que nos permite fazer
escolhas excelentes, pensar e enxergar os privilégios da vida cristã, sem a necessidade de viver
de emoções. Amor e excelência nos levam à integridade e à sinceridade, bem como a uma vida
que busca o crescimento no Senhor de maneira clara como a luz do sol, sem a obscuridade que
pode expor as falhas de caráter. As pontas soltas de um tecido, se puxadas, destroem os fios.
Nossa vida cristã deve ser clara e sem pontas para que possa resplandecer mais e mais como a
luz da aurora.
Devemos batalhar pelo nosso crescimento, olhando para Cristo, o Autor e Consumador da nossa fé,
definindo bases para isso. Reconhecer o amor de Deus, viver com discernimento, com excelência e
transparência, sem nada a esconder.

Leitura Diária: 2Reis 8.16-29; 2Crônicas 21.1-22.9


Semana 26 | Dia 179 | Quarta | Filipenses 1.12-24
alvez você nunca tenha parado para medir o nível de sua espiritualidade, talvez
nunca tenha se perguntado: “Quão espiritual eu sou?” As provações e aflições são
um bom método para tal questionamento. O que é preciso acontecer para roubar a sua alegria no
Senhor e sua satisfação nele? Uma vida controlada pelo Espírito Santo deve sempre produzir
regozijo. Devemos nos alegrar em toda e qualquer circunstância, mesmo que as coisas não
aconteçam do nosso jeito ou como queríamos. Normalmente, uma mudança repentina nas
circunstâncias em nossas vidas, grandes dificuldades — confusão, provações, tempos difíceis,
ataques, desacordos, ambições não realizadas, desejos não atendidos, conflitos, relacionamentos
tensos, expectativas irrealistas não atendidas — todas essas coisas podem nos desequilibrar.
Quando isso acontece, a alegria é perdida e a amargura toma seu lugar. Jesus disse: “Neste
mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (Jo 16.33) A chave
para superarmos momentos como esses é entender que a fonte da nossa alegria é o Senhor Jesus.
Não somos dominados pelas dificuldades. Jesus é o nosso Senhor. Alegre-se no Senhor! Alegre-
se sempre no Senhor! Não se preocupe! Jesus é a fonte da nossa alegria. O apóstolo Paulo
recomenda que prossigamos, apesar dos obstáculos, que sigamos em frente. Devemos imitar os
primeiros cristãos que, apesar das dificuldades e provações, mantiveram seus pensamentos no
Senhor, de modo que desenvolveram sua fé, não por conta das circunstâncias, mas por causa de
Cristo e das suas promessas.
O que costuma roubar a sua alegria? O que o faz perder o ânimo? Ainda estamos nesse mundo sujeitos
a todas as dificuldades que o envolvem. Mas precisamos compreender que nossa alegria está
fundamentada no Senhor; em Cristo não somos frustrados, nem desanimados. Nele descansamos e
encontramos a real e genuína felicidade. Nossa alegria deve estar no Senhor.

Leitura Diária: 2Reis 9-11; 2Crônicas 22.10-23.21


Semana 13 | Dia 180 | Quinta | Filipenses 1.27-30
ize-me com quem andas, e eu te direi quem és” é um ditado popular que
D expressa a realidade dos laços de integração que podem ser desenvolvidos
em diversos grupos existentes na nossa sociedade. Mas há uma forma que
define e descreve o modo como o cristão deve andar? A Bíblia diz que
sim. Em nosso texto, o apóstolo Paulo afirma que devemos andar de modo
digno do evangelho de Cristo. Isso reforça que todo cristão que anda de
acordo com o evangelho o faz na credibilidade de Cristo. O nosso
comportamento deve ser padronizado no nível das exigências da nossa
nova cidadania, observadas na Palavra de Deus. Somos cidadãos do reino
dos céus. A pessoas que não pertencem ao Reino de Deus devem olhar
para a igreja de Deus e ver o diferencial na vida dos cristãos: a vida de
Cristo refletida nos membros do Corpo de Cristo. O destaque que deve ser feito nos versos
lidos é que: todo cristão deve levar uma vida digna do evangelho. Paulo lista quatro
características de uma igreja digna: 1. Estar em pé: significa proceder de acordo com a
lealdade que o Senhor merece. Tem a ver com santidade, piedade, obediência, pureza. 2.
Compartilhar: o desejo de Paulo era que houvesse mutualidade, união e apoio. 3. Esforço:
temos um objetivo, lutamos juntos pela fé no evangelho. Nosso objetivo é preservar a Palavra
contra a hostilidade. 4. Sofrimento: se uma igreja fizer o que deve fazer, ela sofrerá, porque
nos foi concedida a graça de sofrermos com Cristo. Sofremos quando somos hostilizados,
perseguidos, rejeitados pela fé que temos no Senhor Jesus Cristo.
Temos o privilégio de ser considerados cidadãos de outra pátria, aguardado a entrada no porvir. Mas
enquanto estamos aqui, devemos ter plena consciência das características da igreja de Cristo. Devemos
permanecer firmes, comportando-nos de maneira digna do evangelho de Cristo.

Leitura Diária: 2Reis 12-13; 2Crônicas 24


Semana 26 | Dia 181 | Sexta | Filipenses 2.1,2

A lgumas vezes, quando eu e meu irmão brigávamos, meu pai, como um bom pastor, passava
um sermão em nós. Suas palavras ecoavam na intenção de entendermos que deveríamos ser
unidos porque, no futuro, seríamos somente nós dois. Na prática, nosso pai nos punha
abraçados por 10 minutos para que nos acostumássemos um com o outro. Esse procedimento
marcou a minha vida, exemplificando o que deveria ser a união. A igreja do Senhor também
deve ser unida. Mais do que externada por abraços, a nossa união tem origem no Senhor. Nossa
união é interna, não externa. Ainda haverá a possibilidade de discórdia, mas mesmo vivendo em
perspectivas diversas, somos chamados à vida em união. Não somos unidos por interesses ou
desejos particulares, mas de coração, mente, alma e atraídos pelo mesmo poder, o do Senhor
Jesus Cristo. Como disse, a discórdia é uma possibilidade, uma tragédia que debilita a igreja.
Cristo nos encoraja a sermos unidos, a recebermos consolação de amor e a experimentarmos a
compaixão do Espírito Santo. Não existe benefício e nem beleza na desunião. Diante de tudo o
que recebemos do nosso bondoso Deus, devemos retribuir com amor expresso na união do povo
de Deus.
O que causa desunião e desânimo na igreja do Senhor? Talvez um afeto não correspondido por alguém?
Talvez uma expectativa criada e frustrada por não estar no nível desejado? Talvez uma resposta dura
ou indelicada feita por alguém querido? Muitas razões podem surgir para justificar a desunião. Mas os
motivos para a união são eternamente superiores. Devemos ser unidos porque a fonte da nossa união é o
Senhor Jesus Cristo. Que o nosso bondoso Deus nos faça enxergar o nosso pecado, atos violentos e
ingratos! Que Deus nos ajude a enxergarmos nosso estado e nos proteja da discórdia! Que diante de
todas as bênçãos que recebemos do Senhor, possamos manter o vínculo da paz!

Leitura Diária: 2Reis 14-15; 2Crônicas 25-27


Semana 26 | Dia 182 | Sábado | Filipenses 2.3-5

C omo e quais são os meios para que possamos desenvolver uma boa unidade espiritual? O
texto de Filipenses 2.3-5 nos incentiva a buscarmos um padrão diferente de conduta, visando
à união. Sem egoísmo é a orientação dada para desenvolvermos uma união exemplar.
Significa que não devemos nutrir espírito partidário, facções, rivalidades. Outra atitude que deve
ser evitada para construirmos um espírito unido é a busca pela vanglória. Evite o orgulho, a
autopromoção! Busque a humildade! Jesus veio salvar os humildes de espírito, os mansos. Ele
ouviu as orações dos abatidos. Outro meio que nos faz unidos é o cuidado com os outros, a
oportunidade de nos envolvermos com outros irmãos. A ideia é que enquanto nos ocupamos
com nossos próprios interesses e nossas preocupações devemos também nos importar com as
outras pessoas. Cristo deve ser o nosso modelo: Ele foi humilhado, cuspido, maltratado e morto.
Cristo não olhou para as suas próprias necessidades, mas para os outros como superiores a ele!
Devemos buscar um padrão elevado de união espiritual, que só pode vir por meio de dedicação; nosso
modelo é o Senhor Jesus Cristo. Mesmo sendo maltratado, humilhou-se até a cruz para que pudéssemos
ter a salvação eterna. Elimine o que atrapalha você nessa busca para pelo padrão elevado de união.

Leitura Diária: Jonas 1-4


Semana 27 | Dia 183 | Domingo | Filipenses 2.5-8

J esus é o modelo de unidade espiritual. A preocupação é que a igreja de Cristo seja uma
evidência espiritual desde os primeiros versos do capítulo 2 de Filipenses. Chegamos aos
versículos 5-8 e a pergunta que surge é: quer saber como é ser uma igreja unida na prática? O
apóstolo Paulo demonstra isso por meio do exemplo de Jesus Cristo. Cristo é o modelo de
humildade. Parafraseando, ele mesmo disse isso quando afirmou: “Aprendei de mim, porque
sou manso e humilde de espírito. É dessa maneira que quero que vocês amem, de maneira
sacrificial.” Jesus, o Deus do universo, veio a esta terra e se limitou assumindo a forma de um
homem, embora estivesse em outro patamar. O Deus eterno não contou como algo que devesse
se agarrar e assumiu a forma de um homem, mortal, limitado. Todos os que foram alcançados
com a graça de Deus vivem como cidadãos de outro reino. Não devemos nos apegar a isso, mas
devemos viver de maneira humilde. A humildade de Jesus nos ensina como alcançar a união.
Cristo é o nosso modelo de união, devemos ser parecidos com Cristo inclusive na forma como ele
procedeu no processo da redenção. Jesus nos deu o exemplo a ser seguido. Ele nos convidou para
sermos mansos e humildes, vivendo de modo a não nos apegarmos às coisas que temos, mas viver de
modo que possamos refletir Cristo por meio de nossas vidas.

| 201 |

Semana 27 | Dia 184 | Segunda | Filipenses 2.5-8

O mesmo texto de ontem? Sim! A razão disso é porque aqui temos o maior milagre que Deus
realizou. Jesus se tornou homem para que pudesse morrer por nós. Ele não é só o nosso
modelo perfeito. Embora Jesus tivesse todo o direito de reivindicar sua soberania e se
agarrar a ela, Ele resolveu não se apegar a isso e renunciou ao Seu direito, suas vantagens e
privilégios como Deus. Isso não significa que ele tenha deixado de ser Deus. Se assim o fosse,
ele ainda estaria pendurado na cruz. Mas Cristo deixou a glória imediata de Deus pela presença
dos homens, trocou o louvor dos anjos pelas cusparadas dos homens, o lar celestial pela prisão
que antecedeu sua morte. Esvaziou-se da glória imediata. Esvaziou-se de autoridade
independente, deixou de lado o exercício voluntário de sua própria vontade. Esvaziou-se do
direito de ser igual a Deus em gloriosa majestade e poder. Deixou de lado o direito ao uso das
suas características como Deus. Deixou de ser onisciente? Não. Onipotente? Não. Deixou de ser
Deus? Não. Simplesmente não usou os Seus atributos. Também abriu mão da sua riqueza,
tornando-se aqui na terra terrivelmente pobre.
Tudo isso é teologicamente incrível; sem dúvida. Mas hoje o mais importante é a razão
pela qual Paulo dá essa aula de cristologia, a saber, “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo
Jesus”.
A morte de Cristo na cruz é o maior milagre que aconteceu na história da humanidade, mas para isso
acontecer algo extremo foi necessário. Cristo se esvaziou e isso foi algo extremamente custoso para
Ele: foi sacrificial. Jesus nos salvou, mas para isso ele teve que abrir mão de toda a Sua glória para nos
redimir. E isso nos dá uma lição: viva para Cristo, de modo que Seu exemplo de humildade seja uma
marca na sua vida como seguidor de Cristo.

Leitura Diária: Amós 1-5


Semana 27 | Dia 185 | Terça | Filipenses 2.9-11

A humildade nem sempre é uma ideia aceita pela sociedade, mas é o princípio bíblico para
aqueles que buscam a união da igreja de Cristo Jesus, do mesmo modo como foi para Jesus,
o resultado da vida de humildade é a exaltação. Esse é um princípio não ensinado apenas
por Paulo, mas pelo próprio Senhor Jesus, quando afirmou: “Pois todo aquele que a si mesmo se
exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt 23.12).
Esse é um princípio que, na administração de Deus, anda na contramão da sociedade. Vez por
outra nos deparamos com afirmações de que quem se humilha será exaltado, é servindo que
seremos servidos, quem quer ganhar a vida deve perdê-la. Deus exaltará os humildes e
demonstra esse fato quando exaltou o Senhor Jesus Cristo que foi ressuscitado, colocado em
posição de majestade. A Jesus foi dado um nome com honra quando foi chamado de Senhor. No
futuro, todo joelho se dobrará diante do Senhor. Quem crê no Senhor Jesus como Salvador
precisa entender que a busca e o percurso para a construção de uma união saudável levam a
exercer a humildade e, no fim das contas a humildade será recompensada, assim como foi com
o Senhor Jesus Cristo.
Somos salvos para sofrer junto com Cristo, reconhecemos a dificuldade que é ser cristão nessa terra,
mas somos chamados à humildade. A vida cristã, bem como as dificuldades e desafios que a
acompanham serão recompensadas por Deus quando o Senhor nos exaltar. Tal exaltação só é possível
por conta da redenção realizada na cruz pelo Senhor Jesus Cristo.

Leitura Diária: Amós 6-9


Semana 27 | Dia 186 | Quarta | Filipenses 2.12

D eacreditam
quem é a responsabilidade pelo seu desenvolvimento espiritual? Algumas pessoas
que tal tarefa pertence integralmente a Deus, outras pensam ser isso uma
responsabilidade integral da pessoa. A instrução dada por Paulo é: “...desenvolvam a sua
salvação...”. O ponto chave no verso está em destaque: trabalhe na sua salvação. Essa afirmação
não tem relação com a obra salvífica de Jesus Cristo, mas com o resultado que vem quando
alguém é salvo. Em outras palavras, pode ser entendido como: já que você é salvo, desenvolva a
sua salvação para alcançar a plenitude, viva em uma busca diligente para descobrir e viver os
resultados da salvação ofertada pelo Senhor Jesus Cristo. A ideia é comparável à extração de
pedras preciosas de uma mina. A riqueza e os valores estão lá enterrados, mas a tarefa de extrair
as riquezas é do minerador. Todo crente precisa externar todas as preciosas pedras de caráter
que Deus implantou com a salvação. Devo explorar o que já é meu, vivendo todos os dias de
modo santo. É o processo de colocar para fora tudo o que Deus concedeu com a salvação.
Fomos salvos em três aspectos basicamente: (1) fomos posicionalmente salvos com o ato de
Cristo na cruz. Nesse sentido, passamos de filhos das trevas para filhos da luz; (2) estamos
sendo salvos hoje do poder do pecado; e (3) somos salvos da condenação do pecado. Enquanto
estamos em processo aqui na terra, precisamos externar as riquezas da salvação ofertada por
Deus.
Trabalhe na sua salvação hoje! Estamos aguardando a glorificação. Até lá, precisamos viver a
perseverança dos santos. A salvação é um trabalho exclusivo de Deus. Mas o processo de salvação
demanda expor todas as riquezas que foram implantadas por Deus. Em 1Timóteo 4.15 Paulo diz:
“Medite estas coisas e dedique-se a elas, para que o seu progresso seja visto por todos.” Trabalhe a sua
salvação!
Escreva algumas mudanças ou melhorias que você pode implementar hoje em sua vida para que isso
aconteça!

Leitura Diária: Oseias 1-5


Semana 27 | Dia 187 | Quinta | Filipenses 2.13

É soais, dotados de exclusividade e detendo o sentimento de medo. O nosso Deus, comum

percebermos que as divindades criadas pela humanidade são seres impes-

o Deus da Bíblia, é pessoal e está envolvido com Seus filhos. O Deus da Bíblia tomou a
iniciativa de Se comunicar com o ser humano. Ele busca um relacionamento íntimo e profundo
quando vem morar no crente. Ele faz isso não porque dependa do ser humano para existir, mas
por sua própria satisfação e alegria em realizar a sua própria vontade. Nós cristãos, salvos pela
graça de Deus, temos o privilégio não só de servir ao Deus do universo, mas de manter um
relacionamento verdadeiro com ele. Nós conversamos com Deus e O ouvimos falar,
experimentamos o Seu conforto, sentimos o Seu consolo e a Sua paz. Temos a oportunidade de
cumprir sua vontade que só pode ser cumprida com ajuda divina; algo que torna a ação de Deus
mais impressionante. Deus nos ajuda a cumprir as suas próprias exigências. Ele trabalha em nós
para realizar Seu próprio prazer, para efetuar o que Ele exige. Na prática seria assim: Deus nos
chama para sermos santos, e trabalha em nós para efetuar a santidade exigida. Essa é a vida
cristã, Deus habitando em nós. Esse é o progresso da santificação, é a movimentação do crente
para ser parecido com Cristo. Por isso Deus exige tudo o que nós somos, mas também exige
tudo o que Deus é em nós e tem investido em nós; essa é a singularidade da vida do crente.
Deus está trabalhando em você. O mesmo Deus que o justificou, vai trazer a santificação. Deus,
imutável, glorioso, soberano, majestoso, justo, santo, gracioso, misericordioso, aquele que governa
todas as coisas e sempre cumpre a sua vontade, está trabalhando em e por você. Ele nunca se frustra;
sempre faz o que deseja.

Leitura Diária: Oseias 6-9


Semana 27 | Dia 188 | Sexta | Filipenses 2.14-16

N ormalmente, reclamamos quando estamos insatisfeitos. É comum demonstrarmos


insatisfação quando estamos desconfortáveis. Não é de admirar se você perceber que há
várias pessoas dentro das igrejas que têm o hábito de reclamar. As reclamações poder ter
diversas razões: descontentamento, orgulho, egoísmo. Enfim, percebe-se que há pouca ou
nenhuma gratidão, lealdade, contentamento. Em Filipenses 2.14, o verbo usado na língua
original do Novo Testamento para designar tal comportamento reprovável é “rejeitar,
resmungar, murmurar, pronunciar palavrões e ofensas”. Ou seja, algo bem forte e que evidencia
imaturidade espiritual.
Por outro lado, não reclamar é uma atitude básica de quem está crescendo e desenvolvendo
a salvação. Deus não aprova a atitude de reclamação, murmuração ou disputa. Três razões
explicam por que devemos parar de reclamar: (1) Somos filhos de Deus, feitos para sermos
irrepreensíveis, (2) Quando murmuramos e reclamamos, confrontamos e afrontamos a Deus, (3)
Representamos Deus nesta terra, de modo que o mundo nos observa e rende graças ao Senhor,
ou não. É a vida de Deus em nós.
Devemos parar de reclamar dos líderes espirituais, do pastor e outros que cuidam de nós.
Seu pastor, por exemplo, é instrumento de Deus em sua vida; é responsável, em parte, pelo seu
crescimento espiritual. Ele o acompanha, ora por você e, no futuro, você fará parte da glória que
lhe está reservada pelo investimento feito.
O trabalho de Deus na sua vida não para. E você tem parte nesse processo. Murmuração e reclamação
claramente atrapalham esse progresso. Isso porque concentra as atenções em um padrão próprio, em
um critério egoísta. Deus nos chama para o contentamento. Somos Seus filhos e devemos ser luz no
mundo. Somos parte da glória destinada aos nossos líderes espirituais.
Como você tem lidado com as frustrações na vida? Com ação de graças ou murmuração? Você tem se
diferenciado da “geração” atual? Como tem lidado com aqueles que cuidam de você?

Leitura Diária: Oseias 10-14


Semana 27 | Dia 189 | Sábado | Filipenses 2.17-18
xiste alegria em servir. Quando uma pessoa está sinceramente comprometida com
E Cristo, quando é verdadeiramente piedosa, verdadeiramente espiritual, crescendo
espiritualmente na intimidade com Cristo e com a sua Palavra, sempre haverá alegria em
servir. Nos versos 17 e 18 Paulo dá um testemunho da sua própria vida e de como ele se sente
junto com o Senhor. Em outras palavras, declara que está oferecendo a sua vida de bom grado,
está contente e alegre em servir. É um processo individual, uma imagem construída de um
simbolismo do Antigo Testamento em que o animal era oferecido em lugar de uma pessoa.
Assim, Paulo oferece a sua vida como libação, como oferta, uma vida de serviço oferecida no
ministério. Talvez o momento que Paulo vivia não fosse o que ele esperava. Preso, acorrentado
todo o tempo com um soldado romano, mas sem reclamar, sem murmurar, totalmente dedicado
a servir outras pessoas; ele confirma o seu compromisso com o Senhor nessa tarefa. Uma vida
toda sendo gasta no serviço do Senhor. Tal atitude é reflexo de um coração humilde. O sacrifício
não era feito por orgulho, mas sim com humildade para o Senhor, pregando, ensinando, vivendo
para Cristo, proclamando o evangelho.
Temos a oportunidade de servir a Cristo por meio de nossas vidas, mas só estaremos prontos para fazer
isso se reconhecermos que somos aperfeiçoados dia após dia para crescer em santificação. Sabendo
disso, reconhecemos que o poder de Deus em nossas vidas nos habilita para oferecermos nossas vidas
em serviço ao Senhor com grande alegria. Há alegria suprema em servir ao Senhor.

Leitura Diária: Isaías 1-4


Semana 28 | Dia 190 | Domingo | Filipenses 2.19-24

P orexemplo
que os exemplos são importantes? Por que algumas vezes é mais fácil ensinar mostrando o
do que simplesmente falando ou comunicando, formulando regras ou padrões? A
resposta para essas perguntas está no fato de que a oportunidade de exercitar o que se diz é a
capacidade de viver na prática o que se espera de um cristão, por meio do exemplo. Dessa
forma, saímos da esfera e do campo teórico e passamos para o exercício do que já foi
assimilado. Paulo, Timóteo e Epafrodito, embora cada um tenha a sua particularidade, todos
ilustram um mesmo princípio de serviço altruísta, humilde e espiritual. Paulo exemplifica a sua
vida de serviço sem reclamação, murmuração ou queixas. Tudo o que fazia desenrolava na sua
intenção de servir de maneira sacrificial e alegre ao Senhor. Timóteo exerceu na prática a
oportunidade de realizar e fazer com que a união do povo fosse presente em todos os lugares.
Tal união era necessária para encorajar o povo que enfrentava perseguições e falsas doutrinas.
Ele teve a oportunidade de reencontrar Paulo e alegrar o seu coração quando trouxe notícias do
povo de Deus. Timóteo viveu na prática uma vida de serviço ao Senhor.
Ser exemplo é a oportunidade de viver o que se prega e dizer para todos que construir uma vida
autêntica é possível. Algumas pessoas, muitas vezes, inundadas pela prática do pecado, vivem uma vida
de aparências, mas quando decidem viver no serviço do Senhor elas têm a oportunidade de mostrar
uma vida piedosa. Devemos servir ao Senhor, e esse serviço precisa ser inundado pelo amor a Deus,
exercido de modo altruísta, humilde e espiritual. Quem está seguindo seu exemplo hoje? Como você tem
impactado vidas com o estilo de vida cristã que você vive?
Semana 28 | Dia 191 | Segunda | Filipenses 2.25-30

Q uando servimos ao Senhor, não devemos esperar qualquer tipo de reconhecimento.


Epafrodito é um exemplo de servo e de como podemos servir como Jesus serviu. Ele
exemplifica o que Jesus fez aqui na terra, sem desejar elogios, sem nada ganhar, sem ser
reconhecido como apóstolo ou grande pregador. Não havia nada de extraordinário na vida de
Epafrodito, nada proeminente. Ele era apenas mais um entre todos. Digno de ser evidenciado,
pois é um exemplo de como muitos de nós servimos nos bastidores. Não é dito muita coisa
sobre ele, não sabemos quem são seus pais, de onde veio e muito pouco sobre sua história.
Epafrodito é exemplo de piedade. Recebeu a confiança de estar próximo ao apóstolo Paulo.
Nada indica que Epafrodito tenha sido reconhecido como mestre ou professor, mas isso não
significa que ele não soube servir nessas áreas. Paulo não teria ao seu lado alguém que não fosse
servo. Ele é chamado por Paulo de meu irmão, meu colaborador, meu companheiro soldado.
Viver a vida cristã é colocar em prática todo o conjunto de saberes que aprendemos e assimilamos
através da Palavra de Deus. De nada serve encher-se de conteúdo e não ter a oportunidade e nem o
interesse de colocá-lo em prática. A Bíblia não é um livro de regras, mas um livro que transforma vidas
que agradam e servem ao Senhor. Devemos servir ao Senhor e ser exemplos práticos de vida cristã.
Dentre esses exemplos, a busca intencional de preencher necessidades ao nosso redor e servir às pessoas
que encontramos é o ápice da vida cristã. Escreva (sinceramente) como você tem sido quanto a isso.

Leitura Diária: Isaías 5-8


Semana 28 | Dia 192 | Terça | Filipenses 3.1-3

O Nesse texto,quePaulo
diferencia e destaca o verdadeiro cristão daqueles que não pertencem a Cristo?
quer destacar que realmente existe diferença. No texto é dito que existem
dois grupos. O primeiro fala de pessoas semelhantes a cães, maus obreiros e falsos
circuncisos. O segundo é composto por aqueles que adoram a Deus e glorificam a Jesus Cristo e
não confiam na carne. Em suma, o texto faz distinção entre os que são religiosos, mas que ainda
vivem sob o poder do pecado e da carne e os que vivem sob o poder do Espírito Santo e não
confiam em si mesmos para a salvação. Esse tema é recorrente no Novo Testamento, e vez por
outra somos confrontados pela Palavra para analisarmos se realmente permanecemos na fé no
Senhor Jesus Cristo (cf. 2Co 13.5). Talvez a melhor pergunta para ser feita é: onde eu me
encaixo? Analise se você realmente é um cristão! Verifique se você recebeu a salvação em Jesus
Cristo por meio de Sua morte e ressurreição como um presente de Deus. Se você a recebeu
confessando seu pecado e voltando-se para Cristo. Efésios 2.8,9 diz: “Porque pela graça vocês
são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que
ninguém se glorie”. Se esta tem sido a sua experiência, você é a verdadeira circuncisão. Por
outro lado, se você está fazendo qualquer coisa para ganhar a salvação de Deus, isso significa
que você é falsa circuncisão, isto é, apenas um religioso.
A salvação que Deus oferece não é evidenciada pela nossa religiosidade, que é enganosa e prejudicial.
Deus quer verdadeiros crentes, salvos pela graça de Deus, e que realmente estejam comprometidos com
Deus e Sua Palavra. Cuidado com os falsos mestres e falsos crentes cuja intenção é fazer discípulos
iguais a eles ou piores que eles. A vida dos verdadeiros cristãos é evidenciada por um relacionamento
íntimo e profundo com Deus, não um ritual. Nesse relacionamento há justiça, não religião.

Leitura Diária: Isaías 9-12


Semana 28 | Dia 193 | Quarta | Filipenses 3.4-8

Viver para Jesus Cristo, ser salvo pela Graça de Deus, é reconhecer que a justiça de
Deus se fez real na sua vida de tal forma que a transformou de um processo religioso centrado
em si mesmo e sem sentido para uma vida de adoração, serviço e submissão a Jesus Cristo. Em
outras palavras, uma vida que glorifique a Deus, sem enganos, sem processos que mudam a
mensagem de Cristo ou Sua Palavra. Não confiar na carne é a instrução de Paulo. Mesmo ele
tendo todo o reconhecimento dos judeus por conta de sua história e preparo, e mesmo tendo
todas as credenciais para ser um religioso orgulhoso, Paulo abandona tudo e, com seu exemplo,
nos mostra que nada disto importa para a obra de Cristo: suas antigas credenciais, sua antiga
tradição e sua antiga prática ritualística. Cristo nos presenteou com Sua graça, e não há orgulho
nisso, mas há fidelidade a Deus. A salvação não é produto de um ritual, nem por linhagem ou
raça ou por posição ou status. A salvação não é por tradição nem produto da religião, nem por
sinceridade ou justiça da lei.
A salvação oferecida por Jesus Cristo é produto da graça de Deus. Muitas pessoas podem se confundir
pensando estar no caminho certo, talvez porque estejam imitando alguém ou por um comando ou por
obrigação, mas a salvação dada por Jesus Cristo é resultado da obra que Cristo fez na cruz, pagando o
preço da ira que estava sobre Ele e que pertencia a nós, os pecadores.

Leitura Diária: Miqueias 1-4


Semana 28 | Dia 194 | Quinta | Filipenses 3.8-11

A lgumas pessoas podem ter uma leitura sobre elas mesmas de modo grandioso, talvez pelos
recursos financeiros ou por conta do histórico familiar e sua relevância
na sociedade, valores que o mundo busca. O apóstolo Paulo, ao considerar todas essas
coisas, definiu-as como sendo lixo. Vale a pena trocar por Jesus Cristo todos os bens materiais
ou a opinião sobre si mesmo. Essa é uma troca de todas as suas riquezas e obras por tudo o que
Jesus Cristo infinitamente é e fez. Eu troco tudo o que sou por Jesus Cristo. Uma pessoa que
está disposta a viver para Cristo está disposta a pagar o preço por segui-lo. Qualquer que seja o
custo, ela está disposta a abandonar tudo por Cristo. E se alguém perguntasse a Paulo: o que
você daria em troca por Jesus Cristo? Ele responderia: darei tudo em troca da minha alma
porque é valiosa, estou disposto a entregar tudo por Cristo. Esta é a mensagem: Cristo nos salva.
Outra coisa além disso é idolatria.
Sua relevância e importância na sociedade não garantem a salvação em Jesus Cristo; só Jesus Cristo
salva. Todo aquele que realmente quer seguir a Cristo deve estar disposto a entregar tudo a Cristo.
Paulo considerou que tudo o que podemos achar importante sobre nós mesmos é considerado sem
valor, sem sentido, sem razão, ou seja, como lixo quando se trata de alcançar a salvação. Entregue-se a
Cristo como oferta para sua salvação. Tenha certeza de que isso já é uma realidade, glorifique a Deus e
viva de maneira digna da salvação que lhe alcançou.

Leitura Diária: Miqueias 5-7


Semana 28 | Dia 195 | Sexta | Filipenses 3.12-16
ma das analogias que o apóstolo Paulo usa para descrever a vida cristã é a
figura de um atleta, pois todo o maratonista faz o percurso para alcançar um
objetivo. Todo o cristão, assim como um atleta, também faz um percurso, mas a maratona cristã
é percorrida com o objetivo: alcançar o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo.
Devemos viver do mesmo padrão que recebemos de Jesus, porque ainda não alcançamos a
perfeição. Precisamos continuar correndo a maratona da vida cristã. Existem algumas razões
para isso e uma delas é que nossa corrida cristã não só glorifica a Deus, mas também evidencia
que fomos regenerados, fomos alvos da graça de Deus. Isso se torna visível para todos que
somos diferentes, estamos em processo de mudança para o modo de viver de Cristo. Nossa
corrida cristã também torna a verdade de Deus clara e pode ser apreciada por todos. Nossa
corrida cristã garante segurança. Conseguimos realmente entender que pertencemos a Deus e
estamos seguros nele.
Continue correndo, motivado não por interesse pessoal ou egoísta, mas com a clara percepção de que,
quando corremos, glorificamos a Deus. Nossa atitude revela claramente que reconhecemos a Deus como
o Senhor de nossas vidas. Enquanto corremos, evidenciamos na prática que fomos regenerados e que
vivemos de modo diferente, sabendo que outras pessoas olham para nós. Quando isso acontece,
podemos direcionar para Deus nosso modo de proceder.

Leitura Diária: 2Reis 16-17; 2Crônicas 28


Semana 28 | Dia 196 | Sábado | Filipenses 3.17-21

O objetivo da vida cristã é sermos semelhantes a Jesus Cristo. Para buscar e alcançar esse
objetivo, devemos estar diretamente comprometidos com a vida de santidade. Muitas vezes,
durante a caminhada cristã, podemos perder de vista o nosso objetivo. Podemos perder o
foco quando buscamos respostas para nossas dúvidas. Algumas pessoas buscam a Deus e ao Seu
povo para suprir uma solidão, outras para responder as suas curiosidades, outras para se
sentirem importantes, mas nada disso reflete nosso objetivo. Se houver desvio de propósito,
você já perdeu o foco. Todo aquele que buscar ser semelhante a Cristo, tem a Palavra de Deus
como base para sua vida. Um crente cheio do Espírito Santo e que deixa a Palavra de Deus
habitar em sua vida progride fielmente em direção ao objetivo. Algumas recomendações para
alcançarmos o objetivo: 1. Seguir exemplos; algumas pessoas podem nos ensinar na prática
como devemos proceder; 2. Fugir dos inimigos; 3. Focar nas expectativas.
Algumas igrejas estão fracas e desestimuladas porque perderam o foco. A simplicidade da
vida cristã é ser como Cristo. Isso nos envolve de tal maneira que seremos plenamente supridos
em todas as áreas. Garante que nós viveremos para glorificar a Deus, também garante que todos
os nossos relacionamentos serão do agrado de Deus porque são corretos.
Além disso, mantenhamos os olhos na Eternidade. Lá onde está a maior parte da nossa
história. Que cada passo aqui seja vivido como quem tem a Eternidade gravada nos seus olhos,
tal como orou Jonathan Edwards.
Esses relacionamentos nos direcionam de modo correto no serviço, de modo que teremos presença
relevante no evangelismo e no discipulado. Muitas vezes, estamos tão preocupados em mostrar para
outras pessoas o que podemos fazer que acabamos perdendo de vista o que realmente importa, ou seja,
Cristo!
E muitas vezes estamos tão ocupados com “as coisas desta vida” que esquecemos onde é a nossa pátria.
Como tem sido a sua vida quanto a isso?

Leitura Diária: Isaías 13-17


Semana 29 | Dia 197 | Domingo | Provérbios 6.1-5

OS RISCOS DE SER FIADOR


O texto de hoje fala sobre o risco de aceitar ser fiador, ou seja, assumir uma dívida que não é
sua, caso a pessoa não pague. E pior, sem desfrutar de nenhum benefício do que o outro
adquiriu. No caso, se quisermos evitar correr o risco de arcar com uma dívida de outro
precisamos pensar bem antes de tomar decisões. Observe que o texto não é uma proibição para
tal prática, antes alerta para a seriedade do tema, pois muitas vezes pessoas assumem o papel de
fiador por constrangimento, a fim de não magoar um amigo ou parente que precisa de ajuda.
Porém, não podemos tomar decisões com base na pressão, pois uma atitude impensada não
muda o fato de que o servo de Deus deve honrar seus compromissos e votos (cf. Ec 5.5; Mt
5.37).
Não obstante a ter que arcar com a dívida do outro, a Bíblia ainda nos explica como
podemos lidar com tal situação, a saber, não por meio de brigas, ofensas, vingança e inimizade,
mas, pedindo, incomodando e insistindo com o próximo para que ele pague. É por isso que ser
fiador é arriscado e deve ser uma decisão tomada com muito cuidado e de preferência, ser
evitada ao máximo (v.5).
É preciso lembrar que Deus o chamou para a liberdade, portanto, tome cuidado para não se prender a
alguém que pode prejudicá-lo. Às vezes é melhor magoar uma pessoa do que prejudicar a si mesmo e
sua família. Em contrapartida, se um dia você precisar pedir a ajuda de alguém para ser seu fiador, não
se magoe caso as pessoas se neguem a fazê-lo, e sempre se esforce para pagar suas próprias dividas e
não prejudicar alguém que o ajudou.

| 215 |
Semana 29 | Dia 198 | Segunda | Provérbios 6.6-11

TCHAU, PREGUIÇA
e eu lhe perguntasse o que você prefere fazer num dia de chuva, creio que
me diria que prefere ficar em casa “maratonando” uma série embaixo do
cobertor a acordar cedo e ir estudar ou trabalhar não é mesmo? Isso porque todos nós, de um
modo ou de outro, somos tentados pela preguiça.
Salomão sabia bem disso e, portanto, encorajou seu filho a lidar com a preguiça com
sabedoria. Ele usa o exemplo da formiga (que mesmo sem chefes, pais ou professores,
trabalham para prover para si mesmas) para mostrar que o descanso em excesso é errado, pois
fomos feitos para o trabalho, para a ação.
Assim, por meio de várias perguntas o autor bíblico busca não uma resposta verbal, mas
uma resposta prática, uma ação. Ou seja, não deixe o dia passar sem ter produzido nada de bom.
Assim, vemos que o melhor remédio contra a morosidade é a produtividade. Não adianta
esperar a preguiça ir embora, pois ela é viciante. Quanto mais não faço nada, menos quero fazer.
A preguiça não vai embora sozinha, é necessário ao servo de Deus ação, do contrário passaremos por
dificuldades na vida e precisaremos com urgência correr atrás de estudo e trabalho. Devemos lembrar
que Deus nos criou para sermos úteis e produtivos e, por isso, cabe a cada um de nós abraçarmos a
responsabilidade e o trabalho. Existe algum projeto ou sonho que você está deixando para depois? O
conselho de Deus é que você comece a agir hoje. Afinal, o sábio não é preguiçoso, mas trabalhador.

Leitura Diária: Isaías 18-22


Semana 29 | Dia 199 | Terça | Provérbios 6.12-19

NÃO SEMEIE A DISCÓRDIA


Você já viu alguém que, por pura diversão, intencionalmente, solta palavras venenosas a fim de
magoar, prejudicar ou separar amigos e irmãos (v.14)? Ela age sorrateira-
mente enganando suas vítimas, muitas vezes com ironia, “piscando o olho”, por exemplo, diz
para uma pessoa que ela está bonita, mas pisca o olho para uma terceira pessoa mostrando que
na verdade pensa o contrário do que falou (v.13). E faz isso não apenas para magoar suas
vítimas, mas também para gerar discórdia entre irmãos.
E para piorar, quando ela é pega em suas mentiras ela apela para o senso se humor dizendo
que estava brincando. Porém, o que tal mentiroso esquece é que Deus vê o coração. Então, por
mais que alguém pareça sincero nas palavras ou nos gestos, Deus sabe a verdade que está dentro
de cada um. Assim, devemos sempre ser verdadeiros nas nossas palavras e ações.
Nos versos 16 a 19, o autor enfatiza algo que Deus abomina, criando uma lista cujo último
item é a grande ênfase. Assim, após falar sobre seis coisas associadas ao pecado destacado no
texto de hoje, ele aponta para uma sétima questão que é o foco do texto, “aquele que provoca
discórdia entre irmãos” (cf. v.14).
Lembre-se, Deus quer promover paz no mundo por meio de Seus filhos. Devemos unir as pessoas com
palavras verdadeiras, de respeito e amor. Você gosta de provocar a discórdia entre as pessoas ou a
união? Nosso chamado é para a reconciliação, ou seja, unir as pessoas umas com as outras, e todas com
Deus (2Co 5.18-21).

Leitura Diária: Isaías 23-26


Semana 29 | Dia 200 | Quarta | Provérbios 6.20-24

A MELHOR PROTEÇÃO CONTRA A


IMORALIDADE
eja nas músicas, revistas, filmes e séries, ou mesmo nas campanhas
publicitárias mais variadas, sempre somos atacados por ideias ou imagens
imorais. Para ajudar seu filho a se afastar da imoralidade, Salomão implora novamente para que
ele siga seus conselhos. Provavelmente, o rei Davi, o avô do filho de Salomão, tenha escrito
anos antes vários conselhos sobre como vencer a imoralidade, tais como: “Como pode o jovem
manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a Tua palavra” (Sl 119.9), ou seja, é na
Palavra de Deus que estão os conselhos e diretrizes para uma vida santa e pura.
Obviamente, não basta conhecer esses conselhos. Antes, é necessário amá-los, afinal o
mesmo rei Davi acrescenta: “Eu Te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie
dos Teus mandamentos. Guardei no coração a Tua palavra para não pecar contra Ti” (Sl
119.10-11). É por isso que Salomão instrui seu filho a não apenas ouvir seus conselhos, mas a
amarrá-los ao coração, ou seja, amá-los e valorizá-los (cf. Pv 4.23), e a prendê-los ao redor do
pescoço, ou seja, a permitir que sua mente seja guiada por tais preceitos e verdades (v.21).
Se quisermos que nós e nossos filhos desfrutemos de famílias bem estruturadas e felizes, devemos o mais
cedo possível ensinar sobre a pureza e a santidade. Devemos guiá-los pelos conselhos de Deus sobre o
que é bom, belo e puro; sobre como o homem e a mulher de Deus devem se comportar em todas as
áreas da vida. E é na Bíblia que encontramos tais recursos. Você tem buscado uma vida pura? Qual
guia você tem usado para ensinar seus filhos a viverem longe da imoralidade? Lembre-se: “A Tua
palavra é a lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Sl 119.105).

Leitura Diária: 2Reis 18.1-8; 2Crônicas 29-31; Salmos 48


Semana 29 | Dia 201 | Quinta | Provérbios 6.25-35

OS DANOS CERTOS DO ADULTÉRIO


ara proteger seu filho da “mulher imoral e dos falsos elogios da mulher leviana” (v.24),
P Salomão faz um alerta mostrando o alto preço da imoralidade, aplicando seu ensino a um
caso de adultério (v.26). No texto, ele apresenta quatro danos certos que o adultério causa na
vida de quem anda por seus caminhos escusos.
1. O adultério traz consigo um castigo severo (v.26): no Novo Testamento vemos que os
imorais participarão da ira de Deus (cf. 1Co 6.13-20; 1 Ts 4.1-8). Porém, o adultério consegue
ser pior que a imoralidade pois envolve a quebra do voto matrimonial (cf. Pv 2.17).
2. O adultério traz um castigo inevitável (v.27-29): as ilustrações com fogo (v.27-28)
apontam para a ligação inescapável entre ato e consequência na esfera moral (v.29), como diz a
máxima: “quem brinca com fogo acaba se queimando”.
3. O adultério traz um castigo interminável (v.30-33): quando contrasta o estigma social
temporário do ladrão (que erra para matar sua fome), com o do adúltero (que erra para satisfazer
seu apetite sexual). Segundo Salomão, o primeiro caso até possui benevolência por parte da
comunidade, porém, o segundo sempre será tratado com desprezo.
4. O adultério não é um erro que pode ser indenizado (v.34-35): pois o adúltero, por mais
que se arrependa, jamais poderá indenizar o marido (esposa) traído. Antes, é bem provável, que
o cônjuge traído buscará vingança plena e, assim, o adultério não vale a pena.
Por mais que em nossa sociedade os relacionamentos sejam transitórios e superficiais, e até mesmo o
adultério seja encarado como algo normal, essa prática ainda fere o casamento e a família tal como
planejados por Deus e por isso deve estar longe de nossas vidas, famílias e igrejas.

Leitura Diária: Isaías 27-30


Semana 29 | Dia 202 | Sexta | Provérbios 7.1-5

A SABEDORIA DIANTE DOS SEUS


OLHOS
N ãoquecontente com os conselhos dados sobre a busca pela sabedoria, Salomão, agora, reitera
é tolice abraçar a imoralidade. Ele insiste e implora a seu filho que “obedeça” às suas
palavras e “no íntimo” guarde os seus mandamentos (v.1). Seu pedido é para que o jovem
“guarde” os seus ensinamentos como “a pupila dos seus olhos”, ou seja, ele deveria estar em
constante contato com os ensinos do genitor (que fluem dos ensinos de Deus), pois agindo
assim, tanto honraria seu pai quanto protegeria sua própria vida.
O apelo em favor da sabedoria leva Salomão a acrescentar outras figuras ilustrativas.
Primeiro ele sugere que seu ensino fosse amarrado aos “dedos”, uma clara figura indicando que
o ensino da sabedoria deveria ser considerado como um anel que permanece com seu dono por
onde ele vai; e também sugere que tal instrução deveria estar escrita “na tábua do seu coração”.
Isso implica em encará-la de modo íntimo e pessoal, bem como que deveria ser obedecida com
amor e alegria. Depois, ele acrescenta uma última figura de linguagem: “diga à sabedoria: você
é minha irmã e chame ao entendimento seu parente”, ou seja, o servo de Deus precisa encarar a
sua Palavra com apego e intimidade tal qual um parente próximo, pois, agindo assim,
certamente ele conseguirá evitar a imoralidade e seus danos terríveis.
A Palavra de Deus é repleta de conselhos sobre a vida e a santidade. Quem os ouve e pratica viverá com
sabedoria desfrutando da intimidade com o Deus criador. Porém, quem os rejeita e abraça o caminho
da imoralidade sofrerá sérios e severos danos não só nesta vida, mas na próxima. A sabedoria está
próxima a você?

Leitura Diária: Isaías 31-35


Semana 29 | Dia 203 | Sábado | Provérbios 7.6-27

A TRISTE NOVELA DA VIDA REAL


O texto mostra uma história que ilustra como o tolo é facilmente enganado pela imoralidade. A
narrativa começa com a apresentação das personagens. Primeiro
a vítima (v.6-9), um jovem tolo, quer por inocência ou por vontade deliberada, não ouve a
voz da sabedoria (v.7). Depois a caçadora, a mulher imoral, que na ausência do marido, sai
pelas ruas em busca de sua presa e não para até encontrar alguém que seja suficientemente tolo
para segui-la (v.10-12).
Na história vemos as táticas usadas pela mulher para seduzir o homem. Ela inicia agindo
de modo agressivamente sensual ao começar uma conversa de duplo sentido com o rapaz, onde
chama o jovem para uma refeição (v.13), e faz questão de deixar claro que está sozinha em casa
(v.14). Depois, bajula a vítima (v.15) e faz com que ele visualize e imagine os prazeres que pode
obter ao segui-la (v.16-17). Por fim, ela descaradamente faz suas propostas (v.18) e termina
mentindo ao jovem, garantindo a ele a certeza do prazer e da paz para praticar o mal (v.19-20).
Na sequência vemos as consequências sofridas pelo jovem que aceitou a proposta imoral
(v.22). Usando duas metáforas para a morte, o autor nos lembra que o pecado leva à morte (cf.
Rm 6.23; Tg 1.15).
Por fim, no epílogo (v.24-27), temos três conselhos que servem para todos aqueles que desejam evitar a
imoralidade: 1. GUARDE O CORAÇÃO! (v.25a): não fique fantasiando como seria tal caso de
adultério ou prazer da imoralidade; 2. GUARDE SEU CORPO! (v.25b): não se aproxime ou fique
perto da tentação, antes, evite, fuja! e 3. GUARDE SEU FUTURO! (v.26-27): pense seriamente nas
consequências de ter um caso de adultério antes de se envolver com alguém.
Seja sincero diante de Deus e converse com Ele sobre como está essa área na sua vida. Você poderia
expô-la para as pessoas sem nenhuma vergonha?

Leitura Diária: Isaías 36-37; 2Reis 18.9-19.37; 2Crônicas 32.1-23; Salmos 76


Semana 30 | Dia 204 | Domingo | Provérbios 8.1-5

A INSISTÊNCIA DA SABEDORIA
C reio que você também não goste de ver uma criança birrenta no supermercado, ou um
vendedor que não para de oferecer um produto, ou ainda um número telefônico não
identificado que não para de ligar, não é? Mas, diferente dessas pessoas insistentes que querem
tirar algo de nós, a sabedoria age de modo insistente para nos oferecer um presente.
No texto de hoje, a sabedoria, personificada numa pessoa, vai atrás dos que necessitam de
seu auxílio. Ela age como um ser que não se esconde de nós, antes, ela sai pelas ruas chamando
a atenção de seguidores que queriam viver de modo diferente, sábio. Assim, ela também
exemplifica o próprio Deus, que sai em busca de nós pecadores, pois, se Ele não nos buscar,
jamais iremos até Ele. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o
ressuscitarei no último dia” (Jo 6.44).
A mensagem que a sabedoria grita pelas ruas é: “A vocês, homens, eu clamo; a todos levanto a minha
voz. Vocês, inexperientes, adquiram a prudência; e vocês, tolos, tenham bom senso” (v.4-5). Tal
mensagem é incrível, pois além de generosa é também aberta aos mais “inexperientes” e “tolos”, ou
seja, pessoas que aos nossos olhos não têm esperança para mudar suas práticas de vida. Mas esse, de
fato, é o tamanho do poder e do amor de Deus, ilimitado e disponível a todos os homens, mesmo aos
mais vis pecadores, como nós. E você? Tem ouvido aos convites e chamados da sabedoria? Lembre-se,
aos olhos de Deus, todos podem ser sábios.

365 Dias com Deus


Semana 30 | Dia 205 | Segunda | Provérbios 8.6-9

O VALOR DA SABEDORIA
N asaber
era das redes sociais, muitas são as vozes tentando chamar nossa atenção. A questão é
em quem confiar. Hoje, vemos a sabedoria chamando a atenção de seus ouvintes (cf.
8.1-5) declarando possuir coisas importantes a dizer para quem quer seguir a Deus: “ouçam,
pois tenho coisas importantes para dizer” (v.6). E ainda explica a importância de ser ouvida
pois, seus “lábios falarão do que é certo” (v.6b) e sua boca “fala a verdade, pois a maldade
causa repulsa aos meus lábios” (v.7).
Assim, os conselhos de Deus devem ser a palavra final na vida de Seus filhos, pois “todas
as minhas palavras são justas; nenhuma delas é distorcida ou perversa” (v.8). Não podemos
admitir outra voz nos guiando, além da voz de Deus. E isso fica nítido quando Salomão prova
como a sabedoria muda e molda a vida dos que seguem ao dizer que para os que tem
discernimento e conhecimento (dos que já provaram da sabedoria), tal palavra se prova “clara”
e “reta” (v.9).
Tal verdade é ecoada no Novo Testamento quando Paulo explica o papel da Bíblia na vida do cristão:
“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a
instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2
Tm 3.16-17). Nesses termos o convite da sabedoria, ou melhor, de Deus, é para que, num mundo de
muitas vozes, possamos ouvi-lo acima de todas as outras. Qual voz você tem ouvido? Seja sábio, ouça
sempre a voz de Deus!

Leitura Diária: Isaías 38-39; 2Reis 20; 2Crônicas 32:24-33


Semana 30 | Dia 206 | Terça | Provérbios 8.10-13

SABEDORIA PARA TOMAR DECISÕES


M ais que meras informações, a sabedoria bíblica tem um valor moral e prático para quem
dela se apropria. Hoje, vemos Salomão apresentando seu valor inestimável (“prefiram a
minha instrução à prata, e o conhecimento ao ouro puro, pois a sabedoria é mais preciosa
do que rubis; nada do que vocês possam desejar compara-se a ela” - v.10-11). E por meio de
vários exemplos práticos (v.12-21), o autor nos mostra as qualidades e motivos pelos quais ela
deve ser buscada acima dos tesouros do mundo.
A primeira qualidade destacada que ela oferece é o discernimento para tomar boas
decisões: “Eu, a sabedoria, moro com a prudência, e tenho o conhecimento que vem do bom
senso” (v.12). Ou seja, a sabedoria não age ou reage de modo impulsivo ou explosivo, nem com
base em ideias subjetivas ou emocionais, mas com base na prudência (cautela) e bom senso
(equilíbrio nos julgamentos e ideias).
Boas decisões não apenas nos beneficiam, mas provam nosso temor ao Senhor quando nos
desviamos do mal: “Temer ao Senhor é odiar o mal; odeio o orgulho e a arrogância, o mau
comportamento e o falar perverso” (v.13). Ou seja, ao darmos ouvidos à voz de Deus, tornamo-
nos aptos a nos desviar do mal e a amar o que é bom, ou seja, próprio Deus.
O que você realmente prefere, sabedoria ou riquezas? Lembre-se de que aos olhos de Deus, a
sabedoria bíblica é maior e mais valiosa que as riquezas deste mundo, pois ela, diferente dos bens
materiais, não pode ser roubada ou tirada de nós.
Sua vida realmente reflete a sua resposta?

Leitura Diária: Isaías 40-42; Salmos 46


Semana 30 | Dia 207 | Quarta | Provérbios 8.14-21

SABEDORIA PARA ADMINISTRAR A


VIDA
N ogrande
capítulo 8 de Provérbios vemos a sabedoria se apresentando aos ouvintes e mostrando seu
valor. Hoje, ela nos ensina que é poderosa para nos guiar, pois até os poderosos do
mundo se tornam governantes melhores quando ouvem seus conselhos: “por meu
intermédio os reis governam, e as autoridades exercem a justiça; também por meu intermédio
governam os nobres, todos os juízes da terra” (v.15-16).
Assim, a senhora sabedoria novamente aponta para outra de suas qualidades, a saber, que
ela é capaz de tornar seus seguidores melhores administradores de suas próprias vidas e bens.
Ao dizer que “Comigo estão riquezas e honra, prosperidade e justiça duradouras. Meu fruto é
melhor do que o ouro, do que o ouro puro; o que ofereço é superior à prata escolhida” (v.18-
19), Salomão nos ensina que ela é melhor, ou superior às riquezas materiais pois, tanto o tolo
quanto o sábio são capazes de obter ouro, mas o que tem sabedoria consegue fazer com que seus
recursos rendam ainda mais, pois pelos conselhos de Deus, sabem administrar sua vida e seus
bens.
Quantas pessoas você conhece que são extremamente desajuizadas com o modo como administram
seus corpos, sentimentos, famílias e bens? Na Bíblia os filhos de Deus encontram princípios e lições
que os conduzem em todas as áreas da vida. Até mesmo, em como administrar seus próprios recursos.
Lembre-se, ao contrário do ouro e da prata, a sabedoria não é algo que possamos herdar, por isso deve
ser buscada com afinco.

Leitura Diária: Isaías 43-45; Salmos 80


Semana 30 | Dia 208 | Quinta | Provérbios 8.22-31

SABEDORIA QUE É ETERNA


N oshistória
anos 80 surge a “pílula da felicidade”, o Prozac. O antidepressivo mais vendido da
por ser considerado como a cura da depressão. Porém, com o tempo viu-se que ele
não era “mágico” e nem oferecia a felicidade absoluta, como concluído no passado. Hoje,
psiquiatras demonstram preocupação com seu uso indiscriminado e salientam o perigo de evitar
a tristeza a qualquer preço. Recentemente, começaram a questionar se o remédio altera de forma
permanente os neurônios. Esse é um exemplo de como as verdades científicas humanas não são
absolutas.
Diferente da sabedoria humana que está sempre mudando, há uma verdade eterna e
imutável. Ela não precisa evoluir e nem descobrir coisas novas. Já sabe de todos assuntos, de
todos os tempos e todas as esferas. E é justamente essa a qualidade que a sabedoria ressalta
sobre si no texto de hoje: ela é eterna.
Após mostrar o que pode fazer nas mãos dos homens (v.14-21) a sabedoria, agora, fala
sobre o que fez nas mãos de Deus (v.22-31). É obvio que a sabedoria aqui, não é uma pessoa,
mas uma figura de linguagem que aponta para como Deus sempre foi sábio e perfeito em tudo o
que fez.
Seja no funcionamento, na beleza, na harmonia ou na ordem de todas as coisas do universo, nas
microscópicas ou gigantescas, vemos a grande sabedoria de Deus. Assim, se há alguma sabedoria que
devemos admirar e buscar é a sabedoria potente e eterna de Deus. Afinal, ela está disponível a nós (cf.
Tg 1.5), e não a sabedoria falha e mutável dos homens.

Leitura Diária: Isaías 46-49; Salmos 135


Semana 30 | Dia 209 | Sexta | Provérbios 8.32-36

SABEDORIA QUE NOS APROXIMA DE


DEUS
A sabedoria conclui seu discurso, citando que o resultado final que ela produz na vida de quem
a segue é a felicidade (v.32-33). Não uma felicidade baseada em fatores humanos, mas numa
vida que se relaciona com o criador (v.35). Ou seja, a verdadeira felicidade está num
relacionamento com Deus. E obviamente, encontrar a sabedoria é dar ouvidos à Palavra de Deus.
Por fim, a sabedoria dá um alerta final, dizendo que rejeitá-la não é o mesmo que ficar
inerte, ou seja, abraçar a tolice que gera a morte: “aquele que de mim se afasta, a si mesmo se
agride; todos os que me odeiam amam a morte”. Assim, não há somente benefícios aos que
encontram a sabedoria, mas também malefícios aos que a rejeitam. Em vez de alcançar
felicidade e vida com Deus, os que ignoram seus conselhos encontram sofrimento e morte longe
dele.
Alguns equiparam a sabedoria personificada neste capítulo a Jesus. Por um lado, isso é improvável
visto que aqui ela surge como criação de Deus. Por outro, tal comparação é cabível, somente na
medida em que vemos o cumprimento dela em Jesus (Cl 1.15-20; 2.3), uma vez que Ele mesmo se
tornou nossa sabedoria na cruz (1 Co 1.24, 30). Assim, a ousada personificação da sabedoria em
Provérbios dá uma base sólida para a revelação de Cristo, que por sua vez continua garantindo vida
junto com Deus para aqueles que depositam sua fé nEle: “Quem crê no Filho TEM a vida eterna” (Jo
3.36); “esta é a vida eterna: que Te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste” (Jo 17.3).

Leitura Diária: Isaías 50-53


Semana 30 | Dia 210 | Sábado | Provérbios 9.1-6

A FESTA DA SABEDORIA
A inda com a sabedoria como grande protagonista de suas explicações, o autor traça uma nova
ilustração apontando uma grande festa que ela preparou aos seus seguidores. O primeiro
passo para a festa foi preparar o lugar (v.1). Para os judeus o número sete indicava perfeição
ou suficiência. Assim as sete colunas possivelmente indicam os ensinos perfeitos da sabedoria
apresentados anteriormente (caps. 1-8). Após o local, ela preocupa-se em organizar o banquete
(v.2) e o faz com o que tinha de melhor. Porém, não adianta dar uma festa sem ter com quem
compartilhar. Assim, o último passo foi chamar os convidados (v.3). Agora, é de se pensar que
a sabedoria convidaria seus semelhantes, os sábios, para desfrutarem com ela. Porém, ela chama
os seus opostos, os inexperientes (v.4). Se você conhece o Novo Testamento, é provável que
você tenha notado o paralelo entre esse convite e o convite da parábola que Jesus conta sobre o
rei que deu um banquete de casamento a seu filho. Após ter sido rejeitado pelos convidados
mais nobres, abriu a entrada aos pobres e marginalizados da cidade (Mt 22.1-14; Lc 14.15-24).
Seguindo essa linha, o próprio convite da sabedoria (v.5-6) também encontra eco no convite do
evangelho feito por Jesus: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para
sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. [...] Pois a minha carne é verdadeira
comida e o meu sangue é verdadeira bebida” (Jo 6.51, 55). Você consegue ver o paralelo que há entre
sabedoria e andar nos caminhos de Deus? E você? Já aceitou os bondosos convites de Deus?

Leitura Diária: Isaías 54-58


Semana 31 | Dia 211 | Domingo | 1Tessalonicenses 1.1-3

É sempre bom receber uma mensagem, tanto hoje via redes sociais quanto no primeiro século
por meio de cartas. O Apóstolo Paulo usava o recurso de envio de cartas para as igrejas que
havia fundado, visando fortalecer a fé dos cristãos daquela localidade. Não foi diferente ao
endereçar uma carta junto com Silas e Timóteo (v.1) para a igreja em Tessalônica.
Na primeira parte da carta, Paulo destaca motivos de gratidão pelos irmãos de Tessalônica.
Há uma prática comum e constante de dar graças a Deus pelos membros daquela comunidade,
mas ele dá ênfase ao texto quando usa um tempo verbal para relembrar os motivos dessa
gratidão, que são:
- O trabalho fiel ou operosidade da FÉ, uma obra ou trabalho que era resultado da fé,
mostrando que eram operantes como resultado da graça salvadora em suas vidas. A fé em ação.
- Atos de AMOR ou esforço e fadiga, estando disposto a fazer por outra pessoa de modo
prático, mesmo que ela não mereça ou não possa retribuir.
- Firmeza da ESPERANÇA, essa virtude está ligada diretamente ao retorno do Senhor
ou o encontro com Ele.
Três elementos essenciais da teologia paulina: fé, amor e esperança – (cf. 1Co13.13, 1Ts
5.8).
Ore, dando graças a Deus por sua vida, seus familiares e por irmãos da sua comunidade.
Ore para que você tenha uma mente ativa para trazer à memória os motivos corretos para colocar em
suas orações assim como vimos acima.
Avalie e coloque diante do Senhor: como anda seu trabalho para o Senhor? Como andam suas
atitudes de amor para com o próximo? Como anda sua certeza na confiança de que só há esperança
em Jesus mesmo em meio às crises?
Semana 31 | Dia 212 | Segunda | 1Tessalonicenses 1.4-5

Q uando recebemos uma mensagem, algumas vezes há uma falha de quem deseja transmitir ou
mesmo por parte de quem a recebe. Isso não é novidade em nossa era como não oi na época
do Apóstolo Paulo. Em nossos dias, logo em seguida há uma frase ouvimos: “...não foi bem
isso que eu quis dizer...”
Em nosso texto base de hoje, em especial no versículo 5, são apresentadas três
características da mensagem que estava sendo anunciada. Não foi somente de palavra e nem
declarações vazias, sem conteúdo e significado como muitos fizeram ao anunciar Jesus Cristo.
Alguns o fizeram baseados em “achismos” ou pelos motivos mais diversos (Fp 1.15), sem
apresentar a razão da esperança que havia neles (1Pe 3.15).
No poder do Espírito Santo há uma participação do homem, sim. E essa participação é
capacitada pelo próprio Espírito. Veja o que Paulo diz em 1Coríntios 2.4. Em plena convicção e
total confiança, ele afirma que a mensagem que estava sendo apresentada é confiável. Confira
em Romanos 1.16, sobre o poder do evangelho.
Em oração, avalie sua mensagem, seu falar. Como tem sido? Com um conteúdo baseado na graça de
Deus? Suas palavras são “ao vento” ou você tem sido dirigido pelo poder do Espírito Santo? Você tem
a plena convicção das boas novas de Jesus Cristo?

Leitura Diária: Isaías 59-63


Semana 31 | Dia 213 | Terça | 1Tessalonicenses 1.6-8

C omo é gratificante terminar uma tarefa! Desde as mais corriqueiras até as mais desafiadoras,
a sensação de realização é plena. Ao olharmos para esse trecho de 1Tessalonicenses 1.1-10,
em especial os versículos 6,7,8, podemos notar o apóstolo Paulo apresentando três
realizações para com sua atuação junto aos de Tessalônica.
Não só se tornaram imitadores de Paulo, Silas e Timóteo, humanos e falhos, mas também
do Senhor Jesus, homem/divino sem pecados. Eram imitadores na alegria em meio às aflições e
dificuldades. De fato, esse é um grande exemplo a ser seguido tanto dos apóstolos como do
Senhor Jesus (Hb 12.2) que, mesmo em meio ao Seu sofrimento não perdeu a alegria. Alegria
não está atrelada a sentimentos, nem a situações, é um sentimento interno que vem com o novo
nascimento em Cristo Jesus, pois é um dos frutos do Espírito Santo na vida dos salvos (Gl 5.22).
Após serem imitadores, a segunda realização é tornar-se modelo, um exemplo para os demais
cristãos.
A fé deles se tornou conhecida por toda a parte, ou seja, além da região onde estavam, eles
divulgaram amplamente a mensagem para outras regiões. Podemos dizer que estava em
andamento a propagação das boas novas como vimos anunciado e ordenado em Atos 1.8.
Apesar das circunstâncias, você tem se tornado um imitador de Jesus? Mesmo que o ambiente de seu
trabalho, escola, casa não seja favorável para testemunhar com palavras, sua vida tem sido um
testemunho de que você é um imitador de Jesus Cristo? Sua fé, sua confiança em Jesus tem se
tornando um testemunho para os que não creem no evangelho e, ao mesmo tempo, um estímulo para
outros cristãos a crescerem no conhecimento de Jesus? Como anda sua alegria no Espírito Santo?

Leitura Diária: Isaías 64-66


Semana 31 | Dia 214 | Quarta | 1Tessalonicenses 1.9-10

J oão Calvino, o teólogo e um dos principais líderes da reforma protestante, cunhou a frase: “O
coração humano é uma fábrica de ídolos”. Quão verdadeira é essa frase, pois o nosso coração
é capaz de produzir ídolos que prometem satisfação, mas não cumprem. Podemos ter desejos
legítimos como casamento, filhos, um bom emprego, mas com o passar do tempo se tornam
ídolos em nossas vidas. Os piores ídolos não são as estátuas, mas sim aqueles que estão em
nossos corações como diz Ezequiel 14.3-5.
Olhando para os cristãos de Tessalônica, Paulo tinha motivo de alegria em saber que eles
deixaram os ídolos. Mas a alegria se torna completa quando eles retiram os ídolos das suas vidas
substituindo por um Deus verdadeiro, passando a seguir e a servir a esse Deus e aguardam dos
céus o Seu Filho que os livra da ira vindoura. Aqui, tal como exposto em Efésios 4.20-29, foi
aplicado o processo de despir-se do velho homem e revestir-se do novo homem. Esta é nossa
luta constante em nosso processo de santificação: matar os desejos e intenções enganosas do
nosso coração para revestir-nos do que é novo e saudável, pois é inerente ao nosso coração
buscar algo para adorar. Então adoremos o Deus verdadeiro!
Em oração, avalie: o que tem ocupado o lugar do Senhor seu coração? Enumere alguns desses ídolos.
Quais serão os passos práticos para se livrar dos ídolos do seu coração? Você tem se dedicado a servir
ao Senhor em gratidão pela obra que Ele fez em sua vida? Você tem anseio pela volta do Senhor Jesus
ou isso é algo que você não considera?

Leitura Diária: 2Reis 21; 2Crônicas 33


Semana 31 | Dia 215 | Quinta | 1Tessalonicenses 2.1-4

C reio que você já passou por situações em que foi exigido algo de você. Algumas exigências
são corriqueiras, mas outras demandam mais esforço e comprometimen-
tos com a situação. Nesta parte de 1Tessalonicenses 2.1-12, o apóstolo Paulo apresenta
algumas exigências que surgem para que o trabalho dele, o seu ministério, possa ser executado
com excelência. Há aqui uma extensão para as nossas vidas.
Ele apresenta que a estada entre os irmãos daquela igreja não foi infrutífera, ou seja, houve
frutos mesmo que em sua passagem por Filipos ele tenha sido maltratado e ultrajado. Assim,
Paulo apresenta o que foi necessário, o que foi exigido para que chegasse a anunciar a
mensagem de Deus para aqueles de Tessalônica.
Ele foi ousado e confiante, não em seus recursos ou em seu histórico como apóstolo, mas
sim em Deus. Sua confiança e ousadia em anunciar as boas novas da salvação na dependência
do Senhor, também exigia não usar do engano para com seus ouvintes. Infelizmente, hoje são
muitos os que se utilizam de artimanhas ou armadilhas para atrair fiéis, enganando a muitos com
esse tipo de discurso. Havia também a exigência para que ele fosse aprovado. Aprovação é uma
palavra culturalmente importante, pois aqueles que desejavam um cargo público eram colocados
à prova para ver se eram dignos. Essa aprovação não era por parte de homem algum, mas sim
por parte do Senhor, que conhece os corações como diz o final do verso 4.
Ore e avalie sua vida. Quais são as exigências que o Senhor tem solicitado a você? Como tem sido sua
confiança ousada para proclamar as boas novas? Ou você nunca se preocupou em anunciar o
evangelho? Agora chegou a hora. Seu falar é centrado em você, nos seus feitos ou no Senhor? Como
anda sua aprovação diante do Senhor? Ele tem considerado você um servo bom e fiel?

Leitura Diária: Naum 1-3


Semana 31 | Dia 216 | Sexta | 1Tessalonicenses 2.4

N unca foi tão defendido ou requisitado que sejamos aprovados nos mais diversos seguimentos
de nossa sociedade. Por exemplo, aprovado em um teste para se passar de ano, ou em uma
disputa para uma vaga de emprego, ou como ser um filho que os pais aprovam, ou mesmo
dentro do círculo dos amigos. Ser aprovado na era das redes sociais é refletido em altos
números de seguidores e curtidas.
Releia o verso 4 “Pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de Ele nos
confiar o evangelho, assim falamos, não para agradar as pessoas, e sim para agradar a Deus,
que prova o nosso coração.”. Veja que aqui a preocupação do apóstolo Paulo é agradar ao
Senhor, não aos que estão à sua volta. Isso é desafiador, pois no nosso dia a dia, estamos sempre
desejando a aprovação de homens, mas aqui é proposto que invertamos essa condição, pois
quando agradamos ao Senhor as demais coisas são ajustadas (Mt 6.33).
A palavra “aprovado”, utilizada no Novo Testamento, é δοκιμάζω (dokimazō) e significa
“testar, examinar, provar, verificar (ver se algo é genuíno)”; como acontece, por exemplo, com
os metais. Era também uma característica esperada de funcionários que tinham a
responsabilidade de cunhar moedas de prata para o Império Romano, pois esses tinham que
entregar o peso compatível de moedas com a prata que fora entregue.
Mas quanto a nós, o desafio é que sejamos aprovados pelo Senhor, mas aprovados em
quê? No nosso proceder, nos relacionamentos com iguais, com superiores, com nossos
governantes, com familiares, a forma como tratamos os recursos que o Senhor empresta a cada
um de nós, enfim, estamos em constate processo de aprovação pelo Senhor.
Ore e avalie. Como anda a sua aprovação diante do Senhor? Você tem sido considerado pelos que
estão à sua volta como uma pessoa confiável (aprovada) ou reprovada? Você tem buscado ser
aprovado por homens? Confesse e abandone esse pecado. Volte-se para ser aprovado apenas pelo
Senhor. Peça isso em oração.

Leitura Diária: Sofonias 1-3


Semana 31 | Dia 217 | Sábado | 1Tessalonicenses 2.5-6

Q uando nos deparamos com a desigualdade social e econômica ficamos horrorizados em


constatar uma selvageria como aumentos de preços, consumismo desenfreado,
idolatria com os bens materiais, entre outros. Podemos ver como a ganância virou um estilo
de vida: ter mais para ter mais ainda, só com o propósito de obter ou mesmo ostentar para
outros.
Nestes dois versos em 1Tessalonicenses, o apóstolo deixa claro que nunca usou de
bajulação nem intuito ganancioso; o Senhor era testemunha disso. Veja que ele não ficou
agradando pessoas ou mesmo teve atitudes gananciosas. Ele sabia que esse desejo ávido por
acumular bens e riquezas causava e causa, ainda hoje, muitos males para os filhos Deus (cf.
1Tm 6.10).
Com o objetivo de buscar sempre a glória de Deus, o apóstolo Paulo não segue o rumo dos
homens em querer mais e mais com objetivo de serem notados ou mesmo reconhecidos em
meio à sociedade. Veja que ele já tinha expressado isso em 1 Coríntios 4.4, quando afirma que
seu juiz é o Senhor. Devemos focar no ponto de gloriar-nos somente no Senhor, pois somente
Ele é quem aprova ou reprova os nossos corações.
Como no dia a dia temos lidado com a questão da ganância em nossa vida? Será que temos
olhado para os que estão a nossa volta e temos feito comparações? Quando isso ocorre, estamos
sinalizando ao Senhor que não estamos satisfeitos com que Ele tem nos agraciado.
Em oração, confesse se você tem a inclinação para ganância. Confesse se você se compara com outros
desejando o que eles têm. Confesse que está insatisfeito pelo que o Senhor lhe tem dado. Mas também,
louve a Deus, pelo que os outros têm e você não. Louve a Deus pelo que o Senhor tem lhe dado. Louve
a Deus porque você tem a Ele e pode recorrer sempre à Sua graça e misericórdia.

Leitura Diária: 2Reis 22-23; 2Crônicas 34-35


Semana 32 | Dia 218 | Domingo |
1Tessalonicenses 2.7-9

ocê já se viu em uma situação em que teve de despender tempo, recursos e


favor de alguém sem receber nada em troca? Creio que essa é a condição dos
pais para com seus filhos, pois os alimentam, proporcionam estudo, lazeres, roupas, segurança,
e tudo isso desde bem pequenos, quando ainda não podem dar um retorno de todos esses
benefícios.
O apóstolo Paulo apresenta no versículo 7 argumento de que poderia ter exigido algo em
troca do serviço que prestou para a igreja de Tessalônica, mas ele agiu como uma mãe, que só
pode servir sem esperar nada em troca, pois um bebê não tem como recompensar aquele que o
alimenta. O apóstolo continua sua fala e exclama: “esforço e fadiga” foram dispensados aos de
Tessalônica, e acreditamos que aqui não é uma reclamação, mas sim uma informação que anima
àqueles que estão recebendo ajuda a serem gratos pela ação aplicada por Paulo em anunciar o
evangelho.
Ao olhar a realidade atual, infelizmente vemos muitos mercadejando a Palavra de Deus
(2Co 2.17), ou seja, ganham dinheiro pela venda de algo, negociam a Palavra de Deus em troca
de recursos ou mesmo para falar o que era bom aos seus ouvidos. Tal como mascates que
tinham o hábito de adulterar suas mercadorias para aumentar os seus lucros.
Considere, você está em qual condição? Está se doando em prol do Reino de Deus ou sendo um
beneficiado? Não importa onde você esteja, o que conta é o seu coração diante de uma ou outra
situação. Ore para que você possa ser usado para ajudar outros a crescerem em maturidade com o
Senhor, mesmo que seja algo que exige de você a doação de si mesmo.
Semana 32 | Dia 219 | Segunda |
1Tessalonicenses 2.10-12

empre fui desafiado com vários versículos das Escrituras que me “puxam”
para uma vida mais comprometida com o Senhor. Por exemplo, quando a
Palavra nos mostra que o nosso viver e andar devem estar à altura de nosso chamado (cf. Ef 4.1,
Cl 1.10, Fp 1.27). Assim é o verso 12 onde lemos: “exortando, consolando e admoestando
vocês a viverem de uma maneira digna de Deus”.
Para poder chegar a essa exortação, o apóstolo Paulo tinha que ter uma vida piedosa, justa
e irrepreensível como apresenta no versículo 10. Assim, com essas características de vida santa
e piedosa, de forma honesta e sem uma razão para ser censurada, ele pode usar três palavras que
estão em uma ação contínua que exorta para uma determinada linha de comportamento.
Encoraja a continuar com o tipo de conduta correta diante de Deus, atuando em nossos
sentimentos. Admoesta e convoca para ser testemunha, externalizando uma verdade apreendida.
Tudo isso para priorizar o andar com o Senhor.
A caminhada na fé cristã é pautada não por nossa visão de mundo ou por aquilo que
achamos ser o mais correto ou justo, mas sim pelo que o Senhor pensa, pelo que o Senhor
estabelece. Pois fomos chamados para Seu reino, ou seja, não somos mais cidadãos deste reino;
temos um novo Senhor e assim temos que entender como agradar o nosso novo Senhor. Nosso
chamado é para um reino diferente.
Ore considerando: estou andando de modo digno do Senhor? Se não estou o que preciso abandonar?
Se estou andando de modo digno, o que deve fortalecer? A qual reino e rei tenho me dedicado mais?
Avalie-se sinceramente!

Leitura Diária: Habacuque 1-3


Semana 32 | Dia 220 | Terça |
1Tessalonicenses 2.13

N ormalmente não temos a prática de dar graças pelo que recebemos, nem pelas coisas boas
nem pelas ruins. Uma postura bem diferente de Jó teve quando recebeu o que recebeu:
“Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou;
e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou;
bendito seja o nome do Senhor! Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma”
(Jó 2.21-22).
Que percepção tinha Jó! Da mesma forma podemos ver no verso 13 que Paulo dá graças
por poder propagar a Palavra de Deus e enfatiza que os tessalonicenses acolheram como
verdade a palavra que opera eficazmente. Veja o quanto a palavra de Deus é cirúrgica em tratar
as questões da alma humana. Encontramos uma verdade contundente a esse respeito em
Hebreus 4.12: a Palavra é “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois
gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para julgar
os pensamentos e propósitos do coração”.
Você pode trazer à sua mente o momento em que a Palavra de Deus foi eficaz em sua
vida? Além disso, o Salmo 119.50, diz: “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua
palavra me vivifica”. “Vivificar” significa, “reanimar, revigorar, restaurar”. Essas são
propriedades da Palavra de Deus quando a deixamos atuar em nossa vida.
Ore e avalie se você tem deixado a Palavra de Deus vivificar sua vida. Você tem sido grato ao Senhor
quando a Sua Palavra o confronta? Você tem se deixado usar como um instrumento dedicado do
Senhor para propagar a Sua Palavra para outros?

Leitura Diária: Joel 1-3


Semana 32 | Dia 221 | Quarta |
1Tessalonicenses 2.14-16

D urante esses dois anos de pandemia, o sofrimento foi muito presente para todos nós. E para
alguns foi ainda maior: internações, lutos, medo, perda do emprego, redução dos
rendimentos, afastamento social, etc... Cada um de nós lida de uma forma diferente com o
sofrimento, alguns se retraem e outros precisam expô-lo.
No nosso trecho de hoje é apresentada uma série de sofrimentos que tanto Paulo como sua
audiência estavam passando. Havia uma perseguição religiosa (cf. At 7.54 a 8.1 e At 9.1-2),
onde muitos judeus se posicionaram contra “O Caminho”. O estado ainda não interferia nos
primeiros anos do cristianismo, exceto quando havia algum tumulto público ou agitação da
ordem do império e do imperador.
O grande zelo dos judeus mais nacionalistas e patriótas se exacerbava diante da
possibilidade de os cristãos provocarem a ira de Deus, como eles já haviam experimentado
sendo levados para cativeiros e se tornando escravos. O próprio apóstolo Paulo era um
perseguidor feroz da fé em Jesus Cristo (Fp 3.6). Os quais não só mataram o Senhor Jesus e os
profetas como também perseguiram os discípulos.
Veja que havia uma perseguição forte que causava mandados de prisão até execuções dos
cristãos, parte da liderança judaica tentava impedir a todo o custo o anúncio da salvação aos
gentios.
Você hoje tem sofrido por anunciar as boas novas da salvação? Qual tem sido a sua reação frente às
perseguições, seja no trabalho, na escola, no lar? Separe um tempo para orar pelos missionários que
têm investido sua vida em anunciar as boas novas do evangelho para povos distantes e hostis.

Leitura Diária: Jeremias 1-4


Semana 32 | Dia 222 | Quinta |
1Tessalonicenses 2.17-20

C omumente vivemos em uma confusão sobre o que é atuação de Satanás ou o que é atuação
do meu coração pecaminoso. O apóstolo Paulo tinha a dimensão exata do que era obra de
homens e do que era obra de Satanás. É um grande problema quando atribuímos a Satanás o
que é obra do homem. Em outros locais Paulo apresenta essa questão (cf. 2Co 12.7; 2Ts 2.9;
Rm 16.20).
Mas observe que o apóstolo não ficou aficionado com seu impedimento por parte do
adversário, mas se concentrou em quem era a esperança, alegria e coroa do seu ministério,
aqueles para quem ele estava direcionando sua carta. Assim, não estava menosprezando as
dificuldades, mas exaltava aqueles que estavam sendo o motivo de todo seu sofrimento,
primeiro para a glória de Deus, depois como uma credencial de seu trabalho. A esperança
apresentada aqui significa dizer que eles eram a confiança e a certeza da mudança de vidas por
meio da cruz de Jesus. E que tais vidas, agora eternas, ecoavam na recompensa na Glória!
O motivo era de alegria em ver como eles se portavam frente aos desafios e tribulações,
perseguições. Alegria em saber que o fruto era resultado da obra de Jesus. Nos jogos olímpicos
havia sempre uma coroa que era oferecida ao vencedor, como sinal de vitória, comparada às
medalhas ou troféus nos tempos modernos. A coroa aqui é muito maior; ela dura para sempre
(1Co 9.25).
Ore e avalie. Você tem colocado toda a culpa dos acontecimentos ruins em sua vida na ação de
Satanás? Qual é sua reação quando algo não sai como você planejou? Onde você busca sua esperança,
alegria, coroa, prêmio? Você tem “poupado” na Eternidade? (Tg 1.12; 1Pe 5.4).

Leitura Diária: Jeremias 5-8


Semana 32 | Dia 223 | Sexta |
1Tessalonicenses 3.1-8

C omo é bom quando recebemos boas notícias, quer seja de parentes ou de amigos de modo
geral. Há algumas emissoras de TV que apresentam um quadro chamado “A boa notícia!”.
Nesse momento na carta de Paulo aos tessalonicenses, ele está feliz em receber boas novas
por parte de Timóteo (v. 6) e, essas têm a ver com o desenvolvimento dos tessalonicenses na fé
cristã. Podemos notar nesse breve texto que as boas notícias continham a fé, amor, boas
lembranças e o desejo de que se encontrassem. Vemos também que o apóstolo Paulo é
revigorado pelo crescimento daqueles irmãos (v.8).
Isso não significa que não havia desafios, privações e tribulações (calamidades, aflições,
situação extremamente difíceis). Mas as boas notícias refrigeraram a alma de Paulo, como uma
chuveirada fresca em um dia de calor intenso.
Sendo um veículo de Deus para ajudar pessoas, quando você se encontra com elas depois
de determinado tempo e vê que se firmaram no Senhor, sua reação deve espelhar essa do
apóstolo e se sentir vivificado, renovado.
Ore, pedindo ao Senhor que possa colocar pessoas em sua vida para que você possa repartir o amor de
Deus e reencontrá-las firmadas no Senhor. Para aquelas pessoas que já passaram pela sua vida entre
em contato e pergunte como anda seu crescimento com o Senhor. Alegre-se com aqueles que estão
firmados no Senhor e dê ânimo aos que estão fraquejando.
Se alguém marcou a sua história, como Paulo, Silas e Timóteo marcaram a dos tessalonicenses (lhes
tornando a coroa deles), mande uma mensagem louvando a Deus pela vida dessa pessoa.

Leitura Diária: Jeremias 9-12


Semana 32 | Dia 224 | Sábado |
1Tessalonicenses 3.9-13

Q uando olhamos para uma árvore frutífera ainda enquanto muda, esperamos que ela cresça e
logo comece a produzir frutos. Esse deve ser o curso normal de uma planta: crescer e dar
frutos. Assim também é da vontade de Deus que cada cristão cresça e dê frutos.
Neste pequeno trecho vemos que o desejo é que haja um crescimento constante na vida
dos cristãos de Tessalônica, verso12: “...E o Senhor faça com que cresça e aumente o amor de
uns para com os outros e para com todos...”. Essa é uma preocupação de Paulo e do Senhor,
mas sabemos que esse crescimento deve ser gradual e constante, pois crescimentos forçados ou
mesmos fabricados não terão proveito algum, nem agradam ao Senhor. Esse crescimento
constante é a confirmação dos corações em santidade, isentos de culpa na presença do Senhor,
ao qual todos nós teremos que prestar contas.
Sendo assim responda: como anda o seu crescimento espiritual? Você está estacionando na sua vida
cristã? Não podemos ficar parados. Ou estamos crescendo no Senhor ou nos afastando dEle.
Ore agora pedindo para que o Senhor possa revelar o que tem atrapalhado o seu crescimento nEle.
Ore pedindo por força para remover o que está errado. Ore pedindo força para fazer o que é correto e
assim crescer no Senhor.

Leitura Diária: Jeremias 13-16


Semana 33 | Dia 225 | Domingo |
1Tessalonicenses 4.1-2

N este momento, na carta, vemos uma mudança no rumo da conversa de Paulo com seus
ouvintes. Ele utiliza termos como: “finalmente”, “quanto ao mais” e ainda “daqui para
frente” e não significa que esteja encerrando a carta, mas sim dando uma nuança diferente e
aplicando o ensino apresentando.
Nos versos 1 e Paulo recapitula aos seus ouvintes a maneira que deveriam viver de forma a
agradar a Deus, como já havia dito quando falou de um viver digno (2.12). Aqui ele usa a
mesma ênfase, dizendo que rogava e exortava, em outras palavras dizia: “imploro e encorajo” a
agradar ao Senhor. Como é desafiador viver de modo a agradar ao Senhor, pois nossa tendência
é agradar a outros. Comumente, isso é uma tentativa frustrada, pois as pessoas são naturalmente
descontentes, não há o que se faça para contentá-las.
Por isso nosso foco deve estar em agradar ao Senhor e continuar a progredir nesse estilo de
vida. Se estivermos buscando agradar ao Senhor, o subproduto será nossa alegria, tão almejada
por nós.
A quem você tem buscado agradar hoje? Cônjuge, filhos, pais, superiores, amigos? Quais
são as ações que você tem realizado para viver de modo a agradar a Deus? Quais são as ações
que têm desagradado ao Senhor?
Ore, confessando e abandonando o que precisa ser abandonado e ore pedindo força para continuar a
crescer com o Senhor e para agradá-lO.

Semana 33 | Dia 226 | Segunda |


1Tessalonicenses 4.3-8

A vontade de Deus é sempre buscada por Seus filhos. Usamos comumente a expressão “quero
saber a vontade de Deus para minha vida”, ou “como vou saber a vontade de Deus?”. Agora
veremos uma sequência de três mandamentos ou desejos do Senhor para nós, primeiro deles
a nossa santificação.
O versículo 3 diz que a vontade de Deus é a nossa santificação ou nossa consagração de
conformidade com o padrão de Deus. Assim precisamos, como diz o texto, abster-nos (isto é,
evitarmos) da prostituição ou da imoralidade sexual. Você pode argumentar: “mas não pratico
isso”; porém, esse é um mal que invade silenciosamente a mente de muitos e faz com que nos
desviemos da vontade de Deus em sermos santificados, santos, puros e limpos, pois o convite é
que cada um deva saber possuir o seu corpo em santificação e honra ao Senhor.
O que fazemos com o nosso corpo importa muito para o Senhor. Algo muito diferente dos
gnósticos do primeiro século que entendiam que a matéria era má e o espírito era bom, e
acreditavam que não importava o que faziam com o corpo, pois isso não interferiria na parte
imaterial. Porém, o Senhor diz claramente que interfere e muito, somos uma unidade que
precisa estar como um todo em busca da santificação. Os que não se apartam da imoralidade são
comparados com os gentios (v.5) que não conhecem a Deus. Leia o (v.7) e considere
atentamente o que o Senhor diz sobre a nossa vocação e como é sério rejeitar tais verdades
(v.8).
Ore, pedindo para que seus olhos, sua mente e seus atos não sigam o que não te santifiquem, busque,
com dedicação, rejeitar a imoralidade sexual. Fortaleça-se no Senhor para vencer essa luta!
Leitura Diária: Jeremias 17-20
Semana 33 | Dia 227 | Terça |
1Tessalonicenses 4.9-10

O Paulo diz que,segundo desejo de Deus para nossas vidas é que pratiquemos o amor fraternal.
nesse mandamento, em particular, não havia necessidade de escrever, pois
eles já estavam instruídos de como deviam proceder (1Ts 3.12, 1Ts 3.6, 1Ts 1.3). Além de
saber como proceder, eles estavam praticando o que fora ensinando para com todos os irmãos
da Macedônia, uma região que englobava 6 cidades.
O amor fraternal sempre é um desafio, pois precisamos aprender a conviver com pessoas
diferentes. Assim surgem os confrontos ou desafios para ajustes. Mas o mandamento de amar o
próximo vem do Antigo Testamento quando o Senhor já desejava instruir seu povo (Lv 19.18).
Em várias situações, o Senhor Jesus também apresenta a importância de ser reconhecido como
seguidor dEle: amando o nosso próximo (Jo 13.34).
Como anda o seu amor para com o próximo? Pode ser o próximo bem próximo como os
seus parentes, mas também seus vizinhos, seus companheiros de trabalho, escola.
Ore ao Senhor pedindo oportunidades para exercer esse amor ao próximo; por exemplo, apresentar as
boas novas, assisti-los em alguma necessidade. Lembre-se de fazer uma ação intencional para com o
seu próximo, pois se você não o fizer, não estará pondo em prática o mandamento do Senhor.

Leitura Diária: Jeremias 21-24


Semana 33 | Dia 228 | Quarta |
1Tessalonicenses 4.11-12

O terceiro mandamento ou desejo do Senhor para nós é o esforço para uma vida tranquila.
Aqui é apresentado um paradoxo: preciso me esforçar para estar tranqui-
lo? Sim, isso mesmo. De forma diligente e aplicada, preciso cuidar da própria vida, sem ser
pesado a outros, trabalhando para não depender de outros para o meu sustento. O apóstolo Paulo
trata desse assunto em 2Tessalonicenses 3.10, quando alguns que estavam na espera da volta do
Senhor resolveram não trabalhar para esperar o retorno. O apóstolo adverte que quem não
trabalhar, também não deve comer.
Em nossos dias pessoas são incentivadas a ter uma vida tranquila, cuidar dos seus próprios
negócios, trabalhar, não depender de ninguém e dar um bom testemunho para os que estão de
fora e, assim, as pessoas que estão ao redor, possam notar a diferença entre ser um filho de Deus
que trabalha com dedicação. Veja outros ensinos de Paulo sobre o trabalho: Efésios 6.5-9 e
Colossenses 3.22-4.1.
Como anda sua atitude em relação ao seu trabalho? Como está a sua dedicação em trabalhar com
objetivo de honrar ao Senhor? Saiba que os que estão fora da fé cristã o observam. Ore para ter
ânimo em seu trabalho, pelos desafios que ele apresenta.

Leitura Diária: Jeremias 25-28


Semana 33 | Dia 229 | Quinta |
1Tessalonicenses 4.13-18

Q uando falamos sobre os últimos tempos sempre surge uma névoa de temor. Já disse J.
Dwight Pentecost em seu livro Manual de Escatologia: “escatologia não é para termos
medo, como alguns dizem que não leem Apocalipse pois temem o que correrá.... A proposta
é consolar”. Podemos notar isso quando Paulo diz à igreja em Tessalônica, no verso 13: “...
para que não fiquem tristes como os demais, que não têm esperança.”
Por um outro lado, para os que não têm o Senhor Jesus como seu Salvador, de fato é um
assunto assustador, pois qual é o destino da humanidade? Paulo reforça dizendo que não queria
que seus leitores fossem ignorantes ou desconhecedores das coisas dos últimos dias. Aqui a
cristandade se debruça sobre várias possibilidades do retorno do Senhor Jesus, se a igreja
passará ou não por tribulação, etc... Mas o que Paulo revela nesse pequeno trecho já é suficiente
para causar muitas conversas. Uma questão que os de Tessalônica tinham era quanto aos que
tinham morrido antes da volta de Jesus, se participariam ou não da salvação eterna. Por isso
Paulo abre esse tema, explicando que os que morreram em Cristo estão na companhia dele. Se
Jesus voltasse enquanto eles estivessem vivos, também estariam com Ele. Ou seja, os que são de
Jesus estarão com Ele. Lógico que também estabelece uma ordem dos que irão ressuscitar nos
últimos dias. Mas volta a afirmar que estariam para sempre com Ele.
No versículo 18, ele volta ao tema deste trecho, “consolem uns aos outros com estas
palavras”, o momento era de consolo, não de dúvida ou temor.
Releia o trecho novamente, medite sobre esse consolo que só os salvos têm. Dê graças a Deus pela obra
tão completa oferecida por Jesus, que arquitetou cada detalhe. Ore, louvando por tamanha esperança
que temos em Jesus.

Leitura Diária: Jeremias 29-32


Semana 33 | Dia 230 | Sexta |
1Tessalonicenses 5.1-28

e você já foi pego de surpresa em alguma situação, a sensação não é nada boa.
Ficamos embaraçados e constrangidos. Esse era o segundo problema que os
tessalonicenses tinham: o medo de serem pegos em alguma falta quando o
Senhor Jesus voltasse, deles mesmo ficarem sem desfrutar da presença do Senhor.
Para que não sejamos pegos de surpresa com a volta do Senhor, o apóstolo Paulo apresenta
três recomendações: “Portanto, não durmamos como os demais, mas estejamos atentos e
sejamos sóbrios” (v.6). O que dorme aqui é aquele que apresenta indiferença espiritual, não está
se preocupando com os interesses do Reino de Deus, só está considerando o aqui e o agora.
Estar atento é estar de vigia. A figura de um vigilante em um estabelecimento que deve ficar
desperto para impedir qualquer ação que prejudique o patrimônio. Sobriedade é o inverso da
embriaguez; esta tira os sentidos ou a percepção do que é certo ou errado, remove os freios
morais, faz perder a lucidez.
Como será que estamos quando avaliamos essas verdades em nossas vidas? Será que estamos
acordados para as questões do Senhor? Será que estou alerta contra os pecados que estão na minha
volta? Será que vivo uma vida cristã sóbria, sem perder os sentidos ou sendo levado de um lado para
outro? Essas considerações são importantes, pois nenhum de nós sabe quando será o nosso encontro
com o Senhor. Como o Senhor irá nós encontrar? O Senhor Jesus já alertou sobre o servo fiel e bom
(cf. Mt 25.14-30).
Ore, para que esteja acordado, vigilante e sóbrio em seu dia a dia.

Leitura Diária: Jeremias 33-37


Semana 33 | Dia 231 | Sábado |
1Tessalonicenses 5.1-28

Q uando desejamos ir para uma determinada localidade, é comum colocar o endereço em um


aplicativo de localização para chegarmos com segurança, dentro do tempo esperado.
Quando pensamos em para onde iremos após a nossa morte, podem surgir muitas
perturbações. Alguns entendem que não sabem para onde irão, outros dizem que só Deus sabe e
outros, com certeza, afirmam que estarão com Deus e Jesus Cristo.
As Escrituras não deixam dúvidas quanto ao nosso destino eterno, veja esse versículo que
o apóstolo Paulo apresenta, “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a
salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo” (v.9). Fica claro que quem não está em Jesus
Cristo terá um destino nada agradável: a ira de Deus. Mas quem está em Jesus Cristo alcança a
salvação eterna das suas almas. Aqui cabe uma consideração importante para você: qual será o
seu destino eterno? Você já pensou sobre isso? Se ainda não, esse é o momento!
Deus, por meio de Jesus Cristo, oferece a salvação eterna a todos os que O buscam, basta
confessar os seus pecados (arrependimento) e se render a Jesus como Senhor e Salvador de sua
vida (fé). No livro de Romanos 10.9, lemos, “Se com a boca você confessar Jesus como Senhor
e em seu coração crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos, você será salvo.” (cf. 1Co 12.3;
Fp 2.11). Essa é uma decisão pessoal, intransferível, que tem que ser feita aqui e agora, para que
você possa desfrutar da eternidade junto a Deus, livrando-se da ira.
Ore, se você ainda não conhece a Jesus e convide-o a entrar em sua vida e fazer morada! Não é apenas
uma oração mecânica ou “mágica”, mas que reflita realmente o entendimento da culpa dos seus
pecados com arrependimento por eles. E que reflita o entendimento de que apenas a morte de Cristo
pode lhe perdoar os pecados e, assim, você põe a sua fé (confiança) apenas nEle como Senhor e
Salvador da sua vida.
Se já conhece a Jesus, louve-O por tamanha salvação que alcançou você e reflita em como você pode
viver uma vida digna de tão grande salvação que lhe alcançou.

Leitura Diária: Jeremias 38-40; Salmo 74; 79


Semana 34 | Dia 232 | Domingo |
Provérbios 3.1-4

A Palavra de Deus é um tesouro que devemos desfrutar e, ao mesmo tempo, guardar em nosso
coração. Desfrutamos das Escrituras à medida em que colocamos em prática os seus
princípios. Em Marcos 7.24-27, vemos a ilustração de um homem que construiu a sua casa
em uma rocha e outro que construiu na areia. Desfrutar do tesouro que é a Palavra Deus é
exatamente isso, é construir nossa vida sobre rocha. As situações da vida vêm e vão, mas nós
estamos seguros em nossas decisões se elas estiverem baseadas na Bíblia e em Jesus. O oposto
também é verdadeiro. Se não colocamos em prática as Sagradas Letras, logo estaremos
desanimados, frustrados e decepcionados, pois não praticar a Palavra de Deus é construir a sua
casa na areia. Como diz o verso 2, o não esquecer os mandamentos, ou seja, o praticar a Palavra
“prolongarão a nossa vida por muitos anos e nos darão prosperidade e paz”. Além de
desfrutar, precisamos também guardá-la em nossos corações. Ao meditar na Palavra de Deus
todos os dias, estamos guardando-a em nossos corações. Essa constância demostra o amor e a
fidelidade que temos para com a Bíblia. Como resultado, estaremos fazendo a vontade do nosso
Deus e, consequentemente, sendo um bom testemunho para com as pessoas a nossa volta.
Ter a Palavra de Deus em nossos corações é como ter um tesouro que diariamente usamos e, à medida
em que as situações da vida aparecem, ele nos preserva do caminho da destruição. Você considera os
princípios das Escrituras quando vai tomar uma decisão? Você costuma grifar, anotar ou até mesmo
decorar versículos bíblicos para desfrutá-los nos momentos de necessidade?
Semana 34 | Dia 233 | Segunda |
Provérbios 3.5-10

D iferente de caminho, algumas definições da palavra “veredas” são: “um atalho ou um


caminho estreito”. Você já se imaginou andando por atalhos bem estreitos em
um local desconhecido e perigoso da cidade? Assim é a nossa vida quando tentamos andar
segundo o que achamos que é certo, ou seja, sendo “sábio aos seus próprios olhos”. Vivemos
um risco constante sem saber se vamos alcançar algum destino. Em vez desse atalho estreito e
perigoso, imagine que você está em uma autoestrada, a mais bem iluminada e segura que você
conhece, com várias placas mostrando claramente o caminho. Quando confiamos,
reconhecemos, tememos e horamos o Senhor Jesus, Ele transforma a vereda da nossa vida em
uma estrada totalmente iluminada e segura.
Esse texto também nos chama atenção para a nossa vida financeira, uma das áreas com a
qual lidamos diariamente. Ele nos diz: “Honre o Senhor com todos os seus recursos”.
Por vezes tiramos 10% daquilo que ganhamos como se fosse a parte de Deus, e
simplesmente ignoramos a vontade de Deus em relação aos 90%! Honrar ao Senhor com todos
os nossos recursos é perguntar a Ele se o nosso orçamento está glorificando-O em cada centavo
que Ele permite chegar em nossas mãos.
Só falar para Deus onde vamos usar os nossos recursos, não quer dizer que estamos honrando-O com
eles. Precisamos buscar sabedoria na Palavra de Deus sobre os princípios dessa área com a qual temos
de lidar e tomar decisões diariamente. Busque praticar os princípios bíblicos também sobre sua vida
financeira. Ore pedindo a Deus que mostre onde você tem seguido o seu próprio caminho em suas
decisões e ações. Escolha fazer a vontade dEle.

Leitura Diária: 2Reis 24-25; 2Crônicas 36.1-21; Jeremias 52


Semana 34 | Dia 234 | Terça | Provérbios 3.11-12
ocê já presenciou a cena de uma criança esperneando e agredindo os seus pais
no corredor de um supermercado, enquanto eles tentam educadamente dizer ao
filho que não têm dinheiro para comprar aquele produto? Nossa vontade de falar para essa
criança é: “Ei, acorde pra vida, você não terá tudo o que quer” ou “Respeite o seu pai e a sua
mãe que lhe dão comida todos os dias”. Muitas vezes, uma conversa educada dos pais com uma
criança ainda pequena, não vai penetrar o seu coração. Aquela criança precisa saber que existe
um adulto na vida dela que a ama e sabe o que é melhor para ela. Em algum momento o
processo de entendimento passa pela disciplina física e amorosa. Muitas vezes agimos como
crianças mimadas, insistindo que a nossa vontade seja feita, que deve ser do nosso jeito. Essa
atitude nos leva a cair constantemente nos mesmos erros e a virar as costas para o nosso Deus
Pai que quer que cresçamos em todas as áreas das nossas vidas tornando-nos homens e mulheres
de Deus aptos e plenamente preparados para toda boa obra. Humilhar-nos e receber a repreensão
do Senhor, através da Sua Palavra, seja com pregação bíblica, exortação ou aconselhamento é a
melhor forma de desfrutar do amor e bondade do nosso Deus Pai. Como o salmista orou no
Salmo 139.23,24: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as
minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho
eterno.”
Sabemos que Deus nos ama assim como um pai ama a seu filho e deseja que caminhemos em Sua
vontade que é boa perfeita e agradável. Como o salmista, devemos estar constantemente pedindo ao
Senhor Jesus que nos mostre através de Sua Palavra se realmente estamos agindo conforme a Sua
vontade. Ore neste momento o Salmo 139.23,24 e escreva em que áreas você precisa aceitar a
disciplina do Senhor em sua vida.

Leitura Diária: Jeremias 41-44


Semana 34 | Dia 235 | Quarta | Provérbios 3.13-20

A Diferente dasabedoria é um atributo, uma característica de Deus que Ele compartilha conosco.
onisciência (conhecimento perfeito de Deus de Si mesmo e daquilo que Ele
criou), da onipresença (Deus está presente em todos os lugares e não está limitado a
qualquer local ou espaço físico) e da onipotência (poder incondicionado de Deus para fazer o
que Ele deseja de acordo com a Sua natureza) que são atributos que só pertencem a Ele. Pelo
fato dessa sabedoria vir do próprio Deus, ela tem um valor incalculável. Tentar contar os grãos
de areia do mar, ou as estrelas, isso é intangível, impossível para a nossa limitação humana.
Assim a sabedoria que vem de Deus também é incalculável em seus benefícios. Ouro, prata,
rubis, dinheiro podem comprar muitas coisas, mas a verdadeira felicidade, o entendimento, a
verdadeira vida, só são possíveis de alcançar por meio da sabedoria vinda do próprio Deus.
Provérbios 1.7 diz que o temor ao Senhor é o ponto de partida e a essência da sabedoria. Na
oração de Paulo em favor dos irmãos de Éfeso (Ef 1.15-23), ele também roga por essa mesma
sabedoria que “dá vida a quem a abraça; quem a ela se apega será abençoado” (v.18).
Leia Tiago 1.5 e ore ao Senhor para que Ele aumente o seu apetite pela Sua Palavra, que o ajude a
memorizar versículos bíblicos! Peça por amigos sábios que possam lhe oferecer uma repreensão
necessária! Ore para que você esteja sensível a atender ao conselho piedoso do seu pastor ou de algum
membro maduro da sua igreja.

Leitura Diária: Obadias; Salmos 82; 83


Semana 34 | Dia 236 | Quinta | Provérbios 3. 21-26
nsensato e desequilibrado!” Foi assim que um colega se referiu a
Marcos depois de se levantar da sua carteira na faculdade e sair para agredir
fisicamente um outro aluno que o provocava com piadas de duplo sentido. Os dois foram
expulsos daquela disciplina. Geralmente essa é a reação natural de uma pessoa que é provocada
constantemente, dia após dia. Afinal, ninguém tem sangue de barata, não é? Negativo, primeiro
que a barata não tem sangue (possui um fluido chamado hemolinfa, que é transparente e não
apresenta pigmentos). Segundo e mais importante: sim, é possível você reagir com sensatez e
equilíbrio em meio a uma situação que vai irritá-lo profundamente. Sabemos que circunstâncias
como essas podem não apenas arruinar a disciplina da faculdade como no exemplo de Marcos,
mas podem arruinar casamentos, empregos, amizades e relacionamentos. Deus, por meio de
Jesus, concede-nos estabilidade, segurança em meio a situações que mexem com nossas
emoções. Ele nos dá sabedoria para agir com inteligência para não cair nas armadilhas. Ele nos
dá a segurança para deitarmos com a consciência tranquila, pois depositamos nEle toda a nossa
confiança. A sensatez e o equilíbrio que vêm de Deus dão-nos segurança e coragem. Assim, o
nome do Senhor é glorificado por meio do nosso testemunho.
Algumas situações no seu dia a dia têm lhe causado irritação? Em oração, peça a Deus sabedoria para
agir com prudência! Alguém em especial tem sido o estopim para você sair do eixo, ou seja, querer
reagir de forma que desagrada a Deus? Coloque essa pessoa em sua lista de oração, ore para que Deus
o use nessa situação para levar a pessoa para mais perto dEle!

Leitura Diária: Jeremias 45-48


Semana 34 | Dia 237 | Sexta | Provérbios 3. 27-32

E sse texto de provérbios está ligado a outros textos da Palavra de Deus. Por exemplo, em
Mateus 22.37-40, observamos que devemos amar a Deus acima de todas as coisas e ao
próximo como a nós mesmos. A Bíblia nos mostra em provérbios o amor prático ao
próximo. Em primeiro lugar está a ideia de não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje,
ajudando as pessoas de forma imediata segundo as nossas possibilidades. Em segundo lugar, a
política de uma boa vizinhança, cooperando para o bem e não para o mal dos que moram a
nossa volta. E em terceiro lugar, não ser uma falsa testemunha. À medida que conhecemos mais
a Deus, somos transformados em relação ao amor ao próximo, sabemos que os nossos
relacionamentos interpessoais podem trazer glória para o nosso Deus. Ele deseja nos usar para
que outras pessoas que ainda não conhecem o Seu amor, a Sua graça, sejam impactadas através
do nosso amor, atitude e comportamento. Vemos também o Senhor Jesus em Lucas 10.25-37
explicando para um homem que havia lhe perguntado “quem é o meu próximo?” e Jesus, na
parábola do bom samaritano, responde e explica que o nosso cuidado com as pessoas deve
abranger um raio maior, não apenas quem nos pede ajuda, ou o nosso vizinho, mas também
além destas fronteiras de relacionamentos.
O nosso amor ao próximo deve ser prático, mas nem sempre tem a ver com uma ajuda
necessariamente financeira. Às vezes, vemos pessoas tristes e sem esperança que necessitam de um
abraço e de uma oração. Vemos pessoas novas chegando à igreja que necessitam de um discipulado
pessoal, alguém que gaste uma ou duas horas durante a semana estudando a Bíblia com ela. Ore sobre
isso e esteja atento às oportunidades!

Leitura Diária: Jeremias 49-50


Semana 34 | Dia 238 | Sábado | Provérbios 3. 31-35

A orelacionar
vermos as notícias diárias nos meios de comunicação, é impressionante como podemos
várias pessoas que se encontram em condições violentas, perversas, zombadoras
e tolas. Pessoas que usam a violência para, de alguma forma, humilhar alguém ou tentar
mostrar que têm algum poder. Pessoas ímpias que planejam fazer o mal. Zombadores, que
fazem pouco caso e até piadas sobre Deus e Sua Palavra. Pessoas tolas são egoístas. Como diz
em Provérbios 10.21, teimam em não querer fazer o que é correto. Se refletirmos um pouco,
todos nós já fomos assim, ou pelo menos tínhamos todo o potencial em nosso coração
pecaminoso para desenvolver essas características em um nível muito alto. Pela graça de Deus
que enviou o Seu único Filho para nos salvar e nos livrar da condenação eterna, podemos hoje
decidir não seguir caminhos que levam à destruição e à morte, pois não somos mais escravos do
pecado (Rm 6.15-23). O evangelho nos possibilitou desfrutarmos da amizade com o nosso Deus
(v.32), de uma bênção especial em nosso lar (v.33), e da mesma honra mencionada no versículo
35. Tudo isso somente é possível pela graça de Deus e pelo sacrifício do Senhor Jesus.
Algumas pessoas, mesmo frequentando a igreja, ainda lutam com esses pecados, mas as boas novas do
evangelho da salvação nos dizem que, se somos salvos em Cristo Jesus, não servimos mais ao pecado, ou
seja, somos livres para uma nova caminhada que honre o Seu nome e que glorifica a Deus. Se você
ainda não recebeu a salvação em Cristo Jesus (ou ainda possui dúvidas quanto à certeza de sua
salvação), ligue para o seu pastor ou para um membro da sua igreja e peça que ele lhe explique sobre as
boas novas da salvação e a convicção que os salvos podem ter em Cristo.

Leitura Diária: Jeremias 51; Salmos 137


Semana 35 | Dia 239 | Domingo | Provérbios 4.1-5

É interessante perceber como o livro de Provérbios dá instruções para todo aquele que quer
obter a verdadeira sabedoria. Vemos nesse texto instruções, tanto para os pais que precisam
estar preparados para instruir seus filhos quanto para os filhos que precisam estar atentos e
seguir as instruções de seus pais. A base dessa instrução deve ser sempre a Palavra de Deus.
Quando Moisés deu suas orientações finais para o povo de Deus que estava prestes a entrar na
Terra Prometida, ele falou para os pais instruírem seus filhos, “Que todas estas palavras que
hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse
sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se
deitar e quando se levantar” (Dt. 6.6-9). Vemos que esse princípio precisa ser colocado em
prática durante todo o tempo e de diversas maneiras. Lendo um trecho sequenciado todos os
dias, lendo histórias bíblicas infantis, cantando-as, jogando jogos com elas, memorizando-as,
fazendo aplicações. As possibilidades são limitadas apenas pela imaginação dos pais. No Novo
Testamento, em Efésios 6.4, Paulo instrui: “Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos
segundo a instrução e o conselho do Senhor”.
A base para o nosso aprendizado para a vida é sempre a Palavra de Deus e o Senhor, na Sua soberania,
decidiu usar os pais para serem os primeiros mestres. Se você é pai ou mãe, escreva pelo menos três
maneiras para melhorar seu ensino aos seus filhos e ore sobre isso! Se você é filho, escreva três atitudes
que você pode tomar para melhorar o seu relacionamento com seus pais.

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Semana 35 | Dia 240 | Segunda | Provérbios 4.6-9

C erta vez, Jesus contou a parábola de um homem que encontrou um tesouro escondido no
campo, então escondeu o tesouro de volta e cheio de alegria, vendeu tudo o que tinha e
comprou aquele campo. Ele também conta a parábola de um negociante de pérolas
preciosas, que ao encontrar uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que tinha e a comprou.
Jesus contou essas parábolas em Mateus 13.44, 46 para entendermos o valor e a importância do
Seu Reino. No verso 7 do texto de hoje, vemos também essa grande ênfase em usar tudo o que
possuímos para adquirirmos entendimento e sabedoria, valores ressaltados por essas metáforas.
O princípio desse conhecimento é o temor ao Senhor, ou seja, a sabedoria não é adquirida por
meio de uma fórmula mecânica, mas de um relacionamento íntimo com Deus. Devemos investir
cada vez mais nesse relacionamento, buscando conhecer a Deus por meio da Sua Palavra e da
oração e fazer a Sua vontade.
Você consegue perceber o valor desse grande presente que Deus nos deu por intermédio da salvação em
Cristo Jesus? A morte e a ressurreição de Cristo nos deram livre acesso à sabedoria do alto. Porque
somos salvos, podemos desfrutar de todo conhecimento que nos capacita a viver de acordo com a
vontade de Deus. Ore ao Senhor e agradeça pela bênção da salvação em Cristo Jesus!

Leitura Diária: Lamentações 1:1-3.36


Semana 35 | Dia 241 | Terça | Provérbios 4.10-13

Você comprou um equipamento eletrônico e não conseguiu desfrutar completamente dele


porque simplesmente não parou para ler o manual e seguir as instruções? Já
acabou estragando uma comida porque resolveu não seguir a receita? Quando se trata de seguir
as instruções dos pais isso não afetará apenas um equipamento ou alguma receita que não deu
certo, mas pode afetar a nossa vida, nosso futuro. A obediência aos pais previne contra perigos
ameaçadores e livra os filhos de conceitos errados, companhias e lugares errados. Os pais, como
mais experientes, já enfrentaram alguns obstáculos, já tropeçaram e sofreram algumas quedas,
por isso é importante estar atento às suas instruções. A Palavra de Deus sempre deve ser a fonte
dessas instruções. 2Timóteo 3.16,17 diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de
Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” Na Bíblia estão as instruções que
precisamos para viver de uma forma plena em cada área da nossa vida. Assim, precisamos estar
bem atentos às instruções do Senhor, tanto aos ensinamentos dos pais quanto às práticas dos
filhos.
Muitas vezes ouvimos instruções, seja dos nossos pais ou diretamente da Palavra de Deus e resolvemos
não as praticar. Ore o Salmo 139.23,24 com coração motivado a se arrepender e mudar, “Sonda-me, ó
Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta
algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.”

Leitura Diária: Lamentações 3.37-5.22


Semana 35 | Dia 242 | Quarta | Provérbios 4.14-19

É em locais iluminados, temos a visão real do que está acontecendo. Uma casa interessante

ver nesse texto o contraste entre a luz e as trevas. Quando andamos

iluminada, principalmente à noite, nos dá a liberdade de caminhar mais rapidamente entre os


cômodos sem quebrar nada e sem sofrer nenhum acidente. Por outro lado, andar na escuridão
total é simplesmente pedir para que algo de errado aconteça. Isso é o que ocorre com a vida do
ímpio; ele decide se afastar totalmente de Deus e se deixa levar a um nível de maldade tão
grande que acaba caindo em suas próprias armadilhas. A Bíblia deixa bem claro que tipo de
relação devemos ter com essas pessoas, “NÃO SIGA pelas veredas dos ímpios, NEM ANDE no
caminho dos maus” (v.14) e “EVITE-O, não passe por ele; AFASTE-SE e não se detenha”
(v.15). Como placas bem visíveis e bem iluminadas de advertência, a Palavra de Deus nos
orienta a fugir desse perigo e nos impede de sermos influenciados por esse tipo de pessoa. Por
outro lado, a busca constate da sabedoria contrasta com toda essa escuridão, à medida que
vamos conhecendo a Deus por meio da Sua palavra e obedecendo os Seus princípios. Assim,
fica cada vez mais nítido o caminho bom, perfeito e agradável que o Senhor tem para
caminharmos com Ele.
Pensando nesse contraste, você conhece pessoas assim na escola, na faculdade, no trabalho? Qual tem
sido a sua atitude em relação a elas? Ore por sabedoria para influenciar, e não deixar ser influenciado!
Esteja atento à sinalização de perigo que Deus coloca no seu dia a dia para não se deixar levar por
conversas e nem cair em armadinhas. Lembre-se de que, quanto mais andamos na luz, menos perigo
temos de tropeçar e cair.

Leitura Diária: Ezequiel 1-4


Semana 35 | Dia 243 | Quinta | Provérbios 4.20-22

É áreas dos seus estudos e profissões. Hoje não temos apenas o médico, e sim o médico

interessante perceber o quanto as pessoas têm se especializado em determinadas

especialista em uma determinada parte do corpo. Isso também ocorre na engenharia, na


advocacia; os mecânicos de automóveis, estão procurando áreas mais especificas para
solucionar plenamente aqueles problemas ou situações específicas. Isso é muito bom pois nos
leva direto ao ponto. É incrível como a Palavra de Deus trata o homem de maneira completa e
profunda, em todas as áreas da vida, casamento, finanças, sexualidade, administração do tempo,
equilíbrio na alimentação e outros. A Palavra de Deus traz vida para a alma e saúde para o
corpo. Traz santidade e sanidade, salvação e vigor. A Escritura é remédio para o corpo e
alimento para a alma. Tal é a importância dessa Palavra em todas as áreas de nossas vidas que o
pai incentiva o filho a escutar, prestar atenção (v.20), a nunca perder de vista, guardar no fundo
do coração (v.21). Então esforce-se para se achegar à Bíblia diariamente! Leia, ouça, faça
perguntas e procure por suas respostas, pense sobre ela e memorize-a, aplique-a na sua vida.
Tome tempo e exerça a força necessária para desfrutar o tesouro que é a Palavra de Deus.
Relembre como a Palavra de Deus tem feito a diferença na sua vida como um todo. Escreva com poucas
palavras alguns momentos que você vivenciou Deus falando ao seu coração por meio de um versículo ou
uma passagem bíblica! Escreva a referência bíblica ao lado. Ore, peça ao Senhor que a cada dia
aumente o seu apetite pela Sua Palavra e sua capacidade de memorizar versículos!

Leitura Diária: Ezequiel 5-8


Semana 35 | Dia 244 | Sexta | Provérbios 4.23-24
ocê já se arrependeu de ter dito algo? Já falou sem pensar? O livro de
Provérbios está recheado de instruções sobre o uso da língua. À medida que
vivemos o temor do Senhor (o princípio da sabedoria – Provérbios 9.10), os resultados também
incluirão uma transformação das nossas palavras. Não apenas certos tipos de palavras deixarão
de existir no seu vocabulário, mas como uma pessoa sábia você também as substituirá por
palavras boas ditas no momento certo e da maneira correta. As palavras estão bem ligadas ao
nosso coração. Jesus em Mateus 12.34b-35 diz “...a boca fala do que está cheio o coração. O
homem bom, do seu bom tesouro, tira coisas boas, e o homem mau, do seu mau tesouro, tira
coisas más.” Por isso no verso 23 existe a instrução de guardar o coração. Certa vez ouvi um
pregador ilustrar essa verdade dizendo: “Imagine que você tem um cofrinho de moedas. Todos
os dias você coloca nele apenas moedas de 10 centavos. No final do ano você abre aquele cofre.
Quantas moedas de 50 centavos você vai tirar? A resposta lógica é: não vai tirar nenhuma pois
você só colocou moedas de 10 centavos. Assim é o nosso coração. Aquilo que colocamos nele é
o que vai sair. Aquilo que você vê, ouve, lê é depositado no seu coração. Assim suas palavras e
ações são um reflexo do que está no seu coração."
Refletindo nessas verdades, como você tem cuidado do seu coração? O que tem depositado nele? Pare e
pense: Como posso nutrir o meu coração com coisas que edificam? Uma excelente medida para filtrar
aquilo que deixamos entrar em nossas vidas é 1Coríntios 10.31 que diz: “Assim, quer vocês comam,
bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” Ore e peça ao Senhor que lhe
dê sabedoria.

Leitura Diária: Ezequiel 9-12


Semana 35 | Dia 245 | Sábado | Provérbios 4.25-27
m dia, certo homem passando por uma área rural avistou uma bela plantação.
O mais impressionante era que aqueles canteiros eram muito bem alinhados.
Naquele momento ele pensou que devia haver alguma máquina que alinhava tão bem as plantas.
A dúvida ficou perturbando a sua mente, foi então que ele decidiu parar e perguntar
pessoalmente ao camponês que trabalhava naquelas terras qual era a máquina que ele usava para
fazer linhas tão retas. O camponês, em sua simples e humilde expressão, contou ao homem que
colocava lá na ponta do terreno uma estaca e enquanto ia plantando não tirava os olhos dela até
chegar nela. Então, vez após vez, ele fazia esse mesmo processo de fixar os olhos na estaca
enquanto plantava. O texto de hoje também fala em fixar nossos olhos e não se desviar nem para
direita nem para a esquerda, afastando os nossos pés da maldade. O autor de Hebreus nos mostra
como isso é possível em Hebreus 12.1-3 que diz: “Portanto, também nós, uma vez que estamos
rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do
pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, TENDO
OS OLHOS FITOS EM JESUS, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora
proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.
Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês
não se cansem nem se desanimem”.
Onde você tem fixado o seu olhar? Qual é o seu alvo? Como lemos em Hebreus, precisamos fixar os
olhos em Jesus e, como discípulos dEle, seguir Seu exemplo em nosso pensar, em nosso falar e em nosso
agir. Precisamos nos guiar pela Sua Palavra. Ore para que você não perca de vista o seu alvo que é
glorificar a Deus em todas as suas decisões e ações.

Leitura Diária: Ezequiel 13-16


Semana 36 | Dia 246 | Domingo | 1Timóteo 1.1-2

O apóstolo Paulo ao se apresentar como um apóstolo de Cristo, ordenado por Deus e enfatizar
que Cristo é “a nossa esperança” (1 Tm 1.1), deixa claro para Timóteo,
a quem ele reconhece como o seu verdadeiro filho na fé, dois pontos importantes: (1) quem
o comissionou e (2) onde está baseada a sua esperança em relação ao porvir. Foi o próprio Deus
quem designou Paulo ao apostolado, ele não usurpou essa posição, antes agiu como um, afinal
ele próprio havia tido um encontro pessoal com o Senhor Jesus Cristo, pré-requisito necessário
para ocupar essa posição. Enquanto muitos depositam a esperança em governantes, emprego,
reservas financeiras, carreira, o ensino bíblico ressalta que a esperança do servo de Deus se
relaciona com o Cristo ressurreto. Paulo ainda usa uma tríade de palavras em sua saudação, que
não é usada em nenhuma outra nas Escrituras, senão nas cartas a Timóteo, a saber: “graça,
misericórdia e paz” (1 Tm 1.2b). Por graça, ele deseja não apenas que o favor imerecido de
Deus sustente Timóteo, mas também o poder de Deus sem o qual Timóteo jamais seria quem foi
ou faria o que fez. Por misericórdia, ele ressalta o anseio que o amor leal de Deus seja uma
constante na vida de Timóteo. Por fim, a paz realçada por Paulo no final de sua saudação aponta
para um resultado esperado da graça e misericórdia de Deus manifestada na vida do seu
discípulo.
E quanto a você, quem você é em Cristo? Já parou para pensar o quanto Cristo já fez por você para que
a sua identidade estivesse muito bem estabelecida, nele? Ele o escolheu antes da criação do mundo,
adotou você como filho, redimiu-o, perdoou-lhe, fez de você a igreja de Cristo, e o selou com o Espírito
Santo como garantia do que está por vir (Ef 1.3-14). Diante de tanto que tem recebido, que tal você
parar agora mesmo e orar ao Senhor para que você seja quem deve ser em Cristo?
Semana 36 | Dia 247 | Segunda | 1Timóteo 1.3-7

H áemquem diga que uma das missões mais importantes de um cristão comprometido no tempo
que vivemos é defender a sã doutrina. Desde a época do apóstolo Paulo isso já era
necessário. Quando o apóstolo deixou Timóteo em Éfeso, o fez com esse propósito. Afinal,
a igreja de Éfeso sofria ameaças de falsas doutrinas porque havia pessoas infiltradas, de forma
persuasiva e sutil, tentando perverter e pregar uma mensagem heterodoxa e rasa, com uma
mistura de elementos do judaísmo somada, possivelmente, a uma filosofia grega. Sabemos que a
sã doutrina é absoluta, não há paralelos para ela, não carece de acréscimos, correções,
atualizações ou qualquer modificação. Naquele tempo, os falsos mestres insistiam e ainda hoje
insistem, em perverter a doutrina cristã. Num mundo onde as verdades são cada vez mais
plurais, onde se há discussões sobre gêneros, movimentos diversos e “bandeiras” que são
levantadas minando as instruções bíblicas, não apenas relacionadas aos conceitos familiares,
mas sobretudo doutrinárias, se faz urgente, assim como foi urgente para o apóstolo Paulo,
marcar território para a defesa da sã doutrina. Paulo deixou Timóteo em Éfeso porque sabia que
ele seria de confiança para combater esses ensinos falsos. Mas não apenas o deixa lá, dá
instruções claras e revela a motivação. O objetivo dessas instruções era “o amor que procede de
um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera”. Na Escritura, o coração sempre
foi o centro e a fonte de toda atividade mental e moral do indivíduo. A boa consciência e a fé
sincera também são fontes primárias de onde procedem o amor.
Como você tem exercido a sua missão de defender a sã doutrina no seu dia a dia, na escola, no
trabalho? Coloque essa questão diante do Senhor e peça a ele para que o capacite a estudar mais a
Palavra de Deus e a orar mais. Peça para que Ele lhe dê um coração puro, uma boa consciência e uma
fé sincera capazes de fazer com que você, por amor às instruções bíblicas, jamais se desvie da sã
doutrina, mas seja um defensor aguerrido delas onde quer que você esteja.

Leitura Diária: Ezequiel 17-20


Semana 36 | Dia 248 | Terça | 1Timóteo 1.8-11

J áinapropriada?
reparou o quanto somos cercados por pessoas e religiões que usam a Lei de forma
No tempo do apóstolo Paulo, havia pessoas que usavam a Lei para camuflar os
falsos ensinos que eram passados por eles, que se opunham à sã doutrina. Julgavam-se
intelectuais da Lei, mas eram ignorantes. Paulo coloca-os em seus devidos lugares, trazendo o
ensino correto. O apóstolo começa o seu argumento indicando que a Lei é boa (v.8), desde que
usada de maneira adequada. Ele ressalta que a Lei e o evangelho não estão em conflito, mas se
completam. Aliás, o próprio Senhor Jesus ressalta que o propósito dEle nunca foi aboli-la, mas
cumpri-la (Mt 5.17). Paulo, então, instrui a Timóteo que a Lei funciona como um professor, que
revela o nosso pecado e nos leva a Cristo. Não somos salvos pela Lei, antes, somos educados
por ela. O apóstolo realça essa verdade a Timóteo para cercá-lo com a verdade de que a pompa
exterior da religião não deveria intimidá-lo, porque essa postura não traz salvação, porém
condenação. A Lei não pode salvar, porque o seu único efeito é estimular o pecado e mostrar o
quão longe estamos da justiça de Deus. Por isso o apóstolo Paulo menciona que ela foi feita para
os grupos que, naturalmente se insurgem e se opõem à sã doutrina, não para os justos. A
conclusão nesse trecho é que a sã doutrina é vista no glorioso evangelho. A Lei revela o pecado
do pecador e o evangelho revela a glória justificadora de Deus, em Cristo Jesus.
O evangelho é Cristo morrendo por nós, pecadores e, consequentemente, transgressores da Lei. Mas a
beleza do evangelho é que Cristo cumpre as justas exigências da Lei por nós e nos capacita a satisfazê-
las, pelo poder do Espírito Santo de Deus que habita em nós. Se você ainda não vive uma vida baseada
no evangelho de Cristo Jesus, que tal começar hoje? Ore a Deus pedindo para que você jamais ignore a
submissão que é devida à Lei (especialmente, o seu aspecto moral), e para que Ele o livre do legalismo
que tem o potencial de paralisar e escravizar você.

Leitura Diária: Ezequiel 21-24


Semana 36 | Dia 249 | Quarta | 1Timóteo 1.12-14
ocê já parou para pensar em quem era antes de ter sido alcançado por Cristo?
Paulo, nesse texto, nos faz refletir sobre sua vida antes de sua conversão. Ele
discorre acerca de como ele era implacável na perseguição da igreja de Cristo, ameaçava vários
cristãos e mandava matar outros tantos (At 9.21). Afligiu muitos crentes nas sinagogas e os
forçou a blasfemar, perseguindo-os por todas as cidades. Sim! Paulo foi alguém que, antes de
sua conversão, assolou e devastou a igreja de Cristo. Lucas, ao escrever o livro de Atos, chega a
compará-lo a um touro indomável que não queria ser amansado (At 26.14). Ora, se o próprio
apóstolo Paulo que nós conhecemos hoje, por intermédio das Escrituras, como um dos maiores
missionários da história, responsável por escrever 13 cartas do Novo Testamento, foi tudo isso,
antes de Cristo, será que deveríamos nos espantar quando olhamos para o nosso próprio
passado? A resposta é um enfático “NÃO”. O fato é que Paulo, embora se auto intitule, como
blasfemo, perseguidor e insolente, reconhece, por outro lado, que a graça de Deus superabundou
em sua vida, passando então a ser alvo da misericórdia e graça do Deus altíssimo. Por isso, ele
inicia este trecho dando graças a Cristo Jesus, que tinha tudo para puni-lo, afinal, Jesus é santo,
puro, sem pecado, o próprio Deus que se fez homem. Paulo reconhece que a força para realizar a
tarefa a ele designada tem uma origem: Cristo Jesus, o mesmo que o designou para uma tarefa
tão nobre (1Tm 3.1). Ele realça ter sido alcançado por graça. Uma graça que transbordou
juntamente com a fé e o amor que estão em Cristo Jesus.
Reserve um tempo agora mesmo para você orar a Deus agradecendo a graça que o alcançou um dia.
Olhe para a sua vida pregressa com a perspectiva de que essa vida ficou no passado, e que agora você
passou a ser uma nova criatura em Cristo Jesus (2Co 5.17).

Leitura Diária: Ezequiel 25-28


Semana 36 | Dia 250 | Quinta | 1Timóteo 1.15-17
propósito de Cristo Jesus vir ao mundo foi salvar a humanidade dos seus delitos e pecados.
O Confiando que Deus pode salvar todo tipo de pecador, o apóstolo Paulo
se auto intitula de o “pior dos pecadores”, oferecendo ensino neste título conferido por ele
mesmo. Ou seja, o que Paulo quer ressaltar é que se é verdade a afirmação fiel, de que Cristo
Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, também é verdade que não há distinção em
relação ao tipo de pessoa que essa salvação é capaz de alcançar. Em outras palavras, talvez você
jamais cometa o mesmo pecado que eu e vice-versa, mas ambos podemos ser alvos da graça e
da misericórdia que há em Cristo Jesus para alcançarmos a salvação. Afinal, como já vimos, o
apóstolo Paulo com toda a sua crueldade na perseguição aos cristãos, não foi capaz de esgotar a
paciência de um Deus notadamente longânimo. Um Deus capaz, até, de demonstrar toda a
grandeza de sua longanimidade ao alcançar um pecador como ele, deixando, inclusive, o relato
de sua conversão registrado nas Escrituras (At 9) para usá-lo como exemplo para aqueles que
ainda haveriam de crer; neste caso, eu e você. Depois do registro de que Deus é capaz de
alcançar qualquer tipo de pessoa com a sua salvação, o apóstolo Paulo se insurge numa
doxologia revelando a grandeza do Rei, Jesus, que reina eternamente o qual é digno de honra e
glória para todo o sempre.
Esse Deus, que salva pecadores de seus delitos e pecados estende o Seu perdão para você hoje. Ore
pedindo perdão ao Senhor pelos pecados que têm incomodado você. Deixe o perdão do Senhor suscitar
gratidão e adoração dos seus lábios ao lhe perdoar e estender a você o perdão que só Jesus pode
conceder. Ore a Ele sobre isso!

Leitura Diária: Ezequiel 29-32


Semana 36 | Dia 251 | Sexta | 1Timóteo 1.18-20
issão dada é missão cumprida!” Quem nunca ouviu essa expressão,
M muito utilizada em nossos dias, depois de ter sido utilizada no filme
brasileiro “Tropa de Elite”? Não foi exatamente essa expressão que o
apóstolo Paulo usou para alertar o jovem Timóteo, mas bem que poderia
ser. Afinal, é notável como Paulo compara a vida cristã a uma batalha.
Mais notável ainda é a missão dada ao jovem Timóteo. Um verdadeiro
alerta ao fato de que as guerras que os crentes enfrentam não são tanto
bélicas. Sim! Porque as armas apresentadas pelo apóstolo, para que o
cristão enfrente a luta na qual está envolvida não são físicas. As armas
que precisam estar a postos, segundo a orientação paulina, são apenas fé
e boa consciência. Armas poderosas e espirituais. Outrossim, há um
alerta para que o combate às doutrinas falsas, seja travado com lucidez.
Isso porque trata-se de um combate que exige muita cautela, para que os combatentes não
sejam engolidos e enredados pelos falsos ensinos a ponto de sua fé ser atacada e enfraquecida.
Paulo cita, inclusive, exemplos que deixam clara a ação disciplinar necessária para os
distraídos da batalha. Isso mesmo! Pessoas que, como Himeneu e Alexandre, provavelmente
eram contadas como um deles, são citadas como pessoas que sofreram danos com o propósito
de servirem como referência a outros cristãos. Não sabemos ao certo o que Paulo quis dizer
quando relatou que os entregou a Satanás, há muita especulação neste sentido, mas boa coisa
certamente não é. O fato é que a instrução foi dada e, como todo bom soldado, devemos
segui-las se, de fato, queremos cumprir com excelência a missão que nos foi dada para
vivermos bem a vida cristã.
Como você está em relação a guardar a fé e a boa consciência? Você tem estado a postos com essas
armas espirituais? Pare um pouco, agora mesmo, peça a Deus que o fortaleça. Peça a ele que o capacite
para a missão de manter-se firme diante das ameaças de falsos ensinos, guardando a sua fé e a sua boa
consciência.

Leitura Diária: Ezequiel 33-36


Semana 36 | Dia 252 | Sábado | 1Timóteo 2.1-7

Q uanto valor você dá à oração? O apóstolo ensina que orar publicamente ou de forma privada
é algo bom e agradável perante Deus. O ensino de Paulo nesse trecho não é apenas acerca
da primazia da oração, senão, o quão importante é a variedade delas. A oração deve
começar com o reconhecimento de nossa total dependência de Deus, por isso o apóstolo
menciona “súplica”. A oração deve ter também adoração, ao reconhecermos os atributos de
Deus e gratidão por tudo o que o Senhor já realizou em nossas vidas. O apóstolo menciona que
devemos orar em favor de todos os homens e pelas autoridades instituídas. A ideia é que a
oração é universal em certo sentido. Nesse contexto, o fato de o ensino paulino sobre Deus
desejar que todos sejam salvos, não significa dizer que o desejo de Deus é salvar todos os
homens sem exceção, senão que Ele quer salvar os homens sem acepção de área alguma da
experiência humana. Por isso ele menciona, inclusive as autoridades governamentais, tanto
quanto homens comuns. No verso 5, Paulo faz algumas declarações relevantes. A primeira delas
é de que existe um só Deus. A segunda é de que existe apenas um mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus. E, por fim, de que existe apenas um resgatador. Essas declarações nos
colocam diante daquele a quem devemos interceder. Revela, outrossim, que existe apenas um
evangelho, apenas uma mensagem a ser pregada em todo mundo da qual somos portadores. A
mensagem de que Cristo viveu, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, a verdade de que Cristo
morreu a nossa morte para que pudéssemos viver a Sua vida.
Como está a sua confiança no Senhor? Como está a sua vida de oração? Quando você ora, esses
elementos mencionados por Paulo, dependência de Deus, reconhecimento dos Seus atributos que
culminam em adoração e gratidão, sem acepção de pessoas, fazem parte do seu tempo com Deus?
Convido você a parar agora mesmo e orar ao nosso Deus pelos governantes e por outras pessoas que
exercem autoridade sobre você. Faça isso agora mesmo. Por quê? Porque se trata de uma orientação do
Senhor em Sua Palavra.

Leitura Diária: Ezequiel 37-40


Semana 37 | Dia 253 | Domingo | Cantares 1.1

Q ual a última vez que, dentro de uma igreja, você ouviu alguma palestra, estudo ou pregação
sobre vida conjugal e intimidade sexual? Por que isso acontece com tão pouca frequência
em nossas comunidades de fé? Quais os resultados desse aparente “silêncio” por parte dos
pastores ou líderes? Será que a Bíblia não fala muito sobre o assunto?
Com base no que leremos em Cantares de Salomão (ou Cântico dos Cânticos), podemos
responder, dentre todas as questões levantadas, pelo menos à última, com um enfático “não”. A
ausência de ensino mais profundo sobre sexo na igreja não é por causa do silêncio bíblico! Pelo
contrário, a Escritura tem muito a dizer sobre o assunto e, isso significa que, para Deus, esse
tema é muito importante (tão importante que aprouve ao SENHOR inspirar um livro inteiro em
toda a Bíblia para nos ensinar sobre casamento, romantismo e sexualidade). Durante muito
tempo houve certo debate sobre como esta obra deveria ser lida e interpretada, porém, de todas
as possibilidades levantadas, a mais simples e óbvia possível ainda parece ser a mais correta: o
Cântico dos Cânticos de Salomão deve ser lido como um poema que exalta o amor entre um
marido e sua esposa. Nas palavras de um antigo comentarista, “este livro é a forma romântica de
a Bíblia nos descrever o que aconteceu no Jardim do Éden (especialmente em Gênesis 2.23)
antes da Queda e que deveria ser desfrutado por todo casal em toda a história”.
Apesar de muitos ainda se calarem sobre esse assunto tão importante, Deus não está em silêncio! O
SENHOR tem muito a nos dizer sobre o relacionamento amoroso entre um homem e uma mulher, e isso
tem implicações diretas sobre nossas vidas. Portanto, comece a se perguntar: o quanto você sabe sobre o
assunto? Como anda seu casamento? Ou, sendo solteiro, como você considera que deve ser essa área no
seu futuro relacionamento? O que Deus espera de você nessa área? Você está disposto a descobrir isso
e, principalmente, glorificar ao SENHOR nesse aspecto da vida?

| 271 |
Semana 37 | Dia 254 | Segunda | Cantares 1.1
alomão foi filho do rei Davi, herdeiro do trono de Israel. No início de seu
reinado, ele foi presenteado por Deus com muita sabedoria e prosperidade, o
que levou a nação ao seu auge. Como fruto disso, escreveu muitos provérbios de sabedoria (cuja
maioria está registrada no livro de Provérbios) e, ao término de seus dias, refletiu sobre o
significado da vida (lemos isso em Eclesiastes). Além disso, conforme 1Reis 4.32, descobrimos
que Salomão também foi poeta e compôs muitas músicas; Cânticos, em especial é, de longe, sua
melhor obra. Nesse livro, através de inúmeras canções, Salomão descreve o relacionamento
amoroso que teve com uma mulher chamada de “Sulamita” (cf. 6.13). Ao longo de suas páginas,
ele descreve como a conheceu, e se enamorou dela, como foi seu casamento, em especial, sua
noite de núpcias. Mas também narra como foram suas primeiras brigas e como, juntos, eles
superaram suas diferenças e pecados e amadureceram ao longo de sua jornada de casados.
Que história linda, não? No entanto, há um problema em tudo isso. Pare um instante e leia
1Reis 11.1-6. Na linguagem popular, Salomão foi um tremendo de um “mulherengo”! E por
conta desse desejo insaciável pelo sexo oposto, ele fracassou como rei. Aquelas mulheres pagãs
e idólatras − com quem ele se relacionava − perverteram seu coração e o afastaram de Deus, o
que resultou na divisão do reino em duas partes. Diante disso, como deveríamos compreender
este livro? Como é possível um homem que teve tantas mulheres escrever justamente sobre seu
amor por uma única mulher? Como Salomão pode falar sobre casamento, sendo que falhou
miseravelmente nesta área?
Ao escolher Salomão para escrever sobre o verdadeiro amor, Deus designou uma das pessoas que mais
vivenciaram o relacionamento a dois neste mundo (ou seja, se há alguém que pode nos dizer o que
realmente vale a pena, esse alguém é Salomão). Afinal de contas, há mais vantagem em se viver ao lado
de seu único e grande amor em um só casamento e durante a vida toda... ou “curtir” ao máximo os
prazeres amorosos e sexuais com várias pessoas ao longo da vida? O que será que Salomão tem a dizer
sobre isso? E qual é a sua opinião? Como é sua experiência nesse assunto?

Leitura Diária: Ezequiel 41-44


Semana 37 | Dia 255 | Terça | Cantares 1.2-3.5

C omo já vimos, o Cântico dos Cânticos é um poema romântico que descreve o verdadeiro
amor entre marido e esposa. Ao todo, ele se subdivide em quatro partes
maiores. De forma didática, poderíamos compreendê-las como “quatro elementos que
compõem o verdadeiro amor”. Qual o primeiro? Paciência.
Conforme o que lemos nesse trecho, descobrimos como Salomão conheceu Sulamita e o
que aconteceu antes de se casarem. Ela era uma jovem fora dos padrões da época (tinha uma
vida sofrida de trabalho debaixo do sol); ainda assim, ao visitar a propriedade de sua família,
Salomão, o rei de Israel, “apaixonou-se” por sua singularidade e beleza. Em seu primeiro
momento a sós, eles não viam a hora de, literalmente, ir para a cama um com o outro (cf. 1.2-4;
2.10). Mas foi o que fizeram? Repare no que ela diz às suas amigas após esse encontro (3.5):
“Filhas de Jerusalém, jurem pelas gazelas e pelas corças selvagens que vocês não acordarão
nem despertarão o amor, até que este o queira”. Em outras palavras, “Meninas, tenham
paciência; não apressem as coisas! Esperem o tempo certo para se entregar ao amor”. Apesar
de muito desejo, esse jovem casal esperou até o dia do casamento para satisfazer seus impulsos
sexuais. E ao escrever sobre sua experiência, Salomão está nos ensinando que o verdadeiro amor
é construído com paciência. Não é necessário apressar as coisas!
Se você ainda não é casado(a), tem dado ouvidos a esta lição? Há algo que precise confessar e mudar
diante de Deus? Se você já está casado(a), consegue se lembrar de como foi seu relacionamento antes do
matrimônio? Há algo do qual se arrependa? Há algum motivo de louvor nesta área? Quais conselhos
daria para jovens inflamados pelo desejo sexual?

Leitura Diária: Ezequiel 45-48


Semana 37 | Dia 256 | Quarta | Cantares 3.6-5.1

Salomão e Sulamita foram pacientes e, apesar do ardente desejo de um pelo outro, esperaram o
dia de seu casamento. Enfim, o tão esperado dia chegou e com ele,
aprendemos sobre o segundo elemento que compõe o verdadeiro amor: pureza.
O texto que lemos começa narrando como Salomão vem até a casa de sua amada com toda
a comitiva real para lhe fazer o cortejo de casamento (3.6-4.8). Logo após isso, a cerimônia é
celebrada. Salomão elogia a beleza de sua noiva e a convida a viver ao seu lado para sempre.
Sulamita aceita o pedido. E o que lemos depois disso (4.9-5.1)? O jovem casal entra em seus
aposentos matrimoniais e, pela primeira vez, desfruta daquilo que reprimiu por tanto tempo: o
prazer sexual (podemos observar isso através das palavras que eles usam − quase que “proibidas
para menores”). Enquanto os convidados se alegravam com a grande festa oferecida por
Salomão no palácio, em seus aposentos, ele e sua esposa se deliciavam do sexo (um dom de
Deus reservado para ser desfrutado no casamento), em sua noite de núpcias. Agora, repare no
detalhe apresentado por Salomão antes de se deitar com sua recém esposa (4.12): “Meu amor,
minha noiva, você é um jardim fechado, um manancial recluso, uma fonte selada”. Sabe o que
isso significa? Que Sulamita era virgem! Ela não havia se deitado com homem algum antes de
seu marido (nem mesmo com ele)! E olha que desejo e oportunidades não faltaram... O
verdadeiro amor é construído com pureza.
Mesmo que isso pareça utopia em nossos dias, esse sempre foi o ideal de Deus para seu povo! Não
importa o que o mundo diga, vale muito mais esperar o casamento para se relacionar sexualmente com
alguém. E por quê? Porque Deus projetou o amor conjugal para ser assim! Quem “coloca o carro na
frente dos bois” raramente experimenta, em sua noite de núpcias, a alegria que este casal experimentou
neste momento. Vale a pena guardar-se em pureza! Você tem feito isso? Tem incentivado outros a fazer
o mesmo? O que você poderia fazer de diferente, ainda hoje?

Leitura Diária: Daniel 1-3


Semana 37 | Dia 257 | Quinta | Cantares 5.2-7.10
Esse é o terceiro elemento que compõe o verdadeiro amor, apresentado a nós
P erseverança.
através dessas palavras de Salomão. Enfim, o encanto da lua de mel passou, aquele desejo
quase incontrolável por sexo foi se esfriando, e o casal acabou caindo na rotina (o que
sempre atormenta muitos casais). E o que veio com a rotina? Problemas.
Em 2.15, lemos algo interessante: “Peguem as raposas, as raposinhas, que devastam os
vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor”. Respeitando a linguagem poética do autor,
podemos perceber que havia “raposinhas” atacando as vinhas do casal e impedindo que elas
dessem frutos (problemas que ameaçavam os frutos de seu amor). No livro, várias delas nos são
apresentadas: concorrência, insegurança, ausência, pressa e até mesmo separação física. Desde
cedo aquele casal descobriu que deveria “caçar” essas raposas e afugentá-las antes que
devastassem seu relacionamento. Mas temos de reconhecer que nem sempre essas ameaças são
tão claras (e que nem sempre conseguimos combatê-las). Isso também aconteceu com aquele
casal. Certa noite, aquilo que eles tanto desejavam antes de se casar se tornou motivo de briga
(cf. 6.1-6), o que resultou em separação. Mas como eles reagiram ao se dar conta de seus atos
pecaminosos? Ela foi à procura de seu marido, reconhecendo seu erro, e ele a recebeu de braços
abertos. A reconciliação aconteceu! E em meio a tudo isso, ambos se elogiaram e desfrutaram
de uma intimidade ainda maior do que aquela da noite de núpcias. Sabe o que isso significa?
Que o verdadeiro amor se constrói com perseverança!
Não adianta desistir logo na primeira ameaça, é necessário combatê-la, mesmo que seja difícil! Na hora
do problema, cônjuges precisam se lembrar que o inimigo não é o outro, mas o pecado que há entre os
dois. Quando o pecado começa a ser combatido, o casal amadurece e cresce (até mesmo em intimidade).
E você, consegue identificar quais são as “raposinhas” que ameaçam o fruto do amor em seu
relacionamento? Quantas delas são responsabilidade sua? Que tal identificá-las e começar a persegui-
las? E se elas já atacaram, que tal dar passos para se reconciliar com seu cônjuge e reconstruir seu
jardim de amor?

Leitura Diária: Daniel 4-6


Semana 37 | Dia 258 | Sexta | Cantares 7.11-8.14
emos aprendido que o verdadeiro amor é construído com paciência, pureza e
perseverança. O que colhemos com tudo isso? Aqui está o quarto elemento que
compõe o verdadeiro amor: profundidade. Se formos pacientes, buscarmos a pureza e
perseverarmos mesmo diante dos maiores conflitos que ameaçam nosso casamento, colheremos
um relacionamento conjugal cada vez mais profundo e muito mais forte do que qualquer outro
que poderíamos construir com outras pessoas.
Foi isso o que Salomão e Sulamita experimentaram depois de tudo o que passaram. Em
uma espécie de “renovação de votos” (cf. 8.7), Salomão conclui que o verdadeiro amor é tão
forte e tão implacável quanto a morte, e que, quando construído da forma com a qual lemos
neste livro, não pode ser destruído. Mesmo que alguém lhe ofereça as maiores riquezas, prazeres
e oportunidades nesta vida, se você ama de verdade a pessoa com quem se casou, rejeitará todas
essas ofertas para continuar ao lado de seu cônjuge! É por isso que a Sulamita diz (cf. 8.4) que
não deveríamos nos apressar em “entregar a chave” de nosso coração a qualquer pessoa, só
porque nos apaixonamos por ela. O verdadeiro amor envolve muito mais do que somente paixão
afetiva ou sexual. Ele é construído com paciência, pureza e perseverança. Quem faz isso alcança
profundidade em seu relacionamento conjugal!
Perceba isso: o verdadeiro amor não é algo que sentimos, mas que construímos! Dá trabalho, exige
grande esforço e desprendimento pessoal... porém, o resultado é a profundidade! O verdadeiro amor
(como descrito neste livro e na Bíblia como um todo) não acaba e, se você considera que, em seu
relacionamento, “o amor acabou”, é porque nunca foi amor verdadeiro. Porém, aqui vai uma boa notícia:
se nunca foi amor, ainda pode se tornar amor! Vocês podem aprender a amar um ao outro de forma
bíblica e construir este verdadeiro amor descrito em Cântico dos Cânticos. Você está disposto a isso? O
que depende de você para que isso aconteça? Como você poderia ajudar outros nessa área?

Leitura Diária: Daniel 7-9


Semana 37 | Dia 259 | Sábado | Cantares 8.7

E sse versículo deixa claro que o verdadeiro amor nunca acaba, mesmo diante das maiores
dificuldades. É esse tipo de amor que Deus sempre desejou que a huma-
nidade desfrutasse no casamento e, principalmente, no relacionamento com ele. Porém,
sabemos que, mesmo que tentemos com todas as forças, nunca conseguiremos acertar em tudo
quando o assunto é amar. Por exemplo, há casais de namorados ou de noivos que já “avançaram
o sinal”, relacionando-se sexualmente antes da hora; há casais casados que já tentaram tantas
formas de se reconciliar que estão a um passo de desistir do casamento; e há até aqueles que,
por vários motivos, abandonaram seus votos matrimoniais, e já estão divorciados. Aliás, o
próprio Salomão falhou em viver o verdadeiro amor com sua esposa. Apesar de relatar sua
experiência neste livro, sua vida amorosa (como um todo) foi uma total negação. O próprio
Salomão foi imperfeito, e precisava aprender sobre o verdadeiro amor...
Como, então, poderíamos vencer o “desamor” que há em nós e alcançar o verdadeiro
amor? Só há uma maneira: relacionando-nos com a única fonte do verdadeiro amor − o próprio
Deus! Segundo 1João 4.8, “Deus é amor”. Se amar é algo que se aprende, Deus é o maior
professor que existe! E João continua (cf. 1Jo 4.10): “Nisto consiste o amor: não em que nós
tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação
pelos nossos pecados”. O ápice da demonstração do amor de Deus pelos homens está na cruz −
seu Filho entregue à maldição para que, por meio de seu sacrifício propiciatório, pudéssemos
viver (em um relacionamento de amor com o Deus Trino). É por isso que João conclui (cf. 1Jo
4.19): “Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. Se aqueles que creem em Jesus se
relacionam com a fonte do verdadeiro amor, isso significa que, para eles, é possível aprender a
amar de verdade se olharem para como Deus os trata quando pecam, aprenderão a fazer o
mesmo com os outros (especialmente com seu cônjuge).
E você, o que te falta para amar verdadeiramente? Falta conhecimento deste amor? Se esse é o caso,
olhe para a cruz e creia em Jesus! Nele, o amor de Deus faz todo sentido! Falta aprendizado desse
amor? Medite no que Deus Pai fez por você através do Filho, e use isso como parâmetro para suas
próximas ações junto às pessoas (principalmente para com seu cônjuge)! E então, está disposto a
desfrutar do verdadeiro amor?

Leitura Diária: Daniel 10-12


Semana 38 | Dia 260 | Domingo | 2Timóteo 1.1-2

A última carta de Paulo, 2Timóteo, foi escrita perto do ano de 67 d.C. O Apóstolo dos gentios
estava preso e condenado; viria a morrer no ano seguinte, 68 d.C. O contexto que envolve a
escrita deste livro é de grande perseguição contra os cristãos. Nero era o imperador romano
e começara a incriminar, prender e matar uma grande quantidade de cristãos pelo incêndio que
aconteceu em Roma (o qual ficou comprovado que ele mesmo tinha ordenado). Então, o
imperador decidiu ir atrás dos cristãos mais preeminentes a fim de extinguir aquela nova
religião. O próprio apóstolo Pedro morreu nas mãos de Nero. Paulo logo morreria também.
Porém, enquanto sua hora não chegava, ele tinha coisas importantes a dizer: suas últimas
palavras.
A carta tem três grandes temas: relembrar a esperança que temos no evangelho. Fortalecer
o jovem Timóteo contra as dificuldades do ministério e abrir os olhos contra os ensinos
heréticos que estavam surgindo.
Nos dois primeiros versículos, já podemos ver Paulo reforçando a essência do evangelho:
“vida por meio da fé em Cristo Jesus”. O apóstolo foi enviado para pregar vida eterna por meio
da graça, misericórdia e paz que temos por meio de Cristo.
Graça é receber um bem que não merecemos; misericórdia é não receber aquilo que
merecemos e a paz, além de uma forma de cumprimento tradicional judaica, exprime nossa
condição de alinhados com o próprio Deus, sem nenhuma barreira entre nós e ele e entre uns
com os outros.
Paulo declara a graça, misericórdia e paz para Timóteo pois recebera uma grande demonstração disso
por meio de Cristo. E nós, temos consciência da vida que temos por causa de Cristo? Demonstramos
graça, misericórdia e paz para com os irmãos ao nosso redor da mesma maneira que recebemos?
Semana 38 | Dia 261 | Segunda | 2Timóteo 1.3-7

O que é uma fé verdadeira? Certa vez estive presente em uma tradicional festa popular de uma
religião. Ao observar as manifestações daquelas pessoas pude ver que muitas
demonstravam certa fé naquilo que estava acontecendo. Elas peregrinaram, choraram,
algumas carregaram grandes pesos demonstrando os seus “votos”. Lotaram as ruas da cidade a
fim de tocar certa imagem e terem seus esforços atendidos.
No versículo 5, Paulo relembra Timóteo de uma fé sincera que estava presente na avó e na
mãe de Timóteo e que também habitou no seu discípulo. Essa fé não é um ato de sacrifício
esperando algo em troca. Não é quantitativa, mas qualitativa. Há uma fé verdadeira que confia e
depende de Cristo e em Cristo somente. É nele que essa fé está firmada e estabelecida.
Na sequência do texto, Paulo relembra Timóteo de que essa fé verdadeira o capacitou para
a obra do Senhor. Quando colocamos nossa fé em Cristo, tornamo-nos filhos de Deus e
recebemos o selo do Espírito Santo. Esse não é um espírito de covardia, que nos deixa
paralisados diante do mundo e da realidade que vivemos. Mas de “poder, de amor e de
equilíbrio”. Um cristão, vivendo pelo Espírito Santo, deve ser alguém pronto para pregar o
evangelho, demonstrar amor e moderação em suas ações.
Para você que já conhece o Senhor Jesus: você tem se acovardado diante das realidades à sua volta, da
maldade, dos “cancelamentos”, da impopularidade que você pode sofrer se seguir uma vida séria com
o Senhor? Você é um cristão equilibrado ou sua marca é de alguém explosivo? Você é uma pessoa que
ama ou alguém que odeia? Você está pronto a falar do evangelho, ou apenas para conversar
amenidades? Que a fé verdadeira nos impulsione a viver corajosamente!

Leitura Diária: Esdras 1-3; 2Crônicas 36.22-23


Semana 38 | Dia 262 | Terça | 2Timóteo 1.8-12

P articularmente, gosto muito de filmes de espiões. Alguém que tem um disfarce tão apurado
que entra no covil inimigo sem ninguém perceber e sai de lá como se nada tivesse
acontecido. Infelizmente, alguns cristãos têm essa mesma atitude. Parecem espiões. Vivem
no mundo e ninguém nem percebe a razão da esperança que há nessas pessoas (1Pe 3.15).
Lembrando, Paulo está preso, prestes a morrer por conta do evangelho e agora ele incentiva
e ordena a Timóteo “não se envergonhe de testemunhar” (v.8). Esse testemunho envolve o
próprio apóstolo Paulo. Uma vez que você se identifica com Cristo e com os ensinos inspirados
de Paulo você está correndo sérios riscos de vida.
O argumento do apóstolo é simples. O cristão foi chamado para uma vida santa (v.9) foi
salvo pela graça de Cristo (v.9), recebeu vida eterna por causa da morte de Cristo (v.10) e o
evangelho o capacita para a obra de Cristo.
No versículo 12, Paulo conclui dizendo que, apesar de sofrer por sua situação, ele não se
envergonhava. Pois sabia que aquele que o salvou o guardaria até o final. Ele continua ecoando
as palavras que escrevera anos e anos atrás, “Pois não me envergonho do evangelho, pois é o
poder de Deus para salvação de todo o que crê” (Rm 1.16)
Como você tem vivido nesses dias? Andamos como verdadeiros espiões ou estamos dispostos a viver
em coragem por causa do evangelho do Senhor? Que o evangelho que lhe salvou o conduza a falar
corajosamente do amor, da graça, da justiça e da salvação que temos em Cristo!

Leitura Diária: Esdras 4-6


Semana 38 | Dia 263 | Quarta | 2Timóteo 1. 13-18

O que é verdade e o que é “fake”? Interessante como o tema da verdade nunca sai de moda. Na
atualidade, nossos debates argumentam se a verdade é pessoal ou absoluta. Porém, vemos
pessoas defendendo que “cada um tem a sua verdade” e são contra tudo que é “fake”,
exigindo, ainda que inconscientemente, uma verdade superior do que a sua própria e relativa
versão.
No verso 13, Paulo diz que devemos reter aquilo que é a verdade, a sã doutrina, e guardar
a verdade do evangelho por meio do Espírito (v.14). Há apenas uma verdade. Cristo é a verdade
(Jo 14.6), Sua obra é a verdade (o evangelho) e Seu ensino é a verdade (sã doutrina).
Defender e viver a verdade traz consequências. Paulo estava preso por causa dela e
Onesíforo, grande cooperador, correu diversos riscos para demonstrar misericórdia e
encorajamento ao apóstolo, demonstrando que não se envergonhava do evangelho.
Enquanto isso, Fígelo, Hermógenes e os da Ásia Menor, abandonaram Paulo e a verdade
do evangelho. Perseguições, sofrimento, pressões, prisões, perda de mordomias, vida singela,
acusações, nada disso parece ser algo que aqueles da Ásia menor gostariam de passar. Os custos
parecem ser muito altos.
Jesus já havia dito que: “quem não toma sua cruz e me segue não é digno de mim” (Mt 10.38). Viver
pela verdade do evangelho não é fácil, mas é eternamente recompensador. Que homens como
Onesíforo nos inspirem a viver uma vida de coragem na Verdade! Que a atitude de homens como
Fígelo e Hermógenes nos causem temor de viver uma vida longe da verdade!

Leitura Diária: Ageu 1-2


Semana 38 | Dia 264 | Quinta | 2Timóteo 2.1-7
discipulado é um dos ensinos mais negligenciados nas igrejas cristãs dos dias de hoje.
O Ter alguém mais experiente na caminhada cristã ensinando e conduzindo pessoas mais
novas na fé a crescer na Palavra e viver de modo digno da vocação que receberam é parte
essencial da vida do cristão.
Paulo fez isso com Timóteo. Eles caminharam juntos por um tempo. Timóteo aprendeu
com Paulo tanto a teologia propriamente dita como a prática. Agora Paulo encoraja Timóteo a
investir na vida de outras pessoas (v.2). Timóteo deve ensinar homens fiéis que por sua vez
ensinarão a outros e que passarão isso a uma nova geração e... aqui estamos nós, lendo essas
verdades e buscando praticá-las.
Como mestre e discípulo, Paulo abre os olhos de Timóteo para três imagens que refletem o
serviço do cristão. A primeira delas é de um soldado em uma batalha (v.3-4). O soldado cumpre
aquilo que foi estabelecido por seu superior. Ele não larga uma batalha para comprar leite.
Assim, o cristão deve cumprir as ordens do Senhor, sabendo que estamos em guerra e não para
vivermos em benefício próprio.
A segunda imagem é de um atleta (v.5) que deve ser disciplinado e correr conforme as
regras. Novamente, viver uma vida desregrada e satisfazer as suas “falsas verdades” não levarão
à conclusão da prova.
Por fim, um lavrador (v.6) que trabalha duro debaixo de sol e de chuva e com muito suor
colherá ao fim do processo os frutos. É um trabalho diário, pouco a pouco, mas que traz grandes
resultados no final.
Temos servido ao Senhor como bons soldados, bons atletas e bons lavradores, ensinando fielmente os
mais novos e sendo encorajados pelos mais velhos? Sua missão tem sido marcada pelas características
dessas três imagens do nosso texto? Responsabilidade, habilidade, compromisso, trabalho duro (entre
outras) tem sido essas marcas? Que, como servos do Senhor, possamos escutar do Mestre: servo bom e
fiel!

Leitura Diária: Zacarias 1-7


Semana 38 | Dia 265 | Sexta | 2Timóteo 2.8-13

N ossuaúltimos tempos, tenho escutado de alguns líderes evangélicos que dizem: “a partir de hoje
vida é ‘só’ vitória”; “você nasceu para vencer”; “a prosperidade te espera”; “Jesus veio
para trazer felicidade na sua vida”. Essas frases parecem apresentar uma vida sem dor e sem
sofrimento. Aparentemente um cristão, servo do Senhor, deveria viver em paz, vitória,
prosperidade e felicidade.
Não sei o que lhe prometeram quando você escutou sobre a salvação em Jesus, mas ao olhar
para o texto de hoje eu vejo um homem piedoso, que foi resgatado do império das trevas, essa
boa notícia a todas as pessoas (v.8). Fica a pergunta: qual o resultado desse estilo de vida?
O versículo 9 diz: “por isso sofro e estou preso”. Viver uma vida contrária aos padrões do
mundo não gera prosperidade e vitória. Porém, apesar de Paulo saber que em breve partiria
deste mundo, seus olhos estão fitos no autor e consumador da fé (Hb 12.2).
O Apóstolo está disposto a sofrer o que for preciso se isso levar a verdade do evangelho
para mais pessoas (v.10). Se ele morrer em Cristo, na verdade irá desfrutar da vida eterna (v.11).
Se ele o negar, também será negado diante de Cristo no grande dia. Porém, se for infiel, Deus
não muda, mas permanece fiel.
As promessas recentes de uma vida confortável não encontram lugar na fala de Paulo. Será que vale a
pena ser um servo do Senhor? Sofrer perseguição, prisão, ser alvo de piadas, afastamento da família,
deixar de lado alguns “entretenimentos”. Será que vale a pena servir a Deus e “perder” tudo isso?
Vale sim. Pois com Ele vivemos, e reinaremos, somos dEle e para Ele.

Leitura Diária: Zacarias 8-14


Semana 38 | Dia 266 | Sábado | 2Timóteo 2.14-19

A pós fazer uma defesa da mensagem do evangelho e fortalecer seu “filho” Timóteo a não se
envergonhar da cruz que redimiu o jovem discípulo, agora Paulo diz que ele deveria, com
coragem, pregar essa verdade diante das muitas mentiras que estão sendo ensinadas em sua
época. O versículo 15 é central na mensagem do livro. Primeiro, a aprovação a ser buscada é do
Senhor, não tema as perseguições que virão. Segundo não se envergonhe, antes trabalhe e, por
fim, ensine fielmente a Palavra do Senhor.
Algumas versões trazem “manuseie corretamente”. O sentido da palavra no original seria
de “cortar reto”, “fazer um caminho tortuoso se tornar direito”, como em Provérbios 3.6. Isso
não significa que seja alguém que abre passagens bíblicas de maneira rápida em uma Bíblia de
papel. Significa que a Palavra é tão bem assimilada, compreendida e ensinada de maneira tão
fiel que as Escrituras fazem um caminho correto para você andar. O servo de Cristo deve
ensinar a Palavra de maneira que as pessoas percebam seus caminhos tortuosos e passem a
andar em caminhos retos.
Dedicar-se à Palavra fará você ter convicções firmes e lutar contra as heresias. Himeneu e
Fileto eram exemplos de hereges da época. Ensinavam que a ressureição já tinha acontecido.
Assim, já estamos em corpos glorificados, ou seja, nada mais conta como pecado em nossas
vidas. A resposta a essa heresia está no verso 19. Quem pertence ao Senhor se afasta do mal e
não corre atrás dele como se não houvesse problema nenhum.
O servo do Senhor deve viver em busca da verdade na Palavra de Deus. Discussões secundárias devem
ser deixadas de lado, heresias devem ser combatidas com coragem e a aprovação desejada é a do
Senhor. A quem você tem procurado agradar?

Leitura Diária: Ester 1-5


Semana 39 | Dia 267 | Domingo | 2Timóteo 2.20-21

A nalisando o contexto da carta até o momento, Paulo reforça a convicção no evangelho e a


coragem de proclamar a mensagem. O apóstolo também reitera que Timóteo deve se
preocupar em ensinar a Palavra e refutar as heresias.
Nesse momento, a carta é direcionada não apenas à vida pública de Timóteo, mas também
ao seu coração. O servo de Deus deve viver uma vida de pureza. A imagem que Paulo usa no
versículo 20 é de utensílios em uma casa. Há utensílios honrosos como pratos, panelas, copos,
etc. Esses objetos são marcados por exigir bons materiais e boa limpeza para serem utilizados.
Já objetos como vasos sanitários, tanque de lavar roupa, etc... não são objetos os quais, por mais
limpos que pareçam, seriam usados na alimentação.
Um servo do Senhor deve ser marcado pela pureza (v.21). Para ser usado pelo Senhor de
maneira digna, devemos ter como marca uma vida sem mancha, nem culpa, nem mistura. Isso
não significa que somente os que nunca pecam podem servir ao Senhor. Pelo contrário, aqueles
que, ao pecarem, reconhecem os seus erros e falhas, confessam e se arrependem, são
considerados irrepreensíveis (1 Tm 3.2). Servos que não têm que ser repreendidos, pois já
acertaram todas as pendências com o Senhor. E que quando repreendidos, buscam ao Senhor em
quebrantamento para que seus corações sejam sondados.
A pureza tem sido uma marca na sua vida como servo? Você tem desejo de ser um servo que honra ao
Senhor em tudo que faz? Você tem sido marcado por uma vida justa, honesta, zelosa? Que possamos
nos arrepender dos maus caminhos em busca de uma vida que glorifica o Senhor!
Semana 39 | Dia 268 | Segunda | 2Timóteo 2.22-26
e no texto de ontem vimos que o servo do Senhor deve viver em pureza, no
de hoje vemos o imperativo para que Timóteo fuja das paixões da juventude.
Essa palavra “paixões” tem o sentido de desejos imorais, contrários ao padrão estabelecido por
Deus.
Se ontem o texto exprimia uma afirmação de busca pela pureza, agora Paulo exprime um
caminho de dizer “não” às tentações, fugindo dos desejos malignos. O cristão tem grandes
desafios internos e externos.
Fora de si existem perseguições, ensinos heréticos, tentações. Dentro de si há sua
carnalidade e desejos malignos lutando contra o Espírito que nele vive. É por isso que Paulo diz:
“busque a justiça, a fé, o amor e a paz com aqueles que de coração puro invocam ao Senhor.” A
vida cristã não se vive sozinha. Além disso, o servo do Senhor deve evitar conversas inúteis.
Quando chegamos no campo missionário, fomos aconselhados a junto com os outros
missionários não entrar em discussões políticas. Um dos motivos é porque existem coisas mais
relevantes para comunicar do que nossas opiniões pessoais, que poderiam mais afastar as
pessoas do que aproximá-las da verdade do evangelho.
O papel de um servo do Senhor é corrigir em mansidão, ser amável, paciente e disposto a
ensinar (v.24 e 25). Sabendo que quem realiza a obra é o Senhor. Ele que é capaz de livrar das
ciladas do inimigo (v.26).
Como têm sido as suas lutas nessa semana? Sua opção tem sido de fugir das paixões e seguir os irmãos
de coração puro? Teremos grandes desafios no dia de hoje; tentações, oportunidades de falar tolices,
sermos “estressados” e irados, não corrigirmos com mansidão. Que possamos buscar uma vida em
pureza diante do Senhor!

Leitura Diária: Malaquias 1-4; Salmos 50


Semana 39 | Dia 269 | Terça | 2Timóteo 3.1-9

E ucomentário:
estava assistindo a um programa de televisão, quando o entrevistador fez o seguinte
“acho que após essa pandemia a humanidade sairá muito melhor, amando mais
aos outros, cuidando mais da natureza, sendo mais responsável.” O entrevistado, com um
sorriso sem graça, complementou dizendo: “não sei não, viu. A quantidade de gente se
divorciando e brigando não para de aumentar.” Dois comentários de pessoas não cristãs. O
primeiro com uma visão extremamente positiva do ser humano; já o segundo, bem mais realista.
Como será o futuro? O que acontece no fim dos tempos? Paulo alinha as expectativas de
Timóteo quanto ao futuro. As pessoas 1) amarão ao dinheiro (v.2); 2) zombarão de Deus (v.2);
3) serão ingratas e não obedecerão aos pais (v.2 e 3); 4) gostarão do que é mau (v.3 e 4); 5)
demonstrarão falsa religiosidade (v.5).
Parece um filme de terror? Mas não é diferente do que vemos na nossa realidade. Além
disso, vemos líderes ensinando caminhos perversos e se envolvendo em pecados. Como Janes e
Jambres, personagens da tradição judaica (extracanônica) que enganaram o faraó durante as
pragas no Egito, assim vemos líderes engando as pessoas e as conduzindo para a perdição.
Como nos dias de Paulo, atualmente vemos pessoas correndo atrás de dinheiro e
prosperidade, escutando pregadores que falam o que elas querem ouvir, enganando e sendo
enganadas. Deixando de lado padrões bíblicos para seguir seus desejos maus. Líderes que
entram em casas alheias. Mulheres instáveis. Filhos desobedientes. Egoísmo.
Que sejamos o sal da terra e a luz do mundo diante de uma realidade tão adversa! Essas pessoas “não
irão longe” (v.9). Elas estão seguindo um caminho de perdição. E nós? Temos sido levados por esse
caminho? Ou buscamos uma vida de devoção e pregação da verdade?

Leitura Diária: Esdras 7-10


Semana 39 | Dia 270 | Quarta | 2Timóteo 3.10-13

N olíderes
contexto próximo, vemos que o mundo anda um caos e que pessoas estão procurando
que falem apenas o que elas querem ouvir. Mensagens social e politicamente
corretas, sem apontar pecados, sem falar sobre arrependimento, sem sofrimento, sem ensino.
Muitas “bênçãos” e poucos compromissos.
Você, porém, não devem ser assim. Os outros podem, pois não são servos do Senhor, mas
você é. “Você aprendeu de mim”. Timóteo aprendeu aspectos teóricos e práticos da vida cristã
por conta do seu discipulado com Paulo. Ele aprendeu o ensino, a conduta, o propósito e a fé
que refletem ensinos formais. Além disso, aprendeu a paciência, o amor e a perseverança que
serão vivenciados e não apenas explicados.
Os pregadores falsos não passam por perseguições. Já Timóteo viu de perto os sofrimentos
e perseguições por conta da verdade. Aliás, Paulo alerta Timóteo que a vida devota ao Senhor
será uma vida de perseguição. Perversos receberão sua devida recompensa na devida hora. Já os
que vivem piedosamente sofrem, mas a recompensa eterna é muito superior.
Nosso país não experimenta perseguição oficial. Podemos ter liberdade para pregar a Palavra. Mas, se
você deseja viver piedosamente saiba que empregos podem ser perdidos, namoros podem ser desfeitos,
da mesma forma que as amizades, amigos podem rir e zombar de você, vizinhos podem não lhe chamar
para alguns passeios, portas podem ser fechadas, filhos e pais podem se desentender. Os ímpios podem
obter sucesso, mas irão de mal a pior. Você, porém, crente no Senhor, terá outro fim.

Leitura Diária: Neemias 1-4


Semana 39 | Dia 271 | Quinta | 2Timóteo 3.14-16

O mundo anda caótico e alguns “líderes espirituais” têm distorcido a mensagem do evangelho,
corrompendo as Escrituras e enganado uma grande quantidade de pessoas. Você, porém,
não deve ser assim. É a segunda vez que Paulo usa desse contraste entre o verdadeiro servo
do Senhor e os enganadores. Eles estão seguindo o caminho natural e irão de mal a pior. Já os
verdadeiros servos do Senhor não devem ser assim.
Se nos versículos anteriores a vida prática deveria ser um diferencial, agora a devoção à
Palavra é o diferencial. Timóteo deve ser fiel ao que foi ensinado (v.14) uma vez que é pelas
Escrituras Sagradas que o aprendizado deve envolver a salvação pela fé (v.15).
Versículos 16 e 17, tão conhecidos, trazem uma reflexão importante para os servos do
Senhor. A Escritura é soprada por Deus, vem da mente do Senhor com valor e propósito, ensina
o que é correto, repreende nos mostrando quando erramos; mostra o caminho do arrependimento
quando pecamos e, por fim, nos instrui no caminho certo.
O objetivo é sermos servos do Senhor aptos e preparados para a obra de Deus.
Infelizmente, muitos servos do Senhor estão buscando capacitações, técnicas, instrumentos
mecânicos e métodos prontos para lidar com situações que somente a Bíblia é capaz de tratar.
Como tem sido sua vida de devoção à Palavra? Tem ficado apenas na leitura um dia na semana? Ou
mesmo no estudo aos domingos? Você tem provado da Palavra que ensina, avalia, corrige e encaminha
sua vida? Você tem confiado e aconselhado baseado nas Escrituras? Que a Bíblia seja o guia da sua
vida e que como servos do Senhor possamos crescer, aprender e praticar a Palavra (Tg 1.25)!

Leitura Diária: Neemias 5-7


Semana 39 | Dia 272 | Sexta | 2Timóteo 4.1-8

C hegamos ao último capítulo dessa carta do apóstolo Paulo. O texto de hoje e de amanhã
exprime as suas palavras finais a um discípulo amado que está servindo ao Senhor com seus
desafios e suas lutas. Qual será a ordem importante para esse discípulo? “Pregue a
Palavra!” (v.2). O mundo não suporta as verdades do evangelho (v.3), muitos estão buscando
pastores que falem o que eles querem ouvir (v.3) e preferem mentiras e mitos à verdade (v.4).
Você, porém, não deve ser assim. Os servos do Senhor devem se preocupar em realizar a
obra do Senhor, cumprindo o que ele espera. Pregue a palavra! Não devemos ficar esperando a
volta de Cristo passivamente, mas pregar as Escrituras. Ainda que digam que não é
politicamente correto, que está defasada, precisa ser atualizada, é racista, machista, um mito.
Nada disso é verdade. A Palavra é a verdade e devemos anunciá-la.
Paulo então faz seu famoso epitáfio: “eu já estou sendo derramado... combati o bom
combate, completei a carreira e guardei a fé” (v.6-7). Ele já sabe que seus dias estão perto do
fim, e seu coração é grato a Deus pela salvação, pelo ministério e por ter completado fielmente
tudo que foi proposto.
Paulo já está com o Senhor, assim como Timóteo. Mas a Palavra está conosco. O “bastão” foi passado a
nós! Minha oração é que sejamos servos fiéis, que pregam a Palavra, que suportam a tentação e que, ao
chegarem diante de Deus, ele diga: “servo bom e fiel”. O “bastão” foi passado. Que o Senhor nos
capacite!

Leitura Diária: Neemias 8-10


Semana 39 | Dia 273 | Sábado | 2Timóteo 4.9-18

N aOsuaprimeiro
saudação final, Paulo aponta para 4 tipos de pessoas encontradas no serviço ao Senhor.
está nos versículos 9 e é representado por Demas. Ele era um cooperador do
evangelho (Fm 24), mas não queria mais essa vida dedicada a Deus. Sofrer? Ser preso?
Morrer? Nada disso. Demas escolheu a vida confortável em Tessalônica. Confortável, mas
inútil.
O segundo grupo são os que se opõe fortemente ao ministério do evangelho, esse foi o
caso de Alexandre, o ferreiro. Ele causou muitos problemas a Paulo e em vez de o apóstolo
revidar, sua oração é para que Deus lhe retribuísse e que Timóteo ficasse atento a ele.
O próximo grupo de pessoas são aquelas que estão seguindo seus trabalhos na obra.
Vemos Crescente, Tito, Tíquico, Priscila, Áquila, Onesíforo, Erasto e Trófimo. Irmãos em
Cristo, servos do Senhor, alguns eram frutos do ministério de Paulo e agora cada um está em um
canto do mundo trabalhando para o Senhor.
Finalmente, o grupo daqueles que precisam ficar junto dos que sofrem. Lucas foi quem
ficou com Paulo durante esse período. O apóstolo conta com Marcos, aquele que desistira da
primeira viagem missionária de Paulo e que fora a causa da divisão entre Paulo e Barnabé. O
jovem cresceu, amadureceu e seguiu trabalhando buscando a aprovação do Senhor. Sua vida
piedosa faz sua presença ser aguardada pelo apóstolo.
Minha oração é que, se formos vacilantes, possamos como Marcos, voltar aos caminhos do Senhor e ser
úteis na Sua obra. Se temos buscado conforto, que nos arrependamos e venhamos a ter uma vida
dedicada a Deus. Se temos ignorado ao Senhor, que abramos os olhos! Se temos servido, que sejamos
encontrados fiéis. A Cristo seja a glória para todo sempre!

Leitura Diária: Jonas 1-4


Semana 40 | Dia 274 | Domingo | Isaías 1.16-18
or natureza, o ser humano tem dificuldade de assumir e enfrentar seus erros.
P Ninguém gosta de se sentir culpado. Certamente você já notou que, quando suspeitos são
interrogados, quase sempre afirmam inocência, alegam nada saber, intentam alguma
desculpa como: “eu só estava passando por aqui e fui preso por engano” ou qualquer coisa
assim.
O problema do ser humano é sempre o mesmo. Ninguém gosta de ser flagrado, nem ser
acusado e, para isso, usa todos os meios possíveis para escapar. Note também que a palavra
pecado está sendo riscada do nosso vocabulário. Não seria porque a humanidade tem rejeitado
obstinadamente a Deus ou simplesmente ignorado a Sua vontade?
Ao mesmo tempo, enquanto busca alternativas de vida que mascarem ou supram seus
problemas de consciência, a humanidade é invadida por um enorme vazio e não encontra a paz
que tanto almeja.
As pessoas afirmam que são boas e corretas, e dizem: posso não fazer o bem, mas o mal eu não
faço. Não “percebem” nada de errado em suas vidas, mas com facilidade enxergam defeitos nos
outros. Vivem como querem e não sentem nenhum “peso do pecado”. Isso acontece porque
quando você carrega um balde de água você sente o peso da água, certo? Mas quando entra em
uma piscina (com o balde na mão) não sente o peso porque está no meio da água. Quem vive
mergulhado no pecado já não o sente mais.
O declínio dos padrões morais e a pressão da cultura através dos meios de comunicação fazem uma
lavagem cerebral capaz de cegar até mesmo as convicções pessoais de muitos. Por fim, tudo passa a ser
visto como natural, dispensando qualquer tipo de revisão do comportamento ou reflexão sobre os
valores éticos. E você? Haveria algum relaxamento em convicções e comprometimentos com
pensamentos seculares em sua vida? Como você tem se visto em comparação com o padrão das
Escrituras?

365 Dias com Deus


Semana 40 | Dia 275 | Segunda | Isaías 2.1-5

N ossa esperança, assim como a nossa fé, pode ser testada pelas muitas dificuldades da vida. A
pobreza, a perda de entes queridos, a saúde precária e outras adversidades podem levar ao
enfraquecimento da esperança. Mas nunca duvide da Palavra, mesmo quando a esperança se
esvair.
Deus, através de Isaías, ofereceu ao povo de Judá algo que eles não conseguiam encontrar
no estilo de vida pagão que adotaram. Ele lhes ofereceu esperança. Isaías disse ao povo que
mesmo diante da miserável condição espiritual que estavam vivendo, ainda experimentariam
bênçãos: aprenderiam os caminhos de Deus e adotariam um novo modo de vida; guerras e
disputas chegariam ao fim; armas dariam lugar a implementos usados para o bem.
Muitas vezes, a esperança é paralisada pelo desespero, pela sensação de que não há mais
nada que possa ser feito. Quando as pressões da vida se aproximam, nos deixamos apavorar. É
quando precisamos ouvir a mensagem que Isaías compartilhou com seu povo: Deus vê o futuro.
Tudo está em Suas mãos. Deus foi fiel no passado, também será fiel no futuro. Anime-se, as
coisas vão melhorar!
Apesar dos traumas e tragédias da vida, Deus sempre está no comando. Nenhuma situação
que possamos viver, por mais trágica que seja, é destituída de esperança, independente da
improbabilidade de um resultado positivo ou um final feliz.
Para quem diz: “Para mim isso é difícil de acreditar”, eu pediria que se lembrasse das
palavras do Salmo 62.5-6: “Descanse somente em Deus, ó minha alma; dEle vem a minha
esperança. Somente Ele é a rocha que me salva; Ele é a minha torre alta! Não serei abalado!”
Se o barco que lhe dá segurança afundar, lembre-se que uma pequena boia é suficiente para mantê-lo
com a cabeça para fora da água. E mesmo que as coisas não acabem da forma que planejávamos, creia:
nosso Pai Celestial enxugará cada lágrima e restaurará todas as coisas. Para onde vamos, não haverá
mais dor, pois, as coisas anteriores passaram (Ap 21.4).

Leitura Diária: Neemias 11-13; Salmos 126


Semana 40 | Dia 276 | Terça | Isaías 3.16-4.1

M ulheres são como guardiãs da moralidade nas sociedades humanas. Enquanto houver um
resquício de fibra moral nas mulheres de uma sociedade corrompida pelo pecado, a
situação não está totalmente perdida... são as mulheres que, através dos lares, têm maior
influência sobre a geração mais jovem. Neste texto, o mesmo orgulho arrogante visto nos líderes
de Judá era evidente em suas esposas. As mulheres ali retratadas eram claramente as mais
abastadas daquela sociedade, cujos ricos vestuários, adornos e joias foram comprados por seus
maridos com o dinheiro da exploração dos mais pobres.
O profeta compara o olhar altivo daquele povo com Sodoma. Esta passagem descreve as
poses luxuosas daquelas mulheres enquanto desfilam pelas ruas de Jerusalém, com uma
linguagem que sugere uma aparente tentativa de atrair a atenção masculina. A descrição
apresenta um catálogo de seus ornamentos luxuosos e contrasta com a expressão “necessitados”.
Curiosamente, há uma linguagem poética neste capítulo. Talvez seja difícil concatenar a
poesia com o conteúdo nada agradável deste capítulo. Mas a forma como estas mulheres
exibiam-se luxuriosamente, realmente chamava a atenção de todos: inclusive de Deus. São os
julgamentos de Deus que merecem a linguagem da poesia, não o exibicionismo sensual, seja nas
ruas, seja nas atuais redes sociais.
Triste situação! Cego, o ser humano não percebe quanto o pecado o destrói. No mundo
atual, a vida imoral parece encantadora, excitante e aprazível. Entretanto, independente da forma
em que a sociedade o perceba, é esse estilo de vida que nos traz miséria e destruição.
Os que se orgulham de seus pecados arcarão com as consequências. No caso de Judá, o julgamento viria
através dos inimigos que levaria cativo aquele povo, despendendo-lhes o tratamento agressivo e nada
honroso de prisioneiros de guerra (v.24)
Porém, em meio de sua mensagem, Deus nos dá esperança: o justo receberá a recompensa de Deus e o
ímpio colherá seu castigo. Qual impacto que essas verdades têm sobre a sua vida hoje?

Leitura Diária: Salmos 106; João 1.4-1


Semana 40 | Dia 277 | Quarta | Isaías 4

D eus não tolera o pecado, o nosso pecado! Basta uma rápida olhada nos perfis pessoais de
nossas redes sociais para concluir que a humanidade vai mal, muito mal. Nossa sociedade
não deixa nada a desejar em termos de sensualidade e corrupção para as mais decadentes da
história. Não somos diferentes daquela Judá a quem Isaías se dirigiu.
Mas, a despeito de toda a vida de pecado exibida e descrita no capítulo 3, Deus anuncia a
restauração futura do Seu povo. Como pode ser isso? Dos muitos atributos perfeitos do nosso
Senhor, aqui destaco três: justiça, misericórdia e graça.
Sua santa justiça exige que todo pecado seja punido. Nada mais justo do que isso! Hoje
nós sabemos que a justiça de Deus foi feita na cruz, plenamente satisfeita em Cristo. Já no
tempo de Isaías, o profeta anunciava o Renovo do Senhor, a esperança da salvação daquele
povo.
Quanto a Sua misericórdia infinita, nos revela Jeremias, “são a causa de não sermos
consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são a cada manhã...” (Lm
3.22,23). Isso significa que por causa da misericórdia de Deus nós não recebemos o que
merecemos.
“Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em
Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23). Aqui se manifesta a maravilhosa graça de Deus. Por
causa dessa graça, nós ganhamos o que não merecemos.
Em meio à degradação espiritual, moral e social apontada por Isaías, Deus anuncia restauração,
esperança para os aflitos com as injustiças, desejosos por renovação. Que nós sejamos distinguidos por
uma vida de santidade e temor as Senhor, e não por riqueza, prestígio ou um corpo sarado.
Tenhamos em mente que a maldade reinante um dia cessará. A injustiça e a imoralidade não se
perpetuarão. Deus lhes porá fim e aqueles que permanecerem fiéis desfrutarão de Seu descanso
glorioso.

Leitura Diária: Mateus 1; Lucas 1.1-2.38


Semana 40 | Dia 278 | Quinta | Isaías 5

E ste capítulo começa com a mais bela canção que encontramos em Isaías. A canção da vinha
demonstra a relação entre o povo e seu Deus. A lição da vinha mostra que a nação escolhida
por Deus deveria dar fruto para levar a cabo Sua obra, para defender a justiça e tornar o
nome de Deus conhecido em toda a Terra. Produziu fruto, mas não o fruto esperado: “Ele
esperava que desse uvas boas, mas só deu uvas azedas”.
A exploração dos necessitados, orgulho, sarcasmo, imoralidade, presunção, perversão da
justiça são alguns dos pecados apontados por Deus neste capítulo.
Os homens de Judá passavam muitas horas bebendo e festejando, e Isaías prediz que
muitos morreriam de fome e de sede. É irônico, mas a busca desenfreada por prazeres, não traz a
bênção de Deus, muito pelo contrário, podem nos destruir. Deus não é contra a alegria e o
prazer, contanto que estas sejam regradas, conforme lemos em 1Timóteo 6.17: “Ordene aos
que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na
incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação”.
Via de regra procuramos maquiar nossa consciência para justificar esses comportamentos.
Com isso, vamos relativizando a diferença entre o bem e o mal. Se não tomarmos a Palavra de
Deus, a Bíblia, como nosso padrão de regra e conduta, logo todos os pilares morais da vida se
desvanecerão. Colocando Deus fora da nossa sociedade, iremos direto ao fracasso e sofreremos
o dano.
Quando abraçamos valores terrenos e passageiros como fundamentais na nossa vida, invariavelmente
nos afastamos de Deus. Consequentemente, nos sobrevém o dano e o inevitável questionamento tolo:
“por que isso, meu Deus?” Israel sofreu porque afastou-se de Deus. Judá estava prestes a sofrer o
mesmo. É muito triste ver que, da mesma forma, ainda hoje há tanta gente a procura de significado na
vida enquanto desprezam a Deus. Podemos evitar o engano de Israel e Judá colocando o Senhor em
primeiro lugar em nossa vida.

Leitura Diária: Mateus 2; Lucas 2.39-52


Semana 40 | Dia 279 | Sexta | Isaías 6.1-13

Se você tivesse uma experiência frente a frente com o Senhor como teve Isaías, o que faria? Se
fosse cercado pela gloriosa majestade de Deus, como reagiria? Uma
experiência desta magnitude mudaria alguma coisa em sua vida?
Para o judeu do Antigo Testamento, o templo era o lugar físico que representava a
presença de Deus no meio do seu povo. No capítulo 6, Isaías inicia narrando que o rei Uzias
havia morrido, e (neste contexto) o Senhor faz questão de mostrar que Ele reinava: “eu vi ao
Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo”.
Este encontro com Deus trouxe à tona a consciência de sua natureza pecaminosa. O
mesmo efeito de admiração e temor foi produzido em outros homens pela presença de Deus,
como por exemplo o apóstolo João. A única maneira de você viver sem se sentir desconfortável
com essa verdade é ficar o mais longe possível da presença de Deus. No entanto, quanto mais
perto estivermos de Deus, mais desfrutaremos da graça de Deus.
Isaías também reagiu prontamente ao chamado para ir e pregar. A princípio, poucos
estariam dispostos a apresentar uma mensagem tão impopular ao povo. Não é diferente dos dias
atuais. Talvez alguns estejam esperando uma experiência como a de Isaías para despertar... Mas
a que custo? De acordo com o Talmude, Isaías foi serrado ao meio por ordem do rei Manassés
anos mais tarde. Mesmo não havendo provas, podemos imaginar que Isaías tenha morrido como
muitos outros profetas enviados por Deus para denunciar os desvios do povo de Israel.
Não há dúvidas que uma experiência face a face com Deus, como teve Isaías, transformaria a vida de
alguns de nós. Mas deixe eu lhe lembrar um detalhe: se você é cristão de fato, sua convocação já foi feita
pelo próprio Senhor Jesus (Mt 28.19-20; At 1.8). Portanto, vá e pregue.
Lembre-se: “Somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus
preparou de antemão para que nós as praticássemos” (Ef 2.10)

Leitura Diária: Mateus 3; Marcos 1.1-11; Lucas 3; João 1.15-34


Semana 40 | Dia 280 | Sábado | Isaías 7.7

A soberania de Deus é clara em todo o livro de Isaías. Há referências diretas e indiretas. Por
exemplo, quando Deus diz “eu vou” ou “eu não vou” fazer isso e aquilo é uma expressão de
Sua soberania. Expressões assim aparecem pelo menos 191 vezes! Toda vez que Ele dá um
comando direto para Seu povo isso é, também, um reflexo de Sua soberania.
Além disso, há dezoito referências a um dos títulos de Deus: “o Soberano Senhor” a
primeira registrada aqui no v.7: “Assim diz o soberano Senhor: ‘Não será assim, isso não
acontecerá...’”
Não importa o que Deus planeje, isso certamente, acontecerá. Sem surpresas.
O Senhor dos Exércitos jurou: “Certamente, como planejei, assim acontecerá, e, como
pensei, assim será. Esse é o plano estabelecido para toda a terra; essa é a mão estendida sobre
todas as nações. Pois esse é o propósito do Senhor dos Exércitos; quem pode impedi-lo? Sua
mão está estendida; quem pode fazê-la recuar?” (Is 14.24, 26, 27).
Qual o limite da Sua soberania? Deus demonstra que, com uma mera repreensão, Ele pode
e controla os mares (Is 50.2b). Demonstra que com apenas um ato de Sua vontade Ele veste o
céu de trevas (Is 50.3) e pode abrir os ouvidos para ouvir (Is 50.5). E, referente ao Seu controle
sobre as nações, Ele diz: “Porque, assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz
germinar a semente, assim o soberano Senhor fará nascer a justiça e o louvor diante de todas
as nações” (Is 61.11).
A pergunta não deveria mais ser “Deus é soberano?” Ele se declarou e demonstrou estar realmente no
controle. Qual deve ser, então, nossa resposta ao aprender que Deus é realmente soberano? Devemos
nos perguntar frequentemente: confio nEle e acredito que o que Lhe agrada será para o meu bem? Essa
é a natureza da fé e confiança em nosso soberano Senhor. O poder de Deus não deve ser encarado
apenas como base para nossa confiança, mas suscitar nosso louvor.

Leitura Diária: Mateus 4.1-22; Marcos 1.12-20; Lucas 4.1-30; 5.1-11; João 1.35-
2:12; Mateus 13.54-58; Marcos 6.1-6; Lucas 5.1-11
Semana 41 | Dia 281 | Domingo | Isaías 7.9

O contexto deste livro acontece muitos anos após a divisão do reino de Israel. O reino do
norte, composto por dez tribos, ainda se chamava Israel (às vezes identificado como
“Efraim”) e sua capital era Samaria. Eles se afastaram irremediavelmente de Deus.
O reino do sul, conhecido como Judá, somava apenas com a tribo de Benjamim.
Estes não ficaram muito atrás e logo se desviaram também. Judá estava sob ataque da Síria e
Israel. Em pânico, o rei Acaz se colocou como vassalo do rei da Assíria, copiou os costumes
pagãos, trocou os serviços do templo e utilizou o altar do mesmo para seu benefício pessoal.
Acaz substituiu o altar dos holocaustos com uma réplica do altar pagão que viu em Damasco.
Tristemente, Acaz permitiu que Deus fosse substituído como líder de Judá. Condenamos
sua atitude, mas fazemos o mesmo quando tratamos de adaptar a mensagem de Deus para se
enquadrar dentro de nossas preferências pessoais. Devemos adorar a Deus pelo que Ele é e não
pelo que nós – egoistamente – gostaríamos que fosse.
Isaías ainda insiste para que Acaz não temesse, pois Israel e Síria logo seriam destruídos.
Deus até se oferece para dar a Acaz um sinal de sua própria escolha para provar que ele poderia
confiar em Deus, mas este se recusa a fazê-lo. Mesmo assim, Deus, o verdadeiro Rei dos Reis,
anuncia um sinal a Acaz e à casa de Davi: uma virgem teria um filho, e Ele seria chamado
Emanuel, que significa “Deus conosco”.
Mateus descreve o nascimento de Cristo como o cumprimento milagroso de Deus do sinal
dado a Acaz. Jesus nasceu, e Ele é Emanuel, “Deus conosco” (Mt 1.9, 23).
Podemos ser tentados a desanimar por causa de tribulações, guerras ou eventos que ameaçam a vida,
mas esse sinal continua sendo nossa esperança. Emanuel veio e está voltando. Cabe aqui o
questionamento que Paulo nos faz: “Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem
será contra nós?” (Rm 8.31).
Semana 41 | Dia 282 | Segunda | Isaías 11.1-5

A promessa de um rei que reinaria para sempre sofreu um sério revés depois que o povo de
Israel foi levado ao cativeiro. Nenhum rei da linhagem de Davi reinou novamente em
Jerusalém. Mas Isaías afirma que um ramo cresceria desse tronco e governaria com justiça
sobre a terra. Esse ramo é Jesus.
Ele julgará com justiça e com equidade. Desejamos que outros nos tratem com justiça, mas
agimos assim? Detestamos quem julga pela aparência, falsa evidência ou por rumores. Mas,
somos rápidos em julgar utilizando esses mesmos métodos?
O profeta retrata o Messias exercendo juízo, pois Cristo pode ser o perfeito e justo Juiz. Só
quando Ele governar nossos corações aprenderemos a tratar a outros com justiça, assim como
desejamos ser tratados.
Judá se corrompeu e agora estava rodeada de potências estrangeiras hostis. A nação
necessitava desesperadamente de um avivamento de justiça, equidade e fidelidade. O povo
precisava voltar a Deus, humilhar-se, arrepender-se de sua soberba e egoísmo e mostrar justiça
ao pobre e ao oprimido. A justiça que Deus valoriza é mais que simplesmente deixar de pecar. É
doar-se ativamente a outros e lhes oferecer a ajuda de que necessitam.
Seguir o Messias hoje, o Renovo da raiz de Jessé, significa que devemos ajustar nossas expectativas. Um
dia Jesus julgará a todos. Ele é o Príncipe da Paz que espera que recusemos o caminho da violência e
promovamos a paz para que nossos inimigos vejam Seu amor. Que Seu reino de paz preencha nossos
pensamentos e relacionamentos e sature o mundo com Seu amor!

Leitura Diária: Mateus 4.23-25; 8.14-17; Marcos 1.21-39; Lucas 4.31-44


Semana 41 | Dia 283 | Terça | Isaías 12.1-6

saías 12 é um hino de louvor. Uma descrição do gozo no coração das pessoas


quando Jesus Cristo reinar sobre a terra. Precisamos expressar nossa gratidão
a Deus,
agradecer, louvar e falar aos outros do Seu amor.
A ira de Deus não é contra nós, mas contra o nosso pecado. Assim que o pecado é tratado,
a ira de Deus é removida e substituída por consolo. Devemos amá-lO do profundo de nosso
coração agradecido... e anunciar as boas novas a outros.
Que transformação! O perdão é o dom mais precioso de Deus e Cristo veio para realizar
isso. Como resultado de Sua vinda, “água das fontes da salvação” fluem por todo o mundo.
Este capítulo contém um cântico maravilhoso: “Deus é a minha salvação; terei confiança e
não terei medo. O Senhor, sim, o Senhor é a minha força e o meu cântico; Ele é a minha
salvação”.
Por essa e outras afirmações, Isaías é conhecido como o evangelho do Antigo Testamento.
Ele diz muito sobre o que a graça de Deus em Cristo pode fazer.
Eu confiarei e não terei medo.... Por quê? Porque o SENHOR é minha salvação!
O impacto dessa reconciliação é tanto vertical (com Deus) quanto horizontal (com as
pessoas). O Messias derruba o muro de separação, de inimizade com Deus e traz às pessoas ao
Seu redor. Ele promove unidade umas com outras de uma maneira maravilhosa que transcende
todas as barreiras nacionais, étnicas e linguísticas. Esse é o resultado do evangelho no mundo.
A conclusão é um coro de alegria: “Louvem ao Senhor, invoquem o Seu nome; anunciem entre as nações
os Seus feitos, e façam-nas saber que o Seu nome é exaltado. Cantem louvores ao Senhor, pois Ele tem
feito coisas gloriosas, sejam elas conhecidas em todo o mundo”.
Sua vida, seu testemunho, sua pregação tem cumprido este objetivo de exaltar a Deus fazendo-O
conhecido?

Leitura Diária: João 3-5


Semana 41 | Dia 284 | Quarta | Isaías 13.6

O mundo está fora de controle? Quem ouve as notícias pode pensar assim. O trem da história
mundial parece estar descendo a ladeira sem ninguém no controle. Se
temos essa sensação hoje, não estava sendo muito diferente no tempo de Isaías.
Deus usa nações pagãs para trazer juízo sobre Seu povo. Mas Deus é consistente em Seu
caráter e em Suas ações. Aquela Babilônia, que serviu como instrumento de punição de Deus
não era melhor ou pior do que Israel ou Judá. Ela também deveria ser julgada por seu pecado.
Diz o Senhor: “Punirei o mundo por sua maldade, os ímpios por seus pecados. Porei fim à
arrogância dos altivos e humilhação rei o orgulho dos implacáveis”.
Deus é capaz de, apesar de todas as nossas escolhas humanas, todos os nossos fracassos,
direcionar todas as coisas para o Seu bom propósito. Ele não comete erros. O Seu objetivo
divino pode ser traçado por meio pessoas ímpias e cruéis. Deus pode utilizar toda Sua criação
para atingir Seus propósitos.
Mais tarde, Deus levanta outro povo para realizar Sua justiça. Por meio dos Medos, Ele
decreta a queda da Babilônia. Os Medos, por sua vez, também seriam humilhados e usados por
Deus para o remanescente de Judá retornar e preparar a vinda do Messias (Dn 8-9).
Nosso Deus é o Senhor da história. Ele sabe objetivamente para onde o mundo está indo. Mas nossa
esperança não deve estar neste mundo, mas no Dono da História. Nosso destino é Seu reino de paz. Se
você é um cidadão desse reino, pode encontrar confiança em saber que Deus opera todas as coisas para
esse bem supremo.

Leitura Diária: Mateus 8.1-4; 9.1-17; 12.1-21; Marcos


1.40-3:21; Lucas 5.12-6:19
Semana 41 | Dia 285 | Quinta | Isaías 14.12-15

C ertamente vemos nesta passagem uma das mais claras representações de orgulho e
egocentrismo: Eu. Primeiro Eu. Apenas Eu. Estamos todos aflitos com esta doença em
particular. Os primeiros versos do capítulo 14 revelam a quem o profeta se dirigia: o rei da
Babilônia. Porém, essa passagem é interpretada (e cabe perfeitamente) como uma metáfora para
nos revelar o motivo da queda de Lúcifer.
Seja o rei da Babilônia, seja o “capiroto”, fica explícita toda a exaltação do Eu. O orgulho
nosso de cada dia intenta nos elevar ao céu, mas está nos levando para o inferno. Intenta nossa
exaltação, mas é o motivo da nossa vergonhosa humilhação. Intenta nos fazer semelhante ao
Altíssimo, mas nos leva à sepultura.
É triste e desesperador saber que esse é o orgulho que encontro em meu próprio coração:
- Eu quero minhas necessidades atendidas.
- Eu quero que as pessoas concordem comigo.
- Eu acho que sou eu quem está certo.
- Eu quero ser feliz agora e as pessoas tem a obrigação de me satisfazer.
Como crentes, fomos libertos de nossa velha natureza que nos impunha sua própria
maneira de viver. Porém, mesmo depois do perdão, somos tentados continuamente a nos
satisfazer pela cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida (1Jo 2.16).
E quando permitimos conceder satisfação aos nossos desejos, seja o grau que for,
exaltamos o nosso próprio deus em detrimento da vontade de Deus.
Assim, “...Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente
considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses,
mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus...” (Fp
2.2-5).
“Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para
com os outros, porque ‘Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes’.
Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo
devido” (1Pe 5.5-6).
Ore sobre isso hoje. Medite diante de Deus sobre o defeito de fabricação chamado “orgulho”; você
também nasceu com ele.

Leitura Diária: Mateus 5-7; Lucas 6.20-49; 11.1-13


Semana 41 | Dia 286 | Sexta | Isaías 26.3

A queda deixou danos em toda a humanidade que, afastada de Deus e rebelde, não tem
conhecimento de Deus, não O busca e nem confia nEle. Sempre faz as coisas confiando em
suas próprias forças, capacidades e habilidades. Mesmo contemplando a criação, recusa-se
acreditar no criador. Infeliz, não percebe que quanto mais agir dessa maneira, menos sentirá a
presença de Deus e Seu grande poder. Não consegue sentir como Deus conduz todas as coisas
todos os dias de nossas vidas. Não há paz ou alegria em corações tão endurecidos.
Deus criou a humanidade para Si e, mesmo depois da queda, a tem guiado silenciosamente.
Ele não nos abandonou, nem nos deixou sem esperança, mas nos mostrou um caminho de volta
para encontrá-lO e adorá-lO. Ainda que O neguemos, podemos desfrutar de Suas bênçãos
diariamente.
Mesmo no meio de uma humanidade corrompida e cega às coisas de Deus, há aqueles que
nEle confiam. E quando confiamos em Deus em todas as situações, Ele nos guiará, dará
sabedoria e força para enfrentarmos todas as dificuldades que encontrarmos em nossa jornada.
Assim, poderemos viver sob o cuidado e proteção de Deus. Com Ele, nossos corações estão em
paz mesmo em meio a tribulações. Nossos pés caminham tranquilos sobre pedregulhos, nossos
espíritos são consolados mediante tanta injustiça e miséria porque confiamos no Deus
verdadeiro.
Pela Palavra, podemos ver quão grandes coisas Deus faz através de Seus filhos, porquanto
confiaram no Senhor. Por exemplo, Davi derrotou o filisteu, confiando no poder de Deus e não
em si mesmo. Salomão tornou-se o rei mais sábio do mundo porque pediu sabedoria divina para
governar Israel. Podemos ver que a sabedoria e a onipotência de Deus são inesgotáveis e estão
em toda parte.
Se aprendermos a confiar em Deus em tudo em nossa vida diária, não apenas obteremos sabedoria dada
por Deus para fazer as coisas melhores, mas também experimentaremos grandes feitos. Quanto mais
confiança tivermos em Deus, mais provaremos daquilo que Deus pode fazer em nós, apesar de nós.
Quanto mais reconhecermos a autoridade de Deus, maior será nossa fé.

Leitura Diária: Mateus 8.5-13; 11.1-30; Lucas 7


Semana 41 | Dia 287 | Sábado | Isaías 43.2

P aciência. Resistência. Perseverança. Conhecemos essas palavras, mas esperamos


secretamente nunca precisar ter que exercitá-las. Enfrentamos uma infinidade de problemas
na vida, muitas vezes envolvendo algum tipo de perda. E a forma como lidamos com isso
determinará o fortalecimento ou enfraquecimento de nossa fé. Podemos bradar em alta voz
“quão grande é meu Deus” o quanto quisermos, mas se desvanecermos com a chegada das
provações, todo o nosso discurso terá sido em vão.
Não são poucas as provações realmente difíceis: a perda de um filho ou ente querido, uma
doença terminal, o desemprego prolongado, a perda da casa, etc. Essas coisas podem nos
quebrar, mas não é o fim... Aprendemos (por exemplo, com Jó) que alguns males podem recair
sobre nós por motivos que estão além da nossa compreensão, e que no final, são para o nosso
bem.
Não poucos descobrem que, quando estão realmente quebrados, no fundo do poço, não são
fortes o suficiente para sobreviver. É nesse momento que ou deixamos a amargura e a depressão
tomar conta ou clamamos a Deus por ajuda, e Ele é sempre fiel em nos socorrer.
Lemos em Salmo 91.4: “Ele o cobrirá com as Suas penas, e sob as Suas asas você
encontrará refúgio; a fidelidade dEle será o Seu escudo protetor”.
Deus nem sempre muda as circunstâncias para o nosso aprazimento, mas promete nos
ajudar e nunca nos deixar. A princípio, isso pode parecer cruel, mas à medida que crescemos e
amadurecemos, conseguimos enxergar o verdadeiro presente que as provações podem ser.
Confiar em silêncio, mesmo quando nossos corações estão absolutamente partidos, nos levará ao outro
nível de confiança em nosso Deus que nunca tínhamos experimentado antes. Isso leva a um
fortalecimento da nossa fé, preparando-nos para o que vier pela frente.
Somos fortalecidos, com a crença de que Deus nunca falha e nem nos abandona, o que nos capacita a
testemunhar àqueles que estão ao nosso redor.

Leitura Diária: Mateus 12.22-50; Marcos 3.22-35; Lucas 8.19-21; 11.14-54


Semana 42 | Dia 288 | Domingo | Tito 1

A oDesejo
longo das próximas duas semanas, estaremos percorrendo a Epístola de Paulo a Tito.
que Deus fale ao seu coração através dessa incrível carta do Novo Testamento.
Espero que você consiga extrair aplicações profundas para sua vida de forma que seja moldado
pela Palavra de Deus à semelhança de Cristo. Hoje, quero dar um panorama dessa carta. Nela
temos instruções sobre o modo que a igreja de Deus deve se organizar em um mundo caído e
corrompido. A ilha de Creta possuía uma cultura depravada. A sua cidade não deve ser
diferente, a minha não é. Mais que nunca precisamos de instrução da Palavra de Deus para
nossas igrejas e famílias diante da corrupção crescente. Quanto a Tito, ele era um jovem pastor,
ovelha de Paulo. E antes de chegar a Creta, provavelmente passou por Éfeso e Corinto. Tinha
experiência e teve um excelente professor de Bíblia e ministério. Essa carta nos mostra a
importância da organização da igreja como também da nossa vida. Precisamos ser intencionais
quanto ao serviço do Senhor. Paulo está instruindo Tito a estabelecer uma liderança bíblica e
saudável para pastorear o rebanho e pôr “a casa em ordem”. Com isso os diversos grupos da
igreja seriam instruídos a viver a doutrina cristã com maturidade e a igreja brilharia no meio de
uma cultura em trevas. Perceba que Paulo não alivia a cultura cretense, que não era muito
moral. Alguns dizem que havia o verbo “cretar”, sinônimo de mentir fazendo referência a essa
prática na ilha. A igreja em Creta deveria estar firmada no bom ensino da Escritura e, como
regenerada pelo Espírito Santo, viver o cristianismo fazendo oposição à cultura e ao legalismo
judaico.
Umas das palavras que descreve essa carta é “organização”. O mal é organizado em suas maldades,
mas a organização é algo que Deus deixou para nós, afinal, Ele mesmo criou o mundo de maneira
ordenada. Para sermos intencionais na obra de Deus (na igreja, na família, no evangelismo e
discipulado...) precisamos nos organizar para recebermos a instrução de Deus, para vivermos a Sã
Doutrina e para ensinarmos a outros. Como anda sua rotina e vida, bagunçada ou organizada? Pense
e ore sobre isso! Peça a ajuda de Deus para ser organizado e intencional.
Semana 42 | Dia 289 | Segunda | Tito 1.1-4

SERVO ENVIADO
O apóstolo Paulo inicia a carta se identificando. É natural que isso ocorra, como foi em outras
cartas paulinas. Aqui Paulo se identifica como servo/escravo e depois como apóstolo. O
servo não tem vontade própria e por isso pode ser enviado pelo seu senhor para a missão
que Ele desejar. Foi assim com Paulo. Deus enviou esse servo como apóstolo aos gentios e ele
tinha total convicção disso. Ele descreve: “para levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento
da verdade que conduz à piedade” (v.1). A missão do servo é essa: levar a mensagem da graça
salvadora que salva eficazmente os eleitos de Deus, no tempo certo, para uma vida piedosa.
Temos duas lições importantes aqui. A primeira é a missão dos servos de Deus. Os servos
cumprem esse papel. Não importa onde você more, trabalhe, estude ou em que família você
nasceu. Após a salvação você é um servo que cumpre a missão de pregar a Palavra. A segunda é
que a garantia do êxito da missão é dada por Deus. Ele nos salva, nos torna Seus servos, nos
envia e, por isso, garante o resultado: a produção da piedade na vida dos eleitos. Esse resultado
serve como autenticação de que o evangelho foi pregado com fidelidade aos eleitos. Na
execução do trabalho precisamos lembrar que a esperança do evangelho foi prometida “antes
dos tempos eternos” dando a entender que não foi uma reação de Deus, mas um plano pré-
estabelecido.
Você compreende o peso da palavra “servo”? Tem servido a Deus como deveria e poderia? Lembre-se
que a piedade também implica em pregar o evangelho ao mundo. Pense e escreva abaixo o que você
precisa que Deus lhe dê para que sirva a Ele como Ele é digno.

Leitura Diária: Mateus 13.1-53; Marcos 4.1-34; Lucas 8.1-18


Semana 42 | Dia 290 | Terça | Tito 1.5-9

O CARÁTER PREVALECE SOBRE A


HABILIDADE
ocê já deve ter ouvido alguma história de algum líder em algum lugar do
mundo que, após ter tido um ministério próspero, foi flagrado em um escândalo
e mau testemunho, não? Pois bem, isso é mais comum do que se imagina, infelizmente. Uma
das possíveis causas é a falta de um caráter qualificado para o ministério. É fato e bíblico que
“Não há nenhum justo, nem um sequer... não há um sequer, ninguém que faça o bem” (Rm 3.10,
12), ou seja, todos somos pecadores, caídos e carentes da graça de Deus. Mas, uma vez que
estamos em Cristo, Deus começa a operar em nós a santificação e uma vida piedosa. Isso porque
a formação espiritual é o mais importante. Do que adianta ter um líder brilhante, mas que vive
“dando calote” na praça ou que não discipula os filhos? Claro que a habilidade técnica também
é importante, Paulo disse a Timóteo que o pastor precisa manejar bem a palavra (2Tm 2.15). O
ponto é que as habilidades são secundárias. O que vem primeiro é a formação espiritual e o
caráter cristão. Essas qualificações surgem com dedicação à leitura bíblica, à oração, vida
devocional, serviço na igreja local, ser aconselhado por homens maduros e outras práticas.
Paulo ensina que o pastor precisa governar bem sua família mantendo a aliança com a esposa e
a disciplina dos filhos; que não deve ter vícios como orgulho, álcool, violência e ganância; e que
deveria ter virtudes como hospitalidade, justiça e domínio próprio. Esse tipo de líder faz
oposição à cultura caída de Creta e de nossos tempos tendo autoridade para encorajar a igreja e
refutar os erros com coragem!
O pastor de sua igreja tem essas qualidades? Porém, calma: isso não é apenas para ele. Você também é
enxergado desta forma? Você se apega mais às habilidades ou a formação de um caráter cristão?
Releia as qualificações e anote as áreas que você precisa que seja desenvolvido na sua vida, ora a Deus
pedindo ajuda nisso e procure irmãos na igreja que o encoraje e o repreenda para o seu crescimento.

Leitura Diária: Mateus 8.18-34; 9.18-38;


Marcos 4.35-5.43; Lucas 8.22-56; 9.57-62
Semana 42 | Dia 291 | Quarta | Tito 1.10-16

PRECISAMOS DE BONS LÍDERES


ocê deve se lembrar dos Minions, aqueles bichinhos amarelos e estranhos.
Eles têm um vilão favorito, mas em um dos filmes eles seguem uma vilã. O que
é interessante no filme é que eles sempre tiveram um vilão a quem seguiam, esse vilão morreu,
isso os fez procurar outro pra seguir. Apesar de infantil, esse filme revela uma realidade sobre
nós: somos lideráveis. As igrejas de Creta precisavam de líderes bíblicos porque estavam
seguindo alguns líderes desqualificados. Quando não seguimos líderes bíblicos que ensinam e
instruem com a Sã Doutrina, de alguma forma buscamos outros líderes. Eu já vi pessoas se
afastarem da igreja por insubmissão à liderança da igreja, mas essas mesmas pessoas buscam
coaches ou seguem filósofos atuais como forma de obterem instrução para a vida. Isso porque
precisamos de referenciais, pessoas que nos aconselhem e ensinem; é a dinâmica da vida. Na
igreja isso é fundamental. Paulo instrui a Timóteo que ele deveria captar homens fiéis que
fossem capazes de ensinar a outros que também ensinassem com fidelidade a Palavra de Deus
(2Tm 2.2). Precisamos de líderes bíblicos para silenciar os maus (v.11); trazer de volta os que
foram afetados por eles (v.13); porque o ensino dos falsos líderes está baseado na cultura caída e
pecadora e em falsa religião (v.13-14, 16). O líder cristão se diferencia por ser da verdade, por
buscar a excelência da moral cristã e por isso está qualificado.
Jesus se diferenciou tremendamente dos mestres da Sua época (Mt 7.28). Como você poderia buscar
essas mesmas qualidades para liderar outros? Se você não é líder, mesmo assim precisa ter um caráter
aprovado e ser um pregador fiel para refutar as mentiras da cultura caída da sua cidade. Você
também precisa de líderes qualificados para lhe ensinar. Tome cuidado com pregadores da internet e
coaches! Eles podem estar ensinando apenas aquilo que você deseja ouvir. Ore por isso e peça ajuda
de Deus para fazer a diferença onde Deus lhe colocou.

Leitura Diária: Mateus 10; 14; Marcos 6.7-56; Lucas 9.1-17; João 6
Semana 42 | Dia 292 | Quinta | Tito 2.1-5

PRECISAMOS DE HOMENS E
MULHERES EXEMPLARES
A SãPaulo
Doutrina é a base para a construção de toda obra piedosa na vida dos crentes em Cristo.
ordena que Tito ensine aos diversos grupos da igreja a partir dela. Agora ele passa a
esses grupos: homens, mulheres, jovens e escravos. A igreja não sobrevive apenas de bons
líderes, ela precisa de “bons crentes”, discípulos comprometidos com a doutrina e a piedade.
Destaco dois grupos: homens e mulheres mais velhos. Você, homem adulto e de meia idade em
diante, precisa se apresentar como um modelo de fé para os homens mais novos. E você querida
irmã, precisa demonstrar piedade no modo em que vive, sendo inspiração às mais jovens. Os
homens não podem achar que a próxima geração de jovens homens está ganha. Eles precisam
de constante exortação e encorajamento para se tornarem maduros em masculinidade e fé.
Infelizmente, temos visto uma espécie de “letargia espiritual” entre os homens que tem levado à
perda do legado da masculinidade bíblica. Da mesma forma, as filosofias humanas estão
distorcendo o papel da mulher na igreja, na sociedade e na família. Muitas moças não desejam
mais ter filho e não querem mais ser donas de casa. Sabemos que não há uma proibição bíblica
ao trabalho da mulher, afinal, a mulher de provérbios 31 também é uma mulher “pau pra toda
obra”. O ponto é que as mulheres estão perdendo o zelo pelo lar e isso pode acabar por
enfraquecer a família e a formação cristã em casa. Essa mistura de homens inertes e mulheres
distraídas pode ser fatal. Por isso Paulo encoraja esses dois grupos a assumirem seus papeis.
Ainda é possível mudar essa realidade. Mulheres e homens que são exemplos de fé para uma
próxima geração.
As mulheres mais velhas precisam mostrar a bênção que é construir um lar junto com seus maridos.
Os homens mais velhos precisam exemplificar o modo glorioso de viver a vida comum de um homem
cristão. O resultado será a fama do evangelho de Cristo sendo espalhada. Como você pode se
posicionar a respeito disso? Pense e ore a Deus pedindo ajuda nisso!

Leitura Diária: Mateus 15; Marcos 7.1-8.10


Semana 42 | Dia 293 | Sexta | Tito 2.6-8

PRECISAMOS DE JOVENS PRUDENTES


O jovem tem como característica a impulsividade, você concorda? Se você é jovem e já
discordou, então eu tenho razão (risos). Quando escreve a Timóteo, Paulo
recomenda que ele fuja das paixões da mocidade (2Tm 2.22). Essas paixões são essas
atitudes apaixonadas, impulsivas e (geralmente) impensadas que são características nos jovens.
Recentemente estive junto com meu irmão resolvendo algumas situações familiares e era
gritante a diferença entre mim e ele (falo isso sem vangloria alguma). Ele, bem mais jovem,
queria resolver algumas coisas no calor das emoções e, consequentemente, beirava a ter atitudes
imprudentes. Paulo encoraja Tito, que fazia parte desse grupo, a ser um exemplo para os demais
jovens. Como um pastor jovem, pastoreando jovens, ele deveria ter um ensino integro e sério. A
linguagem deveria ser saudável e adequada. Com isso, os opositores não teriam base para falar
mal de Tito, da mensagem e de Paulo. Esse ensino é importante porque costumamos associar os
jovens apenas aos aspectos negativos. O fato é que os jovens têm muita força e energia que
podem e devem ser investidas em vida piedosa, crescimento na Palavra e em missão. A história
da igreja já mostrou diversos jovens cristãos de grande qualidade. C. H. Spurgeon já pastoreava
sua primeira igreja aos 17 anos! A Palavra de Deus pode dar sabedoria ao jovem (Pv 1.4).
Ao contrário do que muitos pensam, o jovem não precisa experimentar “tudo”. Existe a exceção à
regra nessa cultura caída. O jovem cristão, salvo por Cristo, pode ser diferente agindo e vivendo com
prudência e sabedoria. Você, jovem, tem vivido com sabedoria ou tem agido por impulso? Pense nas
vezes que essa atitude o levou à péssimas consequências. Aprenda com isso, peça ajuda de Deus para
viver essa verdade. Você, já não tão jovem assim, os tem ajudado a viverem com excelência bíblica?
Você tem investido na juventude?

Leitura Diária: Mateus 16; Marcos 8.11-9.1; Lucas 9.18-27


Semana 42 | Dia 294 | Sábado | Tito 2.9-10

PRECISAMOS DE TRABALHADORES
COM BOM TESTEMUNHO
C erta vez o reformador Martinho Lutero foi questionado por um sapateiro sobre como poderia
contribuir com a Reforma (Protestante). A resposta de Lutero marcou o que era o
pensamento reformado quanto ao trabalho, ele disse: “Vá fazer os melhores sapatos que
puder e vendê-los por um preço justo”. O trabalho não é um desastroso resultado da queda, mas
uma ordem de Deus ao homem emitida antes da era do pecado. Cultivar e guardar o jardim
eram a missão de Adão que já começou a trabalhar dando nome aos animais. O trabalho escravo
era comum no período da igreja primitiva e também, apesar da situação, era considerado um
trabalho. Paulo não pôde incentivar a rebelião. Seu objetivo é que os escravos ganhassem o
coração de seus senhores que tinham poder sobre eles. Com isso eles poderiam ser instrumento
do evangelho entre outros escravos e aos seus senhores. O cristianismo de fato é radical, de
forma que valia mais se preocupar com o testemunho de Cristo do que com a sua liberdade
pessoal ou familiar. O trabalhador cristão precisa de conduta exemplar frente a cultura atual. É
muito comum funcionários (públicos ou privados) serem insubmissos causando rebeliões contra
os superiores a troco de nada ou a serem mal-educados, respondões. Muitos passam boa parte
do tempo de trabalho usando o celular “roubando” o lucro de seus patrões e ganhando sem
trabalhar. O cristão precisa ser um funcionário dedicado, exemplar e digno de confiança. Deve
se lembrar de que o trabalho é digno e glorifica a Deus e que deve ser feito como para o Senhor
e não para os homens de forma que o testemunho do evangelho se torne atraente a todos ao seu
redor e aos chefes.
Dos pecados citados no texto, qual deles você tem cometido? Seja específico escrevendo isso. Você se
dedica ao trabalho como deveria e está sendo pago ou se preocupa mais em reclamar que ganha pouco
e que é injusto? A Palavra de Deus nos lembra de que quem não trabalha, não é digno de comer (2Ts
3.10). Trabalhe com foco de edificar, construir riqueza e glorificar a Deus através de seu esforço tendo
como objetivo o sustento da sua família, a ajuda ao próximo e o investimento no Reino de Deus.

Leitura Diária: 17-18; Marcos 9.2-50; Lucas 9.28-56


Semana 43 | Dia 295 | Domingo | Tito 2.11-15

GRAÇA QUE EDUCA


N oexcelência
texto de hoje temos a razão pela qual todos os grupos anteriores deveriam buscar a
em seu modo de viver. “A graça de Deus se manifestou salvadora a todos”
(v.11). Aqui vale uma explicação importante. A palavra “todos” indica os diversos grupos que a
graça salva. Se não fosse isso estaríamos defendendo uma espécie de universalismo (visão que
defende que todas as pessoas serão salvas por Deus incluindo os descrentes). Paulo afirma que a
graça de Deus, que salvou homens, mulheres, jovens, escravos, muda a maneira como esses
enxergam a vida e vivem-na. A salvação já nos garantiu o céu, mas ainda não nos colocou lá (do
contrário você não estaria lendo agora). Então, a salvação nos ensina como viver até o dia que
nos encontraremos com o Senhor. A lógica é que cidadãos dos céus vivem na terra, mas como
cidadãos dos céus. “Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania de maneira digna do
evangelho de Cristo...” Filipenses 1.27. Ele diz que a graça “ensina a renunciar à impiedade e
às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente” (v.12).
Isso diz muito sobre o estilo de vida dos crentes. O ponto é que o cristão, salvo e redimido
precisa ser diferente e pode ser porque Deus o salvou para isso. Não é uma mera tentativa
forçada para alcançar algum benefício de Deus. Aos Efésios ele afirma que Deus já nos fez
assentar nas regiões celestiais com Cristo (2.6). Nossa posição diante de Deus é outra, somos
filhos salvos pela graça e por isso temos o poder para viver nesse mundo caído de maneira
digna dessa salvação.
A graça nos educa. Em termos práticos devemos ser zelosos no nosso trabalho, no estudo; buscarmos
excelência em tudo que fazemos; sermos honestos nos negócios; falar a verdade; sermos educados e
gentis, etc. Para e pense em que área de sua vida a graça precisa mudar e lhe educar? Escreva e ore
pedindo que Deus mude isso e o leve a glorificá-lO.
Semana 43 | Dia 296 | Segunda | Tito 3.1-2

O CRISTÃO É UM BOM CIDADÃO


N oCristo.
capítulo 3, temos Paulo mostrando mais implicações práticas para a vida do crente em
Ao contrário do que alguns pensam, a fé cristã e a doutrina têm uma forte ligação
com a prática. Na verdade, a doutrina deve ser “encenada” no palco da vida para que os
descrentes a vejam vividamente na vida da igreja. Nossa relação com as autoridades é uma das
formas de demonstrar o que cremos. Cremos que Deus é autoridade sobre tudo e todos e que Ele
constituiu autoridades para o bem de todos. A primeira autoridade que respeitamos são os
nossos pais. As crianças e os adolescentes precisam entender que Deus fez isso e o fez para o
bem deles, de forma que cresçam seguros e aprendam lições, princípios e valores essenciais
para o viver sábio. Fora dessa primeira circunferência, temos as autoridades civis. Temos
algumas instruções bem objetivas sobre como devemos nos relacionar com elas: sendo
submissos; prontidão para fazer o bem; não caluniar; ser pacífico; amáveis/pacientes; e
mansos/humildes. O resultado é que o crente não irá buscar a destruição da sociedade, mas irá
buscar a edificação através da pacificação, unidade civil, pensando no bem do próximo no
desenvolvimento de uma sociedade livre, justa e próspera. Vale lembrar que o cristão está
autorizado a não obedecer a essas autoridades quando elas ferem o limite dado por Deus a elas,
invadindo outras esferas como a vida familiar e a igreja. Nessa condição “mais vale obedecer a
Deus do que aos homens” (At 5.29).
Você tem refletido sobre sua responsabilidade com sua cidade e país? Como cidadão cristão, como
você pretende contribuir com o bem da sociedade? Peça que Deus o ajude a pensar sobre isso e a
buscar meios corretos e bíblicos de honrar esse papel e respeitar as autoridades para o bem da
sociedade.

Leitura Diária: João 7-9


Semana 43 | Dia 297 | Terça | Tito 3.3

LEMBRE-SE DE ONDE DEUS O TIROU


Q uando olhamos ao redor, o que conseguimos enxergar? Vemos o pecado ganhando grandes
proporções e, inclusive, sendo estimulado. Como dizem, “a vida do crente não é fácil”. O
ambiente é hostil. O mundo faz pressão para nos derrubar e afastar do santo caminho do
Senhor. Ao mesmo tempo, olhar e perceber isso nos faz recordar quem fomos e onde
poderíamos estar. Paulo lembra que os cretenses cristãos viviam exatamente como os descrentes
vivem hoje. Éramos escravizados pelas nossas paixões mundanas porque o nosso coração não
era regenerado. Nossos objetivos eram meramente humanos. Vivíamos como “porcos no
chiqueiro”, olhando apenas para baixo. Nosso destino era o destino dos ímpios, o juízo do
Senhor. Caminhávamos como ovelhas ao matadouro. Mas Deus, em Sua graça infinita nos
amou e salvou. Essa lembrança precisa ser diária. Todos os dias as tentações assolam os
discípulos do Senhor e quando olhamos o nosso coração pecador chegamos à conclusão que
sem Cristo estaríamos perdidos. Olhar para onde Deus nos tirou, da condição de pecado e
morte, nos lembra de que nada do que fizemos poderia ter alterado essa condição. Estávamos
mortos em delitos e pecados seguindo a vontade da carne e do diabo (Ef 2.1-3). A depravação
era completa. Quando fazemos desse fato uma lembrança constante, o brilho do evangelho e do
amor de Deus aumenta a cada dia, somos humilhados e nos tornamos mais gratos. Outro fato é
que quando reconhecemos isso não olhamos os descrentes com desprezo, porque sabemos que
nada de bom haveria em nós se Deus não tivesse nos amado.
Você consegue perceber os vestígios da queda no seu coração, ainda hoje? Sabia que quanto mais
crescemos em compreensão do pecado, mais crescemos em santidade? Isso porque nos humilhamos e
buscamos mais ao Senhor. Peça a Deus que mostre os seus pecados para que você busque Sua graça
para transformação nisso e gere maior gratidão.

Leitura Diária: Lucas 10; João 10.1-11.54


Semana 43 | Dia 298 | Quarta | Tito 3.4-8

A SALVAÇÃO É UM MILAGRE DA
GRAÇA
A gora Paulo nos fala sobre a nossa salvação. Existe um fator determinante que muda a
inclinação do homem e o torna diferente dos demais da cultura peca-
minosa imperante. Esse fator é a salvação, um milagre da graça de Deus. Temos algumas
características aqui. Primeiro, ela é da parte de Deus. Jesus é a manifestação do amor de Deus
pelos homens, e isto é um ato monergístico de Deus, isto é, realizado de maneira unilateral por
Deus. Segundo, a misericórdia de Deus é a base dessa salvação e não as obras que praticamos.
Terceiro, o Espírito Santo é o aplicador dessa obra realizada por meio de Cristo. Ele aplica em
nós nos vivificando (lavar regenerador e renovador); o conteúdo da nossa salvação é a
justificação que vem pela fé somente no sacrifício de Jesus que nos torna filhos e nos dá uma
esperança real de vida eterna; e por último, as boas obras são um resultado diretamente ligado a
essa salvação pela graça. Essa realidade deve nos confirmar o que falamos no devocional de
ontem: a única chance que tínhamos para sair do destino triste que estávamos seguindo era a
graça e a misericórdia de Deus. Graças a Deus porque essa salvação é uma obra dele, perfeita,
que Ele derramou sobre nós. Esse, de fato, é o maior milagre.
Você conhece as bases de sua salvação? Achava que tinha alguma participação na sua salvação? Pare
e medite alguns minutos sobre o fato apresentado na Palavra de Deus e escreva algumas
consequências disso na sua vida hoje.

Leitura Diária: Lucas 12.1-13.30


Semana 43 | Dia 299 | Quinta | Tito 3.9-11

“TRETEIROS” DA INTERNET
M uitos de nós, ao conhecer a sã doutrina, nos tornamos uma espécie de “treteiro de internet”,
que ficava debatendo nas redes muitas vezes de forma pecaminosa. Aqui, Paulo não está
condenando a defesa da fé e da Sã Doutrina, mas é importante entender o que Paulo
combate e aprender com isso. O grupo da circuncisão presente em Éfeso e na Galácia,
combatido por Paulo, gostava de gerar discussões que não eram edificantes e que não tinham
base bíblica. Eram controvérsias sobre genealogias intermináveis e infrutíferas. Esses se
achavam mais santos por não comerem alguns alimentos e por guardarem datas. Paulo afirma
que isso vai contra a nossa justificação pela fé que é somente em Cristo. Essas coisas são inúteis
e não servem o propósito de edificar o corpo de Cristo (1Tm 1.4-7). Devemos, sem dúvidas,
defender a fé e a verdade, mas será que de fato estamos defendendo a fé ou pontos curiosos e
secundários? Alguns irmãos se preocupam muito com detalhes que não ajudam em nada a
descobrir o sentido do texto e que não afetam o ensino, mas por certo orgulho de saber aquilo,
buscam aquela informação. Outros brigam por pontos importantes, mas o fazem de forma
errada, sem amor e humildade. Precisamos buscar equilíbrio nisso, nem causando confusão,
nem dando ênfase a questões de pouca importância.
Não devemos ficar querendo saber qual era o espinho na carne de Paulo ou o que Jesus fez na Sua
infância. Precisamos nos preocupar com o que Deus revelou e nos iluminou a saber. Também, ao
defender ideias bíblicas precisamos de mansidão, misericórdia e amor com os irmãos que ainda não
tem tal compreensão orando e falando com paciência. Você tem “tretado” muito? Como pode mudar
isso para que suas conversas sejam para edificar aos outros?

Leitura Diária: Lucas 14-15


Semana 43 | Dia 300 | Sexta | Tito 3.10-11

DISCIPLINA É UM ATO DE AMOR


R ecentemente um conhecido apresentador de Podcasts na plataforma Youtube foi cancelado
por uma afirmação, aparentemente, de cunho racista. O resultado para ele foi uma espécie de
disciplina dada pelos internautas e pela empresa produtora de conteúdo que ele trabalhava.
Ele teve que sair da empresa, perdendo sua parte na sociedade. Essa história e tantas outras nos
mostram que, mesmo em um mundo caído, existe algum nível de repreensão e condenação do
mal, uma espécie de disciplina. A disciplina é um ato de amor pelo disciplinado e pelo grupo
onde ele está inserido. No caso citado acima, se o apresentador não fosse afastado da produtora,
todos que dependiam dela seriam prejudicados. Meses depois esse mesmo apresentador voltou
em outro Podcast falando o que aprendeu com toda a situação e que inclusive estava “mais perto
de Deus”. Eu achei isso incrível, ilustrou o objetivo bíblico da disciplina. Jesus nos ensina os
passos para isso em Mateus 18.15-20. Paulo não está inovando, mas aplicando a disciplina ao
caso dos falsos mestres que estavam danificando a igreja. Quando alguém não dá sinais de
arrependimento mostra um nível de perversão e precisa ser retirada da comunhão para não
causar estragos à igreja. Essa pessoa, está em si mesma condenada, sofrerá as dores da
disciplina e de suas escolhas pecaminosas. Mas, o objetivo da disciplina é sempre o
arrependimento e a restauração (Gl 6.1; 2Co 2.6-8). Quando um irmão se arrepende, devemos
recebê-lo com amor e encorajá-lo.
Muitos acreditam que a disciplina eclesiástica é um ato sem misericórdia e sem amor. Até legalista. Na
verdade, muitas igrejas a aplicam dessa forma, sem a orientação bíblica e causam mais estragos. Mas,
a verdadeira disciplina restaura e preserva a igreja de Cristo. É importante seguir a ordem bíblica e
usá-la na comunhão rotineira da igreja e em casos mais graves. Você já repreendeu alguém ou foi
repreendido nesses passos? Qual foi o resultado? Estaria disposto a seguir esse ensino na relação com
os seus irmãos em Cristo?

Leitura Diária: Mateus 19; Marcos 10.1-31; Lucas 16.1-18.30


Semana 43 | Dia 301 | Sábado | Tito 3.12
QUAL SEU LUGAR NA OBRA DE DEUS?
Ao final, temos um esboço dos planos de Paulo para os crentenses e para Tito.
Primeiro, percebemos a responsabilidade de Paulo e dos demais com a obra do evangelho.
Eles se organizavam e tinham muita responsabilidade. Apolo e Zenas seriam uma dupla
importante em Creta haja vista o contexto das igrejas. Zenas, especialista na Lei e Apolo um
bom pregador. Segundo, percebemos o compromisso desses servos com o evangelho e com seu
líder, o apóstolo. Terceiro, percebemos a importância de termos amigos e cooperadores, sem
eles é praticamente impossível chegar a um resultado efetivo. Tíquico e Apolo eram muito
importantes para Paulo, tendo o acompanhado em muitos trabalhos. E, por último, percebemos
o papel da igreja em apoiar esses ministros que estão servindo a obra de Deus. Esse trabalho
para apoiar o Reino de Deus é visto, também, como boas obras. Paulo finaliza rogando a graça
de Deus aos filhos de Deus, afinal, a igreja precisa dessa graça. Por isso devemos rogar e orar
para que Deus derrame graça diária na vida dos nossos irmãos. A igreja de Cristo, salva pela
graça para as boas obras, deve se organizar para demonstrar a luz e a diferença que há nela a
nossa sociedade corrompida pelo pecado e trabalhar unida pelo crescimento do evangelho.
A igreja é feita de diversas pessoas, com dons, talentos e papéis diferentes. Todos somos servos de
Deus, não há aquele que não tenha recebido um dom ou um ministério na igreja. Com isso, todos
podem cooperar com os líderes, missionários e pastores, servindo ao lado deles na obra do Senhor.
Você tem servido sua igreja? Compreende qual seu dom e ministério nela? Se ainda não, busque a
sabedoria de Deus, na Palavra, para descobrir isso e se disponha. Escreva suas decisões e resoluções
quanto a isso.

Leitura Diária: Mateus 20; Marcos 10.32-52; Lucas 18.31-19.27


Semana 44 | Dia 302 | Domingo | Joel 1.1

J oel, possui um nome que é uma declaração, um brado de verdadeira fé: “YAHWEH é Deus”.
Ecoa o que Moisés escreveu em Deuteronômio 6.4 que pode ser traduzido literalmente como,
“Ouça, ó Israel: YAHWEH, o nosso Deus, é o Único”. Quando a Bíblia fala de “outros
deuses”, eles são, na verdade, apenas criações dos homens feitos à sua falha imagem além de,
muitas vezes, fruto dos seus medos.
Ele é o filho de um desconhecido chamado Petuel e traz várias menções e referências à
Jerusalém e ao templo (1.9; 2.15–17, 23, 32; 3.1). Algo que sugere que ele nasceu em Judá e
que talvez tenha sido nativo ou pelo menos um morador de Jerusalém. Talvez tenha sido um
sacerdote ou alguém muito próximo ao dia a dia do templo, tal como um profeta. Vemos isso
pelo fato de ele mencionar tanto este ambiente.
Joel, como muitos profetas, procura trazer uma mensagem que confronte o povo de Deus a
arrepender-se diante de um Deus que julga a toda a humanidade e que, inclusive, já destinou um
dia para seu Julgamento Final. Israel tem aqui mais uma chance de retornar ao caminho da
Aliança e se tornar o povo que abençoaria a toda a humanidade. Algo que, como sabemos, não
aconteceu.
Tornou-se comum nos últimos tempos as pessoas afirmarem, “Só Deus pode me julgar”. Certo
pastor perguntou diante disso, “E tal ideia não lhe amedronta?” Como juiz, o nosso Deus não
pode ser comprado, nem subornado. Israel sabia do que lhe era requerido ao estar em Aliança
com o Senhor, mas resolveu testar se Deus falava mesmo a sério. De certa forma, parece que
toda a humanidade faz o mesmo. Ainda que de formas diferentes.
Enquanto nos preparamos para caminhar neste livro, pergunte a si mesmo se você tem se aproveitado
(abusado) da noção de que Deus é amor e esquecido da parte do “fogo consumidor” (Dt 4.24; Hb 12.29).
Só há um Deus e Ele não brinca em ser o que Ele é. Esquecer disso e de Suas obras, além de Seu poder
soberano foi parte do erro de Israel. Será que temos levado isso a sério e aplicado às nossas vidas
hoje?
Semana 44 | Dia 303 | Segunda | Joel 1.2-4

N ascomúltimas décadas onde temos vivido, algumas vezes as pessoas ficaram de queixo caído
alguns acontecimentos. Eventos aconteceram que jamais nós tínhamos visto antes. O
11 de setembro e o tsunami de 2004 são exemplos disso, mesmo que o primeiro tenha sido
causado pela maldade humana e o segundo por um “ato de Deus”, tal como costumam chamar
os cataclismas climáticos. A imagens paralisaram as pessoas e marcaram de tal forma que a
maioria lembra onde estava quando ficou sabendo das “más notícias”.
Nos dias de Joel, ele conclama o povo a perceber o quão inusitado era o que viria sobre
eles, “Já aconteceu algo assim nos seus dias? Ou nos dias dos seus antepassados?”. Não
apenas seria uma praga de gafanhotos (pois, tal havia acontecido no Egito), mas sucessivas
ondas que varreriam da terra o que a onda anterior deixasse. Infelizmente, muitos tem tomado
este texto de forma alegorizada e aplicado das maneiras mais estrambólicas no mundo
evangélico. Contudo, os gafanhotos aqui são exatamente isso: gafanhotos. Não são demônios,
nem qualquer outra suposta interpretação.
E a mensagem de Joel aqui é: vocês não percebem a magnitude do que vem sobre vocês e
como isso não se viu antes? Vocês não entendem que é Deus chamando a atenção de vocês?
C. S. Lewis disse que o sofrimento é o megafone de Deus para chamar a atenção de uma
humanidade surda. Bem, este era realmente o povo de Deus daqueles dias.
Nenhum de nós gostaria que a nossa atenção fosse chamada por surpresas desagradáveis. Contudo,
muitas vezes, desprezamos o cuidado de Deus e o quanto Ele supre as nossas vidas. Nos tornamos
lenientes com o conforto e a ausência de reais problemas. Diante disso, o Senhor muda a Sua
estratégia para que possamos prestar atenção.
Analise a sua vida hoje e tente pensar em momentos nos quais exatamente isso aconteceu. Será que
está acontecendo agora? Como mudar isso?

Leitura Diária: Mateus 26.6-13; Marcos 14.3-9; João 11.55-12.36; Mateus


21.1-22; Marcos 11.1-26; Lucas 19.28-48; João 2.13-25
Semana 44 | Dia 304 | Terça | Joel 1.5-12
m ditado diz que a maré cheia levanta todos os barcos. Bem, o contrário
também pode ser dito: uma maré baixa ou até uma dura seca em uma lagoa deixa
todos os barcos atolados na lama. A justiça de Deus seria sentida por todos, visto que todos eram
parte da mesma nação que havia abandonado o Deus da sua Aliança.
Os bêbados ficariam sem bebida pois as plantações estavam devastadas (v.5-7). Algo bem
alarmante, pois o viciado entra em desespero diante da falta daquilo que acalma o seu vício.
Algo que esses bêbados certamente sentiriam.
Com uma mudança bem marcante, Joel fala dos sacerdotes que não teriam os cereais e as
ofertas derramadas, pois não havia mais o trigo, o azeite e o vinho para as ofertar (v.8-9).
E, com os campos arruinados pela praga, os agricultores perderam toda a sua produção
(v.10-12), tal como mencionada nas diversas culturas que haviam sido destruídas.
Hoje vivemos em uma terra que está sob juízo. Nem precisamos de uma praga de
gafanhotos. A terra vive sob a praga do pecado e suas consequências através dos homens e
através da maldição na qual ela se encontra. E atinge a todos.
Em meio a tudo isso, Deus estende a Sua graça. Em meio aos juízos do pecado ao nosso
redor, somos resgatados pelo Senhor. Não precisamos permanecer sob o peso da desobediência
da humanidade. Podemos atentar para o Deus justo que reina e nos refugiarmos nEle.
Você e eu seremos afetados de alguma forma por vivermos neste mundo caído. Mas, ainda assim,
podemos andar na contramão do destino deste mundo e, ainda aqui, experimentarmos a Graça de
Deus. Vamos falar um pouco mais sobre isso amanhã, mas já neste dia, refugie-se em Deus e saiba que
a assolação da terra não precisa lhe alcançar se você estiver guardado nEle.

Leitura Diária: Mateus 21.23-22.14; Marcos 11.27-12.12; Lucas 20.1-


19; João 12.37-50
Semana 44 | Dia 305 | Quarta | Joel 1.13-20

É Deus. Vez após vez, Ele avisa aos Seus para que se arrependam e voltem. Nos versos algo

impressionante quantas vezes encontramos nas Escrituras alertas da parte de

13 e 14, mais uma vez Ele faz isso focando nos sacerdotes, pois eles deveriam servir de
exemplo para todo o povo. Assim, eles deveriam colocar “vestes de luto”. Literalmente, “pano
de saco”, algo que era usado em momentos de lamento e como expressão de arrependimento. A
razão de tal lamento era que os itens necessários para o serviço a Deus haviam acabado, “pois
as ofertas de cereal e as ofertas derramadas foram suprimidas do templo do seu Deus”. Só
restava convocar todos para um jejum e para clamar ao Senhor.
Em seguida, o Senhor avisa que o “dia do Senhor está próximo”. Aqui os comentaristas
entendem que Joel está apontando para o fim dos tempos para que os seus leitores pensem em
algo final e definitivo à luz da destruição que estava diante dos seus olhos (v.16-18).
Diante disso, o profeta clama ao Senhor, pois a destruição está diante de todos (v.19-20).
Quem dera cada ser humano pudesse ter esse discernimento a respeito do mundo em que
vivemos e as claras evidências do juízo de Deus diante da maldade do homem. Basta ligar o
noticiário e as evidências estão em cada manchete. Quem dera isso pudesse levar mais e mais
pessoas a clamarem percebendo que isso ainda não é nada diante do Dia do Senhor!
A perspectiva escatológica (i.e., do fim das coisas) tem um grande poder de acordar-nos para a
realidade. As maquiagens que colocam na realidade não devem nos impedir de enxergar esse toque de
despertar.
Se você está em Cristo, o Dia do Senhor é um dia de maravilhosa expectativa. Mas, há muitos que não
têm como olhar para este futuro com a mesma visão. Como você pode hoje impactar a eternidade de
alguém? Quais evidências de condenação na vida dessa pessoa podem ser instrumentais para que você
fale da Esperança eterna em Cristo?

Leitura Diária: Mateus 22.15-23.39; Marcos 12.13-44; Lucas


20.20-21.4; 13.31-35
Semana 44 | Dia 306 | Quinta | Joel 2.1-2

A Bíblia é repleta de linguagens bem gráficas que nos faz imaginar a cena que está ali descrita.
No verso 1, nossa imaginação pensa em um antigo ajuntamento de pessoas com muros e
torres. E no alto de uma delas, uma sentinela. Ele olha sempre o horizonte para ver se
alguém vem em direção à cidade. Especialmente, possíveis inimigos. Então, ele toca a trombeta
para avisar. Contudo, quem está por trás da ameaça nesses versos não são apenas forças
humanas, mas o próprio Deus. Afinal, é “o Dia do Senhor”.
Quando qualquer ameaça vem contra nós, raramente paramos para pensar que aquilo não é
por nada que fizemos, antes é fruto de nossas decisões; nossas más decisões. O povo de Deus
estava sendo atacado como forma de juízo da parte do Senhor. O objetivo não era castigo pelo
castigo. Aliás, a disciplina divina nunca é meramente punitiva. Até porque jamais podemos
restituir qualquer mal, erro e pecado à altura da santidade do nosso Deus. Paulo deixa claro que
a disciplina busca restauração do irmão (Gl 6.1) e o autor de Hebreus nos diz que o objetivo de
Deus sempre é produzir “fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados” (Hb
12.11).
Assim, em mais um exemplo de aviso de Deus sobre os perigos da desobediência, a
trombeta é tocada. Há um exército vindo contra nós. Nós causamos isso com nossa rebeldia.
Vamos ficar sentados sem fazer nada?
Essa trombeta em nossas vidas podem ser irmãos queridos. Infelizmente, muitas vezes, não gostamos
daqueles que “tocam a trombeta” nos avisando. Você tem valorizado o agir disciplinador de Deus? No
primeiro momento, claro, não é motivo de alegria (Hb 12.11a). Mas, depois você passa a ser grato
pelos avisos e pela disciplina de Deus (Sl 119.67, 71)?

Leitura Diária: Mateus 24-25; Marcos 13; Lucas 21.5-38


Semana 44 | Dia 307 | Sexta | Joel 2.3-11

P oucas coisas enchem o coração humano de medo como a descrição de um inimigo que não
temos como resistir. Por diversas vezes o povo de Deus esteve em desvanta-
gem contra os seus adversários. Em algumas dessas vezes, o resultado foi quebrantamento,
arrependimento, confissão e outras atitudes de humildade e humilhação diante do Senhor. Um
exemplo disso encontramos nos dias do rei Josafá em 2Crônicas 20: “Depois disso, os moabitas
e os amonitas, com alguns dos meunitas, entraram em guerra contra Josafá. Então informaram
a Josafá: ‘Um exército enorme vem contra ti de Edom, do outro lado do mar Morto. Já está em
Hazazom-Tamar, isto é, En-Gedi’. Alarmado, Josafá decidiu consultar o SENHOR e proclamou
um jejum em todo o reino de Judá. Reuniu-se, pois, o povo, vindo de todas as cidades de Judá
para buscar a ajuda do SENHOR” (v.1-4). Repare que a atitude de Josafá é a esperada diante de
um cenário assim.
Infelizmente, não parece que a profecia de Joel tenha tido o mesmo efeito. Nem na
aplicação imediata desde texto (os dias de Joel), nem se tomarmos uma segunda aplicação
escatológica (isto é, no fim dos tempos). Ao que parece, os homens em sua maioria continuam
ignorando e praticamente rindo-se dos avisos de Deus.
A Bíblia tem muitos exemplos de avisos que não foram atendidos. Quem de nós almejaria, por
exemplo, um ministério como o de Jeremias. Falou, falou e falou e foi ignorado (e atacado) pelo povo.
Hoje, o alerta do Evangelho não deve ser opressivo ou agressivo, mas precisa ser realista. A eternidade
das pessoas está em jogo. Elas precisam saber que “aceitar a Jesus” não é uma decisão banal, nem é
como entrar para um clube. É um compromisso de vida e com mudança da mesma, pois “Como é
grande
o dia do Senhor! Como será terrível! Quem poderá suportá-lo?” Temos pregado com um
senso de urgência e gravidade?

Leitura Diária: Mateus 26.1-5, 14-35; Marcos 14.1-2, 10-31; Lucas 22.1-
38; João 13
Semana 44 | Dia 308 | Sábado | Joel 2.12-17

D epois da descrição ameaçadora dos inimigos que vinham contra o povo de Deus, o Senhor,
através do Seu profeta, passa a descrever de forma clara qual deveria ser a atitude de
resposta. Primeiro, eles deveriam se voltar, isto é, se converter ao Senhor (v.12-13). A ideia
aqui é de um giro de 180°. Não apenas de palavras como haviam feito, mas “de todo coração”;
algo comprovado por atitudes de quebrantamento: “jejum, lamento e pranto’. Não apenas algo
exterior como rasgar as vestes, mas algo interior simbolizado pelo rasgar do coração, isto é,
arrependimento e mudança do “homem interior”. Deviam fazer isso confiando no caráter de
Deus que é “misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não
envia a desgraça”.
Tal resposta poderia ter a esperança não apenas de um livramento do inimigo, mas da
suspensão da atual disciplina e restauração das lavouras. A motivação era que Deus é tão
misericordioso que Ele (se assim desejar) pode fazer o que não merecemos.
Finalmente, diante disso, todo o povo (anciãos, crianças, recém-casados...) deveria buscar
o Senhor. A trombeta é tocada novamente para convocar a assembleia para junto com os
sacerdotes clamarem ao Senhor.
Que maravilhosa descrição de como deve ser a nossa pregação do Evangelho. Ela deve convocar e
desafiar as pessoas ao arrependimento e à mudança pela fé em Cristo. Uma mensagem clara, direta e
realista remove as desculpas dos ouvintes. Se recusarem, serão ainda mais responsáveis. A verdade em
amor não pode faltar na nossa proclamação à nossa geração.

Leitura Diária: João 14-17


Semana 45 | Dia 309 | Domingo | 1Pedro 1.1-2

ESTAMOS DE PASSAGEM
ma das melhores experiências da vida é conhecer outras culturas, povos
diferentes e regiões distantes. Na verdade, algumas pessoas gostam disso, outras
nem tanto, porque ser um viajante tem vantagens e desvantagens, dependendo do lugar onde se
está. Mas espiritualmente, é bom que nos lembremos de que não somos deste mundo e que
estamos aqui só de passagem. Pedro começa sua primeira carta chamando seus leitores de
“eleitos de Deus” e “peregrinos dispersos”. Duas expressões de grande significado.
Uma vez que a carta de Pedro foi escrita para encorajar os irmãos que estavam sendo
perseguidos e lidando com muitas aflições (1Pe 4.12), era importante já começar a mensagem,
destacando quem eles eram em meio aos problemas que estavam enfrentando. Eles precisavam
ter em mente que foram escolhidos por Deus. Isso poderia dar a eles grande consolo nos tempos
de crise, e também reconhecer que não pertenciam a esse mundo.
A exortação de Pedro começou com palavras importantes para que seus leitores
enfrentassem as lutas sem esquecerem de sua identidade. Dessa forma, todo crente, como um
peregrino, deve estar focado em sua pátria celestial (Fp 3.20; Hb 13.14) e em seu
relacionamento único e exclusivo com Deus.
Como escolhido de Deus, viva de acordo com os planos dEle, em santidade e obediência a Jesus Cristo!
Como peregrino, tenha sempre o desejo de um dia estar em sua pátria celestial! Em meio às aflições
desse mundo, não deixe de agradar a seu Deus, sendo confiante em Seus planos.
Semana 45 | Dia 310 | Segunda | 1Pedro 1.3-9

EXULTAÇÃO NA PROVAÇÃO
H umanamente falando, é difícil entender como alguém pode se alegrar, quando todas as
circunstâncias ao seu redor são tão desfavoráveis. Realmente não é uma reação tão fácil e
muito menos natural. Por isso, só pessoas convictas de seu relacionamento com Deus,
eleitas, e certas de que estão neste mundo só de passagem, como peregrinas, conseguem se
alegrar em meio às provações.
Conseguem porque entendem que foram regeneradas por Deus, ou seja, foram renascidas
para uma nova vida, para fazer parte de uma família singular. Foram regeneradas conforme a
grande misericórdia de Deus (elas não têm mérito algum) para uma esperança viva, para uma
vida com sentido e propósito. Conseguem se alegrar em meio às crises porque compreendem
que o maior problema de suas vidas já foi solucionado. Já receberam perdão, justificação e
livramento da condenação eterna.
Qual deve ser a atitude de alguém que entende a ação de Deus em seu favor? Não poderia
ser outra, a não ser a da exultação (v.6) ou da alegria indizível e gloriosa (v.8),
independentemente das circunstâncias externas.
Ore ao Senhor, expressando sua alegria de ser uma pessoa salva pela obra redentora de Cristo! Seja
grato por ter sido alvo da misericórdia de Deus. Em meio às provações dessa vida, não perca o foco,
continue lembrando do Senhor Jesus que o capacita a lidar com as lutas e que, em breve, Ele voltará e
todas essas lutas serão passado.

Leitura Diária: Mateus 26.36-75; Marcos 14.32-72; Lucas


22.39-71; João 18.1-27
Semana 45 | Dia 311 | Terça | 1Pedro 1.10-12

GRAÇA ESPECIAL
P resente por si só já é algo especial. De certa forma, é uma expressão carinhosa de alguém.
Mas, quando o presente é personalizado, é melhor ainda, não é verdade? Pedro fala de uma
graça destinada aos seus ouvintes (“graça destinada a vocês”, v. 10) e enfatiza no versículo 12
que Cristo foi um presente às pessoas da era da igreja, ou seja, a nós que cremos nEle como
nosso Salvador. A nossa redenção foi planejada de forma especial por nosso Deus antes da
criação do mundo (Ef 1.4).
Esse plano envolveu homens do Antigo Testamento que falavam da salvação e estudavam
suas profecias, procurando entender quem seria o Messias e quando Ele viria. Foi um plano que
envolveu o Espírito Santo que apontava os profetas para Cristo, ou seja, o Espírito atuou na vida
dos profetas como também atuou e atua nos pregadores do evangelho, envolvidos nesse
admirável plano de redenção.
A salvação de pecadores é uma graça especial. A redenção em Cristo é um plano divino
admirável que inclusive os anjos anseiam compreender tão grande expressão de amor e
misericórdia. Será que temos sido gratos por essa graça destinada a nós?
Cultive em seu coração a admiração pelo Deus doador da graça especial que alcançou você. Não
permita que situações difíceis da vida desviem seu foco da salvação em Cristo Jesus. Semelhantemente
aos anjos, admire, contemple o plano do Deus misericordioso de salvar pecadores. Louve ao Senhor
também pela unidade da Sua Palavra – A Bíblia é formada por Antigo e Novo Testamento com uma
só mensagem, Jesus Cristo.

Leitura Diária: Mateus 27.1-31; Marcos 15.1-20; Lucas


23.1-25; João 18.28-19:16
Semana 45 | Dia 312 | Quarta | 1Pedro 1.13-16
SEMPRE ALERTA!
empre alerta!” é o que diz o lema dos escoteiros. Semelhantemente é a forma pela qual Pedro
nos exorta em 1Pedro 1.13. Provavelmente porque é muito fácil nos acomodarmos na vida cristã
e nos desanimarmos. É fácil perdermos o foco do porquê estamos aqui neste mundo, então,
devemos estar sempre vigilantes, aguardando o grande dia quando nos encontraremos com
Jesus Cristo.
O que fazer enquanto esperamos esse grande dia? Pedro nos ensina que, apesar das
dificuldades que possamos enfrentar, nosso Deus ainda espera obediência (santidade) de nossa
parte. Fica evidente que mais do que tentarmos encontrar razão de viver numa busca de
felicidade, devemos cultivar a prontidão de submissão aos preceitos de nosso Deus, deixando os
maus desejos de outrora quando vivíamos sem conhecer a Jesus. Pecado não é só fazer algo que
não agrada a Deus. Pecado é também ter desejos contrários aos do nosso Senhor.
O apóstolo também nos exorta de forma muito direta quanto à santidade. Devemos ser
santos em tudo o que fizermos e, intencionalmente, buscar cada vez mais semelhança com o
nosso Redentor. Assim como Deus é Santo, devemos também viver em santidade. Que hoje
estejamos vigilantes! Prontos para o encontro como nosso Salvador e com grande disposição de
viver para Sua glória!
Agradeça a Deus por Ele estar no controle de todas as coisas. Procure oportunidades de obedecer-Lhe.
Avalie seu coração e, se necessário, arrependa-se de desejos que não são coerentes com a vida de um
servo de Cristo. Peça ao Senhor para que Sua majestosa santidade seja sua referência para cada
palavra que você pronunciar e para cada um dos seus pensamentos e de suas ações.

Leitura Diária: Mateus 27.32-66; Marcos 15.21-47; Lucas


23.26-56; João 19.17-42; Salmos 22
Semana 45 | Dia 313 | Quinta | 1Pedro 1.17-21

ENQUANTO AGUARDAMOS
ocê gosta de aproveitar o tempo? Numa sala de espera, por exemplo, você
costuma ler enquanto aguarda sua vez de ser atendido? Nesse mundo, todos os
que creem em Cristo são peregrinos, mas enquanto aguardam o encontro com o seu Salvador,
precisam fazer alguma coisa. Não podem desperdiçar o tempo que tem na jornada terrena,
precisam se portar com temor a Deus, o Pai celestial, e agirem como filhos obedientes.
Pedro deixa claro que cada crente precisa realizar boas obras, pois serão julgados pelo Pai.
Também enfatiza que a motivação deve ser a de expressar gratidão pela sua salvação pelo sangue
de Cristo. Isso faz grande diferença, pois não fomos chamados por Deus para simplesmente
vivermos fazendo coisas certas e tendo uma vida moral digna de apreciação. Fomos salvos por
Jesus Cristo a quem devemos honrar em todo tempo e expressar nossa fé e esperança em Deus.
Olhe para a obra de salvação e trabalhe para exaltar a Cristo. Ore, sendo grato a Deus por poder tê-
lO como seu Pai. Cultive sua gratidão a cada dia de sua jornada terrena pela graça recebida de poder
viver em santidade. Cuide para que todos os dias sua fé e esperança estejam em Deus, não nas
circunstâncias desse mundo.

Leitura Diária: Mateus 28; Marcos 16; Lucas 24; João 20-21
Semana 45 | Dia 314 | Sexta | 1Pedro 1.22-25

O PODER DA PALAVRA
A maior bênção que uma pessoa pode receber é uma nova vida. Só assim, ela pode ter suas
motivações transformadas, deixando de ser egoísta para se importar
com outras pessoas e amá-las. Mas como que é possível se obter um novo nascimento e ser
regenerado? Não existe outra forma a não ser por meio da Palavra de Deus, viva e permanente.
Para deixar essa verdade bem clara, Pedro cita o profeta Isaías 40.6-8, e assim,
entendemos que não importa quantos séculos atrás a Palavra de Deus tenha sido escrita, pois ela
continua sendo válida e transformando vidas. Vidas de pessoas rebeldes transformadas em vidas
de pessoas obedientes. Vidas de pessoas amantes de si mesmas, em vidas de pessoas que amam
sinceramente umas às outras, sem hipocrisia e todo o coração. Somente a mensagem sobre Jesus
Cristo tem poder para regenerar os perdidos e fazê-los viver em obediência à verdade. “Essa é a
palavra que lhes foi anunciada”.
Leia e medite na Palavra de Deus todos os dias. Procure, intencionalmente, obedecer às verdades que
você tem conhecido para ter uma vida transformada. Busque oportunidade para expressar amor aos
seus irmãos em Cristo. Anuncie a Palavra de Deus para que outras pessoas também sejam salvas pelo
evangelho.

Leitura Diária: Atos 1-4; Salmos 110


Semana 45 | Dia 315 | Sábado | 1Pedro 2.1-3

A DINÂMICA DA SANTIFICAÇÃO
C ada vez mais nossa sociedade tem se acostumado com o vitimismo. Cada vez mais pessoas
procuram desculpar seus comportamentos por razões diversas, “Deus me entende”, “eu não
sou perfeito”, “é meu jeito de ser”, “sofro de um transtorno”, etc. Mas a Palavra de Deus coloca
sobre nós a responsabilidade de se despojar e de se revestir. De mudar comportamentos e desejos
também.
Uma pessoa salva por Cristo pode se livrar dos pecados de sua vida, pois como
conseguiria amar sinceramente e de todo coração ainda sendo maledicente e hipócrita? A
salvação é uma mensagem de esperança, pois a regeneração capacita a vitória sobre tudo o que
desagrada a Deus. Mas para uma vida vitoriosa sobre os pecados, o desejo pela Palavra de Deus
deve ser intenso, como de uma criança recém-nascida que deseja ardentemente leite quando está
com fome. Não temos capacidade em nós mesmos para desenvolvermos nossa santidade,
precisamos de Sua Palavra e de Sua graça.
Seja sensível aos seus próprios pecados e livre-se deles. Lembre-se que é muito fácil ser maldoso com
outras pessoas ou maledicente, então tome cuidado com suas palavras. Peça perdão a Deus e a
qualquer pessoa envolvida com seus pecados. O Senhor é bom, viva para Ele, desejando Sua Palavra
para seu crescimento espiritual.

Leitura Diária: Atos 5-8


Semana 46 | Dia 316 | Domingo | 1Pedro 2.4-8

PEDRAS VIVAS
Ser igreja é uma das bênçãos da regeneração por meio da Palavra de Deus (1Pe 1.23).
Não importa onde as pessoas que creem em Cristo estejam geograficamente. Seja no Ponto,
na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia ou na Bitínia ou em quais circunstâncias estejam
(1Pe 1.1), a fé em Jesus as une formando um só corpo. Um corpo, chamado também por Pedro
de “casa espiritual”, composta por “pedras vivas”, os crentes no Senhor Jesus, que pela graça
de Deus podem se aproximar dEle, a Pedra Viva, a Pedra Angular.
Uma pedra viva não tem sentido ou propósito em si mesma, mas sim, unicamente por meio
do relacionamento com a pedra principal, da mesma forma que um membro do corpo precisa da
cabeça para funcionar adequadamente. Pedras vivas unidas, como casa espiritual, podem servir a
Deus, encontrando seu propósito de existência, vivendo de modo agradável a Ele.
Seja grato por fazer parte da igreja do Senhor Jesus Cristo. Achegue-se, aproxime-se mais dEle, a
Pedra Viva. Busque-O cada vez mais por meio das orações e estudo da Palavra. Seja comprometido e
envolvido com sua igreja local. Seja uma “pedra viva” atuante, contribuindo com a harmonia e
edificação do corpo. Tome decisões e faça escolhas sempre visando o que é aceitável a Deus e expresse
adoração a Ele.
Semana 46 | Dia 317 | Segunda | 1Pedro 2.9-10

ESCOLHIDOS PARA UMA MISSÃO


Q uem nunca citou a famosa sequência de conjunções adversativas: “mas, porém, contudo,
todavia”? Elas são um recurso gramatical para enfatizar um contraste, ou
seja, uma ideia contrária. O versículo 8 do capítulo 2 da primeira carta de Pedro, diz que os
que não creem, os que desobedecem à Palavra de Deus, estão perdidos. Em oposição a essa
realidade, a maravilhosa notícia é que quem foi regenerado e se aproxima da “Pedra Viva”,
torna-se também “pedra viva” utilizada na edificação de uma casa espiritual, ou seja, nossa
identidade é determinada pelo relacionamento que temos com o Senhor Jesus Cristo e não por
nossas circunstâncias.
Os destinatários de Pedro, chamados de “peregrinos dispersos” (v.1), estavam enfrentando
sérias perseguições (4.12), estavam passando por provações (1.6), por isso, era importante terem
em mente quem eles realmente eram nessa relação com o Senhor de suas vidas e o Deus
misericordioso.
À semelhança dos nossos irmãos do passado, nós também somos “geração eleita,
sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus”, ou seja, temos um relacionamento
especial com o nosso Criador e Salvador. Relacionamento que enfatiza a vida em comunidade
(nação, povo, igreja) e também a nossa missão.
Não somos salvos só para irmos para o céu. Fomos escolhidos para uma missão. A missão
de anunciar as grandezas daquele que nos “chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz”.
Portanto, como povo de Deus, como alvo da misericórdia divina, precisamos proclamar a
mensagem do evangelho para que mais pessoas vivam para a glória de nosso Deus.
Louve o Senhor por Sua misericórdia. Seja grato por sua salvação imerecida. Busque cada vez mais o
engajamento com sua igreja local. Cultive relacionamentos com seus irmãos em Cristo. Envolva-se com
oportunidades para se proclamar as grandezas do nosso Senhor. Valorize o culto público. Envolva-se
com evangelização e missões, visando à glória de Deus. Como você se avaliaria nesses quesitos?

Leitura Diária: Atos 9-11


Semana 46 | Dia 318 | Terça | 1Pedro 2.11-12

VIVENDO COMO PEREGRINOS


edro chama os destinatários de sua primeira carta de “forasteiros” ou “peregrinos”
P (1.1), como já vimos. É uma boa maneira de nos lembrar que nós não somos deste mundo.
Como Paulo escreveu aos filipenses, “nossa pátria está nos céus, de onde também
aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (3.20). Estamos neste mundo, mas não somos
daqui (Jo 17.15-16). Vivemos aqui, mas não devemos imitar os que são deste mundo.
Precisamos evidenciar que estamos apenas de passagem.
Por isso, estando seguros de que não somos os que desobedecem a Palavra e rejeitam Jesus
Cristo (1Pe 2.8), mas sim, um povo de identidade exclusiva, missão especial e relacionamento
singular com Deus, sendo alvo da tão grande misericórdia divina (2.9), devemos viver de forma
impactante nesse mundo de pelo menos duas maneiras. Primeiramente, precisamos nos abster
“das paixões carnais que fazem guerra contra a alma” (v.11). Devemos assumir a
responsabilidade pessoal de lutarmos contra os nossos próprios desejos que são contrários aos
padrões de Deus para nossas vidas. Devemos nos afastar de atitudes egoístas e causar impacto
nas pessoas com uma postura amável e gentil. Afinal, somos apenas forasteiros.
Em segundo lugar, precisamos viver de modo exemplar entre os que não seguem a Jesus
Cristo, ou seja, devemos ser referência de uma vida transformada. Viver de forma exemplar é
uma grande responsabilidade, mas também é um maravilhoso privilégio, pois fomos capacitados
por Deus para sermos instrumentos em Suas mãos para direcionar pessoas para Jesus Cristo.
Afinal, somos peregrinos que sabem para onde estão indo e quanto mais pessoas seguirem pelo
único caminho, verdade e a vida (Jo 14.6), para adorarem a Deus, melhor!
Como você se avaliaria nestes dois quesitos? Seja sincero e objetivo. Isso lhe ajudará a estabelecer alvos
de mudança pessoal.
Vivamos, portanto, como peregrinos que buscam a santidade e que impactam os “moradores” desse
mundo para que Deus receba toda glória devida ao Seu nome!

Leitura Diária: Atos 12-14


Semana 46 | Dia 319 | Quarta | 1Pedro 2.13-17

SUBMISSÃO SILENCIADORA
C omo a palavra submissão soa aos seus ouvidos? Para algumas pessoas ela ecoa como um
palavrão ou ofensa. Parece pejorativa. Mas biblicamente, podemos ter uma compreensão
que glorifica a Deus. Podemos na verdade entender submissão como uma virtude, ensinada
pelo Senhor Jesus Cristo e esperada de Seus seguidores em qualquer tipo de relação humana.
Como por exemplo, na relação com as autoridades governamentais.
Quando nos lembramos de que Pedro escreveu para pessoas que estavam sendo
injustamente perseguidas pelos governantes de sua época, a passagem de hoje ganha maior
significado e impacto. O que precisamos entender é que nossa atitude de submissão,
primeiramente é evidência de nossa relação com nosso Deus: “Por causa do Senhor, sujeitem-
se...” (v. 13). Se não focarmos em Cristo, especialmente na graça dEle derramada sobre nós,
nunca conseguiremos vencer nossa predisposição à rebeldia.
As autoridades humanas não são maiores do que nosso Deus. Elas só podem exercer
algum tipo de domínio sobre nós porque Deus assim permite. E, apesar de não termos
responsabilidade em transformá-las, temos como silenciá-las, fazendo a vontade de Deus,
praticando o bem, não dando qualquer motivo para sermos maltratados.
Viva como uma pessoa não mais escravizada pelo pecado, mas viva sua liberdade, como servo de Deus.
Trate a todos, inclusive os que aos olhos humanos não merecem, com todo respeito. Ame seus irmãos
em Cristo. Demonstre ao mundo que você sabe lidar com as diferenças e injustiças. Tema acima de tudo
a Deus. Honre as autoridades governamentais, orando por elas e não usando palavras ofensivas a
qualquer que seja a pessoa que governe sua cidade, estado ou país.

Leitura Diária: Tiago 1-5


Semana 46 | Dia 320 | Quinta | 1Pedro 2.18-25

SUBMISSÃO AOS SUPERIORES


P orcomo
que você faz o que faz? Por que nós fazemos o que fazemos? Algumas pessoas se veem
vítimas ou escravas de vontades e emoções que as controlam. Há quem
diga: “tenho dificuldades com a submissão porque tenho um transtorno que me leva a ser um
opositor e desafiante de autoridades”, “é uma questão de hormônio e personalidade. Eu não
consigo agir diferente”. Mas será que a Bíblia fundamenta explicações como essas? Olhando
para 1Pedro 2.18-25, aprendemos a verdade de que todo crente deve incondicionalmente
submeter-se aos seus superiores e isso é possível, por causa da graça de Jesus que nos libertou
do poder do pecado. Nos libertou do nosso próprio desejo de vivermos para nós mesmos. “Ele
mesmo levou em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para
os pecados e vivêssemos para a justiça...” (v. 24).
Portanto, qualquer pessoa pode viver em submissão a outros quando foca em sua
verdadeira motivação. A motivação deve ser unicamente a de louvar a Deus, de agradá-lO,
independentemente das circunstâncias, inclusive de injustiças. O interesse não deve ser o de se
defender a qualquer custo ou ser vitorioso em discussões. A motivação deve ser a de seguir o
exemplo de Cristo que mesmo sofrendo injustamente, não cometeu pecado algum, ou seja, não
reagiu, não pagou mal com mal e se entregou ao único juiz.
Então, se reagirmos de forma pecaminosa, quem cuidará de nós em situações de
injustiças? Com toda certeza, o Pastor e Bispo de nossas almas cuidará daqueles que seguem os
passos de Jesus Cristo e que impactam as pessoas ao redor.
Seja cuidadoso na forma de falar a respeito de seus “direitos”. Não racionalize qualquer
comportamento pecaminoso mesmo diante de falhas de outros. Seja intencional em vencer o mal sofrido
com atitudes piedosas. Siga sempre os passos de Cristo e cultive humildade e submissão em seu coração.

Leitura Diária: Gálatas 1-3


Semana 46 | Dia 321 | Sexta | 1Pedro 3.1-6

A MULHER E A SUBMISSÃO
Submissão é uma palavra que causa até arrepios em algumas mulheres, especialmente devido a
influência da filosofia do empoderamento feminino de nossos dias, bandei-
ra do nefasto feminismo. Mas o que é submissão? Submeter-se não é se escravizar. Não é
assumir uma postura de pessoa menos capaz e inferior. É simplesmente uma atitude de respeito
e humildade de acordo com os planos de Deus, tanto que o próprio Jesus Cristo foi submisso,
dando a Sua vida por pecadores como nós (Fp 2.3-5) e servindo Seus discípulos, mesmo sendo
Senhor e Mestre (Jo 13). Portanto, Jesus é o nosso modelo a ser seguido e deve ser nossa
motivação para nos submetermos uns aos outros (Ef 5.21), inclusive nas relações conjugais.
O texto de 1Pedro 3.1-6 ensina que toda mulher deve se submeter ao seu marido
independentemente de seus méritos. Isso porque a sujeição da esposa deve ser intencional,
visando à salvação do seu marido ou seu crescimento em maturidade cristã. A opção não é o
abandono do casamento ou a desesperança. A opção de acordo com o plano de Deus é uma
“pregação silenciosa”, com a própria vida, que visa impactar o marido. Esse tipo de sujeição é
de grande valor para Deus, ou seja, Ele aprecia e dá Sua graça capacitadora para quem vive
dessa forma.
Pode não ser fácil, claro, mas quando estamos focados em Deus e no agir dEle em nós,
mais do que no desejo de mudança do outro, entendemos que Ele está agindo, visando Sua
glória.
Acima de tudo, ore em favor de seu cônjuge. Ore pelo amadurecimento dele, mais do que pela maneira
que você deseja ser tratada. E também tratado, pois vale para ambos. Foque em Jesus Cristo como
modelo a ser seguido e como motivação para uma vida de respeito e humildade. Avalie constantemente
suas palavras e ações para que não sejam expressões de desesperança ou amargura. Seja intencional em
ganhar o outro para Cristo, aproveitando da proximidade que só você tem.

Leitura Diária: Gálatas 4-6


Semana 46 | Dia 322 | Sábado | 1Pedro 3.7

SABEDORIA E GENTILEZA
A Palavra de Deus é maravilhosa! Ela nos apresenta o Deus incomparável. Fala sobre a obra
singular de Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Aborda a salvação de pecadores (1Pe 1.8-
9) e também ensina como devemos cumprir nossos papéis sociais. Um empregado em
relação ao seu patrão. Uma esposa em relação ao seu marido e também um homem em relação a
sua mulher. Deus deve ser adorado pela forma como nós nos tratamos. Pela maneira como
cumprimos com nossos deveres familiares de modo exemplar.
Em resumo, o que se espera de um marido? Basicamente, sabedoria e gentileza. Pedro diz:
“maridos, sejam sábios” e tratem suas mulheres com honra. Essas não são responsabilidades
opcionais. São mandamentos que devem ser obedecidos. Não são instruções condicionais,
dependendo do comportamento das mulheres. Assim como os escravos tinham de servir seus
senhores, mesmo sendo falhos, assim como as mulheres tinham de impactar seus maridos,
mesmo não obedecendo à Palavra, os maridos foram exortados a serem sábios e amáveis com
suas mulheres.
Maridos devem ser sábios na convivência com suas mulheres, ou seja, devem ser presentes
na vida das suas esposas e na administração do lar. Devem priorizar seus relacionamentos
conjugais, honrar suas esposas, reconhecendo suas diferenças estabelecidas por Deus em relação
aos homens. Elas são mais frágeis e não devem ser tratadas de maneira rude nem arrogante. Elas
devem ser tratadas como irmãs em Cristo. A salvação comum deve fazer os maridos
reconhecerem que assim como foram alvos no amor de Deus, eles devem tratar bem suas
esposas que também foram redimidas por Jesus. Isso é evidência de seus relacionamentos
sinceros com o Senhor de suas vidas.
Marido, tome uma atitude especial hoje para demonstrar que você prioriza sua esposa e seu lar. Decida
expressar de forma especial duas ou três atitudes amáveis que possam surpreender sua esposa. Avalie
seu coração e se despoje de atitudes arrogantes. Solteiro, peça a Deus sabedoria para um dia ser um
marido sábio e gentil. Esposa, ore ao Senhor para que seu marido glorifique a Deus como marido, não
apenas para que seus dias sejam melhores, mas para que ele verdadeiramente seja submisso ao Senhor.

Leitura Diária: Atos 15-16


Semana 47 | Dia 323 | Domingo | Joel 2.12-17

D epois de um intervalo, retornamos à profecia de Joel. Seguindo o contexto, a chamada ao


arrependimento parece ter sido atendida. Este trecho traz uma
mudança no tom e a restauração chega ao povo de Deus.
Isso só acontece porque “o Senhor mostrou zelo por Sua terra e teve piedade do Seu povo”.
Novamente, o livramento depende muito mais do bondoso caráter do nosso Deus do que das
ações dos homens. Mesmo com o arrependimento, o perdão sempre tem um preço àquele que
perdoa. Neste caso, o Senhor, a parte ofendida pela rebeldia do povo, fica com o prejuízo da
ofensa deles. Então, o Senhor os restaurará as colheitas (v.19) e levará os adversários para longe
(v.20). Sabemos pela história como o povo em algum momento no futuro iria regredir para a
rebeldia novamente. E, mais que isso, o Senhor sabia ANTES da história ter ocorrido. Ainda
assim, Ele aceita o arrependimento deles e os restaura! A longanimidade do nosso Deus é
impressionante, não?
O Senhor, então, os convoca a se alegrarem e os enche de palavras de esperança (v.21-26).
Palavras maravilhosas que deveriam inspirar obediência, amor e temor na geração de Joel e
muitas outras que lessem essas palavras. Esse é o poder que as promessas de Deus em Sua
Palavra têm sobre nós. Elas fortalecem nossa fé e nossa alegria no Senhor. Porque sabemos que
são seguranças dadas pelo Deus que não pode mentir.
E o desfecho disso tudo é a renovação da convicção de que o Senhor está no meio do Seu
povo. Ele nunca nos abandona. Também Ele é o único Deus verdadeiro. Não precisamos dos
ídolos das nações ou dos nossos corações. E Ele não deixará o Seu povo ser humilhado.
Todos nós pecamos ao longo da nossa caminhada com Deus. Infelizmente, isso é uma realidade e é
confirmada nas Escrituras (2Cr 6.36; Rm 3.23). Sejamos gratos a Deus por Sua mão firme na
disciplina. Sejamos assegurados de que Ele responde ao nosso arrependimento sincero. E que a nossa
alegria pode ser restaurada por Ele com o fortalecimento das Suas promessas. Converse com o Senhor
sobre isso agora.
Semana 47 | Dia 324 | Segunda | Joel 2.18-20

D oMas,
ponto de vista da interpretação bíblica, alguns têm dificuldade com o nosso texto de hoje.
antes de vermos a parte da “dificuldade”, repare como o tom
é de consolo e restauração. O profeta diz que “o Senhor mostrou zelo por sua terra e teve
piedade do Seu povo”. Outra versão diz que “o Senhor teve grande amor pela Sua terra e se
compadeceu do Seu povo” (NAA). Versão após versão, veremos termos de cuidado e
misericórdia. Mesmo depois de tudo o que o povo de Deus havia feito. Tais atitudes refletem o
caráter do nosso Deus. “O Senhor é muito paciente” ou “O Senhor é tardio em irar-se” (ARA),
como nos diz Naum 1.3.
E Ele não fica apenas nas palavras, mas passa a comprová-las com ações. No verso 19, Ele
fala de restauração das colheitas destruídas pela praga de gafanhotos, pois a fome e a falta de
elementos para o culto a Deus estavam assolando o povo. Mas, Ele também promete algo mais
significativo, “nunca mais farei de vocês objeto de zombaria para as nações”. E aqui está a
dificuldade de alguns, pois depois dos dias do Joel, Israel voltou a se encontrar como um objeto
de zombaria. De fato, em comparação com dias como os de Davi ou Salomão, Israel jamais se
recuperou, mesmo depois de sua restauração como nação em 1948.
O entendimento correto, então, é de um olhar ainda mais futuro. Aquilo que Deus
começara a fazer com a restauração imediata da colheita tem um salto de milênios e se concluirá
no “Dia do Senhor”, isto é, no fim dos tempos, quando “todo o Israel será salvo” (Rm 11.26);
algo que se refere obviamente ao remanescente que se voltará para o Messias.
Tal pensamento é ainda mais solidificado no verso 20 quando os inimigos serão levados
para longe de Israel.
A lição neste texto fala sobre a combinação da fidelidade e da soberania de Deus. Eu posso tentar ser
fiel, mas jamais serei soberano. Portanto, o que desejo fazer para alguém é possível que consiga, mas
não é algo seguro. Para o Senhor, tudo o que Ele decide fazer por nós é algo 100% seguro para nós. Ele
promete restauração neste texto e Ele fará. Ele prometeu para nós, Sua Igreja, promessas de vida
abundante e eterna, e podemos descansar nessas promessas. Mesmo diante da nossa falta de
merecimento.

Leitura Diária: Atos 17.1-18.18


Semana 47 | Dia 325 | Terça | Joel 2.21-27

É E esses que aconteceram com o povo de Deus foram muito sérios. Afinal, somos comum

ficarmos abalados em algum grau quando passamos por problemas sérios.

apenas humanos e a falta de controle sobre as circunstâncias e o futuro nos afetam muitas vezes.
Sabedor disso, o Senhor declara duas vezes para que o povo “não tenha medo”, pois “o
Senhor tem feito coisas grandiosas”. Então, não são meras frases de efeito, nem algo vazio. O
Senhor está dizendo, “Não tenha medo, antes olhe para o que Eu estou fazendo.” Perceber,
contemplar e meditar nos feitos do Senhor são um antídoto para o nosso medo e vitamina para a
nossa fé.
Além de não temer, eles deveriam alegrar-se e regozijar-se no Senhor. Deviam trocar a
testa franzida e os olhos esbugalhados por sorrisos e olhos quase fechando por causa deles. E de
novo, isso seria fruto daquilo que o Senhor estava fazendo.
Assim, várias coisas são mencionadas: pastos verdes, chuvas colheitas, restauração,
satisfação. O resultado final será o retorno do louvor a Deus. Sejamos honestos, geralmente
paramos de louvar em meio aos problemas. Outro resultado seria a estabilidade de que jamais
seriam humilhados novamente e a presença do Senhor no meio do Seu povo seria garantida.
Algo que, novamente, aponta para o futuro escatológico.
Posso afirmar com absoluta certeza que você já passou por lutas e problemas, alguns bem sérios. Dentre
eles, alguns causados por suas decisões e outros por ações de pessoas. Seja qual for a origem, não tema.
Olhe para o poder e o amor do nosso Deus, além de Sua soberania e alegre-se no que Ele promete fazer.
Regozije-se no Seu cuidado para com a sua vida.

Leitura Diária: 1 Tessalonicenses 1-5


Semana 47 | Dia 326 | Quarta | Joel 2.28-32
o Antigo Testamento, as promessas físicas eram parte do cuidado de Deus para com
N Israel e parte da Aliança de Deus com o Seu povo. Inúmeras passagens comprovam que
prosperidade e fertilidade iriam acompanhar o povo fiel às alianças. Contudo, quer fosse a
disciplina, quer fosse a bênção, nada parecia realmente mudar este povo. O tempo passava e ele
retornava aos caminhos de rebeldia.
Diante disso, Joel traz uma promessa que ecoa a Nova Aliança prometida em Jeremias
(31.27-34) e Ezequiel (11.16-20; 36.24-28). Uma “amostra” dessa promessa vemos em Atos 2
quando o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja. Mas, o texto fala especificamente dos dias
quando da restauração de Israel nos tempos do fatídico “Dia do Senhor” (v.31). E muito mais do
que trigo, azeite e vinho, eles receberiam as bênçãos espirituais da Nova Aliança, algo que
começa em meio aos tempos mais terríveis da humanidade, na Tribulação.
Mas, só receberão este livramento e a participação na Nova Aliança aqueles que
invocarem o nome do Senhor. Algo que mostra que ainda uma parcela de Israel (bem como do
resto do mundo) se manterá rebelde contra o Senhor.
Esta prioridade para as bênçãos espirituais é uma realidade hoje para os cristãos. Estamos hoje
usufruindo da Nova Aliança no sangue de Cristo, o Cordeiro de Deus. Infelizmente, muitos têm sido
atraídos e seduzidos por mensagens de prosperidade financeira. Mas, os que realmente têm encontrado
salvação no Evangelho têm crido que nossa pátria é eterna e lá está o nosso tesouro.
Você tem mantido esta perspectiva e visão na sua caminhada com Deus?

Leitura Diária: 2Tessalonicenses 1-3


Semana 47 | Dia 327 | Quinta | Joel 3.1-8
iberdade! É grito de muitos dos nossos tempos. Mas que tipo de liberdade as
pessoas desejam? O que chamam de liberdade é fazer o que quiser, na hora que
quiser, com quem quiser. Essa espécie de liberdade é má e egoísta e não é a verdadeira. Ela
serve aos desejos egoístas do coração. A liberdade que flui do evangelho é equilibrada. Ela não
é legalista, mas também não é licenciosa. É a liberdade que deságua no amor e produz o desejo
de servir ao próximo, de solucionar os conflitos e estabelecer paz. Os gálatas estavam vivendo
alguma espécie de conflito, talvez algum tipo de competição de desempenho espiritual, e isso
estava levando-os ao ponto da destruição mútua.
A Lei está no evangelho. Quando Jesus prega no sermão do monte ele ressalta vários
aspectos da Lei e completa o sentido deles aos ouvintes. A liberdade também leva o cristão à
obediência a lei, não como forma de obter salvação e aceitação, por obrigação, mas como uma
manifestação de amor a Deus e ao próximo. Assim, estamos livres para amar, buscando sempre
resolver os conflitos de maneira pacífica.
Qual a sua ideia de liberdade? É de fazer o que quiser? Pense em como pode colocar sua liberdade em
prática, servindo melhor na edificação de outros na sua igreja local e ao seu redor. Ore para que Deus o
ajude solucionar os conflitos com uma atitude amorosa e pacífica.

Leitura Diária: Atos 18.19-19.418


Semana 47 | Dia 328 | Sexta | Joel 3.9-16

N essa parte de sua profecia, Joel muda o tom radicalmente. Não há mais palavras de
advertência, disciplina, ou palavras de restauração e promessas. Este trecho é um chamado
às armas. As nações e as forças do Senhor Deus são convocadas para a batalha.
Instrumentos de paz como arados e foices deveriam ser transformados em instrumentos de
guerra como espadas e lanças. Ou seja, não é tempo de paz, mas de conflito. Trata-se de uma
convocação para aquilo que em Apocalipse é chamado de “A Batalha do Armagedom” (Ap
14.14-20; 16.16).
Um número incalculável de pessoas estará nessa luta. As nações iludidas de que podem
vencer ouvirão o rugido do Senhor serão confrontadas com a sua inutilidade e impotência diante
dEle. Para o remanescente convertido, o Senhor será um refúgio e fortaleza.
Há mais de dois mil e quatrocentos anos, um texto como esse está ecoando, “O Senhor Reina e é
Soberano sobre a Terra!”. Isso deveria nos encher de confiança no presente e pelo nosso futuro. Neste
dia, a Igreja de Cristo estará ao lado do Senhor lutando contra esses inimigos. Estaremos do lado
vencedor!
Louve ao Senhor hoje por ter mudado a sua história. Antes dEle, eu e você estaríamos com as nações
lutando contra o Senhor Deus. Mas, hoje, podemos nos regozijar por termos sido escolhidos pelo Deus
Vencedor!

Leitura Diária: 1Coríntios 1-4


Semana 47 | Dia 329 | Sábado | Joel 3.17-21

C hegamos ao final da profecia de Joel. Depois de tamanha demonstração de poder (v.9-16),


como desfecho de sua dura mensagem, o Senhor termina com consolo. Eles saberão que o
Deus deles não é qualquer um, nem é como os (falsos) deuses dos outros povos. Vale
lembrar, esses são os deuses aos quais eles recorreram por séculos, abandonando o Senhor. Mas,
o Único Deus verdadeiro habita no meio do Seu povo, santifica aquele lugar e o protege para
sempre (“estrangeiros jamais a conquistarão”). Mensagem semelhante trouxe o profeta Naum,
“Vejam sobre os montes os pés do que anuncia boas notícias e proclama a paz! Celebre as suas
festas, ó Judá, e cumpra os seus votos. Nunca mais o perverso a invadirá; ele será
completamente destruído” (1.15).
“Naquele dia” é uma expressão que aponta para o fim dos tempos. Serão dias de reinado
do Messias sobre a terra e serão tempos de abundância e prosperidade, tal como nos mostra o
verso 18. Pra reforçar essa ideia, água (um elemento valioso no seco Oriente Médio) fluirá do
local santo, do Templo. Imagem semelhante é colocada por Zacarias, “Naquele dia águas
correntes fluirão de Jerusalém, metade delas para o mar do leste e metade para o mar do oeste.
Isso acontecerá tanto no verão como no inverno.” (14.8).
Contudo, em contraste, com a bênção daqueles que pertencerem ao Senhor, o verso 19 fala
do castigo dos inimigos do povo de Deus. Uma ilustração não apenas para estas nações, mas
para todo o mundo que ainda se mantiver rebelde mesmo depois da Tribulação.
E o texto volta (v.20-21) ao tom positivo retratando que esse estado de bênção jamais será
alterado e o perdão espera pelo povo de Deus.
Quando pensamos no futuro, frequentemente pensamos no ano que vem ou um pouco mais de tempo à
frente. Isso é normal. Mas, Joel nos leva (tal como outros textos) a pensar muito mais além. O Deus que
controla a história está levando-a a um desfecho de bênção e maldição. Aqueles que hoje andam ao lado
de Cristo estarão com o remanescente de Israel abençoado no texto de hoje. Você está neste
ajuntamento santo? Se não estiver, volte-se para o Deus que é o Senhor da história. Se estiver, louve-O!
Engrandeça-O por estar no lado vencedor.

Leitura Diária: 1Coríntios 5-8


Semana 48 | Dia 330 | Domingo | 1Pedro 3.8-12

AMEAÇAS INTERNAS E EXTERNAS


À sexternamente,
vezes, nossas preocupações podem estar tão voltadas para aquilo que pode nos afetar
que ignoramos o que pode nos prejudicar internamente. Por
exemplo, podemos nos preocupar com os males que pessoas podem nos fazer, contratando
seguros e instalando grades em nossas residências, mas nos esquecemos de que podemos nos
prejudicar seriamente em nossos relacionamentos familiares com palavras e atitudes agressivas,
bem como com a falta de amor e cuidado mútuo.
Pedro, depois de falar sobre a bênção da salvação, passa a abordar as consequências
práticas dessa dádiva. Na passagem de 1Pedro 3.8-12, ele ajuda os irmãos “peregrinos” a
ficarem alertas quanto às ameaças tanto internas quanto externas. Eles deveriam tomar cuidado
com as injustiças e ataques dos seus perseguidores, inclusive com insultos, mas também
deveriam ser vigilantes para que não permitissem a quebra da unidade entre eles e que não
deixassem de ser compassivos e misericordiosos uns com os outros.
Porém, o mais impressionante é ser lembrado como alguém que não retribui mal com mal e
entender que amar fraternalmente não é somente uma ação horizontal, mas também uma forma
de se relacionar com o Deus que tem tudo sobre controle e que mantém seus olhos sobre os
justos e ouvidos atentos às suas orações. Deus abençoa aqueles que tomam cuidado com as
ameaças internas e externas. O Senhor cuida do Seu povo que se compromete em adorá-lO por
meio de seus relacionamentos interpessoais.
Lembre-se, num mundo caído, você será atacado. De alguma forma, pecarão contra você. Mas não
deixe de adorar a Deus, respondendo intencionalmente o mal com o bem e insultos com palavras
abençoadoras. Não se esqueça de que você está debaixo do olhar cuidadoso do Senhor. Portanto, em
meio a situações difíceis, ore a Ele!
Semana 48 | Dia 331 | Segunda | 1Pedro 3.8-22

BÊNÇÃO E SOFRIMENTO: PARADOXO


DA VIDA CRISTÃ
Q uando normalmente pensamos em bênçãos, pensamos em algo bom a partir de nossa
perspectiva humana, tantas vezes egoísta e imediatista. Raramente usamos a palavra
“bênção” para algo que nos traz dificuldades e sofrimentos. Porém, Pedro nos lembra que é
possível sermos felizes e abençoados em momentos de dor e injustiças, dizendo: “mesmo que
venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes” (v. 14). Um pouco mais a frente
ele diz: “É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal.”
(v. 17). Sofrimento não é evidência de contrariedade da vontade de Deus. Por vezes, dentro da
providência divina, Seu povo passará por tempos de prova. Às vezes, provas duras!
Então, como o cristão deve enfrentar os períodos de sofrimento? Como um empregado
deve lidar com um patrão bruto e grosseiro? Como uma esposa deve lidar com um marido
insensível e desobediente ao Senhor? Como um esposo deve lidar com uma esposa crítica e que
questiona o seu papel? É correto tratar mal os que nos maltratam? Pedro nos exorta a atentarmos
para nossa conduta independentemente das ações pecaminosas dos outros. Devemos sempre
praticar o bem e termos um bom procedimento, até mesmo quando formos alvos de acusações
infundadas, pois o que importa é quem somos diante de Deus.
Também devemos nos lembrar de que o próprio Jesus Cristo sofreu, morrendo por
pecadores. Mas foi vivificado pelo Espírito, foi ressuscitado e exaltado. Apesar de ter sofrido
injustamente, no tempo certo, Ele assumiu à destra de Deus, uma posição de proeminência e
honra. O sofrimento não é o fim para os que creem em Cristo.
Além do mais, o sofrimento de Cristo não foi em vão. Serviu para conduzir pecadores a
Deus. Serviu para salvá-los da condenação eterna. O sofrimento também pode ser uma bênção.
Oremos para sermos sensíveis aos planos de Deus em meio às dificuldades da vida. Atentemos ao nosso
procedimento diante dos que nos perseguem. Que nossas palavras e ações sejam resultado de corações
que santificam a Cristo! Avaliemos a nós mesmos para identificarmos nossas possíveis reações
pecaminosas diante das provocações e nos arrependamos delas.

Leitura Diária: 1Coríntios 9-11


Semana 48 | Dia 332 | Terça | 1Pedro 4.1-6

MORTE QUE TRANSFORMA


A morte de Cristo não foi em vão. Essa é uma afirmação importantíssima da teologia que tem
implicações diretas ao modo de viver daqueles que verdadeiramente creem em Jesus Cristo.
Deus é um Deus Santo e Justo. E, baseado em Sua justiça, Cristo teve de morrer por causa
de nossos pecados para que pudéssemos ser perdoados, tivéssemos todas as nossas dívidas
anuladas e principalmente, para que não vivêssemos escravizados pelo pecado.
Como Pedro escreveu, a morte de Cristo foi vicária, ou seja, por causa de nossos pecados e
substitutiva, o justo pelos injustos, para nos conduzir a Deus (1Pe 3.18). Vale destacar que
nossos pecados nos afastavam de nosso Criador, faziam-nos andar para cada vez mais longe
dEle e nos fazia vivermos unicamente para nós mesmos.
A morte de Cristo transforma os que creem nEle. Faz com que se arrependam de seu modo
de viver, da busca por satisfazer os seus maus desejos e passem a fazer a vontade de Deus. Ou
seja, o desejo de agradar a Deus surge nos corações daqueles que foram libertos da escravidão
dos seus próprios pecados. Portanto, a morte de Cristo é a fonte da graça para os peregrinos
nesse mundo, que viverão o tempo que lhes restam de forma bem diferente de como viviam.
Viverão impactando pessoas e refletindo Jesus Cristo.
Louve ao Senhor pela sua libertação da escravidão dos pecados. Seja grato a Deus por você não mais
viver unicamente para os seus maus desejos. Seja sensível para identificar o ressurgimento de maus
desejos de seu coração contrários à vontade de Deus. Peça ao Senhor mais prontidão para fazer
unicamente à vontade dEle.

Leitura Diária: 1Coríntios 12-14


Semana 48 | Dia 333 | Quarta | 1Pedro 4.7-11
O FIM ESTÁ PRÓXIMO! O QUE FAZER?
e você soubesse que o mundo acabaria amanhã, se você fosse avisado que
essa era presente chegaria ao fim em 24 horas, o que você faria hoje? Iria se
desesperar? Buscaria um lugar relaxante para esperar o fim? Há uma frase atribuída ao
reformador Martinho Lutero que diz: “Mesmo se eu soubesse que amanhã o mundo se partiria
em pedaços, eu ainda plantaria a minha macieira.” Ou seja, ele não faria nada que não faria hoje.
Quando confiamos verdadeiramente em Deus, continuamos vivendo para a glória dEle,
independentemente das circunstâncias difíceis da vida nesse mundo.
Pedro falou para a igreja do século I sobre o fim que estava próximo, quanto mais então
para nós do século XXI. O fim está ainda mais próximo! E o que devemos fazer? Não devemos
nos desesperar, mas sim sermos sóbrios, equilibrados e nos dedicarmos à oração. Certamente
que dias difíceis virão, mas o cristão pode perfeitamente continuar focado na soberania de Deus
e orar, expressando sua confiança e dependência de Deus.
E mais, a igreja deve estar sempre envolvida na prática da mutualidade cristã. Problemas
externos não podem fazer com que o cuidado mútuo seja deixado de lado. As exortações de
Pedro mostram que não há lugar para o isolamento nem para os “desigrejados”. Quem ama ao
Senhor exercerá amor intenso pelos outros, perdoando suas falhas, cultivará relacionamentos
por meio da hospitalidade, do tempo intencional de comunhão e exercerá seu dom em benefício
do corpo, visando sempre à glória de Deus mediante Jesus Cristo!
Em dias difíceis, ore mais. Em situações complicadas da vida, aproxime-se de seus irmãos em Cristo para
ser edificado, para servir e amar. Em todo tempo, pratique seu dom de acordo com a Palavra de Deus.
Que sua vida seja sempre usada pelo Senhor para expressar a graça dEle para quem estiver ao seu lado!

Leitura Diária: 1Coríntios 15-16


Semana 48 | Dia 334 | Quinta | 1Pedro 4.12-19

SOFRIMENTO E EXULTAÇÃO
Q uando olhamos para o céu com nuvens carregadas, não nos surpreendemos com a forte chuva
que começa em alguns instantes. Nas grandes cidades, quando saímos
de nossas residências em horário de pico, não nos surpreendemos com o trânsito
engarrafado pelo caminho. São obviamente coisas que devemos esperar. Da mesma forma,
como seguidores de Cristo, como peregrinos num mundo caído, não devemos nos espantar com
as dificuldades que enfrentamos. Não devemos nos surpreender com o fogo que surge entre nós
para nos provar como se algo estranho estivesse acontecendo.
Como cristãos temos de nos lembrar de que o nosso Senhor Jesus passou por dificuldades
e sofrimentos e que nós não somos maiores nem melhores do que Ele. Temos de cultivar em
nossos corações a certeza de que um dia, especialmente, na volta de Cristo, poderemos usufruir
de uma exultação além da compreensão humana. Não que não possamos ter alegria aqui nesse
mundo, apesar dos momentos desfavoráveis, mas teremos uma grande alegria, uma
incomparável sensação de gozo quando estivermos com o nosso Salvador.
Quando somos insultados, desprezados ou maltratados por nos identificarmos com Cristo,
temos de nos ver como bem-aventurados, pessoas abençoadas, pois nosso Deus se identifica
conosco sobrenaturalmente, fazendo repousar sobre nós o Espírito da glória. Isso é maravilhoso!
Ao invés de nos desesperarmos, devemos confiar nossas vidas ao nosso fiel criador e sempre
praticarmos o bem, inclusive, vencendo o mal com o bem, brilhando no meio do nosso viver.
Tenha alegria em se identificar como cristão em qualquer tipo de ambiente. Não se espante em ver
tantas pessoas rejeitando Cristo como Salvador, mas mostre com sua vida a diferença por segui-lO.
Todos os dias, lembre-se de que o seu criador está no controle de todas as coisas. Não permita que
pessoas ou qualquer circunstância da vida altere seu ânimo e disposição de viver para seu Senhor!

Leitura Diária: 2Coríntios 1-4


Semana 48 | Dia 335 | Sexta | 1Pedro 5.1-4

APOIO PARA AS HORAS DIFÍCEIS


idar com o sofrimento não é uma tarefa fácil. Experimentar alegria em meio
às dificuldades não é natural aos seres humanos. Saber se entregar totalmente ao
Criador em tempos de luta é uma missão que se torna menos complicada com a ajuda de pessoas
levantadas por Deus para o cuidado dos que sofrem. A passagem de 1Pedro 5.1-4 ensina que o
ministério pastoral faz parte do plano de Deus para que Suas ovelhas sejam cuidadas. Por isso,
Pedro faz um apelo aos presbíteros (que também podem ser chamados de pastores ou bispos)
para pastorearem o rebanho de Deus.
Podemos aprender algumas lições com essa passagem a respeito do ministério pastoral.
Em primeiro lugar, indiretamente, o texto deixa claro que a liderança estabelecida por Deus para
o cuidado da igreja é dada aos pastores. Pedro se apresenta como colega de ministério e não se
dirige aos diáconos ou qualquer outro grupo ou pessoas, mas sim unicamente aos pastores
(presbíteros). Outra lição é que idealmente o pastorado deve ser exercido por mais de um pastor,
ou seja, por uma equipe ou colegiado. Em terceiro, pastores fiéis servem ao Supremo Pastor, não
fazendo o que querem, mas o que “Deus quer”, que basicamente se resume a “pastorear o
rebanho dEle”, de livre vontade, com desejo de servir e sendo exemplo a ser seguido. Essa não é
uma tarefa tão simples. Por isso, cabe a igreja apoiar e encorajar os homens levantados por Deus
para auxiliá-los na jornada da vida cristã. Cabe ao rebanho ser grato por sua liderança e orar
sempre pelos seus pastores.
Cultive sempre um espírito de humildade no relacionamento com seus pastores. Aproxime-me deles
para se beneficiar do plano de Deus para o cuidado de sua alma. Esteja pronto para ouvir seus ensinos,
pregações e conselhos, bem como seguir seus exemplos de vida. Valorize o ministério pastoral como
plano de Deus para sua igreja. Ore por seus pastores.

Leitura Diária: 2Coríntios 5-9


Semana 48 | Dia 336 | Sábado | 1Pedro 5.5-11

ATITUDES PARA UMA PEREGRINAÇÃO


BEM-SUCEDIDA
P edro se dirige aos crentes dos anos sessenta do primeiro século, destinatários originais de sua
carta, como “peregrinos dispersos” (1.1), enfatizando que eles não são deste mundo,
como nós também não somos. Ele escreveu essa epístola para encorajar aqueles que estavam
lidando com perseguições debaixo do governo de Nero, imperador romano, lembrando que
Deus estava no controle de todas as coisas e que eles poderiam continuar firmes na graça.
Nos versículos finais, Pedro faz uma série de admoestações para que os peregrinos
continuassem suas jornadas de forma bem-sucedida. Basicamente, as exortações apontam para
como se relacionarem uns com os outros, com Deus e como lidarem com suas próprias atitudes.
A submissão uns para com os outros, ou a atitude de humildade, é essencial para a vida terrena
enquanto se aguarda a glória eterna em Cristo Jesus. Pessoas podem estar sofrendo ou passando
por dias difíceis, mas não tem o direito de serem orgulhosas, maltratando umas às outras. Deus é
atento para como nós reagimos em circunstâncias adversas, concedendo graça aos que são
humildes.
Para com Deus, os peregrinos devem se humilhar diante dEle, isto é, se quebrantar e
confiar plenamente em Seus planos, ainda mais quando as coisas não acontecem como
desejamos. Deixamos a ansiedade quando deixamos de controlar de nossas vidas. Os crentes são
exortados a se lembrarem do cuidado contínuo de Deus, o que não significa ausência de
problemas, mas sim, que Ele concederá forças para que possam continuar focados no Salvador.
Eles também precisavam desenvolver a atitude da sobriedade e vigilância, reconhecendo
que o inimigo maior não eram seus perseguidores, mas sim, o diabo, o verdadeiro inimigo de
nossas almas. Inimigo que pode ser resistido, quando permanecemos firmes em Cristo, sabendo
que o Deus de toda graça está no controle de todas coisas. Por isso, mesmo que passemos por
sofrimento, tudo terá seu fim, e um dia estaremos com o Senhor.
Em meio as lutas dessa vida, continuemos focados em nosso Deus e Sua graça. Continuemos servindo
uns aos outros com atitude de humildade. Continuemos submissos aos planos perfeitos e infalíveis de
Deus. Continuemos confiantes e não temerosos quanto aos dias que vivemos nessa jornada. Ele
verdadeiramente tem cuidado de nós!

Leitura Diária: 2Coríntios 10-13


Semana 49 | Dia 337 | Domingo | Obadias 1-9
O mações internas a respeito de seu autor. A única coisa que sabemos é o significado badias é

o menor livro do Antigo Testamento e um dos que oferecem menos infor-

de seu nome: “servo do SENHOR”. Apesar disso, seu conteúdo nos oferece uma espécie de
“miniatura” da mensagem dos profetas, apresentando-nos um quadro resumido da justiça de
Deus em ação. Sua mensagem é basicamente de juízo à nação de Edom, que era composta pelos
descendentes de Esaú, inimigos de Israel. A data mais provável dessas profecias se encaixa no
reinado do rei Jeorão, o quinto rei de Judá, cerca de 80 anos após a divisão do reino de Israel.
Jeorão foi um mau rei, que não temeu ao Senhor. Por conta disso, sofreu o castigo de ser
derrotado por seus inimigos. Nessa ocasião, os edomitas (na época sujeitos aos judeus)
aproveitaram a oportunidade e se uniram aos inimigos (cf. 2Rs 8.20-22). Neste ato de
insurreição, isolaram-se nas montanhas rochosas ao sul de Israel e declararam seu próprio rei.
Não era um bom momento para o povo de Deus; além disso, seus maiores inimigos, os
edomitas, estavam muito bem (aparentemente prósperos como resultado de sua traição).
É diante desse cenário que Deus levanta Obadias como Seu profeta. O Senhor tem algo a
dizer sobre o que está acontecendo, especialmente sobre Edom. E no trecho que lemos, Ele
deixa bem claro que os edomitas serão completamente derrotados, apesar de sua bonança
momentânea. Diante disso, podemos aprender duas preciosas lições: [1] Deus vê todo e
qualquer pecado, até mesmo dos pagãos. Seus olhos não estão voltados apenas para Seu povo,
mas para todas as nações. Para Ele, pecado é pecado, independentemente de quem o comete. Às
vezes, pode parecer que a maldade dos ímpios passa despercebida aos olhos de Deus, mas isso
não é verdade; Ele vê o pecado dos homens e toma nota de cada um deles. [2] Deus punirá todo
e qualquer pecado, em especial a arrogância de coração (pecado mais presente nos edomitas).
Como Edom, aqueles que olham para os outros de cima para baixo e se consideram impuníveis,
um dia, serão castigados por sua arrogância.
O que este texto provoca em você? Se você identifica o pecado de arrogância em sua vida, o que deve
fazer diante dessa profecia? Se você sofre injustamente nas mãos de ímpios, qual deve ser sua
esperança? Como este texto pode ser útil no evangelismo? O que ele comunica sobre Deus?
Semana 49 | Dia 338 | Segunda | Obadias 10-14
pesar de ter se libertado de Judá e estar aparentemente prosperando, no futuro
A Edom será destruído por completo, e quem garante isso é o SENHOR. No texto que
lemos descobrimos algumas razões deste castigo. Aqui Deus oferece cinco causas ou provas
que validam a condenação dos edomitas. Quais eram seus pecados?
O primeiro crime era a violência (v. 10). No dia da invasão a Jerusalém, eles se uniram aos
inimigos e mataram violentamente os judeus. Deus levará isso em conta. O segundo crime era a
ganância (v. 11). Além de matar homens, mulheres, idosos e crianças, os edomitas saquearam
todos os bens do povo. Movidos pelo amor ao dinheiro, roubaram pessoas indefesas e
derrotadas. O terceiro crime era a insensibilidade (v. 12). Edom não se compadeceu da dor dos
judeus, pelo contrário, sorriu de satisfação ao ver sua desgraça. Esse prazer maligno pela queda
do outro seria punido. O quarto crime era a exploração (v. 13). Após a invasão a Jerusalém, os
edomitas encontraram pessoas indefesas, e em vez de socorrê-las, preferiram saqueá-las. Por
tirarem o pouco de quem já tinha quase nada, eles serão punidos por Deus. O quinto e último
crime apontado pelo SENHOR é a crueldade (v. 14). Como se não bastasse, depois de tudo o
que fizeram, os edomitas ainda perseguiram os judeus que fugiram e os prenderam por meio de
emboscadas e os levaram de volta a Judá para serem mortos pelos inimigos. Edom será
castigado por sua violência, ganância, insensibilidade, exploração e crueldade. Pode parecer que
ninguém estava vendo, mas o Senhor viu, e irá puni-los!
O que podemos aprender com tudo isso? [1] Deus castigará todo mal. Nenhum pecado citado neste
texto passará impune diante dEle. Portanto, se há em nós alguma atitude parecida, devemos nos
arrepender antes que seja tarde demais. [2] Deus vingará Seu povo. Apesar de disciplinar Judá por
causa de seus pecados, Deus castigará os que fizeram o mal aos que são dEle. Se fazemos algo parecido
com o povo de Deus, um dia prestaremos contas disso; se sofremos nas mãos de alguém por fazermos
parte do povo de Deus, um dia veremos a vingança divina os atingindo. Dessas coisas podemos ter
certeza!

Leitura Diária: Romanos 1-4; Atos 20.1-3


Semana 49 | Dia 339 | Terça | Obadias 15-21
dom será completamente destruído por ter se voltado contra o povo de Deus.
E Dentre seus pecados estavam a violência, ganância, insensibilidade, exploração e
crueldade contra Judá. Enfim, Obadias termina sua profecia oferecendo cinco promessas de
quando essa condenação começará a acontecer.
A primeira promessa é a respeito da retribuição a Edom (v.15, 16, 18). Deus devolverá aos
edomitas todo mal que eles causaram. O castigo será proporcional à dor que provocaram. A
segunda promessa é sobre o livramento a Israel (v.17). Apesar do juízo, o Dia do Senhor
também trará libertação à casa de Jacó (o Seu povo escolhido). A terceira promessa trata-se da
reocupação da terra prometida (v.19-20). No Dia do Senhor, o povo de Deus reocupará todas as
fronteiras perdidas para os inimigos (incluindo as terras montanhosas de Edom). A quarta
promessa se refere ao julgamento final (v.21a). No juízo a todas as nações Deus subirá com Seu
povo no monte Sião e julgará - com Israel - a nação de Edom (os descendentes de Esaú). A
última promessa diz respeito ao reino eterno do SENHOR (v.21b). Depois de todas essas coisas,
Deus governará sobre tudo e todos!
Diante do que lemos, podemos ter certeza de duas coisas sobre o futuro: [1] Deus julgará as nações e
[2] salvará Seu povo. Edom foi completamente destruído até o final do século I d.C. Isso prefigura o
juízo a todos os que se opõem a Ele. A única salvação está em fazer parte de Seu povo - o povo
vitorioso - cuja porta de entrada é crer que Jesus é o Cristo. De qual grupo você faz parte? O que
precisa crer ou fazer diante de tudo o que lemos em Obadias?

Leitura Diária: Romanos 5-8


Semana 49 | Dia 340 | Quarta | Ageu 1.1-15

A geu foi o primeiro profeta a pregar ao povo de Deus após o retorno de uma parte dos judeus
do cativeiro na Babilônia à Jerusalém. Quando Judá foi levada cativa à terra dos babilônios,
Ageu tinha por volta de dez anos de idade. Portanto, vivenciou os setenta anos de cativeiro,
e voltou à sua terra quando Ciro (rei dos persas) permitiu o retorno do povo de Deus. Ele
presenciou o início das reformas físicas e espirituais promovidas por Esdras e Neemias.
Acontece que o tempo passou (mais ou menos quinze anos, para ser mais exato), e havia
algumas coisas que não estavam alegrando ao Senhor no meio do povo. Então Ele chamou
Ageu para pregar ao governador de Judá, Zorobabel, ao sumo-sacerdote Josué e a todo o povo.
O que estava acontecendo em Judá que exigiu o ministério do profeta Ageu?
Há alguns anos, devido oposição do povo do norte (os samaritanos), os judeus
interromperam a reconstrução do templo. Apenas seus alicerces estavam lançados; faltava todo
o restante da obra. Portanto, neste livro, Ageu apresenta a seus leitores quatro obstáculos que
atrapalhavam (e continuam atrapalhando) o povo de Deus a obedecer-lhe. Nesta primeira
passagem, vemos o primeiro obstáculo: prioridades erradas. Neste trecho, Deus primeiro
confronta aquela geração por inventar desculpas para não voltar à obra no templo, enquanto se
ocupava com seus projetos pessoais (v.1-8). Em resultado a isso, como castigo de Deus, tudo o
que faziam não produzia o que eles esperavam. Suas prioridades erradas produziram apenas
insatisfação e descontentamento. Qual resposta eles deveriam ter diante disso? Eles deveriam
parar de dar desculpas e retomar a obra no templo (v.9-15). E foi o que fizeram, conduzidos por
seus líderes. O povo temeu ao SENHOR, e Ele mesmo despertou seu ânimo para que
realizassem Sua obra, afirmando que estaria com eles neste projeto.
Diante do que lemos, como você tem encarado a obra do Senhor? Como estão suas prioridades? O
melhor de seu tempo, recursos e energia estão voltados apenas para seus projetos pessoais ou são
dedicados, também, para aquilo que Deus espera que você faça? Não permita que prioridades erradas
o atrapalhem de obedecer a Deus. Isso não significa abandonar completamente os cuidados pessoais
(como família, trabalho, casa, estudos, projetos, carreira), mas parar de utilizá-los como desculpas
para não obedecer ao Senhor! Mude suas prioridades e comece a priorizar em primeiro lugar as
coisas de Deus!

Leitura Diária: Romanos 9-12


Semana 49 | Dia 341 | Quinta | Ageu 2.1-9
imos que o primeiro obstáculo que atrapalhava o povo de Deus a obedecer-lhe eram as
prioridades erradas. E o segundo? Conforme o texto que lemos, era o desânimo na
obra de Deus. Esta mensagem foi pregada por Ageu quase dois meses depois da
primeira. Era um dia de festa para o povo, todos estavam reunidos em um só lugar.
Eles deveriam estar celebrando a retomada da reconstrução do templo, mas isso não aconteceu
(pelo menos em parte do povo). Conforme lemos em Esdras 3.10-13, no dia em que os alicerces
do templo foram lançados, houve grande festa com louvores e adoração a Deus. Em meio a tudo
isso, havia um misto de alegria e choro dentre o povo. Por quê? Entre os presentes, havia idosos
que viram o primeiro templo - aquele construído por Salomão - antes de ser destruído pelos
babilônios. E o motivo do desânimo é que eles começaram a comparar aqueles singelos
alicerces com o imponente templo outrora erigido por Salomão. E essas comparações
produziram desânimo e abatimento entre o povo (v.1-3). Como o Senhor resolveu a questão?
Reanimando seu povo com três “remédios” (que podem servir de cura contra o desânimo na
obra de Deus por todos os crentes, em todas as épocas).
O primeiro remédio foi sua presença (v.4-5). Deus promete que, mesmo que aquela obra
seja pequena em comparação com a do passado, Ele estará com eles! Se for para obedecer-Lhe,
Deus estará conosco (mesmo que a obra seja “pequena”)! O segundo remédio foi Sua provisão
(v.6-8). Mesmo que as colheitas fossem fracas, Deus “sacudiria” as nações e forneceria os
recursos necessários para a obra. Às vezes, no serviço de Deus, parece que os recursos são
escassos; mas para ele, isso não é problema! O Senhor espera apenas disposição. Dinheiro, mão
de obra e oportunidades Ele dará, no tempo certo! A nós, basta servi-lO! O terceiro remédio foi
Suas promessas (v.9). Deus os convida a olhar para frente; um dia, neste templo singelo, Sua
glória se fará presente - o que aconteceu quando Jesus Cristo entrou em suas dependências,
durante Seu ministério em Jerusalém.
Você anda desanimado na obra de Deus? Por quais motivos? Seria pelas comparações com o passado
ou com outras pessoas ou igrejas? Qual desses três “medicamentos” podem ser mais úteis para o
reanimar?

Leitura Diária: Romanos 13-16


Semana 49 | Dia 342 | Sexta | Ageu 2.10-19

P rioridades erradas e desânimo na obra de Deus impediam os ouvintes de Ageu de obedecer a


Deus. Qual o terceiro obstáculo? De acordo com esta passagem: pecados escondidos. A
terceira mensagem de Ageu é pregada em uma época em que o povo buscava a Deus na
expectativa da bênção da primeira chuva - muito importante para a colheita, uma vez que as
sementes já tinham sido lançadas na terra.
Deus direciona sua mensagem aos sacerdotes (v.10-14). Em resumo, seus sacrifícios e
cultos estão contaminados por conta de pecados ocultos, cultivados em secreto. Então o Senhor
os convida a pensar sobre o passado e o futuro (v.15-19) - o que deveríamos fazer mais vezes
durante a vida. Se olharem para o passado, perceberão que tiveram poucas colheitas por
desobedecerem a Deus; se olharem para o futuro, Ele promete os abençoar com chuvas de
fertilidade, caso lhe obedeçam. Estes eram termos da aliança, contidas na lei de Moisés (cf. Dt
28): se obedecessem, teriam fartura; se desobedecessem, passariam necessidades. E o que Deus
queria deles? Confissão dos pecados ocultos e mudança de atitude!
É claro que as bênçãos e maldições da lei de Moisés foram todas cumpridas em Jesus Cristo, mas o
princípio por trás de tudo o que Deus disse ao povo continua para nossas vidas: se temos cultivado
pecados ocultos enquanto servimos ao Senhor, devemos nos arrepender, confessá-los e mudar de
atitude. Deus não abençoa mãos sujas em Sua obra. Se confessarmos e mudarmos, seremos
capacitados por Ele a produzir bons frutos! Há algum pecado oculto que tem impedido ou
atrapalhado você de servir a Deus? Se sim, qual ou quais são? O que você deve fazer diante disso a
partir de agora?

Leitura Diária: Atos 20.4-23.35


Semana 49 | Dia 343 | Sábado | Ageu 2.20-23

C omo temos visto, por meio de Ageu Deus confronta Seu povo e oferece a solução para
quatro obstáculos que o impedem de obedecer-lhe. Prioridades erradas, desânimo
na obra e pecados ocultos são os três primeiros. Qual o quarto e último? A falta de um rei.
No mesmo dia em que pregou a última mensagem, Ageu se dirige ao governador de Judá,
Zorobabel. Deus promete que, por meio dos judeus, irá derrotar todos os reinos da terra, e que
tornará Zorobabel um rei com autoridade divina sobre todas as nações. É por causa disso que
Deus se identifica neste livro, por doze vezes, como “Senhor dos Exércitos”. Ele é o “grande
general do universo”, aquele que vence todas as batalhas, que governa sobre todos os tronos da
terra! Ninguém é páreo para o Senhor. Se Ele decide algo, nada e ninguém pode impedi-lO. A
pergunta que fica, então, não é SE estas coisas que Deus prometeu (não só neste texto, mas em
todo o restante do livro de Ageu) se cumprirão ou não; a pergunta correta é: “QUANDO elas
serão cumpridas?” (pois é certo que se concretizarão).
Após receber essas promessas, historiadores apontam que Zorobabel “sumiu do mapa”.
Ele morreu como um ilustre desconhecido, e as coisas prometidas aqui não se cumpriram. O que
isso significa? Deus mentiu ou falhou em suas promessas? Não! Se estas promessas não se
cumpriram por meio de Zorobabel, Deus certamente estava falando de sua linhagem real - da
descendência de Davi. Então, é aí que encontramos seu cumprimento. Cerca de 550 anos depois
de Ageu, ao nos informar sobre a linhagem de Jesus, os evangelistas o identificam como
descendente de Zorobabel (cf. Mt 1.12; Lc 3.27).
Sabe o que isso tudo significa? Que Jesus é o Rei que Deus prometeu por meio de Ageu (e, na verdade,
é aquele que cumpre todas as demais promessas deste livro)! Por meio de Jesus, Deus habitou entre os
homens. Sua glória pôde ser vista através do Jesus de Nazaré. E através de Sua morte e ressurreição,
podemos nos encontrar com Deus, sem a necessidade de um templo físico, simplesmente pela fé nEle!
Jesus é o Rei que faltava ao povo na época de Ageu, mas que não nos falta mais! Isso significa que esse
não precisa ser mais um obstáculo para que você obedeça a Deus. Quando cremos em Jesus, nada nos
impede de buscarmos ao Senhor, pois nEle todos nossos pecados são perdoados, e temos pleno acesso a
Deus. Essa é uma realidade em sua vida? O que falta para que você desfrute dessa bênção?

Leitura Diária: Atos 24-26


Semana 50 | Dia 344 | Domingo | Judas 1-3

J udas, meio irmão de Jesus, (Mt 13.55) foi quem escreveu esta epístola, por volta de 68 d.C..
Seu desejo inicial, segundo pode ser percebido no texto, era escrever a respeito da salvação.
Um tratado soteriológico. Porém, para lidar com um movimento herege crescente dentro da
igreja (e obviamente, dirigido pelo Espírito Santo), ele direciona a sua carta para aquilo que
chamamos de “apologética”, isto é, defesa da fé. Seu propósito visava desmascarar os falsos
mestres que estavam corrompendo a igreja de dentro para fora.
Ao ler a epístola toda, você percebe que a mensagem central, de Judas, afirma que: “A
batalha pela pureza da fé envolve a condenação dos hereges e a evangelização contra as
heresias”, ou seja, a igreja que não se incomodar com os erros doutrinários será uma igreja que
se acomodará rapidamente com heresias que a afastarão da verdade. Será uma igreja que, apesar
de manter o nome, estará longe do que é o fundamento de uma igreja, isto é, a doutrina
apostólica.
O estímulo à igreja contemporânea está na continuidade da defesa da fé cristã, como
ocorreu ao longo de toda a História da Igreja contra ideias que questionem os elementos
fundamentais, buscando nas palavras inspiradas de Judas a orientação para batalharem pela
pureza da fé.
Ao batalhar pela fé, considere como elementos fundamentais que norteiam todos os muitos
assuntos apresentados nas Escrituras. São eles: a existência de um único Deus; a divindade de
Jesus Cristo; a Inerrância e Suficiência das Escrituras Sagradas e a Veracidade da Salvação da
alma, exclusivamente pela obra soberana e redentora de Jesus. Ou seja, não se trata aqui de
elementos secundários e até subjetivos, mas daquilo que está no cerne da fé cristã.
Então responda: qual sua crença a respeito desses elementos? O quão convicto você vive acerca de
cada um deles? Você tem se preparado nas Escrituras para responder aos ataques à fé cristã? Você
sabe explicar aquilo em que você crê? Diante dessas respostas, com quais mudanças de atitudes você
deve comprometer-se hoje?
Semana 50 | Dia 345 | Segunda | Judas 3

“A BATALHA PELA FÉ É NECESSÁRIA E


URGENTE”
J udas, como servo de Jesus Cristo, e um líder na igreja, nos narrou sua mudança de assunto, ao
intentar escrever sobre a salvação em Jesus Cristo, e perceber os perigos
iminentes que a igreja sofria com a presença dissimulada de falsos mestres.
A alteração de propósito teve como alvo despertar a igreja a “batalhar diligentemente pela
fé” (ARA). Ele usa uma palavra grega (epagonizesthai), que traz a ideia de intensidade diante de
uma batalha, onde a força é exercida para manter o inimigo à distância por meio de esforço
concentrado e sem reservas. Em dias onde “paz e amor” têm sido mal-usados até mesmo nos
arraiais que se dizem cristãos, a fala de Judas afeta a sensibilidade de muitos. Hoje, quando
sequer alguém coloca a sua opinião baseada nas Escrituras e é contrário ao que outro diz, tal
pessoa já é vista como intolerante e que “julga” os irmãos.
Muitos atacam o cristianismo por suas muitas ramificações. Mas, isso é compreensível (até
certo ponto) dentro do assunto que estamos vendo aqui. Ao longo da história, a igreja se
envolveu em muitos erros doutrinários que levou muitas igrejas a buscar soluções que não
estavam alicerçadas na Palavra de Deus, enquanto outras se firmaram em decisões valiosas para
manter a sã doutrina.
Combater os falsos ensinos dentro da igreja foi uma marca deixada pelos escritores
bíblicos neotestamentários, pelos pais da igreja, pelos reformadores, e hoje continua sendo um
dever daqueles que zelam pela verdade.
A convocação de Judas, em sua breve epístola, é para não perdermos os frutos da semente do
evangelho; é para estarmos cientes da realidade das heresias e combatermos os erros.
Então responda: você sente-se convocado por Deus para defender a fé cristã? Como tem se preparado
para essa batalha por aquilo que o Senhor deixou para a Sua Igreja?
Semana 50 | Dia 346 | Terça | Judas 4

C ontra os hereges e heresias não basta mostrar a pureza do evangelho, sempre é preciso
desmascarar seus erros e enganos. Ao considerar a batalha pela fé urgente e
necessária, Judas oferece-nos três razões para purificar a igreja. A primeira foi demonstrada
no versículo 3 onde ele explica suas razões para dedicar-se a esse tema, ao encarar que a
realidade dos “impiedosos” tinham práticas não condizentes com a fé cristã, e ainda estavam
influenciando negativamente a igreja (v.3).
A segunda razão foi a infiltração dos hereges e suas heresias na igreja (v.4). Desde o
início, deve ficar claro que as falsas doutrinas só existem por causa dos hereges. Um erro não
aparece do nada dentro da igreja, alguém o traz.
Há um fascínio pelo que é novo, que tem atraído muitos cristãos a seguirem os falsos
mestres, impelido muitos líderes na igreja a abrir as portas para tais hereges. A Bíblia nos
adverte que o diabo, nosso adversário, nos rodeia procurando alguém que possa devorar. E se
ele tem devorado muitas igrejas e ministros da Palavra, a culpa é dos que se deixam seduzir por
ensinos falsos com roupagem de novos.
Na lenda sobre vampiros é dito que eles não entram numa casa sem antes serem
convidados. Judas nos diz que infiltração dos hereges é fraudulenta, secreta, abusada. Portanto,
fechar as portas a eles é responsabilidade da igreja e de sua liderança.
Responda: quais filtros sua igreja tem usado contra os ataques dos hereges? Quais critérios você tem
adotado para ouvir os muitos pregadores que se oferecem para doutriná-lo, por meio da internet, por
exemplo?

Leitura Diária: Filipenses 1-4


Semana 50 | Dia 347 | Quarta | Judas 4
terceira razão exposta por Judas por que a batalha pela fé foi urgente e necessária trata das
A consequências das heresias ensinadas na igreja (v.4).
Os hereges banalizaram a graça salvadora de Cristo e negaram Sua divindade,
questionando a existência do próprio Deus.
Substituir a graça de Jesus, significa negar a base da salvação que é o próprio Cristo, e
conduz naturalmente a buscar outro meio para redenção. Além disso, essa substituição promove
a carnalidade por meio de ensinos falsos que afrouxam a ética, a moral e a santidade, tornando a
prática da vida cristã conivente com o pecado.
Substituir a graça é uma consequência à negação da divindade de Jesus. Toda vez que a
messianidade de Jesus foi questionada e abandonada, a obra redentora sofreu banalizações, e o
interesse na liberdade para se fazer o que deseja ocupou o coração da igreja, levando-a à
libertinagem.
Portanto, uma igreja que não presta atenção à presença de falsos mestres os quais sutilmente
atacam os alicerces da verdade, será em breve uma igreja que apenas servirá para trazer
escândalos ao nome de Deus. Como o apóstolo Paulo disse: "Um pouco de fermento levada toda
a massa" (Gl 5.9).
A igreja atual precisa ser despertada a perceber que muitos discursos em nome do amor e
liberdade cristã, podem ser apenas uma maneira sutil de amenizar a atenção às impiedades
praticadas.
Responda: quais mensagens atuais parecem verdadeiras, mas podem estar completamente
equivocadas quanto à pessoa de Deus e do Senhor Jesus Cristo? Quais são os critérios que você adota
para avaliar as mensagens que ouve?

Leitura Diária: Filemon; Colossenses 1-4


Semana 50 | Dia 348 | Quinta | Judas 5-7

Q ualquer pessoa pode se levantar e colocar-se contra Deus e Sua verdade. Infelizmente,
qualquer igreja pode permitir a infiltração de falsos mestres. No entanto, Judas nos traz à
memória uma das mais fortes mensagens que as histórias bíblicas relatam. Deus é o Juiz
contra os hereges e Sua sentença já foi decretada.
Nesses versículos, lemos que a batalha pela fé levanta a bandeira do juízo de Deus. Temos
três histórias que relatam a imagem do juízo aplicado àqueles que decidiram viver contra seus
preceitos.
A primeira nos mostra que Deus julga o pecado no meio do Seu povo (v.5). Deus libertou
Seu povo da escravidão no Egito, mas puniu aqueles que não creram nEle, com 40 anos de
peregrinação do deserto, para não entrarem na terra prometida.
A disciplina de Deus demonstra Sua justa justiça, mas também destaca que Ele reconhece
quem são realmente os Seus no meio do povo que diz ser dEle. Ele sabe quem são os penetras e
age para desmascarar, não apenas os falsos crentes, mas também os falsos mestres.
A ação julgadora de Deus garante aos salvos que Ele toma conta dos hereges, jugando e
condenando-os. À igreja, cabe então, detectar quem são estes e agir para não cair em suas
artimanhas.
Responda: como as narrativas bíblicas podem ajudar a você detectar a presença dos hereges e seus
ensinos falsos? Procure por histórias que mostrem a ação de Deus em julgar os erros de Seu povo.

Leitura Diária: Efésios 1-4


Semana 50 | Dia 349 | Sexta | Judas 5-7

J udas leva tão a sério a questão da batalha pela fé contra os hereges e suas heresias que, ao
demonstrar o juízo de Deus, ele lembra de sua ação disciplinadora não só contra Seu povo,
mas também contra pecados cometidos no reino celestial (v.6); e entre os incrédulos (v.7).
Apresentando aos leitores um exemplo no ambiente celestial, ele fala de seres angelicais
que abandonaram seu ofício e habitação e cometeram pecados. Tais anjos insurgiram-se contra
as ordens de Deus, abandonando seus deveres. Alguns interpretam isso como que se eles
tivessem deixado o céu e descido à terra. O texto em si não exige a relação com algum texto
bíblico específico, e não há como discorrer sobre isso. O que cabe aqui é que haverá um
julgamento na segunda vinda de Cristo para os seres angelicais.
Numa terceira lembrança, Judas conta o juízo de Deus contra os pecados dos incrédulos
(v.7), ressaltando suas práticas imorais. Vale ressaltar que até aqui, as heresias ensinadas na
igreja não eram um convite a seguir outros deuses, e sim a uma liberação para a prática de
pecados sexuais diversos. Podemos notar, com isso, que é muito comum encontrar a devassidão
moral junto aos erros doutrinários,
Deus, sendo santo, julga toda forma de pecado e incredulidade, tanto no meio do Seu
povo, quanto nas esferas celestiais, e entre os incrédulos. Como filhos de Deus, temos que
batalhar pela fé, preservando a Sã Doutrina e levantando a bandeira do juízo de Deus contra
tudo que se opõe a Ele.
Responda: você consegue diferenciar o papel de batalhar pela fé e o de julgar os hereges? Quais são os
limites da igreja nessa batalha pela fé?

Leitura Diária: Efésios 5-6; Tito 1-3


Semana 50 | Dia 350 | Sábado | Judas 8-10

A batalha pela fé acusa os falsos mestres de serem difamadores, pois eles desvirtuam a igreja
de seus fundamentos. Ao oferecer novos ensinos, os hereges classificam, como
desnecessários, os absolutos de Deus, (v.8). Existe em seus ensinos um abandono da
santidade e uma nítida negação à autoridade de Jesus Cristo sobre a vida dos salvos, rejeitando
qualquer forma de liderança como válida.
Além disso, eles consideram insignificante a forma de ação divina (v.9). Neste verso,
lemos sobre um incidente, que segundo boas evidências, está baseado na obra judaica apócrifa,
a “Assunção de Moisés”. Novamente, nosso objetivo não é discorrer sobre o uso que Judas faz
desse episódio, e sim, compreender que os hereges estavam reivindicando uma autoridade
própria, negando a forma como autoridade divina deveria ser vista.
Por fim, os falsos mestres também difamam os preceitos de Deus, porque não os
compreendem (v.10). A natureza de um ímpio é negar a verdade, alegando não aceitar suas
evidências. As heresias são o efeito natural dessa mentalidade, pois foi assim desde a tentação de
Adão e Eva (Gn 3).
Mas lembre-se: “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém, o
homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem
conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo” (1Co
2.14-16, ARA)
Responda: quão claro é para você que um incrédulo ou falso mestre não será capaz de discernir as
verdades de Deus? Você entende que somente com a iluminação do Espírito Santo alguém pode
conhecer a verdade?

Leitura Diária: 1 Timóteo 1-6


Semana 51 | Dia 351 | Domingo | Judas 11
i deles!” - Judas volta-se novamente às ilustrações, usando o Antigo
A Testamento para demonstrar a condenação dos hereges, já denunciada
nos versos anteriores.
Os exemplos empregados (v.11) comprovam que, quando a vida de uma
pessoa é corrompida com pecados, ela facilmente também concebe uma
doutrina que combina com ela. Ou seja, alguém que está seguindo um
ensino errado sobre a verdade, indiscutivelmente, andará num caminho
de impiedade, praticando aquilo que nega a santidade de Cristo.
O caminho de Caim, ao rejeitar o plano divino de reconciliação,
manifesta uma vida corrompida que resulta na destituição do amor. O
caminho de Balaão, ao cobiçar o lucro pessoal, manifesta uma vida
corrompida que resulta na busca pelo lucro desonesto. O caminho de
Corá, ao desejar a anarquia, manifesta uma vida corrompida que culmina na insubordinação a
autoridade de Deus.
Quando a vida é corrompida, ela concebe uma doutrina que combina com ela. É preciso
compreender que uma falsa doutrina sempre promoverá a impiedade, onde o pecado passa a
controlar a vida. O fato de estarmos inteirados de instruções, não omite a impureza de nossos
corações, sobretudo, quando elas não são verdadeiras.
Responda: as práticas diárias em sua vida estão revelando que você anda na verdade? Você entende
que aquilo que fazemos é apenas o reflexo do que desejamos e cremos? Se nossas convicções bíblicas
estiverem erradas, nosso viver cotidiano não glorificará a Deus!
Semana 51 | Dia 352 | Segunda | Judas 12-13

A promoção de festas e encontros de comunhão sempre foi uma realidade na vida da igreja,
desde seu início (At 2.42, 46); e continuava na medida que a igreja avançava (1Co 11.2-22).
No entanto, como dito por Judas no verso 4, os hereges infiltravam-se no meio da igreja.
Usavam esses momentos para disseminar seus falsos ensinos e influenciar muitos irmãos.
Por essa razão, a melhor estratégia contra falsos mestres é conhecer suas ações. Eles
infiltram-se com sutileza no meio da igreja (v.12a); camuflam sua imagem (v.12b); e são
usurpadores (v.12c,13), apoderando-se por meios injustos daquilo que não lhe pertence ou a que
não tem direito. Com isso eles enganam a muitos.
As características dadas a esses hereges por si só devem alertar os salvos a não os seguir.
Eles eram falsos mestres, egoístas, mentirosos, pois ofereciam um alívio que não podiam
entregar. Eram inconstantes, infrutíferos, sem raízes espirituais, frívolos, superficiais e efêmeros
como estrelas cadentes.
Ao compararmos os hereges descritos no Novo Testamento com aqueles que hoje
continuam ensinando falsas doutrinas, infelizmente, encontraremos os mesmos predicados
negativos em suas vidas. Isso nos faz avaliar que são perigosos e dissimulados; portanto, devem
ser evitados.
A igreja de Jesus Cristo, que deseja viver fiel a Ele e a Sua Palavra, terá que tomar decisões
a respeito de como agir diante do padrão de controvérsias dos falsos mestres em suas falas e
piedade. Os salvos, que não viverem alertas contra eles, serão facilmente enganados e levados
por qualquer vento de doutrina.
Responda: você consegue ver com clareza quais são as ações dos hereges? O que você tem feito para
evitá-los? Você já se viu influenciado ou até quase enganado por um deles?

Leitura Diária: 1Pedro 1-5


Semana 51 | Dia 353 | Terça | Judas 14-16

Q ualquer indivíduo pode escolher ensinar errado as Escrituras Sagradas. Qualquer um pode
negar as verdades invioláveis registradas na Palavra de Deus. Mas nenhuma pessoa pode
decidir não ser julgada por suas escolhas e ensinos. Tiago disse: “Meus irmãos, não sejam
muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com
maior rigor” (Tg 3.1).
Judas continua sua jornada, expondo os hereges e suas heresias e vai concluir a primeira
parte de sua epístola, assegurando que os hereges serão julgados conforme suas ações.
Primeiro, eles serão julgados pelo próprio Senhor (v.14-15). Há uma menção de uma
profecia que se encontra no livro não canônico de Enoque (1.9), mas que tem como referência o
personagem bíblico (Gn 5.19-24; Hb 11.5-6). Mais do que o interesse no assunto sobre o texto
de Enoque, Judas enfatiza o julgamento dos hereges vindo diretamente da parte de Deus.
Segundo, os hereges serão julgados segundo suas obras (v.16). Estas ações são descritas:
eles são murmuradores, insatisfeitos, andam segundo suas paixões, são arrogantes e aduladores.
Não há em seu caráter as marcas de Cristo, e sim as obras da carne.
O juízo de Deus contra os falsos mestres traz Sua resposta à apostasia, pois o abandono da
verdade, traduz a vida de alguém que chegou muito perto dessa verdade e que até experimentou
seus benefícios, mas que nunca foi redimido pelo Deus da verdade.
Responda: você crê no juízo de Deus contra todo mal, pecado e sobre aqueles que o praticam e
divulgam? Você tem sido paciente, enquanto espera o momento do julgamento de Deus contra as
obras das trevas?

Leitura Diária: Hebreus 1-4


Semana 51 | Dia 354 | Quarta | Judas 17-19

C harles Swindoll, em sua biografia a respeito do rei Davi, na ocasião de seu enfrentamento
com o gigante Golias, escreveu: “Quantas vezes, ao enfrentar nossos próprios
gigantes, esquecemos o que devemos lembrar e nos lembramos do que precisamos
esquecer”.
No enfrentamento contra os hereges, o sucesso consiste em perseverar. A perseverança
torna-se eficaz quando o foco tem consistência na Palavra de Deus. Por essa razão, a batalha
pela fé exige atenção contra inimigos (hereges).
A atenção advém do estudo persistente das Escrituras: “lembrem-se do que foi predito
pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo” (v.17). Esse é o primeiro imperativo que aparece
na epístola.
A atenção advém pela repetição das advertências apostólicas: “Eles diziam a vocês”. O
tempo imperfeito usado ressalta a insistência nos avisos, encontrados em todo Novo
Testamento.
A atenção advém pelo esclarecimento da natureza pecaminosa e incrédula dos hereges:
“seguirão os seus próprios desejos ímpios” e “causam divisões”. Judas os sentenciam
afirmando que “não têm o Espírito”.
A perseverança na batalha contra os hereges e suas heresias faz com que os salvos vivam atentos à
natureza caída daqueles que trocam a verdade pela mentira. Ao mesmo tempo, demanda ao salvo uma
dedicação disciplinada e consistente no estudo das Escrituras.
Responda: quanto tempo você tem dedicado à leitura e ao estudo bíblico com a finalidade específica de
conhecer melhor as doutrinas centrais da fé para melhor defendê-las?

Leitura Diária: Hebreus 5-8


Semana 51 | Dia 355 | Quinta | Judas 20-21

N oseenfrentamento contra os hereges, o sucesso consiste em perseverar. A perseverança torna-


eficaz quando o foco tem consistência na Palavra de Deus. Por essa razão, a batalha pela
fé exige atenção contra inimigos externos (hereges), mas também contra inimigos internos
(concupiscências).
Judas já apresentou os efeitos das heresias, quando demonstra a carnalidade produzida
pelos falsos ensinos, onde a busca pela satisfação dos próprios desejos corrompe não apenas os
hereges, mas também a todos aqueles que os seguem.
A perseverança consiste numa vida “edificada na fé santíssima” (ARA), que é a revelação
de Deus, transmitida pelos apóstolos (v.3).
A perseverança também consiste numa vida de oração que busca a aproximação de Deus;
resulta numa busca pela verdade; incide numa experiência no amor e misericórdia de nosso
Deus e Senhor Jesus Cristo, que renova a esperança na vida eterna.
A perseverança na batalha contra os hereges e suas heresias faz com que os salvos vivam
em plena comunhão com seu Deus, desfrutando das bênçãos da verdade, reveladas na Palavra,
confiando na promessa da vida eterna.
Quando o salvo vive satisfeito em Deus, não há espaço para seguir as mentiras do diabo e
seus servos.
Responda: sua perseverança está firmada no relacionamento pessoal e íntimo com Deus? Em quais
disciplinas espirituais você pode amadurecer em sua rotina, que irão ajudá-lo no andar com Deus?

Leitura Diária: Hebreus 9-13


Semana 51 | Dia 356 | Sexta | Judas 22-23

O sucesso contra os hereges consiste em perseverar. Quando a constância da fé está firmada no


relacionamento com Deus, a batalha pela fé irá desenvolver compaixão
pelos mais fracos.
Ser compassivo com aqueles que ainda não compreenderam o evangelho, ou que foram
enganados pelos hereges é uma atitude virtuosa vista na vida da igreja que ama a Cristo e ao
próximo.
Perseverar contra os erros doutrinários e aqueles que os propagam exige firmeza e
sabedoria. O apóstolo Pedro nos dá um dos melhores conselhos sobre defender a fé cristã e, ao
mesmo tempo, ser compassivo: “antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração,
estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que
há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que,
naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom
procedimento em Cristo” (1Pe 3.15-16, ARA).
Devemos nos importar profundamente com a verdade; defender e compartilhar essa
verdade de forma compassiva e humilde, tendo paciência com aqueles que ainda são imaturos
na fé.
“Um dos erros frequentemente cometidos por nós cristãos é que aprendemos a repreender como Jesus,
mas não a amar como Jesus.” (J. Harris).
Responda: como você tem tratado aqueles que não professam sua fé? Que atitudes você tem tido para
com aqueles que precisam de instrução e correção bíblica acerca de suas crenças?

Leitura Diária: 2Timóteo 1-4


Semana 51 | Dia 357 | Sábado | Judas 24-25
batalha pela fé visa a glória de Deus”. Não há afirmação mais assertiva
A do que essa. Podemos encontrar muitas razões nobres para defendermos
a fé cristã. Mas nenhuma delas será mais valiosa do que lutarmos pela
verdade, para que a glória seja dada exclusivamente a Deus.
Judas conclui sua epístola com essa tônica. Ele nos ajuda a
compreender, em sua doxologia final que, Deus recebe glória quando
somos preservados em santidade (v.24), que Deus recebe glória quando
somos apresentados em santidade (v.24); e que Deus recebe glória pois
Ele tem a majestade (v.25).
A mensagem do evangelho não consiste em decifrarmos quem está
certo e quem está errado, mas versa acerca da revelação bíblica que
aponta unicamente para o Deus criador que merece receber toda honra e glória. Defender a
verdade significa favorecer a glória de Deus.
No livro: A Noiva de Cristo, Charles Swindoll escreveu: “Ovelhas bem alimentadas tem
maior tendência de permanecer saudáveis. Ovelhas esfomeadas e abatidas são presas fáceis
para seitas, sem nem falar em sua incapacidade de enfrentar as numerosas batalhas das
provações da vida.”
Alguém certa vez disse: “Se é algo novo não é verdadeiro, e se é verdadeiro, não é uma
novidade”. Judas, concentrou-se em exprimir os erros dos falsos mestres e alertar a igreja quanto
a sua permanência em Deus pela convicção da verdade, revelada nas Escrituras Sagradas.
Responda: como um salvo em Jesus Cristo, você tem batalhado pela pureza da fé? Tem sido atento
quanto a presença de hereges ensinando mentiras? Tem amado mais a Deus e Seu ensino do que aos
seus próprios desejos?
“A batalha pela pureza da fé envolve a condenação dos hereges e a evangelização contra as heresias”.
Você está “alistado” nessa batalha?

Leitura Diária: Judas; 2Pedro 1-3


Semana 52 | Dia 358 | Domingo | Apocalipse 2.1-7
ais de 40 anos haviam passado desde que Paulo estivera por anos com os efésios.
M Agora, o próprio Cristo escreve a essa igreja. A “fórmula” inicia com a apresentação do
Cristo ressurreto que tem poder sobre Seus mensageiros e Suas igrejas (v.1). Eles são
elogiados pelo Senhor por “seu trabalho duro e a sua perseverança” e por não tolerarem
impostores (v.2). Além disso, eles tinham suportado os sofrimentos por causa da fé em Cristo e
se mantido firmes (v.3), possivelmente, por 4 décadas!
Porém, “O seu primeiro amor vocês abandonaram”, disse literalmente Jesus, destacando com
esta ênfase. Isso contrasta com o que Paulo escrevera na sua carta, “Por essa razão, desde que
ouvi falar ... do amor que demonstram para com todos os santos” (Ef 1.15; cf. 3.17; 4.2, 15-16;
5.1-2). Em resumo, esta igreja foi recomendada e instruída no passado sobre o amor bíblico, isto
é, o amor vivencial, prático. A maioria destes irmãos eram cristãos de segunda geração e, apesar
de manterem a pureza doutrinária e na vida, e até trabalharem arduamente, de alguma forma sua
devoção e amor a Cristo havia esfriado. A igreja havia se tornado apenas um bom agrupamento
humano, um bom lugar para conviver com gente querida. Algo que parece bom, mas não é
suficiente, por isso arrependimento é necessário.
Jesus termina voltando ao tom positivo e elogiando a repulsa deles a uma seita identificada
como “nicolaítas”.
Por mais que possamos tentar fazer o certo, há também o sermos o que é certo. E isso repousa em
nosso relacionamento vertical com o Senhor, pois sem Ele não podemos fazer nada (Jo 15.5). Um
cristão que negligencia sua devoção e anseio por Deus pode até crer certo no conteúdo do que crê, mas
na verdade, está árido e seco, sem vivência da sua fé.
Como vencedor (como cristão), a Árvore da Vida está prometida a você. Mas, até lá, você tem vivido
uma vida cheia de amor por Deus? Como no seu dia a dia isso poderia ser identificado? Há
necessidade de arrependimento? Há necessidade deste primeiro amor voltar?
Semana 52 | Dia 359 | Segunda | Apocalipse 2.8-11

A segunda carta enviada por Jesus foi para a igreja de Esmirna, cidade que ainda existe, com
mais de 200 mil habitantes. O nome dessa cidade exprime muito o que acontecia com a
igreja. Esmirna significa “mirra”, um perfume comum na época, ingrediente do óleo de
unção usado no Tabernáculo e para preparação dos corpos dos mortos. O sofrimento deles era
amargo, mas era um “cheiro suave” diante do Senhor.
O Remetente é o “Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver”; características
inconfundíveis e só pertencentes a uma Pessoa: Jesus.
As lutas desses irmãos já traziam consequências financeiras. É provável que muitos
haviam sido deserdados, outros perderam suas profissões e passavam necessidades. Mas, aos
olhos do Senhor, eles eram ricos! Ricos em resistir aos judeus meramente de nascimento (v.9),
mas não de “novo nascimento” (Fp 3.2-3).
Repare que não há admoestações (repreensão para a correção) para esta igreja. Ela é uma
exceção entre as sete igrejas aqui endereçadas. Não por coincidência, ela é a que parece mais
estar sofrendo. No verso 10, o que temos é uma exortação, ou seja, uma palavra de incentivo ou
consolo. O sofrimento é anunciado, inclusive o seu prazo: 10 dias (não se deve alegorizar este
período). Porém, eles não deveriam temer. O “dia mau” viria, mas eles estariam cobertos com a
armadura de Deus e poderiam seguir em fidelidade (Ef 6.13).
E mesmo que alguns perecessem em meio a essas perseguições, apenas o seu corpo
morreria. A “primeira morte” não deve nos afetar, pois como vencedores em Cristo a “segunda
morte” não é mais uma possibilidade (Mt 10.28) para nós e a coroa da vida nos aguarda!
Não importa o momento calmo que estejamos passando, as lutas devem ser esperadas na vida do
Cristão. E em meio às perseguições, Aquele que morreu e tornou a viver garante a nós, os fiéis, a coroa
da vida e a vitória sobre a segunda morte. Uma vez que essas são lembranças da eternidade, Jesus está
levantando os olhos da Sua igreja para além das lutas e colocando naquele lugar onde não haverá mais
choro, nem lágrima e viveremos para sempre abençoados com o Senhor. Escreva sobre como isso
impacta a sua vida, a sua rotina, o seu dia a dia!

Leitura Diária: 1João 1-5; 2João; 3João


Semana 52 | Dia 360 | Terça | Apocalipse 2.12-17

A penas a 18 quilômetros de Esmirna, encontramos Pérgamo, uma das mais importantes


cidades da Ásia Menor. A ela, o Cristo Ressurreto se apresenta como aquele “que tem a
espada afiada de dois gumes”, lembrando as palavras de Hebreus 4.12. No verso 13, a
descrição desta cidade como tendo o “trono de Satanás” tem suas razões: (1) Havia sacrifícios
pagãos a falsos deuses. (2) O tribunal do imperador estava lá e ele era tratado como “senhor” e
“salvador”. (3) Tanto Satanás, quanto o falso deus Aesclepius, são simbolizados por uma
serpente. Trono de Satanás cairia perfeitamente para descrever este santuário idólatra. E (4)
finalmente, o altar de Zeus que saia de uma encosta como um enorme assento facilmente
completaria o significado. O mais certo é que Jesus se referia ao somatório de toda essa idolatria
pagã. Ainda assim, se mantinham firmes e fiéis mesmo diante do martírio de um de seus irmãos:
Antipas.
Porém, a igreja é reprendida por atitudes que estão ligadas à imoralidade sexual (v.14) e
desvios doutrinários (v.15). As virtudes de uma igreja (ou pessoa) não desviam a repreensão do
Senhor quanto aos seus vícios, desvios e pecados. A única resposta esperada pelo Senhor é
arrependimento (v.16). A não ser que queiramos enfrentar a Palavra de Deus como nossa
inimiga, algo que seria uma péssima escolha.
O último verso é novamente para todos os cristãos. Em Cristo, somos vencedores e nos é
prometido sustento (Maná) e posse por parte de Deus (pedra com um novo nome).
Tomada como um todo, a mensagem para a igreja em Pérgamo é uma advertência contra o
comprometimento da moral e/ou do ensino, bem como o fato de se desviar da pureza da doutrina
exigida dos cristãos. É um alerta de que não podemos confiar em nossas virtudes e deixar de tratar
nossos pecados. Nosso Senhor reconhece o que fazemos de bem, mas não ignora nossos erros.
Coloque-se diante do Senhor hoje como vencedor por Sua graça e, diante de tamanha bênção,
arrependa-se daquilo que o Senhor tem o confrontado. Especialmente nas áreas tratadas nesta carta.

Leitura Diária: Apocalipse 1-5


Semana 52 | Dia 361 | Quarta | Apocalipse 2.18-29
iatira estava localizada a 60 quilômetros de Pérgamo. Era um centro produtor de
colheitas e de corante púrpura, atividade de Lídia, que se converte em Filipos
quando se encontra com Paulo (At 16). As expressões usadas pelo Senhor Ressurreto para se
apresentar dão a ideia de grande poder e conhecimento de tudo (v.18). Por isso Ele conhece as
(boas) obras desta igreja, além do fato de que ela havia crescido ao longo do tempo (v.19).
Porém, novamente a ameaça da imoralidade sexual está presente (v.20) e, diante da falta
de arrependimento (v.21), a dura disciplina de Deus poderia ser esperada (v.22-23). Isso iria
tornar claro para o resto da igreja de Cristo que Ele é: “aquele que sonda mentes e corações, e
retribuirei a cada um de vocês de acordo com as suas obras”. Que tremenda verdade que não
pode ser negligenciada!
Mas, glórias a Deus, há nesta igreja um remanescente (v.24-25). Eles não seguiram a
mentira de que no erro havia algum segredo mais profundo. Ao remanescente cabia perseverar
na firmeza que hoje tinham. A vida cristã não é feita de novidades, mas de “velhidades”
reveladas pelo Senhor na Sua Palavra. Pelas décadas que vivermos com Cristo, isso é o que
precisamos buscar e zelar. Pois somos vencedores por causas dessas “velhas verdades” e com
Ele reinaremos sobre a terra (v.26-29).
Vivemos em dias de grande corrupção. E não é apenas fora da igreja. Dentro delas há desvios, pecado,
corrupção e adulteração da doutrina e da ética cristãs. Que possamos com humildade e pela Graça de
Deus perseverar no que Ele já nos deu e ensinar os demais irmãos que congregam conosco da mesma
forma. Escreva hoje sobre o que você tem feito neste sentido ou o que mais poderia fazer. Certamente
o elogio aos tiatirenses não era por serem passivos, mas por serem intencionais e ativos naquilo que
criam. E você?

Leitura Diária: Apocalipse 6-10


Semana 52 | Dia 362 | Quinta | Apocalipse 3.1-6
ardes era uma importante cidade comercial, localizada a 50 quilômetros de Tiatira.
Ela produzia joias, corantes e têxtis, o que a tornava uma cidade próspera.
Era também um centro religioso de adoração pagã onde estava o grande
templo de Artemis, cujas ruínas podem ser vistas até hoje. Hoje, resta apenas uma pequena vila.
Arqueólogos encontraram as ruínas de uma antiga igreja (isto é, o prédio).
A apresentação do Cristo Ressurreto fala sobre a plenitude do Espírito que habita nEle (Cl
1.19; 2.9) e Sua posse sobre todas as igrejas (v.1). Já em tom de repreensão, Ele é aquele que
conhece tudo a nosso respeito e, para com Sardes, repreende a igreja por uma vida aparente na
superfície, mas morta no interior. As “portas da igreja estavam abertas”, mas no dia a dia os
cristãos perderam seu testemunho e relevância (sal e luz). Tal situação requer imediata atenção
em uma igreja e esses mortos precisam ser trazidos à vida novamente (v.2). Não há espaço para
não incomodar as pessoas; confrontação é a ordem! Pois, do contrário, a disciplina não seria
poupada pelo Senhor da igreja (v.3).
Mas, novamente, graças ao Senhor, há um remanescente. Contudo, certamente cabe aos
que estão firmes, de pé, levantar os caídos, os desanimados, os acomodados (Gl 6.1-5),
enquanto continuam cuidando para não irem pelo mesmo caminho.
O vencedor iria igualmente ser vestido de branco. Santidade, justiça, retidão são ideias por
trás dessa figura. É prometido que seu nome nunca seria apagado do livro da vida. Essa
afirmação tem levado alguns a considerar que a alternativa seja possível, isto é, que algum nome
pode ser apagado do livro da vida. Isso não é sustentado pelo todo da Bíblia. O Senhor está
reafirmando aos salvos, desta igreja, de que o lugar deles está garantido; eles eram os vencedores
(Jo 10.27-29).
Novamente somos confrontados com a existência de dois grupos na igreja: os desanimados e os
exortadores. Os mortos e os vivos. Os que deixaram a fé esmorecer e aqueles que a têm cultivado. Em
qual grupo você está? Suas obras trazem a resposta. E cada grupo tem trabalho a fazer; quer
arrependendo-se, quer ajudando os desanimados.

Leitura Diária: Apocalipse 11-13


Semana 52 | Dia 363 | Sexta | Apocalipse 3.7-13

A 42é, “amor
quilômetros de Sardes, está Filadélfia, cidade cujo nome significa “amor fraternal”, isto
de irmãos”. A palavra ocorre sete vezes na Bíblia (e.g., 1 Ts 4.9; Rm 12.10).
Filadélfia recebeu o apelido de “Pequena Atenas” devido ao grande número de templos que
havia lá. Um lugar de muitos desafios, mas também de oportunidades para testemunhar do
Evangelho. A cidade ainda existe e ainda possui testemunho cristão em nossos dias.
A descrição do Senhor Ressurreto (v.7) aponta para a justiça dEle contra os Seus inimigos
e Seu controle. Ele é quem abre as oportunidades para essa igreja proclamar (v.8). E ela não
estava desperdiçando, mesmo em meio há perigos e ameaças. Os inimigos eram como os de
Esmirna (2.9) e estavam sendo expostos como falsos. Eram judeus religiosos, sem verdadeira
piedade e devoção; mas, com o zelo de perseguir aos cristãos.
Contudo, o dia virá onde todos os inimigos reconhecerão que Cristo é o Senhor (Fp 2.10-
11). E, o Senhor ainda garante que os de Filadélfia iriam ver os seus adversários prostrados aos
seus pés, reconhecendo que eram amados por Cristo.
Mas eles não precisavam desanimar. O Senhor manteria a porta aberta diante deles para
testemunhar (v.8). Eles seriam guardados na tribulação (v.10). E logo o Senhor promete voltar.
Assim, nosso papel é apenas de perseverar (v.11). Afinal, nós, os Seus vencedores somos coluna
no Seu santuário. E os nomes escritos reforçam a promessa de pertencermos a Ele e de termos a
Sua própria identidade em nós.
“Portas abertas” são comumente ligadas no mundo evangélico de hoje com oportunidades materiais.
Curiosamente, tanto com João quanto com Paulo (1Co 16.9; 2Co 2.12; Cl 4.3), são oportunidades para
testemunhar. Como foi este ano para você e o seu testemunho? Quantas pessoas ouviram do
Evangelho por você? Logo um novo ano irá começar. Quais mudanças são urgentes para que você
aproveite as portas que Ele abrir para você? Qual a sua oração (e resolução) para esse novo ano de
portas missionárias?

Leitura Diária: Apocalipse 14-18


Semana 52 | Dia 364 | Sábado | Apocalipse 3.14-22

A próspera cidade de Laodiceia estava a 60 quilômetros de Filadélfia. Ela estava localizada


perto de Hierápolis ao norte, que ficava em uma altitude maior; era um lugar de fontes
termais, isto é, fontes de águas quentes. Estava também perto de Colossos mais ao sul,
conhecida por suas fontes de águas puras e frescas.
O Cristo Ressurreto traz a descrição de um caráter confiável e Aquele cujo juízo deve ser
atendido por todos. O Senhor iria dizer a essa igreja verdades difíceis, mesmo assim, eles
deveriam atender, pois Ele é a testemunha fiel e verdadeira que conhece as obras desta igreja.
Diferentes da sua coirmã, Filadélfia, elas não são louváveis. Ela não é fria, nem quente. Usando
a geografia local, Jesus aponta mornidão da sua fé. Eles haviam perdido o vigor espiritual e
sucumbido a um ritualismo. Fazer as coisas certas, sem o coração estar correto não possui real
valor. O cristão morno é aquele que não está mais frio como o homem sem Cristo, mas perdeu o
calor ou fervor de um coração que ardia por Deus.
Eles eram “cheios de si” (v.17). A acomodação espiritual vem, muitas vezes, da falta de
disciplina, perseverança e intencionalidade. Isso leva a pensarmos mais de nós do que realmente
somos. O arrependimento é ilustrado como ouro refinado (riqueza verdadeira, santa), roupas
brancas (e não apenas luxuosas) e colírio (para verem a sua realidade espiritual) (v.18).
Precisamos atentar para esta repreensão e entender que é prova de amor do nosso Senhor por
nós (v.19). O coração rebelde da igreja precisa se arrepender e abrir a porta para Jesus entrar e
restaurar o relacionamento (o v.20 não é evangelístico; é para os crentes!). Para nós, os
vencedores, o trono de autoridade será compartilhado. Vale a pena!
Como cristãos, somos exortados a ser fervorosos no Espírito, Romanos 12.11 nos diz: “Nunca falte a
vocês o zelo, sejam fervorosos no Espírito, sirvam ao Senhor.” As duas temperaturas não existem
naturalmente. Altas ou baixas temperaturas necessitam de um fator externo, necessitam de
“manutenção”. Se quisermos manter o fervor espiritual, é preciso adicionar o combustível da devoção
e da piedade, além do serviço e da obediência. É necessário disciplina pessoal, perseverança,
movimento e intencionalidade. Como sua vida está nesse quesito?

Leitura Diária: Apocalipse 19-22


Semana 01 | Dia 365 | Domingo | Josué 24.14-15
14 Agora temam o SENHOR e sirvam-no com integridade e fidelidade. Joguem fora os
deuses que os seus antepassados adoraram além do Eufrates e no Egito, e sirvam ao
SENHOR.
15 Se, porém, não lhes agrada servir ao SENHOR, escolham hoje a quem irão servir, se
aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus,
em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha família serviremos ao SENHOR.”
Oficialmente, já encerramos mpssa caminhada na semana 52. Na verdade, estamos
naquela que se tornará a primeira semana de um novo ano. Ou seja, esperamos que hoje seja um
dia de devocional duplo. Com este e o primeiro de um novo volume.
Não queremos sugerir que você faça uma daquelas “resoluções de ano novo” vazias e
normalmente não cumpridas.
No texto acima, Josué está se despedindo. E ele lança um desafio para que o povo
abandone definitivamente as velhas práticas religiosas e sejam o povo de um único Deus, o
Deus Vivo e Verdadeiro.
Infelizmente, Israel desprezou vez após vez esse e tantos outros alertas da parte do Senhor
através de homens de Deus. Como por exemplo, a ordem de Deuteronômio 6, “Que todas estas
palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos.
Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho,
quando se deitar e quando se levantar.” O resultado de tal desprezo pelo conselho do Senhor se
descobre, no caso do nosso texto, no próximo livro, “Depois que toda aquela geração foi
reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o SENHOR e o que
ele havia feito por Israel. Então os israelitas fizeram o que o SENHOR reprova e prestaram
culto aos baalins” (Jz 2.10-11).
E o que isso significa para nós hoje? Significa imitarmos o erro ou atentarmos para o
conselho e seguir em direção oposta.
Recomece hoje mesmo a sua caminhada em mais um ano, mais 365 dias andando com o Senhor Deus
em Sua Palavra. Deixe definitivamente para trás hábitos que lhe atrapalham quanto a ESSE hábito
tão importante. Adquira o próximo volume deste devocional. Compartilhe da sua experiência com
outros irmãos. A transformação da Igreja está na presença deste Deus Vivo que decidiu Se revelar a
nós pela Sua Palavra. Vamos de novo, então?

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