Pediatria
Pediatria
Pediatria
Período de incubação
o Dica: doenças virais: 1 a 3 semanas
Início dos sintomas
o Pródromos: determinar padrão da febre, sinais típicos, enantemas (mucosas). Já transmite !!!
o Exantema: determinar tipo (maculopapular, vesicular), progressão, descamação
o Convalescência
→ Etiologia
Paramixovírus
→ Transmissibilidade
90% dos suscetíveis
Transmissão por aerossol
→ Pródromos
Febre aumenta de forma progressiva, e alcança o máximo no momento em que surge o exantema. Após o surgimento
do exantema a febre diminui progressivamente
Tosse: último sintoma a desaparecer
Coriza
Conjuntivite (fotofobia)
Mancha de Koplik – sinal patognomônico (manchas branco acinzentadas, com halo de hiperemia)
→ Exantema
Exantema maculopapular morbiliforme (tendência a confluência, com áreas de pele sã)
Surge em região retroauricular (região de implantação cabelo)
Progressão craniocaudal
Descamação furfurácea após resolução do exantema
→ Complicações
Mais comum: OMA
Mais óbitos: pneumonia
Mais leta: encefalite
→ Tratamento
Vitamina A (deficiência de vitamina A cursa com formas mais graves de sarampo, e a própria infecção por sarampo
causa depleção de vitamina A)
Notificação imediata !!!
→ Etiologia
Togavírus
→ Pródromo
Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical (bola)
Sinal de Forschheimer (sarampo alemão): lesões petequiais em palato. Não é um sinal patognomônico
→ Exantema
Rubeoliforme: lesões mais claras, espaçadas
Progressão craniocaudal
Sem descamação
→ Etiologia
Parvovírus B19
→ Transmissibilidade
Não transmite na fase exantemática !!
Obs.: pode causar crise aplásica em indivíduos com anemia falciforme (é contagioso na crise aplásica)
→ Pródromos
Inespecíficos ou inexistentes
→ Exantema trifásico
1° fase: face esbofeteada
2° fase: exantema reticulado (lesões maculopapular mais pálidas o centro) mais evidente em superfícies extensoras
3° fase: recidiva quando exposição a calor, luz solar, exercício físico
Evolução crânio-caudal
Descamação ausente ou discreta
* Exantema súbito
→ Etiologia
Herpes vírus humano tipo 6 ou 7
Herpes vírus ficam latente no organismo e são eliminados na saliva de adultos saudáveis
“Beijo no lactente: passa amor, carinho e herpes vírus”
→ Pródromo
Febre alta que some em crises
→ Exantema
Exantema maculopapular que surge após cessar a febre !!!
Início no tronco
Descamação ausente
→ Etiologia
Vírus varicela zoster (infecção pode recidivar após vários anos, levando a quadro de herpes zoster)
→ Pródromos
Inespecíficos
→ Exantema
Exantema vesicular (mácula → pápula → vesícula → pústula → crosta). Obs.: atenção: presença de pústula não
significa infecção bacteriana
Polimorfismo regional
Pruriginoso
Acomete mucosas
Progressão cetrífuga (começa no centro e vai para as extremidades), mas com distribuição centrípeda
Descamação ausente
→ Complicações
Infecção secundária: suspeitar em casos de febre duradoura
→ Tratamento
Aciclovir oral
o > 12 anos
o 2° caso no domicílio
o Doença cutânea ou pulmonar crônica
o Uso de corticoide em dose não imunossupressora
o Uso crônico de AAS (maior risco de síndrome de Reye)
Aciclovir venoso
o Imunodeprimidos
o RN
o Varicela progressiva
o Obs.: internação com precaução aérea (transmissão por aerossol)
→ Etiologia
Coxackie A16 (família dos enterovírus)
→ Clínica
Vesículas em mãos e pés
Pápulas em região glútea
Vesículas em toda cavidade oral
* Escarlatina
→ Etiologia
SGA (Streptococus beta hemolítico do grupo A, Streptococus pyogenes) produtor de exotoxina pirogênica
Indivíduo pode ter escarlatina mais de 01 vez
→ Pródromos
Faringite (doença estreptocócica)
Piodermite
Enantema: língua em morango branco → língua em morango vermelho (língua em framboesa)
→ Exantema
Exantema micropapular eritematoso (aspecto em lixa)
Sinais Clássicos
o Pastia: acentuação do exantema em áreas de pregas
o Sinal de Filatov: palidez peri-bucal
Início em região do pescoço
Progressão centrífuga
Descamação lamelar
→ Incubação
Pode chegar a 40 dias (pega no carnaval e fica doente na semana santa)
→ Etiologia
Esptein barr vírus (família herpes)
→ Clínica
Faringite
Linfadenopatia generalizada
Esplenomegalia
Exantema após amoxicilina
→ Diagnóstico
Febre alta por no mínimo 5 dias + 4 dos seguintes critérios:
o Conjuntivite não exudativa
o Alterações em lábios e cavidade oral
o Adenomegalia
o Exantema polimórfico mais intenso em região inguinal (pode ter diferentes aspectos, mas nunca é
vesicular)
o Alterações em extremidades
Hérpes vírus - Gotículas de saliva * Pródromo: febre alta que - Sintomáticos - Crise febril
humano 6 ou 7 do hospedeiro desaparece em crises
saudável * Exantema: maculopapular que
Beijo no bebeê inicia cerca de algumas h após o
passa amor, - Comum em desaparecimento da febre
Exantema
carinho e herpes lactentes após 6 - Início: tronco
Súbito
meses - Progressão: face e região
(Roséola)
proximal dos membros
Exantema após a febre
Vasculite de - Comum em - Febre alta por 5 dias + 4 dos - Fase aguda: - Aneurismas de
médios e crianças < 5 anos critérios: imunoglobulina EV coronárias
pequenos vasos, ° Conjuntivite (dose única) (fazer eco: dx →
que afeta artérias ° Alteração lábios e boca E AAS em dose anti- 2/3 sem → 6/8
coronárias ° Linfadenopatia cervical inflamatória sem)
Doença de
° Exantema polimórfico
Kawasaki
° Alterações de extremidades
- Ac IgM
IVAS
→ Conceitos iniciais
Infecção viral: mucosa nasal, seios paranasais e nasofaringe
Nos primeiros 5 anos de vida é comum observar de 6-8 episódios/ano, e de 10-12 episódios/ano em crianças que
frequentam escolinhas.
→ Etiologia
Rinovírus (vírus do nariz)
Transmissão por contato direto
→ Clínica
Inflamação e infecção da mucosa respiratória
Coriza hialina → mucopurulenta: nos primeiros dias de sintomas, a coriza é clara e hialina, mas evolui para coriza
purulenta, espessa, esverdeada (o que não significa complicação bacteriana)
Obstrução nasal → Roncos ao EF
Tosse: quando presente é predominantemente noturna (gotejamento pós nasal)
Febre (febre alta não é indicativo de complicação bacteriana)
Espirros, dor de garganta, hiperemia de mucosas
→ Complicações
Otite media aguda
Sinusite bacteriana aguda
→ Etiologia
S. pneumoniae (pneumococo) *
H. influenzae não tipável *
Moraxella catarrhalis: menos frequente
→ Clínica
Otalgia
Irritabilidade, choro (< 2 anos)
Otorreia (secreção no conduto auditivo externo. Quando otoreria aparece, dor melhora)
Febre
História de resfriado prévio
→ Diagnóstico: otoscopia
Normal: membrana timpânica transparente, brilhante, côncava, móvel
OMA: membrana timpânica opaca, hiperemiada, abaulada (dado mais específico), imóvel
Otorreia (atenção: também presente na otite externa. Diferenciação pelo EF + HMA (história de banho de piscina,
praia). O principal agente da otite externa é a Pseudomonas)
Obs.: otoscopia pneumática: avalia mobilidade da membrana timpânica
→ Complicação
Otite média serosa /otite média com efusão / otite média secretória
o Efusão sem infecção aguda
o Evolução favorável: observação por até 3 meses
o Se persistência do quadro por mais de 3 meses: avaliar necessidade de tubo de timpanostomia (otorrino)
Mastoidite aguda
o Inflamação do periósteo
o Sinais de inflamação retroauricular (hiperemia, dor, edema retroauricular, apagamento do sulco
retroauricular)
o Deslocamento do pavilhão
o Tto: hospitalização + ATB parenteral + TC
→ Clínica
Resfriado “arrastado” (> 10 dias)
o Coriza abundante: secreção mucopurulenta
o Tosse intensa, diurna e noturna
Quadro grave (> 3 dias)
o Febre alta > 39° c
o Coriza mucopurulenta + tosse
Quadro que piora (evolução bifásica)
o Piora clínica súbita, melhora e piora
→ Diagnóstico
É CLÍNICO!! Não solicitar exames de imagem
→ Etiologia Tratamento
Agentes = OMA (S. pneumoniae (pneumococo), H. influenzae (não tipável), Moraxella catarrhalis)
Antibioticoterapia: amoxicilina
o Duração individualizada: manter por mais 7 dias após melhora clínica
Diagnóstico diferencial:
- Rinite alérgica: prurido e espirros; palidez de mucosas; secreção rica em eosinófilos
- Sífilis congênita: rinite sifilítica, presente do 1° ao 3° mês, com obstrução nasal intensa e secreção sanguinolenta
- Corpo estranho: rinorreia unilateral, fétida, sanguinolenta
→ Etiologia
Streptococcus Beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes)
→ Clínica
Comum entre 5-15 anos (em menores de 3 anos não ocorre. Entre 3 e 5 anos pode ocorrer raramente)
Febre alta + dor de garganta
Exsudato amigdaliano (mas nem toda faringite estreptocócica é exudativa, e nem toda faringite exudativa é
bacteriana – pode ser viral)
Petéquias no palato (achado que mais se relaciona com etiologia bacteriana, mas também pode ocorrer em quadros
virais)
Adenopatia cervical
Não tem tosse! Não tem manifestações catarrais! Não tem coriza!
FARINGITE BACTERIANA NÃO É COMPLICAÇÃO DE QUADRO VIRAL!
→ Diagnóstico complementar
Testes rápidos: alta especificidade, detecção de antígeno. Pode ter falso negativo (pouco disponível no SUS)
o Se + : iniciar antibioticoterapia
o Se - : fazer cultura e se guiar por ela (o teste rápido pode ser falso negativo)
Cultura de orofaringe: mais sensível. Desvantagem: demora.
o Se + : iniciar antibioticoterapia
o Se - : acompanhamento
→ Tratamento
Previne febre reumática, mas não previne glomerulonefrite pós estreptocócica
Para fins de profilaxia da febre reumática, atb pode ser iniciado em até 9 dias do início dos sintomas
Analgésicos e antipiréticos
Antibioticoterapia
o Penicilina benzatina IM (DU) – dose única
o Amoxicilina VO – 10 dias
o Azitromicina VO – 5 dias (não é 1° escolha, usada em casos de alergias a penicilina)
Abcesso retrofaríngeo
o Pode ser complicação de qualquer infecção das vias aéreas superiores
o < 5 anos: gânglios no espaço retrofaríngeo. A partir dessa idade, esses gânglios involuem
o Geralmente crianças < 5 anos
o História de IVAS recente
o Clínica
Febre alta e odinofagia
Disfagia e sialorreia
Dor à mobilização do pescoço (diagnóstico diferencial de torcicolo na infância)
Pode ter estridor, mas é raro
o Tto: ATB parenteral
→ Diagnósticos diferenciais
Herpangina
o Coxsackie A
o Odinofagia + úlceras (vesículas), localizadas no palato mole, pilares amigdalianos
Adenovirose
o Adenovírus
o Odinofagia + conjuntivite, adenomegalia pré-auricular
Mononucleose
o Epstein-barr
o Odinofagia + linfadenopatia, esplenomegalia, linfocitose com linfócitos atípicos
PFAPA (síndrome de Marshall)
o Febre Periódica, estomatite Aftosa, Faringite, Adenite
o Episódios recorrentes e autolimitados (com intervalos de aproximadamente 2 semanas)
o Geralmente início após 2 anos
o Tto fase aguda: corticoide
o Em provas: quadros recorrentes de faringite (geralmente com início precoce, a partir dos 2 anos ) + aftas
+ culturas negativas
Obs.: questões que falam de crianças adotadas, abandonadas: pensar que não se conhece antecedentes pré-natais, história
vacinal e testes de triagem neonatal.
Infecção mucosa da epiglote e dos tecidos subjacentes, que ficam edemaciados, com menor movimentação, causando
obstrução da via aérea.
→ Etiologia
Haemophilus influenzae B (redução importante da incidência com vacinação)
S. pneumoniae
S. pyogenes
S. aureus
→ Quadro clínico
Curso agudo e evolução fulminante (criança fica grave desde o início da doença)
Febre alta e toxemia
Dor de garganta, disfagia e sialorreia
Estridor (sinal de obstrução de VA iminente)
Posição em tripé
→ Tratamento
Conduta imediata
o Garantir via aérea (IOT, traqueo, crico). A IOT deve ser feita pelo profissional mais experiente!
o Enquanto isso:
Deixe a criança em paz (diminuir agitação)
Ofereça oxigênio
Não tente visualizar a orofaringe
Não solicitar exames
RX: Sinal do polegar (epiglote edemaciada). Não é prioridade
Após estabelecimento da VA:
o Suporte + ATB
→ Etiologia
Vírus parainfluenza (vírus não para de descer).
Outros: adenovírus, VSR, influenza
→ Clínica
Pródromos catarrais
Febre baixa
Tosse metálica (tosse de cachorro, ladrante)
Afonia e rouquidão (acomete região infraglótica – cordas vocais)
Crupe
Estridor
→ Diagnóstico
O diagnóstico é clínico!!
Obs.: Radiografia cervical: Sinal da torre: estreitamento da região infraglótica
→ Complicação
Traqueíte bacteriana
o Criança que vinha com quadro de traqueite viral aguda, mas que evolui com piora geral do quadro (febre
alta e piora clínica), e não melhora com adrenalina!!
o Causa mais comum de obstrução infecciosa grave
o Etiologia: S. aureus
o Tto: hospitalização + IOT + ATB
→ Diagnóstico diferencial
Laringitie estridulosa / crupe espasmódico
o Despertar súbito sem pródromos
o Pode recorrer durante algumas noites
Estridor agudo
o Anafilaxia: manifestações cutâneo mucosas + manifestações respiratórias ou cardiovasculares
o Aspiração de corpo estranho: história de estar brincando sem supervisão
Estridor crônico
o Laringomalácia: causa mais comum de estridor congênito. Instabilidade das estruturas laríngeas, que tem
maior tendência ao colapso durante a respiração. Começa nas primeiras horas de vida e piora na posição
supina. Geralmente melhora com o tempo, tem evolução benigna.
→ Diagnóstico complementar
Radiografia de tórax
o NÃO é obrigatória!
o Indicada nas hospitalizações!!
o RX normal não afasta o diagnóstico
o RX não é necessário para controle de cura
o Pode “sugerir” etiologia
Pneumonia bacteriana: consolidação, aerobroncograma, pneumonia redonda
o Identifica complicações
Derrames, pneumatoceles, abscesso
Cuidado: não confundir com timo (sinal da vela do barco)
Exames laboratoriais
o Solicitado para crianças com necessidade de internação
→ Tratamento
Indicações de hospitalização
o Idade < 2 meses
o Comprometimento respiratório grave
o Sinal geral de perigo (incapacidade de beber líquidos, “vomita tudo que ingere”)
o Doença de base
o Complicação (derrame, abcesso, pneumatocele)
* Pneumonias atípicas
Quadro insidioso
Manifestações extrapulmonares
Não melhoram com penicilina
→ Diagnóstico diferencial
- Coqueluche
Agente: Bordetella pertussis
Clínica
o Fase catarral
o Fase paroxística: acessos de tosse + guincho (inspiração profunda, com emissão de ruído). A tosse pode
levar a vômitos!! Entre os acessos de tosse, a criança fica assintomática.
o Fase de convalescência
o Nos menores de 3 meses: APNEIA e cianose
Avaliação complementar
o Leucocitose com linfocitose
o Rx: infiltrado peri-hilar, aspecto de coração felpudo
Tratamento
o Azitromicina
o Claritromicina (2° opção)
A bronquiolite é uma doença infecciosa, de etiologia predominantemente viral, mais incidente em lactentes menores de 24
meses (principalmente os menores de seis meses), que resulta na obstrução inflamatória das pequenas vias aéreas inferiores
(bronquíolos).
É o 1° episódio de sibilo na criança < 2 anos.
→ Etiologia
Vírus sincicial respiratório (VSR)
→ Clínica
< 2 anos
Pródromos catarrais
Febre e tosse
Taquipneia
Sibilos
→ Diagnóstico
CLÍNICO!!
→ Avaliação complementar
Pesquisa de antígenos virais
Radiografia de tórax (não obrigatória)
o Normal
o Hiperinsulfação
o Atelectasia
→ Prevenção
Lavagem das mãos (media mais importante para evitar disseminação do VSR)
Palivizumabe (anticorpo específico para VSR)
o 1 vês ao mês, por 5 meses
o Profilaxia passiva (é um Ac específico para VSR).
o Recomendado para crianças de maior risco da forma grave de bronquiloite viral aguda.
o MS:
< 1 ano: RN nascidos com < 29 semanas
< 2 anos: crianças com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica* ou doença
pulmonar da prematuridade (que tenham recebido tratamento farmacológico nos últimos 6
meses)**
o SBP
Mesmas indicações do MS
< 6 meses: RN nascidos entre 29 e < 32 semanas
- Asma
Sibilante transitório precoce
o Crianças que apresentaram episódios de sibilância nos primeiros 2 ou 3 anos de vida, e nunca mais
sibilaram. Possivelmente causado por várias infecções virais.
Sibilante persistência
o Crianças que apresentaram episódios de sibilância nos primeiros 2 ou 3 anos de vida, e que ainda sibilam
aos 6 anos. Provavelmente asma.
Sibilante de início tardio
o Crianças que não sibilaram nos primeiros 2 ou 3 anos de vida, mas que sibilaram aos 6 anos. Provavelmente
asma.
(casos graves)
Pneumonia - Mycoplasma - < 5 anos - Crioaglutinina - Macrolídeos
atípica por pneumoniae - Insidioso, com início gradual - RX: infiltrado
Mycoplasma - Cefaleia, odinofagia, rouquidão intersticial
pneumoniae - Tosse + taquipneia
- Chlamydia - Conjuntivite neonatal (RN) - Eosinofilia; - Macrolídeos
Pneumonia trachomatis - PNM entre 1° e 3° meês de vida - Rx: infiltrado
afebril do (parto vaginal) - Quadro insidioso intersticial
lactente - Tosse + taquipneia
- Afebril
- Bordetella - Leucocitose c/ - Azitromicina
- Acessos de tosse + guincho
pertussis linfocitose - Claritromicina
- A tosse pode levar a voêmitos!!
- Rx: infiltrado (2° opção)
Coqueluche - Entre os acessos de tosse, a
peri-hilar
criança fica assintomática.
(coraç felpudo)
- < 3 meses: APNEIA e cianose
- < 2 anos
- Vírus sincicial - Clínico !!!! - Internação:
- Pródromos catarrais
respiratório - Ag virais ° < 12 semanas
- Febre e tosse
(VSR) - RX: normal, ° Nascidos com < 32 sem
- Taquipneia
hiperinsulfaçãoa ° Sinais de gravidade
- Sibilos
telectasia - Tto ambulat.: sintomat.
- Tto hospitalar:
Obs.: Prevenção c/ polivizumabe
Bronquiolite ° O2: CNAF
° 1 x/meês, por 5 meses
viral aguda ° Nutrição
° < 6 meses: nascido < 32 sem
° Hidratação: sol. isoton
° < 1 ano: nascido < 29 sem
° Avaliar NBZ sol. hipert
° < 2 anos: cardiopatia congeênita
- Obs.: não fazer B2,
grave ou doença pulmonar da
corticoide, fisio resp
prematuridade tratada nos
últimos 6 meses
Thaís Teixeira Duarte 37826770807 22
Imunizações Ped 03
Sem. 10
* Calendário Vacinal 18/03/21
Ao nascer (bebê)
o BCG + Hep B
2 meses (4 P)
o Penta + Pólio (V1P) + Pneumo-10 + VORH (vacina do rotavírus: piriri)
3 meses ( )
3
o Meningo-C
4 meses
o Repete 2 meses
5 meses
o Repete 3 meses
6 meses (recebe 6 vacinas)
o Penta + Pólio (V1P)
9 meses
o Febre Amarela
12 meses (Três Melhores Presentes)
o Tríplice viral + Meningo-C + Pneumo-10
15 meses (A Debutante Vomita Tequila)
o Hepatite A + DTP + VOP + Tetraviral
4 anos (Depois Você Faz Vacina?)
o DTP + VOP + Febre Amarela + Varicela
Adolescência
o HPV + Meningo-ACWY
dT
o Reforço a cada 10 anos
Influenza
o Campanha anual para crianças de 6 meses a 6 anos
* Regras básicas
Vacinas podem ser simultâneas (não diminui eficácia e não amenta risco de efeitos adversos)
Exceção:
o FA + tríplice viral
o FA + tetraviral Fazer com intervalo de 30 dias nas crianças menores de 2 anos
→ Agentes vivos
Agente atenuado e autorreplicativo
Podem causar doença semelhante a que ocorreria na infecção pelo vírus selvagem
Intra-dérmica: BCG
VO: VOP (poliomielite), VORH (rotavírus humano)
SC: Febre amarela, varicela, tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola,
varicela)
BRAVO34 (BCG, rotavirus, febre amarela, varicela, VOP, trípliceviral, tetraviral)
Hepatite B
Polio VIP (vacina inativada de polimomelite)
Penta (DTP (difteria, tétano, pertussis (coqueluche)) + haemophilus influenzae tipo B + Hepatite B )
Pneumo-10
Meningo-C / ACWY
Hepatite A
HPV
Influenza
* Contraindicações
→ Contraindicações falsas
Doenças comuns benignas afebril (resfriado, doença diarreica não grave, doença de pele)
Desnutrição
Alergia não grave (Contraindicação verdadeira: anafilaxia prévia a dose da vacina ou a componente)
Hospitalização (exceto VOP e VORH, devido eliminação fecal do vírus vacinal e exposição das outras crianças)
História familiar de eventos adversos
Dose baixa de corticoide VO (para uso de corticoide tópico, inalatório e nasal, a dose não tem relevância. Não
contraindicam vacinação)
→ Contraindicações verdadeiras
Doenças moderadas ou graves
Relato de anafilaxia a dose prévia da vacina ou a algum componente (ovo – tríplice e tetra viral, FA)
Vacinas Vivas
* BCG
Micro-organismo vivo: Mycobacterium bovis atenuado
Indicação
o Prevenção de formas graves de tuberculose (meníngea e miliar, comuns na primo-infecção)
o MS recomenda para todas as crianças < 5 anos (não é contraindicada após os 5 anos)
Aplicação
o Via intradérmica: inserção inferior do deltoide D
o Objetivo de conseguir acompanhar a lesão: pápula → pústula → úlcera → cicatriz.
o Pode haver formação de gânglio axilar < 3 cm, não supurativo
o Não revacinar a criança sem cicatriz
Contraindicação / adiamento
o RN < 2 kg
o Lesão de pele extensa
o Imunossupressão
Obs.: exposição perinatal ao HIV: vacinar RN
Obs.: gestante que fez tratamento com imunobiológico: adiar vacina.
o RN contato domiciliar com indivíduo bacilífero
Nesses casos fazer profilaxia primária (Isoniazida, Rifampicina)
BCG pode falsear resultado PPD
Eventos adversos
o Formação de úlcera > 1 cm (> 12 semanas)
o Formação de abcesso subcutâneo frio Tto: Isoniazida até regressão da lesão
o Linfadenite regional supurada
Revacinação
o A ausência de cicatriz não indica a revacinação
o Revacinar contactante de hanseníase
> 1 ano: se 0 ou 1 cicatriz: fazer + 1 dose
< 1 ano: 1 cicatriz: não revacina
0 cicatriz: + 1 dose apenas se tomou vacina há mais de 6 meses
* VORH
Rotavírus atenuado
Prevenção de diarreia grave
Aplicação
o 1° dose: até no máximo 3 meses e 15 dias
o 2° dose: até no máximo 7 meses e 29 dias
Contraindicações
o Invaginação intestinal prévia
o Malformação intestinal não corrigida
Obs.: nunca reaplicar !!! Se cuspir 1° dose, pode fazer 2° normalmente.
* Febre amarela
Vírus atenuado da Febre Amarela
Indicada em todo o Brasil (a partir de 2020)
Indicação
o Crianças: vacinar aos 9 meses. Fazer reforço aos 4 anos.
o Toda a população (9 meses a 59 anos. Idoso pode receber vacina após avaliação individual)
o Intervalo entre doses de 30 dias
o > 5 anos
Não vacinado: fazer 1 dose
Vacinado antes dos 5 anos (com 1 dose): fazer 1 reforço
Vacinado antes dos 5 anos (com 2 doses): não fazer reforço
Vacinado após 5 anos: não fazer reforço
Eventos adversos
o Doença neurológica
o Doença viscerotrópica (quadro grave, com falência de múltiplos órgãos, principalmente hepática)
Contraindicações
o < 6 meses
o Mulheres amamentado crianças < 6 meses (se muito necessário, vacinar e suspender a amamentação por
28 dias e no mínimo 10 dias)
o Anafilaxia a ovo (se muito necessário, pode receber vacina no CRIE)
o Gestação (?)
o Imunodeficientes (?)
o HIV somente se CD4 < 200 ou 15%
* Tetra viral
Tríplice viral + vírus varicela atenuado
Indicação
o Apenas após tríplice
o < 5 anos
* Varicela
Indicação
o 4 – 7 anos
Obs.: indicações MS
< 5 anos: tríplice viral + tetra viral + varicela
5 a 7 anos: tríplice viral + tríplice viral + varicela + varicela
< 7 anos: tríplice viral + tríplice viral
* Hepatite B
Agente de superfície (HBsAg)
o Indivíduos vacinados: anti-HBs +
Indicação
o Toda população
Esquema
o Hepatite B nas primeiras 12 horas de vida, pode ser feita durante o primeiro mês
o + 3 doses na forma de penta: 2, 4 e 6 meses de vida
o > 7 anos não vacinados: 3 doses HepatiteB isolada (0, 1 mês, 6 meses)
o Esquemas incompletos: considerar doses prévias, completar esquema, nunca reinicia esquema vacinal
Observações
o Mãe HBsAg + : vacina e imunoglobulina hiper-imune para hepatite B (específica para HB)
Sorologia pós-vacinal
o Indicada para profissionais da saúde e grupos de risco
o Feita de 1-2 meses após término do esquema
Negativa (< 10): receber 3 doses e só (se ainda negativa, não fazer mais)
o Feita 6 meses após o esquema
Negativa (< 10): 1 dose + nova sorologia (se ainda negativa, fazer mais 2 doses)
Outras vacinas
o DTP (tríplice bacteriana celular), DTPa (tríplice bacteriana acelular) e DT (dupla do tipo infantil)
São indicadas para < 7 anos
DTPa: tríplice bacteriana acelular. É a recomendada pela SBP, porque provoca menos reação. No
SUS é fornecida no CRIE (centro de referência de Imunobiológicos Especiais).
Episódio hipotônico-hiporresponsivo e/ou convulsão com DTP
Doença convulsiva crônica
Cardiopatias ou pneumopatias que descompensam com febre
Doença neurológica crônica incapacitante
RN internato na época da vacina
RN pré-termo (< 1000 g ou 31 semanas)
Obs.: sempre que usa DTPa no primeiro ano de vida, é obrigatório fazer reforço de Hib e HepatiteB
DT: dupla do tipo infantil. Menos reação que DTPa.
Feita no CRIE, em caso de eventos adversos.
Encefalopatia com DTP
o dT (dupla do tipo adulto)
Indicada para > 7 anos
Reforços a cada 10 anos
Não vacinados: 3 doses dT (0, 2 meses, 4 meses) + reforço dT 10/10 anos
o Cuidado
Penta acelular: DTPa + Hib + VIP
Hexa acelular: DTPa + Hib + VIP + HepB
* Meningocícica-C
Sacarídeo capsular (conjugada)
Proteção para Neisseria meningitidis grupo C
Indicação
o < 5 anos, > 5 anos se comorbidades (CRIE)
o Meningo ACWY
Vacina conjugada, recomendada pela SBP
MS: 11-12 anos (1 dose ou reforço)
Pacientes portadores de hemoglobinúria paroxística noturna, que vão fazer tratamento com
eculizumabe, a partir dos 14 anos (CRIE)
Vacinação adolescente: proteção individual + imunidade de rebanho
* Poliomelite
VIP
o Poliovírus inativado (trivalente, 3 vírus)
o Sempre nas doses iniciais
o Até < 5 anos
o Comunicantes de imunodeprimidos: doses e reforços
* Hepatite A
Vírus inteiro inativado
Indicação
o Até < 5 anos
o Pelo PNI: aos 15 meses
o SBP: 2 doses aos 12 e 18 meses
o Comorbidades: 2 doses (CRIE)
* Influenza
Composição: vírus inativado trivalente (A e B)
Anualmente durante as campanhas (6 meses a < 6 anos, > 55 anos, profissional saúde, comorbidades)
6 meses a 9 anos : 2 doses na primovacinação (0 – 30 dias) + reforço anual
> 9 anos: 1 dose + reforço anual
Depois: reforço anual
Atenção: anafilaxia a ovo, pode receber vacina
→ Conceitos iniciais
Proliferação de agentes infecciosos em regiões do trato urinário que habitualmente deveriam ser mantidas estéreis,
o que desencadeia reação inflamatória
Infecções frequentes na prática pediátrica (dados epidemiológicos subestimados)
o 1 – 3% das meninas
o 1% dos meninos
Recorrência importante: investigar fatores desencadeantes, fatores de risco
Sequelas
o HAS
o Doença renal crônica
→ Mecanismos
Principal: via ascendente
Exceção: no RN, pode haver ITU por via hematogênica. Mas a via ascendente continua sendo a principal causa
→ Fatores de risco
Sexo feminino
Ausência de circuncisão
Obstrução urinária
o Válvula de uretra posterior (VUP)
Malformação congênita que se caracteriza pela presença de folheto membranoso na uretra
prostática, que leva a obstrução parcial, dificultando o esvaziamento urinário.
Pode cursar com hidronefrose fetal (geralmente bilateral), distensão vesical (bexigoma), jato
urinário fraco
Disfunção vesical
Constipação !!!!
Refluxo vesicoureteral (maior FR para pielonefrite)
→ Picos de incidência
1° pico (1° ano, principalmente nos primeiros meses de vida): meninos – anomalias trato urinário
2° pico: meninas – controle esfincteriano
3° pico: meninas – atividade sexual
→ Etiologia
Escherichia coli (gram -): mais comum
Proteus: associada ao desenvolvimento de cálculos de estruvita. Principalmente no sexo masculino
Outros gram-negativos: Klebsiella, Pseudomonas (se manipulação do trato urinário)
Gram-positivos: enterococos, S. saprophyticus (adolescentes sexualmente ativas)
Vírus: adenovírus (cistite hemorrágica)
→ Quadro Clínico
Cistite – sintomas observados em crianças maiores!
o Disúria, polaciúria, estrangúria
o Dor suprapúbica
o Incontinência urinária !!
→ Diagnóstico
EAS
o Avaliação bioquímica
Esterase leucocitária (presença de leucócitos): marcador sensível
Nitrito (marcador da presença de bactérias gram -, que convertem nitrato em nitrito): marcador
específico
o Avaliação do sedimento
Leucocitúria (> 5 p/c ou 10.000/ml)
Bacterioscopia / GRAM
Urinocultura obrigatória para diagnóstico definitivo
o Presença de bacteriúria significativa
o Jato médio: > 100.000 UFC/ml
o Saco coletor: valorizar se negativa (valor preditivo negativo)
o Cateterismo: > 50.000 UFC/ml
o Punção suprapúbica: qualquer crescimento bacteriano ou > 50.000 UFC/ml (divergência literatura)
o Cuidado com: bacteriúria assintomática
Bacteriúria significativa sem infecção do trato urinário. Não há processo inflamatório. São
quadros autolimitados, comum em meninas em idade escolar.
→ Tratamento
Sempre coletar urocultura antes!! Não aguardar o resultado para tratar em caso de febre!!
- Cistite (3 – 5 dias)
Ambulatorial
o Sulfametoxazol-trimetoprim (divergência literária)
o Nitrofurantoína
- Pielonefrite (7 – 14 dias)
Hospitalar (graves, < 3 meses)
o Ceftriaxona
o Ampicilina e aminoglicosídeo
Ambulatorial
o Ceftriaxona IM
o Ciprofloxacina (principalmente se risco de pseudômonas – manipulação trato urinário)
NÃO PODE: nitrofurantoina (não alcança boas concentrações no parênquima renal)
→ Exames de imagem
- Quando indicar?
Nelson (AAP)
o 1° pielonefrite em < 2 anos: USG. Se alteração presente, UCM
o Após 2° pielonefrite: UCM sempre
ITU confirmada
o < 2 anos: USG e UCM
o > 2 anos: USG
* Disfunção Miccional
→ Incontinência urinária
Enurese: perda involuntária de urina durante o sono, em criança com mais de 5 anos
o Primária: nunca teve controle. Pode ser somente um amadurecimento mais lento do controle
esfincteriano.
o Secundária: teve controle por pelo menos 6 meses. Investigar por qual razão a criança deixou de ser
continente.
o Monossintomática: o único sintoma é a enurese
o Não monossintomática: outras manifestações que refletem alteração do trato urinário
→ Idade Gestacional
• < 37 semanas: pré-termo
o < 28 semanas: extremo
o 34 a 36 s e 6 dias: tardio
• 37 – 41 s 6 dias: termo
• > 42 semanas: pós termo
→ Peso
• < 1000 g: extremo baixo peso ao nascer
• < 1500 g: muito baixo peso ao nascer
• < 2500 g: baixo peso ao nascer
→ Peso x IG
• > p90: GIG (grande para IG)
• Entre p10-90: AIG (adequado para IG)
• < p10: PIG (pequeno para IG)
Infecções Congênitas
* Quando suspeitar?
• RN assintomático na maioria dos casos. No final da gestação a transmissão é maior, mas a gravidade é menor
• Suspeita com doença ou sorologia materna
• RN sintomático
o Quadro antenatal
o Quadro inespecífico (visceral, ocular, neurológica, cutânea, medular) ou específico
o Sequelas
• Atenção
o IgM no RN: infecção (Ac maior, não passa pela placenta)
o IgG no RN: pode ser materna (passa pela placenta). Observar se os níveis estão aumentando ou diminuindo
→ Tratamento adequado
• Penicilina benzatina
• Adequado para a fase da doença (dose e intervalo)
Principais
o Sífilis primária, secundária, latente recente: 2,4 milhões U, IM, dose única
o Sífilis latente tardia, indeterminada, terciária: 2,4 milhões U, IM, 1x/semana, por 3 semanas
• Tratamento iniciado em até 30 dias antes do parto
• Avaliado risco de reinfecção (parceiro portador, tratado, outros parceiros, manteve relações sexuais. Obs.: somente
a informação de que parceiro não foi tratado, não significa tratamento inadequado)
• Avaliar queda do VDRL (os títulos de VDRL permitem avaliar o grau de atividade da doença)
Resultado Tratamento
LCR alterado (VDRL +/ celularidade > 25 / PTN > 150) Penicilina cristalina IV 10 dias (única que atinge SNC) !!!
Qualquer outra alteração com LCR normal Penicilina Procaína IM 10 dias OU Penicilina cristalina
RN assintomática com todos exames normais (VDRL negativo) Penicilina benzatina em dose única
Resultado Tratamento
VDRL RN > VDRL materno em 2 diluições Exames + 10 dias de penicilina cristalina (se LCR alterado) ou procaina
VDRL RN não maior que o materno em 2 diluições EF normal: acompanhamento
EF alterado:
° VDRL reagente: sífilis (exames e tratamento – cristalina ou procaina)
° VDRL não reagente: avaliar outras infecções congênitas
→ Acompanhamento
• Teste não treponêmico (VDRL): 1, 3, 6, 12 e 18 meses
o Declinar aos 3 meses; não reagente aos 6 meses
• LCR: 6/6 meses (quando havia alteração)
• Avaliação auditiva, visual e neurológica: 6/6 meses até os 2 anos
• Teste treponêmico pode ser feito em crianças > 18 meses: confirmação retrospectiva de sífilis congênita
→ Diagnóstico
• IgM; IgG
• Obs.: IgM pode ficar reagente por muito tempo (até 12 meses)
• 1° trimestre
o IgM - ; IgG + : toxo imune
o IgM +; IgG - → repetir exames (pode ser falso +) → IgM +; IgG + : toxoplasmose
o IgM +; IgG + → teste de avidez de IgG → avidez alta indica infecção há mais de 3,4 meses
o Obs.: avidez baixa não indica infecção aguda.
→ Clínica
• Coriorretinite (pode levar a cegueira)
• Hidrocefalia obstrutiva Tríade de Sabin
• Calcificações intracranianas difusas: todo o parênquima é acometido!
(na toxo, todo o parênquima é acometido)
→ Tratamento
• Espiramicina para a mãe no momento do diagnóstico (evita infecção do feto)
• Avaliar infecção fetal: USG, PCR do líquido amniótico
• Se infecção fetal: sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico → apenas após 1° trimestre (divergência literária)
• Tratar todos os RN infectados
o Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico no 1° ano de vida (toxoPASmose)
o Corticoide (somente se reação inflamatória acentuada: coriorretinite grave, proteína LCR > 1g/dL )
* Citomegalovirose
• Agente: Citomegalovírus (família herpes vírus – causam infecção aguda, e permanecem no organismo na forma de
infecção latente)
• Transmissão: infecção materna aguda, reinfecção ou reativação de infecção prévia
→ Clínica
• Microcefalia
• Rash petequial / purpúrico
• Calcificações periventriculares
(Na infecção pelo CMV a calcificação circunda meu ventrículo)
→ Avaliação
• CMV na urina ou saliva do RN (primeiras 3 semanas de vida)
→ Tratamento
• Somente para casos graves
• Ganciclovir EV por 6 semanas ou Valganciclovir VO por 6 meses (alto custo)
→ Sequelas
• Surdez: a infecção por CMV congênita é a principal causa de surdez neurossensorial não hereditária na infância (“cê
me vê, mas não me ouve”)
→ Clínica
• Surdez
• Catarata: reflexo vermelho ausente! (Obs.: pode ter coriorretinite em sal e pimenta)
• Cardiopatia congênita: PCA, estenose artéria pulmonar; presença de sopro ao EF (as manifestações CV são as mais
específicas)
• Síndrome (surdez) Rúbeola (reflexo alterado) Congênita (cardiopatia)
→ Tratamento
• Manejo de sequelas
• Prevenção da transmissão! O RN que nasce com rubéola congênita pode eliminar o vírus em secreções por até 1 - 2
anos.
* Varicela congênita
• A transmissão fetal pode ocorrer em qualquer momento da gestação, mas a síndrome da varicela congênita só ocorre
quando a infecção ocorre < 20 semanas de gestação
→ Clínica
• Lesões cicatriciais
• Hipoplasia dos membros
• Doença neurológica
→ Tratamento
• Manejo de sequelas
• Incompatibilidade Rh
o É a mais grave.
o Ocorre quando a mãe é Rh - e o RN Rh +.
o A mãe Rh - produz Ac Anti-Rh que atravessam a placenta e destroem as hemácias fetais. Ocorre nas mulheres
sensibilizadas (multíparas).
o Mãe: Rh - : Coombs indireto + (detecta Ac Anti-Rh, indica sensibilização)
o RN: Rh +: Coombs direto + (indica Ac nas hemáticas)
• Incompatibilidade ABO
o Menos comum
o Mãe: O
o RN: A ou B
o Coombs direto + ou – (detecta Ac nas hemácias. Pode ser positivo ou negativo, porque pode ser uma doença
mais branda, por isso, o Coombs direto – não afasta incompatibilidade ABO)
o Pode acontecer na 1° gestação
→ Avaliação complementar
• BT e frações
• Hematócrito (ou Hb) e contagem reticulócitos
• Tipagem sanguínea, fator Rh
• Coombs direto no RN
• Hematoscopia: avaliação do esfregaço do sangue periférico (pouco usado na prática, mas muito comum em provas)
o Presença de esferócitos: quadro de esferocitose hereditária ou incompatibilidade ABO
o Corpúsculos de Heinz: deficiência de G6PD
• Teste do eluato: avaliação para identificar os Ac que estão ligados as hemácias
* Tratamento
• O aumento da BI pode levar a encefalopatia
• Fototerapia: fotoisomerização da BI, tornando-a hidrossolúvel, o que possibilidade excreção via renal
o Indicações:
▪ Níveis elevados de acordo com os gráficos
▪ Icterícia nas primeiras 24 h de vida
▪ Bilirrubina total > 17 (não é consensual)
• Exsanguineotransfusão: retirar o sangue cheio de BB e trocar por outro sem BB. Pouco utilizado atualmente.
→ Fisiopatologia
• Diminuição de surfactante alveolar
• Colapso dos alvéolos na expiração (desenvolvimento de mircoatelectasias difusas)
→ Fatores de risco
• Prematuridade: surfactante só estará presente em quantidade suficiente nos alvéolos com 34 semanas
• Diabetes materna: a insulina diminui a liberação de surfactante; assim filhos de mãe DM podem ter DMH mesmo com
mais de 34 semanas (Geralmente RN GIG) !!
→ Redução de risco
• Aumento de cortisol pelo feto (ex.: ruptura prolongada, estresse crônico. Geralmente RN PIG)
→ Clínica
• Início nas primeiras horas de vida
• Desconforto respiratório clássico: taquipneia, retrações costais, gemido, batimento de asa nasal, cianose
→ Radiografia
• Infiltrado reticulogranular difuso com formação de aerobroncograma: padrão de vidro moído
o Regiões de microatelectasias justapostas a áreas ainda insufladas - hipotransparência
difusa pontilhada
• Volume pulmonar diminuído
• Obs.: a imagem de RX demora a se formar. O diagnóstico deve ser clínico, precoce.
→ Tratamento
1. CPAP nasal (Continuous Positive Air Pressure)
• Pressão expiratória positiva contínua na via aérea: promove estabilidade alveolar, evita o colapso alveolar!!!
2. Ventilação mecânica: refratários ao CPAP, acidose respiratória, hipoxemia com CPAP, apneia persistente
3. Surfactante exógeno: via tubo traqueal (indicado quando doença bem estabelecida)
4. Antibioticoterapia: garantir que não tenha infecção porque clínica da DMH é muito parecida com PNM
→ Prevenção
• Evitar prematuridade
• Se não for possível prevenir prematuridade → Corticoide antenatal (corticoide para a gestante a fim de acelerar
maturação pulmonar do feto)
• Surfactante x CPAP
o Manter RN em CPAP e fazer surfactante de forma precoce para crianças que tem grandes chances de evoluir
para forma grave
→ Fatores de risco
• Bbolsa rota > 18 horas
• Corioamnionite FR para sepse precoce
• Colonização materna por GBS
• Prematuridade (FR para sepse precoce e tardia)
→ Clínica
• Pode haver período assintomático (importante para diferenciação de outras condições)
• Desconforto respiratório
• Sintomas sistêmicos
o Distermia: variação da temperatura corporal, febre ou hipotermia
o Alteração do estado de alerta (hipoativo, pouco reativo)
o Alteração cardiocirculatório
o Alteração gastrointestinal
→ Avaliação complementar
• Radiografia de tórax (na sepse precoce é igual a DMH (infiltrado reticulogranular difuso))
• Hemograma
o Neutropenia
o Relação I/T > 0,2
▪ Relação I/T (neutrófilos imaturos / neutrófilos totais)
▪ > 0,2 sugere infecção bacteriana e indica antibioticoterapia (desvio a esquerda)
• PCR: importantes para seguimento
• Identificação do agente
o Hemocultura
o Punção lombar e cultura do LCR (indicado por algumas referências)
o Urocultura (fazer se infecção tardia)
→ Tratamento
• Sepse precoce: Ampicilina + Aminoglicosídeo (Gentamicina)
o Cobertura para GBS + gram-negativos!
• Sepse tardia: o ATB depende do perfil de resistência bacteriana da UTI.
o Geralmente um agente com cobertura para staphylococcus e outros agentes.
→ História
• Ausência de trabalho de parto → cesárea eletiva
• RN a termo/pré-termo (maior risco)
→ Clínica
• Início nas primeiras horas de vida
• Desconforto respiratório leve a moderado
• Rápida resolução (< 72 h)
→ Radiografia
• Congestão hilar
• Aumento da trama vascular
• Líquido cisural; derrame
• Cardiomegalia
• Hiperinsuflação (arcos costais retificados, com espaço intercostal aumentado)
* Tratamento – suporte!
• Oxigenoterapia (baixas concentrações de O2: FiO2 < 40%)
• Suporte geral
o Aquecimento
o Suporte nutricional
• Não fazer diurético!
* Prevenção
• Evitar cesariana eletiva
→ Etiopatogenia
• A asfixia gera eliminação do mecônio (por relaxamento esfincteriano) e aumento dos movimentos respiratórios. Assim,
tem-se presença de mecônio na traqueia, que pode ser aspirado para VA inferiores, causando obstrução expiratória,
pneumonite química e infecção secundária.
→ História
• Liquido amniótico meconial
• Sofrimento fetal
• RN termo e pós-termo - pré termo não tem mecônio na ampola retal e a peristalse não é propulsiva
• EF: impregnação de mecônio em unhas e coto umbilical
→ Clínica
• Início nas primeiras horas
• Desconforto respiratório grave
• Presença de mecônio, sofrimento fetal
→ Complicação
• Hipertensão pulmonar persistente neonatal
o Resistência vascular pulmonar permanece alta após nascimento
o Mantém shunt direita → esquerda
o Cianose, diferença saturação pré e pós ductal
• Tratamento: NO inalatório
* 3 perguntas iniciais
1. RN a termo?
2. Respirando ou chorando?
3. Tônus adequado?
* Triagem neonatal
O teste do pezinho não deve ser coletado com menos de 48h de vida, pois tem-se resultados falso positivos para hipotireoidismo
e falso negativos para fenilcetonúria.
O que não é feito pelo MS?? Galactosemia e deficiência de G6PD
- BRAVO 34
° BCG - Agente atenuado e autorreplicativo
° Rotavírus - Podem causar doença semelhante a que ocorreria na infecção pelo vírus selvagem
Vacinas ° Febre amarela - Vacinas de virus vivo adm via parenteral (todas menos VOP e VORH) não podem ser feitas próximo
vivas ° Varicela da administração de imunoglobulina. As Ig permanecem muito tempo no organismo, impendindo a
° VOP ação das vacinas. Por isso, deve-se adiar a vacina por pelo menos 11 meses"
° Tríplice viral
° Tetra viral
° Hepatite B
° Polio VIP - Não causam doença
° Penta - Podem conter adjuvantes, que são substâncias imunopotencializadoras (causa reação/inflamação
Vacinas não ° Pneumo-10 local exuberante, que recruta para região um grande número de células imunes apresentadoras de
vivas ° Meningo-C antígeno)
° ACWY - São feitas via IM (para que o adjuvante tenha ação).
° HPV - Podem ser conjugadas: Pneumo-10, meningo-C, ACWY, HebatiteB
° Influenza
- Doenças comuns benignas afebril (resfriado, doença diarreica não grave, doença de pele)
- Desnutrição
Contraindi- - Alergia não grave
cações - Hospitalização (exceto VOP e VORH, devido eliminação fecal do vírus vacinal e exposição das outras crianças)
falsas - História familiar de eventos adversos
- Dose baixa de corticoide VO (para uso de corticoide tópico, inalatório e nasal, a dose não tem relevância. Não contraindicam vacinação)
Contraindi-
- Doenças moderadas ou graves
cações
- Relato de anafilaxia a dose prévia da vacina ou a algum componente (ovo – tríplice e tetra viral, FA)
verdadeiras
- Gestantes
Contraindi-
- Imunodepressão
cações
- Corticoide em doses altas (prednisona > 2 mg/kg/dia ou 20 mg/doa por > 14 dias. Após tto ser suspenso, deve-se aguardar 30 dias para
verdadeiras
fazer vacinas vivas)
para
- Obs.: mulheres em idade fértil, que recebem vacina de vírus vivo, devem aguardar 30 dias para engravidar
vacinas
vivas
- Poliovírus atenuado - < 5 anos - Imunodeficientes - Pólio vacinal (raro, + - Interrompe transmissão do vírus
VOPb 1 e 3 - Contactantes dos comum imunodeprimidos), selvagem (produção de Ac no intestino)
VOP
- Ze gotinha imunodeficientes e por isso sempre fazer após - Não revacinar se cuspir, vomitar ..
hospitalizados VIP
- Rotavírus atenuado - 1° dose: máx 3 m e 15 d - Invaginação intestinal - Nunca reaplicar !!! Se cuspir 1° dose,
- Prevenção de - 2° dose: máx 7 m e 29 d prévia pode fazer 2° normalmente.
VORH diarreia grave - Malformação
intestinal não corrigida
- Vírus atenuado da - Crianças: 9 m - 4 a - < 6 meses - Doença neurológica (não - Intervalo entre doses: 30 dias
Vacinas vivas
Febre Amarela - População 9 m a 59 anos - Mães amamentando vacinar < 6 meses ou mães
- Indicada em todo o - Idoso: avaliação indiv. crianças < 6 meses amamentando)
Febre Brasil - > 5 anos - Anafilaxia a ovo - Doença viscerotrópica
Amarela ° Ñ vacinado: + 1 dose - Gestação ?
° 1 dose < 5 a: + 1 reforço - Imunodeficientes ?
° 2 doses < 5 a: nada - HIV: CD4 < 200, 15%
° 1 dose > 5 a: nada
- Vírus atenuados do - 1 a 59 anos - < 5 anos
sarampo, rubéola e ° Até 29 a: 2 doses - Apenas após tríplice
caxumba ° 30 a 59 a: 1 dose
° Prof. saúde: 2 doses
Tríplice
Viral
Varicela - 4 a 7 anos
- HBsAg - Mãe HBsAg + : vacina + Ig hiper-imune (específica)
- Toda população
- Vacinad:anti-HBs +
- HepB: primeiras 12 h vida (até 1° meês)
- Sorologia pós-vacinal
- + 3 doses penta: 2, 4 e 6 meses de vida
° Profissionais saúde e grupos de risco
Hepatite B - > 7 anos não vacinados: 3 doses HepB isolada
° Feita de 1-2 meses após término do esquema
(0, 1 meês, 6 meses)
Negativa (< 10): receber + 3 doses e só
- Esquemas incompletos: considerar doses prévias,
° Feita > 6 meses após o esquema
completar esquema, nunca reinicia esquema vacinal
Negativa (< 10): 1 dose + nova sorologia (ainda -, + 2 doses)
DTP (difteria, tétano, - < 7 anos (3 doses penta + - Febre alta ou choro persistente: continua DTP * DTPa (triplice bacteriana acelular)
coqueluche) + Hib + 2 reforços DTP) - Episódio hipotoênico-hiporresponsivo e/ou - Episódio hipot-hiporrespons, convuls
Hep B convulsão: DTPa (CRIE) - Dç convulsiva croênica
- Encefalopatia:DT (CRIE) - Cardiopatias ou pneumopatias
- Dç neurológica croênica incapacitante
Obs - RN internato na época da vacina
Penta acelular: DTPa + Hib + VIP - RN pré-termo (< 1000 g, 31 semanas)
Hexa acelular: DTPa + Hib + VIP + HepB Obs.: se usar DTPa, fazer reforço Hib e
HepatiteB
Penta
* DT (dupla tipo infantil)
- Encefalopatia com DTP
* dT (dupla tipo adulto)
- > 7 anos
- Reforço a cada 10 anos
- Ñ vacinados: 3 doses + reforço 10/10
* dTpa (tríplice bact acelular adulto)
- Gestantes > 20 semanas
- Puérperas (caso ñ vacinado gestação)
49
vivas
Strepto pneumoniae - Pneumo-23 valente: vacina polissacarídica, não é conjugada. - Prevenção para DPI e OMA
° > 2 anos + comorbidades (CRIE)
Pneumo 10 ° Idosos institucionalizados
- Pneumo-13 conjugada
° > 5 anos + HIV, transplantes, CA, desde que não tenham recebido a pneumo-
10 anteriormente (CRIE)
- Protege Neisseria - < 5 anos, > 5 anos se comorbidades (CRIE) - Vacina conjugada
Meningo-C
meningitidis grupo C
- Vírus inativado - Anualmente nas campanhas (6 m - 6 anos, > 55 anos, prof. saúde, comorb)
trivalente (A e B) - 6 m a 9 anos: 2 doses na primovacinação + reforço anual
Influenza - > 9 anos: 1 dose na primovacinação + reforço
- Depois: reforço anual
→ Crescimento
• Peso
o Nascimento com aproximadamente 2.500 g, 3.000 g. Perde 10% nos primeiros dias de vida.
o 1° trimestre: 700 g/mês
o 2° trimestre: 600 g/mês
o 3° trimestre: 500 g/mês
o 4° trimestre: 400 g/mês
• Estatura
o Nascimento com aproximadamente 50 cm
o 1° semestre: 15 cm
o 2° semestre 10 cm
o 2° ano: 12 cm/ano
o Pré-escolar: 7 – 8 cm/ano
o Escolar: 6 – 7 cm/ano
• Perímetro cefálico
o Nascimento com aproximadamente 35 cm. Durante o primeiro ano costuma ganhar 12 cm.
o 1° trimestre: 2 cm / mês
o 2° trimestre: 1 cm / mês
o 3° semestre: 0,5 cm / mês
→ Etiologia
• Desequilíbrio nutricional negativo
• Primária: pobreza, miséria, fome. Falta alimentos.
• Secundária: doença de base que promove perda anormal de nutrientes (síndromes disabsortivas...) ou aumento do
gasto energético (cardiopatias, pneumopatias...)
→ Tratamento hospitalar
• Internar: edema e sinais de instabilidade hemodinâmica
- Estabilização (1 – 7 dias) (evitar morte. Prevenção de alteração da homeostase – hipoglicemia, hipotermia, distúrbios
hidroeletrolíticos e infecção)
• Tratar hipotermia: aquecer, manter aquecida
• Tratar e evitar hipoglicemia: tratar VO (crianças conscientes), IV (crianças inconscientes), alimentação frequente
em curtos intervalos de tempo
• Tratar distúrbios hidroeletrolíticos
o Hidratação via oral (preferir VO mesmo que desnutrição grave, porque crianças desnutridas podem ter
disfunção miocárdica. Só fazer IV em casos de sinais de choque)
o Não repor Na (o Na está retido no intracelular)
• Tratar infecção: antibioticorepia empírica mesmo que assintomático (sempre partir do principio que criança
desnutrida é infectada)
• Dieta habitual; não hiperalimentar (risco da síndrome de realimentação: pacientes desnutridos que são
hiperalimentados desenvolvem estímulo anabólico, que leva a grande liberação de insulina. A insulina consome
vários elementos, inclusive fosfato, provocando hipofosfatemia grave, hipoK, hipoMg)
• Micronutrientes: suplementos de potássio, magnésio, zinco. Não repor ferro (pode ser usado no metabolismo de
algumas bactérias e aumentar estresse oxidativo)!
• Polivitamínicos: vitamina A (megadoses), ácido fólico.
o Deficiência de vitamina A: cegueira noturna, manchas de Bitot, ceratomalacia.
- Follow-up
• Pesagem semanal
Baixa Estatura
* Etiologia
→ Variantes normais do crescimento: saudável, mas baixa! Atingem estatura alvo! São as causas mais comuns de baixa
estatura
• Baixa estatura genética (familiar)
o Filhos de pais baixos
o Pode ser alta nos primeiros anos de vida, porque nessa fase, o potencial de crescimento tem pouca
influência genética
• Retardo constitucional do crescimento e puberdade
o Criança que tem crescimento mais lento e puberdade atrasada.
o Na infância e início da adolescência é baixa, a puberdade ocorre um pouco mais tarde, mas tem
crescimento normal. Torna-se adulto com estatura normal.
→ Condições mórbidas
• Desnutrição (causa mórbida mais comum)
o Primária: falta o alimento
o Secundária: recebem o alimento, mas tem alguma doença concomitante (ex.: doença celíaca, cardiopatia..)
• Doenças endócrinas
o Hipotireoidismo adquirido (causa endócrina mais comum)
o Deficiência de GH
o Excesso de cortisol
• Doenças genéticas
o Displasias esqueléticas (acondroplasia: baixa estatura desproporcional – alter. crescimento ossos longos)
o Síndromes cromossômicas
▪ Turner (45X0)
• Baixa estatura + atraso puberdade + pescoço alado, tórax em escudo + aumento FSH.
• Linfedema mãos e pés (RN), cúbito valgo, baixa implantação cabelo
• Maior risco de hipitireoidismo, valva aórtica tricúspide, coarctação aórtica
→ Avaliação
• Estatura atual: < percentil 3 ou Z escore < - 2 (OMS) ou < percentil 5 (NCHS)
• Velocidade de crescimento diminuída (ideal observar em pelo menos 6 meses. Normal: curva ascendente e paralela
a linha do gráfico)
• Estatura < 1 DP do canal familiar
o Masculino = altura pai + altura mãe + 13 +/- 10 (aproximadamente 1,63)
2
o Feminino = altura pai + altura mãe – 13 +/- 9 (aproximadamente 1,51)
2
• Rx idade óssea
* Obesidade
→ Etiologia
• Primária: alimentação inadequada + sedentarismo (são crianças obesas e grandes)
• Secundária: relacionada a doenças crônicas, endócrinas (são crianças obesas e baixas)
→ Classificação
• Ministério da saúde
• CDC: > 2 anos
o P85 ao p94: sobrepeso; > p95: obesidade
→ Tratamento
• Planejamento dietético (alimentos saudáveis, fracionados, fazer refeições na mesa, livre de distrações)
Atividades físicas diárias, com diminuição de atividades sedentárias
• Período cronológico
• Mudanças biológicas, psicológicas, sociais
• OMS: 10 a 20 anos
• Estatuto criança e adolescente: 12 a 18 anos
* Puberdade
• Caracteres sexuais
• Função reprodutora
• Aceleração e término do crescimento
• A puberdade decorre da gonadarca e da adrenarca
o Gonadarca: ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gônada: GnRh → LH/FSH → esteroides gonadais
(testosterona e estrogênios)
o Adrenarca: início da secreção de androgênios pela adrenal (S-DHEA)
→ Eventos puberais
• Telarca: surgimento do broto mamário (resultado da ação dos estrogênios ovarianos)
• Pubarca: surgimento de pilificação genital (nas meninas é secundário a adrenarca. Nos meninos pode ser resultado
dos androgênios liberados pela adrenal ou pelos testículos)
• Menarca: primeira menstruação. Costuma ocorrer 2 anos após o início da puberdade. Geralmente nos primeiros
anos são anovulatórios e irregulares.
• Ginecomatia: presença de tecido glandular mamário no sexo masculino. Resultado de desequilíbrio entre
androgênios e estrogênios circulantes. A ginecomastia fisiológica durante a puberdade é comum (ocorre em 70%
dos meninos que já iniciaram puberdade (> G1P1)), e pode ser uni ou bilateral, com involução espontânea em 2 a 3
anos.
• Crescimento
o Fases do crescimento
▪ Peripuberal: período que antecede a puberdade. Ocorre desaceleração do crescimento.
▪ Estirão: aceleração do crescimento
▪ Desaceleração: ocorre após “pico” do estirão
o Características
▪ Centrípeto: cresce primeiro as extremidades, e depois no tronco
▪ Distal – proximal: cresce primeiro as mãos e os pés
o Composição corporal
▪ Homem: aumento de massa magra
▪ Mulher: aumento de massa gorda (deposição de gordura no quadril)
• M1: Pré-puberal
• M2: Telarca: surgimento do broto mamário (apenas tecido subareolar).
o 1° sinal de puberdade em meninas.
o Início da aceleração do crescimento.
• M3: Aumento da mama e aréola
o Ocorre o pico de crescimento (8 – 9 cm/ano).
o Obs.: algumas literaturas falam que esse crescimento ocorre entre M2 e M3
• M4: Duplo contorno.
o Nesse momento costuma ocorrer a menarca (2 – 2,5 anos após a telarca).
o Crescimento ainda ocorre, mas de forma desacelerada.
• M5: Mama madura
• P1: Pré-puberal
• P2: Pubarca: pelos finos somente sob os grandes lábios. É uma consequência da adrenarca
• P3: Sínfise púbica: pelos mais grossos e escuros sob a sínfise púbica
• P4: Grande quantidade: pelos com características de mulher adulta
• P5: Raiz das coxas
• G1: Pré-puberal
• G2: Aumento testicular: medida por orquidômetro de Prader (testículo > 4 ml)
• G3: Aumento pênis (comprimento)
• G4: Aumento pênis (diâmetro): contorno da glande sobressai em relação ao contorno do pênis. Pico do
crescimento (9 – 10 cm / ano) (pico mais tardio, mas mais intenso)
• G5: Genitália adulta
* Puberdade precoce
• Aparecimento de caractere sexual secundário e aceleração do crescimento antes dos 8 anos em meninas e antes
dos 9 anos em meninos.
• Consequências: psicossociais, perda de estatura na vida adulta (alta estatura na infância (IE > IC), mas baixa
estatura no adulto)
→ Central (verdadeira):
• GnRh dependente.
• Idiopática (90% dos casos em meninas) ou por lesão SNC ( > 50% dos casos em meninos)
o Em meninos, a principal causa orgânica é o hamartoma hipotalâmico (crises gelásticas – riso incontrolável),
seguido por neoplasias, entre outros.
o A puberdade precoce central é mais comum no sexo feminino. Quando ocorre em meninas, geralmente é
idiopática. Quando ocorre em meninos, geralmente é por lesão no SNC.
• Laboratório: ↑ LH e FSH
• Sempre isossexual
• Clínica: caracteres sexuais normais.
→ Periférica (pseudopuberdade):
• GnRh independente, ou seja, tem liberação de esteroides sexuais independente da ativação do eixo H-H-G.
• Pode ocorrer por doença gonadal, doença adrenal, uso de esteroides.
• Laboratório: LH e FSH normais
• Isossexual ou heterossexual
• Clínica: caracteres sexuais incompatíveis - sinais de virilização em meninas e volume testicular pré puberal,
assimetria testicular.
→ Tratamento
• Causa base
• Puberdade precoce central: análogo de GnRH (leuprorrelina)
→ Adrenarca precoce
• Liberação precoce dos androgênios que podem levar a pilificação, acne, odor axilar
• CD: excluir outras causas e seguimento ambulatorial
Menina: 8 a 13 anos (telarca → pubarca → menarca). Estirão em M3. Menarca ocorre 2 anos após telarca. Após
menarca, ainda cresce, mas com velocidade diminuida
Meninos: 9 a 14 anos (testículo > 4 cm → pelos → pênis). Estirão em G4
Puberdade Precoce Central / verdadeira Puberdade Precoce Periférica / pseudopuberdade
GnRH dependente: ativação eixo H-H-G GnRH independente: não depende do eixo
Clínica Obedece puberdade fisiológica (TPM, TPP) Não obedece puberdade fisiológica (P > 2, M1, G1)
Mais comum em meninas Sinais de virilização: pelos pubianos, acne, comedões,
odor axilar, alteração comportamento, hipertrofia
muscular, ↑ pênis, ↑ clitóris
Causa Meninas: idiopática (mais comum), história familiar + Adrenal (mais comum)
Meninos: alteração SNC (harmartomas hipotalâmicos - Hiperplasia adrenal: sem massas EF, fusão rafe
(crises gelásticas: risos desmotivados), gliomas opticos, - Tumor adrenal
inflamação, TCE, hidrocefalia, lesão vascular, Gonadal
radioterapia, asfixia perinatal) - Tumor de ovário
- Tumor de testículo
Avaliação Idade óssea, ↑ LH, ↑ FSH, ↑ estradiol / testosterona Idade óssea, 17-OHP, DHEA-S, testosterona,
Após confirmação, sempre pedir RM encéfalo andronestediona
Obs.: TSH: hipotireoidismo descompensado pode causar
PPC e ↓ velocidade crescimento (síndrome van Wyk‐
Grumbach)
Tratamento Idiopática: análogos de gonadotrofina (Leuprorrelina) Tratar causa
SNC: tratar causa
A puberdade precoce tem como maior consequência a baixa estatura, porque o estirão de crescimento começa mais cedo
e inicia mais cedo, tem o fechamento da cartilagem de crescimento antes do momento adequado.
Virilização + testículos aumentados: central
Virilização + testículos normais: periférica
Virilização + testículos assimétricos: pensar em tumor testicular
Obs.: criança < 1 ano: não fornecer suco de fruta! Somente fruta!!
* Composição do leite
→ Diferenças nutricionais
- Durante a lactação
• Colostro (~ 3° e 5° dia de vida da criança): mais proteínas e eletrólitos. Rico em vitamina A (vitamina lipossolúvel
que confere tom amarelado)
• Leite intermediário (~ 5° ao 10 dia de vida da criança)
• Leite maduro (~ a partir do 10° dia de vida da criança): mais lactose e gordura
- Durante a mamada
• Leite anterior
• Leite posterior: mais gordura, garante saciedade e ganho de peso
• Orientar: manter o bebê na mesma mama até esvaziar. Se o bebê parar de mamar antes de esvaziar, começar com a
que parou até esvaziar.
- Durante o dia
• Aumenta a gordura
A gordura sempre aumenta: do colostro pro leite maduro, do anterior pro posterior e ao longo do dia.
* E na ausência materna?
• E na impossibilidade do LM?
o Fórmula infantil ($$)
o Quando inevitável: leite de vaca
▪ Criança < 4 meses: diluído + óleo
▪ Criança > 4 meses: não diluído (leite puro)
* Técnicas de amamentação
→ Posicionamento
• Criança bem apoiada
• Cabeça e tronco no mesmo eixo
• Corpo próximo ao da mãe (“barriga com barriga”)
• Rosto de frente para a mama
→ Pega
• Boca bem aberta
• Lábio inferior evertido
• Aréola mais visível acima da boca
• Queixo toca a mama
→ Fissuras
• Corrigir técnica (as fissuras ocorrem quando a criança abocanha o mamilo e não a aréola)
• Mudança de posição
• Ordenhar antes da mamada: desencadear o reflexo de ejeção e liberação de ocitocina. Quando o bebê começa a
mamar já tem leite
• Aplicação do leite (?)
→ Mastite
• Hiperemia, edema, dor, em região mais localizada da mama
• Esvaziar mamas
• Livre demanda com técnica correta
• Se infecção associada (ausência de melhora com esvaziamento da mama, sintomas sistêmicos): antibioticoterapia
com cobertura para S. aureus
• Em casos que evoluem com formação de abscesso: drenagem.
o A permanência da amamentação concomitante a formação de abcessos é controversa
→ “Leite fraco”
• Avaliação objetiva
o Ganho ponderal
o Não considerar choro
• Se ganho ponderal satisfatório: manter aleitamento materno exclusivo e avaliar técnica correta
• Se ganho ponderal inadequado: em um primeiro momento, manter aleitamento materno exclusivo. Avaliar técnica
(livre demanda, esvaziamento das mamas)!
* Contraindicações
→ Doenças maternas
• Absolutas
o HIV
o HTLV
• Relativas
o Herpes simples (contato direto com lesão)
o CMV quando RN nascido < 30 semanas
o Psicose puerperal grave (controverso)
o Uso regular de substâncias (uso eventual, a amamentação deve ser suspensa somente por um tempo
específico após o uso, de acordo com cada substância. Consultar manual MS)
o Varicela por 5 dias antes ou 2 dias após o parto
→ Doenças do lactente
• Absolutas
o Galactosemia: erro inato no metabolismo da galactose. A criança só pode receber fórmula sem lactose (a
base de soja)
• Relativa
o Fenilcetonúria: leite materno + fórmula sem FAL (fenilalanina)
→ Uso de medicamento
• Absolutas
o Amiodarona!!! (bebê pode desenvolver hipotireoidismo)
o Imunossupressores e citotóxicos
o Radiofármacos (contraindicação temporária durante meia vida)
o Linezolida e Gangiclovir
Diarreia Aguda
* Definição
• Diarreia: evacuações amolecidas, líquidas, > 3 evacuações/dia ou mudança no padrão habitual (importante para
definição de diarreia em crianças).
• Aguda: até 14 dias
o Até que se prove o contrário, a diarreia aguda na criança tem etiologia infecciosa – autolimitada.
• Persistente: 14 a 30 dias
• Crônica: > 30 dias
* Formas clínicas
• Diarreia aguda aquosa: diarreia
• Disenteria: diarreia + sangue, pus, muco
→ Mecanismos
• Osmótica: acúmulo intraluminal de solutos (não absorvidos, digeridos).
o Melhora com jejum
• Secretória: secreção ativa de eletrólitos pelo enterócito
o Mantida no jejum
• Invasiva: inflamação, invasão da mucosa colônica, leva a menor absorção
→ Rotavírus
• Mecanismo osmótico: causa achatamento das vilosidades, ↓ dissacaridase (no ápice das vilosidades intestinais há
enterócitos maduros, que secretam as dissacaridases, como a lactase. Na infecção pelo rotavírus, tem-se o
achatamento desses vilosidades, com consequente diminuição no número de enterócitos maduros e redução da
secreção das dissacaridades. A criança, que geralmente consome muito leite, passa a apresentar uma deficiência
de lactase. Não se deve manter as crianças em jejum, pois é a presença de alimentos no lúmen intestinal que
estimula o crescimento e a regeneração das vilosidades e amadurecimento dos enterócitos)
• Mecanismo secretor: secreta enterotoxina NSP4
• Clínica: diarreia aquosa + vômitos (geralmente 1° manifestação)
• Causa de doença diarreica grave em < 2 anos (imaturidade imunológica – vacina rotavírus).
Obs.: algumas literaturas: rotavírus ainda é a principal causa de doença diarreica grave em crianças (cenário tem
mudado com uso da vacina)
• Bebês ~ até 3 meses: não apresentam quadro graves (provavelmente por ainda possuírem Ac maternos)
→ E. coli
• E. coli enterotoxigênica
o Principal causa de diarreia bacteriana
o Comum em países subdesenvolvidos: diarreia do viajante (turista)
• E. coli enteropatogênica
o Pode levar a quadros de diarreia persistente, principalmente em crianças pequenas, < 2 anos
→ Vibrião colérico
• Não é bactéria endêmica no Brasil. Normalmente acontece em surtos, relacionadas a grandes tragédias ambientais
• Diarreia bastante grave: mecanismo secretor (toxina que leva a grande perda de eletrólitos, pode levar a óbito em
poucas horas por desidratação: fezes em aspecto de água de arroz)
→ Parasitas: giárdia
• Percentual pequeno dos episódios de diarreia aguda
* Etiologia disenteria (infecção bacteriana: qualquer agente que causa disenteria pode causar apenas diarreia aquosa. Mas
agentes que causam diarreia aquosa não causam disenteria)
→ Shingella
• Principal causa de disenteria no Brasil
• Clínica (mecanismo invasor): evacuações sanguinolentes, febre, dor abdominal, tenesmo, manifestações
extraintestinais
o Sintomas neurológicos (convulsão)
o Síndrome hemolítica-urêmica (SHU)
▪ Clínica (tríade): IRA + plaquetopenia + anemia hemolítica microangiopática (esquizócitos no SP)
▪ Lesão endotelial que leva a formação de microtrombos no capilar glomerular. Ocorre normalmente
em lactentes (0-2 anos).
→ E.coli
• E.coli enteroinvasvia
• E. coli êntero-hemorrágica / e. coli produtora de toxina shiga / STEC:
o Causa disenteria sem febre
o Síndrome hemolítica-urêmica (SHU o157:H7) (a E.coli causa mais SHU que Shingella!!)
o O uso de antibiótico aumenta o risco de desenvolvimento de SHU
→ Salmonela
• Em geral não são quadros importantes, mas podem cursar com bacteremia (5% dos casos), o que pode ser grave em
indivíduos com hemoglobinopatia S, imunodeprimidos, < 3 meses.
• Nesses pacientes: solicitar coprocultura
→ Parasita
• Entamoeba histolytica
* Tratamento
• Prioridade: prevenção e tratamento da desidratação
• Soluções glicossalinas orais
o Soro caseiro (40 – 50 meq/l)
▪ 1 medida rasa de sal + 2 medidas rasas de açúcar em 01 copo cheio de água limpa. É útil para
manter crianças hidratas, e não para hidratar.
o Solução de reidratação oral – SRO
▪ Padrão (311 mOsm/l)
▪ Osmolaridade reduzida: mais recomendada atualmente (245 mOsm/l)
• Soluções cristaloides EV (SF 0,9%)
→ Avaliação da hidratação
→ Plano C
• Hidratação venosa com SF 0,9%: 100 ml/kg
→ Outras medidas
• Antieméticos: não recomendados
o Obs.: ondasetrona no plano B (01 dose antes de iniciar plano – muito bom na prática)
• Probióticos: avaliar? (encurta duração do quadro com etiologia viral)
• Racecadotrila (tiorfan)?