As Grandes Navegações PDF
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No início do século XIV, as informações geográficas e náuticas eram restritas quase que
inteiramente a Europa. A Igreja Católica, por exemplo, é quem detinha todo o
conhecimento científico durante a Idade Média.
Um Mundo Desconhecido:
Como já dito anteriormente, até o início do século XIV o conhecimento era bastante
limitado, viajar para lugares distantes era raro, e para fora do continente europeu era
quase inimaginável. O mais longe que os comerciantes iam era até as margens do
Mediterrâneo próximo ao norte da África (Estreito de Gibraltar) ou nos limites da
fronteira com a Ásia. Quando Marco Polo viajou até a China no século XIII, ficou
famoso em todo o continente por ter publicado seus relatos.
As viagens marítimas dos europeus eram limitadas a mares fechados ou à costa dos
oceanos por conta da falta de tecnologia e do imaginário herdado do
medievo/antiguidade. Acreditavam em seres fantásticos e fantasiosos, gigantes
habitando o “Mar Tenebroso” que destruíam as embarcações e comiam suas almas,
sereias que encantavam e assassinavam. Também achavam que no extremo sul do
oceano, a terra era plana e as embarcações cairiam num abismo de fogo.
O Empreendimento Português:
Pode-se considerar que A Era das Grandes Navegações terminou por volta do séc. XVII,
quando as rotas de comércio já estavam bem estabelecidas e as regiões interligadas.
Caravelas e Naus
A caravela foi uma novidade na época, era leve e apropriada para navegação.
Impulsionadas pelo vento, podiam fazer 250km por dia. Porém tinham desvantagens,
por serem pequenas não tinham tanto espaço para provisões e escravizados. Por isso,
em viagens longas, era utilizada apenas como auxiliar da Nau. As naus eram maiores e
mais espaçosas, podiam ter 3 ou 4 andares, levava uma quantidade maior de pessoas e
carga, suportando até os canhões. Quando voltavam de suas expedições, os
portugueses traziam consigo, além de especiarias, africanos escravizados vendidos na
costa da África. Desde metade do séc. XV os portugueses comercializavam seres
humanos, esse comércio deu início ao tráfico em grande escala que durou até o séc.
XIX.