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Sumário

Biografia do Autor 05

Prefácio 06

Introdução 09

Cap. 1 - Modelo da Medicina Ambiental 13

Cap. 2 - Alergia Alimentar Tardia (A.A.T.) 20

Cap. 3 - Alergia Alimentar Como Causa de Doenças Crônicas 29

Cap. 4 - A Prática da Medicina Ambiental 39

Cap. 5 - Alergia Alimentar Tardia em Crianças 49

Cap. 6 - Enxaqueca e Alergia Alimentar 53

Cap. 7 - Intestino como um Órgão Imunológico 58

Cap. 8 - Síndrome do Intestino Irritado (S.D.I.) 62


Sumário

Cap. 9 - Doenças Respiratórias e Alergia Alimentar 65

Cap. 10 - Hiperatividade e Déficit de Atenção 69

Cap. 11 - Alergia Alimentar e o Trato Urinário 72

Cap. 12 - Convulsões e Alergia 75

Cap. 13 - Artrite e Alergia Alimentar 78

Cap. 14 - Obtendo o Histórico de um Paciente

portador de Alergia Alimentar/Sensibilidade 82

Cap. 15 - Sintomas e Sinais 86

Cap. 16 - O Papel da Termografia Funcional nas A.A.T. 94

Cap. 17 - Teste de Provocação para Alergia Alimentar 97


Sumário

Cap. 18 - O Procedimento do Teste de Provocação -

Exclusão e Desafio 100

Cap. 19 - O Teste de Provocação Intradérmica dos

Alimentos 104

Cap. 20 - Conclusões e recomendações 110


bioGRAFIA do autor

bia, prestando assistência a popu-


lação ribeirinha e indígenas do Alto
Rio Negro.

Já nesse período desenvolveu inte-


Dr. Gilberto Luiz resse por medicina complementar,
Silva de Paula, 54 preventiva nutricional e homeopáti-
anos, Nutrólogo. ca, ao longo de sua vida profissional
Médico formado pela Universidade de busca por formas mais suaves
do Amazonas (UFAM) em 1987. Fez de auxiliar pessoas com enfermida-
seu internato no Hospital da Base des crônicas funcionais, imuno-alér-
Área de Manaus 7º Comar como gicas nisso tem pautado sua busca
oficial R2, em 1988-1999, onde reali- em termos teóricos e práticos na
zou missões de regastes em regiões sua atividade Clínica desenvolvida
fronteiras com Venezuela e Colôm- na Cidade de Manaus.

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prefácio

Este é o segundo e-book da Aca- perceptivo sobre as possibilidades


demia Brasileira de Saúde Am- de um conjunto de sintomas apre-
biental onde a Alergia Alimentar é sentados por pacientes funcionais,
apresentada dentro da perspecti- crônicos por vezes poli-queioxosos
va da Medicina Ambiental trata-se de serem portadores de reações
de um livro cuja ênfase maior está adversas a alimentos. Ao mesmo
no estabelecimento inequívoco da tempo visa oferecer aos médicos
influencia nociva de alimentos em e profissionais de saúde ferramen-
pessoas sensibilizadas. Foram dei- tas simples de estabelecimento de
xados de lado descrições de meca- diagnóstico etiológico de uma for-
nismos bioquímicos, imunológicos e ma rápida, de baixo custo e inequí-
toxicológicos que podem participar voca.
da fisiopatologia das manifestações
clinica das alergias alimentares. O Aos que lerem esse livro faço uma
foco está em desenvolver um olhar advertência: as Alergias Alimentares

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prefácio

Tardias vão fazer parte de sua vida Esse manual não encerra todos os
profissional e quanto mais você es- estudos necessários para o desen-
tudar sobre esse assunto e mais ex- volvimento profundo desse campo
periência adquirir com os resultados de estudo e de prática clínica ,ele
clínicos que obtiver menos medica- é uma porta para um outro mun-
mentos e exames invasivos você irá do conceitual de entendimento das
utilizar em sua prática clínica. causas ocultas das doenças infla-
matórias crônicas funcionais.
Seus pacientes vão lhe agradecer e
vão lhe referenciar com grande ale-
gria e gratidão por lhes ter mostrado
uma verdade que lhes estava velada.

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Quem não conhece nada, não ama nada.
Quem não pode fazer nada, não compreende nada.
Quem nada compreende, nada vale.
Porém, quem compreende também ama, observa, vê...
Quanto maior for o conhecimento inerente a uma coisa,
maior será o amor...

Paracelso

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introdução
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intrOdução

As alergias alimentares têm se tor-


nado um fenômeno epidêmico no
mundo todo. Os médicos ambienta-
listas acreditam que o processo de
industrialização de produção e pre-
paro dos alimentos esteja na gênese
dessa realidade crescente. Quanto
mais industrializada é a alimentação
de um ser humano, maior o poten-
cial de desenvolver sensibilidades,
alergias e intolerâncias a alimentos.
Muitos sintomas crônicos e inflama-
tórios podem ser causados por aler-
gias alimentares.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 10


intrOdução

Na medida que a compreensão dos


mecanismos imunológicos, bioquí-
micos e enzimáticos das alergias ali-
mentares vão evoluindo, começam
a surgir mais profissionais de saúde
interessados em estudar e aplicar
técnicas de diagnósticos que pos-
sam sugerir e ou confirmar alergias
alimentares como causa de doenças
inflamatórias crônicas. A percepção
de que os alimentos podem ser tre-
mendamente ofensivos para algu-
mas pessoas é um divisor de águas
para profissionais de saúde que uti-
lizem a dietoterapia como estraté-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 11


intrOdução

gia de tratamento para seus pacien- Trata-se de uma imersão no legado


tes. O paradigma de que alimentos de médicos como Theron Randhol-
podem favorecer estados de saúde ph, considerado o pai da Medicina
traz também o paradigma de que Ambiental Americana. Um livro que
alimentos podem provocar doen- discute a questão da sensibilidade
ças. individual de seres humanos aos ali-
mentos em uma perspectiva ainda
Esse e-book traz conceitos desen- não completamente conhecida por
volvidos por médicos ambientalis- profissionais de saúde no Brasil.
tas americanos que foram elabora-
dos ao longo de 50 anos de estudos,
sobre o papel das alergias alimenta-
res tardias em doenças inflamató-
rias crônicas.

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CAP. 1
O modelo da
Medicina Ambiental

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capítulo 1

Antes de falar sobre Alergias Alimen- O modelo no esquema a seguir da


tares é necessário que seja apresenta- Medicina Ambiental (M.A), segundo
do o Modelo da Medicina Ambiental, a Academia Americana de Medicina
pois sem essa compreensão mais am- Ambiental.
pla o médico, ou profissional de saúde,
poderá ter uma visão muito superficial
desse fenômeno que possui detalhes
imprescindíveis de serem conhecidos
e sem os quais o estudo, o entendi-
mento e a prática clínica será basea-
da em uma percepção superficial des-
provida da conexão com os aspectos
fisiopatológicos, psico-neuro-imuno
endócrinos correlatos as alergias ali-
mentares.

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capítulo 1

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 15


capítulo 1

Nesse gráfico podemos perceber Dentro dessa visão, de que múltiplos


que o modelo da M.A. é um mode- fatores ambientais individualmen-
lo multifatorial no qual uma ou mais te, ou somados, induzem respostas
variáveis interagem resultando em adaptativas favoráveis e desfavorá-
uma indução por soma levando ao veis é que se baseiam os conceitos
desenvolvimento de uma doença da Medicina Ambiental. Dessa for-
ambiental. É necessário que o mé- ma, partimos do princípio que todo
dico conheça esse modelo para po- ser humano nasce com um poten-
der avaliar entre os múltiplos fatores cial genético que será expresso em
quais os que têm maior peso em um fenótipo, resultante dos fatores
cada caso individual. Para tal exis- ambientais que determinam, ou não,
tem questionários e técnicas que a expressão de genes bons e ou ge-
permitem esse tipo de conexão. nes ruins.

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capítulo 1

A título de exemplo posso citar um fenotípicas igualmente distintas. As-


fato que se observa no Japão. Exis- sim ocorre com as flores e borbole-
tem dois tipos de japoneses: os al- tas na Amazônia.
tos e brancos com um perfil mais in- Quando as de uma
dustrial, o japonês da montanha; e mesma espécie que
os baixos e escuros que descendem vive nas regiões
dos pescadores das ilhas, o japonês baixas são menores
“maru”. Ambos são geneticamen- e menos coloridas,
te japoneses, mas o ambiente onde as das regiões
seus ancestrais viveram por milê- mais elevadas
nios lhes concedeu expressões ge- maiores e
néticas características. A exposição de cores mais
a um ângulo de luz do sol diferente, vibrantes.
a pressão atmosférica e alimenta-
ção diferentes geraram expressões

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capítulo 1

O ambiente afeta todas as espécies. O grande problema que enfrenta-


O ar, o solo, a água e alimentos jogam mos hoje é que grande parte dos ali-
dados com nossos genes criando mentos que ingerimos estão sendo
novas possibilidades de expressão. processados pela indústria e acres-
Nosso material genético é como um cidos de substâncias estranhas ao
teclado, tocado de forma harmôni- meio ambiente e ao nosso corpo, o
ca gera música e de maneira errô- que pode resultar em rejeição, infla-
nea o caos e a doença. Os alimentos mação e confusão em nosso orga-
afetam a expressão de genes tanto nismo, podendo nos levar a doenças
por sua qualidade, quanto por sua graves como diabetes, hipertensão,
quantidade e esse é o grande para- doenças cardíacas, câncer e um
digma que nos desafia no presente grande número de doenças des-re-
milênio - Qual a alimentação adequa- gulatórias chamadas de síndromes
da para um indivíduo ou mesmo para funcionais como fibromialgia, enxa-
grupos étnicos? queca, sensibilidade química, aler-

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capítulo 1

gias respiratórias e alimentares, fadi- te pelos pacientes com doenças


ga crônica, dominância estrogênica funcionais complexas e debilitantes,
e resistência insulínica. por aqueles pacientes que já passa-
ram por muitos médicos, realizaram
Esse livro digital destina-se àqueles vários exames e não conseguiram
que têm a intenção de compreen- obter alívio duradouro, a não ser
der o Modelo da Medicina Ambien- com o uso constante de medica-
tal. Trata-se do começo do enten- mentos sintomáticos.
dimento de uma prática clínica de
alto impacto, baixo custo e excelen-
tes resultados para consultórios.

A alergia alimentar é o primeiro pas-


so para lidar com os grandes desa-
fios que nos são trazidos diariamen-

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CAP. 2
Alergia Alimentar
Tardia (A.A.T)

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capítulo 2

Neste livro vamos separar aler- edema de face ou do corpo, taqui-


gias alimentares agudas e anafilá- cardia, vômitos e diarreia, choque,
ticas das tardias e ocultas. As aler- perda da consciência, convulsões
gias anafiláticas, ou agudas, são um até mesmo à morte.
campo exclusivo de médicos espe- Essa é uma alergia para médicos
cialistas em alergias mediadas por com experiência e formação em
IgE. Como exemplo dessas alergias alergia e imunologia.
temos o clássico exemplo da alergia
aos frutos do mar. A pessoa que as A alergia que aqui vamos tratar são
têm, caso desrespeite a proibição as chamadas Alergias Alimentares
de ingestão, após ingerir o alimen- Tardias, também chamadas de ocul-
to em um tempo máximo de meia tas ou cíclicas. Estas alergias não
hora poderá desenvolver múltiplas têm relação com anticorpos IgE, es-
manifestações de uma reação alér- pecíficos para alimentos e não têm
gica que vai da rinite, asma, urticária, relação com reações anafiláticas.

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capítulo 2

São reações que podem ter rela-


ções com anticorpos IgG, em mui-
tos casos, mas também podem se
manifestar na ausência desse meca-
nismo. Na verdade as Alergias Ali-
mentares Tardias (A.A.T) podem ter
mecanismos que ainda não foram
completamente elucidados e que,
ainda, estão em estudos aguardan-
do exames que possam ter sensibi-
lidade e especificidades maiores do
que os que dispomos atualmente.

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capítulo 2

Os testes séricos IgG são uma refe- Para médicos ambientalistas, o me-
rência de uma provável sensibilidade, canismo que determina uma A.A.T. é
pois a sensibilidade é somente com- menos importante do que a prova
provada quando se faz a exclusão do clínica de que ao excluir o alimento
alimento e a reintrodução do mesmo. ocorra melhora dos sintomas e sinais
Nesse caso observando melhora dos do paciente e quando reintroduzido
sintomas e sinais, quando se exclui o alimento ocorra o retorno dos sin-
o alimento e após a sua reintrodu- tomas e sinais.
ção, observa-se o retorno dos sinais
e sintomas confirmando a relação As A.A.T. são causadoras de um
de causa e efeito. Tal como na aler- grande número de doenças infla-
gia anafilática, o teste de exclusão e matórias crônicas e por um grande
desafio é o Padrão Ouro para esta- número de sintomas cuja relação
belecimento de um NEXO-CAUSAL. segue a seguir:

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capítulo 2

Vícios Eczemas Câimbras


Artrites Desordens biliares esclerose múltipla
Asma Sensibilidade ao glúten Osteoporose
Alergia atópica Enxaqueca Dores torácicas
Disglicemias Herpes simples Fibromialgia
Alergia cerebral Urticárias Síndrome pré-
Candidíase Hipoglicemia menstrual
Doenças cardiovasculares Hipotensão Vertigem
(hipertensão) Hipotireoidismo Fadiga crônica
Constipação Insônia Fadiga adrenal
Depressão Deficiência de ferro
Diabetes mellitus Síndrome do cólon irritável
Desordens digestivas Labirintite Postural

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capítulo 2

Vivemos hoje um paradigma de que Entretanto, quando consideramos


os alimentos devem ser considera- que um alimento pode ter a capaci-
dos potenciais medicamentos. dade de afetar nossa fisiologia para
o bem e mesmo a nossa expressão
genética, está implícita a admissão
Fazei do seu alimento seu de que enquanto aceitamos que
medicamento e do seu uma alimento pode funcionar como
alimento seu medicamento remédio, ele também pode ter efei-
tos colaterais para alguns indivídu-
os. Todo remédio tem o potencial
Isso pode ser considerado uma ver- de gerar efeitos indesejados e co-
dade hipocrática. laterais. Não é diferente com os ali-
mentos.

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capítulo 2

Nesse sentido, esse livro tem como Essa capacidade seria algo análo-
foco suprir esse vazio da ortodoxia go a poder ver o lado escuro oculto
médica contemporânea. Ao ser es- da Lua. Nós que vivemos no plane-
clarecido desse novo horizonte con- ta Terra não conseguimos ver a face
ceitual o médico passa a compre- oculta da Lua - o seu lado escuro.
ender os sintomas crônicos de seus Muitos pacientes com problemas
pacientes em outra perspectiva, as- crônicos recidivantes inflamatórios
sociando o conjunto dos sintomas podem ser portadores de reações
relatados com causas alimentares adversas a alimentos e essa relação
ocultas, quando isso for possível de pode ser estudada, compreendida e
ser demonstrado ou prognosticado estabelecida de forma simples, ob-
em sua história clínica e exames fí- jetiva e inequívoca para o médico e
sicos. para seu paciente.

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capítulo 2

O médico que for capaz de estabe-


lecer essa relação em sua prática
clínica terá enorme satisfação nessa
atividade e terá de seus pacientes
uma enorme gratidão por lhes con-
ceder a libertação de sintomas crô-
nicos inflamatórios que tratados de
forma sintomática podem gerar ou-
tros problemas de saúde, resultado Exame
Termográfico
de iatrogenia pelo uso de múltiplos Funcional –
medicamentos sintomáticos como Paciente portador
de gastrite crônica
anti-inflamatórios, analgésicos, cor- e hipertensão e
ticoides, entre outros. sensível a café

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A lua vista por trás
na frente do planeta
Terra, uma realidade
somente agora
conhecida graças
aos satélites da
NASA.

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Quem crê que todas as frutas
amadurecem ao mesmo tempo
que as amoras, nada sabe
acerca das uvas.

Paracelso

CAP. 3
Alergia Alimentar como
causa de doenças crônicas

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capítulo 3

Os médicos ambientalistas ameri-


canos costumam dizer que as aler-
gias alimentares tardias são como
um jogo de xadrez. Quem imagina
que A.A.T. se manifestam somen-
te no aparelho digestivo facilmente
deixará de perceber as possibilida-
des de conexão entre doenças in-
flamatórias crônicas em diferentes
tecidos, sistemas e aparelhos do or-
ganismo humano.

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capítulo 3

Ainda que muitos problemas diges- O aparelho digestivo é intensamen-


tivos como obstipação, diarreia, dis- te inervado por fibras simpáticas e
pepsia, gastrites, esofagites possam parassimpáticas, o processo infla-
ser causados por reações alérgicas matório crônico desencadeia res-
alimentares tardias, imaginar que as postas adaptativas no S.N.A, essa
repercussões das A.A.T. resumem- resposta adaptativa pode gerar sin-
se a esse aparelho é limitar profun- tomas à distância, como dores to-
damente as possibilidades clínicas rácicas anteriores e posteriores que
desse conhecimento. podem resultar em ativação de mus-
culatura esquelética evoluindo para
Um dos sistemas que sofrem grande síndromes chamadas miofacial, em
impacto das inflações crônicas cau- especial nos músculos romboides e
sadas pelas A.A.T é o sistema nervo- trapézios, podendo também se re-
so autônomo - o S.N.A. percutir em região lombar.

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capítulo 3

Essa ativação crônica do S.N.A. pode resultar em elevação de ci-


pode resultar em estados de exci- tosinas inflamatórias que ativam o
tação permanente como se observa sistema nervoso central, que mani-
em crianças autistas e adultos com festa uma resposta neuroendócri-
déficit de atenção e hiperatividade, na secretando grandes quantidades
nesse caso quando o processo in- de catecolaminas e hidrocortisona
famatório afeta preferencialmente deixando muito indivíduos em situ-
o sistema nervoso simpático. Nos ação de estresse, fazendo com que
indivíduos nos quais a inflamação esses indivíduos desenvolvam com-
repercutir mais nas fibras parassim- portamentos adaptativos, agitação,
páticas teremos os pacientes enxa- ansiedade, impaciência e intolerân-
quecosos e com tendência a pres- cia que podem ser muitas vezes re-
são baixa. sultantes de reações adversas a ali-
O processo inflamatório das rea- mentos.
ções imunológicas aos alimentos

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capítulo 3

Em pacientes cronicamente afetados


por alergias alimentares podemos
encontrar aqueles que desenvolvem
síndromes de fadiga adrenal, pois seu
organismo cronicamente afetado pe-
las inflamações resultantes das A.A.T.,
esgota sua glândula adrenal por crô-
nica resposta às persistentes inflama-
ções, resultando nos casos clássicos
de fadiga crônica e aumento de infla- Imagem termográfica de paciente portador de
A.A.T que repercutiu para uma síndrome miofascial
mação generalizada nesses pacientes de esplênio - trapézio e romboide esquerdos
que desenvolvem múltiplas alergias e
intolerâncias, pois perderam a capa-
cidade de modulação anti-inflamató-
ria das glândulas adrenais.

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capítulo 3

Em geral, pacientes adultos que vol- inicial devem ser investigados sobre
tam a ter alergias que desenvolve- A.A.T.
ram na infância e que entraram em
remissão na adolescência são alta- Gastrites, colites, esofagites, asma,
mente suspeitos de estarem desen- hipertensões ditas “nervosas”
volvendo fadiga adrenal. Adultos devem ser investigadas para A.A.T.
que nunca tiveram manifestações de
alergia e que passam a desenvolver
qualquer tipo de alergia na maturi- Fibromialgias enxaquecas, síndro-
dade tem uma grande possibilidade mes miofasciais, artrites soronega-
de estar desenvolvendo sensibilida- tivas fazem partes de síndromes
de alimentar. que podem responder total ou par-
cialmente a dietas de exclusão para
Pacientes que estão desenvolvendo estabelecer se ocorre, ou não, nexo-
doenças autoimunes em uma fase causal entre seus sintomas e A.A.T.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 34


capítulo 3

*CNS = Sistema Nervoso Central.


IMS = Sistema Imunológico

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 35


capítulo 3

Nesse gráfico, temos exemplifica- Essa reação se propagará para todo


do o Sistema Imunológico no balão o corpo, se não houver medidas de
amarelo à direita, na seta amarela modulação neuroendócrinas. Então,
está a representação de um antí- o Sistema Nervoso Central - nosso
geno (alimento) que estimula uma cérebro - ao perceber a desordem
resposta imunológica de produção inflamatória local responde neuro
de citosinas que modificam o pa- endocrinamente com noradrenali-
drão do sistema imunológico de Th1 na e cortisol no sentido de reduzir
(imunidade) para um padrão Th2 a explosão inflamatória impedido a
(alergia). Essa reação imunológica sua magnificação.
leva a um aumento de secreção das
células do Sistema Imunológico de
citosinas inflamatórias tipo iL6 IL1 e
fator de Necrose Tumoral, gerando
um reação em cadeia de inflamação.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 36


capítulo 3

O organismo ao lançar mão desse ção crônica terá nessa conduta um


controle modulatório da inflamação impacto muito profundo na quali-
alérgica sofre uma perda de equilí- dade de vida do seu paciente, pois
brio de seu eixo neuroendócrino le- ele está atuando na causa daquilo
vando o organismo a um estado de que desestabilizou cronicamente o
adaptação. Esse estado adaptativo eixo dos três sistemas adaptativos
é o estresse psico-neuro-imuno en- do organismos do seu paciente.
dócrino experimentado pelos por-
tadores de alergias crônicas.

Por isso o médico que estabelece


o diagnóstico de uma alergia como
causa de uma inflamação crônica ao
recomendar ao seu paciente evitar
o fator desencadeante da inflama-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 37


capítulo 3

Sublata Causa Tollitur Effectus

Traduzida do latim, a expressão Sublata Causa Tollitur


Effectus significa: suprimida a causa, eliminado o efeito.
Assim resumiam os chamados filósofos naturais da an-
tiguidade a sua visão unívoca sobre a relação de causa-
lidade, ou de causa e efeito

ELIMINANDO-SE A CAUSA, CESSAM OS EFEITOS

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CAP. 4
A prática da Medicina
Ambiental

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 39


capítulo 4

É essencial o estabelecimento ine- Havia sofrido duas internações e em


quívoco de uma causa ou de cau- sua tomografia pulmonar havia um
sas que se somam. Como exemplo, achado que sugeria um grave pro-
faço aqui o relato do caso de uma cesso inflamatório, ela tinha um si-
paciente. nal radiológico tomográfico chama-
do Padrão de Vidro Fosco.
E.L.M. era uma paciente com 24
anos, obesa mórbida que me foi re-
comendada por seus irmãos médi-
cos. Ela tinha crises de asma que
eram seguidas de infecções de seios
da face e evoluíam para bronquites
e pneumonias de repetição.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 40


capítulo 4

O Padrão em Vidro Fosco é um cos e anatomopatológicos deve ser


achado frequentemente visto na to- considerada para uma interpreta-
mografia computadorizada de alta ção diagnóstica mais correta.
resolução do tórax e se traduz pelo
aumento do coeficiente de atenua-
ção dos pulmões, sem, no entanto,
apagar as marcas bronco vascula-
res. Pode corresponder a compro-
metimento intersticial ou alveolar, na
fase aguda ou crônica de doenças
inflamatórias, tumorais ou infeccio-
sas dos pulmões, ou mesmo surgir
como artefato. Devido à sua grande
inespecificidade, a associação com
outros achados radiológicos, clíni-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 41


capítulo 4

Esse achado me fez recomendá-la a Durante suas crises de asma sem-


um colega cirurgião torácico que re- pre era acometida de candidíase.
alizou uma biopsia e me confirmou Ela tem um tipo de alergia comple-
tratar-se de um padrão inflamatório xa tardia que resulta quando inge-
predominante eosinofílico. Ou seja, re açúcar um desligamento de seu
era uma alergia que causava todo sistema imunológico, resultando em
aquele transtorno. Uma vez armado infecção respiratória por bactérias e
dessa evidência a submeti a testes genital por fungos. Ao ser esclareci-
alérgicos, entre eles testei alimentos da que esse era seu problema ela se
através do teste intradérmicos. Ela refugiou em um SPA, pois se con-
apresentou uma reação de grande fessou viciada em açúcar.
intensidade para açúcar e fungos,
entre eles a Cândida.

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capítulo 4

Após 30 dias de abstinência ela vol- Esse é um exemplo extremo de como


tou ao meu consultório visivelmente alergias alimentares tardias podem
mais magra, havia perdido 17 quilos, conduzir um paciente para situações
não estava mais edemaciada e sem de grande risco quando não se diag-
usar medicamentos que já fazia uso nostica a causa da inflamação.
cronicamente, corticoides, anti-his-
tamínicos e bronco dilatadores. Sua
face revelava alegria e seus irmãos
me ligaram impressionados com o
resultado.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 43


capítulo 4

Outro caso interessante foi de um pa-


ciente do sexo masculino, policial de
32 anos que me procurou por suas do-
res de cabeça constante que lhe obri-
gavam fazer uso de remédios analgé-
sicos todos os dias. Ele também era
hipertenso e no dia de sua primeira
consulta, mesmo usando remédios
para hipertensão se apresentou com
uma pressão de 140x100 mmHg. Quei-
xava-se de dores torácicas anteriores
precordiais e posteriores e fazia acom-
panhamento regular com cardiologis-
ta. Sua termografia revelou que ele ti-
nha refluxo e que provavelmente tinha
uma alergia alimentar tardia.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 44


capítulo 4

A assimetria frontal, as mãos hipo-ra-


diantes (frias) e as regiões hiper-ra-
diantes (quentes) na região do exter-
no e região gástrica sugerem alergia
alimentar. Submetido a testes intra-
dérmicos ele revelou sensibilidade ao
café. Ao retirar esse alimento de sua
dieta, sua pressão normalizou, não
teve mais insônia e cessou sua dor de
cabeça.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 45


capítulo 4

Escolhi esses dois exemplos com o são causados por sensibilidade ao


propósito de mostrar dois aspec- glúten e intolerância a lactose.
tos importantes que destacam a
relevância da Alergia Alimentar na Aliás, acho que esse reducionismo
Perspectiva da Medicina Ambiental de associar esses dois fatores como
de outras visões e modelos. causadores universais de doenças
crônicas relacionadas à alimenta-
Em primeiro lugar nenhum teste IgG, ção levará em um futuro próximo
seja de sangue ou saliva, diagnosti- esse campo de estudo a descrença,
caria esses dois pacientes. O segun- banalizando um conhecimento que
do aspecto é que, ao contrário de levou mais de 50 anos para ser es-
um pensamento amplamente dis- tabelecido.
seminado, nem todos os pacientes
portadores de problemas de saúde
crônicos, relacionados a alimentos,

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 46


capítulo 4

Sinceramente não acredito que to- Um balconista de farmácia pode


das as pessoas do mundo sejam sen- prescrever medicamentos por imi-
síveis a leite de gado ou intolerantes tação, baseado na informação dos
à lactose. Nem tão pouco sensíveis sintomas - é bem verdade que al-
ou intolerantes ao glúten. guns médicos o fazem também, mas
o que diferencia um médico de um
Dito dessa forma transforma uma balconista de farmácia é a capaci-
verdade que é válida para alguns dade de fazer o diagnóstico.
em uma inverdade, quando genera-
lizada para todos os seres humanos.
Como médico, acredito que o que
diferencia o médico de todas as ou-
tras áreas da saúde e profissões é a
habilidade de fazer o diagnóstico.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 47


capítulo 4

Tratando-se de doenças desregula-


tórias, firmar um diagnóstico é as-
sumir que um fator ambiental, como
um alimento, pode ser o grande per-
petuador de uma disfunção crônica
que pode resultar em sintomas e
sinais persistentes e potencialmen-
te graves como os relatados nesses
dois pacientes.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 48


CAP. 5
Alergia Alimentar
Tardia em crianças

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 49


capítulo 5

Em estudos controlados, muitos en- guíneos tipo igE e prick test ade-
volvendo dietas de exclusão e de- quados para reações anafiláticas
safio para alimentos e aditivos, têm não são adequados para alergias
sido implicados em 25% de casos tardias.
de rinites crônicas, 10 a 16% de asma
brônquica, 53 a 60% de eczemas Alergias alimentares são particular-
atópicos, 33%, ou mais, de enxaque- mente frequentes em crianças abai-
cas e 30 a 50% de urticária idiopá- xo de 1 ano com cólicas, distúrbios
ticas. digestivos, disfunções respiratórias,
eczema e mesmo falha do cresci-
Alergias não são incomuns de ocor- mento e desenvolvimento. Alimen-
rer. Na maioria das vezes, a identifi- to e aditivos devem ser suspeitos
cação da alergia alimentar é difícil, como desencadeadores em crian-
tendo em vista que em sua maioria ças na idade de 1 a 5 anos com de-
são reações tardias e os testes san- sordens alérgicas clássicas - rinites,

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 50


capítulo 5

eczemas e asma - que falham em res- sensibilidade química e outros muitos


ponder a tratamentos convencionais sintomas e síndromes poli sintomáti-
direcionados para alergia inalatória. cas como a fibromialgia que não tenha
Em qualquer idade padrões inusita- um ou outro alimento que não possa
dos de comportamento alimentar, ou exacerbar tais sintomas. Um dos er-
hábitos compulsivos, podem apontar ros mais frequentes tanto de alergis-
para desordens associadas a alergias tas menos experientes como de não
alimentares. alergistas é tentar restringir alergias
alimentares aos mecanismos IgE e
Alergia Alimentar é a causa oculta de IgG, pois existem outros mecanismos
uma grande multiplicidade de sinto- pelos quais os alimentos causam rea-
mas. De fato é difícil encontrarmos pa- ções adversas sendo que os testes de
cientes com rinite alérgica resistente, exclusão e desafio são os mais confi-
enxaqueca, asma, infecções recorren- áveis e menos custosos.
tes, fadiga crônica, artrite, depressão,

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 51


capítulo 5

Pacientes com longa história de sin- sintomas debilitantes em pessoas


tomas físicos e mentais que nunca que são sensíveis a eles. Os autores
foram auxiliados por investigações estabelecem que diferente das re-
e tratamentos médicos convencio- ações convencionais, como as ma-
nais têm experimentado imediato nifestações cutâneas tipo urticária,
alívio de vários dos seu sintomas a maioria dos pacientes desconhe-
quando evitam determinados ali- ce a relação da ingesta dos alimen-
mentos aos quais lhes são esclare- tos com seus sintomas e não estão
cidos como ofensivos. Um estudo conscientes de sua sensibilidade
conduzido por Finn and Cohen su- aos alimentos.
porta essa visão de que alimentos
podem causar um largo espectro de

1 - Soothil , J.F Family Pratice News 16, 5. 1986 4 - Finn, R and Chen,H,N” Food Allergy”: Fact or
2 - Kniker.W.t Family Pratice news 16, 7. 1986 Fiction? Lancet. February 25, 1978.
3 - Brostoff ,J. Challancobe , SJ Food Allergy and
Intorelance. Phill Bailier Tindal, 1987

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 52


CAP. 6
Enxaqueca e Alergia
Alimentar

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 53


capítulo 6

Existem literaturas médicas relacio- eira doméstica, pelos de cão e gato


nando alergia alimentar e enxaque- foram os inalantes mais frequentes.
ca desde 1905, Shapiro e Isenberg
sugerem que tratamento alérgico
específico a alguns alimentos é uma
alternativa preferencial ao tratamen-
to sintomático. Em seu estudo com
100 pacientes, 36% dos pacientes
com enxaqueca tiveram excelentes
resultados reportados, 40% relata-
ram grande melhora, 19% melhora
moderada com o tratamento alérgi-
co. Os mais comuns alimentos im-
plicados nesse estudo foram leite,
peixes, amêndoas e chocolate. Po-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 54


capítulo 6

Os autores encontraram irritantes almente, aos três. Por eliminação


como cheiro de tabaco como os desses alimentos na dieta, muitos
principais desencadeadores de cri- desses pacientes se tornaram as-
ses. sintomáticos pela primeira vez em
muitos anos.
Monroe and Brostoff encontraram
dois terços de pacientes com se- Em 1983, Egger et Al relatou que 78
vera enxaqueca, alérgicos a certos de 88 crianças com cefaleia enxa-
alimentos demostrando por die- quecosa tornaram-se assintomáti-
ta de exclusão e desafio sublingual cas durante uma dieta de eliminação.
essa relação. Demostraram que os Investigação adicional confirmou
pacientes eram consistentemente que alimentos provocaram enxa-
alérgicos de 1 a 3 alimentos e, usu- queca em 26 crianças (60%) em

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 55


capítulo 6

um estudo duplo-cego. Os alimen-


tos mais comuns em desencadear Leite de gado Tomate
enxaqueca nessas crianças listados Ovos Tartrazina
por ordem de frequência foram: Chocolate Peixe cru
Laranja Porco
Trigo Carne de gado
Ácido benzoico Milho
Queijo Soja

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 56


capítulo 6

Outros estudos relacionando alergia alimentar com enxaqueca estão listados


nessa bibliografia.

1- Hare,F.W.E” The Food Factor in Disease” London: Longman`s Green Company 1905
2-Rowe, A.H Food Allergy: Its Manifestation, Diagnosis and Treatment.Philadelphia.1931
3-Shapiro, R.SIsenberg,B.C Allergy Headache.Annals od Allergy 23,31965.
4-Grant, E.C Food Allergy and Migraine. Lancet.May 5 1979
5-Monroe, JBrostoff,J Food Allergy and Migraine.Lancet July 5 1980
6-Mansfield,L Vaughn,R e al Food Allergy and Adult Migraine: Double Blind Mediator
Confirmation od an Allergic Etiology. Annals of Allergy 55:126-129,1985
7-Speer F; The Many Faces of Migraine. Ann Allergy. 1975:34; 273
8-Egger, J Wil, J CArter, C.M is Migraine Food Allergy? A Double -Blind Control trial od
Oligoantigenic of Allergic Diet Treatment .Lancet 865, 1983.
9-Dalton K: Food Intake Prior to Migraine Attack, a Study of 2,313 Spontaneous Attacks.
Headache 1975;15:18
10-Monro J, Carini C: Food Allergy in MIgraine, a Study od Dietary Exclusion and RAST.
Lancet 1980;2:1.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 57


CAP. 7
O intestino como um
órgão imunológico

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 58


capítulo 7

específico se liga a uma IgE específi-


ca desencadeando uma desgranula-
ção de mastócitos liberando media-
dores inflamatórios como histamina,
prostaglandinas e leucotrienos. A li-
beração desses mediadores na pa-
rede intestinal causa vasodilatação
Muitas doenças do aparelho diges- e edema, aumentando a secreção
tivo estão relacionadas a reações intestinal de muco, levando em al-
adversas a alimentos ou outros antí- guns casos a constipação intestinal
genos imunologicamente mediadas. (espasmo crônico), tipo uma asma
Algumas dessas reações aos alimen- intestinal ou a diarreia (aumento de
tos são mediadas por mecanismos secreção), assim como outros sin-
IgE após exposição a determinados tomas que pacientes intolerantes a
alimentos específicos. Um alimento alimentos referem.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 59


capítulo 7

Apesar do mecanismo IgE participar O sistema nervoso entérico é uma


de forma inequívoca e facilmente coleção de neurônios no trato gas-
demonstrável das doenças relacio- tro intestinal que constituem o “cé-
nadas a alimentos, gerando sinto- rebro do intestino” e que pode fun-
mas específicos, existem evidências cionar independente do sistema
crescentes de que a maioria das re- nervoso central. Esse sistema con-
ações aos alimentos envolvem ou- trola a motilidade, as secreções exó-
tros mecanismo não relacionados crinas, endócrinas, parácrinas e a
ao IgE. microcirculação do trato gastro in-
Muitos dos problemas envolvendo a testinal participando da regulação
participação dos alimentos não têm de processos inflamatórios e imuno-
mecanismo imunológico, por essa lógicos. O sistema nervoso entérico
razão é preferível nos referirmos a contém dezenas de neurotransmis-
eles como reações de sensibilidade sores que incluem acetilcollina, se-
ou intolerância do que alergia. rotonina, gaba, óxido nítrico, soma-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 60


capítulo 7

tostina, norepinefrina, endorfinas,


encefalinas, TRH, VIP. É um sistema
extremamente complexo.

1 - Sandberg,D.H Gastro intestinal Complains Relating to Diet j.International Pediatrics 5 (1);


23-29, 1990.
2 - Goyal & Herano,I The Enteric Nervous Sistem.NEJM 334(17)1996
3 - Christensen, J.Pathophisiology of the Irritavel Bowel Syndrome. Lancet,3401444-1451,
december 12, 1992.
4 - Lynn R.B.and Friedman, L.S Irritable Bowel Syndrome.NEJM 329(26);1940-1945,1993
5 - Jones,A.V e al Food Intolerance; A Major Factor in the Patogenesis of the Irritable Bowel
Syndrome.Lancet, 1115-1117, November 20, 1982

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 61


CAP. 8
Síndrome do Intestino
Irritado (S.D.I.)

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 62


capítulo 8

Intolerâncias alimentares têm sido Entretanto a prostaglandina retal


relacionadas com a Síndrome do In- aumentou significativamente. Os
testino Irritado em alguns pacien- mais comuns alimentos provocado-
tes. Jones descreveu que 14 de 21 res de reações em ordem de reativi-
pacientes tiveram sua SDI desen- dade foram em ordem de reativida-
cadeada por alimentos em teste de de: Trigo, milho, lacticínios, café, chá
provocação. Esses pacientes foram e cítricos.
desafiados por duplos cegos rando-
mizados de provocação alimentar.
Não foram encontradas nenhuma
alteração nos indivíduos em relação
a glicose sérica, histamina, imuno-
complexos, contagem de eosinófi-
los, hidrogênio expirado pulmonar e
hematócrito.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 63


capítulo 8

Todos os pacientes encontrados é um campo tão obscuro fisiopato-


com sensibilidade ao trigo tiveram logicamente falando com o outro
biopsias do jejuno histologicamen- lado escuro da Lua.
te normais. Estudos como esse de-
monstram que alergias alimentares

1 - Jones,A.V e al Food Intolerance; A Major Factor in the Patogenesis of the Irritable Bowel
Syndrome.Lancet, 1115-1117,November 20,1982
2 - Petitpierre ,M,Gumowski,P,And Girard,J.P.Irritable Bowel Syndrome and Hyperensitivity
to Food.Annals of Allergy,54:5378-540,1985.
3 - Nanda,R.et al,Food Hypersensitivity in Irrtable Bowel Syndrome.Gut 1989;1099-1104
4 - Bentley,S.J et al Food Hypersensitivity in Irritable Bowel Syndrome.Lancet 1983;2:295-
297.
5 - Zwetchkenbaum,J.,Burakoff,R.The Irritable Bowel Syndrome and Food Hypersensitivity.
Ann.Allergy,1988:61.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 64


CAP. 9
Doenças respiratórias
e alergia alimentar

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 65


capítulo 9

Frequentemente alergia alimentar Um dos primeiros estudos a de-


como causa de asma brônquica tem monstrar o papel da alergia alimen-
sido ignorada por médicos espe- tar na asma brônquica foi publicado
cialistas em doenças respiratórias, por Albert Rowe em 1947. Ele repor-
em especial tosse crônicas que não tou em 173 pacientes com idades
respondem a medidas terapêuticas superior a 55 anos que foram alivia-
usuais. O controle da asma brônqui- dos de seus sintomas de asma brô-
ca com corticoesteroides e outras nquica 82% eram alimentos e ina-
drogas sem o adequado e persisten- lantes, raros tinham sensibilidades a
te estudo das causas é justificado bactérias, 40% era devidos em sua
cientificamente somente enquanto opinião a alimentos somente.
se procede investigações de causas.
A participação da alergia alimentar
na asma brônquica é mais frequen-
te do que tradicionalmente é aceito.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 66


capítulo 9

O papel da alergia alimentar foi ava- 205 pacientes com sensibilidade a


liado em um estudo duplo cego em alimentos apresentaram sintomas
360 pacientes de 6 meses a 30 anos respiratórios nasais e pulmonares
idade que eram portadores de der- quando expostos aos alimentos aler-
matite atópica e condições respira- gênicos. Muitos pacientes tiveram
tórias. 55% desses pacientes eram severa redução de sua capacidade
portadores de asma e 45% tinham pulmonar em seguida a administra-
asma e dermatite atópica. ção dos alimentos alergênicos.

Foram testados com 10g de ali-


mentos dissolvidos em sucos ou
em cápsulas. Dos 302 pacientes
com dermatite, 205 (64%) mostra-
ram hipersensibilidade a alimen-
tos. No estudo duplo-cego 59% dos

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 67


capítulo 9

1 - Rowe,A.H and Rowe A.Jr Bronchial Asthma in Patients over 55 years: Diagnosis and
Treatment.Annals of Allergy,5:509-518,1947
2 - Rowe,A.H et al, Bronchial Asthmma Due to Food Allergy Alone in 95 Patients JAMA,
169(11):1158-1162,1956
3 - Hoj,L.et al A Double Blind Controled Trial od Elemental Diet in Severe Perenial Asthma.
Allergy.3694);257-262,1981
4 - James,J.et al.Respiratory reactions Provoked by Double Blind Food Challenges in
Childrens.American J, of Respiratory and Critical Care Medicine. 49;59-64,1994.

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CAP. 10
Hiperatividade e déficit
de atenção

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 69


capítulo 10

negligenciada por muitas décadas


pela grande maioria dos médicos.

Agora que esse paradigma foi recu-


perado está na hora de rever o pa-
pel das alergias alimentares nos dis-
túrbios de atenção de aprendizado
de crianças e adultos, e o melhor de
Existem numerosos estudos relatan- tudo é que isso pode ser feito facil-
do alergia como causa impactante mente em consultórios.
de comportamento em crianças. No
passado o desconhecimento das re- Existem numerosos relatos na lite-
lações entre o funcionamento do in- ratura documentando alergia como
testino e o funcionamento do cére- causa de fadiga e irritabilidade em
bro, fez com que essa relação fosse crianças.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 70


capítulo 10

1 - Randolph,T.G.: Allergy as a Causative Factor of Fatigue, Irritability,and Behavioral Problems


of Childrens.j.Pediatrics.31;560-572,1947
2 - Crook,W,G, et al Systemic Manifesrtation Due to Allergic Pediatric,May 1961.
3 - Rapp,D.J”Does Diet Affect Hyperativity? J.Learning Disabilitires.11(3)1978
4 - Rapp,D.J”Double-Blind Confirmation and Treatment of Milk Sensitivity” Medical Journal
of Australia.1:571,1978
5 - Egger, j.,Carter,C.M et al Controled Trial of Oligoantigenic Treatment in the Hyoercinetic
Syndrome.Lancet,1:540-545;1985
6 - Boris, Mandel, F.Foods anda Additives are Common Cause of Attention Deficit Hiperactive
Disorder in Children.Annals Of Allergy 72;462-468,1994

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 71


CAP. 11
Alergia alimentar e o
trato urinário

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 72


capítulo 11

Breneman demonstrou que a bexiga queimação, dor, noctúria, urgência,


era suscetível de sofrer choques alér- disuria, hematuria e retenção hídri-
gicos no que diz respeito à enurese ca. Esses pacientes foram dessensi-
noturna em crianças. Em um estudo bilizados de suas alergia inalatórias
com 60 crianças ele descobriu que a e instruídos a eliminar alimentos aos
eliminação de alimentos alergênicos quais demonstraram ser alérgicos
foi efetiva em controlar a enurese nos testes cutâneos. Houve uma no-
noturna. tável melhora dos sintomas de 56 de
57 pacientes. Mulheres com infecções
Powell and Boggs avaliando 57 pa- recorrentes urinárias apresentaram
cientes com problemas do trato uri- infiltração eosinofílica em tecidos ob-
nário que não obtiveram resultados tidos de biopsia por endoscopia tran-
com abordagens urológicas conven- suretral.
cionais de tratamento. Sendo as prin-
cipais queixas frequência urinária,

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capítulo 11

Douglas Sandberg, MD Professor de nifestações de síndrome nefrótica em


Pediatria da Universidade de Miami, 22 de 24 pacientes com essa doença.
relacionou hipersensibilidade a ali- O leite foi o mais frequente alimen-
mentos, químicos ambientais e viro- to provocador. Com a eliminação dos
ses como fatores indutores a síndro- alimentos alergênicos de sua dieta
me nefrótica. Ele correlacionou com essas crianças puderam descontinu-
hipersensibilidade a alimentos a ma- ar o uso do corticoesteroides.

1-Breneman,J,C. Allergic Cystitis: The Cause of Nocturnal Enuresis.General Prac-


tice.20(6)85-981959
2-Bird, R.S.Bed-Wetting in U.S Children:Epidemic Related Behavior Problems.PEdi-
atricvs9893): 414-419, 1996;
3-Powell,N.B.,Boggs,TN.,McGoverbn,J.T: Allergy of Lower Urinary Tract.Annals of Aller-
gy,28;252-255,1970.
4 - Sandberg,B.H.,McIntosh,R.M.Et al: Severe Steroid Responsive Nephrosis Associated with
Hypersensitivity.Lancet.i:380-391.1977.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 74


CAP. 12
Convulsões e alergia

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 75


capítulo 12

Egger realizou um duplo cego con- ticas. Enxaquecas, dores abdominais


trolado usando dieta de eliminação e comportamentos hipercinéticos
com 63 crianças epiléticas. As crian- cessaram em todos os pacientes nos
ças tinham também enxaqueca, com- quais a epilepsia cessou. E em alguns
portamento hiperativo, ou os dois nos quais não cessaram. Os sintomas
problemas associados. 18 delas ti- foram desencadeados por reintrodu-
nham epilepsia somente. As crianças ção sistêmica dos alimentos. Muitas
foram colocadas em dieta oligoanti- crianças reagiram a vários alimentos.
gênica, eliminando os alimentos aos As 18 crianças que tinham epilepsia,
quais eram sensíveis. De 45 crianças somente tratadas com dieta oligoan-
que tinham epilepsia com enxaque- tigênica não apresentaram melhoras.
cas recorrentes, sintomas abdomi-
nais e comportamento hipercinético,
25 deixaram de ter crises epiléticas, 11
tiveram redução de suas crises epilé-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 76


capítulo 12

1- Crayton, J.W., Stone,T.and Stein,G. Epilepsy Precipitated by Food Sensitivity; Report of


a case with Double-Blind Placebo Controlled Assessment.Clinical Electroencephalography.
12;192-198,1981
2- Kailin, E.W.,and Hastings, A. Eletromyographic Evidence of Cerebral Malfunction in
Migraine Due to Egg Allergy.Med.Ann D.C.39.437.441.1970

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 77


CAP. 13
Artrite e Alergia Alimentar

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 78


capítulo 13

Artrite reumatoide e muitas outras mentar ser causa de artrite ser con-
formas de inflamações das articu- siderado experimental, existe um
lações permanecem como doença considerável volume e qualidade de
de etiologia indefinida para as quais literatura implicando o papel da aler-
as terapias são frequentemente ina- gia alimentar como um fator causal
dequadas. Existem algumas evidên- na artrite reumatoide.
cias de que micro plasmas, parasi-
tas, bactérias e viroses podem ser Zeller em 1949 foi um dos primei-
agentes causadores de reações in- ros a demonstrar uma relação de
flamatórias em articulações. causa-efeito entre a ingestão de ali-
mentos específicos e a precipitação
A hipótese de que modificações aguda de manifestações de artrite
nutricionais podem aliviar sintomas reumatoide em pacientes. Ele con-
reumáticos é de grande interesse. firmou em estudos posteriores com
Apesar do conceito da alergia ali- Rinkle and Randolph.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 79


capítulo 13

Ele estabeleceu que o alívio dos sin- cos, ar poluído, alimentos e água
tomas por exclusão apropriadas dos contaminada.”
alimentos provocadores estabele-
cendo a relação de causalidade na
artrite reumatoide.

Randolph usou um controle am-


biental para diagnosticar alergia
alimentar e sensibilidade química
como causa de artrite reumatoide
em mais de 200 pacientes em 1965.
Usando esse método ele concluiu
“que com raras exceções casos de
AR respondem ao evitar alimentos
incriminados e exposição a quími-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 80


capítulo 13

1 - Zeller, M. Rhematoid Artritis- Food Allergy as a Factor. Ann Allergy 7:200,1949.


2 - Rinkle,H.J.,Randolph t,J and Zeller.Food Allergy.Springfield,Thomas,1951
3 - Randolph,T.G.An Ecological Orientation in Medicine;Comprehensive Environmental
Control in Diagnosis and Therapy,Ann Allergy,23:71965.
4 - Randoph,T.G,Human Ecology and Suscetibility to the Chemical Environment.
Springfield,|Thomas,1962.
5 - Randolph,T.G.,Musculoeskeletal Allergy in Children.Int Arch Allergy Applied
immunol,14;84,1959
6 - Panush, R,S., et al Food Induced Arthritis-Clinical and Serological Studies.Arthritis
Rheum,29( suplement)S-33,1986.
7 - Panush, R,S Delayd Reactions to Foods.Food Allergy and Rheumatic Disease.Annals of
Allergy,56:500-503.1986.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 81


Esse breve histórico de investi-
gação nos mostra um panorama
de grandes possibilidades clíni-
cas para o emprego do conceito
das alergias alimentares tardias.

CAP. 14
Obtendo o histórico de
um paciente portador
de Alergia Alimentar/
Sensibilidade
E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 82
capítulo 14

Ao contrário do que se pode imagi- mesmo uma complexa fibromialgia,


nar na maioria das vezes os pacien- ou ainda refluxo que resiste a uma ci-
tes que são portadores de reações rurgia de hérnia de hiato? Um desâ-
adversas a alimentos não suspeitam nimo resultado de fadiga adrenal in-
dessa relação, pois muitos dos sinto- capacitante? Ou uma hiperatividade
mas que os levam aos médicos po- em crianças que obriga os indivídu-
dem ser sintomas distantes do apa- os ou seus pais a usar medicamen-
relho digestivo. tos psiquiátricos para ajustar o com-
portamento de uma pessoa ou uma
Quem suspeitaria que uma rinite ou criança? Ou uma dermatite intratável
asma rebelde a muitos tratamentos e grave nãos responsiva a medidas
especializados possa responder de dermatológicas extremas?
forma rápida, intensa e duradoura a
uma dieta de exclusão? Ou uma enxa-
queca avassaladora e incapacitante e

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 83


capítulo 14

Através da história clínica e coleta Otorrinolaringologia e Academia Pa-


rigorosa do conjunto de sintomas o namericana de Alergia. E você pode
médico assistente tem uma alta pos- obtê-lo enviando um e-mail para
sibilidade de prognosticar reações Academia de Saúde Ambiental soli-
adversas a alimentos como causa citando o questionário. Será aplican-
dos sintomas de um paciente. A for- do esse questionário em todos os seu
ma mais simples de fazê-lo é aplicar pacientes com doenças crônicas que
questionário para assistência clíni- você terá uma noção das probabili-
ca de pacientes suspeitos de serem dades de estar diante de um pacien-
portadores de Alergias Alimentares te com uma alergia alimentar tardia
ocultas. como causa de problemas crônicos
de saúde. Quanto mais afirmativas
Esse questionário é aplicado pelas e detalhamentos nas respostas ao
academias Americana de Alergia questionário, maiores as probabilida-
Alimentar, Academia Americana de des.
contato@absamb.com.br
E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 84
Os pacientes portadores de A.A.T., em
geral, passam por vários médicos, re-
alizam vários exames e testes que, na
maioria das vezes, não indicam uma
causa para seus sintomas. Muitos
desses pacientes têm vergonha de
relatar o conjunto de seus sintomas
por receio de serem considerados hi-
pocondríacos ou pacientes “imaginá-
rios”. Nesse sentido o questionário é
uma primeira evidência de que seus
sintomas procedem de causa possí-
vel de ser detectada.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 85


CAP. 15
Sintomas e Sinais

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 86


capítulo 15

No que diz respeito a sintomas, os de ambiente, melhoram com jejum


pacientes portadores de A.A.T. tem religioso, pioram após as refeições.
um histórico de uma grande multipli- Alguns observam melhora com a in-
cidade de doenças alternantes como: gesta de determinados alimentos e
Distúrbios digestivos, respiratórios, alguns podem ter desejos intensos
nervosos e comportamentais que na de alimentos específicos.
maioria das vezes são avaliados por
vários médicos que os submetem a A história médica desses pacientes
realização de um grande número de é de grande relevância, pois podem
exames que falham em apontar um fazer uso de muitos medicamentos
causa ou mesmo uma lesão que jus- sintomáticos ou têm histórico de sen-
tifique as queixas desses pacientes. sibilidade a medicamentos. Existem
Alguns tem histórico de alergia des- pacientes que ficam viciados nos ali-
de a infância. Seu sintomas são per- mentos que lhes causa alergia, pois
sistentes, não alteram com mudanças suas reações inflamatórias são de tal

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 87


capítulo 15

magnitude que podem levar a libera- A ingestão frequente dos alimentos,


ção de opioides endogenos e prosta- a necessidade do uso constante para
glandinas anti-inflamatórias os fazen- ficar bem, sensibilidade súbita a um
do imaginar que esses alimentos lhes alimento básico, ou quando se faz
fazem bem. uso do alimento em doses maciças,
são sinais de sensibilidade.
Um exemplo clássico é daquelas pes-
soas que se não tomarem café ficam As A.A.T. têm características interes-
com dor de cabeça. Ou de crianças santes de serem aqui relatadas. Elas
que têm desejos muito pronunciados podem ser cíclicas, ou seja, suas ma-
por um alimento no qual a simples nifestações não são constantes. Elas
alusão da retirada causa choro e de- podem ocorrer em concomitância
sespero. com eventos fisiológicos como varia-
ções hormonais fisiológicas ou des-
regulares relacionadas ao ciclo mens-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 88


capítulo 15

trual, ou em casos de fadiga adrenal, que, em geral, elas melhoram a noite,


em indivíduos com deficiência do em função do jejum.
hormônio hidrocortisona. Variações
de temperatura e a presença de com- O diagnóstico da Alergia Alimentar
postos aditivos nos alimentos como Tardia é baseado em um tripé:
temperos, corantes e conservantes.
2-Testes
As A.T.T. podem sofrer ainda influên-
cia de fatores como a frequência de
ingestão, tempo do dia e variações
de temperatura ambiente. Por último
a carga de exposição pode ser uma 1-História 3-Experiência
variável tremendamente importante. clínica e conhecimento
Uma das características das A.A.T. é

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 89


capítulo 15

A história da dieta do paciente é ob- Destaca-se aqui os seguintes pontos:


tida através de um relato de 24 horas,
5 dias de todos os alimentos sólidos e 1 - Frequência de ingestão
líquidos ingeridos durante esse perío- 2 - Natureza das queixas clínicas
do. Essa amostragem é um algoritmo 3 - Sensibilidade ou aversões a ali-
dos hábitos alimentares do paciente mentos
que se multiplicados por 52 semanas 4 - Doses massivas agravam a doen-
revelam seus hábitos alimentares por ça
um ano inteiro. 5 - Múltiplos órgãos e sistemas en-
volvidos e mudanças de um sistema
Deve-se observar esse relato em de- para outro – a exemplo - Urticária al-
talhes, pois podem ocorrer sinergias e ternando com colite.
concomitâncias a exemplo: café com
leite, feijão com arroz.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 90


capítulo 15

O clínico assistente deve procurar clui a participação da alergia alimen-


relacionar os órgãos sensibilizados tar, pois os mecanismos podem ser
com respostas teciduais específicas. outros não imunológicos.
Por exemplo, tosse com refluxo gas-
tro esofágico. E procurar observar se Deve avaliar a necessidade de tratar
sintomas locais podem se relacionar os sintomas e sinais locais e sistêmi-
com sintomas a distância. Exemplo cos e avaliar se esse tratamento pode
uma sensibilidade abdominal ao exa- afetar o processo de investigação
me físico com sintomas a distância. diagnóstico.
Deve procurar estabelecer quais me-
canismos estão implicados na ma- Exemplo: Paciente com crise de aler-
nifestação dos sintomas, celulares, gia necessitando de uso de antialér-
moleculares. A.A.T. nem sempre são gicos para tratar os sintomas locais
causadas por mecanismos IgG, o fato e a impossibilidade de se fazer teste
de ter um teste IgG negativo não ex- de pele enquanto em uso dos medi-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 91


capítulo 15

camentos ou uso de medicamentos Anafiláticos;


antidepressivos. Doença mediado por imunocomple-
xos;
O médico assistente deve ter em IgG, IgA, IgM;
conta que pode haver uma ligação Intolerância enzimática (por defici-
sistêmica entre rinite alérgica, asma, ência);
alergias alimentares, alergias derma- Mecanismos não imunológicos;
tológicas e inflamações do ouvido Reação a aditivos – conservantes,
médio e interno. corantes e afins.

Os mecanismos de ação das alergias O médico estudioso de alergias ali-


alimentares devem ser conhecidos. mentares deve manter sempre essas
perguntas em mente e procurar res-
pondê-las dentro das suas possibili-
dades.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 92


capítulo 15

Uma forma de aprofundar o emprego


da Termografia Funcional na prática
clinica é solicitando o E-book ‘’ A Ter-
mografia Funcional Aplicada a Medi-
cina’’ através do E mail da Academia
Brasileira de Saúde Ambiental –
contato@absamb.com.br

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 93


CAP. 16
O Papel da Termografia
Funcional nas A.A.T.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 94


capítulo 16

A termografia consiste no emprego andar superior do abdômen ou em


de câmeras capazes de captar a ra- hipocôndrios e flancos assim como
diação infravermelha do corpo hu- em região do externo são sugestivos
mano em padrões e assinaturas tér- de inflamações de vísceras ocas são
micas que podem levar ao médico compatíveis com a possibilidade de
conhecedor desses padrões e assi- alergias alimentares que justificariam
naturas a presunção de diagnósticos o emprego de testes alérgicos IgG
funcionais. Nesse sentido a termo- ou intradérmicos, ou ainda de provo-
grafia pode prognosticar a presen- cação. Usada em conjunto com his-
ça de uma provável alergia alimentar tória clínica, questionário de alergia
como causa dos sintomas e sinais de alimentar e exames físicos mostra-se
um problema de um dado paciente. uma semiologia não invasiva, indolor
Sinais como mãos e nariz frios indi- não radiativo bem interessante e pra-
cam distúrbio do sistema nervoso tica na semiologia das A.A.T.
autônomo. Focos hiper radiantes em

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 95


capítulo 16

A imagem ao lado é de uma crian-


ça com tosse e urticária crônica cujo
teste alérgicos IgE específicos nada
esclareciam sobre seus sintomas. A
termografia destaca que ocorria um
processo inflamatório em seu apare-
lho digestivo. O teste intradérmico re-
velou que era portador de A.A.T. para
açúcar, leite de gado e cândida.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 96


CAP. 17
Teste de provocação
para alergia alimentar

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 97


capítulo 17

O padrão ouro das alergias alimen- res. Sua primeira dieta de eliminação
tares para os testes de provocação foi feita com a retirada de ovos, leite e
para alergia alimentar específica foi trigo da dieta. Posteriormente ele foi
pela primeira vez sugerida por Duke, acrescendo outros alimentos a sua
em 1925. Entretanto ele não descre- lista. Em 1828, ele publicou sua expe-
veu detalhes do procedimento clínico riência no JAMA, porém sua dieta era
utilizado. Ele foi o primeiro a sugerir difícil de seguir e não se tornou popu-
a relação entre Síndrome de Menière lar. Foi Rinkle que primeiro empregou
e alergia alimentar. Foi A. H Rowe o dietas de eliminação personalizadas
primeiro a desenvolver a dieta de eli- para teste em consultório e isso foi
minação para diagnóstico de alergia publicado em 1944.
alimentar.
Ele descreveu detalhadamente mui- Seus conceitos foram obtidos de re-
tas desordens crônicas que poderiam comendações hipocráticas estabele-
ser causadas por alergias alimenta- cidas há 2000 anos atrás. “Se o pa-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 98


capítulo 17

ciente retira o alimento por 3 ou 4 dias


e volta a utilizá-lo em grande quanti-
dade no quinto dia, ele será severa-
mente injuriado por esse alimento”.
Rinkle aperfeiçoou o teste de pro-
vocação em consultório colocando
o paciente em observação rigorosa
pelo médico e pelos seus auxiliares. Sintomas como acaloramento, agita-
E quando a provocação não era con- ção e sonolência, entre outros, nor-
duzida em consultório o paciente era malmente não são percebidos pelos
instruído a como proceder em caso pacientes. A liberação para testes
de positividade ou negatividade do individuais sem acompanhamento
teste para relato posterior. médico deve ocorrer somente para
aqueles alimentos usados regular-
mente na dieta.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 99


CAP. 18
O procedimento do teste
de provocação - exclusão
e desafio

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 100


capítulo 18

Esse teste é baseado na observação quer forma de apresentação, no míni-


das reações que ocorrem imediata- mo, por 4 dias e não mais de 10 dias.
mente a reapresentação de um ali- Quando alimentos básicos forem
mento que foi excluído por um perío- testados, tais como leite, ovos, trigo,
do de 4 dias e meio. Durante o período carne de gado, leveduras, porco, etc.,
de evitamento é frequente a ocorrên- o médico deve fornecer instruções
cia de sintomas de abstinência que, sobre muitas formas comerciais nas
geralmente, desaparecem depois do quais esses alimentos são encontra-
terceiro dia. Os sintomas de abstinên- dos.
cia sugerem fortemente uma reação
positiva. Durante a manhã do quinto, ou sexto,
dia de abstinência, o paciente deve
Deve-se testar 2 alimentos por sema- permanecer durante 2h no consul-
na. Cada alimento a ser testado deve tório, devendo não ficar envolvido
ser absolutamente evitado sob qual- em outras atividades em um período

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 101


capítulo 18

de observação, por exemplo de 8h a do alimento específico a ser testado.


8h30h da manhã. O pulso do paciente deve ser moni-
torado no primeiro minuto e a cada
O paciente deve registrar todos os 20, 40, 60 minutos após a ingestão.
sintomas apresentados: gases, obs- Observando os sintomas que surgem
trução nasal, pigarro, tosse, cansaço, durante esse intervalo e listando-os
fraqueza, dor de cabeça, náuseas, vô- na medida em que ocorrem. Quando
mitos, diarreia, cólicas abdominais, o pulso sobe de frequência sem sinto-
aumento da frequência urinária ou mas, isso indica uma provável sensibi-
urgência, tonturas, palpitações, entre lidade. Caso ocorram esses sintomas,
outros. o teste é inequivocamente positivo.

Às 9h da manhã o paciente deve in- Caso ocorram sintomas questioná-


gerir o alimento a ser testado, ne- veis, ou não ocorram sintomas até as
nhum alimento deve ser testado além 10h da manhã, uma segunda porção

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 102


capítulo 18

do mesmo alimento deve ser adminis- Quando o teste do desafio for po-
trada e as observações continuadas sitivo, o paciente pode ter sintomas
por um período de 30 minutos. Caso agudos e sintomas que podem durar
nenhum sintoma ocorra, o paciente por 72 horas. Em caso de sintomas
deve levar o alimento para casa e in- agudos intensos é recomendável que
geri-lo à noite no jantar e observar se o paciente utilize soluções salinas la-
ocorrem sintomas nesse período. xantes para eliminar o alimento do
tubo digestivo o quanto antes. Tais
como leite de magnésia ou sal amar-
go, seguindo da ingestão de vários
copos de água alcalina. Essa condu-
ta neutraliza os efeitos das reações
e abrevia o tempo de ocorrência dos
sintomas.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 103


CAP. 19
O teste de provocação
intradérmica dos
alimentos.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 104


capítulo 19

Nesse teste se utiliza uma diluição de - Tontura


1/100 do extrato do alimento e obser- - Fadiga ou sonolência
va as reações que se manifestam na - Obstrução nasal
pele. Após a introdução intradérmica - Drenagem nasal posterior
- Tosse
no antígeno na pele do antebraço. As
- Sensação de constrição na garganta ou
reações que devem ser observadas e no peito
os sinais de haver sensibilidade são: - Coceira generalizada.

1-Pápula aumentada maior que a pápula


do controle
2-Pápula Hiperemiada
3-Prurido no local da aplicação da pápu-
la ou periférico
4-Sintomas abaixo listados durante a re-
alização do teste:
- Dor de cabeça

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 105


capítulo 19

Uma vez positivado o teste o pacien- Entre os alimentos mais frequentes


te deve ser orientado a manter uma de apresentar reações temos:
dieta de exclusão dos alimentos aos
quais esta sensibilizado por um perí-
- Leveduras
odo de 3 a 6 meses, quando se tenta-
- leite de gado
ra reintroduzir o alimento na dieta do
- Trigo
paciente diagnosticado.
- Ovos
- Carne de gado
- Açúcar
- Arroz

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 106


capítulo 19

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 107


capítulo 19

Esse teste é baseado nos mesmos ingeridos. O foco é estabelecer se o


princípios da provocação oral, apenas paciente é portador de uma alergia
que se realiza a provocação na pele alimentar tardia oculta.
com uma diluição forte do alimento
a ser testado. As reações observadas O teste é precedido da inoculação
na pele são as mesmas que ocorrem intradérmica de uma solução salina
no aparelho digestivo, somente que para estabelecer um controle negati-
miniaturizadas nas pápulas. As rea- vo e de uma diluição de 0,01cc de uma
ções sistêmicas obedecem aos mes- diluição de histamina de 1:625,000
mos princípios. Nunca se deve testar para estabelecer o controle positi-
alimentos sabidamente ofensivos e vo. O teste será considerado positivo
que possam causar reações intensas, quando a pápula for 2 mm maior que
pois a capacidade ofensiva do alimen- o controle negativo. Após 10 minutos
to já é conhecida pelo paciente. Não de mensuração.
se deve testar alimentos raramente

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 108


capítulo 19

Durante o teste o paciente deve ser


convidado a relatar qualquer coisa
que sinta e a enfermeira deve obser-
var sinais vitais aparência e compor-
tamento do paciente. Originalmente
esse teste pode ser sucedido de di-
luições crescentes para se estabele-
cer doses de neutralização. Em nos-
sa prática temos utilizado somente a
primeira diluição para estabelecer se
o alimento é ofensivo, que será exclu-
ído da dieta por 3 a 6 meses e de-
pois tentada a reintrodução através
de uma dieta rotatória e diversificada.

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 109


CAP. 20
Conclusões e
recomendações

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 110


capítulo 20

O médico capaz de estabelecer de dem ser desencadeados por fatores


forma inequívoca a participação de ambientais que afetem a resposta
uma alergia alimentar tardia na gêne- imunológica do aparelho digestivo.
se de uma doença crônica será capaz Ainda que o estabelecimento do
de resolver problemas de saúde com- diagnóstico da A.A.T. seja um conhe-
plexos e multissintomáticos de forma cimento importante e uma arte a ser
rápida, objetiva e surpreendente, para desenvolvida ao longo de uma práti-
o paciente e para ele mesmo, nos pri- ca reflexiva e ponderada, jamais deve
meiros momentos em que iniciar sua ser descontextualizada da visão da
prática. medicina ambiental que envolve ou-
tras compreensões fisiopatológicas
Deverá ter em mente que muitos aler- mais abrangentes.
gias alimentares podem ser causadas
por desequilíbrios do Sistema Endó-
crino, em especial em mulheres, e po-

E-BOOK ALERGIA ALIMENTAR TARDIA - 111


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