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1º ANO Referencial - Curricular - Parana - Foco
1º ANO Referencial - Curricular - Parana - Foco
1º ANO Referencial - Curricular - Parana - Foco
em
foco
ENSINO FUNDAMENTAL - FASE 1
GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ
Carlos Massa Ratinho Junior
Diretor Geral
Gláucio Dias
Diretor de Educação
Roni Miranda
SUMÁRIO
1APRESENTAÇÃO....................................................................................4
2 INTRODUÇÃO........................................................................................6
Os desafios enfrentados no ano de 2020, em virtude da pandemia causada pelo Coronavírus (COVID-19), demandaram a necessidade
de adaptação e reorganização das relações de trabalho, das interações sociais, das formas de prestação de serviços, entre outras tantas
atividades humanas presentes na sociedade.
A educação escolar, nesse contexto, não deixou de sofrer os impactos do imprescindível isolamento e distanciamento social. Com a
suspensão das atividades escolares presenciais, secretarias de educação, professores, diretores e equipes pedagógicas de todo o Brasil
foram levados a planejar e implementar novas e flexíveis formas de ensinar. Atividades pedagógicas impressas, transmissões de aulas em
canal de televisão aberta, disponibilização de conteúdos em aplicativos e em plataformas como o YouTube e o Google Classroom são alguns
dentre tantos recursos utilizados na tentativa de, apesar das dificuldades impostas, dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem.
Apesar das medidas acima mencionadas, muitas inseguranças e incertezas permeiam o processo educativo, principalmente com
relação à continuidade da oferta do ensino remoto e como se dará a retomada das atividades presenciais. Essas inquietações foram
manifestadas pelas escolas tanto da rede estadual como das redes municipais, por meio da pesquisa: “Ações Undime - PR”,
realizada pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação do Paraná (Undime-PR), que contou com a resposta de 99% dos
municípios paranaenses. Essa pesquisa teve como finalidade realizar um levantamento acerca dos protocolos adotados pelos municípios
paranaenses diante da pandemia causada pelo Coronavírus e perceber quais foram as grandes conquistas e os desafios relatados
pelos municípios nesse momento.
Um dos grandes desafios apontados foi quanto à dificuldade em continuar com a implementação da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC)/Referencial Curricular do Paraná nas atividades remotas, uma vez que não ofereciam a mesma caga horária das atividades
presenciais. Desta forma, a equipe da Undime-PR viu a necessidade da construção de um mapa de foco das habilidades essenciais a serem
trabalhadas em cada componente curricular.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a educação básica tem como finalidade “desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”
(BRASIL, 1996). Entretanto, em um país com dimensões continentais como o Brasil, a garantia de uma formação comum para todos perpassa por
considerar uma diversidade cultural, social e econômica bastante ampla.
Diante disso, o Art. 26 da LDBEN estabelece que os currículos das diferentes etapas da Educação Básica
(...) devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de
ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida
pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia
e dos educandos. (BRASIL, 1996)
Para atender essa prerrogativa, além da publicação da coletânea de Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, em 2015 foi
iniciado o processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que, até sua homologação, pelo então ministro da educação, em 14
de dezembro de 2018, passou por um amplo processo de discussão e teve três diferentes versões.
A BNCC assegura o desenvolvimento de dez competências gerais para Educação Básica, a saber: conhecimento; pensamento científico,
crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia
e cooperação; e responsabilidade e cidadania.
Além disso, desdobra as competências gerais para atender as especificidades das áreas e dos componentes curriculares que integram
o currículo de toda educação básica. Em outras palavras, “é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo
de
Referencial Curricular do Paraná em Foco 6
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica” (BRASIL, 2018, p. 7), se
constituindo, assim, como referência para a formulação dos currículos pelos sistemas, redes e escolas de todo o território nacional.
Atendendo a Resolução n.º 2/2017-CNE/CP, publicada no Diário Oficial da União, em 22 de dezembro de 2017, que institui e orienta a
implantação da Base Nacional Comum Curricular, o estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná
(Seed-PR), representando o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), em parceria com a União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime), o Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE-PR) e a União Nacional dos Conselhos Municipais de
Educação (Uncme-PR), iniciou o processo de elaboração de um documento preliminar que contou com a participação de técnicos pedagógicos da
Seed-PR, dos Núcleos Regionais de Educação (NRE) e das Secretarias Municipais de Educação (SME), além da leitura crítica de docentes externos.
O documento referencial partiu do princípio legal da educação com qualidade, igualdade e equidade, considerando, sobretudo, as
características históricas e culturais das diferentes regiões do estado, tendo os seguintes princípios como norteadores: educação como direito
inalienável de todos os cidadãos; prática fundamentada na realidade dos sujeitos da escola; igualdade e equidade; compromisso com a formação
integral; valorização da diversidade; educação inclusiva; o respeito às fases do desenvolvimento dos estudantes na transição entre as etapas e fases da
Educação Básica; a ressignificação dos tempos e espaços da escola; e a avaliação dentro de uma perspectiva formativa.
Diante disso, uma minuta do documento “Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e orientações 1” foi disponibilizada para consulta
pública e as contribuições delas advindas contaram com a participação de toda a comunidade escolar do Paraná, ou seja, profissionais da educação
das redes municipais, privadas e estadual, estudantes e responsáveis.
Após a análise por parte dos coordenadores, articuladores e redatores envolvidos no processo de escrita, as contribuições recebidas foram
sistematizadas e integradas ao documento e o mesmo foi encaminhado para o Conselho Estadual de Educação do Paraná para emissão do
ato normativo.
Em razão disso, a Deliberação n.º 03/2018-CEE/CP, aprovada em 22 de novembro de 2018, instituiu o “Referencial Curricular do Paraná:
1 Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1383
Desse modo, ao longo de 2019, o Sistema Estadual de Educação do Paraná pôde se organizar para que, a partir do ano letivo de 2020,
o Referencial Curricular do Paraná fosse implementado e utilizado para adequação do Projeto Político-pedagógico (PPP) e atualização da Proposta
Pedagógica Curricular (PPC) das unidades escolares.
Ainda que a data para adequação do PPP e PPC fosse prorrogada pela Deliberação n.º 01/2019-CEE/CP para o final do ano letivo de 2020,
devido à situação vivenciada neste ano atípico, a reorganização dos documentos orientadores da escola deverá ser apresentada até o final de 2021,
conforme Deliberação n.º 04/2020.
Nesse sentido, mesmo que os objetivos de aprendizagem e os princípios e fundamentos indicados no Referencial Curricular passaram a
nortear o trabalho docente já no início de 2020, a escola pode utilizar o presente documento para adequação do Projeto Político-Pedagógico e
da Proposta Pedagógica Curricular.
É importante ressaltar que a implementação de reformas curriculares se constitui por si mesma como desafiadora, exigindo discussão,
superação de adversidades, acompanhamento e formação contínua para sua efetividade. Não obstante, 2020 foi um ano bastante atípico, marcado pela
necessidade de isolamento social, suspensão das aulas presenciais e demais medidas sanitárias, necessárias para o enfrentamento da emergência
de saúde pública, em virtude da pandemia causada pelo Coronavírus (COVID-19).
Em decorrência, inúmeras providências pedagógicas e estruturais foram tomadas para assegurar a continuidade da oferta educacional para os
estudantes, assim como diferentes recursos foram utilizados para que a garantia ao acesso à educação foi assegurada.
Entretanto, se a prática diária da ação docente presencial apresenta numerosos desafios, se adaptar à uma nova organização e avaliar
o conhecimento apropriado pelo estudante no ensino remoto se configura pela necessidade de enfrentamento de situações ainda mais adversas,
que se tornam mais complexas se considerarmos o processo de transição dos Anos Iniciais para os Finais do Ensino Fundamental.
Cabe ainda observar que o “Referencial Curricular do Paraná em Foco” não visa apenas a flexibilização curricular em virtude das aulas remotas
e atividades não presenciais. Ele é um documento norteador das aprendizagens indispensáveis para a continuidade do percurso educativo e pode
ser utilizado como instrumento na busca pela equidade no processo de ensino-aprendizagem, assim como se configura como um instrumento
na implementação da BNCC e do Referencial Curricular do Paraná.
Deste modo, o “Referencial Curricular do Paraná em Foco” contempla os seguintes componentes curriculares em sua organização: Língua
Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.
Cabe ressaltar que, apesar de o documento não abranger todas as disciplinas que compõem o currículo do Ensino Fundamental, entre elas:
Arte, Educação Física, Ensino Religioso e Inglês, isso não significa que tais componentes sejam considerados menos importantes no processo de
ensino-aprendizagem e no desenvolvimento integral dos estudantes.
Entretanto, dada a especificidade de seus objetos de estudo e ensino, essas se constituem como componentes cuja progressão para
aprendizagens posteriores são relativamente independentes.
Salientamos, porém, que além dos conhecimentos pertencentes aos componentes contemplados, o conhecimento estético e da
produção artística na Arte, as diferentes manifestações da cultura corporal na Educação Física, o conhecimento e respeito ao sagrado de diferentes
matrizes religiosas no Ensino Religioso, assim como o estudo da língua no Inglês são essenciais para a formação de um cidadão crítico e
reflexivo, que se reconhece enquanto agente histórico, político, social e cultural.
A partir do disposto na Base Nacional Comum Curricular, o presente documento parte da estrutura do que foi normatizado pelo Conselho
Estadual de Educação do Paraná no “Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e orientações”.
Entretanto, para além do texto introdutório e do quadro organizador que contém a unidade temática, objetos de conhecimento e objetivos de
aprendizagem das diferentes disciplinas escolares, o “Referencial Curricular do Paraná em Foco” indica os objetivos de aprendizagem essenciais,
elenca os conhecimentos prévios necessários e também apresenta um comentário sobre os objetivos de aprendizagem foco dos componentes
curriculares de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências, do 1º ao 5º ano dos Anos Iniciais e do 6º ao 9º ano dos Anos Finais
do Ensino Fundamental.
Além disso, os componentes de Língua Portuguesa e Matemática, trazem a especificação das expectativas de fluência relacionadas a
um determinado bloco de objetivos.
Uma particularidade do documento relativo aos Anos Iniciais é a apresentação de algumas possibilidades de relações que podem ser
estabelecidas entre os componentes curriculares. Os Mapas de Relações entre Componentes podem contribuir para que as relações
interdisciplinares contextualizem e aprofundem os conhecimentos e objetivos desenvolvidos.
Essas relações interdisciplinares podem, apesar de intencionalmente planejadas, ocorrer de forma mais natural, dada a organização dos Anos
Iniciais, cujos componentes são, em grande parte, trabalhados por um único docente.
Texto introdutório: expõe a característica e a especificidade do componente curricular, explicita quais foram os critérios para a seleção dos
objetivos de aprendizagens foco e orienta como os profissionais da educação podem utilizar o documento em sua prática docente.
Unidade temática ou campos de atuação: é a organização dos objetos de conhecimento de forma mais ampla e abrangente, indicados a
partir do campo de estudo em que se localizam os objetos de conhecimentos e conteúdos a ele relacionados.
Práticas de linguagem: item exclusivo do componente curricular de Língua Portuguesa onde é apresentada a prática de linguagem que o
objetivo foco desenvolve. Elas podem ser: oralidade, leitura/escuta, escrita/produção textual e análise linguística/semiótica.
Objetos de conhecimento: podem ser conteúdos, conceitos ou processos a partir dos quais se organizam os objetivos de aprendizagem. Os
objetos de conhecimento são organizados a partir das unidades temáticas ou campos de atuação de cada componente curricular, considerando
sua especificidade e objeto de estudo e ensino.
Conteúdos: são os desdobramentos, de forma mais específica, dos objetos de conhecimento. São essenciais para o desenvolvimento dos
objetivos de aprendizagem foco.
Conhecimento prévio: conhecimentos e conteúdos que devem ser previamente apropriados pelos estudantes para que o objetivo em questão
possa ser desenvolvido. Esse item é bastante importante e deve ser considerado na elaboração de atividades e avaliações diagnósticas.
Objetivo de aprendizagem-foco: são os conhecimentos essenciais a serem desenvolvidos para que os estudantes possam dar continuidade
no seu percurso formativo. Além disso, são, em grande parte, considerados como conhecimento prévio em anos ou processos cognitivos
posteriores.
Objetivos de aprendizagens relacionadas: apresentam relação direta com os objetivos de aprendizagem foco e se constituem como objetivos
complementares no desenvolvimento.
Comentário: explicação ou observação a respeito do objetivo de aprendizagem, foco ou do conteúdo a ele relacionado. Em alguns comentários
é possível encontrar sugestões de leitura para aprofundamento com relação ao assunto abordado.
Mapa de progressão da etapa: mapa cognitivo que considera a progressão nas aprendizagens. Essa integração intencional e articulada é
imprescindível para garantir uma maior abrangência dos objetivos de aprendizagem focais, possibilitando assim, que o professor, a partir de
uma visão sistêmica, elabore e defina quais encaminhamentos metodológicos serão mais apropriados no processo de ensino-aprendizagem.
Apesar da discussão sobre avaliação formativa ser bastante extensa, o intuito desse texto é trazer alguns elementos para reflexão docente,
assim como ressaltar a necessidade da avaliação diagnóstica na realização do planejamento e da organização do trabalho pedagógico.
O significado do ato de avaliar pode ser interpretado ou reconhecido de diferentes formas, de acordo com o contexto de sua realização,
a concepção que a embasa, os valores de quem avalia e mesmo aqueles conceitos já concebidos, que influenciam diretamente no processo e
no resultado da avaliação.
Entretanto, a avaliação escolar se constitui, não apenas pela simples coleta de informações e a mensuração do número de acertos,
notas, escores, entre outros, mas também como uma importante aliada no processo de ensino-aprendizagem e na definição de
encaminhamentos e estratégias mais adequadas para que os estudantes, efetivamente, aprendam.
Apesar da LDBEN n.° 9394/96 se ater aos aspectos mais amplos da forma como deve acontecer a avaliação dos estudantes, a Deliberação
n.° 07/1999, do Conselho Estadual de Educação do Paraná, aprofunda a discussão, estabelecendo, em seu Art. 1º, que
Diante disso, não podemos deixar de ressaltar que a prática pedagógica se dá na relação intrínseca e inseparável entre os seguintes elementos:
Partindo desse pressuposto, o presente documento é um importante aliado dos professores na elaboração de seu planejamento, pois indica,
a partir da unidade temática ou campos de atuação e dos conteúdos dos diferentes componentes curriculares, os objetivos de aprendizagem
que devem ser alcançados, o conhecimento prévio exigido para o alcance desses objetivos e também aqueles objetivos que estão relacionados com
ele de forma direta.
É evidente que o planejamento não se limita apenas às definições de conteúdos e objetivos. É necessário que o professor conheça diferentes
métodos e procedimentos de ensino, assim como consulte e pesquise materiais diversificados para a elaboração de suas aulas.
• Realize avaliações iniciais (diagnósticas) das necessidades e das características dos alunos.
• Use as informações da avaliação diagnóstica ao elaborar o planejamento.
• Não dependa inteira e indiscriminadamente de livros didáticos e do seu material de apoio.
• Inclua uma combinação de objetivos e atividades de nível mais alto e mais baixo.
• Inclua uma ampla variedade de atividades e estratégias didáticas que se encaixem nas necessidades de aprendizagem de seus alunos.
• Associe os objetivos com estratégias, atividades e avaliações planejadas.
• Reconheça suas próprias limitações e preferências pedagógicas.
• Inclua estratégias de avaliação.
Essa ‘preparação’ não só auxilia na definição do encaminhamento metodológico mais adequado para as características da turma e de seus
estudantes, mas na antecipação de determinados percalços que possam aparecer no decorrer do trabalho educativo. É indiscutível que ela não é
suficiente, haja vista que inúmeras situações podem ocorrer para comprometer o andamento da aula, sejam elas de ordem disciplinar, emocional ou
mesmo de desinteresse, mas é na avaliação dessas questões durante a aula, que o professor pode tomar decisões acerca do que pode ser feito para
superar os obstáculos que dificultam a aprendizagem.
Um educador, que se preocupe com que a sua prática educacional esteja voltada
para a transformação, não poderá agir inconsciente e irrefletidamente. Cada passo
de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara e explícita do que está
fazendo e para onde possivelmente está caminhando os resultados de sua ação. A
avaliação, nesse contexto, não poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de
ser uma atividade racionalmente definida, dentro de um encaminhamento político e
decisório a favor da competência de todos para a participação democrática da
vida social (LUCKESI, 2005, p. 46)
Para que isso não ocorra, ao elaborar os instrumentos avaliativos, é imprescindível que eles sejam: a) adequados ao que se está
avaliando (informação, compreensão, análise, síntese, aplicação); b) apropriados aos conteúdos e critérios/objetivos previamente estabelecidos; c) com
questões que possuam um nível de complexidade compatível com o que foi trabalhado em sala de aula; d) que a linguagem utilizada esteja
condizente com a faixa etária dos estudantes avaliados, possuindo clareza e precisão quanto à comunicação do que se quer avaliar; e d) a prévia
definição dos valores e pesos destinados a cada questão e/ou atividade – isso garante que a aferição de notas, por exemplo, se dê de modo justo e igual
à todos os estudantes.
Referencial Curricular do Paraná em Foco 16
Com relação à aplicação dos instrumentos de avaliação, é preciso considerar os seguintes elementos: a) forma e tempo destinado à aplicação;
b) a postura do professor durante o processo – é necessário que o professor se reconheça enquanto adulto da relação pedagógica e c)
acompanhamento e observação dos estudantes no período destinado à realização.
A correção dos instrumentos de avaliação também são parte importante do processo. É essencial que ela aconteça sem desqualificar o trabalho
do estudante e que os erros identificados sejam SEMPRE considerados como uma possibilidade de aprender, utilizando os dados obtidos como um
recurso na melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
Entretanto, não basta aplicar e corrigir. Uma avaliação só será efetivamente ‘formativa’, quando seus resultados contribuírem para que
os estudantes revejam seus erros e o professor retome os conteúdos e objetivos com encaminhamentos, explicações e atividades diferenciadas.
Para tal fim, é fundamental discutir os resultados obtidos com os estudantes, fazendo a devolução do instrumento corrigido, comentando os
aspectos positivos e indicando as fragilidades que devem ser retomadas com a turma, ressaltando que os erros devem ser utilizados para superar
as dificuldades apresentadas.
Apesar da necessária prática da avaliação formativa, a aferição de notas e conceitos é uma exigência burocrática, mas necessária, do ponto
de vista dos sistemas de ensino e dos sujeitos que estão fora de sala de aula, mas podem contribuir de forma significativa na organização do trabalho
pedagógico da escola e das redes de ensino.
No entanto, essa atribuição é uma responsabilidade de excepcional importância. O formato que esses resultados são apresentados variam,
conforme o sistema de ensino e a etapa ou fase em que ele é realizado.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é frequente a utilização de pareceres descritivos ou na indicação de categorias de
desempenho baseadas em padrões (como por exemplo: atingiu, atingiu parcialmente, não atingiu) relacionadas aos objetivos de aprendizagem. Já
nos anos finais do Ensino Fundamental, a Rede Estadual de Educação do Paraná utiliza a nota numérica de 0 a 10, mas podemos encontrar outras
experiências, como a utilização de letras, escores. Contudo, independente do sistema adotado, ele sempre irá se basear nos julgamentos do
professor, que antes
Referencial Curricular do Paraná em Foco 17
de tudo, precisa ser justo para com os estudantes e também refletir o desempenho o nível de aprendizagem por eles alcançados.
Elenque o padrão de comparação a ser utilizado (critérios, objetivos, habilidades, entre outros).
Escolha os instrumentos mais adequados para a análise dos padrões de comparação (provas, projetos, apresentação oral, etc.).
Atribua pesos (valores) a cada padrão de desempenho ou questão avaliada.
Utilize o mesmo critério para a correção de instrumentos dissertativos para todos os estudantes. Isso evita discrepância nas notas ou
conceitos.
Não considerar aspectos comportamentais ou disciplinares quando o objeto de avaliação for o desempenho acadêmico dos estudantes.
FONTE: Baseado em RUSSEL; AIRASIAN, 2014, p. 264
Diante do exposto e considerando os desafios educacionais a serem enfrentados em virtude das medidas sanitárias adotadas para a contenção
da pandemia causada pelo Coronavírus (COVID-19), é essencial ressignificar a prática da avaliação em sala de aula, superando uma cultura avaliativa
classificatória e excludente, infelizmente, tão presente na educação. Espera-se nesse sentido, que o Referencial Curricular em Foco possa contribuir
na prática formativa da avaliação.
Esse documento foi concebido com a intenção de subsidiar o trabalho do professor no retorno às atividades presenciais e nas aulas de ensino remoto, e de
garantir a progressão das aprendizagens do componente curricular de Ciências ao longo do Ensino Fundamental. Para isso, foram se- lecionados objetivos de
aprendizagem considerados essenciais para cada ano/série, tendo como base o Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e orientações.
O ensino de Ciências deve se comprometer com o desenvolvimento do letramento científico (BRASIL, 2017), que envolve a capacidade de compreender e
interpretar o mundo, e, assim, possibilitar ao estudante se apropriar de conhecimentos que fornecem apoio para enfrentar, atuar e fazer escolhas mais conscientes em
diferentes situações do cotidiano.
Além disso, as práticas e os processos de investigação científica devem ser a estrutura metodológica para o desenvolvimento das aprendizagens do componente
de Ciências. Sendo assim, é importante desenvolver a investigação e o pensamento científico em atividades que promovam a observação de fenômenos e do
ambiente, o levantamento de hipóteses, a busca por estratégias para validá-las ou refutá-las, o tratamento de dados, a leitura, a interpretação e a produção de textos
científicos, a argumentação e a proposição de intervenções que melhorem a qualidade de vida da comunidade e do ambiente. Experimentos continuam sendo uma
excelente oportunidade para isso, desde que sejam planejados adequadamente, evitando atividades nas quais os estudantes devam apenas seguir um passo a
passo.
Convém destacar que as mídias digitais vêm ao encontro das tecnologias e metodologias ativas no processo de ensino aprendizagem e na construção do
conhecimento das Ciências, atuando como ferramentas para que os objetivos de aprendizagem sejam alcançados e/ou ferramentas mediadoras da construção e
compreensão de novos objetivos da área do conhecimento de Ciências da Natureza.
O papel do professor é fundamental para que, além da diversidade de metodologias e uso de recursos, o estudante e o processo de aprendizagem possam ser
avaliados de forma coerente e condizente com a realidade. Ele tem como papel monitorar, mediar, acompanhar, intervir e avaliar os estudantes entendendo que
os erros cometidos podem ser uma oportunidade de aprendizagem e sistematização do conteúdo.
Em relação ao processo de avaliação, devemos considera-lo um processo contínuo e de investigação permanente, articulando os objetivos de aprendizagem por
meio do desenvolvimento das competências gerais da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e os Direitos de Aprendizagem do componente curricular de
Ciências. E, ainda, considerar as necessidades educacionais especiais, flexibilizando e adaptando o currículo e, consequentemente, os diferentes instrumentos
avaliativos de modo a atender às peculiaridades dos diferentes sujeitos com deficiência.
O quadro organizador do componente curricular de Ciências, anos iniciais e finais, apresenta as seguintes categorias: Unidades Temáticas; Objetos de
Conhecimento; Conteúdos; Conhecimento Prévio; Objetivos de Aprendizagem – Foco; e Objetivos de Aprendizagem Relacionados, que foram organizados em cores,
com o objetivo de correlacionar essas colunas. Lembrando que:
as colunas denominadas “Unidade Temática”, “Objetos de Conhecimento” e “Conteúdos” se relacionam às metodologias para atingir os objetivos de
aprendizagem focais e relacionados;
a coluna “Conhecimento Prévio” se relaciona com a coluna “Objetivos de Aprendizagem - Foco” como conhecimento necessário para atingir a essência
conceitual, e
a coluna “Objetivos de Aprendizagem – Foco” se relaciona com a coluna “Objetivos de Aprendizagem Relacionados” pois se complementam ou podem ser
desenvolvidos juntos.
Ao final de cada quadro organizador é possível encontrar, nos anos iniciais, o campo “comentário” onde são abordados esclarecimentos a fim de elucidar o
objetivo de aprendizagem focal e algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos importantes para o alcance de conteúdos e objetivos focais. Nesse
campo são indicadas sugestões de integrações com outros componentes curriculares, além do bloco de objetivos de aprendizagem estar conectado com “Temas
Contemporâneos Transversais” e com os Objetivos Desenvolvimento Sustentável (ODS) (https://odsbrasil. gov.br/) que são relevantes para o desenvolvimento da
cidadania e que afetam a vida humana em escala local, regional e global.
São categorias mais abrangentes que organizam os objetos de conhecimento do componente curricular de Ciências ao longo do
UNIDADE TEMÁTICA
Ensino Fundamental.
OBJETOS DE São conteúdos e conceitos que fazem parte de uma unidade temática e que contribuem para o desenvolvimento dos objetivos
CONHECIMENTO de aprendizagens focais e relacionados.
São sugestões de conteúdos específicos que devem, aliados as metodologias, contribuir para o desenvolvimento dos objetivos
CONTEÚDOS
de aprendizagens focais e relacionados.
São objetivos de aprendizagem previamente desenvolvidos com o estudante e que permitem a progressão didática ao longo do
CONHECIMENTOS PRÉVIOS Ensino Fundamental. O conhecimento prévio é de suma relevância, pois abre possibilidades para se atingir o objetivo de
aprendizagem focal.
São os objetivos de aprendizagem que expressam os conhecimento de Ciências da Natureza que o estudante tem direito
OBJETIVOS DE
em aprender durante o ano letivo. Esses objetivos influenciam fortemente o desenvolvimento das Competências Gerais da
APRENDIZAGEM - FOCO BNCC e dos Direitos de Aprendizagem do componente curricular de Ciências.
OBJETIVOS DE
São objetivos de aprendizagem que complementam ou podem ser desenvolvidos junto aos objetivos de aprendizagem foco.
APRENDIZAGEM
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(PR.EF01CI.n.1.09)
Seres vivos, suas Identificar a presença de seres
VIDA E Seres vivos no vivos na escola e outros
características e a
espaços, conhecer suas principais
EVOLUÇÃO ambiente. relação com o
ambiente onde vivem. características, relacionando-as a
capacidade de sobreviverem em
certos ambientes.
Comentário: Identificar, nesse objetivo de aprendizagem, envolve observar, diferenciar e reconhecer os seres vivos mais comuns do ambiente próximo dos estudantes, associando suas
características ao ambiente onde vivem. Para esse objetivo de aprendizagem é importante que os estudantes exercitem a observação, a exemplificação e o relato das características
observáveis dos seres vivos, diferenciando-os dos componentes não vivos e percebendo-se como parte integrante desse ambiente. O relato pode ser feito por meio de pequenas descrições
orais ou desenhos, considerando a etapa de alfabetização em que se encontra a turma. Além das observações de campo, os recursos visuais e digitais podem ajudar na observação de
características entre os diferentes seres vivos de diversos ambientes.
CIÊNCIAS – 1º ANO
Comentário: Esse objetivo pretende identificar e reconhecer as partes do corpo humano e representá-las com desenhos ou modelos tridimensionais por meio de diversos
materiais, além de relatar a função de cada parte. Pode-se complementar o desenvolvimento desse objetivo por meio do reconhecimento do corpo em outros modelos, como
bonecos, pinturas, fotografias, entre outros. É importante também detalhar habilidades relativas à investigação, em que os estudantes, além de descrever as partes que constituem o
corpo humano, possam ressaltar características como a cor da pele, dos olhos, do cabelo, a altura, o tipo físico entre outras. Reconhecer as semelhanças e diferenças entre os colegas serve
como um ponto de partida para discutir a diversidade e o respeito às diferenças e, nesse sentido, este objetivo relaciona-se com o objetivo de aprendizagem complementar
(PR.EF01CI04.s.1.06).
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(PR.EF01CI02.a.1.01) (PR.EF01CI03.s.1.04)
Localizar, nomear e representar (PR.EF01CI04.s.1.06)
Discutir as razões pelas quais os
VIDA graficamente (por meio de hábitos de higiene do corpo (lavar Comparar características físicas
Hábitos alimentares e Hábitos de higiene desenhos) partes as mãos antes de comer, escovar os entre os colegas, reconhecendo a
E
higiene pessoal e saúde. do corpo humano e explicar suas dentes, limpar os olhos, o nariz e diversidade e a importância da
EVOLUÇÃO funções, percebendo as as orelhas valorização, do acolhimento e do
mudanças que aconteceram etc.) são necessários para a respeito às diferenças.
desde seu nascimento. manutenção da saúde.
Comentário: Discutir, nesse objetivo de aprendizagem, significa estabelecer relações entre os hábitos de cuidados individuais com a prevenção de contágio ou a proliferação de
doenças. Isso envolve compreender o porquê de realizar esses hábitos de cuidados individuais, identificando em quais deles a higiene está relacionada como ação preventiva ou como
manutenção da qualidade de vida, de maneira que compreendam que alguns hábitos proporcionam o contágio ou a proliferação de certas doenças. Ainda, é importante relacionar
atitudes de prevenção a atividades do cotidiano, como andar calçado, lavar as mãos antes das refeições, comer alimentos higienizados, entre outros. O objetivo de aprendizagem permite
aproximação com o ODS 3, que promove a boa saúde e o bem-estar.
CIÊNCIAS – 1º ANO
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(PR.EF01CI.n.1.05)
Reconhecer a importância dos
VIDA alimentos para a saúde do corpo,
Hábitos alimentares
Hábitos alimentares e saudáveis. compreendendo que uma
E
higiene alimentação saudável depende de
EVOLUÇÃO uma dieta equilibrada em termos de
variedade, qualidade e quantidade
de nutrientes.
Comentário: A escola é um espaço importante para desenvolver ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) voltadas à promoção da alimentação saudável. Nesse objetivo de
aprendizagem os estudantes devem reconhecer e comparar hábitos de alimentação saudável e associá-los à saúde do corpo, prevenção de doenças e uma melhor qualidade de vida. Para
desenvolver esse objetivo, podem-se usar estratégias como: elaborar listas e gráficos de alimentos que contribuam para o bom funcionamento do corpo; pesquisar a origem dos alimentos que
fazem parte da alimentação diária dos estudantes; realizar entrevistas a fim de verificar hábitos saudáveis e não saudáveis de alimentação; realizar atividades com rótulos de embalagem de
diferentes alimentos; elaborar cardápios contendo a alimentação semanal dentro e fora da escola, discutindo se houve variedade de alimentos, quais foram os mais saudáveis, as questões de
saúde, entre outras. A construção de uma horta na escola também pode ser uma boa estratégia para o desenvolvimento do objetivo proposto. A horta desperta nos estudantes uma relação
diferente com os alimentos, seja por meio do seu contato, do manejo ou pelas curiosidades, experiências e conhecimentos proporcionados.
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Escalas do tempo:
períodos diários. (PR.EF01CI06.s.1.08)
Escalas do tempo: dias, Selecionar exemplos de como a
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(PR.EF01CI05.s.1.07) ritmo de atividades diárias de
TERRA Identificar e nomear diferentes seres humanos e de outros seres
Atividades diurnas e escalas de tempo: os períodos vivos.
E Escalas de tempo. noturnas de seres diários (manhã, tarde, noite) e a
UNIVERSO humanos. sucessão de dias, semanas, meses
e anos.
Sol como fonte natural (PR.EF01CI.n.1.10)
de luz. Reconhecer o Sol como fonte
natural de luz, relacionando sua
Importância do Sol para importância para os seres vivos.
os seres vivos.
Comentário: Identificar e nomear, nesse objetivo foco, envolve reconhecer, exemplificar e relatar características e elementos observáveis dos períodos diários, como o sol, a lua, as
estrelas e a presença ou ausência de luminosidade natural nos períodos da manhã, tarde e noite, bem como reconhecer e demonstrar as marcações de tempo estabelecidas pela
humanidade para organizar atividades do cotidiano, como horários e calendários. Há aqui a possibilidade da integração com os objetivos de aprendizagem (PR.EF01MA17.s.1.47) e
(PR.EF01MA18.s.1.47) da Matemática; e (PR.EF01GE05.a.1.7) da Geografia, voltados a identificar e nomear diferentes escalas de tempo em referência aos ritmos da
natureza.
Comentário: Concluir envolve observar, identificar, relatar e discutir os movimentos que dão origem às fases da Lua, ilustrando na escala de tempo os horários em que a Lua é
observável e quando deixa de ser. Além de registrar e identificar as fases da Lua observadas durante dois meses, os estudantes podem associar as fases da Lua com os ciclos de
rotação e translação do Sistema Sol, Terra e Lua, bem como reconhecer sua periodicidade e sua influência na marcação de tempo terrestre. Relacionar as fases da Lua ao calendário
e representar essas fases em modelos explicativos com base nos fenômenos observados pode ajudar no desenvolvimento desse objetivo de aprendizagem. É importante também
oportunizar discussões mediadas com os dados obtidos e as explicações construídas a partir das observações dos estudantes. Esse objetivo de aprendizagem permite aproximação
com o tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Instituto Reúna. Mapas de Foco da BNCC - Ensino Fundamental. Ciências da Natureza. Realização: Fundação Itaú Social. Disponível em: <https://instituto-
reuna.org.br/uploads/2020/10/MapaDeFocoBncc_CN_28102020.pdf>. Acesso em: out. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2017.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular em planilha. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: <http://download.basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: out. 2020.
PARANÁ. Secretaria Estadual de Educação. Currículo da Rede Estadual Paranaense (CREP). SEED/2019. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.
pr.gov.br/arquivos/File/crep_2020/ciencias_curriculo_rede_estadual_paranaense_diagramado.pdf>. Acesso em: out. 2020.
O processo de ensino e de aprendizagem em Geografia vem passando por mudanças que têm como intuito auxiliar o estudante na leitura de mundo, bem
como no entendimento das relações espaço-temporais estabelecidas nas mais variadas sociedades. Com as mudanças determinadas pela Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), a Geografia, além de trabalhar a compreensão do espaço geográfico na escola, deve auxiliar o estudante a construir o raciocínio geográfico a
partir de situações que o façam entender o mundo, a si mesmo, bem como as relações espaciais escalares decorridas das mudanças socioespaciais. Para tanto,
é imperativo que o docente saiba estabelecer as relações entre os objetivos de aprendizagem/habilidades a fim de que o estudante consiga entender o espaço,
bem como as mudanças espaciais.
É importante compreender que o processo de aprendizagem em Geografia se dá através da alfabetização/letramento geográfico, bem como da alfabetização
cartográfica, que se inicia desde a Educação Infantil perpassando toda a educação básica.
Ensinar a ler em Geografia significa criar condições para que a criança e o adolescente leiam o espaço onde vivem e consigam realizar as articulações
escalares entre este, o Brasil e o mundo, utilizando-se também da cartografia como com linguagem importante para que assim sejam estimuladas as condições
necessárias para que haja a construção do letramento geográfico.
O ensino da Geografia deve comprometer-se com o desenvolvimento do raciocínio geográfico (BRASIL, 2017), que envolve a capacidade de compreender e
interpretar o mundo, e, assim, possibilitar ao estudante se apropriar de conhecimentos que fornecem apoio para enfrentar, atuar e fazer escolhas mais conscientes
em diferentes situações do cotidiano.
Os diferentes encaminhamentos metodológicos auxiliam no processo de construção dos conhecimentos e no desenvolvimento do raciocínio geográfico que
é uma forma de pensar e ler a realidade socioespacial nas suas mais variadas escalas geográficas, compreendendo a relação sociedade-natureza e a espaço-
temporal. Assim, entre as possibilidades de encaminhamentos metodológicos, podemos citar:
As metodologias ativas, que dão ênfase ao papel protagonista do estudante, ao seu envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do
processo, como apregoa Bacich & Moran (2018). No entanto, o professor é peça fundamental para orientar todo esse processo.
A linguagem cartográfica, imprescindível para a compreensão dos arranjos espaciais, bem como para a construção do raciocínio geográfico, tendo
em vista que mapas, blocos, diagramas, imagens de satélite, desenhos, croquis, perfis topográficos são fundamentais para o entendimento do
espaço geográfico e a construção de habilidades críticas por parte dos estudantes.
A aula de campo que, por sua vez, auxilia na diferenciação de conceitos, como paisagem e espaço geográfico, levando o estudante a compreender na
prática os processos e fenômenos espaciais.
O lúdico que, de acordo com Chalita (2015), pode ser trabalhado através dos jogos de tabuleiro (xadrez e dama), possibilitando, por exemplo, tornar os
conceitos geográficos mais perceptíveis para o estudante. Assim, a partir do momento em que professores e estudantes consigam desenvolver no jogo a
noção de estratégia, poderão compreender as estratégias políticas de domínio territoriais.
A dramatização, que auxilia no desenvolvimento da construção de textos e argumentos imprescindíveis para a formação dos estudantes no que se refere
a expressar conhecimentos com o desenvolvimento da argumentação e construção de textos com temáticas geográficas, e que auxiliem na construção de
cidadãos investigativos e críticos para com as mais variadas realidades socioespaciais.
Convém destacar que as mídias digitais vêm ao encontro com o uso de tecnologias e metodologias ativas no processo de ensino aprendizagem e na
construção do conhecimento de Geografia, podendo ser ferramentas para que os objetivos de aprendizagem sejam alcançados e/ou ferramentas mediadoras da
construção e compreensão de novos objetivos de aprendizagem geográficos.
O papel do professor é fundamental para que, além da diversidade de metodologias e uso de recursos, o estudante e o processo de aprendizagem possam
ser avaliados de forma coerente e condizente com cada realidade. Ele tem como papel monitorar, mediar, acompanhar, intervir e avaliar os estudantes entendendo
que os erros cometidos podem ser uma oportunidade de aprendizagem e sistematização do conteúdo.
O quadro organizador do componente curricular Geografia, anos iniciais e finais, apresenta as categorias: Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento,
Conteúdos, Conhecimento Prévio, Objetivos de Aprendizagem - Foco e Objetivos de Aprendizagem Relacionados que foram organizados em cores, com o objetivo
de correlacionar essas colunas, sendo assim:
as colunas denominadas “Unidade Temática”, “Objetos de Conhecimento” e “Conteúdos” se relacionam às metodologias para atingir os objetivos de
aprendizagem;
a coluna “Conhecimento Prévio” se relaciona com a coluna “Objetivos de Aprendizagem – Foco” como conhecimento necessário para alcançar a essência
conceitual;
a coluna “Objetivo de Aprendizagem Relacionadas” se associa à coluna de “Objetivos de Aprendizagem – Foco” para avanços de conhecimentos durante
o ano letivo, ou seja, superado os objetivos de aprendizagem (foco), sugere-se que sejam feitos encaminhamentos que propiciem a aprendizagem dos
objetivos de aprendizagem relacionados.
Definem uma organização dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino fundamental. São elementos
articuladores que estruturam o estudo sistematizado e permitem amplas formas de ver o mundo, de maneira crítica,
UNIDADE TEMÁTICA a partir do entendimento das relações existentes na realidade, com base nos princípios da ciência geográfica.
(PARANÁ, 2018, p. 55).
Conduzem a reflexão da construção do planejamento curricular, apresentando de forma ampla os assuntos que
OBJETOS DE CONHECIMENTO devem ser abordados em sala de aula. Estes deverão ser problematizados , tendo como objetivo desenvolver o
raciocínio geográfico do estudante, considerando o espaço geográfico como objeto de estudo (PARANÁ, 2018,
p. 57).
São sugestões de conteúdos específicos que devem, aliados às metodologias, contribuir para o desenvolvimento
CONTEÚDOS dos objetivos de aprendizagens focais e relacionados.
São objetivos de aprendizagem previamente desenvolvidos com o estudante e que permitem a progressão didática
CONHECIMENTOS PRÉVIOS ao longo do Ensino Fundamental. O conhecimento prévio é de suma relevância, pois abre possibilidades para se
atingir o objetivo de aprendizagem focal.
São os objetivos de aprendizagem/ habilidades que expressam os conhecimentos essências do componente
OBJETIVOS DE curricular Geografia, que o estudante tem direito em aprender ao longo do ano letivo. Esses objetivos/habilidades
APRENDIZAGEM - FOCO influenciam fortemente o desenvolvimento das Competências Gerais da BNCC e dos Direitos de Aprendizagem
de Geografia.
OBJETIVOS DE PRENDIZAGEM São objetivos de aprendizagem que complementam ou podem ser desenvolvidos junto aos objetivos de
RELACIONADOS aprendizagem foco.
GEOGRAFIA - 1º ANO
OBJETIVO DE
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR.EF01GE03.a.1.10)
(EI03EF01)
Identificar e relatar semelhanças e
Expressar ideias, desejos diferenças de usos do espaço público
e sentimentos sobre suas (praças, parques, complexos esportivos)
vivências, por meio da para o lazer e diferentes manifestações
linguagem oral e escrita sociais, artísticas, culturais e desportivas.
(escrita espontânea), de (PR.EF01GE01.a.1.4) - (Conteúdo: Espaço público de uso
fotos, desenhos e outras coletivo e seus diferentes usos; Regras
O SUJEITO formas de expressão. ALFABETIZAÇÃO
de convivência no trânsito).
GEOGRÁFICA-
E O SEU O modo de vida
LUGAR NO das crianças em Descrever características (PR.EF01GE06.s.1.6)
Espaços de observadas de seus lugares de
diferentes lugares. Descrever e comparar diferentes tipos
MUNDO. moradia e vivência (moradia, escola etc.) de moradia ou objetos de uso cotidiano
vivência. (EI03EO04) e identificar semelhanças e (brinquedos, roupas, mobiliários),
Comunicar suas ideias e diferenças entre esses lugares, considerando técnicas e materiais utilizados
sentimentos a pessoas e dando enfoque aos atributos e em sua produção. (Conteúdo: Diferentes
grupos diversos. funções dos diferentes locais. formas de moradias e os tipos de materiais
utilizados para sua construção; materiais
utilizados para produção de mobiliários,
brinquedos e objetos de uso cotidiano).
(EI03EO06) (PR.EF01GE07.a.1.11)
Manifestar interesse e Descrever atividades de trabalho
respeito por diferentes relacionadas com o dia a dia da sua
culturas e modos de vida. comunidade e seu grupo familiar,
compreendendo a importância do trabalho
para o homem e a sociedade. (Conteúdo:
O trabalho e as profissões).
GEOGRAFIA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR.EF01GE09.a.1.3)
Elaborar e utilizar mapas simples, desenhos
e trajetos para localizar elementos do local
de vivência, considerando referenciais
(PR.EF01GE01.a.1.4) - espaciais (frente e atrás, esquerda e direita,
Espaços de (EI03EO06)
moradia e ALFABETIZAÇÃO em cima e embaixo, dentro e fora) e
vivência. Manifestar interesse e tendo o corpo como referência.
GEOGRÁFICA-
respeito por diferentes (Conteúdo: Mapas simples; trajeto e
O SUJEITO culturas e modos de vida. Descrever características referenciais de lateralidade, localização
E O SEU O modo de vida observadas de seus lugares de em sala de aula, orientação e
LUGAR NO das crianças em vivência (moradia, escola etc.) distância).
diferentes lugares. Ambiente rural e e identificar semelhanças e
MUNDO. diferenças entre esses lugares,
urbano (campo e
cidade). dando enfoque aos atributos e (PR.EF01HI02.s.1.07)
funções dos diferentes locais. Identificar a relação entre as suas histórias
Cômodos dos e as histórias de sua família e de sua
espaços de comunidade. (Conteúdo: Narrativas
vivência e moradia familiares e comunitárias).
e suas utilidades.
Comentário: O desenvolvimento desse objetivo possibilita que o estudante comece a reconhecer aspectos do espaço geográfico com base na noção de lugar, dimensão
do cotidiano em que são construídas relações de afetividade e pertencimento. Torna-se importante desenvolver atividades que permitam abordar princípios do raciocínio
geográfico como analogia e diferenciação, tomando como referência a observação e a descrição da paisagem e da organização de seus espaços de vivência, como a
moradia, a escola, a rua, o bairro, os espaços públicos de lazer, entre outros. Ao longo dos Anos Iniciais, o trabalho com as noções de lugar e paisagem contribui para a
construção progressiva de outras noções de cidadania e sociabilidade. Ao se observar os lugares de vivência e as relações sociais neles estabelecidas, pode-se refletir
sobre as formas de convívio de diversos grupos sociais e sobre a responsabilidade individual e, principalmente, coletiva de sua conservação. Pode ser desenvolvido um
trabalho conjunto com o componente História (ver objetivo PR.EF01HI02.s.1.07). A natureza das tarefas selecionadas ou elaboradas pelos professores necessitam de
uma abordagem investigativa em que os estudantes terão oportunidade de refletir, analisar, criar, testar hipóteses, formular perguntas e compreender o espaço. Deste
modo, as escolhas do professor quanto à abordagem metodológica e a qualidade das tarefas contribuirão para o desenvolvimento dos Direitos Gerais de Aprendizagem.
GEOGRAFIA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR.EF01GE06.s.1.6)
Descrever e comparar diferentes tipos
(EI03ET01) de moradia ou objetos de uso cotidiano
(brinquedos, roupas, mobiliários),
Estabelecer relações
considerando técnicas e materiais utilizados
de comparação entre
em sua produção. (Conteúdo: Diferentes
objetos, observando suas
formas de moradias e os tipos de materiais
propriedades.
utilizados para sua construção; materiais
(PR.EF01GE02.a.1.5) utilizados para produção de mobiliários,
- ALFABETIZAÇÃO brinquedos e objetos de uso cotidiano).
GEOGRÁFICA-
O SUJEITO Identificar semelhanças (PR.EF01GE08.a.1.2)
Jogos e (EI03EF02)
E O SEU O modo de vida e diferenças entre jogos e Criar mapas mentais e desenhos com base
brincadeiras de
das crianças em Inventar brincadeiras brincadeiras de diferentes em itinerários, contos literários, histórias
LUGAR NO diferentes épocas
diferentes lugares. cantadas, poemas e épocas e lugares, utilizando- inventadas, jogos e brincadeiras. (Conteúdo:
MUNDO. e lugares.
canções, criando rimas, se de pesquisas no ambiente Mapas mentais e diferentes formas de
aliterações e ritmos. familiar, na comunidade e no representação espacial).
desenvolvimento dos jogos e
brincadeiras. (PR.EF01GE09.a.1.3)
Elaborar e utilizar mapas simples, desenhos
(EI03ET05) e trajetos para localizar elementos do local de
vivência, considerando referenciais espaciais
Classificar objetos e figuras (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e
de acordo com suas embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como
semelhanças e diferenças. referência. (Conteúdo: Mapas simples; trajeto
e referenciais de lateralidade, localização em
sala de aula, orientação e distância).
GEOGRAFIA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR.EF01GE02.a.1.5) -
ALFABETIZAÇÃO GEOGRÁFICA- (PR.EF01HI05.s.1.12)
O SUJEITO (EI03ET05) Identificar semelhanças e Identificar semelhanças e diferenças entre
Jogos e
E O SEU O modo de vida diferenças entre jogos e brinquedos, jogos e brincadeiras atuais e
brincadeiras de Classificar objetos e
das crianças em brincadeiras de diferentes épocas de outras épocas e lugares.
LUGAR NO diferentes épocas figuras de acordo com suas
diferentes lugares. e lugares, utilizando-se de
MUNDO. e lugares. semelhanças e diferenças. (Conteúdo: Contexto histórico e
pesquisas no ambiente familiar, na
comunidade e no desenvolvimento cultural do brincar).
dos jogos e brincadeiras.
Comentário: Esse objetivo tem conexão interdisciplinar com o componente História no sentido de desenvolver o objetivo (PR.EF01HI05.s.1.12), que também prevê que
o estudante identifique semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares. Ela permite que se reconheça o brincar como direito
fundamental das crianças e que o aluno utilize princípios do raciocínio geográfico, como analogia e diferenciação, a partir da identificação de diferentes espacialidades
e temporalidades relacionadas a jogos e brincadeiras. Ao se trabalhar características de brinquedos e jogos físicos, também pode-se realizar um trabalho interdisciplinar
com Ciências, tendo em vista o objetivo (PR.EF01CI01.d.1.12), em que se prevê que o estudante reconheça características de diferentes materiais presentes em objetos
de uso cotidiano, conversando sobre sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais consciente.
GEOGRAFIA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR.EF01GE06.s.1.6)
Descrever e comparar diferentes tipos
(EI03ET03) de moradia ou objetos de uso cotidiano
Identificar e selecionar (brinquedos, roupas, mobiliários),
fontes de informações, para considerando técnicas e materiais utilizados
responder a questões sobre em sua produção. (Conteúdo: Diferentes
a natureza, seus fenômenos, formas de moradias e os tipos de materiais
sua conservação. utilizados para sua construção; materiais
(PR.EF01GE05.a.1.7) - utilizados para produção de mobiliários,
ALFABETIZAÇÃO GEOGRÁFICA- brinquedos e objetos de uso cotidiano).
GEOGRAFIA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR.EF01GE11.s.1.9)
Comentário: Considerando o princípio da analogia, esse objetivo possibilita que o estudante observe diferentes fenômenos e ciclos naturais no seu lugar de vivência,
comparando com épocas distintas nesse mesmo lugar ou com outras localidades (sincronicamente). Ao se atentar às condições atmosféricas, o estudante pode
estabelecer relações entre o tempo atmosférico com o uso de diferentes roupas (percebendo as características enquanto objetos) e reconhecendo as que mais costuma
vestir ao longo das diferentes épocas do ano. Podem ser propostas atividades nas quais o estudante tenha que contrastar a realidade do lugar de viver com condições de
tempo atmosférico rigorosas existentes em outras localidades (local muito quente, muito frio, muito úmido, muito seco, com muito vento), atentando que as adaptações a
essas condições dependem de boas condições socioeconômicas ou de infraestrutura. Importa também que o estudante estabeleça correlações entre ritmos da natureza,
condições atmosféricas e hábitos de alimentação, podendo identificar alimentos que costuma comer em diferentes épocas do ano (como frutas sazonais e comidas frias
e quentes, mais ou menos calóricas). Esse objetivo permite aproximação com o tema contemporâneo transversal Educação Alimentar e Nutricional.
GEOGRAFIA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(EI03EF01)
Expressar ideias, desejos
e sentimentos sobre suas
vivências, por meio da
(PR.EF01GE01.a.1.4 )
linguagem oral e escrita (PR.EF01GE07.a.1.11) -
(escrita espontânea), de Descrever características observadas de
ALFABETIZAÇÃO GEOGRÁFICA- seus lugares de vivência (moradia, escola
fotos, desenhos e outras
MUNDO Diferentes tipos de etc.) e identificar semelhanças e diferenças
formas de expressão. Descrever atividades de trabalho
moradia e objetos O trabalho e as entre esses lugares, dando enfoque aos
DO relacionadas com o dia a dia da
construídos pelo profissões. (EI03EO04) atributos e funções dos diferentes locais.
sua comunidade e seu grupo
TRABALHO. homem. Comunicar suas ideias e (Espaços de moradia e vivência; ambiente
familiar, compreendendo a
sentimentos a pessoas e importância do trabalho para o rural e urbano (campo e cidade); cômodos
grupos diversos. homem e a sociedade. dos espaços de vivência e moradia e suas
utilidades).
(EI03EO06)
Manifestar interesse e
respeito por diferentes
culturas e modos de vida.
Comentário: O objetivo diz respeito a identificar, diferenciar e relatar atividades de trabalho existentes na escola (limpeza, ensino, segurança, direção) e no entorno da
escola (padaria, mercado, farmácia, comércio em geral). Pode-se apresentar as características de diferentes profissões e atividades laborais, relacionando-as aos lugares
onde são realizados os diversos tipos de trabalho. Pode-se, ainda, considerar as diferentes características do mundo do trabalho urbano e rural e apresentar o trabalho a
partir da relação cotidiana do aluno, como, por exemplo, prevendo investigar quem produziu as roupas que veste e de qual material são feitas; quem construiu a escola;
quem produz o alimento das refeições etc.
GEOGRAFIA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR.EF01GE01.a.1.4)
Descrever características observadas de seus
lugares de vivência (moradia, escola etc.) e
(EI03EF01) identificar semelhanças e diferenças entre esses
Expressar ideias, desejos lugares, dando enfoque aos atributos e
e sentimentos sobre suas funções dos diferentes locais. (Conteúdo:
vivências, por meio da Espaços de moradia e vivência; ambiente rural
linguagem oral e escrita e urbano (campo e cidade); cômodos dos
(escrita espontânea), de espaços de vivência e moradia e suas utilidades).
fotos, desenhos e outras
formas de expressão. (PR.EF01GE08.a.1.2) (PR.EF01GE02.a.1.5)
FORMAS DE - ALFABETIZAÇÃO Identificar semelhanças e diferenças entre jogos
Mapas CARTOGRÁFICA- e brincadeiras de diferentes épocas e lugares,
REPRESENTAÇÃ Pontos de mentais e utilizando se de pesquisas no ambiente familiar,
OE referência. diferentes Criar mapas mentais e na comunidade e no desenvolvimento dos jogos
PENSAMENTO formas de desenhos com base em e brincadeiras. (Conteúdo: Jogos e
representação itinerários, contos literários, brincadeiras de diferentes épocas e lugares).
ESPACIAL. espacial. histórias inventadas, jogos e
brincadeiras. (PR.EF01GE05.a.1.7)
Observar e descrever ritmos naturais (dia e
(EI03EF06) noite, variação de temperatura e umidade etc.)
em diferentes escalas espaciais e temporais,
Produzir suas próprias comparando a sua realidade com outras, por
histórias orais e escritas meio da observação e compreensão da paisagem
(escrita espontânea), em nos distintos espaços de vivência (escola, bairro,
situações com função social casa entre outros).
significativa.
(Conteúdo: Relação entre os ritmos da
natureza e os ambientes de vivência (estações
do ano, dia e noite, temperatura e umidade).
GEOGRAFIA - 1º ANO
Comentário: Esse objetivo está relacionado ao início do processo de alfabetização cartográfica. O estudante, ao longo dos anos do Ensino Fundamental, vai desenvolver
atividades de interpretação e elaboração de diferentes formas de representar realidades espaciais. Nesse objetivo, preveem-se procedimentos de desenvolvimento do
pensamento espacial a partir de representações espaciais dos lugares de vivência, assim como de outras elaboradas com base em referências espaciais imaginárias e
lúdicas. É possível propor atividades que exijam elaborar mapas mentais nos quais se registrem diferentes trajetos cotidianos dentro da escola ou no seu entorno (como
o trajeto moradia-escola). É possível solicitar, também, a elaboração de desenhos, representando objetos do dia a dia, podendo dar início às ideias de diferenciar escalas
(tamanho real x tamanho reduzido) e distâncias.
GEOGRAFIA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(EI03EF01) (PR.EF01GE09.a.1.3) -
Expressar ideias, desejos ALFABETIZAÇÃO CARTO- (PR.EF01GE01.a.1.4)
e sentimentos sobre suas GRÁFICA-
Mapas simples. Descrever características observadas de seus
vivências, por meio da lin-
Elaborar e utilizar mapas sim- lugares de vivência (moradia, escola etc.) e
FORMAS DE guagem oral e escrita (es-
ples para localizar elementos identificar semelhanças e diferenças entre esses
crita espontânea), de fotos,
REPRESENTAÇÃ Pontos de do local de vivência, conside- lugares, dando enfoque aos atributos e funções
desenhos e outras formas
OE rando referenciais espaciais dos diferentes locais. (Conteúdo: Espaços de
referência. de expressão.
(frente e atrás, esquerda e moradia e vivência; ambiente rural e urbano
PENSAMENTO (campo e cidade); cômodos dos espaços de
direita, em cima e embaixo,
ESPACIAL. dentro e fora) e tendo o corpo vivência e moradia e suas utilidades).
como referência.
-Trajeto.
Referencial Curricular
Referencial Curriculardo
doParaná
Paranáem
emFoco
Foco 75
COMPONENTE CURRICULAR - GEOGRAFIA
GEOGRAFIA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR.EF01GE09.a.1.3) -
Mapas ALFABETIZAÇÃO
simples. CARTOGRÁFICA-
(PR.EF01GE02.a.1.5)
Elaborar e utilizar mapas
(EI03CG02) Identificar semelhanças e diferenças entre
simples para localizar
jogos e brincadeiras de diferentes épocas e
Demonstrar controle e elementos do local de
lugares, utilizando pesquisas no ambiente
adequação do uso de seu vivência, considerando
familiar, na comunidade e no desenvolvimento
Trajeto. corpo em brincadeiras e referenciais espaciais (frente
FORMAS DE dos jogos e brincadeiras.
Pontos de jogos, escuta e reconto e atrás, esquerda e direita,
REPRESENTAÇÃ referência. de histórias, atividades em cima e embaixo, dentro (Conteúdo: Jogos e brincadeiras de
OE artísticas, entre outras e fora) e tendo o corpo como diferentes épocas e lugares).
possibilidades. referência.
PENSAMENTO Referenciais
ESPACIAL. de
lateralidade,
localização em
sala de aula,
orientação e
distância.
Comentário: Esse objetivo, relacionado à alfabetização cartográfica, pressupõe a realização de um trabalho com lateralidade e noções topológicas (frente e atrás,
esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora). Esses conceitos devem ser desenvolvidos progressivamente antes de o estudante operar noções
espaciais projetivas e euclidianas, fundamentais para a leitura e interpretação de mapas (previsto para ocorrer de maneira mais direta a partir do 4º ano do EF).
Para tanto, é importante propor atividades de orientação e localização espacial que tenham como referência o próprio corpo do aluno e, principalmente, a sua relação com
objetos, lugares e pessoas. É possível desenvolver essas noções topológicas e espaciais com jogos e brincadeiras em grupo.
Esse documento sugere a reorganização dos objetivos de aprendizagem do componente curricular de História para o Ensino Fundamental a partir dos
conhecimentos propostos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelo Referencial Curricular do Paraná, a fim de atender as demandas que
surgiram em função da pandemia ocasionada pela COVID-19, a qual evidenciou ainda mais as desigualdades sociais e econômicas que marcam a realidade do país
e que interferem no desempenho escolar dos estudantes. Nesse sentido, diante do ensino remoto efetivado no ano de 2020 e da necessidade de readequação
curricular que se impõe, cabe às Secretarias de Educação e aos professores, organizar o processo de ensino e de aprendizagem considerando o conhecimento
apropriado pelos estudantes e dos conhecimentos objetivados, a fim de recuperar e promover aprendizagens.
Com esse propósito, a constituição do documento se deu, principalmente, a partir dos estudos sobre os mapas de foco da BNCC elaborados pelo Instituto Reúna, o qual
analisou os componentes curriculares de Português, Matemática, Ciências, Geografia e História, destacando objetivos de aprendizagem como conhecimentos
focais na perspectiva das possibilidades de progressão dos conhecimentos e de integração entre objetivos do mesmo componente curricular, entre os componentes
curriculares da mesma área e de áreas distintas. Sendo assim, o organizador curricular proposto para 2021 e anos subsequentes apontou algumas especificidades,
como: atentar para o que é essencial e, a partir dele, para os conhecimentos prévios dos estudantes, bem como sobre os conhecimentos relacionados ao que é foco
em cada ano. Nesse sentido, estratégias foram definidas de modo a garantir que os estudantes avancem em suas aprendizagens numa proposta que diminua a
distância entre os conhecimentos que possuem e os conhecimentos que devem apropriar.
O ensino de História, principalmente numa proposta de estudos remotos, necessita da mediação do professor para que os estudantes se apropriem dos
conhecimentos cientificamente elaborados. Para tanto, ocorreu a organização de objetos do conhecimento, objetivos de aprendizagem e estratégias de
ensino a partir do que é proposto pelo Referencial Curricular do Paraná e pelos Mapas de Foco do Instituto Reúna a fim de otimizar a ação docente e
possibilitar o conhecimento com qualidade. Tendo como princípio norteador dessa organização curricular a progressão e a integração das aprendizagens focais
com a própria área de conhecimento e com outras áreas, mantiveram-se objetivos que oportunizam o estudo da realidade local e regional, sendo relacionados aos
objetivos focais. Desse modo, com o propósito de garantir direitos de aprendizagem assegurados ao estudante e atender à necessidade emergencial do
momento, buscam-se alternativas capazes de promover o ensino para além da memorização e reprodução de informações, por meios impressos ou digitais,
possibilitando a elaboração de conhecimentos.
Cabe ressaltar que a proposta aqui apresentada não pretende ser um manual conciso dos conteúdos e, em especial, dos objetivos de aprendizagem
que devem ser trabalhados em 2021. Trata-se de um guia com apontamentos sobre as continuidades no processo de aprendizagem ao longo dos anos que,
considerando o atual contexto, propõe conteúdos e objetivos de aprendizagem essenciais, os quais constituem conhecimentos focais e relacionados. Neste sentido,
UNIDADES
São categorias abrangentes que organizam os objetos de conhecimento histórico a serem desenvolvidos no decorrer do ano.
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
Apresentam os objetos de conhecimento relativos aos objetivos de aprendizagem focais e relacionados.
CONHECIMENTO
CONTEÚDOS Apresentam conteúdos que favorecem o desenvolvimento dos objetivos de aprendizagem focais e relacionados.
CONHECIMENTOS São os objetivos de aprendizagem que expressam conhecimentos históricos necessários para dar continuidade a aprendizagem
PRÉVIOS dos conteúdos relativos ao objetivo focal.
OBJETIVOS DE
Os objetivos de aprendizagem focais caracterizam-se pela essencialidade, sendo fundamentais para o ano em questão.
APRENDIZAGEM - FOCO
OBJETIVOS DE
Os objetivos de aprendizagem relacionados, assim denominados, por relacionarem-se ao objetivo de aprendizagem focal, sendo importantes
APRENDIZAGEM -
nos processos de apropriação e aprofundamento dos conceitos e conteúdos.
RELACIONADOS
↓ ↓ ↓ ↓
→ (PR. EFO6HI01. a. 6. 01) Identificar (PR. EFO7HI01. a. 7. 01) Explicar o (PR. EFO8HI01. a. 8. 01) Identificar (PR. EFO9HI01. a. 9.01) Analisar
diferentes formas de compreensão da significado de “modernidade” e suas e problematizar os principais aspectos as causas da queda do império e
noção de tempo e de periodização dos lógicas de inclusão e exclusão, com base conceituais do iluminismo e do interpretar criticamente as mudanças e
processos históricos (continuidades, em uma concepção europeia, liberalismo e discutir a relação entre permanências quanto aos aspectos
rupturas, simultaneidades e considerando aspectos técnicos e eles e a organização do mundo sociais, culturais, econômicos e
permanências) entre as diversas tecnológicos. contemporâneo, bem como políticos da implantação da República
sociedades antigas (povos do Oriente e do compreender seu legado no processo de no Brasil.
Ocidente) e entender o tempo cronológico instituição de direitos, deveres políticos e
como construção humana. civis.
→ (PR. EFO6HI02. a. 6. 03) Identificar a (PR. EFO7HI02. s. 7. 02) Identificar (PR. EFO8HI04. s. 8. 06) Identificar e (PR. EFO9HI06. s. 9.08) Identificar
gênese da produção do saber histórico conexões e interações entre as relacionar os processos da Revolução e discutir o conceito de trabalhismo e
e analisar o significado das fontes sociedades do Novo Mundo, da Francesa e seus desdobramentos na seu papel como força política, social
que originaram determinadas formas Europa, da África e da Ásia no contexto Europa e no mundo. e cultural no Brasil, em diferentes escalas
de registro em sociedades e épocas das navegações e indicar a (nacional, regional, local).
distintas, compreendendo fontes e complexidade e as interações que
documentos como patrimônio histórico ocorrem nos Oceanos Atlântico, Índico
material e imaterial como fonte de e Pacífico e suas consequências e
pesquisa e de conhecimento científico. influências.
→ (PR. EFO6HI04. s. 6. 07) Conhecer (PR. EFO7HI03. a. 7. 04) Identificar (PR. EFO8HI06. a. 8. 09) Aplicar os (PR. EFO9HI10. a. 9.12) Identificar
as teorias sobre a origem do homem aspectos e processos específicos conceitos de Estado, nação, território, e relacionar as dinâmicas do
americano. das sociedades africanas e americanas governo e país para o entendimento de capitalismo e suas crises, o impacto dos
antes da chegada dos europeus, com conflitos e tensões. grandes conflitos mundiais, os
destaque para as formas de conflitos vivenciados na Europa
organização social e e as consequências para a
o desenvolvimento de saberes e contemporaneidade, em especial para o
técnicas. Brasil e Paraná.
→ (PR. EFO6HI14. a. 6. 19) Identificar (PR. EFO7HI15. a. 7. 21) Discutir (PR. EFO8HI15. s. 8. 20) Identificar (PR. EFO9HI14. s. 9.16)
e analisar diferentes formas de contato, o conceito de escravidão moderna e e analisar o equilíbrio das forças e Caracterizar e discutir as dinâmicas
adaptação ou exclusão entre populações suas distinções em relação ao os sujeitos envolvidos nas disputas do colonialismo no continente africano
em diferentes tempos e espaços, escravismo antigo e à servidão políticas durante o Primeiro e o e asiático e as lógicas de resistência
compreendendo as rupturas do poder medieval e problematizar as formas Segundo Reinado. das populações locais diante das
político e econômico entre o de trabalho análogo à escravidão na questões internacionais.
mundo antigo para o mundo medieval, atualidade.
incluindo contraposições, conexões
e trocas que se estabeleceram entre
Ocidente e Oriente ao longo
desses séculos.
→ (PR. EFO7HI17. a. 7. 24) Discutir e (PR. EFO8HI23. a. 8.30) Problematizar (PR. EFO9HI08. a. 9.10) Identificar
problematizar as razões da passagem e estabelecer relações causais entre e problematizar as transformações
do mercantilismo para o capitalismo e as ideologias raciais e o determinismo no e continuidades ocorridas no debate
suas influências e consequências. contexto do imperialismo europeu e seus sobre as questões da diversidade
impactos na África e na Ásia. no Brasil durante o século XX e
compreender o significado dessas
mudanças e das permanências em
relação ao tema.
HISTÓRIA - 1º ANO
OBJETIVO DE
UNIDADE OBJETOS DE CONHECIMENTO OBJETIVOS DE
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR. EF01HI01.s.1.01) Identificar aspectos do seu
crescimento por meio do registro das lembranças
particulares ou de lembranças dos membros de
sua família e/ou de sua comunidade. (Conteúdo:
Identidade: história de vida, história do nome,
características pessoais e familiares).
(PR.EF01HI01.n.1.05) Identificar e comparar
objetos, imagens, relatos e ações humanas em
As diferentes diferentes temporalidades para compreender a
formas de (EI03EO06) passagem do tempo, apontando mudanças e
MUNDO organização Manifestar (PR.EF01HI02.s.1.07) Identificar permanências em suas características e funções.
PESSOAL: da família e da Narrativas interesse e respeito a relação entre as suas histórias e as (Conteúdo: Tempo histórico e tempo cronológico)
MEU LUGAR comunidade: os familiares e por diferentes culturas histórias de sua família e de sua
vínculos pessoais comunitárias. e modos de vida. comunidade. (PR.EF01HI06.s.1.14) Conhecer as histórias
NO MUNDO.
e as relações de da família e da escola e identificar o papel
amizade. desempenhado por diferentes sujeitos em
diferentes espaços.
(Conteúdo: Histórico familiar e relações de
convívio)
(PR.EF01HI07.s.1.15) Identificar mudanças e
permanências nas formas de organização familiar,
respeitando as diferenças. (Conteúdo: Histórico
familiar e relações de convívio).
HISTÓRIA - 1º ANO
OBJETIVO DE
UNIDADE OBJETOS DE CONHECIMENTO OBJETIVOS DE
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM RELACIONADOS
(Habilidades)
(EI03EO04)
A escola e a A escola e a (PR.EF01HI04.s.1.16) Identificar as (PR.EF01HI03.s.1.09) Descrever e distinguir
Comunicar
MUNDO diversidade do diversidade diferenças entre os variados ambientes os seus papéis e responsabilidades
suas ideias e
PESSOAL: grupo social de grupos em que vive (doméstico, escolar e relacionados à família, à escola e à
sentimentos a
MEU LUGAR envolvido. envolvidos: da comunidade) reconhecendo as comunidade. (Conteúdo: Ações individuais
pessoas e grupos
NO MUNDO. relações de especificidades dos hábitos e das regras e coletivas no ambiente familiar, escolar e
diversos
trabalho e que os regem, diferenciando o público do comunitário).
cooperação. privado.
(EI03EO06) (PR.EF01HI08.d.1.23) Conhecer a história
Manifestar e a importância da escola como local de
interesse e aprendizagem e socialização, identificando
respeito por acontecimentos, mudanças e permanências
diferentes culturas em sua trajetória no espaço da comunidade.
e modos de vida. (Conteúdo: Histórico da edificação e da
comunidade escolar).
(PR.EF01HI08.d.1.24) Reconhecer os
profissionais que trabalham na escola e papéis
que desempenham. (Conteúdo: Histórico da
edificação e da comunidade escolar).
HISTÓRIA - 1º ANO
A pandemia causada pela Covid-19 mudou o cenário educacional de todas as redes de ensino. As atividades remotas ofertadas aos estudantes, mesmo bem elaboradas, nem
sempre dão conta de atender as especificidades dos estudantes. O ano letivo de 2021 necessitará de um planejamento diferenciado, pois, além de prever o trabalho
com os conteúdos do ano letivo em curso, muitos conteúdos do ano anterior deverão se retomados.
Diante disso, a Undime-PR mobilizou os redatores do Referencial Curricular do Paraná: direitos, princípios e orientações, para que fossem selecionados os
objetivos de aprendizagem considerados como focais para cada ano escolar.
Em Língua Portuguesa, ao selecionar os objetivos de aprendizagem considerados como focais e os relacionados, optou-se por manter a organização por campos
de atuação. Do 1° ao 5º ano do Ensino Fundamental são sugeridos quatro campos, sendo eles: Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa; Campo da Vida
Pública; Campo da Vida Cotidiana; e Campo Artístico-literário. Cada um desses campos apresenta gêneros a serem trabalhados, bem como objetivos relacionados às
práticas de linguagem. Contudo, muitos conteúdos voltados à alfabetização e ao estudo da língua estão dispostos em todos os campos de atuação.
Nesse sentido, ao selecionar o gênero, os objetivos de aprendizagem e os conteúdos de determinado campo para serem explorados, é fundamental buscar nas
tabelas de todos os campos de atuação quais conteúdos podem ser associados a esse trabalho. Portanto, partimos do princípio de que cada professor pode fazer essa associação, haja vista
que os objetivos e conteúdos apresentados em “todos os campos de atuação” não devem ser trabalhados de forma isolada, mas devem estar diretamente
relacionados aos gêneros discursivos que serão selecionados para as aulas.
Ao separar os objetivos considerados como foco percebemos que há outros relacionados que precisam ser trabalhados, pois o estudante só atingirá o objetivo
foco se os demais que constam como relacionados forem devidamente explorados. Outro detalhe importante que deve ser levado em consideração no
componente de Língua Portuguesa (LP) é que para fins de organização temos uma divisão das práticas de linguagem, no entanto, temos que considerar que elas são
intimamente relacionadas, ou seja, uma depende e complementa a outra. Logo, não é possível preparar uma aula só com a prática da oralidade, por exemplo, pois para
participar de situações de comunicação oral, leituras prévias devem ser realizadas.
Dentre as práticas de linguagem, a escrita/produção textual é a que mais se repete nas tabelas e isso não é aleatório, pois ao organizar dessa forma compreende-
se que para chegar a produção textual o estudante precisa ser instrumentalizado. Para tanto, utilizaremos as demais práticas: oralidade, leitura/escuta e análise linguística/
semiótica. Conforme Geraldi (1997, p. 160) são condições necessárias à produção de um texto:
a)se tenha o que dizer;
b)se tenha uma razão para dizer o que se tem a dizer;
c)se tenha para quem dizer o que se tem a dizer;
d)o locutor se constitui como tal, enquanto sujeito que diz o que diz para quem diz ( o que implica responsabilizar-se, no processo, por suas falas);
e)se escolhem as estratégias para realizar (a), (b), (c) e (d).
Diante dos itens apresentados pelo autor fica evidente que para o estudante chegar à produção de um texto há a necessidade de um trabalho sistematizado com a
leitura. Ou seja, para que ele obtenha informações sobre o que irá produzir, as discussões orais auxiliam na troca de experiências a respeito do tema proposto para produção e
os conteúdos da análise linguística/semiótica colaboram para a melhoria da escrita.
Comentário: Esse objetivo é considerado focal, pois, para ser alfabetizado, o aluno precisa ter domínio do sistema de escrita alfabética. A partir disso, terá condições de
escrever espontaneamente palavras, frases e textos.
Expectativa de fluência: Espera-se que o estudante realize leitura de palavras com sílabas canônicas de forma autônoma.
Comentário: O desenvolvimento da fluência em leitura é um dos objetivos a ser perseguido pelos professores que atuam no Ensino Fundamental Anos Iniciais e com o 1º
ano damos início a essa prática, por isso, ela deve ser foco do trabalho pedagógico.
Oralidade. Oralidade Exposição oral Sequência PR.EF15LP09.a.1.26 Expressar-se PR.EF15LP10.a.1.27 Escutar, com atenção,
pública/ de ideias: clareza, lógica na oralmente com clareza, preocupando- se falas de professores e colegas, formulando
Intercâmbio tom de voz audível, exposição oral em ser compreendido pelo interlocutor e perguntas pertinentes ao tema e solicitando
conversacional boa articulação e narrativa de usando a palavra com tom de voz audível, esclarecimentos sempre que necessário, de modo a
em sala de aula. (pronúncia) e ritmo fatos. boa articulação e ritmo adequado, a fim compreender que a escuta atenta é
adequado. de demonstrar clareza e organização fundamental para que os processos de ensino e de
nas exposições orais de ideias, aprendizagem aconteçam de forma
Turnos de fala. considerando os diferentes contextos significativa.
sociais.
PR.EF15LP11.a.1.28 Identificar
características da conversação
espontânea presencial, respeitando os
turnos de fala, selecionando e
utilizando, durante as situações de
fala, formas de tratamento adequadas, de
acordo com a situação e a posição do
interlocutor, de forma a melhor interagir
na vida social e escolar.
Comentário: O desenvolvimento da oralidade é fundamental para o estudante, haja vista que a criança que está no primeiro ano ainda organiza seu pensamento
por meio da fala. Portanto, ele necessita verbalizar aquilo que pretende executar. Para a organização de uma produção textual isso é importantíssimo, pois o
professor deve estimular os estudantes a estruturar a sua proposta de escrita primeiro de forma oral, para que se tenha clareza daquilo que pretende registrar.
Língua Portuguesa – 1º
Campo da vida cotidiana
Prática de Objetos do Conhecimentos Objetivo de Objetivos de
Conteúdos
linguagem conhecimento prévios aprendizagem - Foco aprendizagem relacionados
Oralidade. Produção de Ritmo, fluência Brincadeiras de (PR.EF01LP19.a.1.49) PR.EF01LP18.a.1.48 Registrar, em colaboração com os
texto oral. e entonação roda. Recitar parlendas, colegas e com a ajuda do professor, cantigas, quadras,
(domínio constante quadras, quadrinhas, quadrinhas, parlendas, trava-línguas, dentre outros gêneros
e progressivo) trava-línguas, com do Campo da Vida Cotidiana, considerando a situação
em recitação entonação adequada e comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto, a fim de
de parlendas, observando as rimas, apropriar-se, gradativamente, da forma de organização desses
quadras, de modo a adquirir textos.
quadrinhas, trava- progressiva fluência.
línguas.
Função social do
gênero.
Leitura. Contagem de Contação de Conhecimento de PR.EF15LP19.a.1.64 PR.EF15LP18.a.1.63 Relacionar texto com ilustrações e outros
histórias. história. algumas histórias e Recontar oralmente, com e recursos gráficos, para que compreenda de forma gradativa a
contos infantis. sem apoio de imagem, relação existente entre os textos imagéticos e os textos escritos.
textos literários lidos pelo
professor, a fim de empregar,
progressivamente, os PR.EF15LP15.a.1.60 Reconhecer, com a mediação do professor,
elementos da narrativa (tema, que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e
personagens, espaço, enredo, apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando- os, em
marcas linguísticas próprias da sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade, de
narrativa). modo a contribuir para sua formação como leitor literário, bem como
permitir o contato com diferentes culturas.
PR.EF15LP16.a.1.61 Ler e compreender, em colaboração com
os colegas e com a mediação do professor, textos narrativos de
maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de
assombração etc.) e crônicas, de modo a ampliar e diversificar sua
capacidade leitora, cognitiva e a análise textual.
Comentário: O campo artístico-literário colabora com a formação do leitor literário. Portanto, ao longo do ano letivo, o estudante precisa participar de situações de contação
de história (realizada pelo professor), além dele próprio contar histórias, haja vista que isso contribui tanto para o desenvolvimento da prática de leitura quanto com a prática
da oralidade que são tão importantes no primeiro ano do Ensino Fundamental. Na sala de aula é preciso criar um ambiente favorável à leitura: deve ser organizado e prever
momentos para a leitura deleite.
As histórias lidas ou contadas podem servir de instrumento para a interpretação e exploração das unidades menores da língua: palavras, sílabas e letras, bem como para
aprofundar os conhecimentos relativos a organização da escrita no papel.
O documento a seguir apresenta a seleção e reorganização dos objetivos de aprendizagem de Matemática e tem como finalidade aproximar os
conhecimentos dos estudantes aos propostos na Base Nacional Comum Curricular e, consequentemente, ao Referencial Curricular do Paraná.
O ensino da Matemática carece da mediação do professor para que os estudantes possam se apropriar dos conhecimentos cientificamente
elaborados. Ele é a essência do processo de apropriação dos conceitos científicos, por isso a relevância das escolhas que são feitas quanto à seleção e
organização dos objetos do conhecimento, dos respectivos objetivos de aprendizagem, das estratégias de ensino, dos recursos pedagógicos utilizados e da natureza
das tarefas propostas.
O processo de ensino e de aprendizagem da Matemática requer uma organização pedagógica que atenda os estudantes com todas as suas fragilidades, de
modo a garantir que eles continuem aprendendo e superando desafios, diminuindo a distância entre o que sabem e o que deveriam saber: os
marcos de aprendizagem de cada ano de escolaridade.
As desigualdades sociais e econômicas, as situações de calamidade, a pandemia provocada pela Covid-19, dentre outros fatores, contribuem
consideravelmente no desempenho escolar dos estudantes e cabe ao professor identificar o que eles sabem para, então, organizar o ensino, recuperando
as aprendizagens que constituem seus direitos. Assim, pensando na qualidade das aprendizagens e no caráter emergencial que a situação atual nos impõe é preciso
buscar alternativas diferenciadas quanto às metodologias que colocam o estudante não apenas para memorizar e reproduzir informações enviadas por meio
dos aplicativos digitais ou impressos, mas que o façam produzir conhecimentos a partir das tarefas realizadas, da abordagem da Resolução de Problemas e da
investigação.
Tendo o foco no letramento matemático, este documento apresenta as competências e habilidades de raciocinar logicamente, representar, comunicar e
argumentar diante dos objetos de conhecimento apresentados, tomando a Educação Matemática como fundamentação metodológica e destacando a importância
da história da Matemática, da Etnomatemática, da Modelagem Matemática, da Resolução de Problemas, das Mídias Digitais, das Metodologias ativas,
entre outras.
Essas metodologias se articulam direcionando o trabalho para a formação do pensamento matemático do estudante, trazendo a Matemática para seu
cotidiano de forma contextualizada e significativa. Ao se compreender a Matemática como construção da humanidade, entende-se que a
contextualização deste componente se faz de forma significativa quando se respeita essa construção e quando a articulação entre os objetos são
coerentes para o estudante.
Como a Base Nacional Comum Curricular apresenta, dentre as 10 competências, a importância da cultura digital e do desenvolvimento do
pensamento científico, crítico e criativo, a proposta do uso das novas tecnologias no ensino de Matemática visa a contribuir para problematizar os objetos
de conhecimento, colocando o estudante numa perspectiva ativa em relação à produção de conhecimentos.
Cabe destacar, ainda, que este documento está organizado em quadros.
No quadro organizador do componente Matemática, é apresentada a categoria “Conhecimento Prévio”, cujo objetivo é orientar o processo de avaliação
diagnóstica para que, diante dos resultados, o professor possa organizar e reorganizar o planejamento pedagógico, tendo em vista o ensino daquilo que não foi
aprendido em períodos de aulas remotas. O conhecimento prévio é de suma relevância, pois abre as possibilidades para se atingir o objetivo de
aprendizagem focal. O objetivo focal caracteriza-se pela sua essencialidade, considerado como conceito fundamental e, por isso, deve ser a meta principal a ser
atingida durante o ano. A última categoria apresentada no quadro indica os “Objetivos de Aprendizagem Relacionadas”. Esta categoria é assim denominada porque os
objetivos estão na relação com o objetivo focal e são considerados importantes no percurso de aprendizagem e nos processos de consolidação conceitual. Orienta-
se uma leitura em bloco em relação às categorias de objetivos para analisar o modo como se inter- relacionam. Isso permitirá ao professor organizar o ensino
e a elaborar tarefas de forma que abranjam mais do que um objetivo.
O quadro organizador de cada bloco de objetivos dos Anos Iniciais possui um campo onde se destaca a expectativa de fluência em
Matemática e um comentário que contribui no esclarecimento, na elucidação do objetivo focal, dentre outros aspectos. A expectativa de
fluência indica as aprendizagens que os estudantes deverão ser capazes de mobilizar, com destreza, após a realização das tarefas propostas para cada bloco de
objetivos até findar o ano. Ainda no campo “Expectativa de Fluência”, indicamos os descritores utilizados nas avaliações externas para auxiliar o
professor a relacioná-los com o currículo que se desenha na prática. Para o 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, relacionamos os descritores
utilizados pelo Programa Mais Alfabetização; e para o 5º ano são os descritores utilizados na Matriz de Referência do Sistema de Avaliação da Educação Básica
(SAEB). Os quadros organizadores do 3º e do 4º ano não têm indicação de descritores por não possuírem, até o momento, uma Política Nacional de Avaliação
externa vinculada. Contudo, cada expectativa de fluência elencada encontra-se alinhada aos descritores de 1º, 2º e 5º ano, garantindo, assim, o
caráter coerente, progressivo e contínuo em relação a essas aprendizagens.
E em comum para os Anos Iniciais e Finais temos, neste documento, o objetivo de subsidiar o trabalho do professor no retorno às atividades
presenciais. Para isso, foram selecionados objetivos considerados essenciais para cada ano/série do ano vigente e de anos anteriores, que se articulam de forma a
serem considerados objetivos prévios para atingir os objetivos de conhecimento de um ano/série para o outro, bem como já mencionado, objetivos
relacionados, ficando organizado em colunas divididas em cores, com o objetivo de correlacionar. Lembrando que:
as colunas denominadas “Unidade Temática”, “Objetos de Conhecimento” e “Conteúdos” se relacionam às metodologias para atingir os objetivos
de aprendizagem;
a coluna “Conhecimento Prévio” se relaciona com a coluna “Objetivos de Aprendizagem – Foco” como conhecimento necessário para alcançar
a essência conceitual;
a coluna “Objetivo de Aprendizagem Relacionadas” se associa à coluna de “Objetivos de Aprendizagem – Foco” para avanços de
conhecimentos durante o ano letivo, ou seja, superado os objetivos de aprendizagem (foco), sugere-se que sejam feitos encaminhamentos que propiciem a
aprendizagem dos objetivos de aprendizagem relacionados.
Esses objetivos deverão ser desenvolvidos ao longo do ano letivo, considerando os objetos de conhecimento e unidades temáticas e observando que os
objetivos se repetem ao longo do ano. Com isso, tem-se a sugestão de que os objetivos de conhecimento prévio devem ser revisitados todas as vezes que o
professor achar necessário fazer a retomada destes, propiciando que os objetivos de aprendizagem do ano sejam alcançados. Cabe, então, a cada professor,
mensurar a necessidade dessa retomada ou não. Caso os estudantes tenham superado os objetivos trabalhados do ano, pode-se recorrer à coluna de objetivos
de aprendizagem relacionadas e ao Currículo da Rede Estadual Paranaense para aprofundamento e avanços nos objetos.
O papel do professor é fundamental para que além da diversidade de metodologias e uso de recursos, o estudante e o processo de aprendizagem possam ser
avaliados de forma coerente e condizente com cada realidade. Ele tem como papel monitorar, mediar, acompanhar, intervir e avaliar os estudantes entendendo que
os erros cometidos podem ser uma oportunidade de aprendizagem e sistematização do conteúdo.
Em relação ao processo de avaliação devemos considerá-lo como contínuo e de investigação permanente, articulando os objetivos de aprendizagem
por meio do desenvolvimento das competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e específicas do componente curricular. Para
este documento destacamos que a avaliação diagnóstica deve ser constante, visto que nele está contemplado apenas os objetivos considerados essenciais e
prioritários para cada ano/série, e por isso a investigação de que estes estejam sendo superados é de grande importância, pois são considerados
pré-requisitos para os anos posteriores.
MATEMÁTICA - ANO
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO - FOCO
UNIDADE TEMÁTICA CONTEÚDOS APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO PRÉVIO (Habilidades) RELACIONADOS
EXPECTATIVA DE A expectativa de fluência indica o que esperamos que o estudante faça, em termos de tarefas propostas, sem ajuda do professor.
FLUÊNCIA Observação: A expectativa de fluência aparece apenas nos anos iniciais do Ensino Fundamental I.
No campo “comentários” abordamos esclarecimentos a fim de elucidar o objetivo de aprendizagem focal e indicamos algumas possibilidades
Comentários
de abordagem do conteúdo para atingir os objetivos focais.
MATEMÁTICA - 1º ANO
As regras que compõem o sistema de numeração decimal são complexas. Por isso, a fluência nesse objetivo focal vai muito além do domínio da sequência numérica, da
contagem de memória e da grafia de algarismos, deve ser trabalhado de forma progressiva e contínua. Assim, orienta-se a realização de uma avaliação diagnóstica para
verificar o conhecimento que os estudantes têm em relação ao conceito de número para que possam progressivamente avançar no domínio do sistema de numeração
decimal até a ordem da centena no 1º ano. Para que a contagem dos objetos de uma coleção ocorra, o estudante deverá contar todos os objetos, sem contar o mesmo mais de uma vez e sem
esquecer nenhum deles. Neste caso, é necessário que ele: (i) associe a cada objeto o nome dos numerais e (ii) compreenda que ao falar a última palavra, esta corresponde ao conjunto
de objetos contados. Logo, o estudante deve conhecer a sequência numérica, utilizá-la em diferentes contextos e representá- la de maneira espontânea e diversa,
fazendo uso, por exemplo, de traços, figuras e, sobretudo, algarismos. As propostas envolvendo jogos e brincadeiras em que os estudantes precisam contar pontos e
compará-los são boas oportunidades para desenvolver esta habilidade. O desenvolvimento dos processos mentais básicos antecede à compreensão do conceito de número pela
criança, por isso orienta-se avaliar e investir em tarefas que envolvam: correspondência, seriação, sequenciação, classificação, inclusão, comparação e conservação. O
objetivo de contar quantidades de objetos até 100 pode ser realizado a partir de situações contextuais que mostram a função social do número. Tal ação
pedagógica contribui para relacionar o objetivo de contar a um dos Direitos Específicos da Aprendizagem de Matemática, que é o reconhecimento de que a
Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades em solucionar problemas vinculados às práticas sociais. A natureza das tarefas selecionadas ou
elaboradas pelos professores necessita de uma abordagem investigativa, em que os estudantes terão oportunidade de refletir, analisar, criar, testar hipóteses,
formular perguntas e resolver problemas. Deste modo, as escolhas do professor quanto a abordagem metodológica e a qualidade das tarefas contribuirão para o
desenvolvimento dos Direitos Gerais de Aprendizagem.
Indicação de Leitura:
LORENZATTO, Sérgio. Que Matemática ensinar no primeiro dos nove anos do Ensino Fundamental? FE/Unicamp.
Disponível em: <http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem07/COLE_2698.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2015.
MATEMÁTICA - 1º ANO
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS DE
UNIDADE OBJETOS DE CONTEÚDOS CONHECIMENTO
- FOCO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA CONHECIMENTO PRÉVIO (Habilidades) RELACIONADOS
(PR.EF01MA04.s.1.53) (PR.EFO1MA03.s.1.11)
Contar a quantidade de objetos de Estimar e comparar quantidades de
coleções até 100 unidades e (PR.EF01MA05.s.1.59) objetos de dois conjuntos (em
NÚMEROS apresentar o resultado por registros torno de 30 elementos),
Sistema de Comparar números naturais de até
E numeração de Comparação de verbais e simbólicos, em situações duas ordens em situações cotidianas, por estimativa e/ou por
decimal. números naturais. de seu interesse, como jogos, com e sem suporte da reta numérica. correspondência (um a um, dois a
ÁLGEBRA brincadeiras, materiais da sala de dois) para indicar “tem mais”, “tem
aula, entre outros. menos” ou “tem a mesma
quantidade”.
Comentário: A contagem é considerada uma aprendizagem essencial para os estudantes do 1º ano dos anos iniciais. Contudo, saber a sequência numérica de memória ou grafá-la
corretamente não indica a apropriação do conceito de número. Para que os estudantes possam comparar números naturais, de uma ou mais ordens, precisam aprender com fluência, a
contar. O processo cognitivo “contar” tem relação com a ação de comparar dois conjuntos de objetos e indicar, seja por meio de estimativa ou correspondência, onde tem
mais, onde tem menos ou se tem a mesma quantidade. Constitui um avanço no percurso dessa aprendizagem quando o estudante consegue ter o controle das quantidades de objetos
contando os elementos e indicando uma palavra para cada um sem cometer equívocos de correspondência biunívoca. Indo um pouco mais adiante nesse percurso de aprendizagem,
podemos dizer que os estudantes terão de ser capazes de avançar, indicando não apenas onde tem mais, mas quanto há a mais no conjunto de objetos. Do mesmo modo,
demonstrará evolução na aprendizagem quando conseguir indicar não apenas onde tem menos, mas dizer quanto a menos.
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETIVO DE APRENDIZAGEM - OBJETIVOS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO
CONTEÚDOS FOCO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA CONHECIMENTO PRÉVIO (Habilidades) RELACIONADOS
(PR.EF01MA04.s.1.53)
Números naturais: Contar a quantidade de objetos de
composição e coleções até 100 unidades e (PR.EF01MA07.s.1.38)
decomposição na base apresentar o resultado por registros Compor e decompor número de (PR.EF01MA19.s.1.70)
10. verbais e simbólicos, em situações até duas ordens, por meio de Reconhecer e relacionar valores de
NÚMEROS de seu interesse, como jogos, diferentes adições, com o
Sistema de moedas e cédulas do Sistema
brincadeiras, materiais da sala de suporte de material manipulável,
E numeração de aula, entre outros. Monetário Brasileiro e outros, de
contribuindo para a compreensão de acordo com a cultura local, para
ÁLGEBRA decimal. Medida de valor: características do sistema resolver situações simples do
Sistema (PR.EF01MA05.s.1.59) de numeração decimal e o cotidiano do estudante.
Monetário Comparar números naturais de até desenvolvimento de estratégias de
Brasileiro. duas ordens em situações cálculo.
cotidianas, com e sem suporte
da reta numérica.
EXPECTATIVA DE FLUÊNCIA: Ao final do 1º ano espera-se que os estudantes sejam capazes de compor e decompor números formados por duas ordens, utilizando
a ideia aditiva como estratégia e recursos manipuláveis e/ou digitais como apoio.
Descritor relacionado a este bloco de objetivos: D05 Identificar composição ou decomposição de números naturais.
Comentário: Para que seja possível a composição e decomposição de números até dois algarismos, é necessário que o estudante já conheça a sequência numérica e a representação
escrita e falada dos números. Também é necessário que ele compreenda que um número pode ser obtido pela soma de outros números. A própria representação falada/escrita dos
numerais pode auxiliar o estudante neste processo ao perceber que, por exemplo, dezesseis pode ser formado por dez e seis ou vinte e um pode ser obtido por vinte
mais um. Como o próprio objetivo prevê o uso de materiais manipulativos, como, por exemplo, as cédulas do Sistema Monetário Brasileiro (sem valor), pode auxiliar o
estudante no desenvolvimento de estratégias próprias para compor/decompor um determinado número. Por exemplo, é possível que alguns estudantes obtenham 20 a partir
de duas notas de 10 (10 + 10); outros percebam que também é possível obter este mesmo número com uma nota de dez e outras duas de cinco (10 + 5 + 5); ou até mesmo aqueles que
formem com quatro notas de cinco (5 + 5 + 5 + 5). Espera-se que ao trabalhar composição e decomposição, o Sistema Monetário seja utilizado como um dos recursos que possibilitará aos
estudantes maior compreensão sobre o sistema decimal e estratégias de cálculo.
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETIVO DE APRENDIZAGEM - OBJETIVOS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO
CONTEÚDOS FOCO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA CONHECIMENTO PRÉVIO
(Habilidades) RELACIONADOS
EXPECTATIVA DE FLUÊNCIA: Ao final do 1º ano espera-se que os estudantes sejam capazes de resolver problemas que envolvem as ideias de juntar, acrescentar,
separar e retirar, utilizando registros pessoais, tais como desenhos e marcas gráficas como registro.
Descritor relacionado a este bloco de objetivos: D09 Utilizar números naturais, envolvendo diferentes significados da adição ou da subtração na resolução de problemas.
MATEMÁTICA - 1º ANO
Comentário: Não é necessário esperar os estudantes se apropriarem do registro de fatos básicos para resolver problemas. Eles poderão utilizar registros pessoais (palavras, desenhos,
símbolos) e fazer uso de recursos manipuláveis e digitais como estratégias de resolução. Contudo, é necessário que tenham conhecimento do conceito de número para
estabelecer as comparações necessárias. Incentivar o uso de diferentes representações e analisá-las com o grupo é uma excelente oportunidade para que os estudantes
desenvolvam a argumentação e avancem na apropriação da linguagem matemática. A resolução de problemas envolvendo adição e subtração apresenta-se em cinco ideias
centrais:
● IDEIA DE JUNTAR: André coleciona carrinhos. Ele tem 6 azuis e 9 verdes. Quantos carrinhos tem a coleção de André?
● IDEIA DE ACRESCENTAR: Ana tem 8 balas e ganhou 5 da avó. Quantas balas ela tem agora?
● IDEIA DE SEPARAR: Léo comprou uma pizza para comer com seu amigo Arthur. Ele dividiu a pizza em 8 pedaços e guardou 2 para seu primo. Quantos pedaços
ele tem para comer com Arthur?
● IDEIA DE RETIRAR: Kelly tinha 12 ovos. Ela usou 4 para fazer um pudim. Quantos ovos restaram?
● IDEIA DE COMPARAR:
• Quanto a mais - Alice tem 6 bexigas e Pedro tem 9. Quantas bexigas Pedro tem a mais que Alice?
• Quanto a menos - Alice tem 6 bexigas e Pedro tem 9. Quantas bexigas Alice tem a menos que Pedro?
• Qual a diferença - Alice tem 6 bexigas e Pedro tem 9. Qual é a diferença entre as quantidades de bexiga de Alice e de Pedro?
• Quanto falta para - Alice tem 6 bexigas e Pedro tem 9. Quantas bexigas faltam para que Alice tenha a mesma quantidade de bexigas que Pedro?
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETIVO DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO
CONTEÚDOS - FOCO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA CONHECIMENTO PRÉVIO
(Habilidades) RELACIONADOS
(PR.EF01MA04.s.1.53)
Contar a quantidade de objetos de
coleções até 100 unidades e
apresentar o resultado por
(PR.EFO1MA06.a.1.14)
registros verbais e simbólicos, em (PR.EFO1MA06.d.1.15)
NÚMEROS situações de seu interesse, como Construir fatos básicos da adição e
Sistema de Números Naturais: utilizá-los em procedimentos de Construir estratégias pessoais de
E jogos, brincadeiras, materiais da sala
numeração de cálculo para resolver problemas no cálculo, com registro (algarismos ou
(adiçãoesubtração). de aula, entre outros.
ÁLGEBRA decimal. contexto de jogos e brincadeiras, desenhos) para resolver problemas
com apoio de recursos (manipuláveis envolvendo adição e subtração.
(PR.EF01MA05.s.1.59) e digitais) e registros pictóricos.
Comparar números naturais de até
duas ordens em situações cotidianas,
com e sem suporte da reta numérica.
EXPECTATIVA DE FLUÊNCIA: Ao final do 1º ano espera-se que os estudantes resolvam fatos básicos de adição, utilizando recursos manipuláveis como apoio no
contexto de jogos e brincadeiras.
Descritor relacionado a este bloco de objetivos: D08 Executar a adição com números naturais.
Comentário: O trabalho com os fatos básicos no 1º ano demanda propostas lúdicas para que os estudantes se apropriem das ideias relacionadas à adição e subtração
com a devida compreensão. A resolução de operações descontextualizadas propostas na forma impressa não é a ação pedagógica recomendada. A tarefa de juntar ou
retirar elementos precisa estar vinculada a práticas contextuais que fazem sentido para os estudantes. Os jogos e as brincadeiras cumprem essa função. O registro e a
adição dos pontos após o lançamento de dois dados, por exemplo, constitui um contexto repleto de possibilidades para alcançar o objetivo de construir fatos básicos para
adição.
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETIVO DE APRENDIZAGEM - OBJETIVOS DE
OBJETOS DE CONHECIMENTO
CONTEÚDOS FOCO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA CONHECIMENTO PRÉVIO
(Habilidades) RELACIONADOS
Problemas
envolvendo noções de
multiplicação e
(PR.EF01MA04.s.1.53) (PR.EF01MA08.n.1.64)
divisão.
Contar a quantidade de objetos de Resolver e elaborar problemas que
Sistema de coleções até 100 unidades e (PR.EF01MA08.n.1.6)
NÚMEROS Divisão no conjunto envolvem as ideias de divisão
numeração de apresentar o resultado por registros Utilizar noções de metade e dobro para
E dos números naturais: (distribuição e medida) e
decimal. verbais e simbólicos, em situações resolver e elaborar problemas com
ideia de distribuir e de multiplicação (ideia de adição de
suporte de imagens e material
ÁLGEBRA medir. de seu interesse, como jogos, parcelas iguais) utilizando recursos
brincadeiras, materiais da sala de manipulável.
manipuláveis, digitais e registros
Multiplicação aula, entre outros. pictóricos como apoio.
no conjunto dos
números naturais:
ideia de adição de
parcelas iguais.
Comentário: Se o estudante já é capaz de contar com fluência, espera-se que ele consiga resolver problemas que envolvem a distribuição igualitária de poucos
elementos. Os conceitos relacionados à adição também subsidiam o estudante a resolver problemas que envolvem a multiplicação a partir da ideia de adição de parcelas
iguais. Contudo, precisarão, possivelmente, do apoio de imagens e recursos manipuláveis ou digitais para resolver os problemas e farão registros, utilizando desenhos ou marcas
gráficas. Exemplos de problemas que envolvem as ideias de multiplicação e divisão indicadas neste bloco de objetivos:
● IDEIA DE ADIÇÃO DE PARCELAS IGUAIS: Patrícia tem duas caixas de lápis de cor com 12 lápis em cada caixa. Quantos lápis de cor ela tem ao todo?
● IDEIA DE DISTRIBUIR: Patrícia tem 12 lápis de cor e distribuiu igualmente em dois estojos. Quantos lápis ela colocou em cada estojo?
● IDEIA DE MEDIDA: Patrícia tem 24 lápis. Quantos estojos ela precisa para guardar 6 lápis em cada estojo?
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE CONHECIMENTO OBJETIVO DE APRENDIZAGEM - OBJETIVOS DE
CONTEÚDOS FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO PRÉVIO APRENDIZAGEM RELACIONADOS
(Habilidades)
(PR.EF01MA12.s.21)
Descrever a localização de pessoas
Localização e de objetos no espaço, segundo um (PR.EFO1MA11.s.1.20)
Localização no espacial: dado ponto de referência, Descrever a localização de pessoas e
GEOMETRIAS compreendendo que, para a utilização de objetos no espaço em relação à sua
Espaço. direita, esquerda, de termos que se referem à posição própria posição, utilizando termos como à
em frente e atrás. (como direita, esquerda, em cima, direita, à esquerda, em frente, atrás.
embaixo), é necessário explicitar o
referencial.
EXPECTATIVA DE FLUÊNCIA: Espera-se que ao final do 1º ano os estudantes utilizem os termos: direita e esquerda, em cima e embaixo, em frente e atrás, ao localizar
pessoas e objetos no espaço.
Descritor relacionado a este bloco de objetivos: D12 Identificar a localização ou a movimentação de pessoas ou objetos em uma representação plana do espaço.
Comentário: Para que seja possível localizarmos objetos ou pessoas é necessário identificar um referencial e saber explicar como ele foi usado para efetuar a localização
de outros objetos. Usar elementos da sala de aula (porta, janela, quadro, lixeira) ou o próprio corpo como referencial é muito comum entre estudantes desta faixa etária.
Além disso, é necessário que os estudantes se apropriem de um vocabulário que expresse a localização dos objetos em relação ao referencial adotado. Termos como
acima, abaixo, à esquerda, à direita, perto, longe, antes, depois, primeiro e último são algumas sugestões para auxiliar na composição desse vocabulário. Também é
muito comum, no momento da descrição da localização, os alunos utilizarem diferentes tipos de representações, como palavras, figuras ou ambos. O conceito de direita
e esquerda precisa ser abordado diversas vezes em diferentes contextos.
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS DE
CONHECIMENTO - FOCO
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM
TEMÁTICA CONHECIMENTO PRÉVIO
(Habilidades) RELACIONADOS
Geometria
Espacial: cones,
cilindros,
esferas, pirâmides (R.EF01MA13.n.1.42)
(PR.EF01MA13.s.1.40) Identificar características das
e blocos
retangulares. Reconhecer e relacionar figuras figuras geométricas espaciais,
Geometria geométricas espaciais (cones, observando semelhanças e diferenças
GEOMETRIAS cilindros, esferas, pirâmides e (cones, cilindros, esferas, pirâmides
Espacial blocos retangulares) a objetos e blocos retangulares) e classificá-
Características e familiares do mundo físico. las em dois grupos: formas
classificação das arredondadas e formas não
figuras geométricas arredondadas.
espaciais.
Noções de vértice,
aresta e face.
EXPECTATIVA DE FLUÊNCIA: Espera-se que ao final do 1º ano os estudantes relacionem as figuras geométricas espaciais aos objetos do mundo físico a partir da
observação de suas características.
Descritor relacionado a este bloco de objetivos: D10 Identificar representações de figuras tridimensionais.
Comentário: Para desenvolver esse objetivo é preciso que os estudantes explorem as formas geométricas espaciais a partir dos objetos do mundo físico, observando
e descrevendo suas características. Em um segundo momento, orienta-se que façam comparações entre tais objetos e as figuras geométricas espaciais,
buscando relações de semelhanças e diferenças quanto à forma das faces, quantidades de vértices e arestas. Possivelmente os estudantes digam que alguns objetos
têm ponta e outros não, ou que alguns rolam e outros não. Tais observações são relevantes no percurso de apropriação de conceitos científicos com as devidas
nomenclaturas.
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE APRENDIZAGEM - OBJETIVOS DE
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO FOCO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA CONHECIMENTO (Habilidades) RELACIONADOS
(PR.EF01MA14.n.1.66)
(PR.EF01MA13.s.1.40)
Características e Identificar e nomear figuras planas
classificação Reconhecer e relacionar figuras (círculo, quadrado, retângulo e
GEOMETRIAS Geometria Plana das figuras geométricas espaciais (cones, triângulo) em desenhos apresentados
e Espacial geométricas cilindros, esferas, pirâmides e em diferentes disposições ou em
planas. blocos retangulares) a objetos contornos de faces de sólidos
familiares do mundo físico. geométricos.
EXPECTATIVA DE FLUÊNCIA: Espera-se que ao final do 1º ano os estudantes identifiquem o círculo, o quadrado, o retângulo e o triângulo a partir da observação das
faces dos sólidos geométricos e a partir de representações das figuras planas em material impresso.
Descritor relacionado a este bloco de objetivos: D11 Identificar representações de figuras bidimensionais.
Comentário: Os estudantes reconhecem as figuras geométricas planas a partir da observação dos objetos presentes no mundo físico. Para o desenvolvimento deste
objetivo, sugere-se que os estudantes explorem os objetos do seu cotidiano a fim de observar suas características. Perguntas do tipo “Qual objeto rola com mais
facilidade? A caixa de sapato ou a garrafa pet?” são indicadas para mediar o conhecimento e contribuir para que eles compreendam as diferenças entre faces curvas e
planas. Outras ações pedagógicas importantes são as propostas de tarefas em que os estudantes tenham que relacionar e associar as formas geométricas espaciais aos objetos familiares do
mundo físico. Todo esse percurso de aprendizagens relacionadas ao objetivo de aprendizagem - foco é necessário para que o estudante entenda que, por exemplo, o cubo não é
quadrado, mas que suas faces são. Deste modo, é preciso propor tarefas em que os estudantes possam observar, por exemplo, que as faces laterais de uma pirâmide são
triângulos; que as bases de um cilindro são círculos e que o bloco retangular apresenta faces retangulares. É essencial que as formas planas sejam exploradas
conjuntamente com as espaciais. Espera-se que os estudantes façam descrições verbais sobre as formas geométricas exploradas, usando propriedades simples, como a
quantidade de lados, vértices ou suas medidas.
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS DE
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO - FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO APRENDIZAGEM RELACIONADOS
(Habilidades)
Medida de (PR.EFO1MA16.a.1.22)
tempo: escrita e
localização de Relatar em linguagem verbal ou não verbal
datas em sequência de acontecimentos relativos a um dia,
utilizando, quando possível, os horários dos
Medidas de calendário. (PR.EF01MA17.s.1.47) eventos e termos que marcam o tempo: antes,
GRANDEZAS comprimento, Reconhecer e relacionar períodos do durante e depois; ontem, hoje e amanhã.
E capacidade, dia, dias da semana e meses do ano,
massa e tempo. utilizando o calendário, quando
MEDIDAS
necessário. (PR.EF01MA18.s.1.47)
Sequência de
acontecimentos. Produzir a escrita de uma data, apresentando o
dia, o mês e o ano, e indicar o dia da semana de
uma data, consultando calendários.
EXPECTATIVA DE FLUÊNCIA: Espera-se, ao final do 1º ano, que os estudantes façam o uso dos termos: manhã, tarde e noite, ao relatar sequência de acontecimentos
relativos ao dia. Considera-se também que estejam fluentes ao consultar o calendário, reconhecendo e localizando os dias da semana e os meses do ano.
Descritor relacionado a este bloco de objetivos: D15 Utilizar medidas de tempo na resolução de problema.
Comentário: O desenvolvimento deste objetivo está relacionado ao reconhecimento de períodos de tempo, como os nomes dos dias da semana e dos meses do ano. Para que o
estudante estabeleça relações entre estes intervalos de tempo, também é necessário que ele conheça que uma semana é composta por sete dias, que os meses, em sua maioria, são
formados por trinta dias e que o ano é dividido em doze meses. O trabalho explorando o calendário é uma boa sugestão para que isto ocorra. No entanto, vale lembrar que
a apropriação da grandeza tempo é processual e exige ir além do trabalho com o calendário. Vivenciar propostas que trabalhem a duração de intervalos de tempo é
essencial. Pular corda, explorar músicas e a rotina são também bons recursos para desenvolver a noção temporal.
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE APRENDIZAGEM - OBJETIVOS DE
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO FOCO
TEMÁTICA CONHECIMENTO (Habilidades) APRENDIZAGEM RELACIONADOS
Medidas de
comprimento não (PR.EFO1MA15.s.1.21)
padronizadas: Comparar comprimentos, capacidades
ou massas, utilizando termos como:
GRANDEZAS Medidas de mais alto, mais alto, mais baixo, mais
E comprimento, mais baixo, comprido, mais curto, mais grosso,
capacidade, mais comprido, mais fino, mais largo, mais pesado,
MEDIDAS massa e tempo. mais leve, cabe mais, cabe menos,
mais curto,
mais grosso, entre outros, para ordenar objetos de
mais fino, uso cotidiano.
mais largo.
EXPECTATIVA DE FLUÊNCIA: Espera-se, até o final do 1º ano, o aprendizado do uso dos termos: mais alto, mais baixo, mais comprido, mais curto, mais grosso, mais
fino, mais largo, mais pesado, mais leve, cabe mais e cabe menos, bem como do conceito de que medir é comparar.
Descritor relacionado a este bloco de objetivos: D14 Comparar ou ordenar objeto/pessoa/animal por meio dos atributos de tamanho, comprimento, espessura, altura
e capacidade.
Comentário: Para que o estudante realize medições é necessário que se depare com diferentes situações em que possa comparar quantas vezes uma grandeza cabe em outra.
Logo, é importante que compreenda aquilo que será medido (comprimento, capacidade, massa) e desenvolva um vocabulário para que possa indicar a comparação
realizada. Elaborando uma seriação envolvendo objetos, é possível que ele desenvolva um vocabulário em que tenha que utilizar termos como: mais leve, mais pesado, mais curto, mais
comprido, mais largo, mais estreito, mais cheio, mais vazio, etc.
MATEMÁTICA - 1º ANO
UNIDADE OBJETOS DE OBJETIVO DE APRENDIZAGEM - OBJETIVOS DE
CONTEÚDOS CONHECIMENTO PRÉVIO FOCO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA CONHECIMENTO (Habilidades) RELACIONADOS
(PR.EFO1MA22.s.1.51)
Listas, tabelas, (PR.EF01MA05.s.1.59) (PR.EFO1MA21.a.1.24)
TRATAMENTO Realizar pesquisa envolvendo até duas
Tabelas e gráficos de colunas Comparar números naturais de até Ler e compreender dados expressos variáveis categóricas de seu interesse
DA e imagens: leitura e duas ordens em situações em listas, tabelas e em gráficos de
Gráficos. em universo de até 30 elementos e
INFORMAÇÃO elaboração. cotidianas, com e sem suporte da colunas simples e outros tipos de organizar dados por meio de
reta numérica. imagens. representações pessoais.
EXPECTATIVA DE FLUÊNCIA: Ao final do 1º ano espera-se que os estudantes consigam identificar informações em tabelas simples, dupla entrada e gráficos de colunas.
Descritores relacionados a este bloco de objetivos:
D16 Identificar informações a partir de dados dispostos em tabelas.
D17 Identificar dados apresentados por meio de gráficos
Comentário: O trabalho de leitura e interpretação de dados em tabelas e gráficos simples pode ser realizado de maneira coletiva a partir de uma pesquisa envolvendo
um tema da preferência dos estudantes. Dessa maneira, dá-se um maior significado à representação e o auxilia na identificação dos elementos utilizados. Além disso,
é necessário que ele tenha conhecimento dos números envolvidos e que possa elaborar conclusões simples a respeito dos dados apresentados como, por exemplo,
quantos estudantes preferem cães a gatos, ou se a maioria da sala tem preferência por determinado sabor de sorvete. Além dos gráficos envolvendo preferências, é
importante trabalhar com dados reais dos estudantes: número de irmãos, meio de transporte que usa para ir à escola etc.