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Anormalidades Dentárias PDF

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CD: PAULO JR BARRETTO

Cirurgião Bucomaxilofacial - (68) 9951-2929


PERDA DE ESTRUTURA DENTÁRIA
PÓS-DESENVOLVIMENTO
• O desgaste dentário é um processo fisiológico que ocorre com o decorrer do
envelhecimento, mas pode ser considerado patológico quando o grau de destruição
cria problemas funcionais, estéticos ou de sensibilidade dentária.

• Atrição
• Abrasão
• Erosão
• Abfração
ATRIÇÃO
• A atrição pode ocorrer tanto na dentição decídua como na permanente.
• Encontrada nas superfícies oclusais e incisais comprometidas, além das superfícies
linguais dos dentes anteriores superiores e as vestibulares dos dentes inferiores
anteriores.
• As facetas são grandes, planas, lisas, brilhantes e são encontradas em uma relação
correspondente ao tipo de oclusão.
• A exposição pulpar e a sensibilidade dentinária são raras devido à lentidão da perda
de estrutura dentária e à aposição de dentina secundária e reparadora no interior da
câmara pulpar.
ABRASÃO
• A abrasão é encontrada de várias formas, dependendo da causa.
• A abrasão por escovação dentária aparece caracteristicamente como entalhes
cervicais horizontais na superfície vestibular com cemento e dentina radicular
expostos.
EROSÃO
• Em pacientes com erosão, a perda dos dentes não está correlacionada com
padrões funcionais de desgaste ou àqueles em geral associados a abrasivos
conhecidos.
• Os locais predominantes dessas perdas são áreas que não estão protegidas
pela secreção serosa das glândulas parótidas e submandibulares.
• A erosão ativa revela uma superfície limpa, sem manchas, enquanto que as
regiões inativas apresentam-se manchadas e pigmentadas.
ABFRAÇÃO
• A abfração tem a aparência de cunhas limitadas à região cervical
dos dentes e pode, com facilidade, assemelhar-se à abrasão
cervical ou à erosão.
• Os sinais para o diagnóstico incluem defeitos que são profundos,
estreitos e em forma de V e ocasionalmente subgengivais.
• Maior prevalência em pacientes com bruxismo.
• O processo ocorre normalmente de forma lenta.
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
• Antes de qualquer ação definitiva, o clínico deve lembrar-se que, quase
invariavelmente, desgaste dentário possui causa multifatorial.
• O tratamento imediato deve ser direcionado para a resolução da sensibilidade
e da dor, mas identificação das causas da perda de estrutura dentária e a
proteção da dentina remanescente também são objetivos importantes.
REABSORÇÃO INTERNA E EXTERNA

• A destruição dos dentes também pode ocorrer por reabsorção, que é


realizada por células localizadas na polpa dentária (reabsorção interna) ou
no ligamento periodontal (LP) (reabsorção externa).
REABSORÇÃO INTERNA
• Radiograficamente, a reabsorção por substituição apresenta-se como um
alargamento do canal que é preenchido com material menos radiodenso do
que a dentina circundante. Em razão de a zona central da polpa ser
substituída por osso, o aspecto radiográfico com frequência demonstra um
canal parcialmente obliterado
REABSORÇÃO EXTERNA
• Apresenta-se caracteristicamente como uma perda de estrutura dentária com
aspecto semelhante a ’’roída por traça’’, na qual a radiolucidez é bem menos
definida e demonstra variações na densidade.
TRATAMENTO
• O tratamento das reabsorções interna e externa concentra-se na remoção de
todo tecido mole dos locais de destruição dentária.
• A reabsorção interna pode ser efetivamente interrompida se a terapia
endodôntica remover com sucesso todo o tecido pulpar antes que o processo
de reabsorção atinja o ligamento periodontal.
• O primeiro passo no tratamento da reabsorção externa é a identificação e
eliminação de qualquer fator desencadeante.
PIGMENTAÇÃO DENTÁRIA
POR FATORES AMBIENTAIS
• A cor dos dentes normais varia e depende de matiz,
translucidez e espessura do esmalte.
• As colorações anormais podem ser extrínsecas ou
intrínsecas.
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
• EXTRÍNSECO: O polimento cuidadoso com pedra-pomes refinada pode
remover a maioria dos pigmentos extrínsecos sobre os dentes. Pigmentos
persistentes, geralmente, são removidos pela mistura de 3% de peróxido de
hidrogênio com pedra-pomes ou pelo uso de jatos de bicarbonato.
• INTRÍNSECO: Os pigmentos intrínsecos são muito mais difíceis de ser
resolvidos devido à frequente extensão do envolvimento da dentina.
Soluções estéticas incluem coroas totais, clareamento externo de dentes
vitais, clareamento interno para dentes desvitalizados, restaurações adesivas,
reconstrução com resina composta e coroas veneers laminadas.
DISTÚRBIOS LOCALIZADOS
NA ERUPÇÃO
• Os dentes que cessam a erupção antes de emergirem estão impactados.
Alguns autores subdividem estes dentes não erupcionados entre os que são
obstruídos por uma barreira física (impactados) e aqueles que parecem
mostrar uma perda da força eruptiva (inclusos).
IMPACÇÃO
• Na dentição permanente, os terceiros molares inferiores são os
dentes mais impactados, seguidos pelos terceiros molares e
caninos superiores.
• A falha na erupção é causada mais vezes por apinhamento e
desenvolvimento maxilofacial insuficiente.
• Cistos e tumores sobrejacentes; Trauma; Cirurgia reconstrutora;
Espessamento de osso ou do tecido mole sobrejacente;
Desordens sistêmicas, doenças e síndromes.
TRATAMENTO

• As opções de tratamento para dentes impactados


incluem:
• Observação continuada
• Erupção ortodonticamente assistida
• Transplante
• Remoção cirúrgica
ANQUILOSE
• A interrupção da erupção após o seu começo é chamada anquilose e ocorre
pela fusão do cemento ou dentina com o osso alveolar.

• A patogênese da anquilose é desconhecida e pode ser secundária a um de


muitos fatores. Distúrbios advindos de alterações do metabolismo local,
trauma, lesão, irritação química ou térmica, falha no desenvolvimento ósseo
local e pressão anormal da língua foram sugeridos.
ANQUILOSE
• Por estarem fusionados ao osso adjacente, os dentes anquilosados
não respondem às forças ortodônticas.
• Ultimamente, vários relatos documentaram sucesso no
reposicionamento de dentes permanentes anquilosados com uma
combinação de ortodontia, osteotomia segmentar e distração
osteogênica.
Alterações Dentárias de
Desenvolvimento
NOMENCLATURA
• Anodontia refere-se à total falta de desenvolvimento dentário.
• Hipodontia demonstra a falta de desenvolvimento de um ou
mais dentes;
• Oligodontia (uma subdivisão da hipodontia) indica a falta de
desenvolvimento de seis ou mais dentes.
• Hiperdontia é o desenvolvimento de um número maior de
dentes, e os dentes adicionais são chamados de
supranumerários.
HIPODONTIA
• A falha na formação de dentes é uma das anomalias de desenvolvimento
dentário mais comuns, com a prevalência variando de 1,6% a 9,6% em dentes
permanentes.
• A prevalência aumenta para 20% se os terceiros molares forem considerados.
• A predominância em mulheres é de aproximadamente 1,5:1.
• Depois dos terceiros molares, os segundos pré-molares e os incisivos laterais
são os mais afetados.
HIPERDONTIA
• A prevalência de supranumerários permanentes em brancos está entre 0,1% e
3,8%; com uma taxa ligeiramente mais elevada em populações asiáticas.
• Aproximadamente entre 76% a 86% de casos apresentam hiperdontia de
um único dente, com dois dentes supranumerários presentes em 12% a 23%
e três ou mais supranumerários vistos em menos de 1% dos casos.
• A hiperdontia unitária ocorre mais na dentição permanente e cerca de 95%
dos casos na maxila, com forte predileção pela região anterior.
• Predominância masculina de 2:1.
HIPERDONTIA
• Um dente supranumerário na região de incisivos superiores é chamado
mesiodente.
HIPERDONTIA
• Um dente posterior supranumerário situado lingual ou vestibularmente a um
molar é chamado de paramolar.
HIPERDONTIA
• Os dentes supranumerários rudimentares são classificados, ainda, em
conoides.
TRATAMENTO
• As sequelas associadas à hipodontia incluem alteração do espaço entre os
dentes, retardo na formação dentária, retardo na esfoliação de dentes
decíduos, erupção tardia dos dentes permanentes e dimensão alterada das
regiões gnáticas associadas.
• Nem sempre há necessidade de tratamento para a ausência de um único
dente; a restauração protética é geralmente necessária quando há múltiplos
dentes ausentes.
ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
REFERENTES AO TAMANHO DOS
DENTES
• A MICRODONTIA isolada em uma dentição normal é comum. O incisivo
lateral superior é mais afetado e, em geral, aparece como uma coroa conoide
sobre uma raiz que normalmente é de comprimento normal.
MACRODONTIA

• Análogo à microdontia, o termo macrodontia


(megalodontia, megadontia) deve ser usado apenas
quando os dentes são fisicamente maiores que o normal.
• A macrodontia isolada ocorre mais em incisivos ou
caninos, mas também pode ser observada em segundos
pré-molares e terceiros molares.
TRATAMENTO

• O tratamento não é necessário, a menos que desejado por


razões estéticas. Incisivos laterais superiores conoides
podem ser restaurados com coroas de porcelana.
ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
REFERENTES À FORMA DOS DENTES
GEMINAÇÃO
• A geminação é definida como um único dente aumentado ou unido (duplo)
no qual a contagem dentária é normal quando o dente anômalo é
considerado como um.
FUSÃO
• A fusão é definida como o aumento de um único dente ou dente unido
(duplo), no qual a contagem dentária revela a falta de um dente quando o
dente anômalo é contado como um.
CONCRESCÊNCIA
• Concrescência é a união, pelo cemento, de dois dentes formados, ligados ao
longo das superfícies radiculares. O processo é visto mais nas regiões
posteriores e superiores
CÚSPIDES ACESSÓRIAS
• A morfologia das cúspides dentárias mostra variações
menores entre diferentes populações; destas, três modelos
diferentes merecem discussão adicional: (1) cúspide de
Carabelli (tubérculo de Carabelli ou tubérculo
anômalo), (2) cúspide em garra e (3) dente
evaginado.
CÚSPIDE DE CARABELLI
• A cúspide de Carabelli é uma cúspide acessória localizada na superfície
palatina da cúspide mesiolingual de um molar superior
TRATAMENTO

• Pacientes com cúspide de Carabelli não requerem


tratamento, a menos que um sulco profundo esteja
presente entre a cúspide acessória e a superfície da
cúspide mesio-lingual do molar. Estes sulcos profundos
devem ser selados para evitar desenvolvimento de cárie.
CÚSPIDE EM GARRA
• Uma cúspide em garra é uma cúspide adicional bem-delimitada
localizada na superfície lingual de um dente anterior e que se
estende pelo menos da metade da distância da junção cemento-
esmalte para a margem incisal.
• A cúspide em garra representa a continuação ou a extensão de um
cíngulo normal, um cíngulo aumentado, uma pequena cúspide
acessória, ou, finalmente, a formação completa da cúspide em
garra.
CÚSPIDE EM GARRA
TRATAMENTO

• Pacientes com cúspide em garra nos dentes


inferiores geralmente não necessitam de
tratamento; cúspides em garra presente nos dentes
superiores frequentemente interferem na oclusão e
devem ser removidas.
DENTE EVAGINADO
• É uma elevação semelhante a uma cúspide de esmalte localizada no sulco
central ou na crista lingual da cúspide vestibular de pré-molares ou de
molares.
• O dente evaginado ocorre caracteristicamente em pré-molares, sendo
comumente bilateral e demonstrando marcada predominância pela arcada
inferior.
TRATAMENTO

• O dente evaginado normalmente resulta em problemas


oclusais e leva, muitas vezes, à necrose pulpar. Em
dentes afetados, a remoção das cúspides sempre é
indicada, mas tentativas de manter a vitalidade têm
acontecido com sucesso apenas parcial.
DENTE INVAGINADO (DENS IN DENT)

• O dente invaginado é uma profunda invaginação da superfície da coroa ou


da raiz que é limitada pelo esmalte.
• A prevalência referida varia de 0,04% a 10% dos pacientes.
• Nota-se predominância pelos dentes superiores.
• A profundidade da invaginação varia de um ligeiro aumento da fosseta do
cíngulo a um profundo sulco que se estende ao ápice.
DENTE INVAGINADO
• CLASSIFICAÇÃO
• O tipo I mostra uma invaginação que é limitada à coroa.
• A invaginação tipo II estende-se abaixo da junção cemento-
esmalte e termina em fundo cego que pode ou não ter
comunicação com a polpa.
• O tipo III estende-se através da raiz e perfura a área apical ou
lateral radicular, sem que haja qualquer comunicação imediata
com a polpa.
TRATAMENTO
• Como a invaginação do tipo I é de pequenas dimensões, a abertura da invaginação
deve ser restaurada na época da erupção em uma tentativa de prevenir o surgimento
de cárie e inflamação pulpar subsequente.

• Nas invaginações grandes, o conteúdo do lúmen e qualquer dentina cariada devem ser
removidos; em seguida, deve-se colocar uma base de hidróxido de cálcio para evitar
qualquer possível microcomunicação com a polpa adjacente. Se houver
sintomatologia o tratamento endodôntico deve ser realizado.
ESMALTE ECTÓPICO
• Esmalte ectópico refere à presença de esmalte em
localizações incomuns, principalmente na raiz dentária.
PÉROLA DE ESMALTE
• São estruturas hemisféricas que podem consistir inteiramente em esmalte ou conter
dentina e polpa subjacentes. A maioria é projetada da superfície da raiz.
• São encontradas mais nas raízes dos molares superiores (molares inferiores são o
segundo local mais frequente).
• A maioria ocorre na região de furca das raízes ou próximo à junção amelo-
cementária.
• Radiograficamente, as pérolas aparecem como nódulos bem-definidos e radiopacos,
ao longo das superfícies radiculares.
PÉROLA DE ESMALTE
• São estruturas hemisféricas que podem consistir inteiramente em esmalte ou conter
dentina e polpa subjacentes. A maioria é projetada da superfície da raiz.
• São encontradas mais nas raízes dos molares superiores (molares inferiores são o
segundo local mais frequente).
• A maioria ocorre na região de furca das raízes ou próximo à junção amelo-
cementária.
• Radiograficamente, as pérolas aparecem como nódulos bem-definidos e radiopacos,
ao longo das superfícies radiculares.
TRATAMENTO

• Quando as pérolas de esmalte são detectadas


radiograficamente, a área deve ser vista como um ponto fraco
de aderência do ligamento periodontal. Deve-se manter
higiene bucal meticulosa como esforço para prevenir perda
localizada de suporte periodontal.
EXTENSÕES CERVICAIS DE
ESMALTE
• As extensões cervicais de esmalte mencionadas estão
localizadas na superfície vestibular das raízes sobrepondo-se à
bifurcação.
• As extensões cervicais de esmalte podem ser observadas em
qualquer molar, mas são vistas com menor frequência nos
terceiros molares.
TAURODONTIA
• A taurodontia é um aumento do corpo e da câmara pulpar de um dente
multirradicular com deslocamento apical do soalho pulpar e da bifurcação
das raízes.
TRATAMENTO

• Pacientes com taurodontia não requerem tratamento


específico.
HIPERCEMENTOSE
• A hipercementose (hiperplasia cementária) é uma deposição excessiva de
cemento não neoplásico ao longo do cemento radicular normal.
• Radiograficamente, os dentes afetados exibem espessamento da raiz ou raiz
rômbica.
• A raiz aumentada é circundada pelo espaço radiolúcido correspondente ao
ligamento periodontal e pela lâmina dura adjacente intacta.
• A hipercementose pode ser encontrada isoladamente, envolver múltiplos
dentes, ou surgir como um processo generalizado
DILACERAÇÃO
• A dilaceração é a angulação anormal ou curvatura na raiz ou,
menos frequentemente, na coroa do dente.
• Os mais afetados foram os terceiros molares inferiores,
seguidos pelos segundos pré-molares superiores e segundos
molares inferiores.
TRATAMENTO

• O tratamento e o prognóstico variam de acordo com a


gravidade da deformidade
RAÍZES SUPRANUMERÁRIAS
• O termo raízes supranumerárias refere-se ao aumento
do número de raízes nos dentes, comparado com aquele
classicamente descrito na anatomia dentária.
• Os dentes mais afetados são os molares permanentes
(especialmente terceiros molares) superiores e inferiores,
os caninos inferiores e pré-molares
TRATAMENTO

• O tratamento da raiz supranumerária não é


necessário, mas a detecção de raiz acessória é de
importância fundamental quando é empreendido o
tratamento endodôntico ou a exodontia.
DUVIDAS?

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