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Analise Do Contributo Dos Servicos Financeiros Moveis em Mocambique - 030315
Analise Do Contributo Dos Servicos Financeiros Moveis em Mocambique - 030315
Analise Do Contributo Dos Servicos Financeiros Moveis em Mocambique - 030315
Maputo
2020
Sheila Cláudia Cossa
Maputo
2020
LISTA DE FIGURAS
Sheila Cláudia Cossa, declaro por minha honra que esta Monografia é resultado da
minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é
original e todas as fontes consultadas estão devidamente no texto, nas notas e na
bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
a obtenção de qualquer grau académico.
_________________________________
Dedico este trabalho com muito amor e carinho, aos meus pais que com muito sacrifício
tudo fizeram para que pudesse estudar e que nunca me faltasse nada, pelo apoio moral e
encorajamento e pelos puxões de orelha que hoje me tornaram a pessoa que eu sou,
empenhada e determinada.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus pela vida, saúde e coragem que me proporcionou,
para enfrentar as dificuldades deparadas ao longo do curso e na realização do trabalho.
A todos que de uma forma ou de outra contribuíram para a realização dessa monografia,
em especial ao Dr. Eleotério Macandza, ao Crispinho e ao meu orientador, Dr. Edson
Zeca Garrine pela disponibilidade e contribuição na realização do presente trabalho.
Aos meus pais, irmãos, filhas e esposo, pelo apoio e coragem que me deram na
realização do trabalho.
A presente pesquisa objectiva a analisar de que forma os serviços financeiros móveis detidos pelas
instituições de dinheiro móvel contribuem para a inclusão financeira em Moçambique concretamente na
localidade de Massaca no horizonte temporal de 2015 á 2018. À luz dos dados da pesquisa constata-se a
falta de serviços financeiros formais na localidade de Massaca o que cria um potencial para o uso dos
serviços financeiros móveis que tem contribuído não só para a inclusão financeira no sentido de permitir
o uso e acesso aos produtos e ou serviços financeiros, mas também para a criação do auto emprego o que
alivia de certa forma o elevado índice de desemprego no seio dos jovens, assim bem para o sustento das
famílias e concretização dos seus projectos de vida. Concluiu-se, portanto, que o dinheiro móvel contribui
de forma significativa para a inclusão financeira na medida em que permite a acessibilidade dos serviços
financeiros básicos até aos mais elementares estratos sociais. Para o alcance dos objectivos da pesquisa
adoptou-se a observação directa que contribuiu na constatação da inexistência de instituições na área de
estudo, entrevistas com aplicação de formulários (dirigido á 13 agentes e 373 residentes da localidade de
Massaca) a fim de obter suas opiniões acerca do assunto em estudo, questionário dirigido ao Banco de
Moçambique e a revisão da literatura para a elaboração do referencial teórico e auxiliar a analise e
discussão dos resultados.
This research aims to analyze how the mobile financial services held by mobile money institutions
contribute to financial inclusion in Mozambique, specifically in the locality of Massaca in the time frame
from 2015 to 2018. In the light of the research data, there is a lack of formal financial services in the town
of Massaca, which creates a potential for the use of mobile financial services, which has contributed not
only to financial inclusion in the sense of allowing the use and access to products and or financial
services, but also for the creation of self-employment which relieves in a way the high unemployment rate
among young people, as well as for the support of families and the realization of their life projects.
It was concluded, therefore, that mobile money contributes significantly to financial inclusion as it allows
accessibility of basic financial services to the most elementary social strata. In order to achieve the
research objectives, direct observation was adopted, which contributed to the verification of the lack of
institutions in the study area, interviews with the application of forms (addressed to 13 agents and 373
residents of the locality of Massaca) in order to obtain their opinions on the subject under study, a
questionnaire addressed to the bank of Mozambique and a literature review to prepare the theoretical
framework and assist in the analysis and discussion of results.
Key words: Mobile money, mobile financial services, financial inclusion and financial education.
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Uma das grandes apostas que visa o desenvolvimento financeiro de qualquer país é o
acesso de toda a população, aos serviços financeiros sem exclusão, o que contribui não
só para o rápido crescimento económico como também para a flexibilidade do próprio
sistema financeiro do país tornando-o forte, estável e inclusivo. Segundo o Programa
Nacional De Desenvolvimento sustentável 2015-2030 (PNDS), no meio rural a
existência de serviços financeiros é de suma importância para dinamização da vida
social e economia, bem como para o exercício de poupanças, suporte de transacções,
comércio e crédito de investimento.
1
Estratégia Nacional de Inclusão Financeira 2016– 2022
actividade económica. Com efeito, em 2017 do total da população adulta existente, 44%
possuía uma conta de moeda electrónica contra 40% em 2016.
Por sua vez 80% desta população está coberta por rede de telefonia móvel, o que
habilita-os a usar serviços financeiros através do telemóvel o que permite apoiar a
bancarização, fomentar as trocas comerciais, reduzir a circulação da moeda física e
facilitar o dia-a-dia das pessoas.
É neste contexto, em que o presente trabalho pretende trazer uma reflexão sobre o
contributo dos serviços financeiros móveis no fomento da inclusão financeira em
Moçambique cobrindo o período compreendido entre 2015 e 2018.
1.3. Objectivos
Segundo estudos da FinScope 2014 retratados pela IGC (2017:59) O acesso aos
serviços financeiros formais é baixo em Moçambique, onde apenas 24% dos adultos em
áreas urbanas têm acesso aos serviços financeiros formais e menos ainda nas zonas
rurais, tem se verificado a falta de serviços bancários formais em Massaca o que tem
levado a maior parte da população a se deslocar para a vila de Boane para se beneficiar
dos mesmos. E desta forma havendo um claro potencial para uso do dinheiro móvel.
Nesta perspectiva a utilização dos serviços financeiros de telefonia móvel, tem tido um
impacto exponencial na vida das famílias excluídas dos serviços financeiros porque
integra-as ao sistema financeiro fornecendo acesso a variedade de serviços básicos
incluindo a poupança, transferências e pagamentos.
Actualmente Moçambique conta com três operadoras móveis que detém serviços de
dinheiro móvel nomeadamente a T-Mcel que foi a pioneira que introduziu em 2011 o
seu serviço de dinheiro móvel através da carteira móvel mkesh, a Vodacom introduziu o
M-pesa em 2013 e a terceira operadora de telefonia móvel Movitel entrou em 2017 e
lançou o serviço E-mola.
Até que ponto o uso dos serviços financeiros detidos pelas operadoras móveis
contribui para a inclusão financeira em Moçambique?
1.5. Hipóteses
Segundo Prodanov & De Freitas (2013), refutam que uma vez delimitada a pergunta da
pesquisa, é proposta uma resposta suposta e provável […] ou seja, o que se entende
como solução do problema. No presente trabalho apresentam-se as seguintes hipóteses:
H2: A falta de escolaridade por parte da população tem sido um dos factores
contribuintes na exclusão financeira, ou seja, no não uso dos serviços financeiros
H3: O fraco desenvolvimento comercial contribui para não fixação dos serviços
financeiros formais
A escolha do tema da presente pesquisa foi motivada pelo facto de ser uma realidade
que se tem verificado no sector financeiro nos últimos anos, o uso significativo de
serviços financeiros móveis, ou seja, o uso da banca de telefonia móvel que tem se
tornando numa alternativa viável para as populações carenciadas de serviços financeiros
formais, bem como consequência do desenvolvimento da tecnologia "moeda digital ou
electrónica" detida pelas operadoras de telefonia móvel. Uma inovação que tem
revolucionado o sector financeiro em Moçambique e tem contribuído significativamente
na inclusão financeira da população no meio rural sendo esse um dos maiores desafios
do sistema financeiro moçambicano e do governo. Portanto, com este tema pretende se
mostrar a forma como a banca móvel transforma a vida das comunidades nas zonas
rurais, uma vez que a necessidade por serviços e produtos financeiros é cada vez maior.
Por outro lado, verifica-se que da documentação existente do momento, tem pouca
informação exaustiva que aborda esta problemática. Por isso este trabalho pode ser de
mais-valia para os académicos nas futuras pesquisas sobre temas relacionados a este.
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1.1. Inclusão
Segundo dicionário de língua portuguesa inclusão é o acto de incluir e acrescentar, ou
seja, adicionar coisas ou pessoas em grupos e núcleos que antes não faziam parte.
Socialmente, a inclusão representa um acto de igualdade entre os diferentes indivíduos
que habitam em determinada sociedade. Assim, esta acção permite que todos tenham o
direito de integrar e participar das várias dimensões de seu ambiente, sem sofrer
qualquer tipo de discriminação e preconceito2.
BM (2013:4) apud Center for Financial Inclusion at Accion International refere que a
inclusão financeira plena é um estado no qual todas as pessoas que podem utilizar os
serviços financeiros de qualidade têm acesso aos mesmos, e que sejam providenciados
da forma mais conveniente e a preços acessíveis, incluindo as pessoas de baixa renda ou
que vivam nas zonas rurais.
Ibid (2013:4) apud CGAP (2011), a inclusão financeira refere-se a um “estado em que
todos os adultos em idade activa têm acesso efectivo ao crédito, poupança, pagamentos
e seguros fornecidos por provedores de serviços financeiros formais”.
Ibid apud Banco Mundial (2008), a inclusão financeira corresponde ao “acesso aos
serviços financeiros”, o que implica a ausência de obstáculos ou barreiras no uso dos
serviços financeiros. Esta instituição clarifica o conceito de “acesso” como sendo a
2
Disponível em: https://www.significados.com.br/inclusao/ acesso em: [25.05.2020]
3
Disponível em: https://queconceito.com.br/inclusão, acesso em: [25.05.2020]
“possibilidade de uso” diferenciando-o do conceito de “uso” que corresponde ao
“efectivo usufruto dos serviços financeiros”. Nestes termos, a ausência de uso dos
serviços financeiros pode resultar tanto da exclusão voluntária (auto-exclusão) como da
exclusão involuntária. Como descrito na figura abaixo:
Outro ensinamento do BM (2013) apud Kempson e Whyley, (1999), diz que a inclusão
financeira consiste na identificação dos factores associados à exclusão: (i) exclusão ao
acesso (que consiste na restrição ao acesso devido ao risco envolvido); (ii) exclusão de
condição (quando as condições associadas aos produtos financeiros os tornam
inapropriados para as necessidades de certos indivíduos); (iii) exclusão de preços
(quando algumas pessoas têm acesso aos produtos financeiros a preços pouco
acessíveis); (iv) exclusão de mercado (quando algumas pessoas são efectivamente
excluídas devido à definição de grupos-alvo a nível do marketing e das vendas); e (v)
auto-exclusão (quando algumas pessoas entendem que não serão aceites pelas
instituições financeiras)
Por seu turno, SARMA (2008) entende que a exclusão financeira constitui uma
“manifestação de exclusão social de determinados grupos sociais tais como os mais
pobres”. Nestes termos, define a inclusão financeira como “o processo que garante o
fácil acesso, disponibilidade e uso do sistema financeiro formal por todos os membros
da economia”. Esta definição incorpora no seu conceito três dimensões de inclusão
financeira, designadamente, a acessibilidade, a disponibilidade e o uso do sistema
financeiro. A mesma autora justifica a importância de um sistema financeiro inclusivo
por facilitar a alocação eficiente dos recursos produtivos, contribuir para a melhoria da
gestão das finanças diárias, reduzir o recurso aos meios informais de concessão de
crédito e promover práticas seguras e eficientes na prestação de serviços financeiros.
Nestes termos, a inclusão financeira é definida como sendo o processo de acesso e uso
efectivo de serviços e produtos financeiros formais por toda a população adulta
contribuindo para o aumento da sua qualidade de vida e bem-estar social. Entretanto,
onde se mostrou necessário, o estudo tomou em consideração a definição de inclusão
financeira constante da Estratégia de Desenvolvimento do Sector Financeiro que refere
como o “acto de tornar os serviços financeiros acessíveis ao maior número possível de
pessoas, sobretudo as de baixa renda”.
Apesar de se reconhecer este crescente interesse pela inclusão financeira, ainda não há
unanimidade quanto à sua definição e alcance. Várias são as abordagens adoptadas para
a definição de inclusão financeira, desde bancarizar os não bancarizados até à utilização
dos telemóveis para aceder aos serviços financeiros (mobile banking). No que diz
respeito à inclusão financeira para este trabalho de pesquisa vai-se apoiar na definição
do BM, pois a aborda a inclusão financeira de acordo com a realidade da população
moçambicana, e se mostra mais adequada à presente pesquisa.
O IIF é um indicador sintético que mede o grau de acesso e uso dos serviços e produtos
financeiros num dado País, província ou região e vem sendo usado por diversos autores
na medição do nível de inclusão financeira. Este índice foi inicialmente desenvolvido
por Sarma (2008) tendo como base o modelo de cálculo do índice de desenvolvimento
humano (IDH) construído pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), no entanto, com algumas modificações. O IIF é considerado um bom
indicador da inclusão financeira, pois é construído tendo em consideração que: “(i)
incorpora maior quantidade de informação possível das diferentes dimensões, (ii) é fácil
de quantificar; e (iii) é comparável entre os Países”.
2.4. Educação financeira
Para MARQUES, (2014), O conceito de moeda digital não é uma novidade, já existia
através do contexto de jogos de computador online, mas rapidamente evoluiu para
meios de pagamento "reais". As moedas digitais são criptomoedas não reguladas,
emitidas ou garantidas por uma entidade bancária central, mas sim por uma rede de
utilizadores.
No pensamento de Davidson, (2016), são valores que são armazenados e circulados pela
internet e que oferecem métodos acessíveis de pagamentos instantâneos e condução de
negócios em escala global.
Desta forma a moeda digital é uma maneira eficaz para aumentar a liberdade
económica, contribuindo para tirar muitos países da pobreza, melhorar a vida de
milhões de pessoas e acelerar o ritmo de inovação e inclusão financeira (Armstrong,
2016).
Colce (2017) apud Batista & Vicente (2013) admitem que a proliferação do uso de
telemóveis e de smartphones ligada a disseminação da tecnologia dos telemóveis tem o
potencial de ser utilizado para muitos mais propósitos do que simples comunicação de
voz e mensagens.
Na visão de Panos (2009), os smartphones evoluíram de forma abrupta nos últimos anos
capazes de se tornarem ferramentas de capacitação económica para as pessoas mais
empobrecidas. Esta capacitação vem pelo facto de estes telefones compensarem infra-
estrutura inadequada, permitindo que a circulação de informação e serviços seja
realizada de forma mais livre, tornando os mercados mais eficientes.
IGC (2017) conceitua dinheiro móvel como sendo o dinheiro mantido em contas
(carteiras móveis) nas operadoras de telefonia móvel. É uma forma específica de
dinheiro electrónico, ou seja, dinheiro detido de forma electrónica. O dinheiro
electrónico inclui também contas bancárias tradicionais, que dão acesso à cartões de
débito e de crédito, poupança e crédito, e carteiras bancárias. Estes últimos são
simplesmente contas criadas pelos bancos comerciais que só permitem transferências de
dinheiro e levantamento em caixas electrónicas (ATMˈs).
O dinheiro móvel foi tomado popular pelo M-PESA de Safaricom em Quénia, que
começou em Março de 2007. Como defende Ross (2016), o programa M-PESA é um
exemplo acabado dessas novas tecnologias que nos mostram o crescente poder do
dinheiro e dos mercados codificados.
Actualmente o dinheiro móvel permite quatro tipos de transacções básicas: (i) descontar
em um agente de dinheiro móvel (trocar dinheiro físico pelo dinheiro eletrónico
utilizável no telemóvel); (ii) transferência de dinheiro electrónico para outro número de
telefone; (iii) pagamento de produtos ou serviços em lojas que recebem dinheiro
electrónico; (iv) trocar dinheiro electrónico por dinheiro físico em uma saída de agente
(Batista & Vicente, 2013).
Zotted, Ortega & Xu (2014), salientam que o dinheiro móvel tem a capacidade de
reduzir a falta de acesso aos serviços financeiros fora dos grandes centros urbanos, e
custos elevados utilizados para estabelecer as tradicionais redes bancárias. Deverão ser
realizadas medidas inovadoras e interactivas para assegurar que o conhecimento e
educação financeira sejam traduzidos em acções e novas estratégias.
Esses serviços de moeda electrónica por um lado constituem uma inovação uma vez que
podem ser usados a partir do telemóvel, reduzem o tempo e custos para aceder aos
serviços financeiros uma vez que os agentes encontram-se localizados próximo dos
clientes comparativamente aos bancos tradicionais, o que permite falar em mudanças
nos serviços oferecidos. Por outro lado os serviços de moeda electrónica continuam a
oferecer serviços iguais aos oferecidos pelos bancos tradicionais tais como
levantamentos, depósitos, transferências e pagamento de serviços o que permite falar de
continuidades.
2.8.2. Barreiras no acesso aos serviços financeiros formais nas áreas rurais
Chutumia 2011, aponta alguns obstáculos de acesso aos serviços financeiros nas zonas
rurais: a falta de infra-estruturas de acesso, elevados custos de transporte, a baixa
4
Instituição de moeda electrónica refere-se a uma espécie de instituição de crédito que tem como
objectivo principal a emissão de meios de pagamentos sob forma de moeda electrónica. (Aviso
nº3/GBM/2015 de 04 de Maio, artigo 3 alínea h)
densidade populacional, formação académica e financeira e reduzida procura de
serviços financeiros.
O ENIF explica que determinados segmentos da população do país não aderem aos
produtos e serviços financeiros oferecidos pelo sistema financeiro por residirem em
áreas rurais, sem presença de canais físicos de acesso a estes produtos e serviços devido
a indisponibilidade de um conjunto de infra-estruturas económicas básicas, como
estradas asfaltadas, saneamento básico, electricidade e serviços telecomunicações de
boa qualidade em alguns locais, associada ao fraco potencial económico (caracterizado
por uma presença reduzida de unidades empresariais, pouca actividade económica
geradora de rendimento e baixa densidade demográfica), principalmente nas áreas
rurais, constituem os maiores obstáculos à expansão da oferta dos produtos e serviços
financeiros no País.
Para além desses factores, aponta ainda os custos de transacção, como sendo outro
obstáculo à inclusão financeira, dai a existência de locais com condições infra-
estruturais básicas e potencialidades económicas, mas sem presença de qualquer ponto
de acesso físico aos produtos e serviços financeiros, particularmente agências bancárias.
Para os bancos, o custo de lidar com transacções de pequenos montantes em locais com
pouca actividade económica e menor densidade populacional é elevado, o que torna
inviável a instalação de agências bancárias tradicionais nesses locais.
ADABA et al. (2018) apud Hughes e Lonie (2007), afirmam que o dinheiro móvel é
usado para movimentar dinheiro por várias razões, incluindo transferências de dinheiro
peer-to-peer (pessoa por pessoa) e pagamentos de contas.
Para JACK E SURI (2011) identificam vários benefícios potenciais do dinheiro móvel,
nomeadamente, a facilitação do comércio, facilitando o pagamento ou a recepção de
pagamentos de bens e serviços, melhorando a poupança das famílias, as relações inter-
pessoais, transacções e microcrédito pessoa a pessoa, permitindo o compartilhamento de
riscos e o recebimento de remessas de redes de suporte social. Eles concluíram que O
dinheiro móvel transformou a arquitectura financeira em muitos países em
desenvolvimento.
Da mesma forma, Donovan (2012) argumenta que o dinheiro móvel o maior potencial
para transformar economias inteiras quando adoptadas em vários sectores. (Ibid)
Segundo Jornal o país (2018) um estudo do International Growth Center (IGC) revela
que apenas 36 por cento dos adultos moçambicanos têm uma conta bancária. O estudo
foi revelado, em Maputo, no seminário intitulado “Desafios da Inclusão Financeira em
Moçambique: Interoperabilidade e Literacia”, organizado pelo IGC e pelo Banco de
Moçambique. Procedimentos
O número de adultos com conta bancária aumenta para 40 por cento quando se incluem
as contas de dinheiro móvel. O estudo considera que as contas bancárias, o dinheiro
móvel e outras tecnologias de financiamento (fintech) têm o potencial de promover a
inclusão financeira, porque dá às pessoas a capacidade de ter uma renda mensal e de
lidar com choques a longo prazo. De acordo com o comunicado enviado à redacção do
jornal O País, o IGC considera que assegurar que os indivíduos e as empresas tenham
acesso a produtos ou serviços financeiros, garante que o crescimento económico do país
seja inclusivo.
Nas pesquisas qualitativas conforme afirma Gil (2014:70), não existe alguma
preocupação em medir ou enumerar unidades, contudo com base num intenso trabalho
de campo, descrever os dados colectados retratando o maior número possível de
elementos existentes na realidade estudada. Deste modo analisou se o contributo dos
serviços financeiros móveis na localidade de Massaca baseado na interpretação das
interacções com a população da mesma.
Tal pesquisa observa, registra e ordena dados, sem manipulá-los, isto é, sem,
interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com que um facto ocorre,
sua natureza, suas características, causas, relações com outros factos. Assim, para
colectar tais dados, utiliza-se técnicas específicas, dentre as quais se destacam a
entrevista, o formulário o questionário, o teste e a observação.
3.1.5.1. Observação
A observação "é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza
os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade". (MARCONI &
LAKATOS, 2010:173). Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar
factos ou fenómenos que se deseja estudar. É um elemento básico de investigação
científica, utilizado na pesquisa de campo e se constitui na técnica fundamental da
antropologia.
3.1.5.2. Entrevista
A entrevista e um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha
informações a respeito de determinado assunto, mediante uma observação de natureza
profissional. (MARCONI e LAKATOS; 2010:178)
Segundo Gil (2014), a entrevista é uma técnica de colecta de dados mais utilizada no
âmbito das ciências sociais, com objectivos voltados para diagnóstico e orientação.
3.1.5.2. Questionário
O questionário é um instrumento de colecta de dados, constituído por uma série
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do
entrevistador. (MARCONI e LAKATOS; 2010: 184). Em geral, o pesquisador envia o
questionário ao informante, pelo correio ou portador, depois de preenchido, o
pesquisado devolve-o do mesmo modo.
Junto com o questionário deve-se enviar uma nota ou carta explicando a natureza da
pesquisa, sua importância e a necessidade de obter respostas, tentando despertar o
interesse do recebedor, no sentido de que ele preencha e devolva o questionário dentro
de um prazo razoável. Em média, os questionários expedidos pelo pesquisador
alcançam 25% de devolução.
3.1.5.3. Formulário
O formulário é um dos instrumentos essenciais para a investigação social, cujo sistema
de colecta de dados consiste em obter informações directamente do entrevistado.
Para melhor compreender o nosso estudo, necessário seja, primeiro fazer uma
localização e caracterização do distrito de Boane. O distrito de Boane está localizado a
sudeste da Província de Maputo, sendo limitado a Norte pelo Distrito de Moamba, a Sul
e Este pelo Distrito da Namaacha, e a Oeste pela Cidade da Matola e pelo Distrito de
Matutuíne. (INE, 2014).
O distrito é atravessado pela Estrada Nacional n.º 2 que faculta a comunicação com a
cidade de Maputo. Para além do troço da EN2, o distrito é servido por: uma estrada
regional: Boane – Goba, em bom estado; e uma estrada secundária e duas terciárias que
estabelecem a ligação entre a Sede e as Localidades e Povoações, num total de 72 km,
em condições razoáveis e boas de manutenção; e 21 estradas vicinais e pequenas pontes
em estado razoável ou mau de manutenção.
O distrito é servido por uma rede de telecomunicações fixa e três móveis, existindo
também uma delegação dos Correios de Moçambique, e é coberto por 3 subestações de
energia que garantem o abastecimento à Mozal e a cerca de 7 mil consumidores
domésticos e industriais.
A zona beneficia de uma razoável integração regional de mercados, bem como poder ter
acesso a actividades geradoras de rendimento, nomeadamente o emprego na cidade de
Maputo e nas minas da África do Sul. O Rio Umbeluzi é o principal recurso hídrico,
favorecendo a prática da actividade pesqueira e Agropecuária.
O distrito conta com seis jazigos de areias e uma pedreira, fontes importantes para o
aprovisionamento do sector de construção da província e da cidade de Maputo. No
conjunto do distrito existe um total de outras 211 unidades industriais (137 no P.A de
Boane e 74 no da Matola Rio), sendo a pequena indústria local (pesca, carpintaria e
artesanato) uma alternativa imediata à actividade agrícola, ou um prolongamento da sua
actividade. Neste grupo estão incluídas 23 moagens em operação, três oficinas, duas
estações de serviço, quatro carpintarias, seis salinas e duas padarias.
4.1.3. Demografia
A superfície do distrito é de 806 km2 e a sua população está estimada em 134 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 166
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 190 mil habitantes. (Ibid)
4.1.4. População
De acordo com o censo de 2017 o distrito de Boane tem no total 210 367 habitantes dos
quais 101. 993 São homens e 108.374 são mulheres respectivamente.
Onde
Segundo Levin (1987) propõe como valores de confiança mais utilizados e os valores de
z correspondentes os seguintes, que se encontram na tabela abaixo:
Portanto, para a nossa pesquisa pretende-se ter 99% de confiança em que nossa média
amostral esteja a menos de 5% da verdadeira média. Então teremos:
Quanto ao género dos agentes inquiridos 92% são do sexo masculino e 8% são do sexo
feminino. Contudo nota-se que os homens dominam a actividade de prestação de
serviços financeiros móveis e praticam-na como fonte de renda para sua sobrevivência e
das suas famílias. Os mesmos apontam como motivação para a prática desta actividade
o alto nível de desemprego e a necessidade extrema de sustento familiar. Os
entrevistados revelaram ainda, que actividade é maioritariamente exercido por homens e
pouco afluído pelas mulheres devido ao risco associado a actividade como assaltos que
são frequentes em muitos agentes, pois por vezes acabam tendo que ficar com valores
nas carteiras para garantir que haja saldo para os usuários que desejam efectuar
levantamentos do dinheiro, o que causa um certo receio das mulheres para a pratica da
actividade.
4.3.2.2. Idade
No que concerne à variável idade, os dados mostram que os praticantes dessa actividade
são maioritariamente jovens, com idades compreendidas entre os 23 aos 39 anos,
motivado por ser a camada social que constitui a maior parte da população
moçambicana e desempregada, assim sendo a prática da actividade de dinheiro móvel
torna se uma alternativa viável para contornar o elevado índice de desemprego registado
no país e aliviar os efeitos do mesmo garantindo desta forma uma estabilidade
financeira suficiente para fazer face as suas necessidades.
4.3.2.3. Estado civil
Quanto ao estado civil, 23% dos questionados são casados oficialmente, e 77% são
solteiros mas vivem maritalmente com uma média de agregado familiar superior a 4
pessoas. Sobre o estado civil dos inquiridos constatou se que na área de estudo os
jovens tem a tendência de se unirem maritalmente prematuramente, por esse motivo que
com a problemática do desemprego, na falta de um emprego formal eles procuram se
inserir em actividades para gerar renda, para o sustento das suas famílias em particular a
actividade de fornecer dinheiro móvel.
4.3.2.4. Grau de escolaridade
Dos agentes entrevistados 39% firmaram que além de agentes, exercem outras
actividades ou seja, tem outras ocupações (mestre de obras, segurança, comerciantes,
entre outras) e que aderiram a essa actividade de agentes como uma forma de aumentar
o valor da sua renda e proporcionar condições condignas as suas famílias, entretanto,
61% afirmaram que dedicam se exclusivamente a actividade de prestação de serviços
financeiros móveis devido as dificuldades em se inserir no emprego formal.
Sobre a questão do uso e não uso dos serviços bancários na localidade de Massaca
verificou-se que os homens são os que mais usam os serviços bancários formais com
uma percentagem de 89%, entretanto, na sua maioria usa para fins de recebimento de
salários e as mulheres são as que menos usam com uma percentagem de 11% alegando
a não existência de um banco perto, a falta de condições para manter ou sustentar a
conta e devido os requisitos exigidos na abertura da conta.
Por meio das respostas dadas pelos nossos entrevistados, foi possível verificar que as
mesmas coincidem com os dizeres de alguns autores que retratam sobre o uso dos
serviços financeiros nas áreas rurais, tanto o estudo do Banco Mundial (Zottel et al.,
2014) quanto o do FinScope 2014 apontam para a questão da falta de dinheiro suficiente
para usar uma conta bancária, para além da acessibilidade (medida pela proximidade
geográfica), mas também os encargos bancários como sendo os principais obstáculos à
inclusão financeira nas áreas rurais em Moçambique. BM (2016:17)
4.5.2. Qual é a frequência de uso ou de movimentação da conta
No que concerne à frequência do uso dos serviços bancários por parte dos residentes de
Massaca, 60% dos homens responderam que usam sendo que, os mesmos usam na sua
maior parte no fim do mês para recebimento de salário e por sua vez fazem a retirada do
valor do salário na sua totalidade, devido a falta de estabelecimentos bancários próximo
às suas residências, desse modo o valor é guardado em casa e alguns depositam na
banca móvel.
Batista e Vicente (2012:6), afirmam que o potencial do dinheiro móvel nas áreas rurais
de Moçambique é enorme. As agências bancárias simplesmente não ultrapassam as
capitais províncias, e em algumas (mas poucas) capitais de distritais. Salvando métodos
para a população rural é muitas vezes limitada a manter o dinheiro "sob o colchão",
mantendo o dinheiro com comerciantes ou autoridades locais, e para participar de
xitiques. Nenhum desses arranjos normalmente paga juros, e alguns deles carregam
riscos consideráveis. Transferências de dinheiro tipicamente, exige ao indivíduo rural
viajar para a agência bancária urbana para enviar ou receber, ou o remetente viajar para
o local do destinatário da transferência, ou o envio do dinheiro através de um motorista
ou outra pessoa. Todas essas alternativas envolvem custos consideráveis, e alguns deles
são riscos consideráveis.
Aferindo os dizeres dos autores acima é uma realidade vivida na nossa área de estudo.
4.5.4. Os serviços financeiros móveis têm sido úteis para movimentação do seu
dinheiro? De que forma é útil?
Segundo os dados da pesquisa mostram que os serviços alternativos têm sido de grande
utilidade porque os mesmos tem facilitado na movimentação do dinheiro, visto que os
mesmos são de fácil acesso, de fácil manuseio e facilita o pagamentos de bens e
serviços, contudo, os entrevistados tem se sentido confortados no uso desses serviços
por motivos já referidos acima, não obstante existe uma porção da população que não
adere aos mesmos serviços alegando a falta de confiança devido aos casos de burlas que
tem se observado.
5. Conclusão e sugestões
5.1. Conclusão
Os serviços financeiros móveis surgem como um meio alternativo para os desprovidos
dos serviços financeiro formais devido à ausência ou o difícil acesso dos mesmos numa
determinada área, com maior enfoque nas áreas rurais para permitir a circulação de
divisas e garantir a inclusão financeira para essa camada social.
Com o desenrolar da pesquisa percebeu-se que os serviços financeiros móveis tem dado
grande contributo não só na inclusão financeira dessa camada social assim como na
mitigação do desemprego que tem assolado o nosso país, assim sendo promove o auto
emprego e consequentemente a geração de renda o que garante seu sustento e das suas
famílias assim como a concretização dos seus projectos de vida pois os agentes
entrevistados afirmaram ser muito rentável operar como agente desses serviços. E os
usuários mostraram satisfação com o uso dos mesmos, por serem de fácil acesso no
sentido de terem a disposição agentes próximo às suas residências o que não acontecem
com os bancos e o fácil manuseio ou seja as operações são fáceis de usar, assim como
para guardar os seus dinheiros de forma segura e permitir a circulação do dinheiro para
diversos pontos do país e aquisição e pagamento de serviços básicos.
Contudo, com a pesquisa foi também possível fazer a verificação das hipóteses
levantadas na pesquisa, onde a partir dos resultados desta, confirmou-se a validação da
5
AvisoN.1/GBN/2015 de 22 de Abril acedido através do link http://www.bancomoc.mz/fm
pgTab1.aspx?id=8
primeira hipótese de que refere que o dinheiro móvel contribui de forma significativa
para a inclusão financeira na medida em que permite a acessibilidade dos serviços
financeiros até aos mais elementares estratos sociais.
5.2. Sugestões
Observou-se algumas lacunas no uso dos serviços financeiros, ou seja, há uma fraca,
quase inexistente educação financeira por parte dos residentes usuários e não usuários
dos mesmos porque pode se constatar que essa mesma população devido ao nível de
instrução e também devido às questões culturais que predomina naquela região não tem
a prática de poupar, e sentem se intimidados no uso dos produtos e serviços financeiros.
Factor esse que faz com que esses não guardem os seus valores por muito tempo nas
suas contas muita vezes eles só depositam os seus valores quando querem efectuar uma
transacção como por exemplo transferir valor, adquirir ou pagar um serviço. Daí que há
necessidade de educar financeiramente através de palestras nos bairros, escolas,
mercados, campanhas porta a porta conscientizá-los de que os serviços financeiros
móvel se igualam aos formais, e não como mais um serviço das telefonias móveis.
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACIS. O País: Folha Empresarial. Dinheiro móvel e agentes bancários são essenciais
para a inclusão financeira. Maputo, 03 Nov. 2014. Disponível em: ˂ http˃.
CHUTUMIA, A.. Mobile banking: Carteira móvel, o banco na mão. Maputo, MCEL,
2011.
GIL, A. C. Como Elaborar Projectos de Pesquisa, 2ª Edição. Atlas: São Paulo, 2014
GIL, A. C. Como Elaborar Projectos de Pesquisa, 4ª Edição. Atlas: São Paulo, 2002
MBITI, Isac e WEIL, David N.. Mobile Banking: o impacto da M-Pesa no Quênia.
Nber Working Paper No. 17129, 2011
Ndlovu, I. & Sigola, M. Benefits and Risks of E-Banking: Case of Commercial Banking
In Zimbabwe. The International Journal Of Engineering And Science, 2013, pp. 34-40.
1.Serviços bancários
Bancos 18 19 5,6% 616 646 4,9%
Microbancos 11 10 -9,1% 34 25 -26,5%
Cooperativas de crédito 9 9 - 9 9 -
1. Serviço de
microfinanças
Organizações de 10 12 20% 10 12 20%
poupança e empréstimo
Operadores de 341 380 11,4% 341 380 11%
microcrédito
2. Serviços não
bancários
Instituições de moeda 2 3 50% 17.855 27.754 44,2%
electrónica
Instituições seguradoras 18 19 5,6% 123 124 0,8%
1.Serviços bancários
Bancos 19 19 0 646 659 2,0
Micro bancos 10 9 -10 25 27 8,0
Cooperativas de crédito 9 8 -11,1 9 8 -11,0
3. Serviço de micro
finanças
Organizações de 12 12 0 10 12 20
poupança e empréstimo
Operadores de micro 380 497 30,8 380 497 30,8
crédito
4. Serviços não
bancários
Instituições de moeda 3 3 0 25,754 29.602 14,9
electrónica
Instituições seguradoras 19 19 0 124 124 0
Operadores de bolsas 10 10 0 646 646 0
1. Identificação
1.1. Nome do inquerido …………………………………………………………
1.2. Idade do inquirido..………… Sexo: M…… F…… Estado Civil………….
1.3. Grau de Escolaridade………………… Ocupação……………………………
1.4. Total dos Agregados Familiares……………
QUESTÕES
2. Tem conta bancária em uso. Sim (……), Não (……)
3. Se sim qual é o Banco?
MBim (…...)
BCI (……)
Barclays (……)
Standards Bank (……)
Outros (…....)
1.1. Se não, usa um serviço alternativo para Movimentar dinheiro? Sim (…), Não
(…)
1.2. Se sim qual?
M-Pesa (….)
Emola (….)
Mkesh (….)
Conta Móvel (….)
1. Identificação
1.1. Idade do Agente………… Sexo: M…… F…… Estado Civil………….
1.2. Grau de Escolaridade………………… Ocupação……………………………
2. Questões
2.1. Os residentes do bairro têm aderido com muita frequência os serviços financeiros
móveis)?
Sim (….)
Não (…..)
Pouco (…..)
Muito (…..)
2.2 Se não, quais os motivos que levam a não aderência dos mesmos?
Não confiam nesses serviços (…..)
Não sabem usar (…..)
Preferem usar os serviços bancários (…..)
Preferem guardar dinheiro em casa (…..)
2.1. Se sim, qual é a faixa etária que mais adere a esses serviços?
Adolescente (….)
Jovens (….)
Adultos (….)
Idosos (….)
2.2. Quais são as transacções mais solicitadas?
Depósitos (….)
Levantamentos (….)
Pagamentos de bens e serviços (….)
Transferências domésticas (….)
O presente questionário visa trazer respostas no que diz respeito as condições para se
instalar um banco numa determinada área, isso para permitir responder algumas
questões relacionadas ao trabalho de pesquisa subordinado ao tema: Contributo dos
serviços financeiros moveis na inclusão financeira em Moçambique, onde o mesmo
vai permitir a obtenção do grau de licenciatura na universidade Pedagógica.
1.Quais são os critérios que são levados em consideração para a fixação de uma agência
bancária numa determinada região?
4.Quais são as barreiras para a falta de acesso aos serviços financeiros formais nas áreas
rurais?
6.Ate que ponto o uso dos serviços financeiros detidos pelas operadoras de telefonia
moveis contribui para a inclusão financeira em Moçambique?
7.Na visão do BM quais são as acções a serem tomadas para que haja uma inclusão
financeira plena?
Apêndices