O documento discute a evolução da promoção da saúde e qualidade de vida nos últimos 40 anos, desde a Carta de Ottawa em 1980. A promoção da saúde passou a enfatizar valores como equidade e participação comunitária. Conferências internacionais destacaram a importância de políticas intersetoriais e a responsabilidade global na promoção da saúde.
O documento discute a evolução da promoção da saúde e qualidade de vida nos últimos 40 anos, desde a Carta de Ottawa em 1980. A promoção da saúde passou a enfatizar valores como equidade e participação comunitária. Conferências internacionais destacaram a importância de políticas intersetoriais e a responsabilidade global na promoção da saúde.
O documento discute a evolução da promoção da saúde e qualidade de vida nos últimos 40 anos, desde a Carta de Ottawa em 1980. A promoção da saúde passou a enfatizar valores como equidade e participação comunitária. Conferências internacionais destacaram a importância de políticas intersetoriais e a responsabilidade global na promoção da saúde.
O documento discute a evolução da promoção da saúde e qualidade de vida nos últimos 40 anos, desde a Carta de Ottawa em 1980. A promoção da saúde passou a enfatizar valores como equidade e participação comunitária. Conferências internacionais destacaram a importância de políticas intersetoriais e a responsabilidade global na promoção da saúde.
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Resenha Crítica
Promoção da saúde e qualidade de vida: uma perspectiva histórica
ao longo dos últimos 40 anos (1980-2020) Sara L. Correa RA – 2021197952 . Há muito tempo tem sido questionado o papel da medicina, da saúde pública e do setor saúde no enfrentamento do que seriam as causas mais amplas e gerais dos problemas de saúde, ou seja, as que fogem à atuação médica propriamente dita. Em um livro já clássico, McKeown & Lowe afirmam que a melhoria na nutrição e no saneamento e as modificações nas condutas da reprodução humana (sobretudo a diminuição no número de filhos por família) foram responsáveis pela redução da mortalidade na Inglaterra e no País de Gales, no século XIX e na primeira metade do século XX. Na articulação entre saúde e condições e qualidade de vida, pode-se identificar, com flagrante inspiração dos pensadores e dos movimentos pioneiros da saúde pública e da medicina social, o desenvolvimento da promoção da saúde como campo conceitual e de práticas. Decorridos pouco mais de trinta anos da divulgação da Carta de Ottawa, um dos documentos fundadores do conceito contemporâneo de promoção da saúde, esse termo ficou associado a um conjunto de valores: qualidade de vida, solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria, entre outros. motivação central do documento parece ter sido política, técnica e econômica, pois visava a enfrentar os custos crescentes da assistência médica, ao mesmo tempo em que se apoiava no questionamento da abordagem exclusivamente médica para as doenças crônicas, com poucos resultados significativos. importância da integração recursiva de práticas-formação-pesquisa, mediando-se pelo “conceito” de espaço sócio-sanitário os estudos avaliativos tem servido para documentar colaborações de diversos setores e esferas de atividade, e para mostrar conflitos, diferenciais de recursos e poder e as desigualdades sociais. desenvolvimento de habilidades e atitudes pessoais favoráveis à saúde em todas as etapas da vida envolve as instituições, particularmente as de educação e saúde, no empoderamento das pessoas por meio da aquisição de conhecimentos, acesso a bens e serviços e aumento do poder político dos indivíduos e da comunidade. Conferência de Adelaide – A Conferência de Adelaide, realizada em 1988, focou-se nas políticas públicas saudáveis em todas as áreas, identificando a intersetorialidade e a responsabilização do setor público, não só pelas políticas sociais que faz ou deixa de fazer como também pelas políticas econômicas e seu impacto sobre a situação de saúde e no sistema de saúde. documento final reafirmou a visão global e a responsabilidade internacionalista da promoção da saúde: estabeleceu que, devido ao fosso econômico-social e de saúde entre os países, os desenvolvidos têm obrigação de assegurar que suas políticas públicas resultem em impactos positivos na saúde das nações em desenvolvimento. Parte da análise de que, asso lada pelas desigualdades agravadas pela prolongada crise econômica e pelas políticas de ajuste macroeconômico a América Latina enfrenta a deterioração das condições de vida da maioria da população, aumento dos riscos para a saúde e redução de recursos para enfrentá-los. Conferência do México – A V Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde foi realiza da na Cidade do México, no ano 2000 e teve como objetivos: (1) avaliar o impacto da promoção da saúde na saúde e qualidade de vida, especialmente, para as pessoas que vivem em circunstâncias adversas; Ao mesmo tempo em que se reconhecem as oportunidades de cooperação advindas das tecnologias de informação e comunicação e da ampliação de mecanismos eficientes de governança global e troca de experiências entre os países, foram assinalados problemas, como o aumento crescente das desigualdades dentro dos países e entre eles, novos padrões de consumo não saudáveis, mudanças ambientais e um processo crescente e desordenado de urbanização. Remonta aos primórdios do Estado moderno, por volta do século XVII, embora o advento da era microbiológica, em meados do século XIX, tenha restringido o escopo da ação sanitária, despojando-a de seu caráter de intervenção social e enfatizando seu caráter técnico e setorial. Ideia contemporânea de políticas públicas saudáveis envolve um duplo compromisso: o de situar a saúde no topo da agenda pública, promovendo-a de setor da administração a critério de governo, e o compromisso técnico de enfatizar, como foco de intervenção, os fatores determinantes do processo saúde-doença-cuidado. Tendo na interdisciplinaridade o seu fundamento cognitivo e na intersetorialidade a sua ferramenta operacional, as políticas saudáveis, para não se limitarem a uma normatividade burocrática socialmente natimorta, devem suscitar ou partir de pactos horizontais com parceiros de outros setores governamentais e de outras comunidades epistêmicas, como urbanistas, educadores e ambientalistas. Um enfoque deste tipo requer necessariamente a criação de redes interinstitucional uma nova cultura organizacional que requer melhorar a qualidade dos recursos humanos envolvidos e gerar novas formas de relações e comunicação entre os distintos âmbitos do aparelho estatal. saúde pública latino-americana realmente tem condições de contribuir efetivamente para a construção teórica e prática de tais propostas, principalmente por meio da estratégia dos “Municípios Saudáveis”, um modelo que contém os requisitos da formulação e implementação de políticas em prol da saúde por meio de ações intersetoriais. Segundo a OPAS, esse enfoque se centra na ação e na participação, as assim como na educação sanitária e na comunicação para a saúde, visando a ampliar a capacidade da comunidade de melhorar suas condições físicas e psicossociais nos espaços onde as pessoas vivem, estudam, trabalham e se divertem.