Economies">
Caroline Costa, Viviane de Souza
Caroline Costa, Viviane de Souza
Caroline Costa, Viviane de Souza
Duque de Caxias
2021 – 2
3
1. INTRODUÇÃO
A análise das demonstrações contábeis tem por finalidade mostrar a situação
econômica, financeira e patrimonial das empresas, tanto para os agentes internos
quanto para os agentes externos, além de permitir uma visão estratégica dos negócios
para os gestores.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC-026 (CPC, 2011), as demons-
trações Contábeis visam o fornecimento de informações a respeito da posição patrimo-
nial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade, além de servirem
como base para que os usuários consigam realizar avaliações.
O presente trabalho tem como objetivo esclarecer sobre três dos principais indi-
cadores financeiros e algumas das principais, se não uma das mais importantes, análi-
ses das demonstrações contábeis, a Análise Horizontal, e suas variações.
Para a elaboração do conteúdo exposto foram utilizados como fonte de pesquisa
canais digitais, mais precisamente, onde encontram-se exploração de informações con-
tábeis atualizadas e aplicáveis à prática do dia a dia, para a obtenção de melhor enten-
dimento do assunto.
5
2. Indicadores Financeiros
Indicadores financeiros são métodos quantitativos que salientam a real si-
tuação financeira da organização, baseando nos resultados em seus demonstra-
tivos contábeis, para que esta possa cumprir com suas obrigações. Há diversos
tipos de indicadores financeiros, porém iremos expor três, dos principais: os de
Liquidez (capacidade de cumprir com as obrigações de curto prazo), o de Solvên-
cia (aptidão para efetuar as obrigações de longo prazo) e o de Composição de
Endividamento, que em resumo, trará a possibilidade tomar conhecimento sobre
a capacidade da empresa de pagar o que deve.
I. Índices de Liquidez
Tipos de Solvência:
a) Dívida Patrimônio – esse tipo é uma medida da dívida total em relação ao
patrimônio líquido. Aqui a taxa alta não é um bom sinal, pois ela indica que
a empresa contraiu mais dívidas do que podia para financiar seu
crescimento.
b) Dívida Total – esse coeficiente indica a relação entre passivos de curto e
longo prazo em relação ao total do patrimônio. A taxa elevada aqui
representa um risco financeiro maior para bancos e credores. Além disso,
empresas com esse índice alto, têm alavancagem maior e menos
flexibilidade.
c) Índices de Cobertura de Juros – esse indicador verifica se a empresa
7
Esse índice mostra a relação entre a dívida de curto prazo e a dívida total da
organização. Ou seja, qual o percentual de passivo de curto prazo é usado no
financiamento de terceiros.
É importante lembrar que nesse cálculo, não se pode confundir o passivo exigível total
com o passivo total, uma vez que, esse último leva-se em conta o patrimônio líquido.
1º Estudo de Caso
a) Liquidez corrente
b) Liquidez Geral
c) Liquidez Seca ou ácida
d) Solvência
e) Endividamento Geral
8
f) Composição de endividamento.
Resolução 1º Caso
Os lançamentos no seguinte balanço patrimonial foram utilizados como base de
cálculo para a elaboração dos indicadores financeiros propostos. Desta forma, podemos
ter uma análise fictícia dos movimentos financeiros da organização.
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponibilidades 60.000,00 Fornecedores 180.000,00
Contas a Receber 240.000,00 Emprestimos e Financiamentos 400.000,00
(-) Creditos de Liquidação Duvidosa -40.000,00 Impostos e Encargos a Recolher 68.000,00
Estoques 560.000,00 Contas a Pagar 18.000,00
Total Ativo Circulante 820.000,00 Total do Passivo Circulante 666.000,00
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulant
Coligadas e Controladas 36.000,00 Emprestimos e Financimentos 134.000,00
Títulos e Valores Imobiliários 52.000,00 Impostos Parcelados 88.000,00
Total Realizável a Longo Prazo 88.000,00 Total do Passivo Não Circulante 222.000,00
Investimentos 180.000,00 Capital 200.000,00
Imobilizado 500.000,00 Reservas 500.000,00
Total do Patrimônio Líquido 700.000,00
Total do Ativo 1.588.000,00 Total do Passivo 1.588.000,00
a) Liquidez Corrente
LC = 820.000 / 666.000
LC = 1,2
b) Liquidez Seca
LS = (820.000 – 560.000) / 666.000
9
LS = 260.000 / 666.000
LS = 0,39
Se a empresa levar em conta os estoques, onde estes dependem de sua venda
para trazer rentabilidade para empresa, logo a organização não terá capital suficiente
para arcar com suas obrigações.
c) Liquidez Geral
LG = (820.000 + 88.000) / (666.000 + 222.000)
LG = 908.000 / 888.000
LG = 1,02
Sabe-se que por esse índice, observamos que num prazo médio de curto a longo
prazo, a empresa terá capital suficiente para arcar com seu endividamento, utilizando
também de seus bens permanentes.
d) Composição de Endividamento
CE = (666.000 / 222.000) x 100
CE = 3 x 100
CE = 300%
Observa-se que o percentual relativo entre a dívida de curto prazo e seu total,
está com um valor de 300%. Sendo assim, a empresa possui obrigações de curto prazo
maior que as de longo prazo, o que gera uma forte pressão para arcar com o endivida-
mento a tempo.
3. Análise Horizontal
De acordo com Reis (2009, p. 212) “é uma técnica de análise que parte da com-
paração do valor de cada item do demonstrativo, em cada ano, com o valor correspon-
dente em determinado ano anterior (considerado como base)”.
uma série histórica de dados que inicia com um índice-base de modo a servir de refe-
rência”.
A Análise Horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em rela-
ção a um ano-base – quando será denominada Análise Horizontal encadeada – ou em
relação ao ano anterior – quando será denominada Análise Horizontal anual (MATA-
RAZZO, 2007, p. 247).
Seu cálculo consiste em dividir o valor total do item pelo valor do item na base
anterior e multiplicar por 100, como na seguinte fórmula:
Tipos de Análise:
11
2º Estudo de Caso
A empresa Reunidas para Estudar trabalha com planejamento e ao longo dos
anos vem alçando crescimento, mesma fora fundada em 1980. O seu administrador não
apresenta sintomas de acomodação em relação ao resultado e quer passar para os aci-
onistas da empresa a realidade em relação ao crescimento, para tal acionou o departa-
mento de contabilidade e solicitou a demanda. O contador propôs a aplicação de análise
horizontal encadeada e propôs as seguintes análises em cima dos períodos e valores
destacados:
a) Resultado em 1981 R$ 200.000,00
b) Resultado em 1990 R$ 237.000,00
c) Resultado em 2000 R$ 430.000,00
d) Resultado em 2010 R$ 330.000,00
e) Resultado em 2015 R$ 180.000,00
f) Resultado em 2019 R$ 211.000,00
RESULTADO
Anos 1981 1990 2000 2010 2015 2019
Valores R$ 200.000,00 237.000,00 430.000,00 330.000,00 180.000,00 211.000,00
Análise Hoziontal Encadeada 100% 118,50% 215% 165% 90% 105,50%
Taxa de Variação Anual - 18,5% 115,0% 65,00% -10,0% 5,5%
12
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que as análises feitas através desses dois estudos de caso nos permi-
tiu tomar conhecimento da importância de tais métodos, visto que, é possível observar a
condição financeira da empresa e sua rentabilidade ao longo do tempo, mediante suas
operações.
Dessa forma, os gestores conseguem descartar falhas operacionais e os investi-
dores podem optar pela melhor tomada de decisão, onde aplicar seu capital, visando um
lucro sobre essa empresa brevemente. Pois, no caso dos gestores, os indicadores finan-
ceiros auxiliam na administração da aquisição de recursos, financiamentos e produção,
onde todos devem estar equilibrados para que não haja um déficit monetário, acarre-
tando em dívidas superiores a receita operacional. Já em relação às análises horizontal,
é passível dos investidores, pois através delas que esses conseguem observar se é vi-
ável ou não investir em determinada empresa.
É notável que ambos os meios são importantes no momento de revelar as condi-
ções financeiras e rentabilidade da empresa, pois com eles todos os interessados ficam
a par, podendo optar pela melhor prática operacional e aplicação de recursos.
13
BIBLIOGRAFIA.