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Gestao de Estoques Parte I

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NOÇÕES DE

ADMINISTRAÇÃO
DE RECURSOS
MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I

Sumário
Adriel Sá

Gestão de Estoques – Parte I........................................................................................................ 3


1. Introdução...................................................................................................................................... 3
2. Tipos de Materiais em Estoque................................................................................................ 5
3. Tipologias de Estoques.............................................................................................................. 6
4. Custos de Estoques. . ................................................................................................................... 8
5. Métodos de Previsão da Demanda......................................................................................... 11
5.1. Métodos Qualitativos de Previsão.......................................................................................13
5.2. Métodos Quantitativos ou Matemáticos. . ..........................................................................15
Resumo..............................................................................................................................................21
Questões Comentadas Em Aula.................................................................................................. 25
Questões de Concurso.................................................................................................................. 29
Gabarito............................................................................................................................................ 47

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

GESTÃO DE ESTOQUES – PARTE I


1. Introdução
Um estoque é uma acumulação armazenada de materiais em um sistema de transfor-
mação, que é reservada para emprego em momento futuro, quando se mostrar necessária às
atividades organizacionais.
Contabilmente, o estoque é um ativo. Ter muito estoque representa custos elevados, en-
quanto ter pouco estoque pode ser um risco, podendo fazer parar a linha de produção e preju-
dicar o atendimento ao cliente.
As vantagens ou razões para se manter um estoque podem ser assim resumidas:
• Estoques podem proteger as organizações de eventuais oscilações de demanda: recen-
temente, no início da pandemia do COVID-19, comprávamos álcool gel tão logo encon-
trávamos ele disponível, muitas vezes em quantidade maior do que nossas reais neces-
sidades. Estávamos tentando, nesse caso, resguardar-nos de oscilações na demanda,
estocando essa produto;
• Estoques podem proteger as organizações de eventuais oscilações de mercado: na
época da hiperinflação, muitos tinham o hábito de estocar mercadorias nas casas, ten-
tando, assim, fugir dos efeitos das altas dos preços. Essa é uma medida muito comum
em períodos inflacionários;
• Estoques podem ser uma oportunidade de investimento: isso ocorre quando o investi-
mento em estoques seja mais atrativo que o investimento em outros ativos. Ou seja, é
algo muito semelhante ao que acontece nas oscilação de mercado;
• Estoques podem proteger de atrasos: os atrasos podem ser originários de diversas fon-
tes, desde um problema no transporte das mercadorias, até uma negociação mais pro-
longada com fornecedores;
• Estoques podem implicar economia de escala: a aquisição de itens em maiores quanti-
dades usualmente implica a prática de preços menos significativos, se comparado com
compras de menores vultos.

No entanto, há muitas desvantagens ou razões para se evitar o acúmulo de estoque. Slack


(2016)1 aponta que algumas delas são:
• Relacionadas aos custos: comprometem o capital de giro e podem ter custos adminis-
trativos e de seguro elevados;
• Relacionadas ao espaço: requerem espaço para estocagem;
• Relacionadas à qualidade: podem deteriorar-se no decorrer do tempo, danificar-se ou
tornar-se obsoletos;
• Relacionadas ao operacional/organizacional: podem ocultar problemas.
1
SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2016.

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Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

001. (QUADRIX/CRA-GO/ADMINISTRADOR/I/2016) O estoque, em condições normais, é um


custo para a organização. Contudo, no setor público, as compras são efetivadas por meio de
licitações e, dada a burocracia e as formalidades, é usual a manutenção de estoques. Analise
os itens a seguir.
I – Estoques podem proteger as organizações de eventuais oscilações de demanda.
II – Estoques geram custos e, por isso, nunca podem ser considerados como uma oportunida-
de de investimento.
III – Grandes estoques implicam, obrigatoriamente, perda de economia de escala.
Pode-se afirmar que:
a) todos os itens estão corretos.
b) apenas um item está correto.
c) apenas dois itens estão corretos, sendo um deles o item I.
d) apenas os itens II e III estão corretos.
e) nenhum item está correto.

I – Certo. O verbo “podem” é que se destaca nessa afirmativa. Lembra-se do caso do álcool gel?
II – Errado. Estoque, de fato, gera custos (é uma de suas desvantagens); no entanto, uma de
suas vantagens é exatamente a possibilidade de ser uma oportunidade de investimento quan-
do, por exemplo, seja mais atrativo que investir em outros ativos.
III – Errado. Como você já deve ter percebido, o termo “obrigatoriamente” torna a afirmativa
equivocada! Uma das vantagens do estoque é possibilitar, em certas ocasiões, a economia
de escala.
Letra b.

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Gestão de Estoques – Parte I
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2. Tipos de Materiais em Estoque


A classificação mais cobrada em provas refere-se aos seguintes tipos de materiais presen-
tes nos estoques:

TIPO CONCEITO

São itens comprados e recebidos que ainda não entraram


Matéria-prima no processo de produção. Seu volume está diretamente
ligado à quantidade de produtos acabados.

São matérias–primas que já́ entraram no processo de


Produtos em processo/ produção e estão em operação. Estão em uma fase
fabricação intermediária.

São os produtos que saíram do processo de produção,


Produtos acabados portanto, já prontos, e que aguardam para serem vendidos
como itens completos.

São itens de reposição de maquinário e equipamentos de


Peças de manutenção manutenção em geral.

São todos os materiais que não são incorporados às


Materiais improdutivos características do produto fabricado, como por exemplo,
materiais de escritório e de limpeza.

Materiais São itens destinados ao desenvolvimento das atividades


administrativos empresariais.

Materiais auxiliares São itens que irão compor o produto final.

002. (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/2015) A respeito da con-


ceituação e dos tipos de classificação de materiais, julgue o seguinte item.
A classificação de materiais mais comum inclui as matérias-primas, os materiais em proces-
samento e os semiacabados, além dos produtos acabados da empresa.

Inicialmente, convém destacar que a questão não é fechada, ou seja, pode haver outras classi-
ficações. Note que o enunciado disse classificação “mais comum”.
A questão trouxe a classificação apresentada pelo autor Chiavenato (2005)2:

As matérias-primas (MP) constituem os insumos e materiais básicos que in­gressam no processo


produtivo da organização, ou seja, todo os itens iniciais ne­cessários para a produção.
2
CHIAVENATO, I. Administração de materiais: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

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Gestão de Estoques – Parte I
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Os materiais em processamento, também denominados materiais em vias, são aqueles que estão
sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da organi-
zação.
Os materiais semiacabados são aqueles parcialmente acabados, cujo proces­samento está em al-
gum estágio intermediário de acabamento e que se en­contram ao longo das diversas seções que
compõem o processo produti­vo. Diferem dos materiais em processamento pelo estágio mais avan-
çado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas algumas etapas do pro­cesso produtivo
para se transformarem em materiais acabados ou em produtos acabados.
Os materiais acabados são também denominados componentes, porque constituem peças isoladas
ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. Na realidade, são partes
prontas ou pré-montadas que, quando juntadas ou integradas, constituirão o produto acabado (PA).
Os produtos acabados (PAs) são aqueles já prontos e cujo processamento foi completado inteira-
mente.
Certo.

3. Tipologias de Estoques
O estoque está presente em todo o processo produtivo de uma organização. Desde a com-
pra da matéria-prima até a disponibilização do produto para a venda, é preciso gerir os itens
com eficiência.
Para que toda a cadeia de suprimentos funcione adequadamente, sem faltas e excessos, é
importante conhecer os diversos tipos de estoque. Vejamos os mais comuns em provas:
• Estoque de transporte: também chamado de estoque em trânsito, equivale ao estoque
que está em movimento, fora da unidade da qual deu saída;
• Estoque de tamanho do lote: busca obter vantagens decorrentes de descontos ou, ain-
da, reduzir despesas de transportes e outros custos;
• Estoque de antecipação ou sazonal: se o estoque de segurança busca atender a deman-
das imprevisíveis, o estoque de antecipação se presta ao atendimento de uma demanda
futura conhecida ou, ao menos previsível do ponto de vista da organização. É muito
comum em datas sazonais;
• Estoque compensatório: este estoque costuma ser formado para a garantia de melho-
res preços em cenários nos quais há oscilação demasiada;
• Estoque de ciclo: o estoque de ciclo ocorre porque um ou mais estágios na operação
não podem fornecer todos os itens que produzem. Ocorre principalmente nas organiza-
ções que operam com vários produtos ou porque as operações possuem vários está-
gios. Considere que uma organização fabrique os produtos A, B e C. Ela não pode fabri-
car os três simultaneamente, mas comercializa os três ao mesmo tempo. Logo, ela deve
programar o ciclo produtivo de cada produto assim como o planejamento de estoque de
acordo com o período de vendas para suprir completamente a demanda;

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• Estoque de canal: estoques no canal existem porque o material não pode ser transporta-
do instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda;
• Estoque consignado: é aquele que é mantido por terceiros, como distribuidores, clientes,
entre outros. A guarda é estipulada por meio de acordo, mas a propriedade dos itens
continua sendo do fabricante do produto;
• Estoque de contingência: é o estoque mantido como garantia para cobrir possíveis situ-
ações de falha extraordinária nas operações e sistema da organização.

003. (QUADRIX/CRESS-PR/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018) A respeito de estoque,


julgue o item.
O estoque de antecipação não pode ser usado para compensar diferenças de ritmo de forne-
cimento e demanda.

É justamente o contrário, não é mesmo? Estoque de antecipação é aquele que a organização


forma quando antecipa sua produção para atender a uma demanda futura esperada. Isso ocor-
re principalmente em situação de demanda sazonal (diferenças de ritmo de fornecimento e
demanda em determinadas épocas/períodos).
Errado.

004. (VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/2019) Estoque de contingência


é o estoque:
a) de produtos que não tiveram saída em determinado período.
b) mantido para suprir prováveis situações não previstas no sistema.
c) composto por produtos que ainda se encontram pendentes, como o de matérias-primas ou
semiacabados.
d) de produtos que estão em trânsito, em vias de entrega pelos fornecedores.
e) composto pela quantidade máxima de produtos armazenados por um determinado período.

Entre os diversos tipos e classificações para os estoques, o de contingência é o estoque man-


tido como garantia para cobrir possíveis situações de falha extraordinária nas operações e
sistema da empresa. O objetivo desse estoque é evitar que o cliente fique sem o item desejado,
e ele ocorre normalmente em períodos de maior venda/demanda.
Quanto aos demais itens:
a) Refere-se ao estoque inativo ou de produtos obsoletos.
b) Refere-se ao chamado “estoque pulmão”.
d) Refere-se ao estoque em trânsito.
e) Refere-se ao estoque máximo.
Letra b.

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4. Custos de Estoques
Os custos de estoque podem ser classificados de inúmeras formas, a depender de cada
autor. O nosso objetivo é apresentar as classificações usualmente citadas na literatura e cobra-
das nas provas de concursos.
Garcia et al (2006)3 separam em três áreas principais os custos associados à gestão
de estoques:
• Custos de manutenção de estoques: são custos proporcionais à quantidade armazena-
da e ao tempo que esta fica em estoque. Um dos custos mais importante é o custo de
oportunidade do capital. Este representa a perda de receitas por ter o capital investido
em estoques em vez de o ter investido noutra atividade econômica. Uma interpretação
comum é considerar o custo de manutenção de estoque de um produto como uma pe-
quena parte do seu valor unitário;
• Custos de pedido ou aquisição: são custos referentes a uma nova encomenda, podendo
esses custos ser tanto variáveis como fixos. Os custos fixos associados a um pedido
são o envio da encomenda, receber essa mesma encomenda e inspeção. O exemplo
principal de custo variável é o preço unitário de compra dos artigos encomendados;
• Custos de falta: são custos derivados de quando não existe estoque suficiente para sa-
tisfazer a procura dos clientes em um dado período de tempo. Como exemplos, temos
pagamento de multas contratuais, perdas de venda, deterioração da imagem da organi-
zação, perda de market share, utilização de planos de contingência etc.

Sobre esses últimos, os custos de falta, são aqueles custos que não podem ser calcula-
dos com precisão, mas percebidos quando há atrasos em um pedido realizado pelo cliente ou
quando um pedido de compras mão é atendido pelo fornecedor.

005. (FAPESE/UFS/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/2018) Os custos de manutenção de


Estoques incorporam também:
a) As despesas de armazenamento, custos associados a impostos e seguros, roubo e ob-
solescência.
b) Os custos de transporte e guarda.
c) Os custos de falta de estoque.
d) Os custos com a imagem da empresa.
e) Os custos de enviar pedidos aos fornecedores.
3
GARCIA, E. S.; REIS, L. M. T. V. dos; MACHADO, L. R.; FERREIRA FILHO, V. J. M. Gestão de estoques: otimizando a logística
e a cadeia de suprimentos. 1.ed. Rio de Janeiro: E-Papers Serviços Editoriais, 2006.

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Dentre os custos de estoque, os custos de manutenção são custos proporcionais à quantidade


armazenada e ao tempo que esta fica em estoque. Destacam-se os seguintes custos de manu-
tenção de estoques: custo de oportunidade do capital, armazenagem física, aluguel, seguros,
perdas e danos, impostos, movimentações, mão de obra, despesas e juros, deterioração, ob-
solescência, furtos e danos.
Letra a.

Por sua vez, para Francischini e Gurgel (2002)4, o custo de estoque pode ser desmembrado
em quatro partes, que auxiliam na determinação do nível de estoque a ser mantido:
• Custos de aquisição: valores pagos pela organização compradora pelo material adqui-
rido;
• Custos de armazenagem: incorridos para manter o estoque disponível. Os cálculos des-
ses custos envolvem fatores como aluguel, seguros, perdas e danos, impostos, movi-
mentações, mão de obra, despesas e juros;
• Custos de pedido: valores gastos pela organização para que determinado lote de com-
pra possa ser solicitado ao fornecedor e entregue na organização compradora;
• Custos de falta: ocorrem quando a organização busca reduzir ao máximo seus esto-
ques.

006. (CESPE/ANCINE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/QUALQUER FORMAÇÃO/ÁREA


5/2006) A gestão de materiais pode ser entendida como a coordenação das atividades de
aquisição, guarda e distribuição dos materiais necessários ao funcionamento da organização.
A esse respeito, julgue o item a seguir.
Estoques em níveis elevados são potencialmente geradores de impactos negativos nos resul-
tados da organização em decorrência dos custos de armazenagem. Assim, uma das formas de
eliminação dos custos de armazenagem é a manutenção de estoques com quantidade zero.

Os custos de estoque podem ser variáveis, como os custos de manutenção (custos para man-
ter uma quantidade de mercadoria por um período de tempo), custos de aquisição (associados
ao processo de aquisição das quantidades requeridas para a reposição do estoque) e custos
de falta (quando há demanda por um item em falta no estoque).
No entanto, ainda que o estoque seja zero, haverá custos de estoques. A título de exemplo, um
armazém vazio ainda produz custos como manutenção, energia elétrica, segurança, dentre outros.
Logo, mantendo-se o estoque “zerado”, haverá minimização de custos, mas não eliminação.
Errado.
4
FRANCISCHINI, P. G.; GURGEL, F. do A. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

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Já segundo Slack (2016) , são 7 os custos incorridos ao tomar uma decisão sobre quan-
5

to estocar. Para ele, os três primeiros custos diminuirão à medida que o tamanho do pedido
aumenta, enquanto os próximos quatro, geralmente, aumentam à medida que o tamanho do
pedido aumenta:
• Custos de emitir o pedido: incluem preparação do pedido, comunicação com fornecedo-
res, organização para entrega, procedimentos de pagamento e manutenção de registros
internos da transação;
• Custos do desconto no preço: frequentemente, os fornecedores oferecem descontos
para grandes quantidade e penalidades de custo para pequenos pedidos;
• Custos de falta de estoque: se errarmos a decisão de quantidade pedida e ficarmos sem
estoque, haverá perda de faturamento (custos de oportunidade) de deixar de suprir os
clientes;
• Custos de capital de giro: é resultante do lapso de tempo entre pagar os fornecedores
e receber dos clientes. Os custos associados são os juros que pagamos ao banco pelo
empréstimo ou os custos de oportunidade de não investir o dinheiro de outra forma;
• Custos de estocagem: são associados à armazenagem física dos bens. Aluguel, clima-
tização e iluminação do armazém, assim como o seguro;
• Custos de obsolescência: quando encomendamos grandes quantidades, isso, geral-
mente, resulta em itens estocados durante muito tempo. Isso aumenta o risco de os
itens tornarem-se obsoletos ou deteriorarem-se com o tempo;
• Custos de ineficiência operacional: conforme os filósofos do just-in-time, níveis de esto-
que elevados que dificultam perceber a extensão total do problema na produção.

007. (QUADRIX/CREF-20 SE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2019) Quanto à gestão de es-


toques, julgue o item.
Os custos de obsolescência são diretamente proporcionais ao nível de estoque médio.

É isso mesmo! Os custos de obsolescência crescem com o aumento da quantidade média em


estoque. Esses custosa estão dentro dos custos de armazenagem e, quanto mais itens em
estoque, maiores as chances de ocorrer a sua obsolescência.
Certo.

5
SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2016.

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Por fim, alguns autores classificam os custos de estoque em três categorias : 6

• Custos diretamente proporcionais ao nível do estoque médio: estes custos crescem


com o aumento da quantidade média em estoque (por isso são ditos diretamente pro-
porcionais). São também chamados de custos de carregamento, pois são decorrentes
da necessidade de se manter ou carregar estoques;
• Custos inversamente proporcionais ao nível do estoque médio: estes custos decres-
cem com o aumento da quantidade média em estoque. São usualmente referidos como
custos de pedido (no caso de o estoque ser composto por materiais a serem compra-
dos) ou custos de produção (no caso de se optar por produzir internamente a produção;
• Custos independentes do nível do estoque médio: trata-se de um valor fixo, que inde-
pende da quantidade de itens em estoque. Seria o caso, por exemplo, do custo de ma-
nutenção dos depósitos e almoxarifados de um órgão público. Independentemente da
quantidade de peças e automóveis estocados, as despesas de manutenção (salário dos
funcionários, limpeza etc.) permanecem constantes.

Estoque zerado ou nulo não implica em eliminação de custos de estoque!

5. Métodos de Previsão da Demanda


O primeiro passo em previsão de estoques é ter uma previsão de consumo/demanda mais
próxima da realidade possível. Caso a previsão seja feita de forma incorreta, pode ocorrer a
acentuação de custos de estoque (estoque maior que a demanda) ou a formação de custos de
falta de estoque (estoque menor que a demanda).
Há, inicialmente, três grupos dentro dos quais pode-se classificar as técnicas de previsão
de demanda:
• Predileção: neste caso, a previsão é feita mediante informações qualitativas, tais como
pesquisas de opinião, informações prestadas por funcionários experientes etc.;
• Explicação: há a correlação entre o comportamento da demanda em períodos recentes
com outra variável quantitativa de evolução conhecida. Por exemplo, pode-se traçar um
paralelo entre a evolução da demanda e o incremento do número de clientes internos/
externos da organização, o número de contratos firmados etc.;
• Projeção: é uma técnica quantitativa, que prima unicamente pelo tratamento de dados
de uma série histórica de consumo, de forma a obter a previsão para períodos subse-
quentes.
6
FONTE: ENAP – Gestão de Materiais.

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008. (CESPE/MPE-TO/TÉCNICO MINISTERIAL/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2006) Jul-


gue o item seguinte, acerca das noções de administração de materiais.
Projeção, explicação e predileção são técnicas de previsão de consumo de materiais de natu-
reza quantitativa.

Explicação e projeção é que são técnicas quantitativas (matemáticas). A predileção é técnica


qualitativa.
Errado.

009. (FGV/CM SALVADOR/ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL/LICITAÇÃO, CONTRATOS


E CONVÊNIOS/COMPRAS, PATRIMÔNIO E MATERIAIS/2018) A definição de estoque pode
ser dada como a acumulação armazenada de materiais em um sistema de transformação. Um
dos métodos para a sua reposição é o de previsão de demanda.
A técnica de previsão de demanda realizada por meio de informações qualitativas é de-
finida como:
a) explicação;
b) predileção;
c) projeção;
d) ponderação;
e) mínimos quadrados.

As técnicas de previsão de consumo são baseadas em informações quantitativas e qualitati-


vas. Explicação e projeção são técnicas quantitativas (matemáticas). A predileção é técnica
qualitativa.
Letra b.

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5.1. Métodos Qualitativos de Previsão


Os métodos qualitativos baseiam-se no julgamento e na experiência de pessoas que pos-
sam, por suas próprias características e conhecimentos, emitir opiniões sobre eventos futuros
de interesse (MOREIRA, 1998)7. Basicamente, são subjetivos, indicados quando não há série
histórica que sirva de base para uma decisão.
Assim, descrevemos os modelos mais citados na literatura:
• Predição: trata-se de um método nada científico. É baseado em critérios totalmente ob-
jetivos e tem natureza duvidosa. Trata-se, na verdade, de uma aposta baseado na “visão
ou sentimento”;
• Opinião dos executivos: quando não há histórico do passado (como no caso de novos
produtos), a opinião de especialistas pode ser a única fonte de informações para pre-
parar a previsão de demanda. São previsões baseadas no julgamento e opinião de um
pequeno grupo de executivos de alto nível, geralmente ligados às áreas comercial, finan-
ceira e de produção (PEINADO e GRAEML, 2007)8;
• Opinião da força ou equipe de vendas: as estimativas dadas pela equipe de vendas são
agregadas e, normalmente, tornam-se em meta de vendas. Desenvolver previsões com
base na opinião do pessoal envolvido diretamente com as vendas pode ser uma alterna-
tiva interessante, uma vez que é essa área que lida diretamente com os consumidores
(MOREIRA, 1998)9;
• Indicadores econômicos: as organizações podem descobrir a existência de uma rela-
ção direta, ou correlação, entre as vendas de alguns ou de todos seus produtos e essas
condições;
• Pesquisa com clientes ou mercado: refere-se ao fato que são os clientes que determi-
nam a demanda. Essa metodologia é imprescindível para a colocação de um novo pro-
duto no mercado. A pesquisa de mercado é um método preditivo usado para levantar a
intenção de compra diretamente do mercado consumidor;
• Método Delphi: o método Delphi consiste na reunião de um grupo de pessoas (um não
sabe quem são os demais) que deve opinar sobre determinado assunto, dentro de re-
gras predeterminadas para a coleta e a depuração das opiniões;
• Analogia histórica: trata da análise de produtos similares, ou seja, um novo produto sem
dados comparado com dados históricos de um produto similar.

7
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. São Paulo: Pioneira Thomson, 1998.
8
PEINADO, J.; GRAEML, A. R. Administração da Produção: operações industriais e de serviços. Curitiba: UnicenP, 2007.
9
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. São Paulo: Pioneira Thomson, 1998.

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010. (FGV/SEM/TÉCNICO LEGISLATIVO/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/ADMINIS-


TRAÇÃO/2012) A previsão de demanda de itens de estoque é item fundamental no planeja-
mento de materiais e financeiro de uma empresa. Dentre as técnicas de previsão abaixo, a
única considerada qualitativa é:
a) regressão simples.
b) método de analogia histórica.
c) técnica de suavização.
d) método de ajustamento exponencial.
e) média móvel centrada.

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a) Errada. O método de regressão linear simples é um método claramente quantitativo.


b) Certa. Temos, aqui, um método qualitativo. Por tal método, analisa-se a demanda por produ-
tos similares dos quais se possui informações. Assim, a demanda por um produto novo pode
ser estimada. Um exemplo disso seria prever a demanda por DVD’s com base na demanda
anterior por CD’s.
c) Errada. Essa é uma técnica quantitativa. Trata-se de uma técnica que suaviza as flutuações
mais bruscas na quantidade demandada.
d) Errada. Temos outra técnica quantitativa. Trata-se de um método utilizado para dar maior
peso às vendas mais recentes, por exemplo.
e) Errada. Novamente, mais uma técnica quantitativa. Na média móvel, a estimativa do futuro
é dada pela média dos últimos “n” períodos.
Letra b.

5.2. Métodos Quantitativos ou Matemáticos


São aqueles que utilizam com base uma série histórica de dados sobre uma determinada
variável, com o intuito de identificar padrões de comportamento que possam ser projetados
para o futuro.

 Obs.: não se preocupe em decorar a fórmulas. As bancas têm cobrado apenas conceitos
teóricos de cada um dos modelos apresentados, bem como que o candidato conheça
quais métodos são qualitativos e quais são quantitativos.

5.2.1. Método do Último Período

O método do último período é modelo mais simples e sem base matemática. Consiste
em utilizar como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior. Esse
modelo é bastante utilizado por organizações pequenas e por administradores sem maior co-
nhecimento técnico.

011. (QUADRIX/CRQ-4ª/PROFISSIONAL DE SERVIÇOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS/AD-


MINISTRATIVO/2018) Em uma empresa, o consumo de um determinado produto ocorreu
conforme descrito na tabela a seguir.

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Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

Mês Unidades

Junho 51

Julho 57

Agosto 61

Setembro 49

Outubro 57
Com base nesse caso hipotético, julgue o item.
De acordo com o método do último período, a previsão de consumo para o mês de novembro
é de 51 unidades.

De acordo com o método do último período, a previsão de consumo para o mês de novembro
é de 57 unidades (outubro), e não 51 unidades (junho).
Errado.

5.2.2. Método da Média Móvel ou Média Aritmética

O método da média móvel ou aritmética consiste em calcular a demanda (futura) com base
na média aritmética dos últimos períodos das demandas anteriores(n).

Esse método estima a média e remove os efeitos da flutuação aleatória. Assim, quanto
maior for o tamanho de n, maior é a influência do passado no futuro. De praxe, utiliza-se so-
mente três períodos anteriores (mas nada impede maior amplitude n). Uma desvantagem do
método da média aritmética é a inexistência de diferentes pesos entre os valores mais antigos
e os valores mais recentes.
Por essa razão, o modelo deve ser aplicado apenas para demandas que não apresentem
tendência ou sazonalidade, ou seja, em situações em que a demanda observada no passado
apresente pouca variação em seu comportamento.
As principais vantagens do método são a simplicidade e facilidade de implantação e admi-
tir processamento manual.
Esse modelo também é bastante utilizado por empresas pequenas e por administradores
sem maior conhecimento técnico.

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Adriel Sá

012. (FCC/TRE-PB/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA/DIREITO/2007) O consumo em


quatro anos de um material foi de:

Ano Consumo

2003 720 unidades

2004 600 unidades

2005 630 unidades

2006 660 unidades


Utilizando-se o método da média móvel, com um “n” igual a 3, o consumo previsto para 2007
será igual a:
a) 600 unidades.
b) 630 unidades.
c) 650 unidades.
d) 652 unidades.
e) 653 unidades.

Questão simples! Se “n” é igual a 3, temos:

600
2004
unidades

2005 630 unidades

2006 660 unidades


660 + 630 + 600 = 1890
1890 / 3 = 630 unidade.
Letra b.

5.2.3. Média Móvel Ponderada

A média móvel ponderada é uma variação do modelo anterior e deve, da mesma forma, ser
aplicada somente para demandas que não apresentem tendência ou sazonalidade. A caracte-
rística que difere a simples da ponderada é que nesta se dá um peso maior ao último período
de demanda, um peso levemente menor ao anterior e assim sucessivamente (os valores das
demandas próximas são mais importantes do que as mais distantes).
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Adriel Sá

Pj – Previsão para o período


PEi = peso atribuído a cada período
Di – demanda do período i
Sendo

A grande vantagem desse método é que permite enfatizar a demanda recente em relação
as mais antigas.
Convém destacar que o método da média móvel ponderada é o método consagrado, tanto
pela legislação fiscal quanto pelas normas contábeis, para valoração dos estoques.

013. (CESPE/ANCINE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/QUALQUER FORMAÇÃO/ÁREA 5/2006)


Considere o seguinte consumo hipotético de determinado material.

unidade meses

66 fevereiro

72 março

84 abril

89 maio

89 junho

63 julho

83 agosto
Em face dos dados apresentados, julgue o item que se segue.
Utilizando-se o método da média móvel ponderada para previsão de consumo, os dados de
fevereiro têm menor peso no cálculo que os dados de agosto.

O método da média móvel ponderada considera que os valores dos períodos mais próximos
recebam peso maior que os valores correspondentes aos períodos mais anteriores.
Logo, os dados de fevereiro têm menor peso no cálculo que os dados de agosto.
Certo.

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5.2.4. Média Móvel com Suavização Exponencial

O método da média móvel exponencial é também chamado de método da média móvel


exponencialmente ponderada. Esse modelo é uma variação da média móvel ponderada que
também deve ser aplicado apenas para demandas que não apresentem tendência nem sa-
zonalidade.
Basicamente, adota-se um peso de ponderação que se eleva exponencialmente quanto
mais recentes são os períodos.
No emprego deste método, apenas três dados são necessários: previsão da demanda do
último período, a demanda real do último período e um parâmetro suavizador , que tem valor
entre 0 e 1, e deve ser determinado pelo gestor com base no histórico de compras e em sua
análise qualitativa da ocorrência no período anterior:
(demanda do período) + (1– α) × previsão calculada do último período

014. (CESPE/STF/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/2013) Considerando que os


estoques de uma organização, pública ou privada, devem ser bem administrados, pois o des-
perdício de recursos onera os resultados da organização, julgue o item seguinte.
A média com suavização exponencial é uma técnica para previsão de demanda de curto prazo
adaptável, ou seja, se autocorrige de acordo com as alterações no comportamento das vendas.

O método da média com ponderação exponencial é um método que elimina muitas desvanta-
gens dos métodos da média móvel e da média móvel ponderada. Além de dar mais valor aos
dados mais recentes, apresenta menor manuseio de informações passadas.
Esse modelo procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral, eliminando a re-
ação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença entre o consumo atual e o
previsto a uma mudança de tendência e o restante a causas aleatórias.
Certo.

5.2.5. Modelo da Regressão Linear (Modelo dos Mínimos Quadrados)

O modelo da regressão linear pode ser aplicado a séries de demanda com tendência, mas
sem sazonalidade. Demandas desta natureza podem ser representadas, por exemplo, por pro-
dutos que se encontram na fase de crescimento (tendência crescente) ou em fase de declínio
(tendência decrescente), dentro do seu ciclo de vida (PEINADO e GRAEML, 2007)10.
O intuito é a obtenção da equação de uma reta que relacione os períodos com a demanda.
O método pode ser realizado utilizando-se um software de planilhas matemáticas, por exem-
plo, o Microsoft Excel.
10
PEINADO, J.; GRAEML, A. R. Administração da produção: operações industriais e de serviços. Curitiba: UnicenP, 2007.

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Gestão de Estoques – Parte I
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A previsão da demanda é obtida por meio da equação da reta, que leva em consideração o
nível e a tendência das demandas passadas:

Di = demanda no período i
a = coeficiente de nível de demanda
b = coeficiente de tendência da demanda
Pi = período i

Utiliza como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no


ÚLTIMO PERÍODO período anterior.

MÉDIA MÓVEL OU Calcula a demanda futura com base na média aritmética dos
MÉDIA ARITMÉTICA últimos períodos (n).

Calcula a demanda futura com base na média ponderada dos


MÓVEL PONDERADA últimos períodos (n). Pesos maiores aos períodos mais recentes.

MÉDIA MÓVEL Calcula a demanda futura com base numa média que considera a
COM SUAVIZAÇÃO elevação exponencial dos períodos mais recentes.
EXPONENCIAL
REGRESSÃO Calcula a demanda futura com base numa equação de reta,
LINEAR (MÍNIMOS que leva em consideração o nível e a tendência das demandas
QUADRADOS) passadas.

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RESUMO
Um estoque é uma acumulação armazenada de materiais em um sistema de transformação.

Tipos de materiais em estoque:

TIPO CONCEITO

São itens comprados e recebidos que ainda não


entraram no processo de produção. Seu volume
Matéria-prima está diretamente ligado à quantidade de produtos
acabados.

São matérias–primas que já́ entraram no processo de


Produtos em processo/ produção e estão em operação. Estão em uma fase
fabricação intermediária.

São os produtos que saíram do processo de produção,


Produtos acabados portanto, já prontos, e que aguardam para serem
vendidos como itens completos.

São itens de reposição de maquinário e equipamentos


Peças de manutenção de manutenção em geral.

São todos os materiais que não são incorporados


Materiais improdutivos às características do produto fabricado, como por
exemplo, materiais de escritório e de limpeza.

Materiais São itens destinados ao desenvolvimento das


administrativos atividades empresariais.

Materiais auxiliares São itens que irão compor o produto final.

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Tipologias de estoques:
• Estoque de transporte (trânsito): estoque que está em movimento, fora da unidade da
qual deu saída;
• Estoque de tamanho do lote: estoque que busca obter descontos ou reduzir despesas;
• Estoque de antecipação ou sazonal: estoque para atendimento de uma demanda futura
conhecida ou previsível;
• Estoque compensatório: estoque para a garantia de melhores preços em cenários de
oscilação demasiada;
• Estoque de ciclo: estoque que operam com vários produtos ou operações que possuem
vários estágios;
• Estoque de canal: estoque entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda;
• Estoque consignado: estoque mantido por terceiros, como distribuidores, clientes, entre
outros;
• Estoque de contingência: estoque para cobrir possíveis falhas nas operações e siste-
mas.

Custos de estoques:
• Custos de manutenção, armazenagem ou estocagem: custos proporcionais à quantida-
de armazenada e ao tempo que esta fica em estoque. Os cálculos desses custos envol-
vem fatores como aluguel, seguros, perdas e danos, impostos, movimentações, mão de
obra, despesas e juros;
• Custos de pedido ou aquisição: custos referentes a uma nova encomenda, podendo es-
ses custos ser tanto variáveis como fixos. Incluem preparação do pedido, comunicação
com fornecedores, organização para entrega, procedimentos de pagamento e manuten-
ção de registros internos da transação;
• Custos de falta: custos derivados de quando não existe estoque suficiente para satisfa-
zer a procura dos clientes em um dado período de tempo. Como exemplos, temos paga-
mento de multas contratuais, perdas de venda, deterioração da imagem da organização,
perda de market share, utilização de planos de contingência etc.;
• Custos do desconto no preço: custos associados a penalidades para pequenos pedidos.
• Custos de capital de giro: custos resultantes do lapso de tempo entre pagar os fornece-
dores e receber dos clientes, como por exemplo, juros pagos ao banco pelo empréstimo
ou os custos de oportunidade de não investir o dinheiro de outra forma;
• Custos de obsolescência: custos resultantes de itens estocados durante muito tempo
(obsolescência ou deterioração);
• Custos de ineficiência operacional: custos de níveis de estoque elevados que dificultam
perceber a extensão total do problema na produção;
• Custos diretamente proporcionais ao nível do estoque médio: custos decorrentes da
necessidade de se manter ou carregar estoques;

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• Custos inversamente proporcionais ao nível do estoque médio: custos usualmente refe-


ridos como custos de pedido (no caso de o estoque ser composto por materiais a serem
comprados) ou custos de produção (no caso de se optar por produzir internamente a
produção;
• Custos independentes do nível do estoque médio: custos de valores fixos, que indepen-
dem da quantidade de itens em estoque, como por exemplo, o custo de manutenção dos
depósitos e almoxarifados.

Métodos de previsão da demanda:

Métodos qualitativos de previsão:

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Métodos quantitativos ou matemáticos:

Utiliza como previsão para o período seguinte o valor


ÚLTIMO PERÍODO ocorrido no período anterior.

MÉDIA MÓVEL OU Calcula a demanda futura com base na média aritmética


MÉDIA ARITMÉTICA dos últimos períodos (n).

Calcula a demanda futura com base na média ponderada


MÓVEL PONDERADA dos últimos períodos (n). Pesos maiores aos períodos
mais recentes.

MÉDIA MÓVEL Calcula a demanda futura com base numa média que
COM SUAVIZAÇÃO considera a elevação exponencial dos períodos mais
EXPONENCIAL recentes.

REGRESSÃO Calcula a demanda futura com base numa equação de


LINEAR (MÍNIMOS reta, que leva em consideração o nível e a tendência das
QUADRADOS) demandas passadas.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (QUADRIX/CRA-GO/ADMINISTRADOR/I/2016) O estoque, em condições normais, é um
custo para a organização. Contudo, no setor público, as compras são efetivadas por meio de
licitações e, dada a burocracia e as formalidades, é usual a manutenção de estoques. Analise
os itens a seguir.
I – Estoques podem proteger as organizações de eventuais oscilações de demanda.
II – Estoques geram custos e, por isso, nunca podem ser considerados como uma oportunida-
de de investimento.
III – Grandes estoques implicam, obrigatoriamente, perda de economia de escala.
Pode-se afirmar que:
a) todos os itens estão corretos.
b) apenas um item está correto.
c) apenas dois itens estão corretos, sendo um deles o item I.
d) apenas os itens II e III estão corretos.
e) nenhum item está correto.

002. (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/2015) A respeito da con-


ceituação e dos tipos de classificação de materiais, julgue o seguinte item.
A classificação de materiais mais comum inclui as matérias-primas, os materiais em proces-
samento e os semiacabados, além dos produtos acabados da empresa.

003. (QUADRIX/CRESS-PR/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018) A respeito de estoque,


julgue o item.
O estoque de antecipação não pode ser usado para compensar diferenças de ritmo de forne-
cimento e demanda.

004. (VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/2019) Estoque de contingência


é o estoque:
a) de produtos que não tiveram saída em determinado período.
b) mantido para suprir prováveis situações não previstas no sistema.
c) composto por produtos que ainda se encontram pendentes, como o de matérias-primas ou
semiacabados.
d) de produtos que estão em trânsito, em vias de entrega pelos fornecedores.
e) composto pela quantidade máxima de produtos armazenados por um determinado período.

005. (FAPESE/UFS/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/2018) Os custos de manutenção de


Estoques incorporam também:
a) As despesas de armazenamento, custos associados a impostos e seguros, roubo e ob-
solescência.

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b) Os custos de transporte e guarda.


c) Os custos de falta de estoque.
d) Os custos com a imagem da empresa.
e) Os custos de enviar pedidos aos fornecedores.

006. (CESPE/ANCINE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/QUALQUER FORMAÇÃO/ÁREA 5/2006)


A gestão de materiais pode ser entendida como a coordenação das atividades de aquisição,
guarda e distribuição dos materiais necessários ao funcionamento da organização. A esse
respeito, julgue o item a seguir.
Estoques em níveis elevados são potencialmente geradores de impactos negativos nos resul-
tados da organização em decorrência dos custos de armazenagem. Assim, uma das formas de
eliminação dos custos de armazenagem é a manutenção de estoques com quantidade zero.

007. (QUADRIX/CREF-20ª/SE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2019) Quanto à gestão de


estoques, julgue o item.
Os custos de obsolescência são diretamente proporcionais ao nível de estoque médio.

008. (CESPE/MPE-TO/TÉCNICO MINISTERIAL/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2006) Jul-


gue o item seguinte, acerca das noções de administração de materiais.
Projeção, explicação e predileção são técnicas de previsão de consumo de materiais de natu-
reza quantitativa.

009. (FGV/CM SALVADOR/ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL/LICITAÇÃO, CONTRATOS


E CONVÊNIOS/COMPRAS, PATRIMÔNIO E MATERIAIS/2018) A definição de estoque pode
ser dada como a acumulação armazenada de materiais em um sistema de transformação. Um
dos métodos para a sua reposição é o de previsão de demanda.
A técnica de previsão de demanda realizada por meio de informações qualitativas é de-
finida como:
a) explicação;
b) predileção;
c) projeção;
d) ponderação;
e) mínimos quadrados.

010. (FGV/SEM/TÉCNICO LEGISLATIVO/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/ADMINIS-


TRAÇÃO/2012) A previsão de demanda de itens de estoque é item fundamental no planeja-
mento de materiais e financeiro de uma empresa. Dentre as técnicas de previsão abaixo, a
única considerada qualitativa é:
a) regressão simples.
b) método de analogia histórica.

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c) técnica de suavização.
d) método de ajustamento exponencial.
e) média móvel centrada.

011. (QUADRIX/CRQ-4ª/PROFISSIONAL DE SERVIÇOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS/AD-


MINISTRATIVO/2018) Em uma empresa, o consumo de um determinado produto ocorreu
conforme descrito na tabela a seguir.

Mês Unidades

Junho 51

Julho 57

Agosto 61

Setembro 49

Outubro 57

Com base nesse caso hipotético, julgue o item.


De acordo com o método do último período, a previsão de consumo para o mês de novembro
é de 51 unidades.

012. (FCC/TRE-PB/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA/DIREITO/2007) O consumo em


quatro anos de um material foi de:

Ano Consumo

2003 720 unidades

2004 600 unidades

2005 630 unidades

2006 660 unidades

Utilizando-se o método da média móvel, com um “n” igual a 3, o consumo previsto para 2007
será igual a:
a) 600 unidades.
b) 630 unidades.
c) 650 unidades.
d) 652 unidades.
e) 653 unidades.

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013. (CESPE/ANCINE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/QUALQUER FORMAÇÃO/ÁREA


5/2006) Considere o seguinte consumo hipotético de determinado material.

unidade meses

66 fevereiro

72 março

84 abril

89 maio

89 junho

63 julho

83 agosto
Em face dos dados apresentados, julgue o item que se segue.
Utilizando-se o método da média móvel ponderada para previsão de consumo, os dados de
fevereiro têm menor peso no cálculo que os dados de agosto.

014. (CESPE/STF/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/2013) Considerando que os


estoques de uma organização, pública ou privada, devem ser bem administrados, pois o des-
perdício de recursos onera os resultados da organização, julgue o item seguinte.
A média com suavização exponencial é uma técnica para previsão de demanda de curto prazo
adaptável, ou seja, se autocorrige de acordo com as alterações no comportamento das vendas.

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QUESTÕES DE CONCURSO
015. (QUADRIX/CREF-20ª/SE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2019) Quanto à gestão de
estoques, julgue o item.
Os estoques possuem a função de proteção dos atrasos no recebimento das mercadorias.

Vimos que a função da gestão de estoques é busca maximizar o uso dos materiais envolvidos
na área logística da organização.
Na questão de demanda muito alta, os estoques também devem ser elevados, o que implica
na necessidade de um capital de giro muito elevado, consequentemente, gerando elevados
custos associados ao excesso.
Por outro lado, níveis de estoques muito baixos também geram muitos problemas, porque,
muitas vezes, podem ocasionar atrasos de entrega de produtos ou não atendimento e, conse-
quentemente, insatisfação e perda do cliente.
Certo.

016. (QUADRIX/CRESS-SC/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/2019) Com relação à


administração de materiais, julgue o item.
A disponibilidade imediata de materiais é uma das influências internas na formação de estoques.

As influências internas na formação de estoques são representadas por alguns fatos que pro-
piciam o conflito interno de interesses produção x materiais x financeiros, os quais podem ser
contornados com ações administrativas apropriadas.
Destaco, a seguir, alguns desses fatos:
• Necessidade de espaço para armazenamento;
• Possibilidade de deterioração do material armazenado;
• Capital empatado em sua manutenção;
• Variação das quantidades consumidas;
• Disponibilidade imediata;
• Risco de falta que prejudique a produção, com perda de vendas ou de clientes.
Portanto, a disponibilidade imediata é, sim, uma das influências internas na formação
de estoques.
Certo.

017. (QUADRIX/CFBIO/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Com base nos conceitos e nas


aplicações sobre a administração de recursos materiais, julgue o item que segue.
O aumento dos estoques possibilita uma melhoria da relação indicativa do retorno sobre
o capital.

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Sabemos que quando mantemos um alto nível de estoques, temos a necessidade de investi-
mento em instalações. Ou seja, estoques custam dinheiro. Logo, nem sempre o aumento de
estoques possibilita uma melhoria da relação indicativa do retorno sobre o capital.
Errado.

018. (QUADRIX/CRN-10ª/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018) Com relação à gestão de esto-


ques, julgue o item a seguir.
Os estoques podem ser uma oportunidade de investimento quando, em determinado período,
a taxa de aumento do valor financeiro do estoque for maior que a taxa de aplicação em outros
ativos que podem ser obtidos no mercado.

Como vimos, uma das razões para a manutenção de estoques é que eles podem ser uma opor-
tunidade de investimento. Isso ocorre quando, em determinado período, a taxa de aumento do
valor financeiro do estoque for maior do que a taxa de aplicação em outros ativos que podem
ser obtidos no mercado. Seria quase que um caso particular de oscilação de mercado.
Certo.

019. (QUADRIX/CRN-10ª/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018) Com relação à gestão de esto-


ques, julgue o item a seguir.
Custos de carregamento são custos inversamente proporcionais ao nível do estoque médio.

Custos de carregamento são custos diretamente proporcionais ao nível do estoque médio.


Estes custos crescem com o aumento da quantidade média em estoque (por isso são ditos
diretamente proporcionais). São chamados de custos de carregamento, pois são decorrentes
da necessidade de se manter ou carregar estoques.
Errado.

020. (CESPE/TRF-1ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/2017) A respeito da previ-


são e do controle de estoques e de almoxarifado, julgue o item subsequente.
A verificação da correta avaliação dos estoques pode ser realizada por uma auditoria, a qual
pode ser processada, entre outras, na área de produtos em processo.

A avaliação de estoque visa verificar o valor financeiro dos itens do estoque. Ela deverá ser rea-
lizada pelo preço de custo da mercadoria ou de mercado (o que for menor), de modo a manter
as informações financeiras atualizadas.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

A avaliação de estoque corresponde ao valor das mercadorias e dos produtos em fabricação


ou acabados. Com certeza, poderá ser realizada uma auditoria em qualquer uma das etapas
do processo produtivo, inclusive na área de produtos em processo.
Certo.

021. (CESPE/TRF-1ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/2017) A respeito da previ-


são e do controle de estoques e de almoxarifado, julgue o item subsequente.
Cabe ao almoxarifado receber e abrigar os materiais adquiridos, utilizar a requisição para a en-
trega de materiais, adequar os espaços às especificidades demandadas e ser flexível na rotina
de retirada dos produtos.

É claro que o almoxarifado precisa ser rigoroso na rotina de retirada dos produtos, e não flexível.
A autoridade para a retirada do estoque deve estar definida com clareza e somente pessoas
autorizadas poderão exercer essa atribuição.
Errado.

022. (CESPE/EBSERH/ANALISTA ADMINISTRATIVO/QUALQUER NÍVEL SUPERIOR/2018)


Julgue o item seguinte, relativo à classificação de materiais e gestão de estoques.
As perdas com a desvalorização de materiais permanentes mantidos em estoque são conside-
radas custos de depreciação na gestão de um estoque.

Como exemplo, tomamos o caso de um estoque de aparelhos Iphone 6 que, por conta dos mo-
delos que foram lançados posteriormente, precisaram ter seu valor de venda reduzido, devido
à desvalorização em virtude dos modelos mais modernos. Na situação hipotética, os apare-
lhos Iphone 6 mantidos em estoque causarão um custo de depreciação.
Certo.

023. (CESPE/EBSERH/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018) Julgue o item subsequente, a


respeito da administração de recursos materiais.
A manutenção de grandes quantidades de materiais em depósito é vantajosa devido ao fato de
reduzir os custos de armazenagem.

Grandes quantidades de materiais em depósito aumentam os custos de armazenagem. Logo,


uma desvantagem, e não uma vantagem.
Errado.

024. (CESPE/EBSERH/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018) Julgue o item subsequente, a


respeito da administração de recursos materiais.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

A busca pela economicidade na gestão de estoques de materiais em um órgão da administra-


ção pública é um objetivo que visa ao alcance da eficiência.

Vamos relembrar:
• Eficiência: refere-se aos custos – menos desperdícios de tempo e dinheiro – foco inter-
no;
• Eficácia: relacionada ao alcance das metas – foco externo;
• Efetividade: ligada ao impacto causado pelo atingimento das metas – foco externo.
Certo.

025. (CESPE/EBSERH/ANALISTA ADMINISTRATIVO/GESTÃO HOSPITALAR/2018) Acerca


da função da administração financeira hospitalar, julgue o próximo item.
O método do custo médio ponderado, determinado para uso pelos órgãos públicos no Brasil, é
o método de valoração do estoque que fornece resultado mais próximo da realidade.

A média ponderada considera um peso maior ao último período de demanda, um peso leve-
mente menor ao anterior e assim sucessivamente (os valores das demandas próximas são
mais importantes do que as mais distantes).
A grande vantagem desse método é que permite enfatizar a demanda recente em relação as
mais antigas.
Convém destacar que o método da média móvel ponderada é o método consagrado, tanto
pela legislação fiscal quanto pelas normas contábeis, para valoração dos estoques.
Certo.

026. (CESPE/EBSERH/ANALISTA ADMINISTRATIVO/QUALQUER NÍVEL SUPERIOR/2018)


Julgue o item seguinte, relativo à classificação de materiais e gestão de estoques.
A manutenção do estoque de medicamentos importados é considerada uma vantagem quan-
do, por questões negociais, ocorre a interrupção de um contrato de fornecimento internacional.

Em síntese, o que a afirmativa quis dizer foi o seguinte: é ideal a manutenção de um nível de
estoques quando, por qualquer motivo, o fornecimento de um material qualquer puder ser in-
terrompido.
A ideia, portanto, é a de prevenção quanto a possíveis complicações no contrato de fornecimento.
Certo.

027. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE DE PROCURADORIA/2019) No que se refere à conferên-


cia no recebimento de materiais e armazenagem, julgue o item seguinte.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

O estoque total de materiais de determinado fabricante de eletrodomésticos consiste no so-


matório de matérias-primas, materiais semiacabados e componentes.

Segundo leciona Dias (2010)11, os estoques são definidos pela seguinte tipologia: matérias-pri-
mas, produtos em processo, produtos acabados, peças de manutenção e materiais auxiliares.
Portanto, como se vê, a inclusão do termo “componentes”, que não faz parte dessa tipologia,
torna o item incorreto.
Errado.

028. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE DE PROCURADORIA/2019) As lojas A e B, pertencentes


a uma mesma rede, estão localizadas em cidades de um mesmo estado. Na loja A, situada na
capital do estado, as mercadorias armazenadas permanecem por pouco tempo no almoxarifa-
do, por isso a quantidade do estoque é menor do que a da loja B. Na loja B, que fica no interior,
são crescentes as reclamações de clientes sobre a falta de mercadorias, razão pela qual o
proprietário planeja aumentar o nível de serviço. As duas lojas possuem o mesmo volume e
perfil de vendas.
Considerando essas informações e os múltiplos aspectos relacionados à gestão de estoques,
julgue o item a seguir.
O planejamento do dimensionamento dos estoques pode ser alterado pelo cálculo do retorno do
capital para o equilíbrio da capacidade de fornecimento das lojas com seu lucro e sua liquidez.

A análise de Retorno de Capital (RC) investido em estoque se faz necessário para se verificar
de quanto está sendo o retorno do capital já investido em estoques.
Sua fórmula é a seguinte:
RC = Lucro / Capital Investido em Estoque.
Assim, o resultado obtido com a aplicação da fórmula indica se há uma boa gestão dos esto-
ques, ou não.
Para que seja considerada uma boa gestão de estoque, é necessário que o resultado da fórmu-
la seja maior que 1, pois quanto maior o valor encontrado, melhor será o resultado em relação
ao capital investido em estoques.
Em casos em que o resultados seja menor do que 1, medidas e ações de melhorias devem ser
propostas, analisadas, e implementadas.
Certo.

029. (CESPE/MPC TCE-PA/ASSISTENTE MINISTERIAL/CONTROLE EXTERNO/2019) A se-


cretaria de transportes de determinado estado da Federação optou por manter em estoque
pneus de veículos para manutenção da frota estadual pelo período de dois anos. Essa decisão
11
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

foi tomada em razão de o preço do produto estar sujeito à variação do preço do petróleo, que
tem aumentado constantemente.
Nesse caso, a opção da secretaria representa uma vantagem para o estado porque:
a) a manutenção de grandes estoques implica economia de escala.
b) os estoques protegem as organizações dos atrasos nas entregas por erros de fabricação.
c) os estoques podem proteger as organizações de eventuais oscilações de mercado.
d) os custos de manutenção dos estoques sempre compensam as oscilações de preços.
e) a manutenção do estoque de pneus é uma oportunidade de investimento para a secretaria
de transportes.

Note que a questão trata do estoque de segurança. O estoque de segurança é o estoque que
uma organização deve dispor, estando intimamente ligado à demanda e velocidade de reposi-
ção de um determinado material.
Em suma, é a quantidade mínima que deve existir em estoque, que se destina a cobrir even-
tuais atrasos no suprimento, objetivando a garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente
do processo produtivo, sem o risco de faltas. O risco, aqui, já foi identificado, com o preço do
produto sujeito à variação constante do preço do petróleo.
Letra c.

030. (CESPE/MDIC/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) Com referência à gestão de mate-


riais, julgue o item.
Como o estoque é fundamental para o funcionamento de uma empresa, quanto maior for o in-
vestimento em estoque, maior será a necessidade de comprometimento e de responsabilidade
de cada um dos departamentos da empresa na gestão de materiais.

Vimos que a função da administração de estoques é maximizar o efeito lubrificante do feedba-


ck de vendas e o ajuste do planejamento e programação da produção. Deve minimizar o capital
investido em estoques, pois ele é de alto custo, e aumenta de acordo com o custo financeiro.
Sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele é o amortecedor entre os vários
estágios da produção até a venda final do produto.
Quanto maior o investimento em estoque, tanto maior será o comprometi­mento e a responsa-
bilidade de cada departamento. Para a gerência financeira, a minimização dos estoques é uma
das metas prioritárias. O objetivo, portanto, é otimizar esse investimento, aumentando o uso
eficiente dos meios financeiros, reduzindo as necessidades de capital investido.
Certo.

031. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA ADMINISTRATIVO/QUALQUER ÁREA DE FORMA-


ÇÃO/2014) De acordo com os procedimentos de recebimento e armazenagem, julgue o item
subsequente.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

O elevado nível de estoques se reflete no aumento do custo logístico, no entanto propicia maior
facilidade para a coordenação da área de suprimentos, maior agilidade do marketing no aten-
dimento ao cliente e menor custo com transportes.

O excesso de estoque causa uma maior custo em sua manutenção. No entanto, vejamos algu-
mas de suas vantagens:
• a coordenação entre a gestão de estoques e o ressuprimento fica mais “relaxada”, já
que, teoricamente, o nível é sempre superior à demanda por materiais;
• o setor de vendas (marketing) tem mais flexibilidade e comodidade nas ações de ven-
das, pois sabe que o fator pronta entrega é essencial na relação vendedor/comprador;
• estoque com alto nível requer compras mais “robustas”, que proporciona economia de
escala, incluindo-se aí a economia com custos de transportes.
Certo.

032. (CESPE/MTE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) Acerca de classificação de materiais,


gestão de estoques, critérios e técnicas de armazenagem, julgue o item seguinte.
Uma das metas da gerência financeira é a minimização dos estoques; para a gerência de ven-
das, ao contrário, é desejável um estoque elevado, para melhor atender aos clientes.

A questão trata dos conflitos departamentais relativos aos estoques. A gerência financeira
quer sempre reduzir o capital investido em estoque. Já a gerência de vendas quer sempre um
estoque disponível, de forma que que as vendas não sejam interrompidas por falta de estoque.
Certo.

033. (CESPE/ICMBIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2014) A importância da boa administra-


ção de materiais pode ser mais bem apreciada quando os bens necessários não estão dispo-
níveis no instante correto para atender às necessidades de produção ou de operação.
Ronald H. Ballou. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo:
Atlas, 2007, p. 61 (com adaptações).

Tendo o fragmento de texto acima como referência, julgue o próximo item, acerca da adminis-
tração de recursos materiais.
Consumo é definido como a quantidade de material requisitado pelas unidades organizacio-
nais para uso em seu processo produtivo. Entre as várias classificações de consumo, o sazo-
nal se caracteriza pela utilização de materiais em quantidades aleatórias em intervalos irregu-
lares de tempo.

A sazonalidade se refere ao que ocorre em um determinado período de tempo, geralmente cur-


to em relação ao todo, como por exemplo, os ovos de Páscoa, que são produtos sazonais em
supermercados, vendidos apenas no período da Páscoa.

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Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

A questão apresenta o conceito de consumo irregular, e não sazonal.


Segundo Viana (2006)12, o ritmo em que se processa a utilização pode classificar o con­sumo
da seguinte forma:
• Consumo regular: caracteriza-se por materiais utilizados significativamente, em quan-
tidades de pequena variação entre sucessivos intervalos de tempo constantes. Nes-
sas condi­ções, materiais com comportamento regular, dependendo da situação, podem
pas­sar a ter consumo crescente ou decrescente;
• Consumo irregular: caracteriza-se por materiais utilizados em quantidades aleatórias,
por meio de grande variação entre sucessivos intervalos de tempo;
• Consumo sazonal: caracteriza-se por padrão repetitivo de demanda, que apresenta al-
guns períodos de considerável elevação em determinado período.
Errado.

034. (CESPE/PF/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) A respeito da administração de mate-


riais, julgue o item que se segue.
Um produto perecível deve ser classificado como material não estocável.

A questão primordial não está no fato de que produtos perecíveis não devem ser estocados,
mas sim nas condições em que são estocados.
Diversos fatores afetam o modo como as matérias-primas são estocadas, dentre quais as
caracte­rísticas físicas. Um item que seja perecível ainda leva em consideração o fator tempo.
Imagine um item perecível e de reposição demorada. Cabe ao gestor analisar o ponto médio
dessa equação para manter em estoque produtos com essas características.
Em suma, quase todos os produtos perecíveis são estocados, ainda que como estoque de
transbordo. Os produtos não estocáveis são aqueles cujo consumo é imprevisível e de difícil
criação de parâmetro de ressuprimento automático.
Errado.

035. (CESPE/ANATEL/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ADMINISTRATIVO/2014) A respeito


da gestão de processos, julgue o item seguinte.
Os estoques de materiais e produtos de uma empresa são compostos por matéria-prima, ma-
terial auxiliar, material de manutenção, material de escritório, material e peças em processos
e produtos acabados.

A questão foi anulada pela banca sob a seguinte justificativa:

O conteúdo abordado no item não tem relação com o comando com o qual ele se vincula. Por esse
motivo, opta-se por sua anulação.
12
VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2006.

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Gestão de Estoques – Parte I
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Perfeito, já que o comando da questão traz como base para o item a gestão de processos e o
item trata de gestão de materiais.
Preliminarmente o item foi dado como correto.
De fato, Chiavenato (2005)13 ressalta que o fluxo de materiais faz com que estes se modifi-
quem gradativamente ao longo do processo produtivo. À medida que os materiais fluem pelo
processo produtivo, eles passam a se enquadrar em diferentes classes de materiais. Ainda,
destaca o autor que a classificação de matérias é ordenada da seguinte maneira:
• Materiais produtivos: materiais que processados formam o produto acabado. Dentro
desse grupo temos alguns subgrupos, tais como: matéria-prima, material de embala-
gem, material em processo, material semielaborado e produto acabado;
• Materiais não produtivos ou auxiliares: materiais que não compõem diretamente o pro-
duto acabado, mas são essenciais para o processo produtivo. Dentro desse grupo tam-
bém temos alguns subgrupos: material de limpeza e material de escritório.
Anulado.

036. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA ADMINISTRATIVO/QUALQUER ÁREA DE FORMA-


ÇÃO/2014) Em relação à gestão de estoques, julgue o item subsecutivo.
A problemática relacionada à estocagem resume-se na identificação de dois elementos: qual
a necessidade de suprimento e qual a quantidade produzida para vender. A solução poderá ser
encontrada considerando-se as três formas: programas da produção, programação matemáti-
ca e palpites de especialistas.

Preliminarmente, é importante destacar que o contexto da questão está nas necessidades


quantitativas e qualitativas de estoque, e não no sistema de armazenamento em si (como es-
tocar). Por isso é que a problemática citada pela questão envolve apenas qual a necessidade
de suprimento e qual a quantidade produzida para vender.
Pois bem! nesse sentido, Viana (2000)14 diz que os problemas do estoque (o que e quanto
comprar) resumem-se à questão fundamental: “quanto va­mos consumir?” ou “quanto vamos
vender?”, que pode ser equacionada de três formas:
• palpites;
• programas de produção; e
• previsões matemáticas.
De acordo com o autor, descartando-se os palpites, a formação do estoque está essencial-
mente pau­tada nas previsões de demanda, que possibilitam estabelecer estimativas futuras
de consumo.
Por outro lado, o tamanho e a formação de estoques também depende dos componentes lo-
gísticos, em face do custo que os envolve.
Certo.
13
CHIAVENATO, I. Administração de Materiais: Uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro. Elsevier, 2005.
14
VIANA, J. J. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas, 2000.

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037. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA ADMINISTRATIVO/QUALQUER ÁREA DE FORMA-


ÇÃO/2014) Em relação à gestão de estoques, julgue o item subsecutivo.
Os fundamentos da gestão de estoques têm como principal objetivo a manutenção do equilí-
brio entre estoque e consumo. Para isso, faz-se necessária a apresentação frequente, por meio
de estudos, dos itens obsoletos e inservíveis que devem ser alienados.

A gestão de estoques procura maximizar o efeito lubrificante do feedback de vendas e o ajuste


do planejamento e programação da produção, para fins de manutenção do equilíbrio entre es-
toque e consumo (DIAS, 201015).
Para isso, é importante minimizar o capital investido em estoques, correspondendo nas medi-
das ideais de consumo, sem excessos, mas sem faltas.
O controle de estoques, nessa função, possui alguns princípios de organização na busca desse
equilíbrio:
• a) determinar “o que” deve permanecer em estoque: número de item;
• b) determinar “quando” se devem reabastecer os estoques: periodicida­de;
• c) determinar “quanto” de estoque será necessário para um período prede­terminado:
quantidade de compra;
• d) acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoque: solicitação
de compras;
• e) receber, armazenar e guardar os materiais estocados de acordo com as necessidades;
• f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor; fornecer infor­mações sobre
a posição do estoque;
• g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos mate-
riais estocados;
• h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.
Certo.

038. (CESPE/ICMBIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2014) A importância da boa administra-


ção de materiais pode ser mais bem apreciada quando os bens necessários não estão dispo-
níveis no instante correto para atender às necessidades de produção ou de operação.
Ronald H. Ballou. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição
física. São Paulo: Atlas, 2007, p. 61 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto acima como referência, julgue o próximo item, acerca da adminis-
tração de recursos materiais.
Os estudos sobre estoques dependem da previsão do consumo dos itens necessários ao fun-
cionamento da organização. Projeção e explicação são algumas das formas de classificar
técnicas de previsão de consumo.
15
DIAS. M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2010.

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Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

As técnicas de previsão do consumo podem ser classificadas em três grupos:


• Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do pas­sado ou as ven-
das evoluirão no tempo futuro da mesma forma do que no passado; segundo a mesma
lei observada no passado, este grupo de técnicas é de natureza essencialmente quanti-
tativa;
• Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem
as mesmas com outras variáveis cuja evolução é conhe­cida ou previsível. São basica-
mente aplicações de técnicas de regressão e correlação;
• Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e
no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.
Certo.

039. (CESPE/ICMBIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2014) A importância da boa administra-


ção de materiais pode ser mais bem apreciada quando os bens necessários não estão dispo-
níveis no instante correto para atender às necessidades de produção ou de operação.
Ronald H. Ballou. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo:
Atlas, 2007, p. 61 (com adaptações).

Tendo o fragmento de texto acima como referência, julgue o próximo item, acerca da adminis-
tração de recursos materiais.
Considere que uma organização tenha o seguinte histórico de demanda de determinado ma-
terial (em unidades): janeiro = 90; fevereiro = 50; março = 60; abril = 70; maio = 70; junho = 70.
Nesse caso, a previsão da demanda para julho será de 70 unidades, de acordo com o método
da média móvel para três meses.

No método da média móvel, a previsão para o próximo período é obtida calculando-se a média
dos valores de consumo nos “n” (a definir pela organização) períodos anteriores.
Assim, a média móvel usa dados de um número predeterminado de períodos, normalmente os
mais recentes, para gerar sua previsão de demanda. A cada novo período de previsão se subs-
titui o dado mais antigo pelo mais recente.
Logo, temos:
90, 50, 60, 70, 70 e 70. Vamos utilizar apenas os valores dos últimos três meses, ou seja:
70 + 70 + 70 = 210/3 = 70.
Portanto, a previsão da demanda para julho será de 70 unidades, de acordo com o método da
média móvel para três meses.
Certo.

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040. (CESPE/CADE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) No que se refere ao gerenciamento de


estoque e às formas de avaliação da qualidade dos materiais recebidos, julgue o próximo item.
O estudo de estoques é realizado com base na previsão do consumo, que pode ser estimado
pelo método da média aritmética, cuja principal vantagem é a inexistência de diferentes pesos
entre os valores mais antigos e os valores mais recentes.

No método da média móvel ou aritmética, a previsão para o próximo período é obtida calculan-
do-se a média dos valores de consumo nos “n” (a definir pela organização) períodos anteriores.
Veja que a desvantagem da média móvel aritmética está justamente na ausência de pe-
sos entre os períodos considerados. Dias (2010)16 apresenta as desvantagens a vantagens
desse método:
Desvantagens do método:
• a) as médias móveis podem gerar movimentos cíclicos, ou de outra natu­reza não exis-
tente nos dados originais;
• b) as médias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser su­perado utili-
zando-se a média móvel ponderada com pesos apropriados;
• c) as observações mais antigas têm o mesmo peso que as atuais;
• d) exige a manutenção de um número muito grande de dados.
Vantagens do método:
• a) simplicidade e facilidade de implantação;
• b) admite processamento manual.
Assim, corrigindo o item, temos:
O estudo de estoques é realizado com base na previsão do consumo, que pode ser estimado
pelo método da média aritmética, cuja principal vantagem (desvantagem) é a inexistência de
diferentes pesos entre os valores mais antigos e os valores mais recentes.
Errado.

041. (CESPE/MDIC/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) Com referência à gestão de mate-


riais, julgue o item.
O custo de armazenagem é a soma dos custos de capital, de seguro, de transportes, de ob-
solescência e de despesas diversas, compostas por uma parte variável e uma parte fixa, que
independe da quantidade de material em estoque.

O custo de armazenagem envolve uma parte fixa, ou seja, uma parte que é independente da
quantidade de material em estoque, e de outra parte variável.
Vários são os fatores que influenciam no custo de ar­mazenagem, e não apenas a otimização
do aproveitamento da área ocupada pelos estoques.
16
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2010.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I
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Isso porque, mesmo que o estoque esteja vazio, haverá custos de armazenagem. Dias (2010)17
afirma que o custo de armazenagem é a soma de custos de capital, custos de seguro, custos
de transportes, custos de obsolescência, custos de despesas diversas.
Certo.

042. (CESPE/MDIC/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2014) A respeito da adminis-


tração de materiais, julgue o item a seguir.
É possível determinar os custos de falta de estoque ou custo de ruptura por meio dos lucros
cessantes, devido à incapacidade do fornecimento, por meio de perdas de lucros, com can-
celamento de pedidos, e por meio de custeios causados pelo não cumprimento dos prazos
contratuais, como multas, prejuízos e bloqueio de reajuste.

A questão trata dos custos ocorridos pela falta de estoque, que são aqueles custos que não
podem ser calculados com precisão, mas percebidos quando há atrasos em um pedido reali-
zado pelo cliente ou quando um pedido de compras mão é atendido pelo fornecedor.
Dias (2010)18 apresenta as formas de se determinar os custos de falta de estoque ou custo
de ruptura:
• por meio de lucros cessantes, devido à incapacidade do fornecimento. Perdas de lucros,
com cancelamento de pedidos;
• por meio de custeios adicionais, causados por fornecimentos em substi­tuição com ma-
terial de terceiros;
• por meio de custeios causados pelo não cumprimento dos prazos con­tratuais como
multas, prejuízos, bloqueio de reajuste;
• por meio de quebra de imagem da empresa e, em consequência, benefi­ciando o concor-
rente.
Certo.

043. (CESPE/MTE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) Acerca de classificação de materiais,


gestão de estoques, critérios e técnicas de armazenagem, julgue o item seguinte.
Os custos de falta de estoques ou de ruptura podem ser determinados por meios diversos, en-
tre os quais se incluem os seguintes: lucros cessantes resultantes da incapacidade do forne-
cimento; perdas de lucros geradas por cancelamentos de pedidos; custos causados pelo não
cumprimento dos prazos contratuais, como multas, prejuízos, bloqueios de reajuste.

Como vimos, os custos de falta de estoque ou custo de ruptura podem ocorrer de algu-
mas maneiras:
17
DIAS, M. A. R. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2010.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Gestão de Estoques – Parte I
Adriel Sá

• por meio de lucros cessantes, devido à incapacidade do fornecimento. Perdas de lucros,


com cancelamento de pedidos;
• por meio de custeios adicionais, causados por fornecimentos em substi­tuição com ma-
terial de terceiros;
• por meio de custeios causados pelo não cumprimento dos prazos con­tratuais como
multas, prejuízos, bloqueio de reajuste;
• por meio de quebra de imagem da empresa e, em consequência, benefi­ciando o concor-
rente.
Certo.

044. (CESPE/ICMBIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2014) A importância da boa administra-


ção de materiais pode ser mais bem apreciada quando os bens necessários não estão dispo-
níveis no instante correto para atender às necessidades de produção ou de operação.
Ronald H. Ballou. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição
física. São Paulo: Atlas, 2007, p. 61 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto acima como referência, julgue o próximo item, acerca da adminis-
tração de recursos materiais.
Se uma organização tem seus estoques zerados por problemas de desabastecimento, então,
seu custo de armazenagem é igual a zero.

O custo de armazenagem envolve uma parte fixa, ou seja, uma parte que é independente da
quantidade de material em estoque, e de outra parte variável.
Vários são os fatores que influenciam no custo de ar­mazenagem e não apenas a otimização
do aproveitamento da área ocupada pelos estoques. Isso porque mesmo que o estoque esteja
vazio, haverá custos de armazenagem.
Errado.

045. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA ADMINISTRATIVO/QUALQUER ÁREA DE FORMA-


ÇÃO/2014) Em relação à gestão de estoques, julgue o item subsecutivo.
A ação de gestão de estoques tem como objetivo garantir a entrega de material para supri-
mento ou de produto para venda que esteja acomodado e reservado para ser entregue quando
houver solicitação.

São diversos os objetivos da gestão de estoque. Dentre eles, a garantia de abastecimento de


materiais à organização, seja ele para fins de produção ou entrega imediata ao cliente, e o fa-
vorecimento de economias de escala, por meio de compras em lotes econômicos.
Certo.

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Gestão de Estoques – Parte I
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046. (CESPE/MPOG/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/PG-CE/2015) Julgue o item


subsequente, relativo à gestão de estoques.
O termo estoque significa algo inflexível e preciso, sendo correto afirmar que sua abrangência
engloba pontualmente as representações de matérias-primas e os produtos semiacabados.

Na verdade, o estoque deve ser flexível e adequando-se às necessidades da organização. Nes-


se sentido, o estoque total de uma organização é a soma de matérias-primas, materiais em
processamento, materiais semiacabados, materiais acabados e produtos acabados.
Errado.

047. (CESPE/TRT-8ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2016)

consumo mensal
mês
em unidades

março 130

abril 170

maio 160

junho 150

julho 140

agosto 160

setembro 170

outubro 180

novembro 200

dezembro 140
Essa tabela apresenta quantas unidades de um item foram consumidas em um órgão federal
durante dez meses. Sabendo que a política de materiais desse órgão determina que sejam
considerados os seis últimos meses de consumo para calcular a média móvel, utilizada pelo
órgão para estabelecer a previsão anual de seus estoques, assinale a opção que apresenta
corretamente a previsão do estoque total para os doze meses subsequentes.
a) 1.920.
b) 1.980.
c) 2.000.
d) 1.820.
e) 1.900.
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Gestão de Estoques – Parte I
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O método da média móvel ou aritmética considera que a previsão para o próximo período é
obtida calculando-se a média dos valores de consumo nos “n” (a definir pela organização) pe-
ríodos anteriores.
Assim, o método da média móvel preconiza que a previsão para o próximo período é obtida
calculando-se a média dos valores de consumo nos “n” (definidos pela organização) períodos
anteriores.
Logo, para a questão, devemos considerar apenas o número de períodos indicado (método
para seis últimos meses):
140 + 160 + 170 + 180 + 200 + 140 = 990/6 = 165. Como a questão pede a previsão total para
os doze meses subsequentes, precisamos multiplicar 165 por 12 (meses), resultando na quan-
tidade de 1980 unidades.
Letra b.

048. (CESPE/DPU/AGENTE ADMINISTRATIVO/2016) Com relação à gestão de estoques, jul-


gue o item seguinte.
O estabelecimento de uma política de estoques deve determinar o nível de flutuação dos mon-
tantes destinados ao atendimento das demandas.

De acordo com Dias (2010)19, dentro de grandes variações de mercado, é necessário que o ge-
rente de ma­teriais prepare-se de forma adequada, que fique capacitado a responder às novas
exigências com relação às variações dos preços de venda de seus produtos acaba­dos e dos
preços das matérias-primas.
Nesse sentido, destaca o autor que o ponto central na política de estoques é o custo de repo-
sição, e que a administração deverá determinar ao departamento de materiais o progra­ma de
objetivos a serem atingidos. Assim, essas diretrizes, de maneira geral, são as seguintes:
• a) metas quanto a tempo de entrega dos produtos ao cliente;
• b) definição do número de depósitos e/ou de almoxarifados e da lista de materiais a
serem estocados neles;
• c) até que níveis deverão flutuar os estoques para atender a uma alta ou baixa das ven-
das ou a uma alteração de consumo;
• d) até que ponto será permitido a especulação com estoques, fazendo com­pra antecipa-
da com preços mais baixos ou comprando uma quantidade maior para obter desconto;
• e) definição da rotatividade dos estoques.
Certo.

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Gestão de Estoques – Parte I
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049. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO PAULO/ASSISTENTE DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚ-


BLICAS/2016) Os desperdícios podem ser evitados por meio de atividades como previsão
de consumo, operacionalização dos sistemas de reposição de materiais, inventário de bens
materiais e apuração de indicadores. Essas atividades fazem parte da gestão de:
a) projetos.
b) estoques.
c) compras.
d) recursos patrimoniais.
e) centros de distribuição.

Segundo Dias (2010)20, toda a gestão de estoques está pautada na previsão do consumo do
material. A previsão de consumo ou da demanda estabelece estimativas futuras dos produtos
acabados comercializados e vendidos. Estabelece, portanto, quais produtos, quanto desses
produtos e quando serão comprados pelos clientes.
A previsão possui algumas características básicas:
• o ponto de partida de todo planejamento empresarial;
• não é uma meta de vendas; e
• sua precisão deve ser compatível com o custo de obtê-la.
Letra b.

050. (CESPE/TRT-8ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL/2016/ADAPTADA) Com relação à administração de material, julgue o item.
O sistema de almoxarifado deve ser organizado de forma independente da logística interna
da empresa.

O armazém, depósito ou almoxarifado está diretamente ligado à movimentação ou transporte


interno de cargas, e não se pode separá-lo.
Errado.

051. (CESPE/SE-DF/TÉCNICO DE GESTÃO EDUCACIONAL/APOIO ADMINISTRATI-


VO/2017) Julgue o próximo item, relativo aos critérios de classificação de materiais, à gestão
de estoques e à armazenagem de materiais.
A finalidade do controle de estoques consiste em verificar a obediência aos critérios de esto-
cagem e o alcance de objetivos nas diversas fases de elaboração de um produto ou serviço.

O controle de estoque busca gerenciar todo o estoque da organização, desde a matéria prima,
os produtos em processo, os produtos acabados, as peças de manutenção, até os materiais
auxiliares.
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Tudo isso sempre deve estar de acordo com os objetivos da organização. A organização é que
definirá a quantidade produzida, a sua periodicidade etc.
Portanto, obedecer aos critérios de estocagem e seguir os objetivos definidos nas fases de
elaboração de um produto ou serviço permitirá o atingimento de um dos principais objetivos
do controle de estoques, qual seja: não provocar rupturas de descontinuidade no suprimento
dos itens.
Certo.

052. (CESPE/SE-DF/TÉCNICO DE GESTÃO EDUCACIONAL/ADMINISTRATIVO/2017) Jul-


gue o próximo item, relativo aos critérios de classificação de materiais, à gestão de estoques e
à armazenagem de materiais.
A determinação de limites mínimos e máximos para cada item de material em estoque é uma
condição básica para qualquer controle de estoque.

Anote aí: o correto controle de estoques envolve a determinação de limites mínimos e máxi-
mos para cada item do estoque, a estocagem de materiais em locais previamente designados
e a existência de um sistema de controle de estoque.
Certo.

053. (CESPE/EBSERH/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018) Julgue o item subsequente, a


respeito da administração de recursos materiais.
O setor de controle de estoques de materiais é responsável por definir que produtos devem
ser mantidos em estoque, bem como a quantidade necessária e a periodicidade de reabaste-
cimento de cada um deles.

Vimos que as principais funções do setor de controle de estoque são:


• a) Determinar o que deve permanecer em estoque;
• b) Determinar quando se deve reabastecer o estoque;
• c) Determinar a quantidade de estoque que será necessário para um período pré-de-
terminado;
• d) Acionar o departamento de compras para executar a aquisição de estoque;
• e) Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessida-
des;
• f) Controlar o estoque em termos de quantidade e valor e fornecer informações sobre
sua posição;
• g) Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos mate-
riais estocados;
• h) Identificar e retirar do estoque os itens danificados.
Certo.

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GABARITO
1. b 19. E 37. C
2. C 20. C 38. C
3. E 21. E 39. C
4. b 22. C 40. E
5. a 23. E 41. C
6. E 24. C 42. C
7. C 25. C 43. C
8. E 26. C 44. E
9. b 27. E 45. C
10. b 28. C 46. E
11. E 29. c 47. b
12. b 30. C 48. C
13. C 31. C 49. b
14. C 32. C 50. E
15. C 33. E 51. C
16. C 34. E 52. C
17. E 35. Anulado 53. C
18. C 36. C

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Adriel Sá
Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos
presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal
de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e autor da
obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora
Juspodivm.

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