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311 HebioOliveira
311 HebioOliveira
311 HebioOliveira
RECIFE
2017
HEBIO JUNIOR BEZERRA DE OLIVEIRA
Recife - PE
Julho de 2017
Catalogação na fonte
Bibliotecária Valdicéa Alves, CRB-4 / 1260
UFPE
TÍTULO
“MODELAGEM DO SENSOR DE GAS H2S USANDO O EFEITO DE
RESSONANCIA DE PLÁSMONS DE SUPERFÍCIE
NUMA FIBRA ÓPTICA TIPO D”
À minha família sem a qual não seria metade do que sou hoje.
Ao meu orientador, Prof. Joaquim Ferreira Martins Filho, que acompanhou e norteou
os passos do seu pequeno aprendiz, e cujo ofício inspira-o a percorrer os rumos da vida
acadêmica.
Às amizades que fiz durante esses dois anos nas salas de aulas e nos laboratórios,
duplicando as alegrias da vida.
Albert Einstein
Resumo
The development of optical sensors and biosensors for the detection of substances of chemi-
cal and biological interest has increased considerably each year and fiber optic sensors are
ideal for extreme adversity. Hydrogen Sulfide (H2 S) is a toxic agent with characteristics:
corrosive, flammable, colorless, odor and gaseous at room temperature. In this disserta-
tion we propose a H2 S gas sensor device that uses the surface plasmon resonance (SPR)
effect on a type-D optical fiber with metal and metallic oxide. We perform the characteri-
zation of the device through computational simulations. The computational modeling of
the transducer element of the H2 S gas detection optical sensor is performed in the COM-
SOL multiphysics software, which allows the construction of a virtual environment, where
it is possible to simulate the experimental apparatus using physicochemical parameters of
the real experiment. The results of the simulation are compared with an analytical model,
which makes use of the Fresnel equations. The results showed that the proposed device
is efficient to detect the gas, even at low concentrations as 0,1 ppm, the sensor presents
efficient results in comparison to other techniques, with the response time of 7 seconds.
H2 S – Sulfeto de Hidrogênio
F e2 O3 – óxido ferroso
CO – monóxido de carbono
N H3 – amônia
N Ox – óxido de nitrogênio
Au – ouro
Ag – prata
Cu – cobre
N2 – Nitrogênio
ε4 – permissividade relativa
TE – Transverso Elétrico
TM – Transverso Magnético
ω – frequência de propagação
λ – comprimento de onda
Λ – periodicidade da grade
Vr – volume do reator
T – temperatura
A – fator de Arrhenius
Ea – energia de ativação
kb – constante de Boltzmann
h – constante de Planck
∆S 6= – mudança na entropia
a – coeficientes estequiométricos
b – coeficientes estequiométricos
0 – permissividade do vácuo
µ0 – permeabilidade do vácuo
σ – condutividade elétrica
χe – susceptibilidade elétrica
χm – susceptibilidade magnética
– permissividade do material
µ – permeabilidade do material
nef f – índice de refração efetivo
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 20
1.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 20
2.1 Sensores não Ópticos e Ópticos para Detecção do Gás H2S . .p. 23
MONITORAMENTO DO H2S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 62
Analítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 62
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 75
20
1 INTRODUÇÃO
1.1 Motivação
2003). Devido ao seu caráter corrosivo, tal agente é bastante estudado em diversas litera-
turas sobre sensores com o objetivo de identifica-lo em estruturas metálicas (NERI et al.,
2009; ANGELINI et al., 2010; TABASSUM; MISHRA; GUPTA, 2013; KNEER et al., 2014; ZHOU
et al., 2014).
Para identificação desses gases tóxicos pelos sensores de gases, são usados óxidos
metálicos semicondutores como óxido de índio (In2 O3 ), óxido de zinco (ZnO), dióxido de
estanho (SnO2 ), entre outros (TABASSUM; MISHRA; GUPTA, 2013). Usando esses óxidos na
identificação, por exemplo, de H2 S, tem-se, durante o processo de reação química entre
o agente tóxico e o óxido metálico, a formação de sulfetos metálicos (PATNAIK, 2003).
Dentre os tipos de sensores ópticos, os sensores baseados em Ressonância de Plasmons
de Superfície são dispositivos fotônicos que permitem analisar variáveis envolvidas no
acoplamento da onda de superfície, excitada na interface metal-dielétrico (HOMOLA, 2006).
O fenômeno de ressonância de plasmons de superfície são oscilações coletivas de elétrons,
que ocorrem na interação da luz com elétrons livres do metal, na interface metal-dielétrico,
obtendo, com isso, ondas de plasmons de superfície que se propagam ao longo da interface
metal-dielétrico (AGRANOVICH, 2012).
Além deste capítulo de introdução, esta Dissertação está organizada em mais cinco
capítulos. Os demais capítulos estão apresentados como:
O objetivo deste capítulo é fazer uma revisão da literatura sobre sensores para detecção
de H2 S , em que serão abordados os seguintes aspectos gerais; na Seção 2.1 é apresentada
de maneira geral a importância dos sensores não ópticos e ópticos para detecção de gases.
Em seguida, na Seção 2.2, são destacados os sensores à fibra óptica. Por fim, na Seção 2.3
são apresentadas algumas aplicações sobre sensores à fibra óptica baseados em ressonância
de plásmons de superfície.
Sensores ópticos é uma das tecnologias que mais rapidamente vem se expandindo
nos últimos anos (CALDAS, 2003). Essa indicação foi dada por vários grupos de pesquisa
ligados a sensores ópticos em todo o mundo (HAUS, 2010). Desde o século XX, os sen-
sores ópticos desempenham um papel muito importante em diversas aplicações, como
sensores empregados para medir deslocamentos, deformação mecânica, posição, pressão,
aceleração, ângulo, rotação, nível de líquido, radiação ionizante, campo elétrico, campo
magnético, campo acústico, corrente elétrica, tensão elétrica, temperatura, e outros (DA-
KIN; CULSHAW, 1997; KITAGAWA; HAYASHI, 1985; HAUS, 2010; UDD, 1994; NASCIMENTO,
2013).
Nos últimos anos os sensores convencionais não ópticos começaram, para algumas
aplicações, a serem substituídos por sensores ópticos (DAKIN; CULSHAW, 1997; DOEBELIN;
MANIK, 2007; CALDAS, 2003). Sendo assim, na Subseção 2.1.2 será feita uma revisão da
literatura a respeito dos sensores ópticos para monitoramento de H2 S.
Além disso, os sensores ópticos são de uma grande versatilidade devido ao elevado nú-
mero de parâmetros independentes que caracterizam a radiação, por exemplo; intensidade,
comprimento de onda, frequência, fase e polarização, todos esses são potencialmente sensí-
veis a certas grandezas físicas, como; temperatura, pressão entre outras (DAKIN; CULSHAW,
1997; CALDAS, 2003).
Dado que certos parâmetros de linha (tais como a intensidade de linha e os coeficientes
de alargamento de pressão) de H2 S não estão disponíveis em base de dados espectros-
cópicos para a região espectral explorada no trabalho de Chen e Colaboradores (CHEN
et al., 2008), eles realizaram estudos espectroscópicos sobre a intensidade de absorção de
linha com espectroscopia de absorção direta. A Figura 4 mostra o perfil do espectro de
absorção na região do infravermelho próximo para o gás H2 S com caminho óptico efetivo
de 100 m apresentado por Chen e Colaboradores (CHEN et al., 2008).
28
Note que é possível observar no trabalho de Chen e Colaboradores (CHEN et al., 2008),
que na região de comprimento de onda de 1550 nm a absorção é pequena em comparação
com a absorção para comprimentos de onda maiores. Sendo assim, a utilização dessas
técnicas de absorção no infravermelho na detecção direta de compostos gasosos em con-
centração menores que unidades de ppm (partes por milhão), implica no uso de células
gasosas de longo caminho óptico para ter uma resposta óptica aceitável. Por isso, essa
técnica é pouco viável na perspectiva de miniaturização para aplicação em campo.
A fibra óptica é considerada uma das invenções mais significativas do século XX.
Surgiu para se tornar de modo inegável o meio mais importante de transmissão de da-
dos, revolucionando as telecomunicações e a ciência óptica (KAO; HOCKHAM, 1986; YIN;
RUFFIN, 2002). Com a invenção do laser, em 1958, e posteriormente em 1960 com a sua
primeira realização prática, os esforços em desenvolver novas pesquisas no campo das
29
O uso de fibra óptica revelou-se um dos melhores recursos tecnológicos utilizados nas
telecomunicações (GRATTAN; SUN, 2000). No contexto de sensoriamento, paralelamente a
estes desenvolvimentos, a tecnologia de sensor à fibra óptica tem sido um grande utilizador
de tecnologia associada à indústria de comunicações optoeletrônicas e de fibra óptica (UDD;
SPILLMAN, 2011; KROHN, 1986).
Figura 5: Esquema geral do sensor à fibra óptica (a) extrínseco e/ou hibridos (b) intrínseco.
Fonte: (UDD; SPILLMAN, 2011; CHONG; AZIZ; HARUN, 2013)
Os sensores híbridos são também sensores extrínsecos, são semelhantes e podem ser
pensados como um sensor de "caixa preta"para o qual as fibras são usadas para trans-
30
Outra classe, dentre a grande diversidade de sensores à fibra óptica, que vem ganhando
um notório destaque no sensoriamento óptico, é o de sensores à fibra óptica baseados no
fenômeno de ressonância de plásmons de superfície (RPS ). É importante ressaltar que
essa categoria de sensores será a base para o entendimento da contribuição científica desta
dissertação.
Entre outras razões importantes da fibra óptica que à diferencia do prisma, são as
vantagens como designe simples e flexível, sistema de sensor miniaturizado e capacidade de
sensoriamento remoto (SHARMA; JHA; GUPTA, 2007; MISHRA; BHARDWAJ; GUPTA, 2015).
Figura 6: Configuração para excitação de plásmons de superfície (a) de Kretschmann (b) Otto
(c) fibra óptica e (d) grade de difração.
Fonte: (CAVALCANTI, 2013)
32
Pela solução das equação de Maxwell, pode-se também mostrar que a constante de
propagação de onda de plásmon de superfície kSP é contínuo através da interface paralela
metal-dielétrico (SHARMA; JHA; GUPTA, 2007; RAETHER, 1988); o número de onda kSP
depende tanto da permissividade do meio metálico m quanto da permissividade do
meio dielétrico d , a magnitude do vetor de onda do SP (SHARMA; JHA; GUPTA, 2007;
RAETHER, 1988; FONTANA, 2004), é dado por:
1/2
m d
kSP = k0 , (2.1)
m + d
1/2
m d
kx = kSP = k0 , (2.2)
m + d
No caso de uma superfície lisa não ocorre perturbação, sendo assim, ∆kx = 0, e o
acoplamento da onda incidente com o plásmon de superfície acontece mediante o ajuste
do ângulo de incidência θ0 ou do comprimento de onda λ (RAETHER, 1988). Para a
situação com uma grade de difração ocorre a perturbação, devido às ordens de difração
da grade m = 1, 2,..., de modo que ∆kx = m 2π
Λ
, em que Λ é a periodicidade da grade
(RAETHER, 1988).
Na detecção do gases por efeito de RPS, as camadas de ouro (Au) ou prata (Ag) são
geralmente utilizadas para proporcionar elétrons livres para excitar ondas de plasmons de
superfície (TABASSUM; MISHRA; GUPTA, 2013; MITSUSHIO; MIYASHITA; HIGO, 2006). No
entanto, esses dois metais são caros, e deles, a prata é quimicamente instável por causa
da sua oxidação quando exposto ao oxigênio (TABASSUM; MISHRA; GUPTA, 2013). Além
desses metais, o cobre também tem sido utilizado para a excitação de ondas de plasmons
de superfície (MITSUSHIO; MIYASHITA; HIGO, 2006). Diferentemente do ouro e da prata, o
cobre é de baixo custo financeiro, mas tem a desvantagem de ser quimicamente reativo,
isto é, possui grande tendência de perder elétrons e, portanto, uma camada de proteção
é necessária para evitar a sua oxidação (TABASSUM; MISHRA; GUPTA, 2013; MITSUSHIO;
MIYASHITA; HIGO, 2006).
al., 2006), e para proteger a camada metálica da oxidação, além de reagir com o gás H2 S
(TABASSUM; MISHRA; GUPTA, 2013; DAS et al., 2010)
Figura 8: Espectros de RPS da sonda de fibra óptica para diferentes concentrações de gás
H2 S (A) sonda tem camadas de cobre (40 nm) e de óxido de zinco (10 nm) (B) apenas com
a camada de cobre (40 nm).
Fonte: (TABASSUM; MISHRA; GUPTA, 2013)
36
ZnO(s) + H2 S(g)
ZnS(s) + H2 O(g) (2.4)
A reação química da Eq. 2.4 forma uma camada de ZnS sobre a superfície do ZnO
o que, por sua vez, resulta na alteração da constante dielétrica do filme ZnO revestida
sobre o sensor. Essa produção de ZnS produz o deslocamento do espectro de RPS, que
depende proporcionalmente da concentração de H2 S (TABASSUM; MISHRA; GUPTA, 2013).
Visto que não é apresentada na literatura uma análise computacional que explique o
comportamento das curvas experimentais apresentadas no trabalho de Tabassum e Cola-
boradores (TABASSUM; MISHRA; GUPTA, 2013), esta dissertação propõe a análise compu-
tacional deste tipo de estrutura para a detecção de H2 S. Sendo assim, esta dissertação
contribui através de uma modelagem computacional do sensor à fibra óptica para identi-
ficação do gás H2 S usando o efeito de ressonância de plasmons de superfície numa fibra
óptica tipo-D com metal e óxido metálico. A estrutura proposta nessa dissertação é dife-
rente da estrutura de Tabassum e Colaboradores. Logo, espera-se resultados diferentes.
37
Cinética química estuda a rapidez das reações químicas, bem como os fatores que a
influenciam (ATKINS; JONES, 2009). O estudo da cinética química da reação que ocorre
no sensor de H2 S proposto, é importante para a determinação de parâmetros como a
velocidade e o tempo de reação química. Na Seção 3.1 é apresentado de maneira geral
o estudo cinético da reação química. Na Seção 3.2 através da Equação de Arrhenius,
é destacado uma maneira de determinação da constante de velocidade de uma reação
química. Na Seção 3.3 também é apresentado uma forma de determinação da constante
de velocidade da reação por meio da Teoria do Estado de Transição. Por fim na Seção 3.4 é
apresentado o estudo de reações heterogêneas não catalisadas com o intuito de determinar
o tempo de reação.
A cinética química lida com as taxas de reações químicas, fatores que influenciam as
taxas e a explicação das taxas em termos dos mecanismos de reação de processos químicos
(UPADHYAY, 2007). No equilíbrio químico, as relações de energia entre os reagentes e os
produtos são governadas pela termodinâmica sem se referirem aos estados intermediários
ou ao tempo (UPADHYAY, 2007). Na cinética química, a variável de tempo é introduzida
e a taxa de mudança de concentração de reagentes ou produtos é em relação ao tempo
(UPADHYAY, 2007).
A taxa ou velocidade de uma reação química pode ser expressa em termos de qualquer
um dos reagentes ou qualquer um dos produtos da reação (UPADHYAY, 2007), ou seja, a
taxa de consumo dos reagentes é igual a taxa de formação dos produtos. É possível definir
a taxa de reação de maneiras significativas e úteis. Para isso, é preciso adotar uma série
de definições de taxa da reação, todas inter-relacionadas (LEVENSPIEL, 1999). Se a taxa
de variação no número de moles deste componente devido à reação for dni /dt, então, a
taxa de reação nas suas várias formas é definida como se segue.
Para comparar as taxas de várias reações, o volume do sistema de reação deve ser
39
1 dnR 1 dnP
Taxa da Reação = − = , (3.6)
Vtotal dt Vtotal dt
em que nR e nP são os números de moles dos reagentes e produtos, respectivamente. Sendo
assim, o reagente está sendo consumido, ou seja, a concentração do reagente diminui com
o tempo. Assim, o sinal negativo na Equação 3.6 é inserido para que a taxa seja positiva
numericamente (UPADHYAY, 2007).
aA + bB
cC + dD, (3.7)
de etapas, chamado mecanismo de reação. Cada etapa é uma reação elementar e na soma
algébrica das etapas, os compostos intermediários desaparecem na reação global (ATKINS;
PAULA, 2004).
Sobretudo, a Equação 3.9 pode ser relacionada com as Equações 3.1 - 3.5, à depender
apenas da conveniência. Para a determinação da constante de velocidade k são apresen-
tadas, nesta dissertação, duas formas mais comuns de determinação dessa constante: pelo
método de Arrhenius Seção 3.2 e pela Teoria do Estado de Transição Seção 3.3.
Outros fatores que influenciam a velocidade de uma reação incluem: o tipo de reação,
o efeito de qualquer catálise e as concentrações dos reagentes. Dentre esses fatores, a
Equação de Arrhenius 3.10 destaca os efeitos da temperatura em relação às mudanças
na constante de velocidade da reação (YOON, 2014). Arrhenius desenvolveu uma teoria
principalmente qualitativa para as reações moleculares, que levou à expressões empíricas
para a constante de taxa (GALWEY; BROWN, 2002). Assim, é possível mostrar que a
constante de velocidade pode ser representada como uma função explícita da temperatura
(LOGAN, 1982; UPADHYAY, 2007; LEVENSPIEL, 1999), que é dada por:
Ea
ln(k) = ln(A) − . (3.11)
RT
ou,
Ea
ln(k) = − + ln(A). (3.12)
RT
Assim, quando uma reação tem uma constante de taxa que obedece à equação de Ar-
rhenius, um gráfico de ln(k) versus 1/T dá uma linha reta, cujo gradiente e interceptação
podem ser usados para determinar a Ea e A como ilustrado na Figura 9 (UPADHYAY,
2007).
A + B
X 6= → C + D. (3.13)
Figura 10: Energia potencial para (a) uma reação endotérmica e (b) uma reação exotérmica.
Fonte: Adaptado de (DAVIS; DAVIS, 2012)
assim sendo,
kb T
ν= , (3.16)
h
em que kb e hh são constantes de Boltzmann e Planck, respectivamente.
em que,
∆G0 = ∆H 0 − T ∆S 0 (3.21)
ou,
6= /R 6= /RT
K 6= = e∆S e−∆H . (3.24)
massa podem ter influência na taxa de conversão global (DORAN, 1995). Com isso, a
Seção 3.4, é limitada aos efeitos de concentração de uma reação gás-sólido com o objetivo
de determinar o tempo de reação, considerando os efeitos difusivos e de transferência de
massa.
aA(g) + bB(s)
P rodutos, (3.27)
A reação heterogênea não-catalítica gás-sólido pode ser classificada pelo modo como
a reação química ocorre (WEN, 1968). Essa classificação é, portanto, dependente das con-
dições dos sistemas, tais como a estrutura interna do sólido, as velocidades relativas das
reações químicas, e a difusão de reagentes e produtos, bem como a geometria do sólido
(WEN, 1968).
Sendo assim, são destacadas as equações cinéticas com base na superfície disponível,
como mostrada na Figura 11 (LEVENSPIEL, 1999).
e temos,
ρB
t= [L2 − l2 ]. (3.34)
2bDCg
ρB L2
t= , (3.35)
2bDCg
4 MODELAGEM DO ELEMENTO
TRANSDUTOR DO SENSOR ÓPTICO PARA
IDENTIFICAÇÃO DO GÁS H2S
Figura 12: Configuração da fibra tipo-D, a) vista da seção transversal, b) vista longitudinal e
c) sistema de interfaces simples.
Fonte: Adaptado de (CHIU; SHIH, 2008)
49
Pela Figura 12, tem-se que a fibra óptica usada na modelagem é monomodo,uma
vez que, apresenta vantagens quanto ao uso para longas distâncias e taxas de trans-
missão muito mais altas (superiores a 160 Gbit/s) quando comparadas as fibras ópticas
multimodo, e tem a casca semi-polida e revestida com uma camada de um filme fino
metálico e óxido metálico. Entretanto, a camada de sulfeto aparece quando o gás re-
age com o óxido. Do modelo de multicamadas na Figura 12 e das Equações de Fresnel
(RAETHER, 2006), o coeficiente de reflexão das multicamadas e do meio de teste (núcleo
da fibra/metal/óxido/sulfeto/gás) pode ser expresso como (CHIU; SHIH, 2008; RAETHER,
2006; FONTANA, 2014):
rp (3, 4) + rp (4)e−j2k4 d4
rp (3) = , (4.1)
1 + rp (3, 4)rp (4)e−j2k4 d4
em que
ε4 k 3 − ε4 k 4
rp (3, 4) = , (4.2)
ε4 k 3 + ε4 k 4
e
ε5 k 4 − ε4 k 5
rp (4) = . (4.3)
ε5 k 4 + ε4 k 5
rp (2, 3) + rp (3)e−j2k3 d3
rp (2) = , (4.4)
1 + rp (2, 3)rp (3)e−j2k3 d3
em que
ε3 k 2 − ε3 k 3
rp (2, 3) = , (4.5)
ε3 k 2 + ε3 k 3
e, para a interface 1 da Figura 12, tem-se:
rp (1, 2) + rp (2)e−j2k2 d2
rp (1) = , (4.6)
1 + rp (1, 2)rp (2)e−j2k2 d2
em que
ε2 k 1 − ε2 k 2
rp (1, 2) = . (4.7)
ε2 k 1 + ε2 k 2
50
Figura 13: Elementos finitos típicos: (a) unidimensional, (b) bidimensional, (c) tridimensional.
Fonte: Adaptado de (SADIKU, 1989)
A descrição das leis da física para problemas dependentes do espaço e do tempo ge-
ralmente é expressa em termos de equações diferenciais parciais (EDPs ). Para a grande
maioria das geometrias e problemas, essas EDPs não podem ser resolvidas com métodos
analíticos (SADIKU, 1989; COMSOL, 2016). Em vez disso, uma aproximação das equações
pode ser construída, tipicamente baseada em diferentes tipos de discretização (COMSOL,
2016). Esses métodos de discretização aproximam as EDPs com equações de modelo nu-
mérico, que podem ser resolvidas usando métodos numéricos. A solução para as equações
do modelo numérico é, por sua vez, uma aproximação da solução real para as EDPs. O
método de elementos finitos é usado para calcular tais aproximações (COMSOL, 2016).
Tomando, por exemplo, uma função u que pode ser a variável dependente de uma EDP,
isto é, temperatura, potencial elétrico, pressão e etc., a função u pode ser aproximada por
uma função uh usando combinações lineares de funções de base, de acordo com a seguintes
52
u ≈ uh (4.9)
e
X
uh = ui ψi , (4.10)
i
em que ψi denota as funções de base e ui os coeficientes das funções que se aproximam com
uh . A Figura 14 ilustra a situação para um problema em uma dimensão (1D) (COMSOL,
2016).
Figura 14: A função u (linha azul sólida) é aproximada com uh (linha vermelha tracejada),
que é uma combinação linear de funções de base linear ( ψi é representada pelas linhas pretas
sólidas). Os coeficientes são indicados por u0 a u7 .
Fonte: (COMSOL, 2016)
Um dos benefícios do uso do método de elementos finitos é que oferece grande liberdade
na seleção de discretização, nos elementos que podem ser utilizados para discretizar o
espaço e as funções de base (COMSOL, 2016). Na Figura 14, por exemplo, os elementos
53
são uniformemente distribuídos sobre o eixo x. Elementos menores, numa região onde o
gradiente de u é grande, também podem ter sido aplicados (COMSOL, 2016) conforme
destacado na Figura 15.
Figura 15: A função u (linha azul sólida) é aproximada com uh (linha vermelha tracejada),
que é uma combinação linear de funções de base linear ( ψi é representada pelas linhas pretas
sólidas). Os coeficientes são indicados por u0 a u7 .
Fonte: (COMSOL, 2016)
O Wave Optics Module é usado por engenheiros e cientistas para entender, prever e
projetar efeitos de propagação de ondas eletromagnéticas em aplicações ópticas (COMSOL,
2015). Simulações desse tipo resultam em produtos e métodos de engenharia mais podero-
sos e eficientes. Ele permite que seus usuários simulem rápida e precisamente distribuições
de campos eletromagnéticos, transmissão, reflexão e dissipação de energia em um projeto
proposto (COMSOL, 2015). Comparado com a prototipagem tradicional, oferece os benefí-
cios de menor custo e a capacidade de avaliar e prever entidades que não são diretamente
mensuráveis em experimentos (COMSOL, 2015).
~
∂D
~ = J~ +
∇×H ; (4.11)
∂t
~
~ = − ∂B ;
∇×E (4.12)
∂t
55
~ = ρ;
∇·D (4.13)
~ = 0.
∇·B (4.14)
No conjunto das equações de Maxwell (CHENG et al., 1989). tem-se: vetor intensidade
do campo elétrico E ~ , vetor deslocamento elétrico ou densidade de fluxo elétrico D ~ ,
vetor intensidade do campo magnético H~ , vetor densidade do fluxo magnético B ~ , vetor
densidade de corrente J~ , densidade de carga elétrica ρ .
As Equações 4.11 e 4.12 também são conhecidas como a lei de Maxwell-Ampère e a lei
de Faraday, respectivamente. As Equações 4.13 e 4.14 são duas formas da lei de Gauss, a
forma elétrica e magnética, respectivamente (STRATTON, 2007; CHENG et al., 1989). Outra
equação fundamental é a equação de continuidade (JIN, 2015), que pode ser escrita como:
∂ρ
∇ · J~ = − . (4.15)
∂t
Além das quatro equações de Maxwell, existem as relações constitutivas que descrevem
as propriedades macroscópicas do meio (JIN, 2015; THIDÉ, 2004), que são dados como:
~ = 0 E
D ~ + P~ ; (4.16)
~ = µ0 (H
B ~ +M
~ ); (4.17)
J~ = σ E,
~ (4.18)
~ (THIDÉ, 2004).
H
~ = 0 (1 + χe )E
D ~ = 0 r E
~ = E;
~ (4.20)
~ = µ0 (1 + χm )H
B ~ = µ0 µr H
~ = µH.
~ (4.21)
~ r, t) = <(E(
E(~ ~ r~T )ejωt−αz ) = <(E(~
~ r)ejωt−jβz ). (4.22)
Para essa interface física, o tamanho máximo do elemento de malha deve ser limitado
a uma fração do comprimento de onda. Além disso, o tamanho do domínio que pode ser
simulado depende da quantidade de memória do computador (COMSOL, 2015). Por fim,
57
essa interface física resolve a equação de onda harmônica no tempo para o campo elétrico.
A partir dos resultados da simulação obtidos pelo COMSOL, é possível obter o índice
de refração efetivo (nef f ), o qual possibilita obter o coeficiente de transmissão T em
função da espessura do metal, do índice de refração externo e do comprimento de onda,
da seguinte forma (AL-QAZWINI; ARASU; NOOR, 2011).
4π
−λ imag(nef f )L
T (λ, next , dm ) = e 0 (4.23)
ou
T (λ, next , dm ) = e−2imag(nef f (λ,next ,dm ))k0 L . (4.24)
Ainda na Figura 16, os parâmetros d , P M L , nclad , ncore e next são definidos como a
distância do centro do núcleo até o filme metálico, camada mais externa que é um recurso
usado para resolver problemas de ondas eletromagnéticas, em que é necessário modelar um
domínio com limites abertos, ou seja, um limite do domínio computacional através do qual
uma onda eletromagnética passará sem qualquer reflexão, o índice de refração da casca,
o índice de refração do núcleo e o índice de refração do meio externo, respectivamente. O
meio externo apresentado na Figura 16 é o gás H2 S, com índice de refração next =1,0006
59
X3
Ai λ2
2
n(λ) − 1 = , (4.25)
i=1
λ2 − Bi2
em que os coeficientes Ai e Bi são chamados de Coeficientes de Sellmeier, que variam de
acordo com o material dielétrico utilizado. Sendo assim, na Tabela 3 são apresentados
os Coeficientes de Sellmeier para a sílica dopada com flúor (concentração molar de 1%),
usada na casca e, sílica pura usada no núcleo da fibra óptica (SANTOS, 2013).
Além disso é utilizado, nessa modelagem, o óxido de zinco (ZnO) que ao reagir com o
gás H2 S, produz o sulfeto de zinco (ZnS) segundo a reação química da Equação 2.4. Assim
sendo, as Séries de Sellmeier para o óxido metálico (BOND, 1965; POLYANSKIY, 2016) e
sulfeto de zinco (DEBENHAM, 1984; POLYANSKIY, 2016) são descritas pelas Equações 4.26
e 4.27:
0, 87968λ2
n(λ)2 = 2, 81418 + − 0, 00711λ2 (4.26)
λ2 − 0, 30422
60
0, 14383 4430, 99
n(λ)2 = 8, 393 + + 2 . (4.27)
λ2 − 0, 24212 λ − 36, 712
Os metais utilizados para as excitações de RPS são geralmente prata (Ag), ouro (Au) e
cobre (Cu). No entanto, todos eles têm as suas próprias limitações. A prata possui um valor
menor para a parte imaginária do índice de refração, portanto, o recurso de RPS mostra
perfil no espectro de ressonância afiado que conduz a uma maior precisão da detecção.
No entanto, a prata é quimicamente muito reativa e oxida rapidamente quando entra em
contato com o ar ou a água (RHODES et al., 2006). O cobre mostra melhor sensibilidade
em relação à prata, mas também é facilmente oxidado quando entra em contato com o ar
(SINGH; MISHRA; GUPTA, 2013). O ouro, por outro lado, é quimicamente muito estável, e
a sensibilidade do sensor de RPS revestido com ouro é superior em comparação com os
do sensor com revestimento de prata (SINGH; MISHRA; GUPTA, 2013).
Nesta dissertação, foram usados dois metais diferentes, ouro (Au) e cobre (Cu). Para
o comprimento de onda λ = 1550nm, os valores das partes real e imaginária do índice de
refração desses metais são mostrados na Tabela 4.
Metal n κ Referência
Ouro (Au) 0,78914 9,0555 (SANTOS, 2013; SHARMA; GUPTA, 2007)
Cobre (Cu) 0,62972 11,333 (SANTOS, 2013; SHARMA; GUPTA, 2007)
Figura 17: Malha triangular aplicada a geometria do modelo a) fibra de tipo-D b) detalhe da
região do núcleo e do filme fino metálico e do óxido.
Fonte: Captura de tela do COMSOL Multiphysics com adaptações feitas pelo autor.
Nesta Seção, é feito um comparativo entre o modelo analítico a partir das equações
de Fresnel, com os resultados obtidos pelo método numérico, para a refletância do sinal
óptico. Esse comparativo tem o objetivo de verificar a coerência nos resultados obtidos pela
modelagem realizada no COMSOL Multiphysics, possibilitando a validação da modelagem
desenvolvida. Os parâmetros dos materiais utilizados na modelagem física são os mesmos
para ambos os métodos analítico e numérico.
Ainda sobre a Figura 18, os resultados são obtidos na simulação em MatLab para
otimização da espessura da camada de óxido com e sem a presença do gás H2 S. A partir
da Figura 18 (a), é possível observar os valores dos comprimentos de onda de ressonância
para cada uma das diferentes espessuras do óxido sem a presença do gás. Note-se que,
quanto maior a espessura utilizada, maior é o comprimento de onda de operação do sensor.
Na Figura 18 (b), é apresentado o resultado da simulação com a presença do gás, onde é
possível observar que a espessura da camada adicional para operação do sensor num sinal
óptico centrado em λ = 1550 nm, é 160 nm.
Figura 20: Transmissão em função do tempo de exposição ao gás H2 S para diferentes con-
centrações de gás. a) metal Au b) metal Cu.
Fonte: Próprio autor
Figura 21: Transmissão da luz em função do tempo de exposição ao gás para concentrações
entre 200 e 700ppm usando os metais a) Au e b) Cu.
Fonte: Próprio autor
A Equação 2.4, como visto no Capítulo 2, mostra a formação do sulfeto de zinco (ZnS),
como resultado da reação entre o ZnO e o gás H2 S, onde o sulfeto cobre a superfície do
ZnO. Em outras palavras, a reação química resulta no surgimento de uma camada de
ZnS, que por sua vez possui índice de refração diferente do óxido de zinco, resultando na
alteração das propriedades ópticas das multicamadas que compõem o transdutor. Além
disso, contribui para o deslocamento do espectro de RPS para a direita, quando a con-
centração do gás H2 S aumenta.
Figura 22: Resultado da simulação com filme metálico de 65 nm e óxido de 160 nm sem
ocorrência de RPS.
Fonte: Próprio autor
Figura 23: Resultado da simulação com filme metálico de 65 nm e óxido de 160 nm com
ocorrência de RPS.
Fonte: Próprio autor
Figura 24: Resultados para os tempos de a) resposta e b) vida útil do sensor, em função da
concentração do gás H2 S.
Fonte: Próprio autor
69
Figura 25: Resultados para os tempos de a) resposta e b) vida útil do sensor, em função da
concentração do gás H2 S.
Fonte: Próprio autor
Figura 26: Resultado para obtenção da sensibilidade para a configuração do transdutor com
ouro e óxido de zinco a) para a descida da curva de Transmissão b) para a subida da curva de
transmissão.
Fonte: Próprio autor
70
Figura 27: Resultado para obtenção da sensibilidade para a configuração do transdutor com
cobre e óxido de zinco a) para a descida da curva de transmissão b) para a subida da curva
de transmissão.
Fonte: Próprio autor
Tabela 5: Sensibilidade do sensor de gás H2 S para as configurações com ouro e com cobre.
• Análise da resposta do sensor para diferentes concentrações do gás, que podem fetar
a saúde humana devido a toxidade do gás.
Os vários trabalhos que podem ser incentivados e realizados a partir desta Dissertação,
são os seguintes:
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