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Protocolo de Reabilitacao Fisioterapeutica de Fratura de Plato Tibial
Protocolo de Reabilitacao Fisioterapeutica de Fratura de Plato Tibial
Protocolo de Reabilitacao Fisioterapeutica de Fratura de Plato Tibial
1-12, 2021
ISSN: 2675-343X
www.amazonlivejournal.com
1
Bianca de Lima Serrão; Caroline dos Santos Luziano Alves1
Klenda Pereira de Oliveira 2
Envio: 26/05/2021
Aceite:05/06/2021
ABSTRACT: The present study discusses systematic reviews of rehabilitation protocols for tibial plateau
fractures. Special emphasis was placed on physiotherapy, which is extremely important to promote early
return to functionality in the ADLs, reestablishing a normal and favorable gait, and also avoiding sequelae
of immobilization. This study was based on a qualitative research strategy, with an explanatory character.
The article also discusses two main groups of external fixators, linear and circular, the basic difference
being the external appearance of these devices and the arrangement of bone fixation elements in two
(linear) or more than two (circular) planes, addressing measurements important for improving the patient's
prognosis
Keywords: Physiotherapy. Fractures. Tibial Plateau. Rehabilitation
____________________
1 Discentes do Curso bacharel em fisioterapia Uninorte- Ser Educacional.
2 Especialista, Docente do Curso bacharel em fisioterapia Uninorte- Ser Educacional.
v. 3, n.3, p. 1-12, 2021
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INTRODUÇÃO
maioria ocorrem por longos períodos de tempo, sem tratamento, porém é cabível que o
paciente seja coerente e frequente nas sessões (BÉCARIA, Suellem - 2015).
O método cirúrgico de fixação escolhido deve alcançar a redução anatômica dos
fragmentos ósseos, promovendo estabilidade absoluta no foco de fratura de forma a criar
condições para que ocorra a consolidação direta da fratura. Desta forma, permite
mobilização articular e suporte descarga precoce no membro inferior acometido,
promovendo a nutrição da cartilagem e prevenindo a formação de artrofibrose no joelho.
(ALVES, Debóra – 2020)
O protocolo de reabilitação fisioterapêutica contribui para mantê-los ativos e
independentes, intervindo de forma positiva na melhora da mobilidade funcional e
qualidade de vida. Abordando técnicas como: cinesioterapia associada a movimentos
favorecendo o retorno de ABVD’S e restabelecendo a marcha; mobilizações articulares,
alongamentos passivos e ativos reduzindo quadro álgico e ganho de amplitude de
movimento; liberação cicatricial favorecendo a minimização da fibrose muscular; treino
de força muscular para favorecer a contração muscular, nutrir o musculo e evitar atrofias
excessivas; propriocepção e equilíbrio regulando o tônus e função muscular.
METODOLOGIA
Este estudo baseou-se em uma estratégia qualitativa de pesquisa, de caráter
explicativo, por meio de uma pesquisa de analises de documentos, estudando as
particularidades e experiências em reabilitação de fraturas de planalto tibial.
Foram realizados métodos de buscas através de sites como: Sientific Electronic
Library Online (SCIELO), Institute of Education Sciences (ERIC), High Beam Research,
Google Acadêmico, e US National Library of Medicine (PubMed), Revista Brasileira de
Ortopédia (RBO). As bases de pesquisas foram buscadas em período de 2010 á 2020.
Para inclusão de artigos, utilizamos como critérios: artigos atualizados e
disponíveis gratuitamente, artigos publicados entre 2010 a 2020, literaturas e revisões
sistemáticas relacionadas ao propósito da pesquisa nos idiomas em português e inglês
com ênfase em fratura de platô tibial. Para exclusão adotamos como critérios: não utilizar
artigos que fogem da temática original, artigos que não conseguimos versão completa e
artigos que não tenham uma conclusão clara.
RESULTADOS
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evidenciamos que a
maioria dos autores
inicia a carga
parcial por volta da
6ª semana e carga
total na 12ª
semana.
Apresentar os Dentre as
resultados complicações,
preliminares com tivemos uma
técnicas de deiscência de
abordagem sutura, tratada com
posterior para curativos. Nenhum
Fixação das fraturas do platô caso de lesão
Fraturas do Platô WAJNSZTEJN et tibial, com traço de neurológica ou
Tibial Com Placas al - 2020 cisalhamento no vascular. Nenhum
Pela Via de Acesso plano sagital. retardo de
Posterior consolida- ção ou
pseudartrose. Em
um caso tivemos
uma perda de
redução que
necessitou de uma
recuperação.
DISCUSSÃO
Foram analisados e explorados trinta e cinco artigos, incluídos vinte e seis para
leitura que se enquadram na pesquisa proposta e excluídos nove por não responderem aos
questionamentos da revisão, utilizados como critério de resultados dez artigos.
O presente trabalho foi realizado com o objetivo de demonstrar a importância do
protocolo de reabilitação fisioterapêutico no pós-operatório de platô tibial. As fraturas do
planalto tibial constituem um risco à integridade funcional do joelho. O primeiro estudo
abordado de acordo com FOGAGNOLO et al (2020) descreve que fraturas de baixa
energia, incompletas ou sem desvio, podem ser tratadas conservadoramente. Pacientes
portadores de doenças sistêmicas graves, para os quais o procedimento anestésico está
formalmente contraindicado, também são tratados de modo conservador. A articulação é
imobilizada com um tutor longo articulado, que permita movimentos controlados do
joelho. Em casos de maior instabilidade o joelho pode ser mantido em extensão durante
até três semanas, sendo a articulação do tutor ajustada subsequentemente para ganhos
progressivos de flexão articular durante o seguimento clínico da consolidação da fratura.
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O apoio de carga nestes casos deve ser iniciado de modo parcial e progressivo tão logo
se evidenciem os primeiros sinais radiológicos de consolidação óssea. Outro estudo
realizado por ALVES et al (2020) relata que existem controvérsias na literatura em
relação ao período para início e evolução de suporte de carga no membro inferior no pós-
operatório das FPTs. Alguns estudos citam períodos variados entre 10 e 12 semanas sem
carga, outros relatam 6 a 8 semanas sem carga. Encontram-se também estudos que
liberam carga parcial imediata, e ainda outros relatam que o início de suporte de carga é
caso dependente.
As indicações absolutas para o tratamento cirúrgico são: fraturas expostas e
fraturas associadas à síndrome compartimental ou lesão vascular. A direção e magnitude
do trauma, bem como a posição do joelho na hora do impacto determinam o padrão da
fratura, sua localização e grau de desvio. Geralmenteas fraturas com um componente
cisalhante posterior costumam decorrer de um trauma com compressão axial com o joelho
fletido ou semi-fletido WAJNSZTEJN et al (2020). O tratamento ortopédico através da
osteotomia, corrigindo a deformidade angular, pode diminuir a velocidade de progressão
deste fenômeno patológico. A osteotomia proximal da tíbia tem sido método de
tratamento para as deformidades angulares do joelho há décadas. Determinadas
complicações são relativamente frequentes. Entre elas podemos citar: retardo de
consolidação, pseudartrose, recorrência da deformidade pela falta de estabilidade,
impossibilidade de reposicionar o eixo mecânico após a realização dos cortes ósseos e as
lesões neurovasculares potencializadas pela osteotomia da fíbular. As indicações
absolutas para o tratamento cirúrgico são fraturas expostas e fraturas associadas à SC ou
a lesão vascular. Nessas situações, o tratamento deve ser conduzido em caráter de
emergência. Nos demais casos, o momento da cirurgia é ditado pelas condições clínicas
gerais do paciente.
A fratura de platô tibial é um trauma importante, que pode cursar com mau
prognóstico. Sendo assim, por causa da importância da associação entre fraturas ósseas e
o desenvolvimento da síndrome compartimental, é necessária a feitura do seu diagnóstico
diferencial a partir do reconhecimento precoce dos sinais e dos sintomas da síndrome
para a instituição de terapêutica adequada, o que melhora o prognóstico e diminui o índice
de morbidade PITTA et al (2013).
Segundo Ferreira BECÁRIA (2015), quando se aborda o tema tratamento de
fratura do platô tibial se faz explanar que existem quatro meios de propor um tratamento
para as fraturas do platô tibial e da fíbula proximal, estreando com a redução incruenta,
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logo em seguida de imobilização gessada ou órtese pré- fabricada, ainda a fixação externa,
e enfim a redução cruenta com osteossíntese e fixação a foco fechado e uso de pinos
intramedulares. A fisioterapia é enquadrada como um tratamento conservador consistindo
apenas no controle da algia, redução de processos inflamatórios, mobilidade, abrangendo
a manutenção da função fisiológica, e determinando equilíbrios de forças no objetivo da
cura da fratura ou lesão, adicionando ainda nos cuidados pós-cirúrgico, sendo então
primária ou secundária.
FORNARI et al (2019) comparou uma série de parâmetros entre pacientes cuja
estabilização da fratura do platô tibial foi realizada com fixador externo de Ilizarov ou
fixação interna com parafusos e placas. Na comparação dos grupos, a única variável que
apresentou diferença estatisticamente significante foi a Classificação de Schatzker, cujos
valores médios foram menores nos pacientes com fixação interna, demonstrando que o
fixador externo foi utilizado em fraturas de maior gravidade. O fixador externo de Ilizarov
foi utilizado principalmente em fraturas de maior gravidade, e não prejudicou a amplitude
dos movimentos de flexão e extensão da articulação do joelho. Os pacientes que
receberam o fixador apresentaram menos episódios de infecção quando comparados
àqueles submetidos à fixação interna, tornando-o uma boa alternativa para estabilização
de fraturas do platô tibial.
De acordo com CARDOSO (2015) Partindo do pressuposto de que o tratamento
deveria preservar a biologia óssea e das partes moles, a escolha do método para o
tratamento dessas fraturas favorece a fixação externa, diversos sistemas de classificação
foram propostos para categorizar os diferentes fixadores externos em uso na prática
clínica. Entretanto a classificação baseada na aparência da configuração externa do
aparelho se tornou o sistema mais comumente adotado. Desta forma, conclui-se que há
dois grupos principais de fixadores externos, os lineares e os circulares, sendo a diferença
básica a aparência externa desses aparelhos e disposição dos elementos de fixação óssea
em dois (linear) ou mais de dois (circular) planos. Há aproximadamente 60 anos, Ilizarov
desenvolveu a técnica de fixação externa circular para o tratamento de problemas
ortopédicos de difícil manejo. O seu método se baseia nos princípios biológicos da
consolidação óssea e no uso de um fixador externo de formato circular que se utiliza de
anéis e finos fios de Kirschner tensionados transfixantes para a fixação óssea. Sendo
assim, este método foi ganhando popularidade nas últimas décadas e sendo reconhecido
por suas vantagens na consolidação de fraturas, alongamento ósseo e correção de
deformidades CARDOSO (2015).
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