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Dissertacao DeterioracaoPedrasArquitetura
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Dissertacao DeterioracaoPedrasArquitetura
BELÉM-PA
2014
PÂMELA ANNE BAHIA VIEIRA DA SILVA
BELÉM-PA
2014
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Sistema de Bibliotecas da UFPA
Banca examinadora:
__________________________________________ - Orientadora
Profª. Dra. Thais Alessandra Bastos Caminha Sanjad
PPGAU/ UFPA
__________________________________________ - Coorientador
Prof. Dr. Rômulo Simões Angélica
PPGAU/ PPGG/UFPA
A Deus, em quem creio com todas as forças, a quem recorro e busco em todos os
momentos e por quem sou agraciada e abençoada diariamente.
À minha família, pelo suporte e apoio de sempre, por quem eu busco ser melhor e
motivo de orgulho.
À minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Thaís Sanjad, por toda confiança depositada em
mim para o cumprimento dessa pesquisa; pelo apoio, dedicação e amizade de
sempre e pra sempre.
Ao meu coorientador, Prof. Dr. Rômulo Simões Angélica, por toda atenção dedicada
a essa pesquisa e por ter me introduzido o mundo da geologia de forma tão didática
e interessante.
Aos professores do LACORE, Rose Norat, Flávia Palácios e Márcio Barata, por toda
ajuda, suporte e apoio inesgotáveis dedicados não só a mim, mas a todos que
compõem esse laboratório.
Ao Prof. Dr. Fernando Marques, pela ajuda com a revisão bibliográfica e pela
companhia essencial, sempre paciente e disposta, durante a viagem à Chapada
Diamantina.
À Prof.ª Dr.ª Eliane Del Lama, da USP, pelo empréstimo do aparelho de ultrassom,
pelo auxílio nas medições feitas in loco e pelas considerações sempre pertinentes.
À arquiteta Salma Nogueira, quando ainda bolsista de Iniciação Científica, por toda
ajuda com as análises das películas de degradação e pela companhia divertida e
engraçada durante a pesquisa.
À Saskya Brandão, bolsista do programa Jovens Talentos para a Ciência, por toda
ajuda com as imagens de infravermelho e por acolher atentamente minhas
orientações na sua pesquisa.
Aos zeladores do Cemitério da Soledade, Seu Valter e Seu Antônio, por toda ajuda
nos trabalhos em campo.
The city of Belém do Pará contains an area that harbors numerous stone monuments
which mark and identify the Belém’s 19th century society. This area is the Cemetery
of Soledade, which now function as an outdoor museum. Besides the weathering,
wich makes stones change constantly, Soledade has suffered with looting and
vandalism throughout its more than 150 years of existence. The presence of
deterioration on the stones of tombs and mausoleums of the first public cemetery in
Belém damages the quality and integrity of the material, interfering negatively in the
reading of the spatial image. The Cemetery has been listed as a National Heritage
Landscape since 1964 by IPHAN. Considering the importance of conservation and
restoration of ancient buildings and monuments to preserve the memory of a society,
this research sought to assess the deterioration by weathering and anthropogenic
origin in the different stones used in tombs and mausoleums of Cemetery of
Soledade. In order to generate subsidies for the conservation and restoration of
these stones, the characteristics of rocks used, its state changes and the causes of
deterioration were assessed. The analysis and technological investigations allowed
for the identification of granite, limestone and marble and for the determination of
agents and mechanisms of deterioration such as chemical action, high temperatures
and microbiological action. The diagnosis of the conservation condition throrough the
mapping of damages based on the Illustrated Glossary on Stone Deterioration
Patterns of ICOMOS confirmed the advanced level of the pathological manifestations
on the surfaces of stones, which also present lack of internal cohesion and
discontinuities according with ultrasound results. To contribute to future conservation
actions, restoration procedure tests to clean the monuments such as the polishing
and application of bentonite plaster were performed efficiently. The results highlight
the urgent need for conservation actions to reduce the rate of deterioration and
mitigate the current advanced state of the same. With the data obtained, this study
try to be an alert to the the situation of abandonment of the Cemetery of Soledade,
promoting the importance of keeping it preserved for future generations.
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 17
2. REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 21
2.1. TIPOS DE ROCHAS................................................................................... ..21
2.2. PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM MATERIAIS
PÉTREOS.............................................................................................................. 25
2.3. PRÁTICAS E PROCEDIMENTOS DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO
EM MONUMENTOS DE PEDRA ........................................................................... 30
2.4. CONSERVAÇÃO EM CEMITÉRIOS HISTÓRICOS ..................................... 35
2.5. CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA DE BELÉM ............................................. 38
3. ÁREA DE ESTUDO- Cemitério Nossa Senhora da Soledade........................... 41
3.1 HISTÓRICO .................................................................................................... 41
3.2 CRONOLOGIA.................................. ..............................................................51
3.3 CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA .........55
4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 63
4.1. ELENCO E ESTRATÉGIA DE ESCOLHA ...................................................... 63
4.2. REGISTRO FOTOGRÁFICO E MAPEAMENTO DE DANOS DOS TÚMULOS
E MAUSOLÉUS ..................................................................................................... 66
4.3. MAPEAMENTO TÉRMICO ............................................................................. 72
4.4. AMOSTRAGEM .............................................................................................. 73
4.5. ANÁLISES LABORATORIAIS ........................................................................ 77
4.6. TESTES DE TRATAMENTOS RESTAURATIVOS……………………………..86
6. AS ALTERAÇÕES............................................................................................ ....99
6.1. DIAGNÓSTICO……………………………………………………………………..99
8. CONCLUSÕES…………..…………………………………………………………….133
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………….....……………….. ...142
APÊNDICES
APÊNDICE A – Quantitativo de túmulos e mausoléus do Cemitério Nossa Senhora
da Soledade
APÊNDICE B – Mapeamento de danos de túmulos e mausoléus do Cemitério Nossa
Senhora da Soledade
ANEXOS
1. INTRODUÇÃO
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Senhora da Soledade
1. INTRODUÇÃO
Por seu valor cultural, artístico e histórico para a cidade de Belém, o referido
Cemitério foi tombado como Patrimônio Nacional Paisagístico em 1964, pelo
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Foi o primeiro
Cemitério da Região Norte do Brasil a ser oficialmente reconhecido como
patrimônio cultural e, até hoje, ainda é o único no Estado do Pará. É o mais antigo
cemitério municipal belenense e abriga túmulos de personagens históricos ilustres
do século XIX dessa cidade, como o General Hilário Maximiliano Gurjão,
importante combatente da Guerra do Paraguai, o Cônego Siqueira Mendes,
Visconde de Arari, além do capitão Joaquim Vitorino de Sousa Cabral, idealizador
do Cemitério.
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2. REVISÃO DA
LITERATURA
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Senhora da Soledade
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1TIPOS DE ROCHA
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Senhora da Soledade
22
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- Calcário
O termo calcário deriva do nome latino calcarius e significa “o que contém
cal”. Sendo assim, os calcários são rochas sedimentares carbonáticas1
compostas principalmente de calcita, cuja composição química é o carbonato de
cálcio (CaCO3). Na superfície da crosta terrestre, são mais frequentes os
calcários de origem orgânica. É rico, além de calcita, em aragonita e mesmo
dolomita (COSTA, 1996).
A maior parte das rochas carbonáticas tem origem biológica, já que a
precipitação dos íons dissolvidos em ambiente aquoso é ocasionada pela atividade
de organismos. Formam-se em ambientes marinhos, sendo recifes de corais,
conchas, algas, protozoários, briozoários, os principais responsáveis pelos
depósitos provenientes de organismos sintetizantes do carbonato dissolvido em
meio aquoso. Essas conchas e esqueletos são preservados como fósseis
fragmentados, perfeitamente reconhecíveis nas rochas, compondo calcários
fossilíferos.
- Lioz
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- Granito
Os granitos são rochas que, pela sua dureza, apresentam maior dificuldade
quer na exploração na pedreira quer na execução de cantarias e peças
escultóricas, tendo sido, sempre que possível, preteridas em favor de rochas mais
brandas e mais facilmente trabalháveis como os calcários, mármores e arenitos
(BEGONHA, 1997).
Sendo assim, é sabido que devido a dificuldades de meios técnicos, a
exploração em pedreiras de granito era, sobretudo, efetuada em zonas
superficiais de maior acessibilidade, mais afetadas pelo intemperismo e exibindo
menor dureza em relação à rocha sã (ALMEIDA, 2007).
Por isso Delgado Rodrigues (1996), afirma que nem todas as rochas
graníticas podem ser consideradas de alto nível de qualidade. Fato esse
identificado com bastante frequência em vários monumentos, deixando evidente
que seus construtores não puderam dispor em sua seleção somente das
2
Tipo de textura de rocha ígnea em que os constituintes mineralógicos principais, cristais
individuais, são visíveis e identificáveis a olho nu, pois o resfriamento lento possibilita o
crescimento de cristais maiores, bem desenvolvidos (faneros=visível).
24
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- Mármore
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27
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3
KUPCHELLA, C.E.; HYLAND, M.C. (1992) Origin and classification of chemical sediments in terms of pH and
oxidation-reduction potentials. Journal of Geology, v.60, n.1, p.1-33.
28
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4
THOMAS, M.MF. 1994. Geomorphology in the tropics: a study of weathering and denudation in low
latitudes. New York: John Willey & Sons, 460p.
29
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edifício ou um monumento sujo não parece bem cuidado e a sujeira pode muito
bem esconder detalhes finos e de maior apreço arquitetônico.
Entre os vários tipos de limpeza, tem-se a limpeza com água, seja por
jateamento ou vaporização; limpeza a laser, que não implica qualquer contato
físico com a pedra e assim presta-se para a limpeza de superfícies mais delicadas
e a limpeza química, feita com pastas, em que os produtos utilizados são argilas
absorventes, quando a limpeza com água não conseguir remover todos os
depósitos de sujeira da superfície.
5
Núcleo de Tecnologia da Preservação e Restauração/UFBA.
33
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6
Tabasso, M. L. (1989) Conservation treatment of stone, in The Deterioration and Conservation
of Stone, UNESCO (eds L. Lazzarini and R. Pieper), Venice, pp.276.
34
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35
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Por tal motivo, essa organização também foca seus esforços na preservação
de cemitérios históricos, tendo produzido um guia intitulado Paradise Preserved:
36
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7
Texto extraído do blog da ABEC. Endereço eletrônico: http://abecbrasil.blogspot.com.br/.
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3. ÁREA DE
ESTUDO
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N N
3.1 HISTÓRICO
Em 1850, diante de um quadro de epidemias de febre amarela, cólera e
varíola que dizimaram milhares de pessoas na cidade de Belém, surgiu a
necessidade da construção de um cemitério.
41
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42
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Figura 07: Vista frontal da Capela com o cruzeiro à frente, Cemitério da Soledade.
43
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Figura 09: Área ocupada pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia no Cemitério da
Soledade com as ruínas do muro de delimitação.
44
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Segundo Valladares (1972), era e sempre foi o desejo dos mais abastados,
distinguir-se por meio de uma marca perene, de um objeto de consagração - o
túmulo. A morte agora era um grande espetáculo e o cemitério passava a ser um
lugar privilegiado para demonstrações de força e poder sem precedentes.
45
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Figura 15: Oferendas e velas deixadas nos túmulos e mausoléus (em destaque).
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50
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• 1853 - O cemitério estava quase concluído, faltando ainda o pórtico com portão
de ferro, o lajeamento do parapeito e o gradil.
51
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• 1994 – Torna-se Patrimônio da cidade de Belém por meio da Lei Municipal 7.709
de 18 de Maio de 1994. No mesmo ano, o Departamento de Patrimônio
Histórico/DEPH/FUMBEL propõe projeto de restauração para transformar o local
em um Cemitério Parque, porém sem continuidade (LACORE, 2014).
9
Jornal “A Província do Pará” Arthur Vianna. Recortes de Jornais do Arquivo do Museu Santa
Casa de Misericórdia do Estado do Pará.
52
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10
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das Cidades Históricas é um programa
lançado no Governo Lula, cuja ação é voltada para investimentos das três esferas do Governo na
preservação do patrimônio cultural no Brasil, financiando a recuperação de imóveis privados,
monumentos e imóveis públicos.
11
Informações do portal eletrônico do Ministério Público do Pará – Procuradoria da República do
Pará. Disponível em: <http://www.prpa.mpf.mp.br/news/2012/prefeitura-de-belem-pode-ser-
obrigada-a-restaurar-cemiterio-da-soledade>. Acesso em: maio/2014
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12
Informações extraídas do portal eletrônico da Prefeitura Municipal de Belém. Disponível em:
<http://ww3.belem.pa.gov.br/www/?p=12022>. Acesso em: maio/2014
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(Figura 20). Percebe-se, por parte dos órgãos responsáveis, um demérito dos
valores culturais relacionados com a morte.
13
Arquiteto francês do século XIX, um dos primeiros teóricos da preservação do património
histórico.
60
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4. MATERIAIS
E MÉTODOS
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
63
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67
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os cristais de calcita na
superfície
Destacamento de camada
Peeling superficial milimétrica com
aparência de película
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Corresponde ao escurecimento
Área úmida de uma superfície devido à
umidade.
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Preenchimento de vazios da
Preenchimento pedra com material
extemporâneo
Escurecimento da pedra em
Carbonização
virtude da queima de velas
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4.4 AMOSTRAGEM
73
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LI-B03 B03
LI2-G34 G34
74
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Película avermelhada
de colonização
biológica coletada de
ornamento em
mármore.
PVM-F42 F42
Película avermelhada
coletada de cantaria
de Lioz, caracterizada
como colonização
biológica.
75
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Película esverdeada de
colonização biológica
coletada de Lioz em face
interna do mausoléu.
PVD-F02 F02
Película esverdeada de
colonização biológica
coletada de mármore em
face interna do
mausoléu.
Película inorgânica
enegrecida coletada de
área em granito protegida
de chuvas.
PEN-F36 F36
Película inorgânica
enegrecida coletada de
área em Lioz protegida
de chuvas.
76
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– Difração de raios-X
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– Microscopia óptica
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A B
C D
Figura 35: (A) Amostra armazenada em recipiente com água destilada, (B) Deposição em lâmina
da solução composta por amostra e água destilada, (C) Lamínula que reveste a amostra a ser
analisada, (D) Análise e registro fotográfico das amostras.
14
Núcleo de Tecnologia da Preservação e Conservação/UFBA
79
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15
Núcleo de Tecnologia da Preservação e Conservação/UFBA
80
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ρɑ= M3 ρHg
M1 – M2 + M3
Onde:
ρɑ= Massa unitária aparente da amostra (g/cm³)
ρHg = Massa unitária do mercúrio (13,60g/cm³)
M1 = Massa do picnômetro cheio de mercúrio (g)
M2 = Massa do picnômetro cheio de mercúrio + amostra (g)
M3 = Massa da amostra seca (g)
A B C
Figura 38: Procedimentos do ensaio de densidade: (A) pesagem da amostra seca; (B) amostra
inserida no picnômetro com mercúrio; (C) pesagem do picnômetro com mercúrio + amostra
– Ensaio de ultrassom
81
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A B
A inspeção dos materiais rochosos foi feita pelo uso de três métodos ou
técnicas de contato (transdutor diretamente aplicado no objeto). Seguem os
métodos utilizados:
a) técnica de transparência - transmissão direta, com os transdutores nas faces
opostas do material (Figura 41). É necessário acoplar os transdutores nos dois
lados da peça a ser analisada, de forma que estes estejam perfeitamente
alinhados.
82
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-Procedimentos do ensaio:
18
Material a ser utilizado entre as faces dos transdutores e as do material a ser ensaiado, a fim de permitir o
contato contínuo entre as superfícies (NBR 8802:1994).
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Figura 45: Medição de distância em coluna de granito com uso do compasso externo.
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Figura 49: Túmulo escolhido para receber aplicação de emplastro de bentonita, com a área de
aplicação em destaque.
87
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O teste foi feito com lixa de polimento não adesiva de grana 1200 em área
carbonizada. O processo foi manual e feito em superfície constantemente
umedecida (Figura 52), de modo que fosse controlado o desgaste da pedra.
Posteriormente ao polimento da camada superficial de carbonização, foi aplicado
o emplastro de bentonita na área examinada, seguindo-se os mesmos
procedimentos detalhados no item anterior, a fim de analisar-se a eficiência das
técnicas tanto separada quanto conjuntamente.
88
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5. AS PEDRAS
DO SOLEDADE 89
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5. AS PEDRAS DO SOLEDADE
A B C
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Nos exemplares que contém ardósia (Figura 55), as peças pétreas são
contemporâneas e por tal motivo entraram na pesquisa apenas para fins
quantitativos.
B13
19
Estrutura de aspecto maciço e compacto sem elementos planares ou lineares.
20
Textura não foliada em que os grãos minerais apresentam aproximadamente as mesmas dimensões sem
orientação.
91
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92
Deterioração das pedras da arquitetura mortuária do Cemitério Nossa SILVA, Pâmela A. B. V. da
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B03
B09
G34
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Senhora da Soledade
F31
95
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6. AS
ALTERAÇÕES
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6. AS ALTERAÇÕES
6.1 DIAGNÓSTICO
99
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Senhora da Soledade
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Figura 64: Mapeamento de danos túmulo F36, com destaque para o grupo descoloração e
depósito marcado em azul e danos em destaque.
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Figura 65: Mapeamento de danos túmulo K03, com destaque para o grupo colonização biológica,
marcado em verde e para as variadas cores e tipos de camadas biológicas.
Figura 66: Mausoléus sofrendo a ação de plantas superiores, cujas raízes penetraram as
estruturas.
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Figura 69: Mapeamento de danos no túmulo B09 com marcação em amarelo de danos do grupo
fissura e deformação e microfissuramentos em destaque.
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A B
C D
Figura 72: Danos do grupo destacamento encontrados no Soledade: A) destacamento das juntas,
B) peeling, C) sugaring e D) delaminação-esfoliação.
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a) b) c)
Figura 74: (a) área de coleta no mausoléu B3 (b) e (c) áreas de coleta do mausoléu F2.
a) b) c)
Figura 75: (a) alga filamentosa e fragmentos de fungos (b) algas filamentosas e colônias de
cianofíceas em destaque (c) algas com fragmentos da rocha de área de coleta do túmulo F2.
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a) b)
c) d)
Figura 76: (a) foto evidenciando que o local de coleta estava sob vegetação (b) área de colelta no
túmulo D3 (c) e (d) áreas de coleta do túmulo F42.
a) b) c)
Figura 77: (a)alga filamentosa (clorofícia), (b) líquen (associação simbiótica de algas e
fungos), (c) rotífera.
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a)
b)
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a) Ab – Albita
Cal- Calcita
Gp – Gipsita
Qtz – Quartzo
Mc – Microclínio
Ms – Muscovita
Or - Ortoclásio
Gp - Gipsita
b)
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Figura 81: Comparativo de imagens dos túmulos B09 acima e K03 abaixo, nos dias 14/02, 10/04 e
23/06/2014, respectivamente.
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Figura 82: Mausoléu G34, com uma das faces dividida em área abrigada com temperaturas
amenas e área exposta com temperaturas mais elevadas.
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Figura 83: Imagens de infravermelho do túmulo J20 com destaque para área fissurada próxima as
chamas de velas.
Figura 84: Imagem de infravermelho do túmulo K03 com destaque para área fraturada próxima as
chamas de velas.
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-Lioz
No túmulo B-46 em Lioz, foram auferidos 14 pontos em duas áreas
diferentes (Figuras 85 e 86) pelo método indireto, com transdutor plano de 54kHz
e diâmetro de 5 cm. As áreas escolhidas já se apresentavam visualmente
intemperizadas.
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Obs: cotas em cm
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Tabela 13: Valores obtidos no túmulo B46 com o aparelho de ultrassom, com transdutor
plano de 54 kHz.
Distância Tempo V de propagação V de propagação
Pontos
(mm) (s¯³) (m/s) média(m/s)
P1 emissor
P2 100 17 5882,35
P3 200 33 6060,61 4899,46
P4 300 83 3614,46
P5 400 99 4040,40
P6 emissor
P7 100 20 5000,00
P8 200 58 3448,28
P9 300 76 3947,37
P10 400 94 4255,32 2983,31
P11 emissor
P12 80 89 898,88
V de propagação (m/s)
6000,00
4000,00
V de propagação
2000,00 (m/s)
0,00
P2 P3 P4 P5
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- Granito
No mausoléu F-31, todo em granito, na análise visual foi possível constatar
que as colunas eram a parte mais intemperizada do monumento, por
encontrarem-se com acentuada desagregação granular, em que os grãos
desprendem-se da rocha ao menor esforço mecânico, enquanto as demais partes
apresentavam-se mais firmes. A partir dessa constatação, foram realizadas
medições nas duas colunas e em um bloco de pedra da parte posterior (Fig. 89),
a fins de comparação entre peças com grau de intemperismo visualmente
diferentes. Foram auferidos 7 pontos em cada coluna e 5 pontos no bloco de
pedra (Figura 90).
c c
Figura 89: Fachadas frontal e posterior do mausoléu F-31, com áreas analisadas em destaque.
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COLUNAS
BLOCO
Figura 90: Pontos de medição nas colunas e na peça da fachada posterior do mausoléu F31.
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Tabela 14: Valores de velocidade de propagação de ondas ultrassônicas obtidos nas colunas do
mausoléu F31, com transdutores exponenciais de 54kHz.
V de V de
Distância Tempo
Pontos propagação propagação
(mm) (s¯³)
coluna esquerda (m/s) média(m/s)
P15 272 317,2 857,50
P16 272 277,8 979,12
P17 276 237,4 1162,59
P18 276 285,4 967,06 1292,54
P19 274 159,3 1720,03
P20 271 220,5 1229,02
P21 262 205,5 1274,94
P22 280 249 1124,50
coluna direita
Figura 91: Gráfico com comparativo dos valores de velocidade de propagação de ondas
ultrassônicas nas colunas do mausoléu F31.
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- Mármore
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c c
a)
b)
A D
B C
Figura 93: a) Marcação dos pontos na área analisada no mausoléu F-02; b) marcação dos pontos
e direção das medições em planta.
V de V de
Distância Tempo
Método Pontos propagação propagação
(mm) (s¯³)
(m/s) média(m/s)
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7. TESTES DE
TRATAMENTOS
RESTAURATIVOS 126
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Figura 94: Camada de carbonização dissolvida pelo emplastro e retirada com a lavagem .
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Figura 95: Resultado obtido com o emplastro de bentonita em áreas carbonizadas no túmulo F42:
em seu estado original, antes de todo o processo; após a primeira lavagem e após a retirada do
emplastro, respectivamente.
Figura 96: Resultado obtido com o emplastro de bentonita em áreas afetadas pela ação biológica.
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RESULTADO FINAL
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Figura 99: Aspecto final da área analisada após aplicação de emplasto de bentonita e polimento.
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8.CONCLUSÕES
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8. CONCLUSÕES
Diante do quadro de estágio avançado de deteriorações, o Cemitério da
Soledade, ainda que seja um bem patrimonial tombado, só sofreu intervenções
pontuais e, apesar dos vários estudos e projetos para uma restauração efetiva,
ações de conservação não foram postas em prática.
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e granulação e aos índices físicos. Tal fato permite uma diferenciação quanto ao
potencial de intemperismo dessas pedras, garantindo suscetibilidades distintas às
alterações.
• Quanto às alterações
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- A biodeterioração:
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- A perda de coesão
Uma vez que a resistência dos materiais aos agentes climáticos diminui
com a exposição e a idade (FRASCÁ, 2003), cabe salientar que os efeitos obtidos
com os testes aplicados, evidenciam que com limpeza e manutenção continuadas
é possível a melhora do estado de conservação dos monumentos pétreos. Vale
lembrar que tais tratamentos têm um tempo de vida útil limitado, devendo haver
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É ainda proposta uma continuidade dos estudos aqui iniciados, como forma
de aprofundamento das análises, que podem ser complementadas com buscas
de novas alternativas de tratamento, a exemplo: testes de produtos para remoção
de grafite; limpeza a laser de crostas negras e carbonização; consolidação de
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Figura 100: Subsídios tecnológicos para conservação e restauração das pedras do Soledade.
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, Therezinha X.; PACHECO, Nilza A.; NECHET, Dimitrie; SÁ, Tatiana D.
de A. Aspectos Climáticos de Belém nos Últimos Cem Anos. Belém:
Embrapa Amazônia Oriental, 2002.
BEGONHA, Arlindo Jorge Sá de. Meteorização do granito e deterioração da
pedra em monumentos e edifícios da cidade do porto. 1997. Tese
(Doutorado em Ciências) Universidade do Minho, Braga.
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APÊNDICES
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ANEXOS
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BELÉM – PARÁ
Mário Barata
Uma cidade que cresce não se pode dar ao luxo criminoso de despersonalizar-se,
destruindo os valores que a caracterizam. Entre os resultados do bom trabalho de
administrar do passado, dando nota inconfundível à paisagem urbana de Belém do Pará,
está o cemitério da Soledade, em quadra arborizada com palmeiras e árvores da terra e
ainda as "mangueiras de cemitério", a que se refere liricamente Eneida no seu Banho de
Cheiro, com a face principal dando para a larga e ensolarada avenida Serzedêlo Corrêa.
Talvez nenhuma outra cidade do Brasil possua uma área urbana de antigo
cemitério desafetado, com tal qualidade e tão específico como elemento artístico
paisagístico. Quando bárbaros iconoclastas pensam hoje na própria Belém do Pará, em
destruir o tradicional cemitério a fim de substituí-Io por edificações residenciais, cumpre
levantar viva voz para protegê-lo e salvá-lo dêsses ímpetos comercialistas, desprovidos
de compreensão e de amor pela cidade e do respeito aos mortos.
Belo pela sua implantação de verde, pelos gradis externos de ferro, pelo traçado
neo-clássico das muradas de sua área central com estátuas de cerâmica e alguns
túmulos-capela do mesmo estilo, com os nomes e os despojos das famílias tradicionais
do Grão-Pará: fazendeiros de Marajó, comerciantes, militares, políticos, estudiosos. E os
remanescentes dos túmulos rasos de azulejos, que a avidez dos colecionadores atuais
dessas cerâmicas está cada vez mais arrancando ao abandono do local. E necrópole
importante também pelo lado sociólogo, sobretudo no momento em que Gilberto Freyre
conclui a sua Introdução à História da Sociedade Patriarcal no Brasil com o anunciado
Jazigos e Cevas Rosas (sepultamento e comemoração dos mortos no Brasil - patriarcal e
semi-patriarcal).
Percy Lau, ao fazer, neste 1963, o mapa Pitoresco e Resumido da Cidade de
Belém do Grão Pará - possivelmente sob indicações de Tocantins e inserto no bom lucro
sobre a capital paraense dêste autor, coloca entre as poucas coisas ali anotadas como
sugestão aos turistas, o Soledade e, em sua frente, o cemitério dos Ingleses. Realmente,
aos visitantes interessam aos valores paisagísticos e históricos daquela quadra verde
que quebra, respeitosa e espiritualmente, mas também de modo estético, a repetição de
casas dos quarteirões fronteiros ou vizinhos, já imaginados profeticamente pela
insaciabilidade vampiresca dos especuladores, como áreas de futuros arranhacéus de
apartamentos. Só a consciência pública - espiritual e artística -, poderá deter mais uma
Deterioração das pedras da arquitetura mortuária do Cemitério Nossa SILVA, Pâmela A. B. V. da
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