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Aula 01 - FC SOCIAIS
Aula 01 - FC SOCIAIS
Aula 01 - FC SOCIAIS
AULA 01:
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
APRESENTAÇÃO DO PLANO DE ENSINO
CONTEXTUALIZAÇÃO
• A disciplina Fundamentos das Ciências Sociais serve de base para a compreensão dos elementos
que constituem a sociedade. A compreensão da realidade social numa perspectiva científica
favorece a construção de conhecimentos nas demais ciências humanas e sociais aplicadas.
• O conteúdo da disciplina é muito interessante e atual porque utiliza o discurso socioantropológico
como ferramenta para análise dos processos que dão origem à criação, à manutenção, à crise, à
reprodução e à inovação nos diversos fenômenos sociais e suas múltiplas relações.
• A disciplina contribui para o desenvolvimento de um olhar crítico-analítico, científico, humanista
e voltado para o exercício pleno da cidadania.
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FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
EMENTA:
A sociedade como objeto de estudo. Usos e abusos da cultura. Contexto histórico da formação das
Ciências Sociais. Teorias sociológicas clássicas: Sociologia Francesa e Sociologia Alemã. Temas
contemporâneos da Sociologia: Formação cultural e diversidade étnico-racial brasileira. Globalização.
Exclusão social. Questões socioambientais. Novos padrões morais e culturais.
OBJETIVOS GERAIS:
Compreender os elementos básicos das Ciências Sociais que permitam a análise da realidade social,
refletindo sobre as questões contemporâneas da sociedade brasileira e mundial;
Analisar os vários processos sociais que propiciam a criação, manutenção, reprodução, crise, revolução
e/ou inovação dos diversos fenômenos sociais;
Relacionar criticamente as diferentes concepções de sociedade e visões de mundo a partir do
conhecimento da dinâmica das relações existentes entre as diversas formas de organização social e sua
importância para a formação profissional.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
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CONTEÚDOS:
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Unidade II – O contexto histórico da formação das Ciências Sociais e as teorias sociológicas clássicas:
Sociologia Francesa e Sociologia Alemã
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3.1. A produção das diferenças. Preconceito, discriminação e segregação. Preconceito racial e o mito da
democracia racial brasileira.
3.2. Preconceitos de gênero e orientação sexual. Novos modelos de família. Nós e eles: a produção do estigma.
3.3. A vida nas grandes metrópoles: solidão na multidão. Olhares sobre a sociedade: desigualdade social e
invisibilidade social. A lógica do consumo, a obsolescência planejada e a problemática socioambiental.
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PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
• A avaliação se dá de forma continuada. Antes de cada aula o estudante deverá ler o Plano da Aula e
as páginas indicadas do Livro Didático e resolver os casos e exercícios propostos, postando o
resultado na webaula da disciplina.
• A AV1 será uma prova escrita, sem consulta, com questões objetivas e discursivas, que valerá no
mínimo 8,0 (oito) e no máximo 10,0 (dez) pontos. Os até dois pontos serão atribuídos aos trabalhos
postados na webaula. A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização.
• As AV2 e AV3 serão realizadas por provas escritas, sem consulta, valendo até 10,0 (dez) pontos,
contendo questões objetivas e discursivas, sendo, ao menos uma das questões, um dos casos
resolvidos ao longo do período. As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina.
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PARA APROVAÇÃO NA DISCIPLINA O ALUNO DEVERÁ:
1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das
avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de
avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina.
2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações.
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução a filosofia. 3.
ed. São Paulo: Moderna, 2005.
CHARON, Joel M. Sociologia - Adaptado Para o Contexto Brasileiro - 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3. ed. ampliada e
revista. São Paulo: Moderna, 2011.
Bibliografia Complementar:
DIAS, Reinaldo. Introdução à sociologia. São Paulo: Prentice Hall - Br, 2010.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 24. ed. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2009.
MARTINS, Carlos Benedito. Que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 2001.
MATTA, Roberto da. Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.
QUINTANEIRO, Tânia et alii. Um toque de clássicos. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2009.
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MATERIAL DIDÁTICO:
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I - A SOCIEDADE COMO OBJETO DE ESTUDO E OS USOS E ABUSOS DA CULTURA
Tema: A questão do conhecimento: senso comum e pensamento científico
Objetivos:
• Reconhecer o conhecimento como característica do ser humano.
• Identificar as características do senso comum.
• Distinguir o conhecimento científico do senso comum, ressaltando a importância do
pensamento científico para a elaboração de uma visão crítico-reflexiva da sociedade.
• ESTRUTURA DE CONTEÚDO:
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• “O pensamento parece uma coisa à toa, mas como é que a gente voa quando começa a
pensar”. (Lupicínio Rodrigues)
• Pode-se dizer, então, que as coisas não têm um sentido em si, os homens é que lhes dão
sentido, através do pensamento e da palavra, que, sistematizados de alguma maneira,
formam o CONHECIMENTO.
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2 - FORMAS DE CONHECIMENTO
2.1. MITO
• O mito é uma narrativa, uma fala, que contém em si diversas ideias. É uma mensagem cifrada, que
não é entendida facilmente por quem não está dentro da cultura de que o mito faz parte.
• O mito não é objetivo, assim como não se situa no tempo, fala das origens, sem, no entanto,
referir-se ao contexto histórico. Trata de tempos fabulosos.
• Os mitos dão forma e aparência explícita a uma realidade que as pessoas sentem intuitivamente.
• O mito de São Jorge, por exemplo, tão fortemente presente na cultura popular brasileira, pode ser
entendido como a representação de um desejo coletivo da presença do guerreiro, do vencedor de
demandas e dificuldades.
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2.2. CONHECIMENTO RELIGIOSO
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2.3. CONHECIMENTO FILOSÓFICO
De modo geral, o conhecimento filosófico pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do
conhecimento. A filósofa Lizie Cristine da Cunha (2008) definiu o saber filosófico como aquele que
trata de compreender a realidade, os problemas mais gerais do homem e sua presença no
universo. Segundo a autora, a Filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema. Por
isso, é, sobretudo, especulativa, no sentido de que suas conclusões carecem de prova material da
realidade. Mas, embora a concepção filosófica não ofereça soluções definitivas para numerosas
questões formuladas pela mente, ela é traduzida em ideologia. E como tal, influi diretamente na
vida concreta do ser humano, orientando sua atividade prática e intelectual.
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2.4. SENSO COMUM
• Retomando a ideia de que as coisas por si só não têm sentido, sendo este atribuído a elas pelos homens,
tratemos agora do senso comum, que é algum sentido dado coletivamente às coisas vividas. Para se
orientar no mundo, o ser humano assume como certas e seguras diversas coisas, situações e relações
entre fatos, coisas e situações. Estabelece, assim, sistemas de discursos sobre o que tem vivido, isto é,
sistemas de conhecimento.
• Nem sempre o senso comum representa a realidade. Às vezes, conceitos errôneos são formulados e
adotados por coletividades. O pensador escocês David Hume (1711-1776) propôs um cuidado especial
ao se tratar da causalidade, isto é, das relações de causa e efeito entre os eventos vivenciados.
• Adverte ele que o fato de um evento acontecer depois do outro não significa necessariamente que haja
relação de causa e efeito entre eles.
• É o caso daquele cidadão fumante que, respeitoso pelas regras de convívio, não fuma em ambientes em
que haja outras pessoas, como um ônibus. Ele costuma esperar seu ônibus sem acender um cigarro, pois
logo o ônibus chegará, deixando, assim, o prazer de fumar para depois da viagem. Se o ônibus, porém,
demora a chegar, a falta de nicotina em seu organismo o deixará em estado de ansiedade que o levará a
acender um cigarro. Como já se terá passado algum tempo de espera, o ônibus provavelmente já estará
próximo e, assim, nosso amigo será surpreendido antes de acabar o cigarro.
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• Como em sua experiência diária, pouco depois de acender o cigarro, é surpreendido com a aparição
do ônibus, poderia supor que o fato de acender o cigarro causa a chegada do ônibus. O fenômeno
observado por várias pessoas poderia estabelecer uma crença comum na causalidade entre o ato de
acender o cigarro e o ônibus chegar. Aí está um caso de armadilha que o senso comum pode conter.
• Algo simples como observar coisas como esta contribuiu muito para que a humanidade
estabelecesse mais uma diferença fundamental entre formas de pensamento humano, entre o senso
comum e a ciência.
• Podemos pensar também em como o senso comum pode comprometer o conhecimento. Você
concordaria com a opinião até recentemente generalizada de que a mulher é inferior ao homem e,
que por isso, não pode desenvolver algumas atividades laborais que seriam “só para homens”?
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2.5. PENSAMENTO CIENTÍFICO
• A ciência é uma forma de conhecimento, ou seja, é um tipo de sistematização de discursos (logos). Não é
só o modo como são organizados os discursos, mas o próprio discurso científico é que tem características
próprias. Ele se refere a algo bastante especificado. Não se faz ciência sobre a vida em geral ou o mundo
em geral. Faz-se ciência quando se delimita aquilo que se quer estudar, o objeto de que se quer tratar. O
objeto não é apenas delimitado, é construído, pois trata-se de algo ideal, de uma representação.
• Mesmo nas ciências em que o objeto parece bastante concreto, como a química, por exemplo, que lida
com os elementos da natureza, o discurso é montado sobre uma abstração, uma representação.
• O discurso científico trata do ferro ou do manganês abstratamente, fala de suas propriedades, classifica-
as, agrupa os elementos de acordo com suas propriedades. O químico diz, por exemplo, que o sódio, o
lítio e o potássio têm propriedades semelhantes e, por este motivo, pode classificá-los em um mesmo
compartimento de saber, em uma mesma unidade abstrata de conhecimento, em uma mesma coluna da
tabela periódica. Esta delimitação é da ordem do discurso e não da experiência.
• Evidentemente, a delimitação é resultado da experiência humana na lida com os elementos da natureza.
E, além disso, os resultados das sistematizações dos discursos podem ser verificados em condições
experimentais, isto é, em laboratórios.
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• O que se procura verificar é se o discurso que se fez é verdadeiro, ou seja, se o que se disse é
condizente com a realidade. E isto que se disse tem o nome de hipótese, outra palavra grega,
que significa: hipo (sob, embaixo de) + thesis (tese, proposição, ato de por). Isto é, a hipótese
é um discurso que está, na hierarquia do conhecimento, abaixo da tese. Esta só existe depois
da verificação pela experiência.
• Na produção do conhecimento científico é necessário, também, que se aja com MÉTODO.
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• Método, assim, é o caminho que se deve trilhar para se obter determinado resultado
desejado. No caso de que tratamos aqui, método científico é o caminho para se obter o
CONHECIMENTO CIENTÍFICO.
• “Por método, entendo as regras certas e fáceis, graças às quais todos os que as observam
exatamente jamais tomarão como verdadeiro aquilo que é falso e chegarão, sem se cansar
com esforços inúteis, ao conhecimento verdadeiro do que pretendem alcançar.”
(René Descartes, 2002. Discurso do método. Regras para a direção do espírito. São Paulo, Editora Martin Claret p. 81)
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
MOURA, Solange Ferreira de (org.). Livro didático de Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Universidade
Estácio de Sá, 2013. (Capítulo 1, p. 10-18)
Bibliografia Complementar:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 3.
ed. São Paulo: Moderna, 2005.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3. ed. ampliada e
revista. São Paulo: Moderna, 2011.
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APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEÓRICA E PRÁTICA
QUESTÃO DISCURSIVA:
A Ciência, recorrentemente, se defronta com raciocínios desse tipo, relacionado a falsas certezas.
Demonstre as principais diferenças entre o pensamento científico e o senso comum e apresente, pelo
menos, dois outros exemplos de convicções equivocadas decorrentes da utilização do senso comum e
refutadas pela ciência.
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QUESTÃO DE MÚTIPLA ESCOLHA:
a) Objetividade e neutralidade
b) Generalidade e sacralidade
c) Generalidade e subjetividade
d) Subjetividade e neutralidade
e) Generalidade e objetividade
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