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Educacao-Cultura-E-Luta Pela Democracia - Giroux
Educacao-Cultura-E-Luta Pela Democracia - Giroux
Educacao-Cultura-E-Luta Pela Democracia - Giroux
CULTURA e
LUTAS pela DEMOCRACIA
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Editora UFRJ
Educação, cultura e
lutas pela democracia
escritos contemporâneos sobre o maquinário neoliberal
organização
Gustavo de Oliveira Figueiredo
Vera Helena Ferraz de Siqueira
Andréa Costa da Silva
tradução
Gustavo de Oliveira Figueiredo
2023 by Gustavo de Oliveira Figueiredo, Vera Helena Ferraz de Siqueira e
Andréa Costa da Silva
CDD: 370.115
www.editora.ufrj.br vendas@editora.ufrj.br
Apoio:
In Memoriam
Apresentação 8
Anexo 321
1
O autor adota o conceito de agência social em relação ao conceito de estrutura.
No sentido sociológico do termo proposto por Gramsci, o conceito de agência é
trabalhado ao longo do livro como capacidade coletiva de organização da sociedade
para o enfrentamento político necessário à transformação social. Nesse caso,
trata-se da mobilização da capacidade de agir – agência coletiva – que aciona as
forças de resistência para a superação das estruturas econômicas de dominação,
mas que leva também à superação da cultura neoliberal autoritária no âmbito dos
valores, das necessidades sociais e da organização da cultura. (N. do T.)
2
Os elementos que configuram o exílio das democracias estão reaparecendo
novamente no início do século XXI com o ressurgimento do discurso fascista e de
extrema-direita em todo o mundo. Para aprofundar a reflexão sobre o conceito
de democracia no exílio, sugerimos consultar a excelente entrevista concedida
por Henry Giroux aos organizadores deste livro e publicada na Revista Brasileira
de Educação (Giroux, 2020).
12
Educação, cultura e lutas pela democracia
1
A expressão “capitalismo de cassino” é definida por Giroux (2013) quando,
refletindo sobre o caso estadunidense, afirma que “[...] tanto republicanos quanto
democratas adotam a lógica do capitalismo de cassino, na qual Wall Street cria
uma economia focada em investimentos especulativos de curto prazo projetados
para matar em vez de expandir a base produtiva da economia. O capitalismo de
cassino é a verdadeira religião dos Estados Unidos e fornece um terreno comum
para os principais partidos, apesar de suas diferenças quanto ao papel do governo
e do Estado de bem-estar”. No caso do Brasil, mesmo durante o período mais
progressista, também se manteve essa lógica econômica criada pelo capitalismo
de cassino nos países dependentes do mercado das commodities. Centrais ao
neoliberalismo, as “oscilações dos mercados” independem dos governos, e a
financeirização de recursos essenciais para a vida se impõe de forma predatória
e perversa quando podemos observar um parasitismo cada vez mais agressivo
do setor público. (N. do T.)
44
Educação, cultura e lutas pela democracia
2
O conceito de fascismo neoliberal será revisitado diversas vezes ao longo do
livro e é um elemento fundamental para compreender o duplo problema que
envolve uma nova versão do fascismo – ancorado na cultura digital de massa –
além de uma nova versão de capitalismo – o neoliberalismo, que não trata apenas
de dominação econômica, mas do governo das subjetividades e da produção de
prazer. (N. do T.)
56
Educação, cultura e lutas pela democracia
“Armamentos de linguagem”
3
A conta de Donald Trump no Twitter (@realDonaldTrump) foi bloqueada em
razão do excesso de fake news que o ex-presidente estadunidense divulgava e
especialmente após a invasão de aliados republicanos ao Congresso dos Estados
Unidos em 6 de janeiro de 2021, fomentada por ele. (N. do T.)
60
Educação, cultura e lutas pela democracia
Direito, significam uma tomada de poder sem lei que está empur-
rando os Estados Unidos ainda mais para o abismo do fascismo.
Os terrores do fascismo do século XX aumentaram nova-
mente no país, embora menos como um alerta sobre a repetição
de erros do passado do que como uma medida do grau em que as
lições da história se tornam irrelevantes. A política agora se move
entre o que Susan Sontag uma vez chamou de “banalidade inces-
sante e o terror inconcebível” (Sontag, 1965, p. 42). A “banalidade
incessante” é evidente na enxurrada diária de tweets irrespon-
sáveis de Trump, em que a linguagem se torna uma arma para
difamar, humilhar e demonizar funcionários do governo, jorna-
listas e meios de comunicação críticos. Uma banalidade maligna
também está presente em sua forma de rotular imigrantes sem
documentos como “assassinos e ladrões”, “estupradores” e cri-
minosos que querem “infestar nosso país”. Além do uso de uma
linguagem grosseira e de uma exibição, sem precedentes, de
falta de civilidade por um presidente em exercício, há também
um flerte com a violência, a retórica da supremacia branca e a
linguagem da expulsão e eliminação. O fato de Trump aceitar o
terror impensável adquire um tom ainda mais oneroso à medida
que a linguagem da desumanização e da crueldade se materializa
em políticas que funcionam para eliminar nas pessoas qualquer
senso de comunidade, se não da própria humanidade.
A propensão de Trump à crueldade também fica explícita
na remoção do status de proteção temporária para centenas de
milhares de refugiados de El Salvador, Honduras e Haiti, bem
como na revogação de proteções “para 800 mil jovens imigrantes
sem documentos, conhecidos como ‘sonhadores’” ( Jordan, 2018).
Pior: a administração Trump defendeu a prisão de imigrantes sem
o devido processo legal e ameaçou deportá-los imediatamente
quando atravessassem a fronteira, “sem julgamento ou compa-
recimento diante de um juiz” (Rucker e Weigel, 2018).
83
Características dos Estados autoritários
Josh Robin, afirmou que “estava muito satisfeito por Trump ter
usado a palavra ‘nacionalista’” (Blake, 2018). Trump recebeu elo-
gios de vários supremacistas brancos, incluindo David Duke,
ex-chefe da Ku Klux Klan, os Proud Boys – uma versão contem-
porânea vil de nazistas brownshirts (camisas pardas) – e, mais
recentemente, o suposto atirador da Nova Zelândia que, em seu
manifesto, elogiou Trump como “um símbolo de renovação da
identidade branca e de um propósito comum” (Ali, 2019). O uso
desse termo por Trump não é inocente nem tampouco uma gafe.
Diante de uma onda de movimentos anti-imigração em todo o
mundo, tornou-se um código para um racismo pouco velado e
um significante para o ódio racial.
Na suposta era da pós-verdade, as ações são destituídas de
qualquer noção de responsabilidade social, e a verdade é separada
da busca por justiça. Uma consequência desse cenário é a cres-
cente influência de um espetáculo do tipo neofascista, modelado
segundo o vazio e os prazeres baratos de programas de compe-
tição, reality shows e cultura das celebridades. Tudo isso oferece
mais oportunidades para Trump aproveitar a “raiva, o desespe-
ro e a apatia” do público em uma celebração do militarismo, da
hipermasculinidade e da violência espetacular que marcam seus
“frenéticos comícios ao estilo de Nuremberg”, os quais servem,
em grande parte, como um caldeirão de iscas raciais e demago-
gia antissemita (Garcia, 2018).
Existem precedentes históricos para esse colapso da lin-
guagem em uma forma de militarismo e racismo codificados – o
antissemitismo expresso em críticas à globalização e o pedido de
limpeza racial e social alinhados com o discurso de fronteiras e
muros. Os ecos da história ressoam nesse ataque a grupos minori-
tários, no uso de provocações racistas e em referências distorcidas
que codificam uma crença na pureza racial, agredindo aqueles
que não refletem as noções distorcidas da supremacia branca.
Numa época em que a alfabetização cívica e os esforços para
responsabilizar os poderosos por suas ações são descartados
117
Características dos Estados autoritários
esquerda radical. Ele não apenas lançou uma ofensa contra eles,
como também insinuou, em certa ocasião, que uma resposta pos-
sível à oposição deles seria a violência. Seus comentários falam
por si sós: “OK? Posso dizer a vocês que tenho o apoio da polícia,
o apoio das Forças Armadas, o apoio dos motociclistas a Trump.
Eu tenho pessoas duras, mas elas não jogam duro até chegarem a
um certo ponto, e então seria muito ruim, muito ruim” (Chait, 2019,
p. 3). Há mais em jogo aqui do que infantilizar as ameaças no pátio
da escola. Já vimos muitos casos em que os seguidores de Trump
investiram contra críticos, atacaram jornalistas e gritaram contra
qualquer forma de crítica direcionada às políticas de Trump – para
não falar do exército de provocações lançadas sobre intelectuais e
jornalistas críticos da administração.
Algumas semanas antes das eleições de meio de mandato de
2018, vários críticos declarados de Trump, todos menosprezados
e atacados verbalmente por ele, receberam bombas caseiras pelo
correio. Cesar Sayoc – o homem acusado de ter conexão com os
atentados – é um forte fã de Trump cujo feed do Twitter está reple-
to de teorias da conspiração, além de uma variedade de fantasias
distópicas apocalípticas de direita (Hayes, 2018). Os fãs de Trump
incluem vários nacionalistas e supremacistas brancos que esti-
veram envolvidos em recentes assassinatos em Pittsburgh e na
Nova Zelândia. Trump não apenas acende as chamas da violência
com sua retórica, ele também fornece legitimação a vários grupos
nacionalistas brancos e extremistas de direita, que são encora-
jados por suas palavras e ações. Esses grupos frequentemente
estão prontos para traduzir seu ódio na profanação de sinago-
gas, escolas e outros locais públicos, bem como para se envolver
em violência contra manifestantes pacíficos e, em alguns casos,
cometer atos hediondos de violência.
Sem se importar com a forma como sua própria retórica
agressiva e cruel legitimou e galvanizou atos de violência cometidos
por uma variedade de membros da extrema-direita, neonazistas
120
Educação, cultura e lutas pela democracia
hostil aos homens brancos porque quanto menor for essa par-
cela da população nos Estados Unidos, mais cedo os democratas
herdam o patrimônio nacional”. (Vazquez, 2019, p. 7)
O que ficou cada vez mais claro nos Estados Unidos é que uma
política fascista emergente produz um novo tipo de carnificina,
marcada pela crescente pobreza e miséria entre grandes setores
do público. Essa carnificina é acompanhada da violência impla-
cável que se manifesta em uma epidemia de isolamento social,
em uma explosão do controle farmacológico da população e na
banalização da dependência química, em tiroteios em massa, na
crescente presença da polícia em todas as esferas públicas e em
uma cultura de medo que fortalece o estado de segurança e di-
minui o Estado de bem-estar social.
149
Distorções contemporâneas na cultura da ignorância
1
A investigação liderada pelo procurador especial Robert Mueller concluiu
que nem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nem qualquer de seus
assessores conspirou ou coordenou a interferência eleitoral do governo russo nas
eleições americanas de 2016.
166
Educação, cultura e lutas pela democracia
para o ódio, mas também para uma cultura que reprime a me-
mória histórica, destrói qualquer compreensão da importância
dos valores compartilhados, recusa-se a tornar a tolerância um
elemento não negociável do diálogo cívico e permite que os po-
derosos envenenem o discurso cotidiano, criando o que Etlin
(2002) denomina de visão de mundo biologicamente racista. Tal
discurso é a ressignificação da ideia de raça, ponto central das
políticas higienistas e genocidas do nazismo.
O último aspecto da linguagem do apagamento também pode
ser observado no confinamento de minorias étnicas e de classe
no corredor entre a escola e a prisão, um sistema carcerário que
representa um aparato inchado e punitivo do apartheid do século
XXI e um regime de direito e ordem em que jovens negros são
indiscriminadamente submetidos pela polícia a assédio racial e
violência extrema. A linguagem e a lógica do apagamento tam-
bém são evidentes nas tentativas de punir e tornar invisíveis as
vozes dos pobres, sem-teto e doentes que carecem de direitos
econômicos básicos como saúde, moradia, trabalho remunera-
do e educação de qualidade. A linguagem da violência satura a
sociedade estadunidense. As causas subjacentes que resultam
no assassinato de jornalistas, tanto em casa quanto no exterior,
desaparecem no espetáculo de mentiras e bombas que surgem
do diário da Casa Branca.
A administração Trump agora se juntou às fileiras autoritárias
para possibilitar os discursos de racismo e antissemitismo que
retornaram com uma dimensão incomum e perigosa na Hungria,
na Polônia, no Brasil e em vários outros países que agora se apro-
ximam do fascismo. Esses discursos voltaram à vida, ocupando
centros de poder, ao mesmo tempo que surgiam entre os grupos
de direitos alternativos e outros grupos neonazistas nos Estados
Unidos. É difícil ignorar, mas aparentemente fácil de esquecer
entre os políticos, que os comentários racistas de Trump deram
168
Educação, cultura e lutas pela democracia
O homem forte sabe que começa com palavras [...]. É por isso
que aqueles que estudam regimes autoritários, ou tiveram a
infelicidade de viver sob um deles, podem encontrar algo pro-
fundamente familiar na decisão do governo Trump de proibir
funcionários do Centro de Controle de Doenças (CDC) de usar
certas palavras (“vulnerável”, “direito”, “diversidade”, “transexual”,
“feto”, “baseado em evidências” e “baseado em ciência”). A re-
cusa do governo em fundamentar a ordem e a pressão exercida
sobre os funcionários do CDC tem um significado político que
transcende seu conteúdo e contexto específicos [...]. A decisão,
como um todo, está ligada a uma história mais ampla de como
a linguagem é usada como uma ferramenta de repressão esta-
tal. Os autoritários sempre usaram políticas de linguagem para
trazer o poder do Estado e seus cultos de personalidade para a
vida cotidiana. Tais políticas afetam não apenas o que podemos
dizer e escrever no trabalho e em público, mas também [tentam]
mudar a maneira como pensamos sobre nós mesmos e sobre os
outros. Quanto mais fracos nossos sentimentos de solidarieda-
de e humanidade se tornam – ou mais forte nosso impulso de
comprometê-los sob pressão –, mais fácil é para os autoritários
180
Educação, cultura e lutas pela democracia
Annie Proulx
a pagar seguros cada vez mais altos por seus cuidados de saúde,
a lidar com turmas cada vez maiores e a suportar o que Lynn
Parramore descreveu como “condições cada vez mais inviáveis –
incluindo tentativas de forçá-los a registrar detalhes privados de
sua saúde diariamente em um aplicativo de bem-estar... [embo-
ra lhes fosse permitido] não mais que um aumento anual de 1%
(efetivamente um corte salarial, considerando a inflação) em um
estado onde os salários ficaram em 48º lugar entre os 50 esta-
dos” (Parramore, 2018). Ao final de uma greve de nove dias, eles
negociaram um aumento salarial de 5%.
Greves similares se seguiram em Oklahoma, Kentucky,
Arizona e outros lugares. Embora todas abordassem questões
específicas de seus estados, essas greves compartilharam várias
questões que revelaram uma tentativa mais ampla de prejudicar a
educação pública. Em todos esses estados, os professores recebiam
salários insignificantes, de “quase 13.077 dólares abaixo da média
nacional, de 58.353 dólares, e bem abaixo do valor nacional de Nova
York, de 79.152 dólares” (Elk, 2018, p. 2). Muitos professores tive-
ram de trabalhar em dois ou três empregos extras simplesmente
para sobreviver. Em vários casos, seus planos de pensão estavam
sendo enfraquecidos. As crescentes desigualdades salariais se
estendem por duas décadas para a maioria dos professores, que
estão contribuindo cada vez mais para os cuidados de saúde e os
custos de aposentadoria, à medida que seu pagamento fica ainda
mais reduzido. O salário dos professores (contabilizando a infla-
ção), na verdade, caiu 30 dólares por semana, de 1996 a 2015, ao
passo que o pagamento para outros recém-formados aumentou
em 124 dólares” (Allegretto, 2018, p. 1).
Há uma conexão direta entre os cortes de gastos para as esco-
las e uma diminuição dos impostos para as grandes corporações.
De acordo com Blanc (2018), em Oklahoma, os impostos para as
empresas não sofreram aumento desde 1990; além disso, em 2010
220
Educação, cultura e lutas pela democracia
1
Direita alternativa.
265
Distopia sociopolítica contemporânea
algum tempo e que são um eco do passado que jamais pode ser
apagado ou esquecido. É preciso recuperar uma linguagem que
derrube o véu da normalização do maquinário neoliberal de morte.
Essa linguagem, que deve nos proporcionar alternativas de um
“futuro imaginado” (Leffel, 2018), que possa nos oferecer alter-
nativas à máquina da morte fascista e neoliberal, precisa lembrar
que a história da primeira Era do Ouro está sendo reproduzida
hoje à medida que a distância entre a riqueza da elite financeira
e a da metade inferior da população cresce exponencialmente,
enquanto o planeta esquenta, as calotas de gelo derretem e mi-
lhões de plantas e espécies animais são extintos.
Os chacais estão espalhando formas atualizadas de fascis-
mo por todo o mundo e, em parte, o fazem através de formas
de analfabetismo cívico distribuídas pelos oligarcas que estão
no controle das novas plataformas e paisagens digitais, os quais
conhecem apenas uma regra: ganhar dinheiro apesar das con-
sequências. O fascismo neoliberal é a nova toxina que capacita
os chacais que vivem das energias e vidas dos mortos-vivos. Eles
habitam um espaço produzido na fusão de políticas neoliberais de
austeridade, militarismo, xenofobia, discriminação social e eco-
nômica, ódio racial e empobrecimento da vida cívica e da cultura.
Como Marx apontou, a violência é a parteira do capitalismo, e
como Adorno deixou claro, o fascismo é o objetivo do capitalismo.
Sob as restrições brutais do capital financeiro – um estágio mais
brutal do capitalismo –, a linha que separa democracia e opressão
violenta desaparece. Numa época em que os chacais espalharam po-
derosas formas de fundamentalismo de mercado, além do religioso,
político e ideológico, aparece um novo brutalismo, no qual tudo
afunda no caos enquanto produz um terremoto político.
O cinismo é incorporado ao tecido social à medida que os
chacais usam seus aparatos culturais para fazer guerra contra
críticas, dissidências e formas de resistência política que desejam
280
Educação, cultura e lutas pela democracia
Não creio que a ciência social “vá salvar o mundo”, embora não
veja nada de errado em “tentar salvar o mundo” – uma frase que
entendo aqui no sentido de evitar a guerra e o rearranjo dos as-
suntos humanos em acordo com os ideais da liberdade e da razão
humanas. O conhecimento que tenho me leva a abraçar estima-
tivas bastante pessimistas das oportunidades. Mas, mesmo que
seja onde nos encontramos agora, ainda devemos perguntar:
se há alguma saída para as crises de nosso período por meio do
intelecto, não cabe ao cientista social indicá-la? [...] É no nível
da consciência humana que virtualmente todas as soluções para
os grandes problemas devem estar agora. (Mills, 2000, p. 193)
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