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Portefólio PRA-19-04-23
Portefólio PRA-19-04-23
Portefólio PRA-19-04-23
Índice
Índice..........................................................................................................................................3
Índice de Ilustrações..............................................................................................................4
Introdução................................................................................................................................5
Apresentação...........................................................................................................................6
Infância......................................................................................................................................7
Percurso Escolar.....................................................................................................................9
Percurso Social......................................................................................................................10
Percurso Profissional...........................................................................................................11
Percurso Formativo..............................................................................................................13
...................................................................................................................................................13
Conclusão...............................................................................................................................14
Reflexão Final........................................................................................................................15
Webgrafia................................................................................................................................16
Anexos.....................................................................................................................................16
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Índice de Ilustrações
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Introdução
Apresentação
O meu nome é Tânia Cardoso, tenho 22 anos, nasci a 9 de novembro de 2000 na maternidade
Alfredo da Costa em Lisboa. O meu pai chama-se Rui Cardosa e a minha mãe Ana Chaves.
Tenho 2 irmãs que se chamam Inês e Diana e 1 irmão que se chama Bruno.Sou comprometida
com Carin, de 25 anos.
Atualmente resido no Entroncamento, distrito de Santarém.
As minhas virtudes são ser responsável e empática. Os meus defeitos são ser teimosa e
orgulhosa.
Fisicamente, tenho cabelo castanho, olhos azuis e sou baixa. Psicologicamente, sou introvertida
o que faz com que tenha apenas um grupo restrito de pessoas com quem socializo.
Atualmente, trabalho nas limpezas na empresa ECO CLEAN.
Nos meus tempos livres gosto de ouvir música, ver séries na televisão e sair com os meus amigos
para me divertir.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Infância
Assim sendo, pedi aos meus pais para ir viver com os meus avós maternos, o que significou
voltar a viver em Lisboa. Eu gostava muito da minha avó materna porque ela cuidava muito bem
de mim: ia buscar-me à escola, tinha paciência para brincar comigo, proporcionava-me os
cuidados de higiene e alimentação necessários e era muito carinhosa. Durante 1 ano foi como
uma mãe para mim.
Em 2007 no final do ano letivo, voltei para Braga para junto dos meus pais, pois eles
conseguiram alugar uma casa em Braga e deixaram de viver com a minha avó paterna.
Assim que cheguei a Braga o meu pai arranjou emprego fora do país, mas vinha a casa todos os
fins-de-semana para estar connosco. Honestamente, não senti a sua ausência porque durante os
fins-de-semana podíamos estar juntos.
Não tenho muitas memórias do meu dia-a-dia em Lisboa, mas em Braga tenho bastantes. Aliás,
quando voltei já gostava mais de estar em Braga, especialmente no município de Esposende,
onde os meus pais tinham a casa.
Neste ano comecei a frequentar a catequese com 7 anos porque os meus pais me inscreveram.
As sessões decorriam nas instalações do Centro Paroquial de Esposende. Na altura era bastante
divertido porque podia estar a brincar com os meus amigos no fim da catequista nos ensinar os
valores da fé cristã e como rezar. Apenas frequentei um ano de catequese.
Nunca me incomodou ter irmãos, aliás sempre gostei da sua companhia porque assim tinha com
quem brincar, como as idades são bastante próximas sempre tivemos uma boa relação.
Esposende é uma cidade que pertence ao distrito de Braga. Aprendi algumas curiosidades na
Escola sobre este município que ainda hoje me recordo, nomeadamente que Esposende foi
elevada à categoria de Vila em 1572 pelo rei D. Sebastião, mas foi apenas no início dos anos 90
que passou a ser considerada cidade. Esposende é uma freguesia que faz parte de Braga, tal
como Antas, Apúlia, Belinho, Curvos, Forjães, Fonte Boa, Gandra, Marinhas, Vila Chã, Mar,
Gemeses, Fão, Rio Tinto e Palmeira de Faro que são concelhos vizinhos de Esposende.
Enquanto cidade tem evoluído bastante desde os anos 90, e o seu património tem aumentado
consideravelmente. Esposende durante a época do Verão começou a ter bastante emigrantes que
visitavam as suas famílias, bem como o património da cidade.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Podemos observar a sua demografia pelos Censos de 2011 que a população residente era de
34254, habitantes.
As entidades que procedem à identificação e classificação de certos bens como relevantes para a
cultura de um povo, de uma região ou mesmo de toda a humanidade, visam também a
salvaguarda e a proteção desses bens, de forma a que cheguem devidamente preservados às
gerações vindouras.
A importância dos Museus como Centro de Estudo e divulgação do património, são de extrema
importância nos dias de hoje, assim como Galerias que têm sempre exposições a decorrer. A
preservação dos monumentos e a reabilitação de muitos espaços culturais, são fatores decisivos.
Uma forma de promoção e divulgação,é a criação de eventos quer seja através de concertos, de
grandes eventos ou apenas de espetáculos de teatro.
As entidades que procedem à identificação e classificação de certos bens como relevantes para a
cultura de um povo, de uma região ou mesmo de toda a humanidade, visam também a
salvaguarda e a proteção desses bens, de forma a que cheguem devidamente preservados às
gerações vindouras, e que possam ser objeto de estudo e fonte de experiências emocionais para
todos aqueles que os visitem ou deles usufruam.
As pessoas das comunidades podem ajudar ao fazer parte de Associações Locais, de Ranchos
Folclóricos, colaborarem em várias ações de divulgação, até só o facto de irem aos eventos,
também ajudam a nível monetário.
Em Esposende, podemos encontrar o Museu Municipal, onde consta toda a história da cidade;
O Museu Marítimo de Esposende que abriu ao público em 2012, está instalado na icónica Casa
do Salva Vidas (1906), ex-libris da cidade e da comunidade marinheira e piscatória do concelho.
Nunca visitei nenhum destes Museus, embora tenha curiosidade de o fazer. Considero que os
Museus são importantes, pois contam muitas histórias das vivências dos povos e guardam o
espólio dessas vivências para que todos os que os visitam, possam também conhecer estas
histórias.
Quanto mais rico é o património de uma localidade, mais atractiva esta fica, por conseguinte,
ajuda no aumento do Turismo Cultural.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Como vivemos na era digital, em que muitos museus ou galerias para mostrarem o seu espólio,
recorrem às novas tecnologias, também é imperativo que estes profissionais que trabalham no
setor do Turismo, tenham maiores qualificações a todos os níveis.
Alguns museus também criaram sites onde se pode visitar o museu virtualmente, na internet, o
que ajuda muitas pessoas a conseguirem conhecer estes espaços sem sair de casa. Por um lado é
excelente, porque leva a cultura a nossas casas, por outro lado, inibe as pessoas de aproveitarem
os espaços in loco, o que retira a emoção de estar dentro do espaço e sentir as emoções
transmitidas pelo mesmo.
Como temos muitos turistas internacionais, é necessário que os profissionais de turismo também
aumentem as suas qualificações no âmbito das línguas estrangeiras, inglês, espanhol e francês,
são as mais faladas em Portugal. Em Braga como existem muitos emigrantes que emigraram para
França, quando regressam trazem uma mistura de pronúncia da língua francesa com português.
Quando vão trabalhar para o setor do Turismo, tem facilidade de comunicação com os turistas de
que provêm da Suíça, França, Luxemburgo.
No entanto, como existem muitos turistas no distrito de Braga, por ser uma zona muito rica em
património, também é imperativo a aprendizagem do inglês pelos profissionais deste setor.
Como eu trabalhei num supermercado e muitos emigrantes e turistas iam lá às compras, eu tinha
de falar muitas das vezes em inglês:
“ Thisproductcosts….”
Por exemplo, o meu pai como é de Braga, em vez de pronunciar a letra “V”, pronuncia a letra
“b”, /baca/ por vaca, trocando o fonema /v/ por /b/.' outra a minha mãe sendo Lisboeta utiliza a
palavra “barulho”, já o meu pai, diz “basqueiro”.
Uma das expressões que considero engraçadas é que a minha mãe dizia-me, “anda para o pé de
mim” e o meu pai dizia “anda para a minha beira”. Quando alguém se zangava, se eu estivesse
em Lisboa, ouvia “vai-te embora daqui”, mas se eu estivesse em Braga, diziam “põe te a monte”,
a forma de pronunciação no Norte também é mais aberta, por exemplo, na palavra “gaiola” e
“embraiagem” no centro não se acentua a sílaba no Í “gaíola” e lê-se “Embraiagem”.
Gosto de visitar este local pelo menos, uma vez por ano, mais especificamente no início do mês
de agosto porque junto ao local fazem uma feira e as procissões em honra dos padroeiros de
Braga. É um local muito agradável para visitar, pois é diferente do que estou habituada, é uma
zona mais histórica que revela o passado da cidade.
Esposende também é conhecido pelo seu folclore, tendo 7 grupos etnográficos no concelho de
Esposende.
Grupo Associativo de Divulgação Tradicional de Forjães;
Grupo de Cantares e Dançares de S. Paio de Antas;
Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia;
Grupo Folclórico de Palmeira de Faro e Ronda de Vila Chã;
Rancho Folclórico “As Moleirinhas” de Marinhas;
Rancho Folclórico de Danças e Cantares de Marinhas;
Rancho Folclórico de Fonte Boa;
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Quando era miúda a minha avó paterna fazia imensa questão que eu fosse dançar no Rancho de
Vila de Chã, pois ela dizia que fazia parte da minha herança cultural, mas embora os tenha visto
a dançar algumas vezes, nas festas da aldeia, o que é facto, é que era algo que não me imaginava
a fazer, pois não gostava nada.
São suas danças tradicionais o Malhão, Chula, Viras, Cana Verde, entre outras. Entre os usos e
costumes, destacam-se as Janeiras, Cantares e danças de romaria. Entre os trajes, refiram-se o
dos noivos, mordomas, meia-senhora, lavradeira rica e pobre, padrinhos de casamento, criadas
ricas, traje de domingar, traje de romaria, traje de feira, podador, regatão de gado, camponês,
lavadeira (Musorbis, s.d.).
Atualmente este grupo ainda existe e faz atuações por toda a região, a última vez que fui assistir
às danças deste rancho, agora como espetadora, foi no neste verão em Esposende.
Além destes espaços culturais, o mercado municipal é muito conhecido, pois é onde os
vendedores de frutas, legumes, animais, calçado e têxtil podem vender os seus produtos e, para
muitos, este é o único sustento. Este mercado é importante para que os pequenos comerciantes
possam dar a conhecer os seus produtos e até mesmo para os compradores fazerem as suas
compras a preços mais acessíveis e adquirirem produtos portugueses.
Muitos restaurantes locais recorrem ao mercado para comprar produtos frescos para confecionar
os pratos típicos da região, como o Polvo da Pedra à Esposende e a Lampreia.
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Durante a minha infância não me recordo de ter experimentado algum destes pratos tradicionais,
mas atualmente quando visito Esposende gosto muito de comer Polvo da Pedra à Esposende,
este que é confecionado numa panela de barro com batatas e grelos. No entanto, sou mais
apreciadora das Clarinhas de Fão, o doce regional mais conhecido, confecionado com gemas, o
doce de gila, a amêndoa.
terciário, que agrega os serviços, formais ou informais, prestados nas mais diversas
áreas, e também as atividades comerciais."
Como vivia na periferia da cidade, eu e os meus irmãos fazíamos longas caminhadas até chegar
ao centro da cidade para podermos ir brincar nos parques infantis e nos jardins. O parque do
qual tenho mais recordações é o Parque do Caravela.
Embora este Parque em si, não crie postos de trabalho de forma direta, beneficia o comércio de
forma indireta, pois as empresas que fizeram a reparação do mesmo, acabaram por ter mais
trabalho e assim manter os postos de trabalho dos seus funcionários.
O facto de existir parques agradáveis para as pessoas frequentarem, também faz com que as
pessoas se desloquem da periferia para a cidade, como era o meu caso e o dos meus irmãos,
logo, todos os serviços ali à volta, como cafés, restaurantes, entre outros acabam por beneficiar,
pois as pessoas acabam muitas das vezes por ir almoçar ou jantar ali perto e ir aos cafés.
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Como vivia perto do mar, junto à praia de Esposende, a minha mãe levava-nos para brincar
muitas vezes. Recordo-me que a praia tinha um farol, muitas dunas e alguns moinhos. O farol
era o que eu mais gostava porque achava fascinante a luz que este transmitia.
Entretanto, quando eu tinha 9 anos, a minha avó paterna emigrou e a minha família mudou-se
para a sua casa, localizada em Vila Chã. Esta mudança não alterou as minhas rotinas e também
não senti que me tivesse prejudicado a nível social porque grande parte do meu tempo era a
brincar com as minhas irmãs. Brincávamos muito com bonecas, jogava no computador e na
playstation. Nesta altura, gostava mais de estar em casa a brincar.
O meu dia era passado na escola e numa associação de tempos livres, e quando chegava a casa
brincava com os meus irmãos. No verão de 2012, quando já tinha 11 anos, os meus pais
divorciaram-se porque o casamento já não estava estável.
Deste modo, eu e os meus irmãos viemos com a minha mãe morar para Lisboa para casa dos
meus avós maternos. Eu gostei muito da ideia de ir morar novamente com os meus avós porque
gostava muito deles e sabia que eles cuidavam muito bem de mim.
Com eles e também com os meus pais aprendi valores que considero básicos para se estar em
sociedade, tais como: respeitar o outro, agradecer, saber estar e especialmente não fazer aos
outros aquilo que não gosto que me façam.
Morava num bairro onde todas as pessoas se conheciam e onde foi mais fácil desenvolver as
minhas capacidades de interacção com os outros. Nesta fase da minha vida, as brincadeiras
mudaram um bocadinho, ou seja, como vivia num local onde todos se conheciam era mais fácil
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de brincar na rua com as minhas amigas. Gostávamos muito de andar de bicicleta, jogar às
escondidas e íamos muitas vezes assistir aos jogos amadores no campo de futebol que estava
atrás da nossa casa.
Um dos meus passatempos preferidos é a leitura, um dos livros que eu mais gostei em criança
foi o “principezinho”, um livro que conta a história de amizade entre um homem frustrado por
ninguém compreender os seus desenhos, com um principezinho que habita um asteróide no
espaço.
O título original é: “Le Petit Prince”, e o livro foi publicado pela primeira vez em 1943, nos
Estados Unidos.
Esta obra é marcada pelo seu alto teor filosófico e poético, mesmo sendo considerada a princípio
uma literatura para crianças.
O autor do livro é o personagem principal da história, que assume também o papel de narrador,
contando sobre o fatídico dia em que o seu avião teria caído no meio do deserto do Saara.
Lá, a personagem principal adormece e, ao acordar, depara-se com o Pequeno Príncipe, que
pede para que ele desenhe um cordeiro numa folha de papel.
O protagonista é frustrado em relação aos seus desenhos, pois nunca ninguém conseguia
interpretar as suas artes da forma correta.
Ao ouvir as aventuras do Pequeno Príncipe, o protagonista vai percebendo como as pessoas
deixam de dar valor a pequenas coisas da vida conforme vão crescendo.
Na sua jornada, o Pequeno Príncipe passa por vários planetas antes de chegar á Terra. Em cada
um dos planetas ele encontra-se com uma personagem diferente e particular. Cada encontro é
totalmente singular e deixa no principezinho uma marca ou semente de pensamento.
Tais personagens, nunca são nomeados de forma tradicional. Ao invés disso, são chamados pelo
seu arquétipo ou ofício.
Os asteróides são habitados por, respectivamente: O rei, O vaidoso, o beberrão, o homem de
negócios, o acendedor de lampiões, o geógrafo, um planeta de homens e a sabedoria da raposa,
esta personagem é muito importante na jornada do Pequeno príncipe.
A raposa, ensina-lhe sobre a compreensão e empatia, mas também sobre as despedidas. Embora
dolorosas, estas são inevitáveis e necessárias, e não apagam os momentos felizes.
Esta obra literária aborda em várias partes o valor das coisas. Através desta afirmação da
Raposa, podemos concluir que o verdadeiro valor de algo ou de alguém não pode ser visto com
uma visão superficial.
Esta é uma das frases que na minha opinião é mais bonita e mais tocante:
Antoine de Saint-Exupéry
https://muraldoslivros.com/resumo-do-livro-o-pequeno-principe
Ouvir música, também é algo que ainda hoje gosto, o meu género musical continua a ser muito
eclético, como por exemplo: música sertaneja, pop e também gosto de alguma música
portuguesa.
A televisão, sendo um meio de comunicação de massas, teve e tem muita influência nas minhas
escolhas a nível de ocupação de tempos livres, visto apresentar uma vasta programação a nível
infanto-juvenil. Atualmente, ainda gosto de ver televisão, vejo séries e os filmes mais
publicitados, pois chamam mais a minha atenção.
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A minha infância foi um pouco atribulada, pois um divórcio na infância é algo demasiado
complicado para ser digerido e entendido pelas crianças, quando mais, que o meu pai,
“descarregou” em cima dos filhos o facto de a minha mãe se ter divorciado dele.
Como ele não se queria divorciar, acabou por se afastar dos filhos em consequência do mesmo,
porque não entendeu que nós iriamos ser filhos dele para o resto da vida dele, quer ele fosse
casado ou separado.
No entanto, tive as minhas brincadeiras, dava-me bem com os meus irmãos e com a minha mãe
e os meus avós também foram pessoas importantes que ajudaram a que tivesse uma boa
infância.
Percurso Escolar
O meu percurso escolar iniciou-se na pré-primária quando eu tinha 3 anos de idade. Como o meu
irmão era pequenino, os meus pais não tinham tempo para cuidar de duas crianças durante o dia
inteiro, assim sendo acharam que eu deveria integrar um jardim-de-infância em Vila Chã. Como
era ainda muito pequena não tenho memórias destes anos, só me recordo que com 4 anos, antes
de iniciar o 1º ciclo, fui para um jardim-de-infância para Lisboa, tendo em conta que fui viver
com a minha avó.
Com 5 anos de idade entrei para o 1º ano na Escola EBJI de Fetais (Lisboa). No meu primeiro
dia de aulas, a professora apresentou-se e recordo-me que o seu nome era Teresa e gostava muito
dela. Não tenho muitas recordações dos meus colegas, mas sei que tinha um colega ao meu lado
que estávamos sempre a conversar e os professores não gostavam muito disso.
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No 2º ano, tendo em conta a minha mudança para a Braga, fui para a Escola Eb1 António
Correia De Oliveira. Tinha apenas 6 anos de idade. Era uma criança um bocadinho
envergonhada, mas conseguia fazer amigos com facilidade. Lembro-me que tinha no meu
grupo de amigos 2 gémeos que se chamavam Joel e Samuel, o André, duas amigas com o
nome de Beatriz e a Catarina. Costumávamos brincar no recreio da escola à apanhada, às
escondidas, à macaca e ao lenço. Na sala de aula tinha de aprender as diferentes matérias
das diferentes disciplinas que eram: a língua portuguesa, a matemática, o estudo do meio,
educação física e expressão plástica. A disciplina que mais gostava era a de estudo do meio.
Passei para o 3º ano sem grande dificuldade e na mesma escola com os mesmos amigos.
No entanto, quando fui para o 4º ano, mais especificamente no 2º período, mudei de escola
porque os meus pais mudaram de casa. Fui para a Escola Básica de Vila Chã.
Fonte: https://esposende-educa.pt/escola/escola-basica-de-vila-cha/
Não tive dificuldade em adaptar-me à escola nova e fiz logo novos amigos. Esta nova escola era
muito mais pequena, tendo em conta que existiam menos crianças a estudar e,
consequentemente, estas também era mais próxima porque todos se conheciam.
Para além disto, no interior da sala de aula só havia os famosos quadros de giz, enquanto na
escola anterior já tinham os quadros brancos interativos/com caneta para escrever. Nesta altura,
começou a surgir a tecnologia em sala de aula, estes quadros foram um exemplo disso, bem
como o surgimento dos computadores portáteis denominados “Magalhães”.
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Fonte: https://tek.sapo.pt/noticias/negocios/artigos/magalhaes-o-pequeno-portatil-portugues-desaparecido-que-continua-a-dar-cartas-la-fora
O objetivo principal deste projeto de oferta de Magalhães nas escolas era para incentivar o uso da
tecnologia aliado ao ensino. No entanto, como o portátil tinha alguns jogos eu e a maioria das
crianças utilizava mais para brincar do que propriamente para estudar ou fazer trabalhos.
Hoje em dia, com a remodelação dos Agrupamentos de Escola, já existem muito poucos quadros
antigos de giz, sendo que foram trocados por quadros interativos e de caneta.
Na minha opinião, a utilização das novas tecnologias ajuda a dinamizar as aulas, bem como as
tarefas propostas pelo professor, ou seja, quando se apresenta um trabalho é muito mais prático e
dinâmico fazê-lo através de um programa de computador do que fazer com papel e caneta, tendo
em conta que iria demorar mais tempo e a turma não iria prestar atenção. A utilização das novas
tecnologias capta a atenção das crianças, para que estas consigam aprender de uma forma
divertida. Antigamente, os manuais traziam um CD didáctico de apoio às disciplinas com vários
testes e jogos, hoje em dia os professores têm plataformas de apoio ao estudo e os alunos
também, estas podem fazer parte do Ministério da Educação, como ser plataformas que todos os
utilizadores podem aceder, como o Youtube e o Google. Assim sendo, o mundo digital aliado ao
ensino pode ser uma ferramenta facilitadora de aprendizagens.
Em relação ao ter várias professoras, bem como mais disciplinas não tive problemas em adaptar-
me porque estava entusiasmada por ser algo diferente, ou seja, sentia-me mais crescida. As
novas disciplinas eram história e geografia de Portugal, ciências naturais, EVT (educação visual
e tecnológica) tecnologias da informação e da comunicação (TIC), nesta altura, aprendi a
trabalhar nos programas do office. As que eu mais gostava eram ciências naturais e educação
tecnológica e as que menos gostava eram matemática e história e geografia.
Não tive dificuldades nos conteúdos programáticos e por isso passei com sucesso para o 6º ano.
Como os meus pais mudaram de casa, eu tive também de mudar de escola. Desta vez, fui
inscrita na Escola Eb 2,3 António Correia de Oliveira em Esposende. Mais uma vez, a mudança
de escola foi bastante tranquila, isto é, não tive problemas em conhecer amigos novos e
conhecer os novos professores. As disciplinas eram as mesmas, a única diferença foi a alteração
dos professores. A minha diretora de turma, professora de matemática, era uma ótima
profissional e era muito atenciosa e amiga dos alunos. Sempre que precisávamos de resolver
algum problema, ela estava sempre do nosso lado e ajudava-nos.
Nos intervalos eu e os meus amigos gostávamos muito de passear pelos espaços verdes da
escola.
Neste ano letivo, a escola desenvolvia atividades extracurriculares, como eu tinha uma amiga
que estava na equipa de desporto de andebol. Ela perguntou-me se queria ir assistir a algum
treino e eu por curiosidade aceitei, no entanto, o espírito de grupo incentivou-me e participei
logo neste treino.
Como havia vários treinos por semana eu tinha de orientar os estudos e os trabalhos de casa para
conseguir tirar boas notas. Os meus dias eram passados na escola e a treinar. Durante a prática
deste desporto conheci vários colegas da escola e podia distrair-me dos estudos.
Nesta altura o desporto era uma atividade que gostava imenso de praticar, porque, gostava do
contacto com os meus colegas e podia ficar mais tempo fora de casa e assim tinha uma
justificação para dar aos meus pais que me queriam em casa mais cedo, no entanto, inscrever-me
numa atividade extracurricular, exigia que fosse pontual, que fosse assídua e um compromisso
da minha parte. Um desporto como o andebol, exige dedicação e regras, o que ajuda os mais
jovens a ter concentração, disciplina e respeito pelos colegas da equipa, árbitros e adversários.
A prática de um desporto também ajuda a evitar algumas doenças como a obesidade, ajuda a
fortalecer o corpo e a mente, a combater o stress diário, no meu caso, o stress da família, a
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Infelizmente ainda existe muitas crianças, jovens e até pessoas mais velhas que não tem a sorte
de ter uma família ou ter condições mínimas de sobrevivência. Há regiões no mundo em que as
condições de vida são de pobreza extrema, vivendo milhões de pessoas no limiar da
sobrevivência. Neste sentido, existem muitas organizações governamentais e não
governamentais que ajudam a combater esta disparidade tão grande que existe entre a pobreza e
a riqueza. A Declaração de Alma-Ata (que expressa a “necessidade de ação urgente de todos os
governos, de todos os que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e da
comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo”, a Declaração dos
Direitos Humanos (afirma que “toda a pessoa tem direito a um nível de saúde eficiente para
assegurar a si e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao
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A higiene pessoal passa por se tomar banho todos os dias e sempre que fazemos atividade física
ou alguma atividade que nos deixe sujos, devemos ter muito cuidado na lavagem das mãos,
antes e depois das refeições ou depois de estarmos a brincar com as mãos no chão.
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Ter sempre as unhas limpas, para não levarmos micróbios à boca ou para a cama à noite.
Mudarmos a roupa interior todos os dias e não andarmos com roupa suja. A minha mãe dizia
que devia ter sempre o meu quarto limpo para não existir o perigo de infeções.
Ter a vacinação em dia e ir ao médico fazer check-up de seis em seis meses. Até ir ao dentista,
era obrigatório para a minha mãe, pois ela dizia que uma menina tinha de ter uma boca e dentes
limpos e saudáveis.
Para além do desporto e dos cuidados diários, a alimentação também era muito importante, pois
ajudava a ser forte e saudável.
A minha mãe sempre teve o cuidado de nos dar uma alimentação saudável para a minha idade
Para ajudar as pessoas a ter um pouco mais de conhecimento, a Roda dos Alimentos Portuguesa
foi criada em 1977 para uma Campanha de Educação Alimentar "Saber comer é saber viver".
A Roda dos Alimentos é uma imagem ou representação gráfica que ajuda a escolher e a
combinar os alimentos que deverão fazer parte da nossa alimentação diária.
Foi dividida em segmentos de diferentes tamanhos, os Grupos, que reúnem alimentos com
propriedades nutricionais semelhantes.
A nova Roda dos Alimentos é composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões, os
quais indicam a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação
diária:
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A água, não possuindo um grupo próprio, está também representada em todos eles, pois faz
parte da constituição de quase todos os alimentos. Sendo a água imprescindível à vida, é
fundamental que se beba em abundância diariamente. As necessidades de água podem variar
entre 1,5 e 3 litros por dia.
V – Carnes, peixes e ovos: carne vermelha (de vaca, porco, carneiro), carne branca (frango, peru
e coelho), peixes, ovos…
Os Nutrientes São todas as substâncias encontradas nos alimentos, que são úteis para o
metabolismo orgânico e indispensáveis para o crescimento, desenvolvimento e manutenção das
funções vitais dos organismos vivos, e consequentemente, para a boa manutenção da saúde.
As proteínas, os hidratos de carbono e as gorduras fornecem energia para todos os processos (por
exemplo, andar) e reacções do organismo (por exemplo, respirar), tendo uma função energética.
Alguns nutrientes servem para “construir” as estruturas do nosso corpo (por exemplo, as
proteínas para os músculos e alguns minerais como o cálcio para ossos e dentes), tendo uma
Função Construtora ou Plástica. As fibras, a água, as vitaminas e os minerais e oligoelementos
regulam e ativam as reações que ocorrem no organismo (por exemplo, a atividade intestinal) e
permitem que outros nutrientes sejam aproveitados e o protejam de diversas agressões e doenças,
tem a função reguladora, ativadora e protectora. As proteínas são indispensáveis na formação e
crescimento dos músculos, órgãos, pele e ossos e no fornecimento de energia. Numa dieta
equilibrada, devem contribuir com 10 a 15% do valor energético diário. Estão em maior
quantidade na carne, aves, peixe, ovos, produtos lácteos e leguminosas secas como o feijão,
ervilhas e sopa. As gorduras e os lípidos, fornecem energia, entram na constituição de todas as
estruturas celulares do nosso corpo, fornecem os ácidos gordos essenciais, ajudam-nos a
absorver as vitaminas A, D, E e K e ainda melhoram o sabor dos alimentos. As vitaminas são
fundamentais para o crescimento e equilíbrio do organismo.
As necessidades energéticas variam de pessoa para pessoa em função do sexo, idade, altura,
peso, atividade física, clima e outros factores. Por exemplo, para adultos saudáveis, com
atividade física moderada, é aconselhável uma ingestão diária média de 1800 Kcal para a mulher
e 2000 Kcal para o Homem.(Bem, s.d.)
A alimentação varia de país para país, de cultura para cultura, e de muitos fatores que
influenciaram a mudança na produção dos alimentos (sejam vegetais, carnes ou peixes..).
Numa sociedade em que tudo é feito a correr sob a pressão do tempo, a alimentação é pouco
cuidada e as refeições são feitas de forma rápida e desequilibrada, acabando por afetar a saúde
das pessoas. Confrontados com a quantidade avassaladora de novos restaurantes do género
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-nutricionais-/roda-dos-alimentos.aspx
Consegui manter as boas notas e passei sem nenhuma dificuldade. Fui para o 7º ano com 11
anos de idade. Como existiram algumas alterações familiares, tive de sair de Esposende e ir para
Lisboa. Fui para a Escola EB 2, 3 Mário de Sá Carneiro em Camarate (Lisboa), onde fiz mais
amigos. No entanto, a integração foi mais complicada porque quando entrei na escola os grupos
de alunos já estavam formados e eu não me identificava com as minhas colegas. Ainda assim,
consegui integrar-me no grupo, embora não me identificasse com a maneira de estar das minhas
amigas, estávamos juntas na mesma nos intervalos.
Neste ano letivo as unidades curriculares alteraram-se, agora passava a ter Física e Química,
História, Geografia, Educação Tecnológica e Educação Visual. Estas foram as disciplinas até ao
9º ano. Passei sempre sem dificuldade e gostava dos conteúdos abordados nestas novas
disciplinas.
No 9º ano fiz os exames nacionais de língua portuguesa e matemática. Como tinha algumas
dificuldades nestas duas unidades curriculares tive de estudar bastante, mas confesso que o
exame de língua portuguesa foi muito mais difícil. Ainda assim, passei nos exames e transitei
para o ensino secundário.
Passei para o 10º ano com 14 anos e decidi escolher o curso de Línguas e Humanidades, tendo
em conta que pretendia seguir as áreas de sociologia ou psicologia. As disciplinas alteraram-se e
passaram a ser: português, matemática aplicada às ciências sociais, geografia A, filosofia,
história A, inglês e educação física.
Até ao 12º ano, a dificuldade nos conteúdos era maior, contudo dependia da disciplina porque as
que gostava conseguia tirar boa nota e as que menos gostava tinha mais dificuldade.
No entanto, quando cheguei aos exames nacionais do 12º ano as disciplinas que eu me inscrevi
para os mesmos foram português e história. Eram muitos conteúdos para estudar, mas ainda
assim estudei sempre sozinha. Fazia resumos e esquemas para me conseguir orientar melhor o
que precisava de estudar. Os exames nacionais decorreram no mês de junho e lembro-me de
estar muito calor dentro da sala de aula e de eu estar um pouco nervosa.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Chumbei nos dois exames porque não alcancei a nota necessária para passar. Deste modo, perdi
o interesse pela escola mas voltei a tentar na 2ª fase de exames e até mesmo no ano seguinte,
embora tenha chumbado mais uma vez.
Terminei de estudar no ano de 2019 e só em 2022 decidi terminar os meus estudos, como tal,
inscrevi-me no Centro Qualifica da Competir de Torres Novas e depois de ser analisado o meu
perfil, fui encaminhada para o Processo RVCC.
Percurso Social
Aos 12 anos mudei-me para Lisboa, fui viver para casa dos meus avós por uns tempos. A
casa ficava num bairro onde todos já se conheciam, no entanto não foi difícil fazer amigos,
integrei-me bem apesar de não me identificar muito com eles.
Sempre me relacionei muito bem com os meus avós maternos, ensinaram-me a fazer muitas
tarefas que hoje em dia coloco em prática. Tive a possibilidade de observar de perto um
modelo a seguir de boa educação e de como saber estar em sociedade. Para além disso, a
minha avó materna, apesar de ainda só ter 65 anos, já entrou na fase a que se chama “3ª
idade”, mas continua a fazer a sua vida normal e ainda participa em atividades de um núcleo
da Junta de Freguesia onde pertence. As atividades que ela gosta de participar são: aprender
a bordar; a pintar; a fazer exercício físico; participar em eventos da comunidade (a última
participação da minha avó a nível social, foi estar na mesa de voto, no dia das eleições);
entre outras, como passeios em excursões a visitar outras localidades de interesse histórico.
Existem várias instituições que se preocupam em criar atividades para ocupar as pessoas de
mais idade, criando projetos de intervenção com a população idosa através da promoção da
saúde e de práticas artísticas, como forma de inclusão e diminuição do isolamento, com vista
a uma vida ativa e saudável, numa lógica de promoção do envelhecimento activo e bem-
sucedido.
Estes projetos que se espalham pelo país todo, tem como intuito ajudar na autonomia e
independência, contribuindo para a permanência dos idosos nos seus contextos
domiciliários. Estas atividades criadas no âmbito destes projetos, ajudam na promoção da
sua saúde, estimulam as suas competências físicas, cognitivas, emocionais e combatem o
isolamento.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Foram ainda criadas Estruturas Residenciais para Idosos ou até mesmo serviços de Apoio
Domiciliário que têm como objetivo oferecer os cuidados necessários e adequados às
necessidades de cada idoso, não só cuidados de higiene e alimentação, mas também de
atividades de tempos livres que possibilitem a sua independência e para não se tornar
sedentário.
Na minha opinião, estes folhetos são importantes porque têm a informação relevante que as
pessoas procuram para saber como lidar com determinada patologia. Deste modo, os meios de
comunicação usufruem da sua exposição para alcançar o público-alvo.
Felizmente, a minha avó não tem nenhuma destas doenças. As pessoas vão adquirindo
experiência de vida e conhecimentos que são transmitidos para as gerações mais novas, como
forma de ensinamento. Na minha opinião, pelo que observo nas notícias, no geral, a sociedade
discrimina o idoso, pois pensa que, pela perda de capacidades, estes já não têm valor.
Portanto, a minha experiência do que posso observar pelos meus avós que, são os exemplos
mais próximos que tenho, é que são pessoas com um estilo de vida completamente diferentes,
uma vez que a minha avó é muito ativa na sua vida pessoal e social e o meu avô era uma pessoa
muito mais sedentária, pois não desempenhava tantas tarefas e nem tinha uma vida pessoal e
social ativa, o que se reflectia na sua saúde.
Na minha opinião, é importante a criação de espaços para os idosos, pois como Portugal é um
país maioritariamente envelhecido, e urge a criação de mais condições para que durante a
terceira idade exista mais conforto e apoios para promover o bem-estar dos idosos.
Infelizmente, muitos dos programas existentes não chegam às populações que moram mais no
interior e estes são deixados muitas das vezes “ao abandono” por parte dos seus familiares e
vivem em condições muito precárias.
Os meus avós vivem em Valdujo em Trancoso na Guarda e como se pode ver pela imagem
retirada do Google Earth, esta aldeia, é muito pequena e isolada. Só às quintas-feiras é que passa
um autocarro que leva as pessoas à cidade para se fazer compras ou se tratar de assuntos.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Como os meus avós, existe muitas pessoas a viver em lugares assim, sem grandes condições de
vida e maior parte das casas, ou são de emigrantes ou de pessoas que foram residir na cidade e
só as visitam de vez em quando.
Considero que estava na hora de acabar com os preconceitos em relação às pessoas da terceira
idade, porque eles têm muito para nos oferecer e nós devíamos retribuir todo o carinho e
ensinamentos que nos deram a vida toda. No entanto, atualmente, a figura do idoso não é tão
respeitada e valorizada como antigamente. Por exemplo, existem cada vez mais notícias de lares
ilegais onde os idosos são maltratados, física e psicologicamente, de filhos que abandonam os
pais em hospitais ou lares de idosos porque os consideram um fardo financeiro e emocional ou
de pessoas em idade avançada que vivem sozinhas e isoladas, porque se vão tornando cada vez
mais invisíveis com o passar dos anos.
A velhice é associada à debilidade física e à perda de faculdades mentais e à ideia que estas
pessoas não servem para nada, a não ser para “dar trabalho”. Considero que ainda existe uma
enorme caminhada para desmistificar esta ideia e
Quando tinha 13 anos a minha mãe juntou-se com o meu antigo padrasto, e fomos viver todos
juntos. Ao início tudo correu bem, mas com o tempo as coisas foram piorando. Eu e o meu
padrasto tínhamos personalidades incompatíveis, e o ambiente tornou-se impossível e não
tardou muito a estarmos em constantes discussões.
Entretanto, como mudei de escola, fiz novos amigos, identificava-me mais, no entanto, a relação
também não foi a melhor. Estas situações contribuíram para que me tornasse uma adolescente
revoltada. Não lidava bem com as pessoas quando me contrariavam e estava constantemente
mal-humorada. Com o passar do tempo ia aprendendo a lidar melhor com as contrariedades da
vida e a melhorar muitos aspectos em mim que não gostava muito e aos 15 anos já me conseguia
controlar mais e aceitar melhor a convivência com os outros, mesmo quando não faziam aquilo
que eu queria.
Quando eu tinha 16 anos, o meu padrasto e a minha mãe separam-se, o que melhorou bastante a
minha relação com a minha mãe e a nossa qualidade de vida.
No meu grupo de amigos éramos 4, e no fim ficamos só 2, eu e a minha melhor amiga. E foi a
melhor coisa que me aconteceu, encontrar alguém completamente diferente de mim, uma pessoa
mais madura, que me ajudava a ultrapassar os momentos difíceis.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A partir destas mudanças, tudo evoluiu para melhor. Mesmo antes de mudar de cidade, a minha
mãe juntou-se com o meu atual padrasto, com quem tenho uma relação mais estável.
No Verão de 2019, fomos viver para o Entroncamento e o meu padrasto veio morar connosco,
inicialmente tínhamos algumas discussões que ainda hoje continuam, mas com diálogo
conseguimos resolver estas divergências.
Apesar de ter alguns amigos que são cristãos, e ter sido criada sob os ensinamentos da fé cristã,
atualmente eu não pertenço a nenhuma religião, pois não acredito em Deus. A religião para mim
é a crença na existência de um ser superior e eu não consigo entender que exista alguém que não
consigo ver.
Como referi, não tenho religião, mas ainda assim quando era cristã não tinha qualquer problema
em aceitar pessoas que acreditassem em outras ideologias e valores. Acho que devemos
respeitar o próximo, independentemente, das suas crenças, etnia, cor da pele ou religião.
Conheço pessoas de outras religiões e não é por isso que deixo de falar ou me relacionar com as
mesmas. Considero que cada pessoa tem a liberdade de acreditar no que quer. Todos temos
visões diferentes e é nesta diversidade que aprendemos, por isso devemos sempre valorizar as
opiniões dos outros porque só assim é que evoluímos. Aliás, eu penso que ao adotarmos uma
postura tolerante conseguimos evitar conflitos, e, quando eu sou tolerante com alguém também
espero que sejam comigo.
Penso que a religião tem vindo a modificar-se ao longo do tempo, isto é, antigamente em
Portugal as pessoas eram, a maior parte, cristãs. Apesar de ainda considerar que Portugal é um
país extremamente religioso, até porque muitos feriados públicos, festividades e costumes
portugueses têm uma conotação de origem religiosa, acho que a vinda de imigrantes para o
nosso país também trouxe mais variedade de religiões, e por isso também existe mais tolerância
religiosa.
Dos 15 anos aos 19 anos tive uma vida razoavelmente estável, sem muitas atribulações, como
tal, considero que tive uma juventude mais calma que a minha infância,
Quando fiz 19 anos, o meu padrinho fez questão de me oferecer um vale para pagar a carta de
condução. Ainda demorei algum tempo até me inscrever na escola de condução, pois sentia que
ainda não estava preparada para o fazer. Contudo, motivada pelas minhas necessidades de
deslocação para conseguir deslocar-me até ao meu local de trabalho, acabei por inscrever-me na
Escola de Condução do Porto Alto, no Entroncamento. Quando comecei as aulas de código,
senti que tomei a decisão mais acertada e, consequentemente, fez-me sentir um pouco mais
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
adulta. No fim de ter concluído as 30 aulas de código propus-me a exame e passei de imediato.
Logo depois, fiz as aulas de condução e propus-me a exame de condução, tendo passado logo à
primeira tentativa.
A minha licença para conduzir demorou algum tempo até ser emitida, mas depois informei-me
junto do IMT- Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P. que é o órgão que emite as cartas
de condução, pois tem como funções a regulamentação técnica, de licenciamento, coordenação,
fiscalização e planeamento no setor dos transportes, e pouco depois recebi-a pelo correio.
Para estar habilitada a conduzir tenho de saber o código da estrada correctamente para não
cometer nenhuma infracção. O código da estrada é o documento legal que estabelece as regras
de circulação de todo os tipos de veículos nas estradas e outras vias, bem como sua relação
com a população num determinado país ou região (Wikipédia - Código da Estrada, s.d).
Considero necessário respeitar as regras do código da estrada para existir organização na via
pública. Sem regras não poderíamos conduzir em segurança.
Tal como o código da estrada, a prevenção rodoviária também ajuda a combater a sinistralidade
nas estradas portuguesas. A prevenção rodoviária tem como principal intuito prevenir acidentes
rodoviários e a redução das suas consequências. Para conseguir alcançar este objetivo, esta
instituição cria diversas campanhas de prevenção rodoviária focadas em temas como a condução
defensiva ou o código da estrada.
Em 2018, a Prevenção Rodoviária juntamente com a Liberty Seguros lançaram uma campanha
denominada de “O Copo ou a Vida” para alertar os condutores para o perigo de beber e
conduzir.
A acção de comunicação, assinada pela DCE lovingbrands, esteve presente em 350 outdoors
espalhados por todo o país. A DCE lovingbrands tem vindo a criar campanhas de
sensibilização rodoviária. Em 2017, a agência assinou uma campanha de sensibilização para a
não utilização do telemóvel, com a assinatura “Agarre a vida, largue o telemóvel” (Meios e
Publicidade, 2018).
Acredito que estas campanhas de sensibilização rodoviária são fundamentais para passar aos
condutores, aos peões e outros utilizadores da via pública a informação necessária para circular
correctamente na estrada. Para além disto, é uma forma de alertar os condutores para os perigos
da estrada e para as consequências que advém das contra-ordenações.
Atualmente nos meus dias não tenho por hábito conduzir, pois não tenho automóvel, o meu
trabalho atual é perto da minha zona de residência e para além disso como a cidade onde vivo é
pequena consigo deslocar-me a pé. Já não conduzo a algum tempo, mas quando o fazia sempre
tentei cumprir com as regras de circulação na via pública. No entanto, por vezes praticava alguns
equívocos por esquecimento, como por exemplo assinalar a marcha antes de a iniciar. Nunca fui
multada, mas tenho conhecimento que poderia ser com uma coima com o valor de 60 a 300
euros, como indica a alínea 2 do artigo 12º do Decreto-Lei nº114/94 de 3 de Maio de 1994 (DL
n.º 114/94, de 03 de Maio, 1994). Quando círculo enquanto peão vejo algumas regras do código
da estrada a serem infringidas, tais como: circulação incorrecta nas rotundas, como indica o
Artigo 14.º-Ado Decreto-Lei nº114/94 de 3 de Maio de 1994, ultrapassagens em locais
desadequados como consta no Artigo 38º do Decreto-Lei nº114/94 de 3 de Maio de 1994, e pisar
traços contínuos, de acordo com o Artigo 49º do Decreto-Lei nº114/94 de 3 de Maio de 1994.
Concluindo, considero que devemos ser conscientes quando estamos a conduzir na via pública
porque nos podemos prejudicar e aos outros que não têm culpa dos nossos atos. Devemos
conduzir de uma forma atenta e com prudência, não só para com os outros condutores, como
também para os peões. Os meios de comunicação são uma grande ajuda para alertar as pessoas
das boas práticas a cumprir enquanto circulamos na estrada, quer seja como condutor como peão.
No Verão de 2021, a minha mãe foi viver com o meu padrasto para França, pois este já
trabalhava neste país há muito tempo. O maior objetivo da minha mãe com esta mudança era
conseguir encontrar melhores oportunidades de trabalho para me dar a mim e aos meus irmãos
uma melhor qualidade de vida em Portugal.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Assumi as responsabilidades da casa e de irmã mais velha e fiquei a cuidar dos meus irmãos,
sendo a responsável por eles em Portugal. Assim sendo, tive de aprender a gerir o dinheiro que a
minha mãe nos dava, passei a estar encarregue da maior das tarefas domésticas, nomeadamente
cozinhar as refeições, ir às compras e engomar a roupa. As restantes tarefas, como as limpezas
da casa ou a separação de lixo são distribuídas por mim e pelos meus irmãos. Também tenho a
responsabilidade de manter a casa e as contas bancárias organizadas. COLOCAR
ORÇAMENTO
Os meus rendimentos consigo gerir perfeitamente porque são só para mim, no entanto os valores
mensais que a minha mãe envia são mais difíceis de gerir porque são para mim e para os meus
irmãos. Por isso, todos os meses a minha mãe ajuda-me a fazer um orçamento para que eu
consiga orientar o dinheiro. Neste orçamento familiar consta as despesas fixas, as despesas
variáveis, as receitas e o saldo final.
Orçamento Mensal
Receitas Valor
Valor Transferido 1000€
Despesas Fixas
Renda Apartamento 450€
Pacote de internet e TV 80€
Empréstimo da Cadeira de rodas 75€
Despesas Variáveis
Eletricidade 30€
Gás 30€
Água 50€
Compras de Supermercado 200€
Total de Despesas 915€
Saldo Final 85€
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Para comprar a cadeira de rodas do meu irmão tive de adquirir um empréstimo, pois é um
equipamento muito dispendioso. Foi a primeira vez que adquiri um crédito, embora o
pagamento seja efetuado por mim é a minha mãe que paga o valor. O empréstimo é denominado
de crédito pessoal e só me foi permitido adquirir quando fiz uma conta de depósito à ordem no
BPI, este tem como objetivo financiar estudos, mobilar a casa, fazer obras ou até mesmo para
comprar um artigo que precisamos, como é o caso da cadeira de rodas para o meu irmão. O
crédito tem um valor de 75€ no prazo de 5 anos. Por isso, atendendo às despesas que temos, o
valor mensal transferido pela minha mãe tem de ser muito bem gerido para conseguirmos ter um
saldo final que nos permita guardar para algum imprevisto.
Para nos ajudar nas despesas da casa, todos os anos a minha mãe preenche a Declaração de IRS
para receber dinheiro dos descontos que fizemos ao longo do ano. O IRS é a sigla que significa
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. Assim sendo, o IRS é o imposto que
tributa o rendimento dos cidadãos, salvo algumas exceções previstas na lei (Montepio, s.d.). A
minha mãe pertence à categoria A- trabalhador por conta de outrem, e faz sempre o IRS on-line
porque é mais prático, ou seja, evitamos filas de espera, podemos fazer os cálculos com calma e
com o cruzamento de dados já temos a maior parte da declaração preenchida. Na minha opinião,
a realização do IRS todos os anos é muito importante para que, de alguma forma, consigamos
ter de volta o dinheiro que gastámos em serviços ao longo do ano.
A minha mãe sempre me ensinou a fazer um pé-de-meia, pois nunca se sabe o dia de amanhã.
Conheço muitas famílias que gastavam o dinheiro que tinham e logo que recebiam o ordenado
não conseguiam guardar uma percentagem e adquiriam empréstimos que não podiam pagar, por
isso é que muitas se endividavam.
Segundo os dados disponíveis em 2019 na DECO, existem famílias que não conseguem pagar
empréstimos contraídos tão recentemente. O Banco de Portugal manifestou preocupação com o
aumento muito rápido do crédito. Os dados do Banco Central mostram que, em 2018, cerca de
137 mil portugueses não conseguiram controlar as suas despesas com cartões de crédito.
Apesar das recomendações do Banco de Portugal para que as instituições financeiras sejam mais
prudentes na cedência dos empréstimos. O banco central mostra também preocupação em
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
relação ao alongamento dos prazos de pagamento, o que se traduz numa prestação mensal mais
baixa, mas em custos mais elevados no final do período.
As razões da rutura financeira das famílias estão também a mudar, em 2017, a mais importante
era o desemprego. Por outro lado, aumentam as situações de deterioração das condições laborais
e doença.
https://dia15.sapo.pt/deco-revela-novos-dados-sobre-endividamento-das-familias/
https://consumare.org/noticias/endividamento-das-familias-portuguesas-2019/
Como referi anteriormente, preciso de orientar o dinheiro que a minha mãe me dá porque
podemos precisar para alguma despesa extra, como já aconteceu com uma máquina de lavar que
avariou.
Na minha casa, este equipamento é muito útil no dia a dia, pois permite a lavagem da roupa de
uma forma mais rápida do que se fosse lavada à mão, como antigamente.
Na minha família, temos uma certa preocupação quando compramos algum eletrodoméstico
pois, tentamos optar pela classe energética A, em vez da classe B, C e D.
Hoje em dia, torna-se mais fácil fazer essa escolha porque quando compramos algum
eletrodoméstico, este apresenta a etiqueta energética.
A etiqueta energética tem elementos comuns a todas as categorias de produtos etiquetados, como
por exemplo:
Nome do fornecedor ou marca e identificação do modelo;
Classe energética;
Escala de eficiência energética através de setas coloridas que distinguem os produtos
mais eficientes dos menos eficientes por via da cor e letra associada ao seu desempenho;
Consumo anual de energia em kWh;
Pictogramas que evidenciam algumas das características dos produtos etiquetados.
Apesar dessas características genéricas, a escala de eficiência energética e / ou os pictogramas
podem variar consoante a categoria de produto.
Consumo Energético
Tal como opto por equipamentos que sejam mais sustentáveis para o ambiente e,
consequentemente, que consigam reduzir o valor da factura de electricidade, também tento
diminuir o meu consumo energético diariamente com pequenas ações, tais como: aproveito a luz
natural em vez de ter as luzes acesas, desligo os aparelhos para não ficarem em modo standby,
opto por escolher lâmpadas Led’s, evito utilizar o microondas para aquecer refeições recorrendo
ao fogão, e por fim, compro equipamento com a classe A.
Para além disto, quando alguma lâmpada se funde tento substitui-la por lâmpadas LED’s, como
a minha mãe sempre me indicou. Aprendi com a minha mãe quea lâmpada incandescente é a
mais barata, porém, tem baixa durabilidade e elevado gasto de energia; já
a lâmpada fluorescente possui durabilidade e preço medianos, assim como seu consumo de
energia; a lâmpada led tende a ter seu preço relativamente maior, no entanto, dura muito mais e
consome muito menos, como indica a ilustração seguinte.
Não tenho oportunidade de adquirir um recurso renovável, como os painéis solares, pois vivo
num apartamento, mas tenho uma amiga que vive numa vivenda e colocou recentemente painéis
solares com o objetivo de reduzir o gasto de eletricidade e a pegada ecológica, tendo em conta
que estes recorrem à luz solar para gerar eletricidade limpa, o que significa que produzem
energia renovável gratuita.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Para terminar, acho que todas as pessoas deveriam ter preocupação com o seu consumo
energético, uma vez que assim estaríamos a preocupar-nos com o ambiente e a cuidar deste para
as futuras gerações. Se diminuirmos o nosso consumo, não só energético, estamos a preservar a
biodiversidade.
No ano de 2021, pouco depois de completar 21 anos, comecei a namorar com um rapaz que
outrora já havia conhecido, pois pertencia ao meu grupo de amigos. Sempre nos demos muito
bem e sentia que gostava de passar mais tempo com ele, por isso quando completei os 21 anos
decidimos assumir a nossa relação.
Hoje em dia os telemóveis já nos permitem fazer variadíssimas tarefas, mas penso que a sua
utilização difere consoante as faixas etárias e as profissões, ou seja, enquanto os mais novos
adquirem os telemóveis para jogar e ir às redes sociais, no meu caso, como preciso do telemóvel
para o trabalho e para me manter contactável não faço questão de ter um telemóvel muito
moderno. Contudo, também percebo que alguém que tenha a profissão de relações públicas, por
exemplo, precisa de um telemóvel mais moderno com funções mais avançadas ou com uma
capacidade de memória maior, para que permita fazer a divulgação do seu trabalho.
Normalmente, como um telemóvel já é algo bastante dispendioso, tenho alguns cuidados para
que este consiga durar o máximo tempo possível, como por exemplo: coloco uma capa e uma
película no vidro, evito que caía ao chão, não o exponho a temperaturas muito altas nem muito
baixas, utilizo os acessórios oficiais da marca e evito o contacto com a água.
O meu telemóvel tem várias funções, mas as que destaco são: posso tirar fotografias ou vídeos
de um momento importante, coloco despertador no alarme do telemóvel, marco uma data
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Fonte imagem:
https://getemoji.com/
Para além das funções mencionadas anteriormente, utilizo o meu telemóvel para navegar na
internet, o site que mais utilizo é o Google, pois quando tenho alguma dúvida sobre alimentação,
culinária ou até mesmo pesquisar o preço e onde se vende online produtos de beleza. No
entanto, também gosto de utilizar as redes sociais, principalmente o instagram, whatsapp,
twitter, facebook e pinterest. De uma forma geral, estas redes sociais ajudam-me a estar em
contacto com a minha família/amigos e com o que se passa no mundo, e há pessoas que utilizam
estas redes sociais para poderem trabalhar. Considero, que o papel das redes sociais é
fundamental nos dias de hoje, pois é uma forma de estarmos mais atualizados, podemos ter
contacto com uma situação que está a acontecer no momento, podemos divulgar projetos ou até
mesmo ideias que surgem e com o passar da mensagem a ideia transforma-se num projeto
maior, pois teve mais aderência.
Não sou uma pessoa muito viciada nos conteúdos da internet, mas sei que existem pessoas que o
são e que preferem estar horas ao computador em vez de estar a conviver com amigos, vivendo
assim numa “bolha”. Aliás, quando passam algum tempo sem recorrer à internet ficam ansiosos
ou até mesmo quando se viciam nas redes sociais e procuram a aprovação dos outros ficam com
baixa autoestima quando não a alcançam.
Se não fosse a internet não poderia aceder à informação em tempo real e imediata, ou seja, teria
de pesquisar, como se fazia antigamente, em livros ou enciclopédias e ainda assim poderia não
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
encontrar respostas. Atualmente, sempre que tenho alguma dúvida recorro aos sites de pesquisa
ou até mesmo às redes sociais para estar mais informada e inspirar-me nos projetos e ideias de
outras pessoas. Para além disto, é através da internet que posso ocupar os meus tempos livres ou
até mesmo programá-los, uma vez que atualmente já podemos comprar bilhetes online para ir
ver um filme ao cinema ou um concerto, compramos bilhetes de avião e estadias em hotéis.
Contudo, quando acedemos à internet temos de ter conhecimento de que existem vários perigos
associados ao conteúdo que se pesquisa e aos vários tipos de rede. De uma perspetiva geral, as
pessoas recorrem à internet para questões de lazer como de trabalho, por isto os grandes
objetivos da internet são a troca de informações, entreter as pessoas, evitar deslocações
desnecessárias, pois já não é necessário deslocarmo-nos até às lojas e aos serviços públicos,
comunicar, entre outros.
Deste modo, esta facilidade de acesso tornou os hábitos das pessoas mais práticos, mas ao
mesmo tempo mais sedentários, ou seja, é mais funcional e económico não termos a necessidade
de nos deslocarmos até a um serviço público, pois podemos ocupar esse tempo de viajem
noutras atividades, recorrendo à plataforma online sem ter de aguardar em filas de espera. Por
outro lado, estes hábitos são mais sedentários, pois as pessoas passam mais tempo em casa e
sem a necessidade de se deslocarem também não estão a praticar atividade física. Por isso, um
dos principais perigos da utilização da internet é o tempo que despendemos a pesquisar,
tornando-se viciante e acaba por afetar a saúde mental e física. Enquanto estamos a utilizar a
internet devemos ter cuidado com a nossa exposição, pois é perigoso expor a nossa localização
ou até mesmo algumas fotos pessoais, tendo em conta que o que se publica neste espaço digital
fica guardado eternamente.
Outro dos perigos da internet, é a informação que nos chega através de email, ou seja, muitas
empresas têm acesso aos nossos emails e nem sabemos como conseguem, mas o que é facto é
que recentemente recebi um email que considero ser uma burla.
Quando me telefonaram a perguntar se queria ficar com o portátil, que a única coisa que teria de
fazer era um seguro de 4,99€ mensais, considerei que para um seguro não havia problema.
Primeiro a imagem do portátil que me foi enviada para o email, o portátil parecia grande e
quando chegou era muito pequeno. Quando veio o contrato que fizeram pelo telefone comigo,
afinal o contrato era de compra de um bem a prestações. Veio um plano prestacional de 2 anos, a
4,99€ mensais.
Como o acordado era que o valor seria para um seguro e não para comprar um tablet, fiz uma
reclamação por escrito à empresa e dei 15 dias para anularem o contrato, ou iria seguir para
contencioso, pois estive a ver a legislação e os meus direitos como consumidor no guia das
garantias de compra e venda, da Direcção-Geral do Consumidor - Centro Europeu do
Consumidor .
Data: 11/10/2022
Exmos. Senhores,
No passado dia 08 de Agosto de 2022, fui contratada através de email, que remeto em anexo, sobre
uma campanha que a V. empresa estava a fazer em que teria um tablet grátis, no seguimento da vossa
campanha.
RVCC – RECONHECIMENTO , VALIDAÇÃO, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Posteriormente fui contactada via telefone em que me informaram que o tablet estava pronto para
envio e que apenas teria de pagar um seguro do equipamento, embora por Lei, não seja obrigatório um
cliente fazer um seguro de equipamento algum.
Foi-me feito um contrato com um plano de prestações, contrato nº 403621. Este contrato é de Compra
e venda a prestações, logo não é de nenhum seguro, pois quando se faz um seguro tem de vir descrito o
nº da apólice, a companhia de seguros onde o seguro foi realizado, o que não é o caso.
Considero que assim sendo, é publicidade enganosa e que estão a vender os produtos e não a
oferecerem nada. Quero devolver o tablet e que me seja anulado por escrito qualquer contrato que
tenham feito, visto eu não ter comprado o tablet.
Fui ao banco anular a transferência do valor e vou contactar as autoridades competentes, caso não me
seja enviado um documento a anular qualquer contrato realizado por vós.
Aguardarei 15 dias, prazo para receber o documento, caso este documento de anulação não chegue
dentro do prazo, recorrerei aos meios legais ao dispor para o efeito.
Assinatura
Tânia Cardoso
Anexo: Cópia do contrato de compra e venda a prestações, que nem é válido porque não está assinado
e que não é uma apólice de seguro
Trata-se de direitos dos cidadãos enquanto consumidores, que obrigam a prestações do Estado
e se impõem aos próprios operadores económicos fornecedores de bens, desde a produção até à
distribuição final.
A legislação das garantias que protege os consumidores e se aplica aos bens que estes
adquirem para fins particulares, abrange não só os bens móveis, como um frigorífico, uma
máquina fotográfica, um automóvel, uma peça de vestuário, como os bens imóveis,
como uma moradia ou um apartamento, quer sejam novos ou usados.
A Direcção-geral ao consumidor publicou o Decreto-Lei n.º 84/2021, de 18 de outubro, que
regula os direitos do consumidor na compra e venda de bens, conteúdos e serviços digitais,
transpondo as Directivas (UE) 2019/771 e (UE) 2019/770, de 20 de Maio.
Em qualquer compra de bens, quer seja numa loja física ou pela internet, o consumidor
tem sempre direito a uma garantia. Existem três tipos de garantia diferentes.
1. Garantia Legal
Primeiramente, essa modalidade é prevista pelo CDC e prevê 30 dias de garantia de bens não
duráveis e 90 dias de garantia de bens duráveis. Desse modo, quando não é solucionado o caso
em até 30 dias, o consumidor tem o direito de escolher se quer receber o dinheiro de volta, se
prefere descontar o preço ou se quer trocar a mercadoria.
2. Garantia Contratual
A garantia contratual, por sua vez, é oferecida pelo fabricante de bens duráveis e, portanto, não
é prevista pelo Código de Defesa do Consumidor. Nessa modalidade, se o fabricante oferecer
um ano de garantia, o cliente poderá fazer reclamação até um ano após a compra. Além disso,
também dispõe dos 90 dias de garantia já previstos para bens não duráveis.
3. Garantia Estendida
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Por fim, a garantia estendida funciona como um seguro para cobertura de defeitos que deve ser
adquirido de forma adicional pelo cliente. Assim, durante a venda, o vendedor pode perguntar
ao consumidor se ele deseja estender a garantia do item que está comprando. Portanto, vale
destacar que esse serviço é pago.
https://www.dlojavirtual.com/e-commerce/conheca-os-3-tipos-de-garantias-para-o-consumidor-
existentes/
Nestes casos, a lei define que podem acontecer uma de quatro possibilidades:
Reparação;
Substituição;
Redução do preço;
Devolução.
Qualquer uma destas opções é válida e a decisão é do consumidor e nunca do comerciante. A lei
é clara no que diz respeito a este ponto.
Todos os decretos de lei, diretrizes e leis depois de serem aprovadas tem de ser publicadas em
Diário da República, para que todos possam ter acesso às mesmas e não poderem alegar
desconhecimento da Lei, no entanto, poucas são as pessoas que leem o Diário da República
diariamente para saberem a imensidão de diretrizes publicadas constantemente.
No caso de se optar por uma reparação, o período do arranjo não pode ultrapassar os 30 dias.
Tem ainda o direito de pedir uma extensão do que restar da garantia igual ao período em que
esteve privado da utilização do produto, por causa da reparação.
No caso dos bens móveis usados, estes podem ser vendidos com apenas um ano de garantia,
porém desde que exista acordo entre o vendedor e o comprador.
No meu caso, como o problema da aquisição do tablet não foi numa loja física e eu não comprei
nada, fui apenas enganada, considero que se a empresa não aceitasse a minha carta de
reclamação, uma forma que tinha para fazer queixa, era no livro de reclamações online, que
permite aos consumidores fazerem as suas reclamações deforma mais simples e eficaz, segundo
relatos de alguns colegas. As reclamações podem ser realizadas ao abrigo dos direitos do
consumidor, Decreto-Lei n.º 74/2017 de 21 de Junho e com a criação do programa «SIMPLEX+
2016», a medida «Livro de Reclamações On-line», que se traduz na disponibilização de uma
plataforma digital, que permite que nós consumidores, possamos apresentar reclamações e
submeter pedidos de informação de forma desmaterializada, bem como consultar informação
estruturada, promovendo-se o tratamento mais célere e eficaz das solicitações e uma maior
satisfação destes (DRE, 2021).
Considero que a criação do Livro de Reclamações online é muito importante, pois nem sempre é
fácil nos dirigirmos às lojas presencialmente nos 15 dias após a compra dos produtos e como
para vermos os nossos direitos assistidos, é necessário que a reclamação seja feita neste prazo, e,
com o livro online é possível fazer a mesma no prazo devido.
Como a empresa anulou o contrato não vi razão para fazer nenhuma reclamação, pois vi os meus
direitos acautelados e não prosseguiram com a burla, preferiram anular o contrato. NO entanto,
caso não o tivessem feito eu teria outra opção para além de reclamar no livro de reclamações,
pois poderia recorrer ao apoio de um serviço de proximidade, habitualmente designado
CENTRO DE INFORMAÇÃO AUTÁRQUICO AO CONSUMIDOR ou recorrer de imediato a
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https://www.consumidor.gov.pt/consumidor_4/-conflitos-de-consumo.aspx
Qualquer problema que o consumidor tenha, relativamente a um bem ou serviço, esta associação
da defesa do consumidor ajuda a que seja indemnizado ou ressarcido pelos danos causados.
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https://www.consumidor.gov.pt/parceiros/sistema-de-defesa-do-consumidor/associacoes-de-
consumidores.aspx
Relativamente, aos vários tipos de rede, sei que existem diferentes tipos, tais como: a banda
larga, internet móvel, rede privada virtual (PVN), Redes dial-up, rede local (LAN) e redes diretas. Em
minha casa utilizo a internet privada e a internet móvel quando estou fora de casa, pois no meu telemóvel tenho
um tarifário que pago os meus dados móveis para poder aceder à internet em qualquer lugar. Normalmente,
tenho algum receio quando, por exemplo, acedo às redes locais, como é o caso da rede que se encontra nos
centros das cidades, pois são facilmente acedidas por qualquer pessoa, o que faz com que os meus dados
pessoais colocados numa aplicação com acesso à internet sejam acedidos com facilidade.
Por fim, considero que a principal vantagem dos telemóveis são a fácil e rápida comunicação
entre pessoas. Por outro lado, as desvantagens do uso do telemóvel são o vício que o utilizador
adquire ao longo do tempo, e a forma como deixa de fazer a sua vida pessoal em prol da
dependência do telemóvel.
Neste momento, os meus pais estão a viver em França e eu cuido dos meus irmãos. Assumia as
responsabilidades da casa e de orientar os meus irmãos. Como o meu irmão tem um problema de
saúde, eu e as minhas irmãs organizávamos a medicação dele que tem de ser duas vezes ao dia.
Tento sempre que a hora dos medicamentos seja certa e sigo sempre as indicações dos médicos e
da bula informativa do medicamento, para que não haja consequências negativas.
A doença do meu irmão chama-se Alfa Talassemia (atraso mental, ligada ao X) e é genético.
Deste modo, não se pode curar com outro tipo de medicinas, como as medicinas alternativas ou
com as mezinhas caseiras. No entanto, apenas procedemos a uma receita caseira, isto é, como
utiliza uma sonda gástrica para se alimentar, por vezes fica com feridas. Inicialmente
cuidávamos com um creme gordo bastante hidratante, mas quando está com a pele mais seca e
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sensível devemos colocar algo mais forte. Descobrimos que a clara de ovo é composta por
propriedades que conseguem cicatrizar as feridas.
Hoje em dia, a minha vida é dedicada à minha família e ao meu trabalho. Tenho objetivos
futuros que gostava de colocar em prática, como a mudança de país, pois Portugal não me
oferece as condições necessárias para eu viver. Gostava de ter uma qualidade de vida superior,
com um emprego que goste e que me dê oportunidade para viver tranquilamente e aproveitar
para fazer o que gosto de fazer, nomeadamente viajar.
Percurso Profissional
Iniciei o meu percurso profissional com 18 anos, pois como ainda estava a tentar terminar
algumas disciplinas do 12º ano e tinha algum tempo livre decidi que queria começar a trabalhar
para poder ter alguma independência financeira.
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Fonte: https://mundodasmarcas.blogspot.com/2011/05/dia.html
No dia 4 de fevereiro de 2019 comecei a formação como Operadora de loja, para conseguir
desempenhar corretamente as minhas funções. Normalmente, o meu horário era das 17h15 às
21h15, com folgas rotativas. No princípio, como me foi transmitido na formação, as minhas
funções eram estar na caixa. No entanto, com o passar do tempo passei a desempenhar outras
funções, como reposição e padaria. Eu gostava mais de estar no espaço da padaria, pois não
tinha de contactar com muitas pessoas, pois o atendimento ao público não é nada fácil e é
necessário muita paciência. Junto à padaria estava a zona do take away que eu também ajudava
nas tarefas que eram precisas fazer. Quando estava a desempenhar funções nestas duas áreas
tinha de ter algum cuidado, para além de utilizar a minha farda com uns sapatos adequados ao
meu trabalho, sempre que tocava na comida e no pão teria de lavar as mãos antes e utilizar umas
luvas adequadas a temperaturas altas para retirar os frangos assados e o pão dos fornos. Depois,
sempre que atendia os clientes no take awayusava umas luvas descartáveis e logo de seguida
lavava as mãos. No final do meu turno, limpava as grelhas dos fornos, limpava o local de
exposição dos alimentos e a copa que implicava higienizar o chão e as bancadas de inox.
Quando terminava de limpar o chão colocava uma placa para que os meus colegas percebem-se
que o piso estava molhado, de forma a evitar acidentes.
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Na minha opinião, as regras de higiene e segurança no trabalho devem ser sempre cumpridas, de
modo a evitar acidentes e para proteger os colegas e os clientes também.
Até mesmo quando nos eram realizados os horários mensais, era possível fazer trocas apenas
falando, sem ser necessário o recurso às novas tecnologias.
Na loja eram poucos colaboradores e por isso todos se conheciam, o que ajudava nestas trocas
de horários ou na resolução de problemas. Recordo-me que existiam 3 chefes de loja todos com
as mesmas funções, mas cada um, com a sua importância para o funcionamento da loja, sob as
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ordens destes existiam cerca de 8 colaboradores de loja que passavam por todas as secções,
nomeadamente a padaria, reposição e frente de loja.
O organograma seguinte demonstra a hierarquia da loja:
Colaboradores
Operador de Operador de
Padeiro
Caixa Loja/Repositor
Nesta loja estive um ano e dois meses, depois decidi sair porque ficava muito longe do meu
local de residência. O tempo era muito extenso, pois tinha de ficar a aguardar pelos transportes
públicos e não me compensava. Apesar de gostar da equipa de trabalho, decidi mudar de
emprego.
No E.leclerc, utilizava um computador que funcionava como caixa registadora. Para mim foi
fácil de aprender a trabalhar com o sistema do computador da caixa registadora porque já tinha
alguma experiência do emprego anterior.
No entanto, existiam alguns detalhes que eu não sabia muito bem trabalhar, mas depois com a
ajuda das minhas colegas da caixa central e do manual de instruções, foi mais fácil. Este
equipamento auxiliava-me a fazer as contas dos clientes e a saber quanto dinheiro é que temos de
ter em caixa no final do dia de trabalho. Para além disto, a caixa registadora faz a leitura do
código de barras e emite um recibo para o cliente pagar.
Neste emprego, computador foi fundamental, pois com o seu sistema ajudava a que o meu
trabalho fosse mais prático e rápido em relação a fazer trocos a clientes, a saber quanto dinheiro
existe em caixa e, deste modo, já não é necessário fazer as contas dos clientes em papel, como
antigamente, o que me iria dar mais trabalho e seria um processo que me levaria mais tempo.
Os períodos mais complicados de trabalho eram nas épocas festivas, nomeadamente no Natal,
onde as pessoas procuram os supermercados para comprar alimentação e presentes. Para além
disso, muitas vezes existiam campanhas de solidariedade social que tínhamos informação sobre
o que iríamos vender para ajudar determinadas instituições. A última campanha que ajudei foi
da UNICEF, onde foram vendidos livros de histórias infantis que iriam reverter a favor da
mesma.
A UNICEF é uma organização que ajuda as crianças mais desfavorecidas e os países com
mais necessidades. A UNICEF visa, através dos seus programas, promover a igualdade de
direitos das raparigas e das mulheres e apoiar a sua plena participação no desenvolvimento
político, social e económico nas comunidades onde estão
inseridas.https://www.unicef.pt/unicef/a-unicef/
Como me considero uma pessoa que gosta de ajudar o próximo, também participei na iniciativa,
embora eu acho que não é através de venda de livros que se consegue potenciar a angariação de
fundos. Na minha opinião, como o povo português gosta muito de festa, em vez de existir
angariações em supermercados, podia-se organizar convívios com música e venda de refeições,
em que parte das vendas reverte-se para as organizações de solidariedade social.
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Passados três meses, acabei por me despedir do meu trabalho porque não me sentia bem no meu
ambiente de trabalho, uma vez que não gostava muito de atender os clientes e o horário de
trabalho não era respeitado, isto é, nem sempre respeitavam as minhas pausas. Eu sei que
segundo a lei do Código do trabalho, é obrigatório fazer intervalos durante o horário de trabalho,
o mesmo não acontecia quando estava neste emprego.
Segundo a alínea 2 do artigo 213º: “Por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho,
pode ser permitida a prestação de trabalho até seis horas consecutivas e o intervalo de
descanso pode ser reduzido, excluído ou ter duração superior à prevista no número anterior,
bem como pode ser determinada a existência de outros intervalos de
descanso.”https://dre.pt/dre/legislacao-consolidada/lei/2009-34546475-46743875
Normalmente, durante o meu período de trabalho, para além da pausa do almoço, tinha o direito
de fazer um intervalo de 10 minutos que nem sempre era respeitado.
Portanto, como não gostava de trabalhar naquele ambiente tomei a decisão de escrever uma
carta de despedimento no programa Microsoft Word, onde posso fazer cartas, redigir um artigo,
fazer trabalhos, entre outros. A carta de despedimento é a seguinte:
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Foi através desta carta de despedimento que os meus superiores neste emprego ficaram a
perceber o meu descontentamento e a minha vontade de sair e procurar novas oportunidades
para a minha vida Profissional.
Após o meu despedimento ainda procurei trabalho durante algum tempo até que em fevereiro de
2022, através das redes sociais, vi que uma empresa de limpezas que se chama “Ecoclean”,
localizada no Entroncamento estava a precisar de colaboradores e decidi preencher o formulário
online e enviar. Após 5 minutos contactaram-me para solicitar a minha presença para a
entrevista presencial. Durante o desenvolvimento da entrevista, explicaram-me no que consistia
o trabalho e propuseram que este fosse pago através de recibos verdes. Depois fizeram-me
algumas questões, nomeadamente se eu já tinha experiência na área, se estava habilitada a
conduzir e se tinha filhos ao meu encargo.
No dia seguinte, perguntaram se estava disponível para fazer um serviço de limpeza a uma
empresa. Como não tenho contrato com esta empresa posso sair quando quiser e receber o
ordenado por inteiro, sem necessitar de fazer descontos, pelos menos durante um ano, embora
não tenha direito a outras regalias, como as férias ou a possibilidade de faltar por alguma
eventualidade, caso isso aconteça como não trabalhei, também não sou paga.
O meu dia-a-dia não é monótono, ou seja, faço limpezas para clientes de empresas e particulares
certos, mas o horário pode mudar consoante a disponibilidades destes. O material para proceder
à limpeza dos espaços é disponibilizado pela minha empresa, tal como a farda (pólo branco e
casaco azul com o logótipo).
Durante o processo de limpeza, tenho de ser profissional e reger-me pelos valores da entidade
profissional para a qual trabalho, como a confidencialidade, respeito, ética, responsabilidade,
lealdade, sigilo profissional, organização, entre outros. Por exemplo, quando vou limpar o
escritório não posso mexer na documentação que está exposta, pois existem muitos dados
confidenciais nos documentos dos clientes, e por isso devo ser sigilosa.
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Para além disto, neste emprego, apesar de não ser muito rigoroso, também preciso seguir o
código de Higiene e Segurança no Trabalho, como a utilização de luvas quando lavamos as
casas de banho e depois desinfeto sempre as mãos; utilização de calçado confortável e no fim de
cada tarefa limpamos os materiais que utilizamos, como as vassouras e as esfregonas. Tal como
no fim de cada limpeza, todo o lixo que recolhemos é colocado nos ecopontos: colocamos o
papel no papelão e os resíduos de casa de banho e refeitório vão diretamente para o lixo
doméstico.
Em Portugal, existem três contentores que têm como objetivo a separação dos vários tipos de
embalagens usadas. Cada contentor tem uma cor à qual está associada o tipo de material a
depositar. Assim sendo, os contentores e as embalagens a depositar devidamente são:
Ecoponto Amarelo (plástico e metal): Latas de bebidas, latas de conserva, pacotes de leite
e bebidas, iogurtes, aerossóis vazios, tabuleiros de alumínio, garrafas, garrafões e frascos
de plástico, sacos de plástico e esferovite limpa.
Ecoponto azul (papel e cartão): Embalagens de papel e cartão. Apesar de não serem
embalagens também deveremos colocar jornais, revistas e papel de escrita e impressão.
Ecoponto verde (vidro): Garrafas, frascos e boiões de vidro (O Meu Ecoponto, s.d.);
Lixo Doméstico: todos os resíduos que são produzidos em contexto habitacional, mas
concretamente os materiais orgânicos (restos de alimentos, madeira, de objetos
humanos).
Ilustração 14 - Ecopontos
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Na minha opinião, é muito importante fazer reciclagem porque sem dúvida que estamos a ajudar os
nossos filhos e netos a viverem num planeta melhor. Existem muitas regras que já deviam ter sido
implementadas há muito mais tempo, como por exemplo, fazer corretamente a separação do lixo, ato
que é muito simples e tão benéfico para o nosso planeta.
A Resitejo é uma empresa que se preocupa com o ambiente e segue todas as regras e práticas impostas
pelo Ministério do Ambiente, inclusive a Resitejo promove campanhas de sensibilização junto da
população para chamar à atenção para a importância da reciclagem dos materiais.
Inicialmente esta campanha incidia no concelho da Chamusca, mas atualmente a rede de recolha
aumentou para os concelhos vizinhos.
No site da Resitejo existe o calendário dos dias e horas das recolhas e é ainda disponibilizada uma
aplicação para os telemóveis onde as pessoas recebem uma notificação do dia e da hora da recolha para
não se esquecerem e ainda um mapa de localização dos ecopontos de superfície das várias localidades.
Na minha zona de residência também já existe estes ecopontos, por isso considero que são muito
úteis, transformando este projeto muito inovador. Por vezes, temos preguiça de separar os
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resíduos e levá-los até aos ecopontos que estão espalhados pela cidade, assim sendo é só colocá-
los à porta e torna este processo muito mais fácil. Desta forma, sinto que estou a ajudar o meio
ambiente e a preservá-lo para as gerações futuras.
Considero que uma das vantagens da reciclagem é a utilização de material usado ou reciclado
para fazer trabalhos de decoração ou artísticos. Por vezes procuro nas redes sociais técnicas para
poder reutilizar um determinado material, como as latas que posso personalizar e colocar velas
com cheirinho pela casa ou até mesmo o cartão para organizar gavetas, como demonstra as
ilustrações.
https://decorandocasas.com.br/2016/09/22/objetos-confeccionados-com-materiais-reciclaveis-faceis-
de-fazer/
https://www.simperj.org.br/en/blog/2019/05/16/9-formas-de-economizar-dinheiro-em-casa-com-
reciclagem/
Acredito que o facto de se usar materiais usados estou também a diminuir a minha produção de
resíduos, o que ajuda e diminui a utilização de meios e a energia para recolher e separar os
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mesmos. Talvez as minhas ações não sejam suficientes para ajudar o meio ambiente, mas
qualquer das formas se todos o fizermos o impacto será maior.
Percurso Formativo
Formação frequentadas
Conclusão
Fazer é fácil, pensar é difícil: fazer como se pensa ainda é mais difícil.
Goethe
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A conclusão do PRA deverá ser um balanço final de todo o Processo e deverá estar estruturada,
desenvolvendo os pontos seguintes:
- Na elaboração do PRA, referir quais foram as suas principais dificuldades e como as superou;
- Falar um pouco das áreas de competência-chave (Sociedade, Tecnologia e Ciência; Cidadania e
Profissionalidade; Cultura, Língua e Comunicação).
- Indique com qual das áreas mais se identificou e porquê;
- Indicar se o processo foi ao encontro das suas expectativas iniciais;
- Referir, de que forma pretende continuar a valorizar a sua formação, numa lógica de
aprendizagem ao longo da vida;
- Falar sobre o seu projeto futuro.
Reflexão Final
Após ter vivenciado esta aventura, convidamo-lo a elaborar uma reflexão a propósito
do processo de RVCC. A reflexão deverá seguir os seguintes itens:
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Webgrafia
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/134785/3/482585.pdf;
Guimarães, Joana. Ferreira, Paula. Valinho, Rita. Animação Sociocultural – Técnico de Animação
Psicossocial, Módulos 8,9 e 10. Porto Editora. Porto;
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Anexos