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TEA Oficial
TEA Oficial
TEA Oficial
Epidemiologia e Etiologia;
Tratamento
Para começar o tratamento do TEA é necessário um aprendizado psicoeducacional,
ou seja, devemos informar a família, educadores, a criança e os outros profissionais
envolvidos no tratamento a respeito do diagnóstico. Através de livros, websites,
cartilhas e artigos para construir uma psicoeducação, quanto mais informação a família
tiver sobre o TEA, mais adesão ao tratamento o paciente vai ter (TEIXEIRA, 2016).
Com a psicoeducação adequada, a família terá maiores chances de buscar um
tratamento adequado, ético com fundamentação cientifica, é necessário ficar atento
quanto a necessidade de medicação para auxiliar no tratamento, tendo em vista que a
medicação não é curativa, mas sintomática, utilizada para conter um sintoma alvo,
devido ao fato do paciente com TEA as vezes terem comorbidades com outros
transtornos (TEIXEIRA, 2016).
Alguns autores afirmam que o planejamento do tratamento deve ser de acordo com
o desenvolvimento do paciente. Com crianças pequenas, a prioridade deveria ser terapia
da fala, da interação social/linguagem, educação especial e suporte familiar. Já com
adolescentes, os alvos seriam os grupos de habilidades sociais, terapia ocupacional e
sexualidade. Com adultos, questões como as opções de moradia e tutela deveriam ser
focadas (BOSA, 2006). O tipo de terapia escolhido deve ser dialogado também com
outros profissionais envolvidos no tratamento, dentre elas estão:
1 - Equoterapia, cada vez mais vem sendo utilizada no Brasil, por conta dos ótimos
resultados. Essa modalidade de terapia, abrange todas as atividades e técnicas que
utilizam o cavalo como mediador, onde tem como foco maior educar ou reabilitar os
pacientes que apresentam deficiência tanto física quanto psíquica. Este animal apresenta
se muito inteligente, pois possui uma boa memória, o que o torna capaz de memorizar
lugares, acontecimentos, objetos e pessoas, podendo inclusive, refletir a maneira como
determinado indivíduo o trata (SILVA; LIMA; SALLES, 2018).
2 - Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) se mostrou muito efetiva no
tratamento de diversos transtornos surgidos na infância. Em relação ao TEA-AF, os
estudos mostram grande eficácia em crianças e jovens. Entende-se que nessa
abordagem, mesmo sendo adaptada para o atendimento infantil, implica que os
pacientes demonstrem um nível cognitivo para que o trabalho seja efetivo.
(CONSOLINI; LOPES; LOPES, 2019)
3 - O Applied Behavior Analysis (ABA) exige uma verificação detalhada dos
fatores ambientais e como isso interfere nos comportamentos da criança com TEA,
buscando assim identificar os determinantes e os fatores que resultarão na sua repetição,
informações essas que são de suma importância para delinear o acompanhamento dos
processos de intervenção, em sua grande maioria os programas usam de habilidades
verbais e de comunicação. A ABA investe de forma considerável na formação
especifica dos terapeutas pra que haja resultados mais consistentes, também há um
trabalho com participação dos pais, proporcionando uma estimulação mais intensiva no
ambiente domiciliar (FERNANDES& AMATO, 2013).
4 - A psicanalise tem como objeto de estudo no TEA os seguintes aspectos
relevantes nas intervenções: o psíquico, o social e o orgânico, priorizando as relações de
desejo para que tenha a formação subjetiva e o surgimento do sujeito desejante. O
tratamento do autismo na psicanalise foca o que falta na constituição de um sujeito
psíquico, é de forma que sua aprendizagem surja como uma consequência da sua
integração subjetiva no campo significante. (ADURENS E MELO, 2017)
Por fim, também é de extrema importância o acompanhamento com um
fonoaudiólogo especializado, tendo em vista que o paciente pode ter prejuízos na
aquisição de linguagem verbal e dificuldades em linguagem não verbal. A terapia
ocupacional é necessária para reorganização sensorial, porque comumente a criança
com TEA tem questões sensoriais importantes que sem o tratamento ocupacional, a
terapia psicológica se torna ineficaz (TEIXEIRA, 2016).
Referências