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Layane de Souza Santos

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FAKE NEWS E ENSINO DE HISTÓRIA: PRÁTICAS DE

LETRAMENTO CIENTÍFICO NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO


BÁSICA (BELÉM-PA)
Layane de Souza Santos (UFPA)
Layaness811@gmail.com
Orientador(a):Profª. Drª. Franciane Gama Lacerda (UFPA )

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INTRODUÇÃO
Este trabalho visa apresentar os resultados de uma vivência escolar,
obtida por meio do programa Residência Pedagógica de História da
UFPA. A experiência aconteceu na EMEIF Professor Francisco da
Silva Nunes, em Belém (PA) com alunos do 7º ano do ensino
fundamental. Por meio de um diagnóstico da realidade escolar,
decidiu-se refletir acerca das “notícias falsas”, buscando-se pensar Fonte: Arquivo pessoal (2019) Fonte: Arquivo pessoal (2019)

historicamente a questão. O enfoque voltou-se para o contexto das OBJETIVO


“grandes navegações” e das “descobertas” do chamado “novo Partindo das observações do cenário atual e da necessidade de
mundo”. Por meio da temática pode-se dinamizar a aprendizagem em dinamização do Ensino da disciplina de História em turma do 7º
História, refletir sobre os usos da internet e as fake news, além de se ano, os seguintes escopos foram traçados:
acompanhar o processo de escrita e leitura da turma. Para a Construir conexões de questões do passado com questões
construção do trabalho foram utilizados autores como Nucia de contemporâneas.
Oliveira que escreve sobre as conexões possíveis entre História e Levantar discussões reflexivas acerca do contexto
Internet, também foi utilizado o texto Thiago Reisdorfer, que trabalha cibernético em que os alunos estão inseridos.
com fake news já desvendadas e como o ensino de história pode vir a Refletir sobre o Brasil colonial a partir de narrativas
ser uma importante ferramenta no combate deste tipo de notícia. construídas acerca dos indígenas.
Com relação ao contexto das “grandes navegações”, foi utilizado os Promover atividades visando o aprendizado da independência
trabalhos de Manuela Carneiro da Cunha, acerca dos contatos entre dos alunos no que diz respeito às atividades escolares
indígena e europeus, bem como Ronald Raminelli, que descreve objetivando a produção do saber histórico a partir da produção
sobre como os viajantes observavam os Tupinambás. de jornais.
MATERIAIS E MÉTODOS Imagem 04 Imagem 05

A partir de adaptações da ideia de “aula-oficina” proposta por


Isabel Barca (BARCA, 2004), a temática foi trabalhada por aula
expositiva dialogada, utilizando power point. Num primeiro
momento se teve uma discussão com os alunos por meio de pinturas
e gravuras do Brasil colonial e como essas imagens eram levadas
para Europa e que muitas vezes as mesmas sofriam mais de uma
modificação, sempre questionando com os alunos sobre o seus Fonte: Arquivo pessoal (2019) Fonte: Arquivo pessoal (2019)
conhecimentos prévios sobre o assunto e o entendimento do mesmo.
Com uma passagem de tempo, e com muita atenção para não se RESULTADOS E DISCUSSÕES
incorrer em anacronismos, construiu-se reflexões acerca das Durante o percurso da atividade os resultados foram
chamadas fake News. Foram sendo mostradas algumas notícias imediatos, os alunos demonstraram bastante interesse na
veiculadas na mídia no ano de 2018 e os alunos tiveram a liberdade temática e extremamente questionadores. Desse modo, pode-se
para falar sobre o tema, e os impactos das fake news em nosso perceber a autonomia do aluno se fortalecendo. Os discentes
cotidiano. Posteriormente partiu-se para a fase de preparação dos demonstram um entendimento maior do contexto histórico
jornais artesanais feitos pelos discentes. comentado ao longo da exposição quando foi feita a ligação com
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o presente. Os discentes mostraram-se também integrados com a
temática comentando sobre jornais que assistem com a família
em casa. Sobre a montagem dos jornais os alunos foram
criativos nas noticias, desenharam e se expressaram de forma
instigante na apresentação oral. A atividade revelou a
importância da construção de um saber histórico escolar
Fonte: CHICANGANA-BAYONA, Yobenj Aucardo. Do Apolo de Belvedere ao Guerreiro Tupinambá: Etnografia e convenções renascentistas. construído com o protagonismo de professores e dos alunos.
HISTÓRIA, SÃO PAULO, v. 25, n. 2, p. 20, 2006

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Ministério da Educação. Governo Federal. Base Nacional Curricular Comum: BNCC-APRESENTAÇÃO. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ Acesso em: 17
de Fev. 2019.
BARCA, Isabel. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação. In. Para uma educação de qualidade: Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação
(CIED)/ Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004, p. 131 – 144.
CUNHA, Manoela Carneiro da. “Introdução a uma história indígena”. In: ManuelaCarneiro da CUNHA (org). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia dasl etras,1992,p.9 -24.
OLIVEIRA, Nucia Alexandra Silva de. História e internet: conexões possíveis. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 6, n.12, p. 23 ‐ 53, mai./ago. 2014.
PRADO, Losana. FAKE NEWS E ENSINO: O TRABALHO DO PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO NO COMBATE À NOTÍCIA FALSA. In: 7º Congresso Pesquisa e Ensino. Inovação
Educação O tempo dos professores, 7, São Paulo, 2018.
REISDORFER, Thiago. FAKE NEWS EM SALA DE AULA: O ENSINO DEHISTÓRIA E INFORMAÇÃO NO TEMPO PRESENTE. Aprendizagens Históricas. [S.N.] Brasil, 2017

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