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Calcario Projeto PDF
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Tema
Discente: Docente:
Eduardo Justino Faduco PhD. David Selemane José
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Dados da Empresa
Nome da empresa: FDC BOSA MINING LDA
Proprietário e gerente da mineradora: Eduardo Justino Faduco
Tipo de mineral a ser processado:Calcario
Local de exploração e processamento: Província de Inhambane, distrito de Massinga,
Localidade de Mambadine
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Índice
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3
2.2.Legislação ................................................................................................................... 4
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 18
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1.INTRODUÇÃO
A produção de calcário em Massinga é fundamental para o desenvolvimento econômico
do Município e da Região. Incrementos na produção atual são positivos, bem como
medidas possíveis de serem utilizadas para minimizar a problemática da sazonalidade da
produção e eventual declínio que prejudique substancialmente a rentabilidade das
empresas e a economia local. A partir desta realidade, faz-se necessário implementar uma
gestão no setor da produção de maneira que se possa conciliar desenvolvimento
econômico e tecnológico, geração de riquezas e preservação do meio ambiente.
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2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.Aspectos físico-geográficos
A Mineradorada FDC MINING LD está localizado a Sudoeste do Distrito de Massinga a
cerca de 25km da vila municipal. É limitado a Norte pelo povoado de Mabikhane, a Sul
pelo Povoado de Mukhambi, a Este pelo Povoado de Ngoluve e a Oeste pelo Povoado de
Sahane. Ainda no concernente a localização geográfica do Povoado de Mambadine,
Amâncio Mangue Pitoro (Cp., 14/10/2016), declarou que o Povoado de Mambadine,
situa-se no Distrito de Massinga, próximo de povoados de Mabikhane, Mukhambi,
Ngoluve e Sahane, é que dista cerca de 25 km da vila municipal do Distrito de Massinga
2.2.Legislação
Do ponto de vista legislativo da mineração em Moçambique, a Lei nº 20/2014, de 18 de
Agosto de 2014, de 26 de Junho, refere que, os recursos minerais que se encontrem no
solo e subsolo, nas águas interiores, no leito do mar territorial, na zona económica
exclusiva e na plataforma continental da República de Moçambique, são propriedade do
Estado. Em consonância com este assunto, Mosca et. al (2016, p. 5), defende que a
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extracção de qualquer recurso mineral em Moçambique carece da obtenção do respectivo
título mineiro, competindo ao Ministério dos Recursos Minerais a emissão das Licenças
de reconhecimento, prospecção e pesquisa, do Certificado Mineiro e das “concessões
mineiras”. O Governador da Província tem competência para emitir Certificados
Mineiros para materiais de construção e Senhas Mineiras para áreas designadas.
Este mesmo assunto, encontra-se plasmado na Lei nº14/2002, artigo n.º 5, de 26 de Junho
de 2002, definindo-se que o direito de reconhecimento, prospecção, pesquisa e exploração
dos recursos minerais obtém-se através de um dos seguintes títulos mineiros e
autorizações: a) Licença de reconhecimento; b) Licença de prospecção e pesquisa; c)
Concessão mineira; d) Certificado
2.2.Calcário em Moçambique
Em Moçambique, o calcário tem sido explorado como matéria-prima para a indústria de
construção (p.ex. na produção de cimentos). Cerca de metade dos calcários e calcários
dolomíticos são do Cretácico e Quaternário. Segundo Cílek (1989), nas Formações de
Cheringoma (Eocénico) e de Jofane (Miocénico), a sul de Moçambique, ocorrem
calcários puros. Os depósitos da área de Chire e de Canxixe-Maringué são reconhecidos
como contendo calcários puros de qualidade elevada (Lächelt, 2004). Estima uma reserva
300 milhoes toneladas.
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Tipo de calcário %CaCO3
Calcário rico 96-100
Calcário margoso 90-96
Marga calcária 75-90
Marga 40-75
Marga argilosa 10-45
Argila margosa 4-10
Argila - 0
3.O PROJETO
O projeto compreende a extração de calcário calcítico e seu beneficiamento no local na
forma de britagem para comercialização deste produto para os diversos seguimentos da
indústria que fazem uso deste bem mineral como matéria prima principal ou secundária
no seu processo produtivo.
O recurso mineral a ser explotado e beneficiado pelaF FDC MINERACAO LD, consiste
de um calcário calcítico de granulação fina coloração branca creme e textura maciça,
composto essencialmente por cristais de calcita. Calcário deriva do latim calcarius,
significando ‘o que contém cal’. São rochas que apresentam em sua composição química
dominância do carbonato de cálcio, cuja origem, orgânica em prevalência, está associada
às carapaças e esqueletos fósseis ou organismos vivos e por precipitação química. Neste
caso dos calcários quimiogênicos, o carbonato de cálcio dissolvido na água cristalizada
precipita formando lentes e camadas com espessuras e continuidades variáveis,
principalmente em ambientes marinhos. Genericamente conceitua-se calcário como
sendo uma rocha de orígem sedimentar originada de material precipitado por agentes
químicos e orgânicos.
O cálcio é um dos elementos mais comum, estimado em 3-4% da crosta terrestre, todavia,
quando constituinte dos calcários tem origem nas rochas ígneas. Por meio das atividades
de erosão e corrosão, incluindo a solução de ácidos carbônicos ou outros de origem
mineral, as rochas são desintegradas e o cálcio em solução é conduzido para o mar por
meio da drenagem das águas. Após atingir o oceano, parte do carbonato de cálcio
dissolvido precipita-se, em decorrência da sua baixa solubilidade na água marinha. A
evaporação e as variações de temperatura podem reduzir o teor de dióxido de carbono
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contido na água, causando a precipitação do carbonato de cálcio em conseqüência das
condições de saturação. O carbonato de cálcio depositado, segundo esse procedimento,
origina um calcário de alta pureza química. Também, por processo químico de deposição,
formam-se calcários como: travertino, turfa calcária, estalactites e estalagmites, muito
comum nas cavernas.
Quanto a sua utilização é, sem dúvida, um dos bens minerais de maior gama de
aplicações na indústria, podendo ser utilizado para diversos fins, que vão depender da
composição química e/ou características físicas. As principais aplicações são: na
produção de cal, na agricultura (corretivo do pH do solo), na metalurgia (fundente), na
indústria de vidro, como rocha ornamental, revestimento e brita para a construção civíl;
e na indústria cimenteira (cimento Portland)
RELAÇÃO ESTÉRIL/MINÉRIO
O minério já está caracterizado como um O minério já está caracterizado como um
calcário de origem sedimentar, originada a partir da precipitação de finas partículas de
carbonato de cálcio. O ambiente deposicional é típico de uma bacia marinha de águas
rasas e quentes, relativamente tranqüilas, e com restritas comunicações com o mar aberto.
A ingressão marinha ocupou profundamente uma extensa planície costeira do tipo tidal
flat, sobre a qual se instalou um regime sedimentar francamente carbonático.
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conclusiva podendo considerar o valor médio de estéril para um espessura de 1,64 m e
uma espessura de calcário de 13,00 m, média dos furos de sondagens realizados na área,
que indicam para cada unidade de estéril removida haverá uma produção de 7,93 unidades
de minério
Preparação da amostra
Para realizacao deste trabalho, foram enviados ao laboratório da mineradoradora 100kg
de calcário extraído por lavra seletiva.
Esta amostra, que constava de blocos bastante homogéneo, de tamanho variando 6" a 8",
cor acinzentada e textura grosseira, com grãos de forma cúbica, variando do 1 a 5mm,
sofreu sucessivas reducoes, homogeneizacoes e classificacoes, de acordo o fluxograma
apresntado na figura 1.
Analise Granulometrica
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Analise granulometrica da amostra media britada a baixo 1/4"
Composicao Mineralogica
Grau de Liberacao
O Beneficiamento do Calcário
A empresa FDC BOSA MINING possui uma infra-estrutura para o beneficiamento do
minério. Disposta de equipamentos como britadores, moinhos, correias transportadoras,
peneiras, entre outros. Antes de entrar no processo de beneficiamento propriamente dito,
o minério ROM passa por balança para o controle de produção. Seguindo em frente o
material vai para o processo de britagem, onde a sua granulometria é reduzida para
tamanhos entre 8” e 4. Após passar por esta etapa, o minério é transportado por correias
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transportadoras que o levam até um rebritador, que por sua vez, tem por objetivo deixar
o material com granulometria de 0 a 4”. Este material segue em frente onde é despejado
em outra correia transportadora que o leva até uma pilha.
A partir desta etapa começa a moagem do minério, onde os moinhos são abastecidos por
esta pilha. Assim, após esta etapa o material está pronto para a comercialização. O
fluxograma a seguir representa basicamente as etapas do processo.
Minério
ROM
Balança
Britagem
Rebritagem
Moagem
Produto
Final
O minério ROM que chega das pedreiras, muitas vezes com um alto teor de umidade não
possui nenhum controle específico sobre este fator e nem qualquer outro processo para
diminuir sua presença no material que passa pelas etapas do beneficiamento. Durante este
período do estágio foi monitorado diariamente o comportamento do teor de umidade no
processo de peneiramento.
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O Processo de Moagem do Calcário
Como a ênfase do trabalho é o peneiramento do minério após a moagem, ou seja, material
que é despejado na peneira, faz-se necessário uma explicação detalhada desta etapa. O
material sai da pilha pulmão e cai em uma calha vibratória que o leva até uma correia
transportadora. Essa correia descarrega o material em um primeiro moinho de martelos,
onde a seguir é transportado por elevadores até chegar às peneiras, que possuem uma
abertura de 12#. O material que passa pela peneira é o produto final, já o material que fica
retido retorna como carga circulante para outros dois moinhos, denominados moinhos 2
e 3, onde passam novamente pela moagem como carga circulante e retornam para o
processo de peneiramento.
O Peneiramento
ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO
Especificação do Producao Producao Producao Valor USD anual
produto diária (t) Mensal Anual
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Indústria de 300 54.000 648 000 38 880 000
cimento
1/4 140 25.200 302 400 7 560 000
1/3 160 28.800 345 600 10 368 000
BRITA 1/2 180 32.400 388 800 13 608 000
sarrisca 100 18.000 216 000 3 240 000
Indústria 120 21.600 259 200 15 552 000
agrícola
Industria 120 21.600 259 200 14 256 000
Metalúrgica
Total 1.120 201.600 2 419 200 103 464 000
Total 34.408,00
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INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS
A seguir apresentaremos o resumo dos principais investimentos e custos operacionais
para o desenvolvimento do empreendimento.
Investimentos Previstos
Quadro 02 - Custos Mensais Estimados para Operacionalização da Lavra
Energia elétrica
𝑪𝑬𝑬 = 𝟎. 𝟕 × 𝟑𝟒𝟓𝟔 × 𝟏
Manutenção Eletromecânica
Neste item, são considerados as trocas de motores, componentes elétricos, martelos,
revestimentos, borrachas das correias, mangas dos filtros, etc. Estimando-se um custo de
manutenção elétrica e mecânica de USD 10.000,00/mês ou USD 55,55/t.
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Custos Ambientais
Os custos de recuperação e monitoramento ambiental estão estimados em 5.000,00
USD/mês ou 27,5 USD/t produzida do minério.
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Vigia 4 150,00 600,00
Total 43 - 19.300,00
CAPITAL DE GIRO
O capital de giro foi estimado baseado no custo operacional de lavra e britagem,
incluindo a mão de obra, para um período de 6 meses, tempo necessário para o
empreendimento ser auto sustentável. Este valor é aproximadamente 10% do capital de
investimento, sendo estimado em USD 100.000,00.
1⁄ → 25 𝑈𝑆𝐷/𝑡
4
1⁄ → 30 𝑈𝑆𝐷/𝑡
3
1⁄ → 35 𝑈𝑆𝐷/𝑡
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𝑆𝑎𝑟𝑟𝑖𝑠𝑐𝑎 → 15 𝑈𝑆𝐷/𝑡
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Gestao e contrele de Meio ambiente -60 000
➢ Nível básico - prevenção de efeitos maléficos para a área ao redor do local, porém
sem medidas para recuperação do local que foi minerado.
➢ Nível parcial - recuperação da área a ponto de habilita-la para algum uso, mas
deixando-a ainda bastante modificada em relação a seu estado original.
Recuperação completa - restauração das condições originais do local (especialmente
topografia e vegetação)
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Discussão de Resultados
Perante a avaliacao feita do projecto mostra-se viavel atendendo a demanda do mercado
actual e o material não so ira vender num so local ou regiao, como ira atender outras
regioes e continente.
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REFERÊNCIAS
BACCI et al. Aspectos e impactos ambientais de pedreira em área urbana. Revista da
Escola de Minas de Ouro Preto. Ouro Preto, v. 59, n.1, p. 47-54, 2006
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