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Projeto Consciência Negra

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Projeto Consciência Negra:“Educação não tem cor”

I- IDENTIFICAÇÃO
 UNIDADE ESCOLAR ELON MACHADO MOITA
 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: EMILENE, TATIANE, VALDENE.
 DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO

II-Público Alvo: alunos do Ensino Médio


III-. Problemática

Historicamente, o Brasil, no aspecto legal, teve uma postura ativa e


permissiva diante da discriminação e do racismo que atinge a população
afrodescendente brasileira até hoje. Nesse sentido, ao analisar os dados
que apontam as desigualdades entre brancos e negros, constatou-se a
necessidade de políticas específicas que revertam o atual quadro.

IV - Finalidade
No campo da educação, promover uma educação ética, voltada para o
respeito e convívio harmônico com a diversidade deve-se partir de
temáticas significativas, que propiciem condições para que os alunos e
as alunas desenvolvam sua capacidade dialógica, tomem consciência de
nossas próprias raízes históricas que ajudaram e ajudam a constituir a
cultura e formar a nação brasileira; pois, o preconceito e o racismo são
uma das formas de violência. Diante disso, quais as situações que temos
possibilidades de mudar? Qual seria a nossa contribuição concreta para
viabilizar a conscientização das pessoas? São perguntas que o projeto
prevê responder através de um olhar interdisciplinar.

V – JUSTIFICATIVA
O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de
novembro, foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de
novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder
do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e
Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, na
referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho,
comemorar esta data é debater e refletir sobre as diferenças raciais e a
importância de cada um no processo de construção de nosso país,
estado e comunidade.

O desafio de ensinar que também somos frutos desses elementos


étnico-culturais, que contribuíram de várias maneiras para a formação da
sociedade brasileira, não era tarefa fácil. Era preciso criar estratégias
para o direcionamento da ação docente e que essas pudessem promover
a reconstrução e a ressignificação de conceitos, contextos e métodos
que auxiliassem na narrativa do professor.

Nas últimas décadas, a historiografia vem apresentando uma série de


novos trabalhos que procuraram renovar a percepção sobre a escravidão
negra e nossa sociedade ao longo da história. A forma de enxergar a
participação do escravo nas ações e práticas cotidianas também foi
repensada.

Uma abordagem sobre a escravidão que considera simplesmente a


violência física e a opressão sobre os escravos – e que não os observa
enquanto sujeitos que procuraram vencer o cativeiro, provocando outras
ações além de fugas e agressões a seus senhores – já não é mais
recomendada para o ensino na escola.

O conhecimento histórico não é imutável e pode ser revisto à medida que


o campo científico avança, que nos leva a refletir constantemente sobre a
nossa formação e os saberes docentes que reunimos para realizar o
trabalho em sala de aula.
Hoje, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à
história dos povos africanos em seu currículo. Além disso, os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem que a diversidade cultural do
país deve ser trabalhada no âmbito escolar. “A sociedade em que
vivemos valoriza outro estereótipo, o que resulta na invisibilização do
negro. Isso tem um efeito bastante perverso: as crianças negras nunca
se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas”, explica Roseli, que
coordenou o grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade
Cultural nos PCNs. “A pluralidade cultural é um tema que pode ser
abordado de forma transversal, em várias disciplinas”, conclui.
Estratégias simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter
um efeito positivo para reforçar a identificação cultural dos alunos
negros. “Revelar a África pela própria visão africana também surte efeito.
O continente produz cultura, histórias e mitologia, o que a perspectiva
eurocêntrica não nos deixa ver”, diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior,
pesquisador do Núcleo de Educação em Direitos Humanos da
Universidade Metodista de São Paulo.

Em meio à diversidade de valores e culturas a que estamos inseridos,


faz-se necessário repensarmos nossas ações diante das atitudes de
desrespeito com os afrodescendentes que formam a maioria da
população brasileira sendo historicamente discriminados e
desrespeitados em suas raízes e manifestações.

Assim sendo, percebe-se a necessidade de um trabalho constante desde


as sérias iniciais até o ensino médio, proporcionando debates
constantes, momentos de reflexão e valorização da cultura Africana,
compreendendo sua importância para diálogo e convivência harmônica
com a diversidade.

III- OBJETIVOS
3.1. OBJETIVO GERAL
Levar os alunos a refletirem sobre a diversidade étnico-cultural para
compreenderem que cada povo possui sua identidade própria, presente
nas crenças, costumes, história e organização social. Perceberem suas
contribuições para o desenvolvimento da humanidade, em especial do
Brasil, também levar o aluno a se perceber parte desse povo. Assim,
promover o respeito às diferenças de qualquer gênero para a valorização
do ser humano e da identidade cultural de todos os povos, para que
dessa forma mudanças significativas na prática social sejam percebidas
e seja efetivado o desenvolvimento da consciência cidadã.

 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


  Promover o crescimento do aluno como ser crítico;
  Oferecer aos alunos conhecimentos que lhes permitam buscar a
superação do racismo e preconceito;
  Proporcionar aos alunos momentos de reflexão sobre a riqueza
presente nas diferentes culturas;;
  Destacar as diferentes formas de racismo e discriminação através
do resgate da memória cultural do povo negro;
  Estimular o respeito aos direitos humanos e exclusão de qualquer
tipo de discriminação;
  Trazer à tona discussões provocantes, por meio das rodas de
conversa, para um posicionamento mais crítico frente à realidade
social em que vivemos.
IV – METODOLOGIA
 Pesquisas;
 Exposição de pratos típicos;
 Poemas, contos, músicas;
 Danças;
 Teatro;
 Apreciação de Filmes,
 Desfile com roupas de origem Africana;
 Exposição de objetos;
 Apresentação de coreografias;
 Produção e exibição de vídeos;
 Apresentação de Capoeira;
 Criação e recital de poesias
Avaliação:
 Observação e registro do desenvolvimento das atividades;
 Questionamentos orais;
 Observação das ações e atitudes de cada um frente as
diversidades.
Lagoa Alegre, 26 de outubro de 2021.

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