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Análise Do Texto Carregadores de Rui de Noronha

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Análise do texto carregadores de Rui de Noronha

Possuindo a estrutura formal dum poema pela composição em rimas e versos e a


respectiva estrofação, com a composição de um soneto clássico. O sujeito poético assim
descore e exprime os seus sentimentos e suas emoções do seu pensamento revoltante e
desejoso. Justifica-se a poeticidade do texto pelo facto de expressar os sentimentos do
sujeito poético.

O poema de Rui de Noronha obedece a estrutura de um soneto clássico, ou seja, possui


a estrutura composta por duas quadras e dois tercetos. No que tange ao esquema
rimático, olhamos nas primeiras duas estrofes o esquema ABAB, na terceira estrofe
encontramos versos soltos, e na terceira estrofe encontramos o esquema CCD.

O termo “carregadores” usado no título, dá-nos a entender que o sujeito poético se


dirige a uma classe social e economicamente desfavorecida, que independendo da hora
do dia sofrem carregando fardos pesados. Beirando ao neo-realismo, o poeta procura ao
longo do soneto denunciar o que ele vê no dia-a-dia, nada pode fazer, apenas lamenta o
que se passa com os seus irmãos, invocando referências bíblicas e católicas como a
“Virgem Santíssima”.

Olhando para a segunda estrofe, vemos que está presente no poema a exploração pelos
estrangeiros aos nossos irmãos africanos, o “Monhé” representa aí o estrangeiro que a
escopo e martelo faz com que os africanos sirvam aos seus desejos, enquanto eles
vestem-se elegante mente, os “carregadores” usam “rotas sacas”, e sobre os ombros
cargas pesadas.

O sentimento de pena acaba sendo a forte temática do soneto em análise, falando da


pena que este sente ao ver os trabalhadores das lojas dos monhés, que penosamente
ficam à frente das mesmas lojas, sentindo pena até dos velhinhos que vão pedir esmolas
nesses estabelecimentos. No final este vai demonstrando que sente uma pena dos negros
no geral, que são oprimidos, carregando pesos pertencentes aos brancos. Importa ainda
salientar que a figura do velho representa a condenação eterna à escravidão ao que os
africanos estão sujeitos, que mesmo alcançando a independência continua a mendigar ao
“monhé”, que representa o continente asiático, que aliado a Europa ajuda e termos
financeiros e alimentares.

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