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4.1 Planejamento e Implantação de Hortas: Disciplina: Olericultura Docente: Dra. Elizangela Selma Da Silva

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4.

1 Planejamento e implantação de
hortas
Disciplina: Olericultura
Docente: Dra. Elizangela Selma da Silva
Introdução
• Dentro da implantação de um
projeto de horta, a atividade inicia
com a fase de planejamento
produtivo, ou fase organizacional.

• Erros nessa etapa podem prejudicar


não só o decorrer da produção mas
também o produto final.
Introdução

• É nessa fase que o produtor


decide todo o manejo que
será adotado desde o preparo
do solo, passando pelo
manejo da cultura até a pós-
colheita.
• As plantas oleráceas
necessitam de um meio
para desenvolver seu
sistema radicular e
realizar o processo de
respiração e absorção da
luz solar e de água para a
realização da atividade
fotossintética e produção
de energia, além do
aporte nutricional vital
para o amplo
desenvolvimento.
Introdução
• Dentre os métodos produtivos
para as plantas olerícolas,
destacam-se três formas de
convencional, orgânico e
hidropônicocultivo:.
Cultivo convencional
• O cultivo convencional é o mais utilizado
no mundo e é realizado diretamente no
solo agricultável.

• Nessa forma de cultivo, as hortaliças


buscam diretamente do solo a fonte
nutricional necessária para o seu
desenvolvimento.
Cultivo convencional
• Antes de plantar, é preciso realizar a
análise do solo, a qual identificará quais
nutrientes estão em falta ou deficiência na
área de produção.

• Em seguida, cria-se um plano de adubação


para a planta, desde o semeio até a
colheita.
Cultivo convencional
• Essa adubação pode ser realizada com
composto de qualquer origem, sendo mineral
(o conhecido NPK – Nitrogênio, Fósforo e
Potássio) ou orgânico, como húmus.

• Quanto às práticas fitossanitárias, o cultivo


convencional caracteriza-se pela aplicação de
defensivos agrícolas, que podem ser
químicos, orgânicos ou biológicos.
Cultivo hidropônico
• Diferentemente do cultivo convencional, o
cultivo hidropônico é denominado como
“cultivo sem solo”.

• As hortaliças se desenvolvem na água, ou


em solução nutritiva, que circula através de
reservatórios, alojados em calhas ou tubos,
em um meio composto por brita, areia ou
outros materiais inertes.
Cultivo hidropônico
• Também, pode ser auxiliada pelo uso de
outros substratos, como: cascalho, areia,
vermiculita, perlita, lã de rocha, serragem,
casca de árvore, entre outros, aos quais é
adicionada uma solução de nutrientes,
contendo elementos essenciais para o
desenvolvimento da planta.
Cultivo hidropônico
• Normalmente, aplica-se essa
agrotecnologia junto ao cultivo de
casa de vegetação, a chamada
plasticultura.
Cultivo hidropônico
Essa técnica apresenta várias vantagens em relação ao cultivo no solo, como:

• exige menos mão de obra;


• elimina várias operações agrícolas tradicionais;
• as plantas não competem por nutrientes ou água;
• a produtividade aumenta; a utilização da água e dos nutrientes é maximizada;
• há maior precocidade na colheita;
• a incidência de problemas fitossanitários também é menor;
• há menor exigência de aplicação de defensivos;
• geralmente, a qualidade dos produtos é melhor; e
• o produto se apresenta “limpo”, ou seja, sem impurezas ou solo.
Todavia, também há desvantagens:

• custo inicial elevado da estrutura e dos equipamentos;


• riscos de perda total por falta de energia elétrica, por
exemplo;
• exigência de conhecimentos sobre química e nutrição de
plantas; e
• danos severos às plantas ocasionados pelo inadequado
balanço iônico ou pela condutividade elétrica da solução.
Cultivo hidropônico
• A viabilidade econômica da hidroponia
depende de vários fatores, sendo essencial a
proximidade de um centro consumidor.

• Essa técnica permite, inclusive, que se


desenvolva a olericultura em situações em
que a utilização do solo é inviável, como em
desertos, locais áridos ou gelados e em
estações orbitais, ou então quando se dispõe
de uma área diminuta, como um lote
urbano.
Cultivo hidropônico
• As principais culturas produzidas têm sido
alface, morango, agrião e tomate,
principalmente.

• Em termos agronômicos e econômicos,


muitas espécies não se adaptam à
hidroponia.
Cultivo hidropônico
• Portanto, trata-se de uma opção que não
deve ser utilizada indiscriminadamente.

• Na maioria das situações, o solo continua


sendo o substrato mais favorável à
olericultura.
Cultivo orgânico

• O cultivo orgânico também possui


o solo como sustentáculo para as
plantas, e parte do preceito da
não utilização de compostos
químicos, tendo como base
científica tudo que abrange os
conceitos, a metodologia e os
princípios gerais da agroecologia.
Também, parte da ideia do cultivo em
áreas diversificadas com variação de
Cultivo fauna e flora e revolvimento mínimo do
orgânico solo a ser utilizado para o
desenvolvimento das plantas.

Todo o aporte nutricional é feito por


meio da utilização de material orgânico,
que podem ser restos de vegetais,
esterco animal curtido e vegetação seca.
O combate a pragas é feito com
Cultivo métodos alternativos ou biológicos,
como caldas caseiras e óleos
orgânico vegetais.

A venda pode ser feita diretamente


no local de produção ou em feiras
livres, onde é dispensado a
obrigatoriedade da certificação.
Cultivo orgânico
• Mas, quando a venda é realizada no
varejo, em supermercados ou
hortifrútis, é necessário o selo de
certificação orgânica emitido pelo
órgão licenciado pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA).
As condições ambientais interferem,
decisivamente, no desenvolvimento
das plantas e na produção das
culturas oleráceas.
Condições
ambientais As hortaliças apresentam com
frequência ampla adaptação
climática, provavelmente, por serem
cultivadas há muito tempo e nas mais
diversas condições.
Então, ao olericultor cabe conhecer as
exigências climáticas das plantas que pretende
cultivar, bem como as peculiaridades climáticas
de sua região ao longo do ano, procurando
harmonizar ambas.

Condições
ambientais São os fatores climáticos que são determinantes
influenciadores de algumas características
relevantes de uma cultura, como duração do
ciclo, precocidade na colheita, fitossanidade,
produtividade, qualidade do produto e,
inclusive, preço de mercado.
Dentro dos fatores climáticos, a
temperatura é o principal fator
limitante dessa atividade.

Condições A influência é verificada em todas as


etapas do desenvolvimento da
ambientais planta.

Desse modo, cada espécie apresenta


uma faixa termoclimática mais
propícia em cada etapa de seu ciclo.
• Temperaturas abaixo do nível ótimo exigido
Condições pela espécie podem prolongar o ciclo, ou
ambientais provocar o florescimento prematuro de
certas hortaliças, prejudicando o
desenvolvimento da parte comerciável;

• já temperaturas acima do nível tolerado de


temperatura podem ocasionar perda de
qualidade do produto.
As médias das temperaturas
máximas e mínimas mensais
caracterizam, mês a mês, a variação
térmica ao longo do ano.
Condições
ambientais Os dados primários devem ser
obtidos diariamente, ressaltando-se
que as temperaturas máximas
costumam ocorrer durante o dia, e
as mínimas, à noite.
• No cultivo de algumas solanáceas,
principalmente, a variação
termoclimática entre o dia e a noite
exerce influência preponderante no
Condições desenvolvimento da planta e na
produção.
ambientais
Condições ambientais

Na implantação de uma cultura, levam-se em consideração as exigências


termoclimáticas de cada espécie, com base nesse critério, têm-se a seguinte
classificação:

as hortaliças de clima quente são aquelas tipicamente intolerantes ao frio, o


qual prejudica ou mesmo inibe sua produção, elas exigem temperaturas
elevadas, diurnas e noturnas, sendo todas intolerantes às geadas, porém
algumas suportam temperaturas amenas, como a batata-doce (Ipomoea
batatas L. Lam.).
Condições ambientais
• As hortaliças de clima ameno produzem melhor
sob temperaturas amenas (faixas de temperatura
que variam entre 15 °C e 25 °C), que também são
aquelas mais favoráveis ao bem-estar humano.

• Toleram temperaturas baixas, próximas e acima


de 0 °C, e podem, inclusive, suportar geadas
leves.

• Como exemplo, temos a batata (Solanum


tuberosum L.).
Condições ambientais

• As hortaliças de clima frio


exigem ou produzem melhor sob
baixas temperaturas, tolerando
aquelas ligeiramente abaixo de 0
°C e geadas pesadas.

• Como exemplo, os vários tipos


de couves.
Condições ambientais
• Sem dúvida, a temperatura do solo está
diretamente relacionada à temperatura do ar,
à duração do período luminoso a que foi
exposto tal solo e a algumas características
inerentes ao próprio solo.

• Um exemplo prático é o efeito da coloração,


pois solos escuros aquecem-se muito mais
rapidamente do que aqueles de coloração
clara.
Condições ambientais

• Diante disso, a luz solar é um fator


climático relevante para o
desenvolvimento vegetal, sendo
fundamental para a realização do
processo da fotossíntese.

• Quando se estuda a influência da


luz na olericultura, há de se
considerar a intensidade luminosa
e a variação fotoperiódica
separadamente.
• Comprova-se que um aumento na intensidade
luminosa corresponde a uma elevação na
atividade fotossintética, dentro de certos
Condições limites, resultando em maior produção de
ambientais matéria seca nas plantas.

• Contrariamente, a deficiência luminosa provoca


maior alongamento celular, resultando em
estiolamento, isto é, aumento na altura e
extensão da parte aérea da planta, porém sem
correspondente elevação do teor de matéria
seca.
Condições ambientais

Dessa forma, em localidades em que prevalece alta intensidade


luminosa, é estimulada a produtividade nas culturas oleráceas.

Adversamente, sob baixa luminosidade, há a formação de mudas


estioladas e de plantas adultas frágeis de menor produtividade.
Condições ambientais

• A duração do período luminoso, o chamado


fotoperíodo, dentro de 24 horas, influencia
numerosos processos fisiológicos nas plantas.

• É o caso do crescimento vegetativo, da floração,


da frutificação, da produção de sementes e da
obtenção de produtos para a alimentação
humana.

• O número de horas diárias de luz solar varia


conforme a latitude da localidade e a estação
do ano.
Condições ambientais
• A água é imprescindível à vida vegetal e
constitui mais de 90% do peso da parte
utilizável da maioria das hortaliças.

• O teor de umidade no solo condiciona a


absorção de água e nutrientes minerais,
essenciais ao desenvolvimento das
plantas; e a umidade do ar influencia a
transpiração, ou seja, a perda de água
pelas folhas e outros processos que
afetam a cultura.
Condições ambientais
• Dentre os fatores climáticos, o teor de
umidade no solo é aquele que pode mais
facilmente ser controlado pelo olericultor por
meio da irrigação.

• Por outro lado, o controle da umidade do ar


é bem mais difícil, a não ser pela escolha
criteriosa da época de plantio, considerando-
se que o ar é mais seco no outono e inverno.
Um elevado teor de umidade no ar
afeta o estado fitossanitário da cultura,
especialmente no que concerne ao
ataque de fungos e bactérias
fitopatogênicas.
Condições
ambientais
Contrariamente, baixo teor favorece a
manifestação de ácaros e alguns
insetos.
Condições ambientais

• O regime pluviométrico da localidade afeta,


substancialmente, a produção das culturas em
geral.

• Entretanto, no caso particular da produção de


espécies altamente exigentes de água, como é
a maioria das hortaliças, a irrigação racional é
indispensável, devendo estar sempre presente
no planejamento da implantação da cultura,
além do manejo e da condução do plantio.
Condições ambientais

• Durante o período chuvoso, é possível


o cultivo não irrigado de certas
espécies menos exigentes ou que
dispõem de raízes mais profundas,
como a aboboreira.
Condições ambientais

Além do efeito benéfico de elevar o teor de água


disponível no solo, as chuvas também acarretam
alguns efeitos negativos às culturas, elevando a
umidade do ar e removendo a camada protetora
obtida pela pulverização com fungicidas, o que
favorece o ataque de certos fitopatógenos.
Condições ambientais

• Tais problemas fitossanitários são menos frequentes


durante o inverno, certamente, devido à baixa umidade
relativa do ar; durante o verão chuvoso, podem se tornar
fator limitante no caso de culturas suscetíveis.
• O preparo do solo visa à melhoria das
condições físicas e químicas para garantir a
brotação, o crescimento radicular e o
estabelecimento da cultura.

• O preparo do solo é, então, uma questão


de máxima relevância, pois a próxima
oportunidade dessa prática agrícola levará
alguns anos, ou seja, se for adotada alguma
prática inadequada, os problemas
resultantes permanecerão por um bom
tempo.
•A alta produtividade e
longevidade estão relacionadas
com o sucesso da “construção”
deste solo.

• As práticas que visam à correção


do solo propiciam boas condições
para o crescimento radicular, o
controle de plantas daninhas, as
operações de adubação, o
preparo de mudas, além de
colaborarem para o sucesso do
plantio, do estabelecimento e da
produtividade da cultura.
• A calagem, técnica na qual o calcário é
incorporado ao solo para correção da
acidez, é uma das primeiras práticas a se
cogitar ao iniciar um programa de
“construção” ou aprimoramento de um
solo agrícola.

• Ela tem se destacado como uma das


principais técnicas a serem utilizadas no
preparo do solo para plantio, por reduzir
a acidez do solo, aumentar a saturação
de bases e reduzir o alumínio tóxico no
solo.
• É imprescindível a coleta de
amostras de solo representativas
das diversas glebas a serem
trabalhadas, bem como a
obtenção de resultados detalhados
e confiáveis de análises químicas e
físicas efetuadas em laboratórios.
A acidez do solo e o alto teor de alumínio tóxico presente
na maior parte do território brasileiro consistem em alguns
dois maiores impedimentos da agricultura brasileira.

A presença do alumínio no solo prejudica o


desenvolvimento das raízes das plantas, comprometendo o
crescimento das culturas e reduzindo a produtividade.
Da mesma forma, a aplicação de gesso também se
destaca devido a uma maior solubilidade do
produto, assim, ele é capaz de reduzir os teores de
alumínio em profundidade, além de aumentar os
conteúdos de cálcio e enxofre, essenciais para o
desenvolvimento das culturas.
A aplicação de calcário deve ser efetuada a lanço
sobre o solo, com antecedência mínima de 60 a
90 dias do plantio, devendo a área ser molhada,
nesse período, pela chuva ou pela irrigação.

Importante dizer que a cal agrícola é um


corretivo de mais rápida solubilização, que pode
ser aplicado com antecedência menor de até 30
dias.
• A faixa de acidez do solo a ser atingida deve ser de pH 6,0 a
6,5, a mais favorável para a maioria das culturas, porque
possibilita melhor absorção dos nutrientes.
A adubação corretiva apresenta como objetivos:

• elevar a disponibilidade de certos nutrientes em um solo de


baixa fertilidade natural, ou que tenha empobrecido por
anos de manejo inadequado;
• reduzir as perdas no solo de nutrientes aplicados em
formas prontamente solúveis;
• proporcionar melhor disponibilidade de determinados
nutrientes ao sistema radicular, o que ocorre em maior
volume de solo a ser explorado pelas raízes.
Evita-se, assim, que as raízes
se concentrem em pequeno
volume de solo, como
ocorre quando a adubação
é localizada em covas.
A fosfatagem consiste, por definição, em aplicar certos fosfatos a lanço sobre a
gleba, seguindo-se a incorporação pela gradagem.

Essa aplicação pode ser repetida em intervalos de três a cinco anos, naqueles anos
em que não se efetua calagem, já que a elevação do pH prejudica a solubilização.

Dessa forma, o olericultor, em vez de concentrar a adubação fosfatada no sulco de


plantio, passa a enriquecer o solo como um todo.
As quantidades e as
formulações dos
adubos dependem do
Os adubos orgânicos resultado da análise
e os químicos são do solo e das
colocados no solo e exigências da cultura
O plantio é a ocasião misturados de acordo
propícia para o a ser estabelecida.
com o seu modo de
fornecimento de plantio.
nutrientes às plantas
via sistema radicular.
A escolha da fonte do adubo orgânico
depende da sua disponibilidade na
região.

Um excelente adubo orgânico é obtido


pela fermentação adequada de restos
vegetais e esterco animal, que são
umificados, obtendo-se o denominado
composto orgânico.
O princípio básico é colocar em estreito
contato restos vegetais de decomposição
lenta, com esterco ou cama aviária, que
são ricos em N e em microrganismos,
portanto facilmente fermentáveis.
Aproveitam-se restos vegetais, obtidos em
áreas rurais, como palhas de cereais, casca de
arroz, casca de café, folhas de árvores, capins,
bagaço de cana, serragem de madeira, entre
outros.
Tais materiais, preferencialmente picados, são
empilhados com 1,5 a 2,0 m de altura, 2,0 a 3,0
m de largura e comprimento variável,
dependendo da quantidade de material
disponível.
Procura-se misturar de três a quatro partes de tais restos
vegetais com uma parte de esterco de curral.

Para isso, marcam-se as medidas da base sobre piso batido


ou cimentado e espalham-se os restos vegetais, pisados,
obtendo- se uma camada com cerca de 30 cm de espessura.
Rega-se, procurando umedecer o material, porém sem encharcá-lo.

Sobre essa camada, espalha-se outra, constituída por cerca de 10 cm de esterco


puro, ou de cama de curral ou de aviário, que também deve ser irrigada, sem
escorrimento.

Espalha-se nova camada de restos vegetais, e assim sucessivamente, alternando com


as de esterco, até que este atinja a altura adequada.
A camada superior deve ser composta por restos vegetais, sendo
ligeiramente deprimida no centro.

Para a fermentação adequada do composto, trabalha-se ao nível do


solo, conservando o material apenas úmido, nem encharcado ou
seco, e deve-se molhá-lo semanalmente na ausência de chuvas.
Os microrganismos responsáveis pela decomposição são aeróbicos, ou
seja, necessitam de ar, razão pela qual não se deve comprimir a
compostagem demasiadamente ou encharcá-la.

A temperatura interna do composto se eleva alguns dias depois, o que


indica que os microrganismos estão ativos e atuando na transformação do
material em húmus.
• Para verificar a temperatura, introduz-se um cano de metal no centro do
composto, deixando-o por alguns minutos.

• Após retirá-lo, avalia-se a temperatura pelo contato com a mão: se não


for suportável, estará acima de 70 °C, e é considerada desfavorável; entre
50 °C, é suportável; e até 70 °C, adequada à rápida decomposição dos
materiais.
Caso a temperatura esteja excessivamente elevada, pode-se
irrigar a compostagem e comprimir suas camadas, o que expulsa
o ar e diminui o aquecimento.

Normalmente, a temperatura interna se eleva após cerca de três


dias da construção da compostagem e mantém-se elevada
durante uns 10 dias, caindo depois lentamente.
• Aos 30 dias do preparo do composto, faz-
se o primeiro reviramento do material
empilhado, fornecendo mais ar aos
microrganismos e uniformizando toda a
massa em fermentação.

• Um segundo corte deve ser efetuado 30


dias depois, resultando em nova elevação
de temperatura.
Caso seja necessária a preservação, deve-se cobrir a
compostagem, protegendo-a do sol e da chuva.

Dependendo dos resultados das análises do solo e do adubo


orgânico, os fertilizantes químicos podem ser utilizados apenas
em complementação da adubação orgânica.
O modo de plantio das olerícolas está diretamente relacionado
ao preparo do solo e ao tipo do seu terreno.

O declive do terreno influencia diretamente no processo de


erosão e remoção da sua adubação.

Para evitar, é necessário fazer sempre plantios no sentido


transversal em relação ao seu declive.
• O plantio pode ser feito em covas,
sulcos e canteiros.

• A escolha do modo de plantio


depende do tamanho da área a ser
cultivada, da cultura, do hábito de
crescimento da planta, do
espaçamento, dos tratos culturais
e da disponibilidade de máquinas
e mão de obra.
• O semeio em covas pode ser utilizado em
culturas que requerem maior espaçamento
entre as plantas e as linhas de plantio.

• Para culturas com espaçamento menor entre


plantas, com distância variável entre as
linhas, recomenda-se plantar em sulcos.
• O cultivo em canteiros é utilizado
para as culturas de menor
espaçamento, como cenoura,
beterraba e rabanete.

• O plantio em leiras ou camalhões


são utilizadas para culturas que
exigem solos soltos e bem
drenados, para que raízes
tuberosas, rizomas e tubérculos se
desenvolvam uniformemente .
• É importante ressaltar que a fase
de planejamento interfere
diretamente em toda a produção
agrícola, portanto o profissional
que desenvolve a fase
organizacional que precede a
implantação da horta deverá ter
amplo conhecimento acerca da
forma de condução do cultivo,
que poderá ser hidropônico ou
convencional, como aplicar o
cultivo orgânico de hortaliças e
as suas principais peculiaridades.
• É importante entender também como os
fatores agroclimáticos influenciam direta e
indiretamente na produção de olerícolas,
Considerações além de compreender como o preparo do
Finais solo e o modo de plantio para plantas
olerícolas condicionam o sucesso produtivo.

• Ao reunir essa série de informações, o


profissional está habilitado a iniciar a
compreensão dos aspectos fundamentais
para a realização da implantação de um
projeto de horta.

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