Business">
Sistemas de Informações Gerenciais
Sistemas de Informações Gerenciais
Sistemas de Informações Gerenciais
Resumo: Este artigo tem por objetivo conhecer três ferramentas de gestão muito
presentes no ambiente empresarial contemporâneo: a Tecnologia da Informação, os
Sistemas de Informações Gerenciais, e a Gestão do Conhecimento, com o intuito de
compreender como através dessas ferramentas as empresas realizam a abertura de
vantagem competitiva no mercado em que atuam, e quais são as suas contribuições
para o desenvolvimento das organizações, tanto externa, quanto internamente.
1 INTRODUÇÃO
1
alinhados aos gerenciais, como também os benefícios produzidos com a sua
aplicação.
Contudo, é perceptível a existência de dificuldades quanto à prática da
tecnologia da informação no cotidiano: devido à complexidade provoca pela
inovação em tecnologia, assim como a complexidade no relacionamento com o
ambiente externo, e também interno, e com os mercados, observa-se que a
administração da TI está cada vez mais desafiadora, o que de acordo com
Rodrigues e Pinheiro (2005) essa realidade pode ser resultado do agressivo e
competitivo ambiente contemporâneo de negócios, no qual o “monitoramento
permanente do mercado e a sensibilidade quanto a mudanças de hábitos e
necessidades dos clientes, bem como à incorporação dessas alterações nos
produtos e serviços da organização podem significar o sucesso ou o insucesso de
um empreendimento” (Rodrigues e Pinheiro, 2005) . Então, para o correto manuseio
da tecnologia como estratégia de mercado e organização interna da empresa, a
Gestão do Conhecimento é essencial.
Tendo como princípio fundamental a gestão do capital humano e intelectual, a
GC, como é chamada, busca compreender as características do ambiente
competitivo e as necessidades coletivas e individuais. Segundo Terra (2014) a
Gestão do Conhecimento reflete a coordenação sistemática de esforços nos níveis
operacional e estratégico. Valentim (2003) salienta que a GC é base para a
inteligência competitiva nas organizações, pois transforma informações (internas)
fragmentadas em representações com significados e estruturas, de modo a acionar
ações corretivas em falhas, e identificar oportunidades de mercado.
O objetivo desse artigo é apresentar e compreender como a Tecnologia da
Informação, os Sistemas de Informações Gerenciais e a Gestão do Conhecimento,
conjuntamente, podem contribuir para a geração de vantagem competitiva nas
organizações no mercado atual, altamente competitivo. Primeiramente, será
apresentada uma revisão da literatura, e por fim, as conclusões sobre os assuntos
tratados.
2
A Tecnologia da Informação promoveu mudanças radicais na forma de como
as empresas eram operadas, na década de 50 (MCGEE e PRUSAK, 1994, apud
MORAES et al, 2004). Se no passado a Tecnologia da Informação – TI - servia
apenas para controlar custos de produção em empresas industriais (SILVA, 2002),
atualmente permite a integração em nível mundial, a elaboração de novas
estratégias, novas maneiras de relacionamento entre as empresas e dessas com
seus consumidores. Abrange, além de computadores, equipamentos que
reconhecem dados, tecnologias de comunicações, outros hardwares e serviços
envolvidos (LAURINDO, 2014).
No presente, a TI possui influência nos resultados econômico-financeiros da
organização (SILVA, 2002). Soma-se a isso o pensamento de Rossetti e Morales
(2007) ao dizerem que a TI contribui na qualidade, na produção, na análise de
mercados e na comunicação com clientes e competidores.
Pinheiro e Rodrigues (2005) abordam a Tecnologia da Informação de maneira
ampla, contemplando diversas características, tais como: transforma dados em
informações confiáveis e atualizadas, sendo essas aplicadas em soluções de
problemas e na tomada de decisões; redesenha a estrutura da organização; reduz
custos; uso coletivo de conhecimentos, tecnologia, meios de produção e comerciais.
Corroboram-se a isso Prates e Ospina (2004) quando citam que as transformações
nas empresas derivadas da TI “induzem novos processos e instrumentos que
atingem por completo a estrutura e o comportamento das organizações,
repercutindo diretamente em sua gestão”.
Nessa perspectiva, a TI atua por meio da melhoria dos processos, reduz
tempo e espaço, integra unidades de negócio e desenvolve novos perfis de gestão.
Júnior et al (2005) ressaltam que é necessário haver sinergia e interação
entre os planejamentos estratégicos e de TI em uma organização, para que se
possa assim garantir a sua sobrevivência, quando retratada como uma ferramenta
de gestão. Em contrapartida, o insucesso no retorno com investimentos em TI
podem significar a carência dessa interação, muitas vezes provocadas pela
ausência de coordenação entre essas estratégias, a qual exige dinamismo e
continuidade em um longo prazo (LAURINDO et al, 2001). Para Moraes et al (2004)
as organizações devem estar cientes de que os benefícios reais da TI virão a médio
e a longo prazo.
3
Para Walton (1993) uma visão estratégica deve ser criada para a efetiva
integração entre as estratégias de negócios e de TI, ou seja, deve abordar não só o
alinhamento de ambas as partes como também a competitividade.
No campo estratégico, Oliveira e Bertucci (2003) relatam que o fato de existir
tecnologia de informação no ambiente empresarial não é suficiente, porque não
garante a obtenção de vantagens competitivas. Pode-se dizer que fatores como falta
de conhecimento, baixa capacitação técnica, investimentos iniciais elevados, e
infraestrutura falha, podem contribuir para a ineficiência da tecnologia. Entretanto, o
especial cuidado com a tecnologia da informação poderá trazer grandes benefícios,
como a transformação no trabalho dos indivíduos, o desempenho da organização, e
maior produtividade, agindo para a vitalidade da empresa (PRATES; OSPINA,
2004).
5
os planejamentos da empresa, habilidade dos executivos na tomada de decisões
baseadas em informações.
4 GESTÃO DO CONHECIMENTO
Foi a partir dos anos 70 que os primeiros relatos sobre vantagem competitiva
surgiram. Na história, o modelo conceitual mais difundido sobre o tema foi, e é, o
New Industrial Organization (Nova Organização Industrial), o qual tem fundamento
nos trabalhos de Edward Mason e Joe Bain. Esse modelo retrata que a performance
das firmas depende da atuação estratégica dessas com compradores e vendedores,
no que se refere a preços, publicidade, investimento, pesquisa e desenvolvimento
etc. Nesse sentido, o New Industrial Organization retrata a estratégia como o
posicionamento da empresa dentro do seu mercado competidor, protegendo-a dos
concorrentes. Para tal, é essencial a construção de altas barreiras de entradas no
mercado, de forma a impedir o declínio da lucratividade, estruturando assim
monopólios ou oligopólios devido ao grau de atratividade das firmas
(VASCONCELOS; CYRINO, 2000).
A vantagem competitiva estipula que os recursos das firmas sejam
heterogêneos, o que promovem as diferenças de performances entre elas. Com
isso, tem-se a imitação por parte da concorrência dificultada, pois as condições
naturais, legais, institucionais, econômicos e organizacionais são pertinentes a
realidade de cada firma. Além disso, as teorias acerca da vantagem competitiva
concentram esforços mais em processos de mudança e inovação, mercados e
concorrência, do que na estrutura física (arranjo/layout) das firmas. O sujeito
idealizado para a gestão da vantagem competitiva é o empreendedor, que por sua
essência explora novos mercados, aproveita oportunidades, inova, e,
principalmente, busca novos métodos de produzir, que sejam mais eficientes, e
produtos mais eficazes para o consumidor final (VASCONCELOS; CYRINO, 2000).
7
Para a criação da vantagem competitiva, as empresas ativam a inteligência
competitiva, que para Valentim (2003, pág. 2) “é o processo que investiga o
ambiente onde a empresa está inserida, com o propósito de descobrir oportunidades
e reduzir riscos, bem como diagnostica o ambiente interno organizacional, visando o
estabelecimento de estratégias de ação a curto, médio e longo prazo”. A inteligência
competitiva trabalha com a informação e o conhecimento em todos os níveis
organizacionais, e também considera importante entender o processo de inteligência
competitiva em outras empresas. Estuda os três ambientes de uma organização: o
organograma (inter-relação entre os departamentos), os recursos humanos
(relacionamento entre indivíduos de diferentes unidades de trabalho) e a estrutura
informacional, composta por dados, informação e conhecimento gerados pelos
ambientes antes citados.
Na perspectiva de Battaglia (1999, pág. 204) “Inteligência Competitiva trata da
informação estratégica para a tomada de decisão, cuja coleta passa por várias
fontes e tipos de informação e a análise é elaborada por diferentes especialistas.
Envolve dados econômico-financeiros, de mercado, cenários, clientes, fornecedores,
transformado em “informação com valor agregado” para a tomada de decisão e, ao
mesmo tempo, monitora as metas estratégicas da empresa”.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
9
REFERÊNCIAS
11