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Teologia - CHIBA209

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Índice

Introdução...................................................................................................................................1

Atitude do Homem perante a revelação divina...........................................................................2

Tipos de revelação......................................................................................................................3

A inviolabilidade da dignidade do ser humano...........................................................................5

A família segundo os ensinamentos da igreja católica...............................................................6

Conclusão....................................................................................................................................7

Referencias Bibliográficas..........................................................................................................8

0
Introdução
O trabalho que me é representado é o fruto da resolução do Exame de Externo da cadeira de
tronco comum, denominada Teologia Católica do 2º Ano e vai abordar os seguintes subtemas:
 Atitude do Homem perante a revelação divina
 A inviolabilidade da dignidade do ser humano
 A família segundo os ensinamentos da igreja católica.
A revelação é o tema fundante da teologia e área concentrada da teologia fundamental. Ela é
a condição de possibilidade para que o ser humano faça sua experiência com Deus. Nesse
sentido, o caminho que o homem faz até Deus é antes o caminho que Deus fez até o ser hu-
mano; a aproximação do humano para o divino é possível apenas pela aproximação do divino
para o humano. Deus se dá a conhecer, faz-se experiência para o homem. A relação que o
homem estabelece com Deus, a partir da revelação, reforça a identidade do ser humano en-
quanto sujeito pensante e transcendente. Deus se revela na condição humana, na situação do
homem, aproxima-se do ser humano como outro ser humano e pela sua criação. Ao descobrir-
se finito, o ser humano descobre-se um ser causado; a revelação, com efeito, dá completude
ao ser humano e o faz ser cada vez mais adequado à sua situação de um ser que supera a si
mesmo. O reconhecimento e protecção da dignidade da pessoa resultam de toda uma evolução
do pensamento humano a respeito do que significa ser pessoa e quais são os valores inerentes
a essa condição. As respostas acabam por influenciar, ou mesmo determinar, o modo pelo
qual o Direito reconhece e protege esta dignidade. O que se pode dizer é que o princípio da
dignidade da pessoa é a nascente dos Direitos Humanos e dos Direitos Fundamentais.
A família entendida como átomo da sociedade civil, conforme preconizada pela Igreja Cató-
lica, assume os preceitos de gerenciar os interesses privados, cujo bom funcionamento é im-
prescindível para a organização da vida social e o bem-estar da colectividade. A dignidade
humana trata-se de um conceito interpretativo a ser modificado em virtude dos desafios que se
apresentam. Portanto, a pesquisa tem como objectivo analisar a evolução histórica da concep-
ção do princípio da pessoa humana, com o enfoque jurídico-constitucional, bem como discutir
de que forma os desafios contemporâneos influenciam na interpretação e aplicabilidade desse
princípio. O trabalho está estruturado pela introdução, desenvolvimento, conclusão, índice e
referencias Bibliográficas.

1
Atitude do Homem perante a revelação divina
A revelação é um dado que o homem experimenta numa relação que o supera e o envolve por
inteiro. Esse envolver o faz ser ele mesmo, enquanto ser de transcendência e capaz de superar-
se. Neste aspecto, este artigo se objectiva a abordar a revelação como condição de possibili-
dade para que o homem possa experimentar a presença de Deus na vida e na história.
A revelação é, logicamente, um evento que precede o ser humano, pois o conteúdo dela é
Deus mesmo, isso permite a certeza de que é anterior a tudo o que é humano. Com efeito, é
necessária a presença do homem, como ser pensante e questionador para que o conteúdo da
revelação se torne completo.
A palavra revelação quer dizer:
A efectiva vir-à-manifestação da realidade divina. A totalidade do acontecer
salvífico é o ser revelado do mystérion, não no sentido de um desvelamento
de um segredo intelectual, mas no sentido do drama salvífico divino. Nesta
Auto comunicação de Deus é concedida e recebida participação
(BOTTIGHEIMER, 2014, p. 163-164, grifos do autor).
O homem na qualidade de destinatário da revelação tem uma atitude a tomar. Este pode-se
abrir ou permanecer indiferente. Mas como a finalidade da revelação é a salvação do homem,
no sentido que é para que o homem tenha acesso a Deus, Deus espera do homem a obediência
da fé (Rom 16, 26), isto é adesão ao projecto divino.
O encontro entre Deus e a pessoa humana acontece no coração e uma vez aberto o coração
professa-se com a boca o que se crê. Paulo atesta: “Acredita-se com o coração e, com a boca,
faz-se a profissão de fé” (Rom 10,10). A abertura do coração é manifestada pelo testemunho
público. Pois a fé não é um acto privado. Porque o encontro com Deus é renovador. Deus co-
munica-se para nos introduzir no seu mundo. Esse toque do coração é um acto de graça. Os
Actos dos Apóstolos descrevem muito bem esse movimento na cena de Lídia onde encontra-
mos explicitamente afirmado que “O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo
dizia” (Act 16,14).
O mostrar-se de Deus, que é a revelação, efectiva-se na abertura do ser humano para Algo
maior que ele. Deus se dá a conhecer e, nessa alteridade, reside a possibilidade de experimen-
tá-Lo na história, ou seja, o homem torna-se capaz de Deus.
Com efeito, isso significa por outro lado que
A relação com Deus e a com seus semelhantes são inseparáveis entre si; as
relações com Deus, com o tu e com o nós se sobrepõem, elas não são estan-
ques. Numa outra perspectiva poderíamos formular o mesmo pensamento
afirmando: Deus só quer chegar ao ser humano pelo ser humano; ele procura
o ser humano inserido no meio de seus semelhantes (RATZINGER, 2014, p.
69).
O que Deus espera do homem perante a sua revelação, ou por outra qual deve ser a atitude do
homem perante a iniciativa salvífica de Deus? Resposta positiva, abertura a Deus, abandonar-
se a ele. É esta resposta positiva que se chama fé.
De acordo com a bíblia, Revelação divina é a denominação, de modo genérico, para todo co-
nhecimento transmitido ao homem directamente por um deus ou deuses (muitas vezes o meio
por onde este conhecimento foi passado também é chamado assim).
A revelação é o ato de revelar ou desvendar ou tornar algo claro ou óbvio e compreensível por
meio de uma comunicação activa ou passiva com a Divindade. A Revelação pode originar-se
directamente de uma divindade ou por um intercessor ou agente, como um anjo ou santidade;
alguém que tenha experimentado tal contacto é denominado profeta.

Tipos de revelação
Revelação individual
Tomás de Aquino acreditava em dois tipos de revelação individual de Deus: revelação geral e
revelação especial. Na revelação geral, Deus se revela através de sua criação. Através da cria-
ção, algumas verdades divinas podem ser apreendidas através do estudo empírico da natureza,
física, cosmologia etc. Na revelação especial, Deus revela sua natureza a um indivíduo de
modo sobrenatural, por exemplo através de escrituras ou milagres.
Embora alguém possa deduzir a existência de Deus e de seus atributos através da revelação
geral, alguns dados especiais somente podem ser conhecidos através da revelação especial.

Revelação pública
Alguns grupos religiosos acreditam que Deus se revelou a um grande grupo de indivíduos. No
Deuteronómio, Javé teria revelado os Dez Mandamentos aos israelitas no monte Sinai bíblico.
No cristianismo, o livro Atos dos Apóstolos descreve o dia de Pentecostes, onde um grande
grupo de seguidores de Jesus teria experimentado uma revelação em massa. O povo dacota
acredita que Ptesáŋwiŋ falou directamente com o povo quando estabeleceu as tradições religi-
osas dacotas. Algumas versões de uma lenda asteca falam de Huitzilopochtli falando directa-
mente com o povo asteca quando este chegou a Anåhuac. Historicamente, existiram muitos
imperadores, líderes religiosos e outras figuras que foram deificados e tratados como se suas
palavras fossem revelações divinas. Apresenta os vários tipos de revelação de Deus: revelação
geral (na natureza, na consciência, na história) e revelação especial (pelos profetas, milagres,
nas Escrituras e em Cristo).
Revelação
Revelação é o ato gracioso de Deus pelo qual ele comunica a nós coisas a respeito de Si mes-
mo e do nosso relacionamento com ele.

Deus se revela na natureza


De acordo com (Romanos 1:20) “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de
Deus, seu eterno poder e sua natureza divina têm sido vistos claramente, sendo compreendi-
dos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.”

Deus se revela na consciência humana


“De fato, quando os gentios, que não têm a lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tor-
nam-se lei para si mesmos, embora não possuam a lei; pois mostram que as exigências da lei
estão gravadas em seus corações. Disso dão testemunho também a consciência e os pensa-
mentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os.” (Romanos 2:14-15)

Deus se revela na história humana


“Contudo, [Deus] não ficou sem testemunho: mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do céu
e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com fartura e enchendo de alegria os
seus corações.” (Atos 14:17)

Deus se revela através dos profetas


“O Senhor advertiu Israel e Judá por meio de todos os seus profetas e videntes: “Desviem-se
de seus maus caminhos. Obedeçam às minhas ordenanças e aos meus decretos, de acordo com
toda a Lei que ordenei a seus antepassados que obedecessem e que lhes entreguei por meio de
meus servos, os profetas”.” (II Reis 17:13)

Deus se revela através dos milagres


“Ele manifestou os seus caminhos a Moisés, os seus feitos aos israelitas.” (Salmo 103:7)

Deus se revela através das escrituras


“Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem
atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da
alva nasça em seus corações.” (II Pedro 1:19)

Deus se revelou em cristo


“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que con-
templamos e as nossas mãos apalparam — isto proclamamos a respeito da Palavra da vida. A
vida se manifestou; nós a vimos e dela testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna,
que estava com o Pai e nos foi manifestada.” (I João 1.1-2)

Como classificar essas formas de revelação?


Revelação real x Revelação verbal
Revelação natural x Revelação sobrenatural
Revelação geral x Revelação especial

Revelação geral
Se refere às formas de revelação de Deus que são dadas a todas as pessoas:
* Na natureza
* Na consciência humana
* Na história

Revelação especial
Se refere às formas de revelação de Deus que apenas algumas pessoas receberam:
* Através dos profetas
* Nas Escrituras
* Nos milagres
* Em Cristo

A inviolabilidade da dignidade do ser humano


O princípio da dignidade humana não é estático e é actualizado constantemente em virtude
dos desafios que se apresentam para o Direito. A questão central da autonomia do individuo
não é possível de ser mantida basilar para a compreensão da dignidade humana quando se está
aplicando o princípio como uma barreira protectiva.
As transformações sociais e as novas tecnologias acabam por modificar a compreensão sobre
os direitos humanos. A dignidade humana trata-se de um conceito interpretativo a ser modifi-
cado em virtude dos desafios que se apresentam. Portanto, a pesquisa tem como objectivo
analisar a evolução histórica da concepção do princípio da pessoa humana, com o enfoque
jurídico-constitucional, bem como discutir de que forma os desafios contemporâneos influen-
ciam na interpretação e aplicabilidade desse princípio. Assim, mostra-se importante a contri-
buição da hermenêutica jurídica para reinterpretar o conteúdo da dignidade humana actuali-
zando-o.
Para Kant (2008, p. 58), portanto, a dignidade é um valor intrínseco da pessoa humana, supe-
rior a qualquer preço, e que não pode ser substituído por nenhum equivalente. Desta forma,
dignidade acaba por se confundir com a essência da pessoa humana.
Ainda, pode-se notar o princípio da dignidade humana em relação aos tratados internacionais
de direitos humanos, a ordem económica, com relação ao planejamento familiar, a protecção
ao menor e ao idoso.
A partir do contributo de OHLWEILER (2015, p. 08), é possível dizer que dignidade humana
constitui-se de conceito interpretativo. Isto significa que sobre ele os indivíduos controvertem,
interagem e compartilham em práticas políticas e sociais, portanto constantemente esse con-
ceito é reinterpretado visando dar continuidade a tais práticas de modo coerente
Häberle (2005, p. 128) também faz referência à questão da dignidade humana como valor e
como prestação.
A construção do princípio da dignidade humana foi se modificando em virtude dos enfoques
históricos e filosóficos que pelos quais o homem e a ciência passaram. Os Direitos Humanos
construíram bases para tentar garantir iguais liberdades entre os indivíduos, possibilitando, no
início, a protecção da dignidade humana através da positivação de garantias.

A família segundo os ensinamentos da igreja católica


A palavra família, segundo Alves (1977) é derivada do latim famulus, que significa “escravo
doméstico”. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que
surgiu entre as tribos latinas. Foi um meio de introduzir legalmente a agricultura e a escravi-
dão. Ou seja, a família era definida como um “agregado doméstico composto por pessoas uni-
das por vínculos de aliança, consanguinidade ou outros laços sociais, podendo ser restrita ou
alargada”. A partir desta definição de família, percebe-se que os laços familiares vão se re-
flectindo e se definindo a partir dos vínculos de aliança matrimonial.
Para Ariès (1981), até o século XVII, a família era uma instituição especificamente leiga, que
a Igreja ignorava.
Com efeito, a maior parte das afirmações sobre família no mundo ocidental moderno, se refe-
rem às características históricas e culturais da doutrina social da Igreja. A Família nesta pers-
pectiva é compreendida como sendo a célula mater natural e vital da sociedade.
Enfim, segundo o catecismo da Igreja Católica, entende-se uma ampla hierárquica de valores
em relação: “ao professor e ao aluno, empregados para com seus patrões, dos subordinados
para com os seus chefes, dos cidadãos para com a sua pátria e para com os que a administram
e governam” (Catecismo, 2199).
Conclusão
A questão da revelação é um dado fundante da teologia, pois seus postulados partem do dado
revelado. Ela é um gesto gratuito de Deus que se encontra com o ser humano, fazendo- se
capaz de ser conhecido e sobretudo, fazendo com que o homem se reconheça a si próprio.
A revelação antecede o ser humano, pois seu conteúdo é Deus mesmo. Nesse sentido, Deus
envolve o ser humano por inteiro, leva ao ápice sua contingência, propiciando ao homem a
capacidade de experimentar Deus, como experiência transcendente.
Dessa forma, a revelação é a condição de possibilidade para que o homem possa experimentar
Deus e construir conhecimento a partir daí. A alteridade de Deus reforça a identidade humana
como um ser capaz de ir além de si.
A adopção da dignidade da pessoa humana como valor supremo não exclui a interpretação de
seu conteúdo, ao contrário, ele é preenchido em virtude do contexto histórico e cultural em
que se discute a sua promoção/protecção. Portanto, reforça-se que o princípio da dignidade
humana não é estático e é actualizado constantemente em virtude dos desafios que se apresen-
tam para o Direito. Algumas premissas que foram base para a sua compreensão no passado,
como a questão da autonomia do indivíduo são por vezes ignoradas frente à compreensão de
vulnerabilidade de grupo indivíduos.
Nessa pesquisa mostrou que a família tem ocupado importante espaço na sociedade, embora
muitas mudanças e adequações tenham ocorrido ao longo da história. Também destacamos
que a Igreja Católica, através de seus documentos sobre a reorganização da família, produziu
ao longo dos últimos anos uma vasta reflexão sobre a ideia de família, e de modo mais especí-
fico, sobre a necessidade de se reafirmar o modelo familiar que confere à família a finalidade
da procriação e da educação.
A família traz em si inúmeros valores essenciais para que por nada possa ser ofuscado, tolhido
ou menosprezado. Entende-se que a família não é somente lugar de crescimento pessoal, dos
afectos, da transmissão da cultura entre as gerações, mas sim uma comunidade de amor o lu-
gar do direito e do princípio do cuidado, da solidariedade, partilha, amizade, companheirismo,
respeito e unidade e da procriação e da educação (Catecismo, 2210).
Dessa forma, os princípios defendidos pela Instituição Católica, é de que a Instituição Família
só é reconhecida quando ocorre a consagração do matrimónio, tendo como finalidade a pro-
criação.
Feito o Exame da cadeira de Teologia Católica, o estudante dispõe conhecimentos suficientes.
Referencias Bibliográficas
A FAMÍLIA e seus valores em meio às ameaças e desafios do nosso tempo. Disponível em:
http://www.webartigos.com/articles/25870/1/A-familia-e-seus-valores-em-meio-as-ameacas-
e-desafios-do-nosso-tempo/pagina1.html#ixzz0vNZ3KdBD. Acesso em 01 de agosto de
2010, às 15h
ALVES, José Carlos Moreira. Direito Romano. Rio de Janeiro: Forense, 1977.
ARIÉS, Philippe. História Social da Criança e da Família. 2. ed. Tradução de Dora Flaks-
man.RiodeJaneiro: LTC,1981.
BOTTIGHEIMER, Christoph. (2014). Manual de Teologia Fundamental: a racionalidade da
questão de Deus e da Revelação. Petrópolis: Vozes.
Www.arquisp.org.br/sites/default/files/arquivos/regiaolapa/estudo_catecismo_2_tema_no_50-
73.pdf.
http://www.arquisp.org.br/sites/default/files/arquivos/regiaolapa/estudo_catecismo_2_tema_n
o_50-73.pdf.
HÄBERLE, Peter. (2005). A dignidade humana como fundamento da comunidade estatal. In:
Dimensões da Dignidade. Ensaios de Filosofia do Direito e Direito Constitucional, Ingo
Wolfgang Sarlet (Org.). Livraria do Advogado: Porto Alegre.
OHLWEILER, L. P. (p. 1-27, 2015). O Princípio da Responsabilidade do Estado e a Viola-
ção do Direito à Boa Administração Pública: democratização da função administrativa. Juris
Plenum Ouro, v. 42.
RATZINGER, Joseph. (2014). Introdução ao cristianismo: prelecções sobre o símbolo apos-
tólico com um novo ensaio introdutório. 7. ed. São Paulo: Loyola.

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