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Enga Mecânica Luiz Antônio F P Baratta

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AUTOVISTORIA EM ELEVADORES

OBJETIVO:
ANALISAR A CONDIÇÃO DE
FUNCIONAMENTO E SEGURANÇA DO
ELEVADOR

Luiz Antônio Fonseca Punaro Baratta


Engº Mecânico e Segurança do Trabalho
Coordenador da Câmara de Mecânica - CEEM (2014-2017)
Diretor da Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA-RJ (2018-2020)
INTRODUÇÃO

Após, o desabamento de três prédios no Centro do Rio de


Janeiro (RJ) e outro em São Bernardo do Campo (SP), chamaram a
atenção para a necessidade de se realizar um trabalho técnico, ainda
pouco explorado, que é a Inspeção Predial ou Vistoria das
Edificações.
Além dessas tragédias do Rio de Janeiro e São Bernardo, há
outras já registradas envolvendo desabamento de telhados e
coberturas, quedas de marquises em concreto armado em edifícios,
incêndios causados por danos elétricos, acidentes em elevadores,
dentre outros.
Muitas dessas tragédias ocorreram e ocorrem em edificações
com mais de 20 anos, onde se verifica a baixa (ou quase nenhuma)
qualidade nas atividades de manutenção
INTRODUÇÃO

Os dados apresentados remetem a uma conclusão: há meios


de se diminuir o colapso e a deterioração precoce das edificações. É
necessário implementar um sistema de manutenção predial e realizar
avaliações periódicas das condições técnicas, de uso e de manutenção
dos edifícios.

Justamente esta avaliação ou diagnóstico da edificação é


denominada inspeção predial ou vistoria predial. É preventiva,
diminui risco de acidentes prediais, auxilia no direcionamento de
investimentos na edificação e nas adequações do plano de
manutenção.
INTRODUÇÃO

• Lei Estadual nº 6.400 de 05 de março de 2013.

• Lei Complementar nº 126 de 26 de março de


2013.

• Decreto nº 37.426 de 11/07/2013.


INTRODUÇÃO

Sobre a Legislação Estadual que contempla e desencadeou


todo o rol de ações denominadas de Autovistoria, podemos
enfatizar alguns tópicos para melhor compreensão de
nossos clientes, a saber:
“Lei Nº 6400, de 05 de março de 2013 (Estado do Rio de Janeiro)
Data D.O.: 06/03/2013 - Determina a realização periódica por
autovistoria, a ser realizada pelos condomínios ou por proprietários dos
prédios residenciais, comerciais e pelo poder público, nos prédios
públicos, incluindo estruturas, fachadas, empenas, marquises, telhados e
obras de contenção de encostas bem como todas as suas instalações e cria
Laudo Técnico de Vistoria Predial (LTVP) no Estado do Rio de Janeiro e
dá outras providências.”
INTRODUÇÃO

Lei Nº 6400, de 05 de março de 2013 (Estado do Rio de Janeiro)

Mais detalhado, em seu “Art. 1º. (...), dos prédios residenciais,


comerciais...incluindo estruturas, subsolos, fachadas, esquadrias,
empenas, marquises e telhados, e em suas instalações elétricas,
hidráulicas, sanitárias, eletromecânicas, de gás e de prevenção a fogo
e escape e obras de contenção de encostas...que contempla e
desencadeou todo o rol de ações denominadas de Autovistoria,
podemos enfatizar alguns tópicos como segurança, estabilidade e
conservação e cria o LTVP (laudo técnico de vistoria predial).
INTRODUÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973.

Art. 12 - Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO:


I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
referentes a processos mecânicos, máquinas em geral; instalações
industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e eletromecânicos
(elevadores e escadas rolantes); veículos automotores; sistemas de
produção de transmissão e de utilização do calor; sistemas de
refrigeração e de ar condicionado; seus serviços afins e correlatos.

As principais competências / atribuições do engenheiro mecânico nas


inspeções prediais – elevador – escada rolante – condicionar de ar –
gás.

Aqui iremos pontuar as questões dos elevadores!!!


INTRODUÇÃO

O QUE DEVE SER INSPECIONADO?

Importante lembrar que a Inspeção Predial é um tipo


específico de vistoria. Contempla a análise dos sistemas,
elementos e equipamentos existente no prédio, o inspetor
predial necessita de uma equipe multidisciplinar.

Essa vistoria possui caráter visual e não emprega ensaios


tecnológicos. Nos casos em que estes são necessários, isso
estará detalhado no Laudo, no item das orientações
técnicas. Dessa forma, os seguintes sistemas construtivos
devem ser vistoriados e analisados pelo inspetor predial,
considerada as etapas deste trabalho:
INTRODUÇÃO
• Elementos estruturais aparentes;
• Sistemas de vedação (externos e internos);
• Sistemas de revestimentos, incluída as fachadas;
• Sistemas de esquadrias;
• Sistemas de impermeabilização, através dos indícios de perda de
desempenho como infiltrações;
• Sistemas de instalação hidráulica (água fria, água quente, gás, esgoto
sanitário, águas pluviais, reuso de água...);
• Sistemas de instalação elétrica;
• Geradores;
• Elevadores;
• Gás;
• Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (para-raios);
• Sistema de combate a incêndio;
• Sistema de coberturas (telhados, rufos, calhas...);
• Acessibilidade;
• Dentre outros.
INTRODUÇÃO

Estima-se que no Brasil haja em torno de 450 mil elevadores em


operação e mais de 70% foram construídos e instalados com base nas
ABNT NB 30/84 e ABNT NBR 7192, hoje canceladas e substituídas
pela ABNT NM 207/99.

Os elevadores existentes foram instalados com nível de segurança


apropriado ao seu tempo. Porém, um nível mais baixo do que o nível
atual.
INTRODUÇÃO

Tipos de Elevadores
Um elevador pode ser definido como mecanismo de elevação ou descida,
fechado, para transporte de pessoa e carga no sentido vertical. Sua
estrutura contém os mecanismos de operação como máquina, motor,
cabina, cabo de aço, acessórios...considerado como sistema
eletromecânico.
NORMAS ABNT e LEIS

ABNT NBR 5665:1983 ERRATA 2: 1987 – Cálculo do tráfego nos


elevadores.

ABNT NBR NM 207:1999 Errata 2: 2005 - Elevadores elétricos de


passageiros - Requisitos de segurança para construção e instalação.

ABNT NBR NM 313:2007 - Elevadores de passageiros - requisitos de


segurança para construção e instalação - requisitos particulares para
a acessibilidade das pessoas, incluindo pessoas com deficiência.
NORMAS ABNT e LEIS

ABNT NBR 15597:2010 - Requisitos de segurança para a construção


e instalação de elevadores - Elevadores existentes - Requisitos para
melhoria da segurança dos elevadores elétricos de passageiros e
elevadores elétricos de passageiros e cargas.

LEI N° 2743 – de 07 de janeiro de 1999 - Dispõe sobre a instalação e


conservação de aparelhos de transporte no Município do Rio de
Janeiro.

INSTRUÇÃO RIOLUZ/DTP/GEM Nº 001 DE 07 DE FEVEREIRO


DE 2006 - Fixa condições mínimas da instalação e da edificação para
a realização de vistorias, para liberação de certificado de
funcionamento de aparelhos de transporte. Apresenta 56 artigos e
subitens.
NORMAS ABNT e LEIS

ATENDIMENTO AS NOVAS REGRAS

Para edifícios com elevadores instalados antes de 1999.

Deve-se aplicar a NBR 15597/2010, que estabelece novas


regras nacionais de segurança para elevadores.

Adequação aos itens como avisos em braile nos


pavimentos e na cabina, luz de emergência, interfone
ligado à portaria e a casa de máquinas, aviso sonoro
informando o andar, nivelamento preciso da cabina, entre
outros relacionados a segurança de quem fará a
manutenção nos equipamentos.
NORMAS ABNT e LEIS

ATENDIMENTO AS NOVAS REGRAS

Atualmente existem 75 riscos significativos:

Contém todos os riscos (baixo, médio e alto), situações e


eventos perigosos.

Em uma Modernização parcial deverá ser dada maior


importância ao circuito de segurança.

O circuito de segurança é composto pelo quadro de


comando, sistema regulador de velocidade, fechos de
porta e limites de fim de curso.
MODERNIZAÇÃO

MODERNIZAÇÃO PARCIAL

Quadro de comando

Inversor de frequência
MODERNIZAÇÃO

MODERNIZAÇÃO PARCIAL

Porta de andar

Operador de porta
MODERNIZAÇÃO

MODERNIZAÇÃO PARCIAL
Botoeira de cabina
Botoeira de pavimento
MODERNIZAÇÃO

MODERNIZAÇÃO PARCIAL
Barra eletrônica – Cortina de luz

Conforme determina a norma 15.597, item 5.7.6


ACIDENTES

Principais causas de acidentes sérios com elevadores existentes no Brasil


nos últimos 10 anos
ACIDENTES
CENÁRIO ATUAL

Cenário atual - Mercado de Manutenção


• Mão de obra / supervisão falha.

• Gerando condições inseguras – usuários e funcionários.

• Elevadores antigos (ultrapassados).

• Elevadores novos (vícios de montagens).

• Nº de acidentes – crescente – Brasil


ELEVADOR

Cenário atual - Mercado de


Manutenção
ELEVADOR

Empresa de manutenção de elevadores


(Principais exigências):
Atender a Lei Municipal do RJ Nº 2.743 de 07/01/1999:

1 - Cadastro no CREA (Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia).
2 - Engenheiro Mecânico Responsável.
3 - Cadastro na RIOLUZ / G.E.M. (Órgão Fiscalizador).
4 - Oficina com área mínima e equipamentos.
5 - Seguro de responsabilidade civil.
6 - Atendimento 24 horas.
7 - Emissão de Relatório de Inspeção Anual – R.I.A.
RIA – Resultado de Inspeção Anual

Atender a Lei Municipal do RJ Nº 2.743 de 07/01/1999...Emissão de


Relatório de Inspeção Anual – R.I.A.

Art. 71 - O resultado das Inspeções Anuais deverá ser apresentado de


acordo com o modelo próprio aprovado pelo órgão municipal
competente.
§ 1º - Uma das vias ficará arquivada na sede da Conservadora, outra
será entregue ao proprietário, e a terceira via será entregue ao órgão
municipal competente.
§ 2º - O prazo máximo para a entrega do Resultado da Inspeção
Anual ao órgão municipal competente será de 30 (trinta) dias após a
realização da inspeção.
§ 3º - A entrega da 3ª via ao órgão municipal competente poderá ser
procedida através de dados informatizados, compatíveis com o
"software" por ele desenvolvido.
RIA – Resultado de Inspeção Anual
x Contrato
1 - MANUTENÇÃO INTEGRAL: contrato com direito à
substituição da maioria ou todas as peças do equipamento. Exceto
vandalismos e as que o público tem acesso como botoeiras de
pavimentos, luminárias na cabina, etc.

2 - MANUTENÇÃO PARCIAL: os proprietários têm direito à


reposição de determinadas peças, sem ônus. Estas devem ser
discriminadas no contrato.

3 - CONSERVAÇÃO: é um contrato cuja mensalidade não fornece


cobertura para reposição de peças. Estas são cobradas à parte.
É uma espécie de "atestado de saúde" dos elevadores. “O RIA exige
que o engenheiro da empresa responsável vá até o condomínio e faça
as inspeções necessárias. O que vemos são empresas fazendo o R.I.A.
de forma meramente burocrática. Em alguns casos, quem inspeciona
os elevadores são os técnicos e o engenheiro apenas assina um laudo
que é enviado para à Prefeitura”. Nossa critica!!
CHECK LIST BÁSICO

Máquina, mecanismo de controle,


regular/freio de segurança, cabos de manobra,
cabos de tração, limites finais de curso,
INSTALAÇÃO GERAL E FUNCIONAMENTO
parachoques, portas, sinalização, dispositivos
de proteção, cabine, guias e casa de máquinas.

Escovas de carvão e coletor, folgas no


rolamento de escora, folgas nos mancais,
vazamento de óleo, freio: lonas/regulagens,
MÁQUINA
Polia: desgaste/desalinhamento, folga na coroa
sem fim, proteção de maquinaria, bomba
hidráulica, mangueira e outros.
MECANISMO DE CONTROLE
Limitador de velocidade, contatos elétricos,
FREIO DE SEGURANÇA cabo do limitador de velocidade, dispositivo de
operação de freio.
CABO DE MANOBRA
CABOS DE TRAÇÃO
LIMITADOR SW PERCURSO FINAL
PARACHOQUES
Contato para cabina, fecho eletromecânico
PORTAS
(trinco).
BARREIRA ELETRÔNICA
SINALIZAÇÃO
MANUTENÇÃO / SEGURANÇA
CASOS

Freio de segurança
visto abaixo da cabina
com
partes corroídas
CASOS

Sistema de Freio de
segurança
com cabo frouxo
Cabo de segurança
CASOS visto por cima da cabina

Clipes da posição
correta
Clipes da posição
incorreta
CASOS

TESTES
OBRIGATÓRIOS
CASOS

Produtos inflamáveis
no teto da cabina
CASOS

Produtos
inflamáveis
no teto da cabina
e poço sem
parachoque.
Algumas guimbas
de cigarro
CASOS

Porta pantográfica
destruída, após
acidente
CASOS

Porta sem proteção


do fecho – prejudica
na segurança
CASOS

Falta fusível de proteção Quadro de força – base


(sistema inadequado – inadequada
NBR 5410)
CASOS

Quadro de comando – “jumper” – Relé “calçado” – inoperante da


sistema de porta porta
CASOS

Corrosão / óxido de ferro prejudicando L.V


CASOS

Corrosão / óxido de ferro prejudicando Q.C. / freio.


Condenação do conjunto dos cabos de tração.

Quebras ao longo do passo


CASOS

Corrosão / óxido de ferro no conjunto dos cabos de tração.


CASOS

Corrosão / óxido de ferro no limitador de velocidade.


CASOS

ALGUNS SINAIS DENUNCIAM O MOMENTO CERTO PARA


SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS DE AÇO
CASOS

ALGUNS SINAIS DENUNCIAM O MOMENTO CERTO PARA


SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS DE AÇO
CASOS

ALGUNS SINAIS DENUNCIAM O “JUMPER”


CASOS

CASA DAS MÁQUINAS


BASE DO QUADRO DE FORÇA EM DESACORDO COM
ABNT NM 5410/2004 – VERSÃO CORRIGIDA 2008.
CASOS

FALTA DE ATERRAMENTO (SITUAÇÃO CRÍTICA).


OS COMPONENTES DO QUADRO DE FORÇA INSTALADOS EM
DESACORDO COM A NM 5410 DA ABNT
CASOS

CASA DAS MÁQUINAS


BÁSCULAS: COLOCAÇÕES INADEQUADAS
A ÁGUA ADENTRA NA CASA DE MÁQUINAS.
CASOS

ALVENARIA DETERIORADA JUNTO A


FIXAÇÃO DAS PORTAS DE PAVIMENTOS.
CASOS

LIMPEZA DOS LIMITADORES ELETROMECÂNICOS


CASOS

MARCO DA PORTA INSTALADO SEM ALINHAMENTO


CASOS

DESNIVELAMENTO ENTRE PISO DA CABINA E PAVIMENTOS


(SITUAÇÃO CRÍTICA).
CASOS

POÇO: COLOCAÇÃO DA ESCADA


DE FORMA INADEQUADA JUNTO A ILUMINAÇÃO.
CONCLUSÃO

 Elevadores antigos e novos.

 Falta de mão de obra técnica e supervisão especializada.

 Falta supervisão das construtoras.


CONCLUSÃO

OBRIGADO!

LUIZ ANTONIO FONSECA PUNARO BARATTA

TEL: 21-98798-0318

baratta@globo.com

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