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A Conjectura de Poincare Uma Abordagem Elementar
A Conjectura de Poincare Uma Abordagem Elementar
A Conjectura de Poincare Uma Abordagem Elementar
São Luís – MA
2015
ELMA MARREIROS NEVES
São Luís - MA
2015
ELMA MARREIROS NEVES
BANCA EXAMINADORA:
_____________________________________________________
Profº. Ms. Carlos Cesar Pereira de Almeida
Professor Orientador
UEMA – Campus Universitário Paulo VI
_____________________________________________________
Profº. Ms. Francisco Pinto Lima
Professor Examinador
UEMA – Campus Universitário Paulo VI
______________________________________________________
Profº. Esp. Carlindo Lisboa Alves
Professor Examinador
UEMA – Campus Universitário Paulo VI
À minha família e amigos, pela
compreensão e apoio durante estes
anos.
Dedico
AGRADECIMENTOS
“Não há ramo da Matemática, por abstrato que seja, que não possa um dia vir a ser
aplicado aos fenômenos do mundo real.”
Lobachevsky
The main objective of this study was to clarify the basics of the statement of
the Poincaré Conjecture, as well as their demonstration by Russian mathematician Grigori
Perelman's elementary form. The Poincaré Conjecture states that any closed three-
dimensional variety, compact, without boundary and simply connected is homeomorphic
to the three-dimensional sphere. This issue sparked numerous discussions and one of
them is its importance in particular for the study of the shape of the universe. In this paper,
we restrict ourselves only to the elementary concepts of conjecture.
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10
CAPÍTULO 1 .......................................................................................................................... 11
TOPOLOGIA .................................................................................................................. 11
CAPÍTULO 2 .......................................................................................................................... 12
VARIEDADES ................................................................................................................ 12
CAPÍTULO 3 .......................................................................................................................... 20
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 24
APÊNDICE .............................................................................................................................. 26
10
CAPÍTULO 1
TOPOLOGIA
11
CAPÍTULO 2
VARIEDADES
Figura 01: Viana, Marcelo. Conjectura de Poincaré para entender o universo. O cilindro à esquerda é uma
variedade aberta e o toro é uma variedade fechada, 2007.
12
2.1 A importância das variedades
13
Figura 02: JUNIOR, Antonio Carlos Martinho. Cosmologia. Nebulosa cabeça de cavalo.
Figura 03: CUNHA, Marisa Ortegoza da. Devlin e os problemas do milênio, 2012.
14
2.3 Variedades equivalentes
Existe uma noção que afirma que quando duas variedades são a mesma
variedade, chamamos de equivalência.
Dizemos que duas variedades são equivalentes se for possível fazer uma
correspondência entre os pontos de uma variedade e os pontos da outra, uma bijeção
contínua, ou seja, os pontos que estão próximos de um correspondem com os pontos
próximos a outro e reciprocamente. Por exemplo, a esfera e o elipsoide tem aspectos um
pouco diferentes, mas são superfícies equivalentes, portanto é possível realizar uma
correspondência entre os pontos da esfera e os pontos do elipsoide de forma que essa
correspondência seja contínua. Neste caso, existe um homeomorfismo entre a esfera e o
elipsoide, portanto essas variedades são superfícies equivalentes, sendo essencialmente a
mesma superfície.
No entanto a esfera e o toro não são equivalentes, pois não é possível fazer essa
correspondência contínua em um dos pontos de uma superfície e os pontos da outra, isso
não é fácil de demonstrar, mas podemos provar que o toro e a esfera são superfícies de
fato distintas, com propriedades distintas.
15
Figura 05: Imagem internet. A esfera e o toro
Superfícies Orientáveis
Figura 06: Viana, Marcelo. Conjectura de Poincaré para entender o universo , 2007.
16
Superfícies não orientáveis
Figura 07: Viana, Marcelo. Conjectura de Poincaré para entender o universo , 2007.
17
2.6 Variedade simplesmente conexa
Figura 08: O’SHEA, Donal. A Solução de Poincaré: em busca da forma do universo, (2009).
18
Figura 09: Imagem internet. The Physics of the Universe – Wormholes.
19
CAPÍTULO 3
A CONJECTURA DE POINCARÉ
x 2
y 2 z 2 w2 1 , e ao trocar o número 3 pelo 2 constata-se o que já foi dito, que a
20
uma boa parte da matemática do século XXI. A topologia nasceu por causa disso e a
geometria se desenvolveu por causa desse problema.
Poincaré é talvez o último dos matemáticos que estudava a matemática de todas
as áreas, ele trabalhava em geometria, álgebra, análise, eletromagnetismo, topologia,
equações diferenciais, mecânica celeste, teoria dos números, criou uma área que
chamamos de sistemas dinâmicos e é o autor do primeiro princípio da Relatividade
Restrita, o que é pouco conhecido no mundo da física. A Teoria da Relatividade é de
Einstein, mas quem formulou de maneira precisa o princípio da Relatividade, o axioma
central da Teoria da Relatividade foi Poincaré.
A formulação técnica da conjectura de Poincaré é para qualquer dimensão maior
que 2, toda variedade fechada com um tipo de homotopia da esfera é equivalente a esfera.
Essencialmente, é exatamente o mesmo enunciado de dimensão 3, o que ela diz é que
qualquer variedade que parece ser a esfera é a esfera.
As palavras parece e é precisam ser caracterizadas:
É: significa, é equivalente a
Parece: é ter o tipo de homotopia da esfera
Um dos problemas é o fato de que não há teoremas de classificação em geral,
em dimensão maior que 3, em dimensão 4 ou maior, porque há subproblemas de
classificação que em princípio admitem solução e que podem ser relevantes também. Um
desses subproblemas é o problema de classificação de todas as variedades fechadas com
o tipo de homotopia da esfera. A Conjectura de Poincaré em dimensão 5 ou maior foi
provada em 1960 pelo Steve Smalle no Rio de Janeiro e para quatro dimensões por
Michael Freedman (Medalha Fields em 1986).
Restava somente o caso tridimensional, para o qual o matemático William
Thurston, no final dos anos 70, propôs uma generalização. Tal como todas as superfícies
fechadas bidimensionais podem ser construídas combinando somente duas formas, a
esfera e o toro (a “alça”), também algo semelhante se passaria com as superfícies
tridimensionais, que poderiam ser todas construídas a partir não de duas, mas de oito
formas fundamentais. Só por ter proposto esta conjectura de geometrização, que
automaticamente inclui a conjectura de Poincaré em três dimensões, Thurston, neste
momento na Universidade de Cornel, foi igualmente agraciado com a Medalha Fields em
1986.
Richard Hamilton, da Universidade de Columbia, propôs no início dos anos 80
a aplicação ao estudo das formas de superfícies de uma técnica, chamada fluxo de Ricci,
21
baseada nas equações de geometria diferencial como as que se utilizam na Teoria da
Relatividade Geral. Este processo transforma uma superfície numa forma mais
homogênea, redistribuindo a sua curvatura. A estratégia foi formulada no início dos anos
80 pelo Richard Hamilton que propôs a seguinte ideia, começa com uma variedade
qualquer de dimensão 3 fechada e uma variedade arbitraria tem curvatura variada, com
lugares onde ela é mais curva, introduzir um mecanismo para aumentar a curvatura onde
ela é pequena e diminuir a curvatura onde ela é grande, tentar uniformizar a curvatura,
deformar a variedade uniformizando a curvatura com a ideia de que se a gente fizer isso
com cuidado ela evolua na direção de uma variedade com curvatura constante, e
variedade com curvatura constante é a esfera, essa é a ideia, levar, alterar a curvatura da
variedade para torna-la uniforme.
Hamilton teve sucesso a aplicar este processo a objetos simples, mas os
problemas surgiriam em objetos mais complicados que incluíssem pontos, chamados
singularidades, cuja curvatura fosse infinita. Os topólogos poderiam removê-las, mas não
havia garantias de que com este processo não se formassem singularidades novas. Seria
Perelman a resolver este problema em 2002, ao demonstrar uma série de desigualdades
que evidenciam que as singularidades acabam por se transformar todas em esferas ou
tubos, num tempo finito após o fluxo de Ricci ter começado. Os topólogos poderiam
assim removê-las e levar o fluxo de Ricci até o fim, revelando a essência topológica dos
espaços em questão e demonstrando as conjecturas de Poincaré e Thurston.
O grande entusiasmo causado pela prova de Perelman deve-se nem tanto ao
resultado em si, que pelo menos no caso da conjectura de Poincaré era bastante intuitivo
e que toda a gente dava como verdadeiro, mas mais ao método usado, tendo-se revelado
ligações profundas até então desconhecidas entre diferentes ramos da Matemática.
22
CONSIDERAÇÕES FINAIS
23
BIBLIOGRAFIA
24
MATOS, E. R; NEVES, R. E.B. A geometria euclidiana e as geometrias não
euclidianas. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação (Licenciatura em
Matemática) – Universidade do Estado do Pará, Belém, 2010.
PRAVDA. Grigori Perelman claims he can control Universe. Disponível em:
http://english.pravda.ru/science/tech/28-04-2011/117727-Grigori_Perelman-0. Acesso
em 28 mar. 2015.
The Physics of the Universe – Wormholes. Disponível em:
http://www.physicsoftheuniverse.com/topics_blackholes_wormholes.html. Acesso em:
28 mar. 2015.
Wormhole: In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em:
http://commons.wikipedia.org/wiki/File:Worm3.jpg. Acesso em: 28 mar. 2015.
Moura, Felipe. Conjectura de Poincaré. Disponível em: http://avesso-do-
avesso.blogspot.com.br/2006/08/conjectura-de-poincar.html. Acesso em: 15 mar. 2015.
25
APÊNDICE
FLUXO DE RICCI
O fluxo de Ricci é uma equação na qual a medida que o tempo passa é possível
alterarmos a métrica de acordo com a seguinte equação diferenciável.
g ij 2 Rij
t
26
27