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A Pluralidade Do Amor

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Sendo esposa, já senti um dos amores mais intensos que poderia.

Amor que aquece a alma e


te faz lembrar que tem alguém, que por mais clichê que pareça, completa você. Sentimento de
que ele é seu e nos dias mais frios te serve também como abrigo, coberta e chocolate quente.
Aquele amor que tira o teu riso e te deixa meio desconcertada até com pequenas palavras e
gestos minimalistas. O amor que te aquieta e ao mesmo tempo parece fazer cosquinhas na sua
barriga até você implorar pedindo aos gritos e gargalhadas que pare.

Ah, eu pensava que não havia nada mais gostoso! Então descobri que seria mãe. A palavra
amor talvez seja a mais complexa em se definir, talvez pela pluralidade de emoções que um só
sentimento gera. O amor de mãe dá medo e chega a doer. Desde o ventre, você aprende a
cuidar e a ansiar pelo rosto que ainda não conhece mas tem de ti dentro de si. É sobre sonhar
acordado e ser transportado para o futuro, sorrindo ao pensar no primeiro passo ou no
primeiro dia de aula do seu bebê que já não é tão bebê assim. Envolve resgatar todos os dias a
certeza de que esse ainda inocente ser não é seu, mas nasceu para cumprir propósitos e
alcançar um destino que só envolve ele e os segredos do seu Criador, juntamente com tentar
contradizer-se ao querer guardá-lo dentro de uma caixinha que o impede de bater as suas
próprias asas conquistando sua independência. No final de tudo, o amor vence e nada mais é
sobre você, mas sobre o outro que você deve fazer feliz, jamais servindo de empecilho.

Como esposa e mãe, eu jamais ousaria dizer qual amor é mais intenso e saboroso. Não
sobrepujaria o que segurar o meu filho no colo me fará sentir ao lembrar das sensações que o
homem escolhido para casar comigo gera em momentos nossos. Porém, de uma coisa eu
tenho certeza e falo sem titubear: há um amor mais avassalador que qualquer um destes!

No culto da minha igreja, me vi ao lado do meu marido adorando ao Senhor e isso me encheu
de alegria. Me imaginei com o meu filho no colo e transbordei. Pensei comigo mesma se
haveria algo melhor e não falhei ao encontrar. Há o sentimento de ser filha de Deus e de o
querer mais que qualquer coisa nesse universo. Um amor que te faria abandonar o que fosse
preciso para segui-lo. É desafiador saber que nem o amor mais intenso de uma mãe para um
filho é mais furioso que o anseio da criação por quem a fez. Tive a certeza de que nunca
provarei de algo maior, que me aqueça mais ou que me tire mais o fôlego do que o próprio
YESHUA. Minha mente naquele momento já não pensava mais em categorizar os tipos de
amores, já não pensava no meu marido ou em meu filho e quem sabe em petições, pelo
contrário, fui levada cativa a somente contemplá-lo. E sinceramente, isso basta.

Contemplar o Rei é definitivamente mais intenso e glorioso que ouvir o som do choro do seu
bebê pela primeira vez ou assinar a certidão do seu casamento. É maior que você saber que
alguém é sua metade ou que outro nasceu de ti, pois há um em quem você se esconde e até
Sua sombra é completamente segura para habitar. É do amor mais furioso que um vulcão em
chamas, o mar em seus dias mais sombrios e um furacão em seu mais alto grau de destruição.
Ao mesmo tempo, é mais doce que o mel, mais quente que o próprio sol e te causa mais
arrepio que deitar-se nu em uma superfície de gelo.

Quão bom é saber que você não precisaria de nada além dEle, mas Sua bondade te
proporciona o melhor dessa terra e tudo o que há mais de perfeito. Porém, perfeito mesmo é
o meu Senhor e nada jamais se aproximará da minha dependência nEle, nem mesmo aquilo
que não conseguiria me imaginar sem.

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