Nature">
PRÁTICA - Controle de Qualidade de Formas Farmacêuticas Líquidas Rev 01
PRÁTICA - Controle de Qualidade de Formas Farmacêuticas Líquidas Rev 01
PRÁTICA - Controle de Qualidade de Formas Farmacêuticas Líquidas Rev 01
Página 1 de 7
POP
1 OBJETIVO
Realizar testes físico-químicos aplicados ao controle de qualidade de formas farmacêuticas líquidas.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As formas farmacêuticas líquidas podem ser produzidas na forma de solução (xarope, elixir e solução) ou
dispersão (suspensão), para administração pelas vias orais ou tópicas (nasal, auricular, oftálmicas, retal,
vaginal e dérmica). A estabilidade tem que ser bem estudada e garantida, principalmente nas preparações que
contém água que são mais instáveis física, química e microbiologicamente. O controle de qualidade das
preparações líquidas é essencial para garantir a eficácia, segurança e qualidade do produto final. O pH é uma
variável muito importante a ser controlada, pois impacta na estabilidade, eficácia terapêutica e conforto de uso
da preparação.
3 MATERIAIS/UTENSÍLIOS
Para cada grupo (montar 02 grupos)
3.1 SUBSTÂNCIAS
* Caso o eletrodo do peagômetro já esteja mergulhado na solução de KCl, não precisa separar esta solução.
3.2 EQUIPAMENTO
Balança semianalítica/analítica (no mínimo 3 casas decimais após a vírgula); chapa aquecedora; pHmetro
(peagômetro/potenciômetro); estufa de secagem de utensílios e embalagem (laboratório de semissólido).
ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP
4 PROCEDIMENTO
Densidade de massa (ρ) de uma substância é a razão de sua massa por seu volume a 20 ºC. A densidade de
massa da substância (ρt) em uma determinada temperatura (t) é calculada a partir de sua densidade relativa (d tt)
pela fórmula:
Densidade relativa* de uma substância é a razão de sua massa pela massa de igual volume de água, ambas a
20 ºC (d 2020) ou por massa de igual volume de água a 4 °C (d 204):
A densidade relativa da substância pode ser determinada utilizando-se picnômetro, balança hidrostática ou
densímetro. O uso desses dois últimos é condicionado ao tipo de aparelhagem disponível.
ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP
Obs.: Não toque o picnômetro com as mãos ou dedos desprotegidos. Pese o picnômetro com a tampa.
Preencher o picnômetro devagar para evitar formação de bolhas.
1.1 Coloque o picnômetro sobre uma superfície limpa, plana e horizontal. Encha o picnômetro até a borda.
Tampe o picnômetro de modo a transbordar o excesso do produto. Limpe e seque o exterior do picnômetro.
2. Utilizar picnômetro limpo e seco (ou ambientar, por duas vezes, a vidraria com a amostra), com capacidade
de, no mínimo, 5 mL que tenha sido previamente calibrado;
3. Transferir a amostra a 20º C (ajustar a temperatura da amostra para 20 °C) para o picnômetro;
3.1 Coloque o picnômetro sobre uma superfície limpa, plana e horizontal. Encha o picnômetro até a borda.
Tampe o picnômetro de modo a transbordar o excesso do produto. Limpe e seque o exterior do picnômetro.
Cálculos:
ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP
O teste de determinação de volume é requerido para produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas e
produtos líquidos em recipientes para dose única. O teste se aplica tanto a preparações líquidas quanto a
preparações líquidas obtidas a partir de pós para reconstituição. O teste não é requerido para produtos líquidos
em recipientes para dose única quando, na monografia individual, constar requerimento para Uniformidade de
doses unitárias (5.1.6).
1. Separar 10 unidades;
6. Lavar os recipientes e as tampas com água e, em seguida, com álcool etílico. Secar em estufa apropriada,
por uma hora (1h), ou em temperatura compatível com o material do recipiente, até peso constante;
7. Esfriar à temperatura ambiente, recolocar a tampa e outras partes correspondentes e pesar novamente;
8. A diferença entre as duas pesagens representa o peso (m) do conteúdo. Determinar os volumes individuais
correspondentes (V), em mL, utilizando a expressão:
𝑉=𝑚
ρ
Em que:
m = peso do conteúdo, em g;
ρ = densidade de massa do produto, em g/mL, determinada a 20 ºC, conforme descrito em Determinação da
densidade de massa e densidade relativa (5.2.5) e item 4.1.
10. A partir dos valores obtidos, calcular o volume médio das unidades testadas. O volume médio não é inferior
ao volume declarado e o volume individual de nenhuma das unidades testadas é inferior a 95,0% do volume
declarado.
Cálculos
ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP
Se houver formação de bolhas de ar dentro do bulbo do eletrodo, basta agitá-lo para baixo, tal como se opera
um termômetro clínico.
Em eletrodos do tipo reabastecível, o nível de preenchimento precisa ser checado e completado com solução
eletrolítica apropriada.
Antes de usar os eletrodos, a luva que cobre o furo de preenchimento deve ser abaixada antes da execução
das medições e, posteriormente a esta, recolocada na posição original.
Se a luva de proteção ficar sem eletrólito ou se o eletrodo não for usado por muito tempo, deve ser reativado,
ficando mergulhado várias horas em um béquer com solução de KCl 3M ou na solução recomendada pelo
fabricante. A solução de KCl deve ser trocada periodicamente.
Para secagem do eletrodo, simplesmente tocar o eletrodo com papel de filtro, deixando-o em contato com o
bulbo do eletrodo por um breve período de tempo para que este absorva a umidade. Não esfregar o papel no
bulbo, pois a eletricidade estática gerada prejudicará a calibração do pHmetro.
Para obter maior precisão da medição do pH, a temperatura deve ser levada em consideração. Para se usar o
acessório para compensação automática de temperatura do medidor, inserir a sonda de temperatura na
amostra o mais próximo possível do eletrodo e aguardar por um ou dois minutos.
Se forem efetuadas sucessivas medições em diferentes amostras, é recomendável que o eletrodo e a sonda de
temperatura sejam totalmente limpos com água purificada e secos suavemente com um papel de filtro entre
cada medição.
É recomendável a utilização de pHmetro com resolução de pelo menos 0,01 unidades de pH.
A aferição do pHmetro deve ser realizada diariamente após 30 minutos da sua ligação.
Retirar o recipiente ou luva protetora contendo a solução de KCl 3M na qual o eletrodo está mergulhado.
Lavar o eletrodo, com auxílio de uma piseta, com jatos de água purificada e secá-lo (sem esfregar) suavemente
com papel de filtro.
Imergir o eletrodo na solução-tampão referência com valor de pH 4,0. Aguardar um minuto e verificar o
resultado. Caso o valor registrado pelo aparelho seja diferente do esperado para solução-tampão referência,
fazer o ajuste no botão de calibração.
Desligar o botão de leitura, retirar a solução-tampão e lavar o eletrodo conforme descrito anteriormente.
ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP
Imergir o eletrodo em uma segunda solução-tampão referência de pH 7,0 ou 9,0. Aguardar um minuto e
verificar o valor de pH registrado. Esse valor não deverá apresentar variações superiores a 0,07 do valor
esperado para solução-tampão referência. Se necessário, fazer os ajustes no botão de calibração. Verificar
sempre a validade das soluções-tampão referência.
Caso não haja precisão das medidas, verificar possíveis danos nos eletrodos e, se necessário, realizar sua
substituição.
Mergulhar o eletrodo no recipiente ou luva protetora com KCl 3M ou conforme orientação do fabricante.
Obs.: Para a determinação do pH de matéria-prima sólida (pó), prepare a solução da amostra na concentração
especificada pela monografia, utilizando o solvente nela especificado.
1) Retirar o recipiente ou luva protetora com KCl 3M (ou outra solução recomendada pelo fabricante) na qual o
eletrodo está mergulhado.
2) Lavar o eletrodo com jatos de água purificada e secar suavemente (sem esfregar) com papel de filtro. As
temperaturas da água de lavagem e da solução da amostra não devem diferir acima de 2ºC.
3) Para a diluição das amostras, deve-se usar água destilada isenta de dióxido de carbono (água destilada
fervida recentemente e resfriada) ou água recém purificada.
4) Imergir o eletrodo na solução da amostra (solução-problema). Aguardar 1 minuto e efetuar a leitura do pH. A
determinação do pH deve ser feita em triplicata.
6) Lavar novamente o eletrodo com água purificada, conservando-o a seguir em solução de KCl 3M.
pH de maior estabilidade: deve ser ajustado entre 3,1 a 3,3 (Faixa - 2,8 a 3,7 FBVI).
Embalagem recomendada: frasco gotejador PET leitoso/âmbar ou vidro âmbar.
Temperatura de armazenamento recomendada: temperatura ambiente controlada.
Estabilidade aproximada: 6 meses.
Processo de degradação química provável: oxidação.
ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP
5 EPIs
Jaleco de manga longa e punho; Luvas de procedimento; Touca (gorro); Máscara; Óculos de segurança.
6 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Resíduos/Quantidade Disposição
Solução aquosa com Bromoprida – 200mL Encaminhar para descarte terceirizado
7 REFERÊNCIAS
ANSEL, H.C.; POPOVICH, N.G.; ALLEN JR, L.V. Farmacotécnica: Formas farmacêuticas e Sistemas de
liberação de fármacos. 6a. ed. São Paulo: Editorial Premier, 2000.
APRENDENDO mais – Picnômetro: saiba como utilizá-lo. SPlabor blog. 10 de novembro de 2014. Disponível
em: https://www.splabor.com.br/blog/vidraria/aprendendo-mais-picnometro-saiba-como-utiliza-lo/. Acesso em:
21 out. 2021.
BRASIL. Ministério da saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia brasileira. 5a. ed.
Brasília: ANVISA, 2010. 2v.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia brasileira. 6a. edição.
Brasília, DF: Anvisa, 2019. 2v.
FERREIRA. A. O.; BRANDÃO, M. A. F.; POLONINI, H. C. Guia prático da Farmácia Magistral. 5a. ed. Juiz de
Fora: Editar Editora Associada Ltda., 2019. v.2.
GENNARO, A. R. Remington: a ciência e a prática da farmácia. 20 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,
2004.
PRISTA, L.N.; ALVES, A.C.; MORGADO, R. Tecnologia Farmacêutica. 5.a ed. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2008.
ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes