Nature">
Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

PRÁTICA - Controle de Qualidade de Formas Farmacêuticas Líquidas Rev 01

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 7

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Página 1 de 7
POP

Data Emissão Data de Vigência Próxima Revisão Versão nº


MAR/2022 MAR/2023 MAR/2023 001

DISCIPLINA: Estágio Supervisionado Curricular IV


ASSUNTO: Controle de Qualidade de Formas Farmacêuticas Líquidas

1 OBJETIVO
Realizar testes físico-químicos aplicados ao controle de qualidade de formas farmacêuticas líquidas.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As formas farmacêuticas líquidas podem ser produzidas na forma de solução (xarope, elixir e solução) ou
dispersão (suspensão), para administração pelas vias orais ou tópicas (nasal, auricular, oftálmicas, retal,
vaginal e dérmica). A estabilidade tem que ser bem estudada e garantida, principalmente nas preparações que
contém água que são mais instáveis física, química e microbiologicamente. O controle de qualidade das
preparações líquidas é essencial para garantir a eficácia, segurança e qualidade do produto final. O pH é uma
variável muito importante a ser controlada, pois impacta na estabilidade, eficácia terapêutica e conforto de uso
da preparação.

3 MATERIAIS/UTENSÍLIOS
Para cada grupo (montar 02 grupos)

Picnômetro de 5mL, 10mL ou 20mL (01)


Béquer 30mL (02)
Termômetro (01)
Piseta com água purificada (01)
Piseta com álcool 70%

Para uso coletivo: Não se aplica.

3.1 SUBSTÂNCIAS

Bromoprida solução oral concentrada (gotas) produzida em aula anterior.


Solução Tampão 4,0
Solução Tampão 7,0
Solução KCl 3M*

* Caso o eletrodo do peagômetro já esteja mergulhado na solução de KCl, não precisa separar esta solução.

3.2 EQUIPAMENTO
Balança semianalítica/analítica (no mínimo 3 casas decimais após a vírgula); chapa aquecedora; pHmetro
(peagômetro/potenciômetro); estufa de secagem de utensílios e embalagem (laboratório de semissólido).

ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP

Data Emissão Data de Vigência Próxima Revisão Versão nº


MAR/2022 MAR/2023 MAR/2023 001

4 PROCEDIMENTO

4.1 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE MASSA E DENSIDADE RELATIVA (5.2.5)

É importante diferenciar a densidade absoluta (massa específica) da densidade relativa. A densidade


absoluta é a quantidade de massa em uma unidade de volume, de acordo com a fórmula, d = m/v, onde “d”
equivale a densidade (expressa geralmente em g/cm3 ou g/mL) a ser determinada e “m” a massa e “v” o volume.
Já a densidade relativa de uma substância é a relação entre a densidade absoluta dela e a densidade absoluta
de outra substância eleita como padrão (geralmente água). A densidade de uma amostra é geralmente
influenciada pela pressão e, principalmente, pela temperatura.

Densidade de massa (ρ) de uma substância é a razão de sua massa por seu volume a 20 ºC. A densidade de
massa da substância (ρt) em uma determinada temperatura (t) é calculada a partir de sua densidade relativa (d tt)
pela fórmula:

ρt = d(água) × dtt + 0,0012

Expressa em g/mL ou kg/L.

Quando a temperatura for, por exemplo, 20 ºC a fórmula é expressa por:

ρ20 = 0,99820 × d 2020 + 0,0012

Densidade relativa* de uma substância é a razão de sua massa pela massa de igual volume de água, ambas a
20 ºC (d 2020) ou por massa de igual volume de água a 4 °C (d 204):

d 204 = 0,998234 × d 2020

*Não tem unidade de medida pois é uma grandeza adimensional.

A densidade relativa da substância pode ser determinada utilizando-se picnômetro, balança hidrostática ou
densímetro. O uso desses dois últimos é condicionado ao tipo de aparelhagem disponível.

ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP

Data Emissão Data de Vigência Próxima Revisão Versão nº


MAR/2022 MAR/2023 MAR/2023 001

4.1.1 MÉTODO DO PICNÔMETRO

Obs.: Não toque o picnômetro com as mãos ou dedos desprotegidos. Pese o picnômetro com a tampa.
Preencher o picnômetro devagar para evitar formação de bolhas.

1. Calibrar o picnômetro. A calibração consiste na determinação da massa do picnômetro vazio e da massa de


seu conteúdo com água, recentemente destilada e fervida, a 20 °C. Determinar assim, o volume real do
picnômetro (registre para utilizar nos cálculos) que difere do volume nominal (declarado no certificado de
calibração do picnômetro);

1.1 Coloque o picnômetro sobre uma superfície limpa, plana e horizontal. Encha o picnômetro até a borda.
Tampe o picnômetro de modo a transbordar o excesso do produto. Limpe e seque o exterior do picnômetro.

2. Utilizar picnômetro limpo e seco (ou ambientar, por duas vezes, a vidraria com a amostra), com capacidade
de, no mínimo, 5 mL que tenha sido previamente calibrado;

3. Transferir a amostra a 20º C (ajustar a temperatura da amostra para 20 °C) para o picnômetro;

3.1 Coloque o picnômetro sobre uma superfície limpa, plana e horizontal. Encha o picnômetro até a borda.
Tampe o picnômetro de modo a transbordar o excesso do produto. Limpe e seque o exterior do picnômetro.

4. Ajustar a temperatura para 20 °C, remover excesso da substância, se necessário, e pesar;

5. Obter o peso da amostra através da diferença de massa do picnômetro cheio e vazio;

6. Calcular a densidade relativa (d 20


) determinando a razão (divisão) entre a massa da amostra líquida e a
20
massa da água, ambas a 20 °C;

7. Utilizar a densidade relativa para calcular a densidade de massa (ρ).

8. Registrar o resultado no Quadro 1;

Cálculos:

ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP

Data Emissão Data de Vigência Próxima Revisão Versão nº


MAR/2022 MAR/2023 MAR/2023 001

4.2 DETERMINAÇÃO DE VOLUME (5.1.2)

O teste de determinação de volume é requerido para produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas e
produtos líquidos em recipientes para dose única. O teste se aplica tanto a preparações líquidas quanto a
preparações líquidas obtidas a partir de pós para reconstituição. O teste não é requerido para produtos líquidos
em recipientes para dose única quando, na monografia individual, constar requerimento para Uniformidade de
doses unitárias (5.1.6).

Produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas (exceto injetáveis)

1. Separar 10 unidades;

2. Remover os lacres metálicos, quando for o caso;

3. Retirar rótulos que possam sofrer danos durante o teste;

4. Pesar, individualmente, cada recipiente com as respectivas tampas;

5. Homogeneizar, remover e reunir os conteúdos e reservar para a determinação da densidade de massa;

6. Lavar os recipientes e as tampas com água e, em seguida, com álcool etílico. Secar em estufa apropriada,
por uma hora (1h), ou em temperatura compatível com o material do recipiente, até peso constante;

7. Esfriar à temperatura ambiente, recolocar a tampa e outras partes correspondentes e pesar novamente;

8. A diferença entre as duas pesagens representa o peso (m) do conteúdo. Determinar os volumes individuais
correspondentes (V), em mL, utilizando a expressão:

𝑉=𝑚
ρ
Em que:

m = peso do conteúdo, em g;
ρ = densidade de massa do produto, em g/mL, determinada a 20 ºC, conforme descrito em Determinação da
densidade de massa e densidade relativa (5.2.5) e item 4.1.

9. Registrar o resultado no Quadro 1;

10. A partir dos valores obtidos, calcular o volume médio das unidades testadas. O volume médio não é inferior
ao volume declarado e o volume individual de nenhuma das unidades testadas é inferior a 95,0% do volume
declarado.

Cálculos

ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP

Data Emissão Data de Vigência Próxima Revisão Versão nº


MAR/2022 MAR/2023 MAR/2023 001

4.3 DETERMINAÇÃO DE pH (5.2.19)

4.3.1 OBSERVAÇÕES E CUIDADOS PRELIMINARES

Se houver formação de bolhas de ar dentro do bulbo do eletrodo, basta agitá-lo para baixo, tal como se opera
um termômetro clínico.

Em eletrodos do tipo reabastecível, o nível de preenchimento precisa ser checado e completado com solução
eletrolítica apropriada.

Antes de usar os eletrodos, a luva que cobre o furo de preenchimento deve ser abaixada antes da execução
das medições e, posteriormente a esta, recolocada na posição original.

Se a luva de proteção ficar sem eletrólito ou se o eletrodo não for usado por muito tempo, deve ser reativado,
ficando mergulhado várias horas em um béquer com solução de KCl 3M ou na solução recomendada pelo
fabricante. A solução de KCl deve ser trocada periodicamente.

Para secagem do eletrodo, simplesmente tocar o eletrodo com papel de filtro, deixando-o em contato com o
bulbo do eletrodo por um breve período de tempo para que este absorva a umidade. Não esfregar o papel no
bulbo, pois a eletricidade estática gerada prejudicará a calibração do pHmetro.

Para obter maior precisão da medição do pH, a temperatura deve ser levada em consideração. Para se usar o
acessório para compensação automática de temperatura do medidor, inserir a sonda de temperatura na
amostra o mais próximo possível do eletrodo e aguardar por um ou dois minutos.

Se forem efetuadas sucessivas medições em diferentes amostras, é recomendável que o eletrodo e a sonda de
temperatura sejam totalmente limpos com água purificada e secos suavemente com um papel de filtro entre
cada medição.

É recomendável a utilização de pHmetro com resolução de pelo menos 0,01 unidades de pH.

4.3.2 AFERIÇÃO DO PHMETRO

A aferição do pHmetro deve ser realizada diariamente após 30 minutos da sua ligação.

Retirar o recipiente ou luva protetora contendo a solução de KCl 3M na qual o eletrodo está mergulhado.

Lavar o eletrodo, com auxílio de uma piseta, com jatos de água purificada e secá-lo (sem esfregar) suavemente
com papel de filtro.

Imergir o eletrodo na solução-tampão referência com valor de pH 4,0. Aguardar um minuto e verificar o
resultado. Caso o valor registrado pelo aparelho seja diferente do esperado para solução-tampão referência,
fazer o ajuste no botão de calibração.

Desligar o botão de leitura, retirar a solução-tampão e lavar o eletrodo conforme descrito anteriormente.

ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP

Data Emissão Data de Vigência Próxima Revisão Versão nº


MAR/2022 MAR/2023 MAR/2023 001

Imergir o eletrodo em uma segunda solução-tampão referência de pH 7,0 ou 9,0. Aguardar um minuto e
verificar o valor de pH registrado. Esse valor não deverá apresentar variações superiores a 0,07 do valor
esperado para solução-tampão referência. Se necessário, fazer os ajustes no botão de calibração. Verificar
sempre a validade das soluções-tampão referência.

Caso não haja precisão das medidas, verificar possíveis danos nos eletrodos e, se necessário, realizar sua
substituição.

Lavar e secar o eletrodo conforme descrito anteriormente.

Mergulhar o eletrodo no recipiente ou luva protetora com KCl 3M ou conforme orientação do fabricante.

4.3.3 PROCEDIMENTO PARA A DETERMINAÇÃO DO PH

Obs.: Para a determinação do pH de matéria-prima sólida (pó), prepare a solução da amostra na concentração
especificada pela monografia, utilizando o solvente nela especificado.

1) Retirar o recipiente ou luva protetora com KCl 3M (ou outra solução recomendada pelo fabricante) na qual o
eletrodo está mergulhado.

2) Lavar o eletrodo com jatos de água purificada e secar suavemente (sem esfregar) com papel de filtro. As
temperaturas da água de lavagem e da solução da amostra não devem diferir acima de 2ºC.

3) Para a diluição das amostras, deve-se usar água destilada isenta de dióxido de carbono (água destilada
fervida recentemente e resfriada) ou água recém purificada.

4) Imergir o eletrodo na solução da amostra (solução-problema). Aguardar 1 minuto e efetuar a leitura do pH. A
determinação do pH deve ser feita em triplicata.

5) Registrar o resultado no Quadro 1;

6) Lavar novamente o eletrodo com água purificada, conservando-o a seguir em solução de KCl 3M.

Informações sobre estabilidade:

pH de maior estabilidade: deve ser ajustado entre 3,1 a 3,3 (Faixa - 2,8 a 3,7 FBVI).
Embalagem recomendada: frasco gotejador PET leitoso/âmbar ou vidro âmbar.
Temperatura de armazenamento recomendada: temperatura ambiente controlada.
Estabilidade aproximada: 6 meses.
Processo de degradação química provável: oxidação.

Quadro 1 – Resultado dos testes físico-químicos

Densidade relativa Densidade de


Produto pH Volume
(d2020) massa (ρ)
Bromoprida solução oral concentrada (gotas)

ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Página 1 de 7
POP

Data Emissão Data de Vigência Próxima Revisão Versão nº


MAR/2022 MAR/2023 MAR/2023 001

5 EPIs

Jaleco de manga longa e punho; Luvas de procedimento; Touca (gorro); Máscara; Óculos de segurança.

6 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

Resíduos/Quantidade Disposição
Solução aquosa com Bromoprida – 200mL Encaminhar para descarte terceirizado

RECIPIENTE PARA DESCARTE: A ( ); B ( ); C ( ); D ( x ); E ( ); F ( ); G ( ); H ( ); I ( )

7 REFERÊNCIAS

ANSEL, H.C.; POPOVICH, N.G.; ALLEN JR, L.V. Farmacotécnica: Formas farmacêuticas e Sistemas de
liberação de fármacos. 6a. ed. São Paulo: Editorial Premier, 2000.

APRENDENDO mais – Picnômetro: saiba como utilizá-lo. SPlabor blog. 10 de novembro de 2014. Disponível
em: https://www.splabor.com.br/blog/vidraria/aprendendo-mais-picnometro-saiba-como-utiliza-lo/. Acesso em:
21 out. 2021.

AULTON, M. E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

BRASIL. Ministério da saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia brasileira. 5a. ed.
Brasília: ANVISA, 2010. 2v.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia brasileira. 6a. edição.
Brasília, DF: Anvisa, 2019. 2v.

FERREIRA, A. O. Preparações orais líquidas: formulário, procedimento de preparo, flavorização, estabilidade


e conservação. 3a. ed. São Paulo: Pharmabooks editora, 2011.

FERREIRA. A. O.; BRANDÃO, M. A. F.; POLONINI, H. C. Guia prático da Farmácia Magistral. 5a. ed. Juiz de
Fora: Editar Editora Associada Ltda., 2019. v.2.

GENNARO, A. R. Remington: a ciência e a prática da farmácia. 20 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,
2004.

PICNÔMETRO - Calibração e usos: determinação da densidade de soluções. Canal Química Experimental.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=adLM1GSs2_M. Acesso em: 21 out. 2021

PRISTA, L.N.; ALVES, A.C.; MORGADO, R. Tecnologia Farmacêutica. 5.a ed. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2008.

ELABORADO POR: Ivanilde Miciele da Silva CONFERIDO POR: Valéria Cristina de Melo
Santos Lopes

Você também pode gostar