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2trabalho de Tecnicas de Expressao

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de ensino Chimoio

Tema: Frase – Simples e Complexas

Nome: Paulina Armando

Código: 708214367

Curso: Licenciatura em ensino Geografia

Disciplina:Técnicas de Expressão Em Língua


Portuguesa

Ano de frequência: 1º

Turma: E

2º Trabalho

Docente: Iodete Elisa de Almeida Simão

Chimoio, Janeiro de 2022


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Índice
1. Introdução...................................................................................................................... 1

1.1. Objectivos...................................................................................................................... 2

1.1.1. Geral .......................................................................................................................... 2

1.1.2. Específicos ................................................................................................................. 2

1.1.3. Metodologia ............................................................................................................... 2

2. Desenvolvimento........................................................................................................... 3

2.1. A frase ........................................................................................................................... 3

2.2. Tipos de frase ................................................................................................................ 4

2.3. Formas de frases ............................................................................................................ 5

2.4. Distinção da frase simples e complexas ........................................................................ 6

2.4.1. Frases simples ................................................................................................................ 6

2.4.2. Frases complexas ........................................................................................................... 6

2.5. Relação de coordenação e de subordinação .................................................................. 7

3. Conclusão .................................................................................................................... 17

4. Referência.................................................................................................................... 18

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1. Introdução

No presente trabalho será desenvolvido um tema central Frase – Simples e Complexas, no qual
vão se destacar subtemas como é o caso de: o conceito da frase, frase simples e complexa, tipos
e formas de frases, relação de subordinação e coordenação. Com isso vale frisar que alguns
conceitos que poderão orientar este trabalho.

Sabe se que a frase pode ser constituída por uma ou mais orações e uma oração é a unidade
gramatical organizada à volta de um verbo. Portanto entende-se que:

• Frase simples é aquela que é constituída por uma única oração, contendo, portanto, um só
verbo conjugado (apresenta, assim, apenas um sujeito e um predicado).

Ex.: Os meus pais oferecem-me muitos livros.

• Frase complexa é aquela que é constituída por duas ou mais orações. Apresenta, portanto,
mais do que um predicado e muitas vezes mais do que um sujeito.

Ex.: Os meus pais oferecem-me muitos livros porque eu gosto muito de ler.

Estes e outros conceitos, serão apresentados com mais detalhes no desenvolvimento do presente
trabalho.

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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
• Abordar conteúdos referentes a frase-simples e complexa.

1.1.2. Específicos
• Conceitualizar a frase;
• Identificar o tipo e forma da frase;
• Descrever a relação de subordinação e coordenação.

1.1.3. Metodologia

Para a materialização do presente trabalho aplicou se o método bibliográfico.

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2. Desenvolvimento
2.1.A frase

Segundo Lima (2012, p. 69), “Frase é a forma de expressão do nosso pensamento ao transmitirmos
um apelo ou uma ordem, ao indicarmos uma acção, estado ou fenómeno, ao emitirmos uma crítica
ou externarmos as nossas emoções.”

Exemplo:

O carro que comprei nos EUA é distinto dos outros.

Ainda no conceito da frase, Pinto e Castro et al., (1996, p. 155) dizem que, “frase é um enunciado
lógico organizado de acordo com as regras gramaticais e com sentido completo.”

Exemplo: O Amor do homem é complementar e limitado.

De acordo com Cunha e Cintra (2006, p. 87), frase é um enunciado de sentido completo, a unidade
mínima de comunicação que pode conter “uma ou mais 1orações”.

Dos conceitos apresentados, é possível entender que todos eles referem a frase como um enunciado
que tem um sentido completo, mas é interessante destacar o conceito de Cunha e Cintra, pois eles
particularizam o aspecto unidade mínima de comunicação se distanciando assim, dos outros
autores. Ao referenciar a unidade mínima dá-se a entender que nem sempre a frase é constituída
por um conjunto de palavras, pois há frases que são formadas por uma única palavra levando
consigo um sentido completo.

Exemplos: a) Coma! b) Ah!

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2.2.Tipos de frase

Tipos de Frase
Tipo Intencionalidade Características Exemplos
Declarativo Informar, descrever. Uso do ponto final e Hoje, vou ao cinema.
dois pontos.
Interrogativo Perguntar, obter • Uso do ponto de António, hoje vais ao
informações, interrogação. cinema?
apresentar uma
dúvida.
Imperativo Fazer pedidos, dar • Uso do ponto final António, vem comigo
ordens, conselhos, ou do ponto de ao
instruções. exclamação. cinema!
• O verbo surge, António, vem comigo
normalmente, no ao
modo imperativo cinema, por favor.
(2.ª pessoa do singular António, deves ir ao
e do plural). cinema.
• Na negativa e nas
restantes pessoas (à
exceção da
1.ª pessoa do singular,
que não existe)
constrói-se
com o verbo no
presente do
conjuntivo: Entremos
depressa!
Exclamativo Exprimir sentimentos, • Uso do ponto de É pena que não possas
emoções: tristeza, exclamação. ir ao
satisfação, admiração. cinema!

Fonte: Cunha et al, (1984)

• Interpretação da tabela

✓ Os diferentes tipos de frase traduzem a maneira como nos relacionamos com o mundo.

✓ Verifique, neste quadro-síntese, que temos 4 tipos de frase, e a cada tipo correspondem sinais de
pontuação distintos.

✓ Recorde, do Tema 1, que os sinais de pontuação exprimem a intencionalidade do emissor.


Portanto, vêm complementar a frase, reforçando a intencionalidade do emissor em cada enunciado.

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✓ Note que cada frase corresponde um único tipo de frase.

2.3.Formas de frases

Formas Da Frase
Afirmativa ou Negativa Neutra ou Enfática Activa ou Passiva
Ontem, falei Ontem, não Eu falei Eu cá não falei O Pedro O carro foi
com o Pedro. falei com o com o com o Pedro. comprou o comprado
Pedro. Pedro. Eu lá falei com carro. pelo Pedro.
o Pedro. A Maria A roupa será
Eu é que não lavará a lavada pela
falei com o roupa. Maria.
Pedro.
Eu falei mesmo
com o Pedro.
Eu já falei com
o Pedro.
Fonte: Cunha et al, (1984)

• Interpretação da tabela

Em cada frase manifestam-se 3 formas de frase, uma de cada par.

1º - Afirmativa ou Negativa:

✓ A acção expressa pelo verbo pode ser afirmada ou negada, o que se traduz pela presença ou
ausência de um advérbio de negação (não, nunca, jamais…)

2º - Neutra ou Enfática:

✓ A frase enfática contém uma partícula/palavra ou expressão (cá, lá, já, mesmo, é que...) cujo
objectivo é realçar o sentido da frase, sem introduzir nela informação nova.

✓ Toda a frase que não é enfática considera-se neutra.

3º Activa ou Passiva:

✓ Na frase activa, o sujeito pratica a acção (A Maria come a maçã.). – A Maria é o sujeito; é ela
que pratica a acção de comer.

5
✓ Na frase passiva, o sujeito sofre a acção, isto é, a acção recai sobre o sujeito (A maçã é comida
pela Maria.) - O sujeito é A maçã e ela sofre a acção de ser comida.

Note que estas formas são alternativas, isto é, a presença de uma implica a impossibilidade da
outra: uma frase ou é activa ou passiva, ou afirmativa ou negativa, ou neutra ou enfática.

2.4.Distinção da frase simples e complexas

2.4.1. Frases simples


No âmbito da análise da frase, é preponderante fazer a alusão da sua fragmentação, isto é, uma
análise da frase simples e complexa. Partindo ainda do princípio da frase como uma combinação
de categorias sintácticas que obedecem regras ou princípios para formar um sentido, ela pode ser
simples ou complexa.

Segundo Pinto e Castro et al., (1996, p. 98), “frase simples ou mono oracional é aquela que é
constituída por única oração, contendo, portanto, um só verbo conjugado.”

Exemplo: Um lenço branco apaga o céu.

Borregana (2006, p. 220) diz que, “frase simples é aquela que é constituída por uma só oração (com
um só verbo).”

Exemplo: Este curso é incomparável.

A partir dos conceitos apresentados pelos autores acima, torna-se imprescindível destacar que todos
eles mencionam o verbo como referência obrigatória na formação da frase simples.

2.4.2. Frases complexas


De acordo com Gomes (2008, p. 89), frases complexas são aquelas que possuem vários sintagmas
verbais.

Na lógica de Borregana (2006, p. 221), “frase complexa é constituída por duas ou mais orações
(um, dois ou mais verbos).”

Exemplo: A rosa é muito linda, porém no final do dia ela murcha.

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De acordo com os conceito de Gomes e Borregana, é possível notar que os dois convergem na
mesma teoria de frases complexas, o que aconteceu simplesmente é o facto de Gomes usar o termo
vários sintagmas verbais no lugar de duas ou mais usado por Borregana, sendo este último o mais
clarificado, pois as complexas partem sempre de duas para mais adiante o que o outro não destaca.

2.5.Relação de coordenação e de subordinação

Na lógica de Pinto e Castro et al., (1996, p. 172), há duas a maneiras de organizar a frase complexa,
neste caso, Coordenação e Subordinação.

• Coordenação

Segundo Pestana (2013, p. 789), “A coordenação trata da relação de independência entre termos e
orações.” Esse tipo de orações fica simplesmente uma ao lado doutra (coordenadas), possui uma
estrutura sintáctica completa e não depende doutra para lhe completar o sentido.

Cunha e Cintra (1998, p. 398) dizem que, na coordenação as “orações são autónomas,
independentes, isto é, cada uma tem sentido próprio.”

Bechara (2009, p. 392), convergindo com as ideias dos autores citados acima diz que, a
coordenação, sintacticamente é a relação de orações independentes entre si. A coordenação
estabelece uma relação de independência entre duas ou mais orações.

Exemplo: O João joga futebol, basquetebol e box.

Primeiramente, a frase acima é complexa pelo facto de possuir mais de uma oração e uma forma
verbal que, quando traduzida é utilizada para três orações para o caso exposto, pois o verbo é que
determina o número de orações na frase.

Observe:

1ª Oração: O João joga futebol → Coordenante principal

2ª Oração: O João joga basquetebol →Coordenada copulativa assindética

3ª Oração: e João joga box →Coordenada copulativa sindética

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De acordo com Borregana (2006, p. 216) a coordenação classifica-se em orações que podem ser:

1. Copulativas – indicam adição.

De acordo com Pestana (2013, p. 637) a oração copulativa pode-se chamar também de aditiva pelo
facto dela exprimir ideia de soma, acréscimo, adição.

Conjunções: e, também, nem, que

Locuções: Não só… mas também… como também… tanto…como…

Pestana (2013, p. 791) em consonância com Borregana (2006) diz que as orações copulativas
subdividem-se em duas:

a) Assindéticas (as justapostas ou seja, postas uma ao lado doutra), não iniciadas por síndeto (=
conjunção), neste caso, são separadas pela vírgula.

O João 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒂 de estudar ⏟


Exemplo: ⏟ (, ) ele é bom na escola.

Coordenada principal Coordenada copulativa assindética

De acordo com a explanação que anteriormente fora feita compreende-se que, a frase acima
apresentada é complexa por coordenação porque possui mais de uma oração e mais de uma forma
verbal, contudo, orações independentes. Primeiro temos, “O João gosta de estudar” como sendo a
1ª Oração coordenativa principal depois, no lugar da conjunção copulativa temos a virgula (,) que
funciona como uma conjunção aditiva, pois está separando frases interpoladas assindenticamente,
por fim, tem a 2ª Oração coordenada assindética “ele é bom na escola.” Em tudo isso há uma
particularidade, as formas verbais “gosta” e “é” são as que determinaram o número de orações
nessa frase complexa.

b) Sindéticas são iniciadas por síndeto (conjunção, isto é, separadas pelas conjunções copulativas).

O João (𝒆) a Maria ⏟


Exemplo: ⏟ 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒂𝒎 de estudar.

Oração Coordenada principal Oração Coordenada copulativa sindética

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A conjunção entre parênteses é a que separa, nesse caso, essas duas orações nesta frase complexa
por coordenação. Só mais uma particularidade, observe simplesmente que, a frase possui somente
uma forma verbal “gostam”, como é que se pode compreender? É muito

A Virgula é o elemento que separa as duas simples, na divisão das orações para a sua classificação
apropria-se da mesma forma verbal para a sua efectivação, separando-as a partir da conjunção
(onde a oração toma o nome da conjunção). Observe a dedução da frase acima:

1ª Oração: O João gosta de estudar. – Coordenada principal

2ª Oração: E A Maria gosta de estudar. – Coordenada copulativa sindética.

A conjunção “e” da qual se trata no segundo caso da copulativa, além de apresentar a ideia de
adição, também pode ser polissémica, assumindo outros valores semânticos, como adversidade
(mas, porém) ou conclusão/consequência (portanto, por isso, então).

Como diz Svobodová (2014, p. 76), “A conjunção (e), para além do valor por excelência aditivo,
pode adquirir contextualmente outros possíveis significado.

2. Adversativas – indicam oposição.

Os autores Pestana (2013, p. 640) e Svobodová (2014, p. 73) convergem nas suas ideias acerca da
coordenação adversativa, visto que eles dizem que essa indica essencialmente uma ideia de
adversidade, oposição, contraste; também ressalva, quebra de expectativa, compensação, restrição;
elas realçam o conteúdo da oração que introduzem.” Svobodová (2014, Op.cit., p. 73)
acrescenta dizendo que, nas coordenadas adversativa a conjunção mais típica tem sido mas e senão.

Conjunções: mas, porém, todavia, entretanto, contudo, que

Locuções: Não obstante, apesar disso, ainda assim, mesmo assim, de outra sorte, ao passo que

A rosa é muito linda, ⏟


Exemplo: ⏟ / (𝐩𝐨𝐫é𝐦) no final do dia ela 𝒎𝒖𝒓𝒄𝒉𝒂.

Oração Coordenada principal Oração Coordenada adversativa

A conjunção entre parênteses é adversativa, por isso também a segunda oração é adversativa.

De acordo com as regras que regem a divisão das orações de uma frase complexa, sabe-se muito
bem que nunca se deve passar por cima da conjunção, sempre deve ser antes da conjunção.
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3. Disjuntivas – indicam 3 alternativas.

Conjunções: Ou

Locuções: Ou…ou…, Ora…ora…, Já…já…, Quer…quer…, Seja…seja…, Nem…nem…

Exemplo: Ora vai ora vem.

Na coordenação disjuntiva não se recomenda combinar os elementos ou, nem, ora, seja, quer, já,
embora ocorra com menor frequência. Se a escolha implica a selecção de um termo em detrimento
do outro, então, fica-se com o termo escolhido como aparece no exemplo acima apresentado o que
é diferente do exemplo abaixo.

4. Conclusivas – ligam a anterior uma oração que exprime conclusão ou consequência.

Fernão e Mainote (s/d, p. 84) dizem que, as conjunções, tanto como, as locuções conclusivas,
normalmente aparecem depois do verbo e entre vírgulas.

Conjunções: logo, pois, portanto

Locuções: Por conseguinte, por consequência, pelo que

Estas palavras 𝒕ê𝒎 o mesmo sentido: ⏟


Exemplo: ⏟ 𝒔ã𝒐, (𝐩𝐨𝐢𝐬), sinónimas.

Oração Coordenada principal Oração Coordenada conclusiva

Conjunção conclusiva

Neste exemplo a frase possui duas orações simplesmente, porque ela contém dois verbos, o que a
confere a qualidade de ser complexa por coordenação conclusiva, pois possui uma conjunção
conclusiva, não só, ela se encontra no contexto conclusivo porque exprime uma conclusão, isto é,
uma consequência lógica da primeira proposição (oração).

5. Explicativas – ligam duas orações, a segunda das quais justifica o conteúdo da primeira.

Pestana (2013: 646) diz que, os conectores explicativos exprimem ideia de explicação, justificativa,
normalmente vêm após verbos no imperativo.

Conjunções: pois, portanto, porque, que (antes do verbo)

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Exemplo: Os jogadores entraram no campo, porque os adeptos estavam a aplaudindo.

Segundo Svodobová (2014, p. 74), “As coordenadas explicativas podem ser sindéticas”. De acordo
com este pensamento compreende-se que a sindética não é exclusiva na coordenação copulativa ou
aditiva, mas também na explicativa (não com o sentido aditivo, mas explicativo), neste caso, são
consideradas de sindéticas quando introduzidas por conectores explicativos, pois, que, porque,
porquanto

Exemplo: Não bata nela, pois/porquanto não vai a escola.

As orações coordenadas podem ser copulativas, adversativas, disjuntivas, conclusivas e


explicativas por causa das conjunçãos coordenativas que as liga.

• Subordinação

De acordo com Bechara (2009, p. 381), a subordinação é a relação de dependência. Com base neste
conceito, a subordinação passa a ser uma relação de dependência porque uma oração depende
doutra para completar o seu sentido, diferentemente das coordenadas que são independentes.
Normalmente, na subordinação, as orações suscitam sempre uma pergunta a quando da sua divisão
e, Cunha e Cintra (2006, p. 402) dizem que, essas orações subordinadas funcionam sempre como
termos essenciais, integrantes ou acessórios de outra oração.

Exemplo: Não ouviu nada, que ele é surdo.

1ª Oração: Não ouviu nada. – é a primeira oração e é completa, oração 5subordinante

2ª Oração: que ele é surdo. – é uma oração 6subordinada integrante, pois necessita da primeira para
estabelecer o seu sentido.

Chagamos a conclusão que, quando temos uma oração com sentido próprio e independente, mas a
outra não, dizemos que são orações subordinadas.

Em suma, nas frases complexas por subordinação encontramos orações em que uma é subordinante
e a outra é subordinada.

Não 𝒐𝒖𝒗𝒊𝒖 nada; ⏟


Exemplo: ⏟ (𝐪𝐮𝐞) ele é surdo;

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Oração subordinante ↓ Oração subordinada substantiva integrante

Conjunção

De acordo com Borregana (2006, p. 243), a subordinação classifica-se em orações que podem ser:
adverbiais, adjectivas, substantivas e reduzidas.

1. Orações subordinativas adverbiais

Subordinativas adverbiais são aquelas que possuem conjunções subordinativas adverbiais porque
introduzem orações subordinadas adverbiais. Esse tipo de oração desempenha a função sintáctica
de modificador da frase ou do grupo verbal, introduzem situações ou circunstâncias de causa,
tempo, fim, comparação, consequência, concessão ou condição.

a) Causais – introduzem orações causais.

Na lógica de Pestana (2013: 656) e Cunha e Cintra (2006, p. 392) as orações com o valor causal
exprimem uma ideia de causa.

Conjunções: Porque, pois, como (= porque), portanto, que (= porque)

Locuções: Visto que, pois que, já que, por isso que, uma vez que,

O velho 𝒍𝒆𝒗𝒂𝒏𝒕𝒐𝒖 − 𝒔𝒆 da cama, ⏟


Exemplo: ⏟ 𝐩𝐨𝐢𝐬 já se 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊 melhor.

Oração subordinante Oração subordinada adverbial conclusiva

b) Finais – introduzem orações finais.

Conjunções: Que (= para que)

Locuções: Para que, a fim de que, por que

Exemplo: ⏟
A Matilde 𝒂𝒄𝒐𝒏𝒔𝒆𝒍𝒉𝒐𝒖 o filho ⏟
𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐪𝐮𝐞 fosse a escola, senão, 𝒓𝒆𝒑𝒓𝒐𝒗𝒂𝒓𝒊𝒂.

Oração subordinante Oração subordinada adverbial final

c) Temporais – introduzem orações temporais, isto é, exprime uma ideia de tempo relativamente
à oração subordinante.

Conjunções: Quando, enquanto, apenas, com, que (desde que)


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Locuções: Antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, ate que, primeiro que, sempre
que, todas as vezes que, tanto que, à medida que, ao passo que

O amor é cego ⏟
Exemplo: ⏟ 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 para aquele que não 𝒒𝒖𝒆𝒓 𝒗𝒆𝒓.

Oração subordinante Oração subordinada adverbial temporal

d) Comparativas – estabelecem uma comparação.

Conjunções: Como, segundo, conforme, que, qual

Locuções: Como…assim, assim…como, assim… também, bem como, mais do que, menos do que,
segundo (consoante, conforme) …assim, tão (tanto) …como, como se, que nem…

Exemplo: ⏟
“O amor é forte ⏟
𝐜𝐨𝐦𝐨 a morte … ”

Oração subordinante Oração subordinada adverbial temporal

e) Condicionais – orações condicionais.

De acordo com o conceito acima dado por Borregana, entendemos que, este tipo de oração indica
uma condição que permite a realização do que é expresso na oração subordinante.

Conjunções: Se, caso

Locuções: A não ser que, desde que, no caso de (que), contanto que, excepto se, salvo se, se não
(sem que), dado que, a menos que

Ninguém no mundo 𝒔𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒔𝒂𝒍𝒗𝒐 ⏟


Exemplo: ⏟ 𝐬𝐞 Jesus não tivesse 𝒎𝒐𝒓𝒓𝒊𝒅𝒐 pelo homem

Oração subordinante Oração subordinada adverbial temporal

f) Consecutivas – introduzem uma consequência (orações consecutivas).

Conjunções: (de tal modo que) que

O ciúme é muito perigoso ⏟


Exemplo: ⏟ 𝐪𝐮𝐞 até 𝒑𝒐𝒅𝒆 𝒍𝒆𝒗𝒂𝒓 a morte.

Oração subordinante Oração subordinada adverbial consecutiva

g) Concessivas – introduzem orações concessivas.

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Conjunções: Embora, conquanto, que (ainda que)

Locuções: Ainda que, posto que, mesmo que, bem que, se bem que, por mais que, por menos que,
apesar de que, nem que…

A escola é muito importante estudar, ⏟


Exemplo: ⏟ 𝒆𝒎𝒃𝒐𝒓𝒂 nem todos 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒂𝒎 de estudar .

Oração subordinante Oração subordinada adverbial concessiva

2. Orações subordinativas adjectivas

De acordo com Pestana (2013, p. 829), as orações subordinativas adjectivas são aquelas que
exercem função sintáctica de adjectivo em relação à oração principal e são introduzidas pelos
pronomes relativos: que, o qual, quem, cujo, quanto, onde, como, quando.

De acordo com Pestana (2013, p. 830), as orações subordinativas adjectivas dividem-se em dois:

a) Orações adjectivas restritivas têm o papel de limitar a parte de um conjunto, restringindo o


sentido do termo antecedente, não vêm separadas por pontuação.

Exemplo: Os alunos que participaram das aulas da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação durante o trimestre não tiveram problemas na prova.

b) Orações adjectivas explicativas têm o papel de modificar um termo, generalizando-o ou


simplesmente tecendo um comentário extra sobre ele e vêm sempre separadas por pontuação.

Exemplo: Os alunos, que participaram das aulas da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação durante o trimestre, não tiveram problemas na prova.

3. Orações subordinativas substantivas

De acordo com Pestana (2013, p. 812), as orações subordinativas substantivas são aquelas que
exercem a função sintáctica de substantivo em relação à oração principal.

A partir desse conceito percebe-se que são orações que desempenham a função sintáctica de sujeito
ou de complemento de um verbo, isto é, desempenham o papel de substantivo. Vamos analisar as
orações a seguir para percebermos isso na prática.

1° Passo:

14
a) Todos esperam que você venha Jesus.

Se desmembrarmos a oração em destaque perceberemos que ela está no lugar de um substantivo.


Veja: Todos esperam a vinda de Jesus. (volta: Substantivo).

2° Passo:

Vamos tentar transformar a oração destacada a seguir em Oração Subordinada Substantiva.

Sinto a chegada da noite.

Teremos: Sinto que a noite está chegando. / Sinto que a noite chegará.

As Orações Subordinadas Substantivas quase sempre serão iniciadas pela conjunção “que”, pelos
pronomes interrogativos (Quem, que, qual etc.) e ainda por verbos acompanhados da partícula
“se” (Partícula Apassivadora).

Exemplo:

Perguntei-lhe se estava com saudades.

a) Integrantes – introduzem orações completivas integrantes e são introduzidas pelas conjunções


integrantes que.

Exemplo: Hoje se anunciou sobre a segunda vinda de Jesus. = Hoje se anunciou que Jesus
voltará pela segunda vinda.

b) Interrogativas indirectas - funcionam como objecto indirecto da oração principal.

Exemplo: Não sei qual dos dois feriste.

4. Orações subordinativas reduzidas

Para Pestana (2013, p. 857) e Fernão e Mainote (s/d, p. 100), as orações reduzidas não são
introduzidas por nenhuma conjunção ou locução subordinativa (a exemplo das adverbiais e
substantivas), nem pronome relativo (a exemplo das adjectivas), mas apresentam o verbo no
infinitivo, no gerúndio ou no particípio passado, normalmente podem ser desenvolvidas com esses
conectivos.

15
De acordo com o conceito dos autores acima é possível compreender que as orações reduzidas são
exclusivas para as frases complexas por subordinação simplesmente e consiste na supressão ou
redução da conjunção subordinativa. Em suma, as orações subordinativas reduzidas são orações
sem conjunção ou, então, com a conjunção não explícita. Observe os exemplos que se seguem:

a) Infinitivas – são aquelas em que o verbo aparece no infinitivo.

Exemplo:

• Saí da escola no meu automóvel, sem ser interpelado por ninguém. (reduzida)
• Saí da no meu automóvel, sem que ninguém me interpelasse. (desenvolvida)

b) Gerundivas – são aquelas que possuem o verbo no gerúndio.

Exemplo:

• Agindo Deus por mim, quem pode impedi-lo de me defender? (reduzida)


• Se Deus age por mim, quem poderá impedi-lo de me defender? (desenvolvida)

c) Participiais – são indicadas pelo verbo no particípio passado.

Exemplo:

• Terminada a avaliação de português, regressamos à casa. (reduzida)


• Quando terminou a avaliação de português, regressamos à casa. (desenvolvida)

Na abordagem das orações subordinativas reduzidas, para cada tipo de oração subordinativa
reduzida apresenta-se uma frase desenvolvida (com conjunção) e a respectiva frase reduzida.

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3. Conclusão

Com base nos objectivos traçados, no desenvolver do trabalho percebeu se que: Frase é a forma
de expressão do nosso pensamento ao transmitirmos um apelo ou uma ordem, ao indicarmos uma
acção, estado ou fenómeno, ao emitirmos uma crítica ou externarmos as nossas emoções. A mesma
destaca se em simples e complexa, sendo simples é aquela que é constituída por uma única oração
e complexa é aquela que é constituída por duas ou mais orações.

Ressaltar que nas frases complexas são compostas por orações simples, que são:

1) orações coordenadas – com sentido próprio e ligadas por conjunções ou locuções conjuncionais
coordenativas;

2) orações subordinação – uma delas tem sentido próprio, mas a outra não; a outra está
dependente da primeira para ter sentido próprio e está ligada a ela através de conjunções ou
locuções conjuncionais subordinativas.

Vale ainda destacar a relação de subordinação e coordenação: na subordinação ha relação de


dependência uma oração depende doutra para completar o seu sentido, diferentemente das
coordenadas que são independentes e na coordenação existe relação de independência entre
termos e orações.

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4. Referência
• Bechara, E. (2009) Moderna Gramática Portuguesa, 37ªed., rev., ampl. e actual. Conforme
o novo Acordo Ortográfico, Editora Nova Fronteira Participações, Rio de Janeiro,
• Borregana, A. A. (2006) Gramática Língua Portuguesa, 1ª ed.,Texto editores, Maputo.
• Cunha, C e Cintra, L, (1984) Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa,
Edições João Sá da Costa, Lda.
• Cunha, C. e Cintra, L. (2006) Breve Gramática do Português Contemporâneo, s/e, 12ª ed.,
Portugal;
• Cunha, C. e Cintra, L. (1998) Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa,
edições João Sá da costa;
• Fernão, I. A. e Moinote, N. J. Manual Pré-universitário – Português 12 Classe, 1ª ed.,
Longman Moçambique, Maputo, s/d;
• Gomes. (2008) Gramática Pedagógica e Cultural da Língua Portuguesa, Porto editor, 1ª
ed., flumen;
• Lima, A. (2012) Curso de Língua Português, INTED, s/ed., Brasília;
• Pestana, F. (2013), A Gramática para Concursos Públicos, 1ªed., Elsever EditoraLtda, Rio
de Janeiro;
• Pinto, J. M. DE Castro, Parreira M. e Lopes, Maria do Céu Viera, (1996) Gramática do
Português Moderno, 4ª ed., plátano editora, Lisboa;
• Svobodová, I. (2014) Sintaxe da Língua Portuguesa, Masarykova Univerzita, 1ªed., Brno,

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